os limites do município de santo antônio do descoberto ......2018/03/23 · o quarto dia...

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEISNÚCLEO DE BIODIVERSIDADE E FLORESTAS - DF

SAS Quadra 05 - Lote 05 - Bloco H - 5º Andar, - Brasília - CEP 70058-900

Informação Técnica nº 12/2017-NUBIO-DF/DITEC-DF/SUPES-DF

Número do Processo: 02008.101011/2017-18

Interessado: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS - CENTRO DE APOIO OPERACIONAL MEIOAMBIENTE E URBANISMO

Brasília, 16 de novembro de 2017

Assunto: Lixões e Aterros pertencentes aos municípios do entorno do Distrito Federal

Município: Santo Antônio do Descoberto-GO

1. Introdução

Elaborou-se presente informação técnica em atendimento ao solicitado no O cio nº1533/2017-CAOMA / Ministério Público do Estado de Goiás, “a realização de fiscalização detalhadaem todos os lixões / aterros pertencentes aos municípios que integram o entorno do Distrito Federal,incluindo a informação se os mesmos, porventura, estão recebendo resíduos vindo de outraslocalidades, quais sejam: Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás,Formosa, Luziânia, Novo Gama, Planal na de Goiás, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso deGoiás”.

(Assunto: Resíduos Sólidos / Entorno do DF Atuação conjunta MP-GO / MP-DF. -Referência: 2017.0024.6259)

O quarto dia (8.11.2017) de vistoria contemplou os Municípios de Santo Antônio doDescoberto e Alexânia, no Estado de Goiás.

Este documento refere-se ao município de Santo Antônio do Descoberto–GO.

Inicialmente, cabe informar que em documentos já elaborados anteriormente peloNúcleo de Flora-NUFLORA, considerando as denúncias enviadas ao IBAMA/DF, sugeriu-se uma açãointegrada nos municípios inseridos na Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno do DistritoFederal, para tratar dos assuntos pertinentes à destinação dos resíduos sólidos.

2. Localização

O lixão está assim localizado:

* Município: Santo Antônio do Descoberto e

* Unidade da Federação: Goiás,

Os limites do Município de Santo Antônio do Descoberto foram ob dos no endereço

Informação Técnica 12 (1187600) SEI 02008.101011/2017-18 / pg. 64

eletrônico: http://www.zee.go.gov.br/.

Os mapas, figuras e relatório fotográfico encontram-se em anexo, (Anexo IT nº 12.2017Nubio.DF Mapas e Relatório Fotográfico Santo Antônio).

3. Vistoria

a) Da vistoria

a.1) Ordem de Fiscalização DF 59029a.2) Equipe da DITEC

Analista Ambiental Manoel Alessandro Machado de Araújo

Agente AmbientalFederal

Membro da equipe

Tereza Nogueira Lemes

Jaime Martins Cruz

a.3) Equipamentos Máquina Fotográfica Digital Sony, cyber-shot 10.1 megapixels e GPS(SAD-69)

b.1) Em 8.11.2017, a equipe do Ibama descrita no quadro acima, realizou vistoria emSanto Antônio do Descoberto, no Estado de Goiás quando foi possível constatar:

* que a área anteriormente u lizada para a deposição dos resíduos sólidos, encontra-sedesa vada, em processo de recuperação natural. Não foi apresentado qualquer documento referenteao projeto de recuperação de área degradada - PRAD, sobre ela.

