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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO CURSO DE FISIOTERAPIA Os efeitos do tratamento por meio do Método Pilates em estudantes de fisioterapia portadores de Lombalgia Crônica. Bragança Paulista 2009

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO CURSO DE FISIOTERAPIA

Os efeitos do tratamento por meio do Método Pilates em estudantes de fisioterapia portadores de Lombalgia Crônica.

Bragança Paulista

2009

Andressa de Paiva Ameri

Os efeitos do tratamento por meio do Método Pilates em estudantes de

fisioterapia portadores de lombalgia crônica.

Bragança Paulista

2009

Monografia apresentada à disciplina

Trabalho de Conclusão de Curso de

Fisioterapia da Universidade São

Francisco sob orientação da Profa Dra

Rosimeire Simprini Padula como

exigência para conclusão do curso de

Graduação em Fisioterapia.

AMERI, Andressa de Paiva. Os efeitos do tratamento por meio do Método Pilates em estudantes de fisioterapia portadores de Lombalgia Crônica. 2009. 35f Monografia defendida e aprovada no curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, Bragança Paulista- SP, pela banca examinadora composta por: _____________________________________________________________ Profª Drª Rosimeire Simprini Padula USF Orientadora Temática ______________________________________________________________ Profª Ms Thatiane Moura Campos Zanelli USF Orientadora Metodológica _____________________________________________________________ Prof° Ms. Cláudio Fusaro USF Convidado

DEDICATÓRIAS

Dedico este estudo com todo meu amor e carinho aos meus pais Paulo Roberto e

Agueda , pelo apoio, encorajamento, dedicação carinho, amor e compreensão que nunca

me permitiram desistir durante toda a essência da vida, para que eu me tornasse alguém

nela. Aos meu irmãos Paulo e Vinicius pelo carinho. A minha tia Vivian que sempre me

encorajou. As minhas amigas e companheiras Evelyn, Tatiane, Daniele, Roberta e

Priscila que durante a minha formação sempre estiveram do meu lado, e em especial a

minha amiga irmã Thalita Fagundes que me fez descobrir o verdadeiro valor da

amizade, que me alegrou, me deu atenção e coragem durante momentos importantes e

momentos difíceis da minha vida, e a Deus pela imensa magnitude de viver a cada dia

reluzente em sua eterna presença.

Andressa de Paiva Ameri

Dedico a Deus por tudo! Aos meus pais Carlos e Marcia e ao meu irmão Thiago pelo simples fato de

tornarem possível a essência do que é a vida, onde a compreensão, o amor o carinho se

tornavam mais que essenciais e indispensáveis a cada dia, dando-me forças para

continuar na luta acreditando na esplendida capacidade de poder conseguir e assim

continuar durante toda a minha formação não tendo pensamentos desistentes, me

preenchendo de garra, amor e determinação. As minhas amigas, em especial á Andressa

de Paiva Ameri que juntas descobrimos o valor da amizade, dividindo momentos de

felicidades e momentos difíceis da minha vida.

Thalita Fagundes

AGRADECIMENTOS

A Deus por sua imensidão e por ser sempre a luz que rege nossas vidas

Aos nossos pais pelo apoio, compreensão e amor incondicional

Ao nosso Mestre Professor Rafael Davini

A Professora, Coordenadora Doutora Rosimeire Simprini Padula, que em meio a

risos nos ajudou, ensinou, nos deu forças e orientou com paciência e dedicação o nosso

estudo

A Mestre Professora Thatiane Moura Campos Zanelli pelos preciosos conselhos

Ao Professor Mestre Cláudio Fusaro por ter aceitado gentilmente fazer parte da

banca examinadora de nosso estudo

Aos nossos amigos e futuros fisioterapeutas que colaboraram com nosso estudo

e acreditaram em nós

E agradecemos uma á outra pela paciência, compreensão e carinho.

