os lusíadas (luis de camões) - canto ii

12
OS LUSÍADAS Canto II LUÍS DE CAMÕES www.sobreletras.blogspot.com

Upload: sobre-letras

Post on 06-Jun-2015

267 views

Category:

Education


3 download

DESCRIPTION

Sobre o Canto II da obra.

TRANSCRIPT

Page 1: Os Lusíadas (Luis de Camões) - Canto II

OS LUSÍADASCanto II

LUÍS DE CAMÕES

www.sobreletras.blogspot.com

Page 2: Os Lusíadas (Luis de Camões) - Canto II

Deus romano do vinho e das festas, dos excessos,

especialmente dos sexuais e da natureza; Baco ao tornar-se adulto descobriu a forma de extrair

suco da uva e produzir o vinho. Com inveja a deusa Juno transforma o deus num louco a vagar pelo mundo;

Bacanal: orgias

Baco

Baco, de Leonardo da VinciBaco, de Caravaggio

Page 3: Os Lusíadas (Luis de Camões) - Canto II

Na terra cautamente aparelhavamArmas e munições, que, como vissemQue no rio os navios ancoravam,Neles ousadamente se subissem;E nesta treição determinavamQue os de Luso de todo destruíssem,E que, incautos, pagassem deste jeitoO mal que em Moçambique tinham feito.

Cilada de Baco

Treição: traição. / Luso: herói lendário dos portugueses.

Page 4: Os Lusíadas (Luis de Camões) - Canto II

Ninfas do mar, filhas de Nereu e de Dóris;

Na mitologia grega eram 50 filhas que compartilhavam as águas do Mar Egeu;

Nise e Nerine: provavelmente inventadas por Camões;

Representadas com longos cabelos, por vezes aparecem com um tridente à mão, outras com uma coroa.

Nereidas

Nereidas, de Bussiére

Page 5: Os Lusíadas (Luis de Camões) - Canto II

Convoca as alvas filhas de Nereu,Com toda a mais cerúlea companhia,Que, porque no salgado mar nasceu,Das águas o poder lhe obedecia.E, propondo-lhe a causa a que desceu,Com tidas juntamente se partia,Pera estorvar que a armada não chegasseAonde pera sempre se acabasse.

Vênus afasta a Armada

Filhas de Nereu: as Nereidas, ninfas marinhas.

Page 6: Os Lusíadas (Luis de Camões) - Canto II

Deusa do Amor, da beleza e do erotismo;

Nasceu de uma concha de madrepérola tendo sido gerada pelas espumas, fecundada pelo sangue de Urano;

Uma das divindades mais veneradas, filha de Júpiter e Dione.

Vênus

O nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli

Page 7: Os Lusíadas (Luis de Camões) - Canto II

Sempre eu cuidei, ó Padre poderoso,Que, pera as cousas que eu do peito amasse.Te achasse brando, afábil e amoroso,Posto que a algum contrairo lhe pesasse;Mas, pois que contra mim te vejo iroso,Sem que to merecesse nem te errasse,Faça-se como Baco determina;Assentarei, enfim, que fui mofina.

Queixa de Vênus a Júpiter

Afábil: afável. / Contrairo: Contrário. / Mofina: de mau gênio, acanhada.

Page 8: Os Lusíadas (Luis de Camões) - Canto II

Mensageiro, deus da venda, do lucro e do

comércio;

Encarregado de levar as mensagens de um deus para outro;

Os seus atributos incluem uma bolsa, sandálias e capacetes com asas, uma varinha e o caduceu.

Mercúrio

Mercúrio, de Artus Quellinus(escultor flamenco)

Page 9: Os Lusíadas (Luis de Camões) - Canto II

Ao chegar, a esquadra é recebida com festas, e o rei

pede a Vasco da Gama que lhe fale dos feitos lusitanos:

Mas antes, valeroso capitão,Nos conta, lhe dizia, diligente,Da terra tua o clima e regiãoDo mundo onde morais, distintamente;E assim de vossa antiga geração,E o princípio do reino tão potente,Co´os sucessos das guerras do começo,Que, sem sabê-las, sei que são de preço.

Fala do rei de Melinde

Page 10: Os Lusíadas (Luis de Camões) - Canto II

Publicado em 1934;

Épico;

44 poemas curtos;

Três grandes mitos de Portugal: O rei escondido na ilha, o salvador; a audácia do impossível e; o fundador que veio de longe.

A Mensagem, de Fernando Pessoa

Page 11: Os Lusíadas (Luis de Camões) - Canto II

Ó mar salgado, quanto do teu salSão lágrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas mães choraram,Quanto filhos em vão rezaram!Quantas noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequena.Quem quer passar além do BojadorTem que passar além da dor.Deus ao mar o perigo e o abismo deu,Mas nele é que espelhou o céu.

Mar Português

Page 12: Os Lusíadas (Luis de Camões) - Canto II

CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. Seleção e

notas de Carlos Felipe Moisés – 11. ed. – São Paulo: Ática, 2009. p. 39-42, Canto II.

Pessoa, Fernando. Mensagem. Porto Alegre: L&M PM, 2011.

mundodosfilosofos.com.br (Acesso em 16/9/12 as 16h30);

Imagens: Google e Wikipédia.

Referências