* uma área ocupada pelos catadores,

* a existência da empresa BELFORT, que recolhe, trata e incinera aos resíduoshospitalares. Em contato com o sócio proprietário, Senhor Rodrigo Lara (tel. 33575773), o mesmoinformou que a des nação final das essências são transportadas para Be m/MG. Atualmente aempresa recolhe os lixos hospitalares de Águas lindas de Goiás, Santo Antonio do Descoberto,Cabeceiras de Goiás e Novo Gama, sendo que este último está com o recolhimento suspenso,

* que a área atualmente u lizada para a des nação final dos resíduos sólidos/lixo nãopossui licença ambiental,

* presença de catadores no lixão,

* ausência de qualquer controle e/ou separação do lixo. Só ocorre quando os catadoresse aproximam do caminhão,

* controle ineficiente da deposição dos resíduos/lixos,

* o lixão está localizado em uma área ambientalmente sensível e

* os resíduos que chegam ao lixão são coletados no município, conforme informaçõesobtidas na área.

b.2) Na prefeitura: em contato com os Servidores da Secretaria Municipal de MeioAmbiente de Santo Antônio do Descoberto, entre eles o Analista Ambiental Mayron Paes (Tel. 62-36262126 ou 36261714) fomos informados:

* sobre a existência de um processo de licenciamento ambiental para o Aterro Sanitáriodo Município, em análise pela SECIMA/GO,

* que o município já foi autuado pela SECIMA/GO, e

* que existe um proprietário par cular que está adotando ops procedimentos juntos aSECIMA/GO, com vistas a licenciar uma área para a atividade de Aterro Sanitário.


http://www.zee.go.gov.br/

Os servidores ficaram de enviar as informações para subsidiar a análise peloIBAMA/DF. Até a presente data esta equipe técnica não teve acesso a qualquer documento.

Em 29.6.2015, a equipe técnica do NUFLORA, elaborou a Informação Técnicanº.66/2015 -NUFLORA/DITEC/IBAMA-DF, em anexo ( IT 66.2015 NUFLORA.DITEC.IBAMA-DF Promotoria de Justiça Santo Antonio Goiás).

Os mapas, figuras e relatório fotográfico encontram-se em anexo, (Anexo IT nº 12.2017Nubio.DF Mapas e Relatório Fotográfico Santo Antônio).

4. Considerações finais

Assim considerando:

A solicitação do Ministério Público do Estado do Goiás, contida no Ofício nº 1533/2017-CAOMA,

A vistoria realizada em 8.11.2017,

o relatório fotográfico de 8.11.2017,

A competência dos órgãos ambientais Municipal e Estadual, a Secretaria Municipal de MeioAmbiente de Santo Antônio do Descoberto e a SECIMA/GO, no município de Santo Antônio doDescoberto, no Estado de Goiás,

A Lei Complementar nº 140/2011,

A Informação Técnica nº 66.2015 NUFLORA/DITEC/IBAMA-DF, de 29.6.2015,

a existência do CORSAP DF/GO,

a desativação da área anteriormente utilizada para a destinação dos resíduos/lixos.

Nesse sentido entende-se:

1) que as ações na área que atualmente está des nada à deposição de resíduos sólidosde Santo Antônio do Descoberto - GO, são de competência primária da SECIMA/GO,

2) que são necessárias ações emergenciais no sen do de solucionar a des nação deresíduos sólidos no município de Santo Antônio do Descoberto - GO, dado aos danos ambientais queestão ocorrendo na região, ao prazo que se tem procurado soluções concretas e ao nível devulnerabilidade socioambiental,

3) a importância do IBAMA/DF atuar junto ao Ministério Público do Estado de Goiás, aosmunicípios da RIDE/DF, neste caso, Santo Antônio do Descoberto - GO, ao Governo do Estado de Goiáse ao CORSAP, no sen do de viabilizar soluções urgentes, emergenciais e a longo prazo quanto adestinação dos resíduos sólidos na região e,

4) que a Prefeitura Municipal de Santo Antônio do Descoberto, deverá adotar osprocedimentos com vistas ao encerramento da área anteriormente u lizada para des nação dosresíduos/lixo.

Por fim, destaca-se que esta equipe técnica não teve acesso a qualquer documentoinformado pelos servidores do órgão ambiental municipal.

É o que tem-se a informar.

À consideração superior.

Documento assinado eletronicamente por MANOEL ALESSANDRO MACHADO DE ARAUJO,Analista Ambiental, em 16/11/2017, às 09:42, conforme horário oficial de Brasília, comfundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Decreto/D8539.htm

A autenticidade deste documento pode ser conferida no sitehttps://ibamanet.ibama.gov.br/sei/autenticidade, informando o código verificador 1187600 e ocódigo CRC F0D71704.