Eu pedi força... E Deus me deu dificuldades para me fazer forte Eu pedi sabedoria... E Deus me deu problemas para resolver Eu pedi prosperidade... E Deus me deu cérebro e músculos para trabalhar Eu pedi coragem... E Deus me deu perigo para superar Eu pedi amor... E Deus me deu pessoa com problemas para ajudar Eu pedi favores... E Deus me deu oportunidades Eu não recebi nada do que pedi Mas recebi tudo de que precisava

(autor desconhecido)

AMERI, Andressa de Paiva; FAGUNDES, Thalita; Os efeitos do tratamento por meio do Método Pilates em estudantes de fisioterapia portadores de Lombalgia Crônica. 2009. 35f Monografia entregue ao curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, Bragança Paulista- SP.

RESUMO

Introdução: A lombalgia é dos problemas mais comuns da sociedade moderna,

podendo ter diversos fatores predisponentes. Os fisioterapeutas estão entre os

profissionais da área da saúde que mais predisposição para este distúrbio, pois exercem

suas atividades, as quais exigem a realização de movimentos repetitivos e de força,

posturas incorretas, em postos de trabalhos inadequados. Objetivos: Investigar os

efeitos do Método Pilates no tratamento de lombalgia crônica em estagiários de

fisioterapia. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo de série de casos que foram

avaliados 36 estagiários de fisioterapia do último ano através da aplicação do Teste de

Investigação de 10 minutos de Hendlir para pacientes com Lombalgia Crônica, depois

de submetidos a uma avaliação postural e a uma escala analógica de dor, foram

selecionados e submetidos a 8 sessões do Método Pilates. Resultados: Foi verificado

um alto índice de lombalgia nos acadêmicos de Fisioterapia, representando 61% dos

estagiários, dos quais 27% participaram das sessões, e após estas, o índice de lombalgia

diminuiu 50% tendo diminuição da dor e melhora da postura. Conclusão: No presente

estudo verificou-se que o efeito do tratamento por meio do método Pilates foi efetivo na

redução da dor, melhora da postura em estudantes de fisioterapia portadores de

lombalgia crônica.

Palavras-chave: Lombalgia; Método Pilates; Acadêmicos de Fisioterapia

ABSTRACT

Introduction: Lumbar pain is one of the most common issues of the modern society,

having several predisposed factors. Physiotherapists are more predisposed to this

disorder amid healthcare professionals, because they perform activities that require

repetitive movements and strength, incorrect position of the body, and inadequate work

stations. Objectives: To examine the effects of the principles of the Pilates Method in

the treatment of severe lumbar pain on Physiotherapy trainees. Methods and

Materials: A study was conducted on several cases and 36 physiotherapy trainees of

the last year were examined through the 10 minute Hendlir investigation test for patients

with severe lumbar pain. After they were subjected to a standpoint test and to an analog

scale of pain, they were selected and put through 8 sections of Pilates Method. Results:

It was observed a high rate of Lumbar Pain in the students of Physiotherapy, referred to

61% of the trainees, of whom 27% participated in the sections, and after this the rate of

lumber pain diminished 50% , having the pain minimized and an improvement of the

posture. Conclusion: It was verified through the present study that the effect of the

treatment by the Pilates Method showed to be effective in the reduction of the pain and

the improvement of the posture amid Physiotherapy students who had lumbar pain.

KEY WORDS: Lumbar, Pilates Method, Physiotherapy Students

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Divisão dos estagiários por sexo.......................................................19

Gráfico 2: Porcentagem de estagiários com dor lombar.....................................20

Gráfico 3: Escala Analógica de dor....................................................................20

Gráfico 4:Teste de 10 minutos de Hendlir para pacientes com

LombalgiaCrônica...............................................................................................21

Gráfico 5: Hiperlordose Lombar........................................................................21

Gráfico 6: Hipercifose Torácica.........................................................................22

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................10

1.1 A Coluna Vertebral.......................................................................................10

1.2A Lombalgia Crônica .....................................................................................10

1.3O Método Pilates............................................................................................12

1.4 Lombalgia em Profissionais da Saúde...........................................................13

2. JUSTIFICATIVA..............................................................................................15

3. OBJETIVO.........................................................................................................16

3.1 Objetivo Geral ..............................................................................................16

3.2 Objetivo Especifico ......................................................................................16

4. MÉTODO...........................................................................................................17

4.1 Sujeitos..........................................................................................................17

4.2 Local de Estudo e Materiais..........................................................................17

4.3 Critérios de Inclusão......................................................................................17

4.4 Critérios de Exclusão ....................................................................................17

4.5 Procedimentos ..............................................................................................18

5. RESULTADOS..................................................................................................11

6. DISCUSSÃO......................................................................................................23

7. CONCLUSÃO....................................................................................................25

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................26

9.ANEXOS...............................................................................................................29

