os lusíadas- canto vii

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Os Lusíadas Os Lusíadas Canto VII Canto VII

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Explicação e interpretação do canto VII de Os Lusíadas, de Luís de Camões.

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Page 1: Os lusíadas- Canto VII

Os Lusíadas Os Lusíadas

Canto VIICanto VII

Page 2: Os lusíadas- Canto VII

Os planos temáticosOs planos temáticos

Plano da ViagemPlano da Viagem - onde se trata da viagem da descoberta - onde se trata da viagem da descoberta do caminho marítimo e chegada à Índia de Vasco da do caminho marítimo e chegada à Índia de Vasco da Gama e dos seus marinheiros;Gama e dos seus marinheiros;

Plano da História de PortugalPlano da História de Portugal - são relatados episódios - são relatados episódios da história dos portugueses;da história dos portugueses;

Plano do PoetaPlano do Poeta - Camões refere-se a si mesmo - Camões refere-se a si mesmo enquanto poeta admirador do povo e dos heróis enquanto poeta admirador do povo e dos heróis portugueses;portugueses;

Plano da MitologiaPlano da Mitologia - são descritas as influências e as - são descritas as influências e as intervenções dos deuses da mitologia greco-romana na intervenções dos deuses da mitologia greco-romana na ação dos heróis.ação dos heróis.

Ao longo da narração, há vários tipos de Ao longo da narração, há vários tipos de episódios: bélicos, mitológicos, históricos, simbólicos, líricos episódios: bélicos, mitológicos, históricos, simbólicos, líricos e naturalistas.e naturalistas.

Page 3: Os lusíadas- Canto VII

(1)Já se viam chegados junto à terra Que desejada já de tantos fora, Que entre as correntes Indicas se encerra E o Ganges, que no Céu terreno mora. Ora sus, gente forte, que na guerra Quereis levar a palma vencedora: Já sois chegados, já tendes diante A terra de riquezas abundante!

Page 4: Os lusíadas- Canto VII

Desembarque de Vasco da Gama em Calecute

(cidade na costa ocidental da Índia)

Page 5: Os lusíadas- Canto VII

Este canto segue com a comparação dos feitos dos portugueses contra os muçulmanos, expandindo o cristianismo e fazendo a guerra santa, com os conflitos internos da Europa (estrofes 2 a 14).

(13)Gregos, Traces, Arménios, Georgianos, Bradando vos estão que o povo bruto Lhe obriga os caros filhos aos profanos Preceptos do Alcorão (duro tributo!). Em castigar os feitos inumanos Vos gloriai de peito forte e astuto, E não queirais louvores arrogantes De serdes contra os vossos mui possantes.

Page 6: Os lusíadas- Canto VII

Nas estrofes 15 e 16, Camões volta a narrar a chagada dos portugueses à Índia e ao porto de Calecute.

Da estrofe 17 a 22, há a descrição da Índia: sua geografia, seus habitantes, reinos e a própria cidade de Calecute.

(22)Da terra os naturais lhe chamam Gate, Do pé do qual, pequena quantidade, Se estende üa fralda estreita, que combate Do mar a natural ferocidade.Aqui de outras cidades, sem debate, Calecu tem a ilustre dignidade De cabeça de Império, rica e bela; Samorim se intitula o senhor dela.

Page 7: Os lusíadas- Canto VII

Nas estrofes 23 a 27, Camões narra o trecho em que Vasco da Gama envia um mensageiro ao soberano indiano. No meio deste novo povo, com quem não consegue se comunicar por não saber seu idioma, o marinheiro mensageiro encontra Monçaide, um mouro hispânico falante de castelhano que oferece abrigo ao mensageiro e lhe serve de tradutor. Monçaide explica que o o rei daquela terra estava fora da cidade.

(26)Espantado ficou da grão viagem O Mouro, que Monçaide se chamava, Ouvindo as opressões que na passagem Do mar o Lusitano lhe contava. Mas vendo, enfim, que a força da mensagem Só pera o Rei da terra relevava, Lhe diz que estava fora da cidade, Mas de caminho pouca quantidade;

Page 8: Os lusíadas- Canto VII

Nas estrofes 28 a 41, Monçaide acompanha o mensageiro até a frota (onde é muito bem recebido por todos) e explica aos portugueses um pouco da geografia, história, política, religião e costumes da Índia.

(31)Deus, por certo, vos traz, porque pretende Algum serviço seu por vós obrado; Por isso só vos guia e vos defende Dos imigos, do mar, do vento irado. Sabei que estais na Índia, onde se estende Diverso povo, rico e prosperado De ouro luzente e fina pedraria Cheiro suave, ardente especiaria.

Page 9: Os lusíadas- Canto VII

A partir da estrofe 32 (até a estrofe 36), Camões, pela boca de Monçaide, faz a descrição histórica e geográfica de Malabar (costa ocidental de Calecute).

Da estrofe 37 até a estrofe 41, Moçaide passa a focalizar os costumes de Calecute.

(41) Gerais são as mulheres, mas somente Pera os da geração de seus maridos Ditosa condição, ditosa gente, Que não são de ciúmes ofendidos!Estes e outros costumes vàriamente São pelos malabares admitidos. A terra é grossa em trato, em tudo aquilo Que as ondas podem dar, da China ao Nilo.

Page 10: Os lusíadas- Canto VII

Nas estrofes 42 e 43, o rei de Calecute toma conhecimento da chegada dos portugueses e manda chamar o capitão da armada. Vasco da Gama vai até o rei acompanhado de “nobres portugueses”.

(43)Mas ele, que do Rei já tem licença Pera desembarcar, acompanhado Dos nobres Portugueses, sem detença Parte, de ricos panos adornado Das cores a fermosa diferença A vista alegra ao povo alvoroçado; O remo compassado fere frio Agora o mar, despois o fresco rio.