Referência: Processo nº 02008.101011/2017-18 SEI nº 1187600


Figuras – Mapas de Localização do lixão de Santo Antônio do Descoberto-GO

Figura 1 – Lixão Santo Antônio do Descoberto -GO – Imagem Google Earth 12.2016

Figura 2 – Acesso ao lixão de Santo Antônio do Descoberto –GO - Imagem Google Earth 4.8.2017

Anexo IT nº 12.2017 Nubio.DF (1202518) SEI 02008.101011/2017-18 / pg. 68

Figura 3 – Detalhe lixão de Santo Antônio do Descoberto-GO – Imagem Google Earth 13. 8.2017


Relatório Fotográfico -Vistoria – Lixão Município – Santo Antônio do Descoberto /GOData: 8.11.2017

Foto 1 – Área destinada para catadores fora dolixão

Foto 2 –Lixão desativado

Foto 3 – Lixão desativado Foto 4 – Vista da área da BELFORT – Usina detratamento de lixos hospitalares

Foto 5 – Vista da área da BELFORT – Usina detratamento de lixos hospitalares

Foto 6 – Entrada do lixão


Foto 7 – Lixão Foto 8 – Área do lixão – máquinas, bags

Foto 9 – Lixão, máquinas Foto 10 – Fogão-catadores

Foto 11 – Resíduos/lixo Foto 12 – Resíduos/lixo


Foto 13 – Área do lixão Foto 14 - Área do lixão

Foto 15 – Catadores e resíduos Foto 16 – Área limítrofe ao lixão


MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMAINSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA

SUPERINTENDÊNCIA NO DISTRITO FEDERAL – SUPES/DFDIVISÃO TÉCNICA – DITEC / NÚCLEO DE FLORA - NUFLORA

Informação Técnica nº.66/2015 -NUFLORA/DITEC/IBAMA-DF Brasília, 29 de junho de 2015.Referência: Ofício 72-2015 - GAB - 2ª P.J. (Documento Ibama nº 02001.007905/2015-11)

Auto Extrajudicial: 201500096427Interessado: 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Santo Antônio do DescobertoAssunto: Contaminação do rio Descoberto - Goiás

1. IntroduçãoElaborou-se a presente, em atendimento ao solicitado no Documento Ibama nº

02001.007905/2015-11 e no Ofício 72-2015 - GAB - 2ª P.J, que trata da contaminação do rioDescoberto pelo lançamento de efluentes das Estações de Tratamento de Esgotos - ETE,localizadas no Distrito Federal e, em Santo Antônio do Descoberto, além da poluição gerada pelolixão do município de Santo Antônio do Descoberto.

É requisitado o encaminhamento de relatório circunstanciado a respeito da poluiçãodetectada e das medidas e penalidades administrativas adotadas pelo IBAMA.

Cita-se também o Ofício nº 26-2015 - GAB - 2ª P.J. que trata do mesmo assunto.Para facilitar o entendimento optou por elaborar 2 (duas) Informações Técnicas, uma

referindo-se aos impactos no Estado de Goiás (Informação Técnica nº 66/2015-NUFLORA/DITEC/IBAMA-DF)e outra no território do Distrito Federal (Informação Técnica nº64/2015-NUFLORA/DITEC/IBAMA-DF).

2. LocalizaçãoEstado de GoiásO município de Santo de Antônio do Descoberto está assim localizado:* Unidade da Federação: Goiás,* Unidade hidrográfica: rio Descoberto,* Bacia Hidrográfica: Rio Descoberto, e* Região Hidrográfica: Paraná.* Órgãos responsáveis:2.1- Saneamento Básico:- Estação de Tratamento de Esgoto - ETE - SANEAGO.2.2 - Órgãos ambientais: Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de

Goiás - SEMARH/GO, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia de SantoAntônio do Descoberto - SEMMA, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidades -ICMBio (Áreas de Proteção Ambiental - APAs do Planalto Central e da bacia do rio Descoberto eda Floresta Nacional - Flona de Brasília), Agência Nacional de Águas - ANA e Agência Regula-dora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF -ADASA .