9.1 Anexo 1...........................................................................................................29

9.2 Anexo 2...........................................................................................................31

9.3 Anexo 3...........................................................................................................32

9.4 Anexo 4...........................................................................................................33

1. INTRODUÇÃO

1.1 A Coluna Vertebral

A coluna vertebral trata-se de um órgão cuja atividade resume uma das

condições básicas responsáveis da estabilidade do ser humano (FILHO e JÚNIOR,

1997). Compõe-se de 33 ossos denominados vértebras que se articulam nas articulações

intervertebrais, sendo que apenas 24 delas (7 cervicais, 12 torácicas e 5 lombares) são

móveis e 5 sacrais e 4 coccígeas que se fundem. As vértebras são estabilizadas por

ligamentos que limitam os movimentos produzidos pelos músculos do tronco, formando

uma sustentação forte mais flexível (MOORE, 1994).

Outro papel importante da coluna vertebral é o de auxiliar na manutenção da

postura, na sustentação do peso do corpo, locomoção e proteção da medula espinhal e

das raízes nervosas. Possui as curvaturas cervical, torácica, lombar e sacral. As

curvaturas torácica e sacral são denominadas curvaturas primárias, pois se desenvolvem

durante o período fetal. As curvaturas cervical e lombar são denominadas secundárias,

pois só se evidenciam após o nascimento (MOORE, 1994).

O segmento lombar da coluna vertebral é composto por 5 vértebras lombares

que se caracterizam por serem maiores (condição necessária para pressões

consideráveis) e por possuírem 10 articulações zigoapofisárias, ligamentos longitudinais

anteriores e posteriores, amarelo, supra-espinal, interespinal, intertransversos e

iliolombar, e os músculos reto do abdome, oblíquos externos e internos, transverso do

abdome e multífidos. Suporta a porção superior do corpo e transmite o peso dessa área

para a pelve e os membros inferiores, assim estabilizando a lombar (MAGEE, 2002).

As estruturas músculo-articulares são responsáveis pelo antagonismo das ações

mecânicas da coluna, eixo de sustentação do corpo e, ao mesmo tempo, eixo de

movimentação. Sucintamente, define-se a lombalgia como sendo um sintoma referido

na altura da cintura pélvica, podendo ocasionar proporções grandiosas (TOSCANO e

EJWPTO, 2002).

1.2 A Lombalgia Crônica

A lombalgia pode ser causada por esforços repetitivos, excesso de peso,

pequenos traumas, condicionamento físico inadequado, erro postural, posição não

ergonômica no trabalho (essa é a causa mais freqüente para a torção e distensão dos

músculos e ligamentos que causam a lombalgia), osteoartrose da coluna; osteofitose

(bico de papagaio) e osteoporose (são causas também relacionadas a idade) (MSD-

BRAZIL, 2008). O desequilíbrio entre a função dos músculos extensores e flexores do

tronco é um forte indício de distúrbios da coluna lombar (KOLYNIAK, CAVALCANTI

e AOKI, 2004).

A falta ou excesso de esforço físico nessas estruturas facilmente acarretara danos

à mecânica do ser humano em seus componentes osteomioarticulares. O seu

diagnóstico pode ser considerado simples, pois geralmente o quadro clínico é

constituído por dor, incapacidade de se movimentar e trabalhar (TOSCANO e

EJWPTO, 2002).

Há dois modelos que tentam explicar as causas da dor lombar. O primeiro é

conhecido como ‘ciclo dor-espasmo-dor’ e relaciona-se, freqüentemente, as mudanças

na atividade dos músculos do tronco, sendo que a dor resultaria em atividade muscular

aumentada. O segundo é o ‘modelo de adaptação da dor’ no qual, esta diminuiria a

contração dos músculos quando ativos como agonistas e aumentaria essa contração,

quando ativos como antagonistas. A dor que ocorre imediatamente após uma lesão

aguda é, geralmente, acompanhada por intensas contrações dos músculos ao redor das

estruturas lesionadas (LOPES et al, 2006 ).