Os limites do Município de Santo Antônio do Descoberto foram obtidos no endereço ele-trônico: http://www.zee.go.gov.br/.

Já os limites da unidades de conservação federais nos endereços eletrônicos:http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-brasileiros/cer-rado/unidades-de-conservacao-cerrado/2059-apa-do-planalto-central.html e http://www.icmbio.-gov.br/portal/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-brasileiros/cerrado/unidades-de-conservacao-cerrado/2070-flona-de-brasilia.html.

Informação Técnica nº. 66/2015-NUFLORA/DITEC/IBAMA-DF 1

Anexo IT nº 12.2017 Nubio.DF IT66.2015 (1202539) SEI 02008.101011/2017-18 / pg. 73

Figura 1 - Localização do Município de Santo Antônio do Descoberto, e das RAs de Taguatinga,Ceilândia e Samambaia - Imagem Google Earth

Figura 2 - Santo Antônio do Descoberto/GO - Pontos do lixão e da Estação de Tratamento de Esgoto - ETE. - Imagem Google Earth

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Figura 3 - Região de interferência no rio Descoberto - Santo Antônio do Descoberto Imagem Google Earth - 27.12.2014

3. Análise 3.1 - Da legislação - competência pelo licenciamento e fiscalização ambiental REGULAMENTAÇÃO DO ARTIGO 23 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Lei

Complementar nº 140/2011 - 9.12.2011Da Fiscalização: A fiscalização ambiental passou a ser de responsabilidade do ente

federado competente pelo exercício do licenciamento ambiental.Lei Complementar nº 140/2011 (9.12.2011) que fixa normas, nos termos dos incisos III,VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para acooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas açõesadministrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção daspaisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição emqualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera a Leino6.938, de 31 de agosto de 1981.“Art. 7o São ações administrativas da União:”“XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ouautorizar, ambientalmente, for cometida à União;XIV - promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades:a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe;b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômicaexclusiva;c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas;d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreasde Proteção Ambiental (APAs);e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados; (grifo nosso)f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo,aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar n o 97,de 9 de junho de 1999g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo,em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, medianteparecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); ouh) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da ComissãoTripartite Nacional, assegurada à participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente



http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp97.htm

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp97.htm

(Conama), e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ouempreendimento; XV - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em: a) florestas públicas federais, terras devolutas federais ou unidades de conservação instituídas pela União,exceto em APAs; e b) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pela União; “Art. 8º São ações administrativas dos Estados:”“XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ouautorizar, ambientalmente, for cometida aos Estados; XIV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursosambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradaçãoambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7o e 9o; XV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou desenvolvidosem unidades de conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);”“Art. 9º São ações administrativas dos Municípios: “ XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ouautorizar, ambientalmente, for cometida ao Município; XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover olicenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos: a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelosrespectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor enatureza da atividade; ou b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de ProteçãoAmbiental (APAs); XV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, aprovar: a) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em florestas públicas municipaise unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e b) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em empreendimentoslicenciados ou autorizados, ambientalmente, pelo Município”.“Art. 10. São ações administrativas do Distrito Federal as previstas nos arts. 8º e 9º”.“Art. 12. Para fins de licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursosambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradaçãoambiental, e para autorização de supressão e manejo de vegetação, o critério do ente federativo instituidorda unidade de conservação não será aplicado às Áreas de Proteção Ambiental (APAs). (grifo nosso)Parágrafo único. A definição do ente federativo responsável pelo licenciamento e autorização a que se refereo caput, no caso das APAs, seguirá os critérios previstos nas alíneas “a”, “b”, “e”, “f” e “h” do inciso XIVdo art. 7o, no inciso XIV do art. 8o e na alínea “a” do inciso XIV do art. 9o.

Art. 13. Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por umúnico ente federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta LeiComplementar. (grifo nosso)§ 1o Os demais entes federativos interessados podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ouautorização, de maneira não vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental”.Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso, de umempreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativopara a apuração de infrações à legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividadelicenciada ou autorizada. (grifo nosso)§ 1o Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental decorrente deempreendimento ou atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores,pode dirigir representação ao órgão a que se refere o caput, para efeito do exercício de seu poder de polícia. § 2o Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, o ente federativo que tiverconhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicandoimediatamente ao órgão competente para as providências cabíveis. § 3o O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes federativos da atribuição comumde fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ouutilizadores de recursos naturais com a legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infraçãoambiental lavrado por órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere ocaput. Art. 18. Esta Lei Complementar aplica-se apenas aos processos de licenciamento e autorizaçãoambiental iniciados a partir de sua vigência. (grifo nosso)§ 1o Na hipótese de que trata a alínea “h” do inciso XIV do art. 7o, a aplicação desta Lei Complementar dar-se-á a partir da entrada em vigor do ato previsto no referido dispositivo.



§ 2o Na hipótese de que trata a alínea “a” do inciso XIV do art. 9o, a aplicação desta Lei Complementar dar-se-á a partir da edição da decisão do respectivo Conselho Estadual. § 3o Enquanto não forem estabelecidas as tipologias de que tratam os §§ 1o e 2o deste artigo, os processos delicenciamento e autorização ambiental serão conduzidos conforme a legislação em vigor.

Lembra-se a elaboração da Nota Técnica nº1/2015-NUFLORA/DITEC/IBAMA/DF, e daação supletiva do IBAMA.

3.2) Ação SupletivaArt. 15. Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações administrativas de licenciamento ena autorização ambiental, nas seguintes hipóteses:

I - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado ou no Distrito Federal, a União deve desempenhar as ações administrativas estaduais ou distritais até a sua criação;II - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Município, o Estado deve desempenhar as ações administrativas municipais até a sua criação; eIII - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado e no Município, a União deve desempenhar as ações administrativas até a sua criação em um daqueles entes federativos.

Lembra-se ainda da Nota Técnica nº 1/2015-NUFLORA/DITEC/IBAMA-DF.

3.2 - Dos lançamentos/interferências nos corpos hídricos

No Estado de Goiása) Sistema de Esgotamento Sanitário: Estações de Tratamento de Esgotos/ETEsResponsável: Companhia de Saneamento de Goiás - SANEAGOÓrgão ambiental licenciador: SEMARH/GO *b) Sistema de drenagem pluvial Responsável: Prefeitura Municipal de Santo Antônio do Descoberto de GoiásÓrgão ambiental licenciador: SEMARH/GO **c) Aterro Sanitário / LixãoResponsável: Prefeitura Municipal de Santo Antônio do Descoberto-GO.Órgão licenciador: SEMARH/GO**

* É necessário obter uma manifestação da Diretoria de Licenciamento Ambiental - DILICdo Ibama, sobre a competência pelo licenciamento ambiental para as situações em que olançamento dos efluentes ocorre, em rio Federal, neste caso o rio Descoberto.

** Para o sistema de drenagem pluvial e aterro sanitário o órgão ambiental estadual deveráse manifestar quanto a competência, observando-se a existência do órgão ambiental municipal.

4. Vistoria a) Da vistoria

a.1 Ordem de Fiscalização DF-16529a.2 Equipe da DITEC

a) Analistas Ambientais Gutemberg Machado Mascarenhas Manoel Alessandro M. de Araújo

b)Agente Ambiental Federal Jaime Martins Cruza.3 Equipamentos Máquina Fotográfica Digital Sony, cyber-shot 10.1 megapixels

e GPS (SAD-69)Em 19.6.2015, a equipe do Ibama descrita no quadro acima realizou vistoria nas áreas de

Santo Antônio do Descoberto-GO e do Distrito Federal, para atender a solicitação contida noOfício 26-2015 - GAB - 2ª P.J.

Ao chegar na ETE de Santo Antônio do Descoberto, observou- se que o portão de acessoestava trancado, a sede/administração fechada e não havia qualquer responsável para prestar asinformações ou apresentar a licença ambiental.



A vistoria na ETE foi acompanhada por um Engenheiro de uma empresa terceirizada, queestava executando obras na área externa da ETE, para a SANEAGO. Nas áreas dos lixões avistoria foi realizada apenas pelos servidores do IBAMA/DF.

Na vistoria foi possível constatar:

4.1 - ETE Santo Antônio do Descoberto* que a ETE de Santo Antônio do Descoberto está em pleno funcionamento e lançando

seus efluentes após tratamento, no rio Descoberto,* existência de 3 (três) lagoas,* presença de água turva esverdeada após tratamento com odor característico de efluente,

sendo necessário, a apresentação de laudos das amostras coletadas a montante e a jusante dolançamento,

* que a sede da ETE estava fechada sem qualquer responsável na área,e * que o portão estava trancado.Posteriormente a equipe dirigiu-se ao escritório da Saneago na cidade, sendo atendida pelo

Servidor Daniel. Ele tentou contato com o Gerente Fausto e não obteve êxito e não soubeinformar se a Licença de Operação - LO estaria no escritório ou na sede da ETE ou em Goiânia.Acordou-se então para que enviasse a LO por email, o que foi atendido em 19.6.2015, peloSenhor Fausto de Moura Rabelo (email: [email protected]), em anexo.

Figura 4: Localização aproximada da ETE de Santo Antônio do Descoberto. Imagem Google Earth, 28.12.2014*************



Figura 5 :Localização aproximada da ETE de Santo Antônio do Descoberto e ponto de lançamento no rio.Imagem Google Earth, 15.7.2013

Figura 6: Detalhe do ponto de lançamento de efluentes no rio Descoberto - Imagem Google Earth 21.7.2014*********



Foto 3 - Portão de acesso à ETE de SantoAntônio do Descoberto fechado

Foto 4 - Portão de acesso à ETE de SantoAntônio do Descoberto fechado

Foto 5 - Sede - Administração da ETE SantoAntônio do Descoberto - fechada

Foto 6 - Vista das lagoas da ETE de SantoAntônio do Descoberto



Foto 7 - Vista da lagoa da ETE de SantoAntônio do Descoberto 15º58'55,3"S,48º15'36,1"OFoto 8 - Vista das lagoas da ETE de SantoAntônio do Descoberto

Foto 9 - Vista rio Descoberto, próximo aoponto de lançamento de efluentes. Foto 10 - Ponto de lançamento de efluentes no

rio Descoberto - 15º58'59,8"S, 48º15'31,3"O

Foto 11 - Ponto de lançamento de efluentes norio Descoberto - 15º59'59,9"S, 48º15'31,5"O

Foto 12 - Vista do rio descoberto a montante doPonto de lançamento de efluentes 15º58'57,1"S,48º15'29,5"O



A SANEAGO encaminhou por email os seguintes documentos:4.1.1 - Licença de Instalação - Licença: 304/2011- Secretaria de Meio Ambiente e Recurso

Hídricos do Estado de Goiás - SEMARH/GO para o Tratamento de Esgoto de Santo Antônio doDescoberto, com validade até 17.9.2015, processo nº 7601/2009 -SEMARH/GO,

4.1.2 - Licença de Funcionamento - Licença: 779/2015-Secretaria de Meio Ambiente,Recursos Hídricos Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos do Estado de Goiás -SECIMA/GO, para o Tratamento de Esgoto de Santo Antônio do Descoberto, com validade até29.4.2021, processo nº 8241/2012-SECIMA

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4.2 - Lixão - Santo Antônio do Descoberto-GOFoi possível identificar duas áreas para a destinação de lixo, sendo uma desativada, que

será denominada Lixão 1 (15°56'31.29"S, 48°16'48.82"O), margem esquerda do córrego dosPorcos, e a outra que encontra-se em pleno funcionamento - Lixão 2 (15º55'12,87"S,48º19'24,94"O).

Figura 7: Localização das áreas destinada ao lixão de Santo Antônio do Descoberto - Lixão 1 (desativado) e Lixão 2 (funcionamento). Imagem Google Earth 21.7.2014

4.2.1 - Lixão 1 - (15°56'31.29"S, 48°16'48.82"O)Localizado às margens esquerda do córrego dos Porcos, a esquerda da GO - 225/Avenida

Goiás, sentido Cidade Eclética e a direita da Avenida Castelo Branco. As figuras de 8 a 11demonstram a evolução da deposição do lixo da cidade até a sua desativação. O limite emvermelho corresponde as áreas aproximadas em 24.5.2013.

É necessário que a Prefeitura Municipal do Novo Gama e a SEMARH/GO apresentem adocumentação referente ao processo de desativação do lixo e o respectivo Plano de Recuperaçãode Áreas Degradadas - PRADs, considerando o período que área foi destinada para a destinaçãode lixo e a interferência no cursos d'água e no solo.

Figura 8 - Lixão 1 - desativado - Imagem Google Earth 28.12.2014



Figura 9 - Lixão 1 - vista da área ocupada - Imagem Google Earth 24.5.2013

Figura 10 - Lixão 1 - Área degradada, destinada para deposição de lixo. Imagem Google Earth 13.6.2012

Figura 11 - Lixão 1 - Área degradada, destinada para deposição de lixo. Imagem Google Earth 1.8.2010



Foto 13 - Vista da área do Lixão 1 - margemesquerda do córrego dos Porcos








Foto 19 - Vista da área do Lixão 1 - margemesquerda do córrego dos Porcos 15º56'20,8"S,48º16'46,3"O

Foto 20 - Área abaixo do lixão 1 e acima docórrego dos Porcos 15º55'12,6"S, 48º19'31,0"O

4.2.2 -Lixão 2 - (15º55'12,87"S, 48º19'24,94"O)Localizado às margens direita da rodovia Avenida Goiás/GO-225, sentido Cidade Eclética.As figuras 12 e 13 demonstram a evolução da deposição do lixo da cidade.É necessário que a Prefeitura Municipal do Novo Gama e a SEMARH/GO informem sobre

o licenciamento ambiental da área para a destinação do lixo.Caso não exista qualquer ação relativa ao licenciamento, que a SEMARH/GO adote os

procedimentos com vistas a fiscalização ambiental e a regularização junto à Prefeitura Municipalde Santo Antônio do Descoberto.

Na vistoria, verificou-se que trata-se de um lixão descontrolado, com lixos espalhados portoda área, formando diversas pilhas. Não existe compactação do lixo, barreiras (portão), cercasdelimitando a área de forma a impedir a entrada de pessoas não autorizadas e ninguém daAdministração Pública presente.

Figura 12 - Lixão 2 - Vista da área ocupada - Imagem Google Earth 28.12.2014



Figura 13 - Lixão 2 - vista da área ocupada - Imagem Google Earth 24.05.2013

Figura 14 - Lixão 2 - vista da área degradada, sem lixo - Imagem Google Earth 13.06.2012



Foto 21 - Lixão 2 - Entrada 15º55'07,7"S, 48º19'27,5"O

Foto 22 - Lixão 2 - lixo depositado sem controle



Foto 25 - Catadores no lixão 2Foto 26 - Catadores no lixão 2

Foto 27 - Lixão 2Foto 28 - Lixão 2



5. Considerações finaisAssim sendo, considerando:* a solicitação do Ofício 72-2015-GAB-2ª P.J.,* a vistoria realizada em 19.6.2015,* o relatório fotográfico de 19.6.2015,* a Licença de Instalação nº 304/2011 - SEMARH/GO,* a Licença de Funcionamento nº 779/2015 -SECIMA/GO, e* a Lei Complementar nº 140/2011.Nesse sentido entende-se que as ações na região da bacia do rio Descoberto, no rio Melchi-

or, ribeirão Taguatinga, córregos Taguatinga, Cortado e dos Porcos, e demais afluentes do rioDescoberto devem envolver os órgãos Municipal (Santo Antônio do Descoberto), Estaduais (SE-MARH/GO e SANEAGO), Distritais (IBRAM/DF, ADASA, CAESB, NOVACAP, SLU) e Fede-rais (ANA, IBAMA e ICMBio).

Com o objetivo de subsidiar a análise e adoção conjunta da providências a serem adotadasé importante ter acesso as seguintes informações relativas, a área inserida em Santo Antônio doDescoberto no Estado de Goiás:

5.1) Lixão - Atero Sanitário (Prefeitura de Santo Antônio do Descoberto, SEMARH/GO)5.1.1) Lixão 1: a qualidade da água do córrego Porcos (monitoramento) a montante e a ju-

sante da instalação do lixão da cidade (Lixão 1), este desativado. É importante também que sejainformado sobre o processo de desativação do lixão, o plano de recuperação de área degradada e ainterferência nos cursos d'água, lençol freático e no solo.

5.1.2) Lixão 2: informem sobre o licenciamento ambiental da área para a destinação dolixo.

Caso não exista qualquer ação relativa ao licenciamento que a SEMARH/GO adote os pro-cedimentos com vistas a fiscalização ambiental e a regularização junto à Prefeitura Municipal deSanto Antônio do Descoberto.

5.2 - Estação de Tratamento de Esgotos-ETE Santo Antônio do Descoberto-GO (Prefeitura de Santo Antônio do Descoberto, SEMARH/GO e SANEAGO)5.2.1) a qualidade da água do rio Descoberto a montante e a jusante do ponto de lançamen-

to da ETE de Santo Antônio do Descoberto,5.2.2) sobre o monitoramento do licenciamento ambiental e outorga do Sistema de Esgota-

mento Sanitário do município de Santo Antônio do Descoberto.5.3 - Drenagem pluvial de Santo Antônio do Descoberto5.3.1 - Prefeitura Municipal de Santo Antônio do Descoberto: sobre os lançamentos de

drenagem pluvial nos corpos hídricos que contribuem para a formação do rio Descoberto, licenci-amento ambiental, outorga e monitoramento da qualidade da água.

2) Órgãos Federais2.1 - IBAMA: É necessário que a Diretoria de Licenciamento Ambiental - DILIC do

IBAMA se manifeste quanto a competência pela análise do licenciamento da ETE de Santo An-tônio do Descoberto considerando o lançamento de efluentes no rio Descoberto.

2.2 - ANA: encaminhe, caso existam, as outorgas concedidas no rio Descoberto, no trecholimítrofe ao Distrito Federal.

É importante também que seja realizada uma ação com vistas a recuperação das Áreas dePreservação Permanentes - APPs, do rio Descoberto e dos cursos águas que contribuem para a suaformação, além do levantamento das atividades licenciadas e sujeitas ao licenciamento ambientalcom vistas a regularização.

Sugere-se ainda gestões junto à Promotoria de Justiça de Santo Antônio do Descobertopara que as solicitações apresentem maiores detalhes e precisão dos tipos de poluição e casoviável das localizações que atingem o rio Descoberto, assim como os estudos e análises que de-nunciam que rio está poluído, com vistas a subsidiar o relatório do IBAMA.Informação Técnica nº. 66/2015-NUFLORA/DITEC/IBAMA-DF 18


É o que tem-se a informar.À consideração superior.

À DITEC,Senhor Chefe,Encaminhamos a Informação Técnica nº 66/2015-NUFLORA/DITEC/IBAMA-DF, elabo-

rada em atendimento ao solicitado para conhecimento e adoção dos procedimentos que julgar per-tinentes.

Em 29.6.2015.



os limites do município de santo antônio do descoberto ......2018/03/23 · o quarto dia...

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