A dor na coluna lombar atinge níveis epidêmicos na população em geral

relatando que esta é uma afecção muito comum na população, atingindo prevalência de

70% em países industrializados. A dor lombar é uma importante causa de incapacidade,

ocorrendo em prevalências elevadas em todas as culturas, influenciando a qualidade de

vida das pessoas. Estudos têm demonstrado que 60% a 80% da população adulta têm ou

tiveram um episódio de dor incapacitante na coluna vertebral, principalmente na região

lombar, ou manifestou dor lombar em algum momento de suas vidas independente da

ocupação. Cerca de 80% da população já apresentou algum episódio, cuja intensidade

pode variar de um leve desconforto até dores incapacitantes e de longa duração ( DEYO

et al, 2001 apud MATOS et al, 2008).

A lombalgia mecânica postural representa grande parte das algias da coluna

referida pela população. Geralmente ocorre um desequilíbrio entre a carga funcional,

que seria o esforço requerido para atividades do trabalho e da vida diária, e a capacidade

funcional, que é o potencial de excussão para essas atividades (ANDRADE, ARAÚJO e

VILLAR, 2005), sendo um dos problemas da sociedade moderna, representando grande

parcela de gastos na área da saúde pública (KOLYNIAK, CAVALCANTI e AOKI,

2004). Dados epidemiológicos demonstram que, nos Estados Unidos da América, a

lombalgia é a causa mais freqüente da incapacidade física para o trabalho em pessoas

com menos de 45 anos. Estima-se que o gasto anual relacionado a esse problema (custos

médicos e indenizações) ficou em torno de 20 bilhões de dólares durante a década de

90, a previsão para a próxima década é de que esses gastos superem 50 bilhões de

dólares ( KOLYNIAK, CAVALCANTI e AOKI, 2004).

A dificuldade de prevenção e tratamento da lombalgia é devido a sua etiologia

ser multifatorial e também devido ao fato de que muitas de suas causas ainda

permanecem desconhecidas. Freqüentemente, a lombalgia esta associada ao

sedentarismo, sendo considerada uma das mais comuns doenças hipocinéticas. Apesar

de evidencias teóricas apontarem para a importância da atividade física na prevenção da

lombalgia, não existem recomendações específicas para a elaboração de programas de

treinamento na prevenção desse problema ( KOLYNIAK, CAVALCANTI e AOKI,

2004).

Há muitas áreas de conhecimento que se preocupam em minimizar este

problema, sendo o exercício mais recente alternativo para preveni-lo e tratar aqueles que

por ele são acometidos. Esta bem estabelecido que o fortalecimento dos músculos

abdominais e das costas promove a estabilidade da coluna lombar, e que estabilização

do tronco é de vital importância para região inferior das costas que apresenta dor. Nesse

contexto, o meio mais seguro para aumentar a estabilidade da coluna lombar, mediante

exercícios, é via endurance local, ou seja, exercícios locais que fadiguem a musculatura

que recupera rapidamente (LOPES et al, 2006).

1.3 O Método Pilates

O método Pilates desenvolvido por Jopeph Pilates, no início da década de 1920.

Tem como base um conceito denominado contrologia. Segundo Pilates, contrologia é o

controle de todos os movimentos musculares do corpo. É a correta utilização e aplicação

dos mais importantes princípios das forças que atuam em cada um dos ossos do

esqueleto, com o completo conhecimento dos movimentos funcionais do corpo e o total

entendimento dos princípios de equilíbrio e gravidade aplicados a cada movimento, no

estado ativo, em repouso e dormindo. Os exercícios do Método Pilates são, na sua

maioria, executados na posição deitada, havendo diminuição do impacto nas

articulações de sustentação do corpo na posição ortostática e, principalmente, na coluna

vertebral, permitindo recuperação das estruturas musculares, articulares e ligamentares,

particularmente da região sacrolombar (KOLYNIAK, CAVALCANTI e AOKI, 2004).

O sistema básico inclui um programa de exercício que fortalecem a musculatura

abdominal e paravertebral, bem como os da flexibilidade da coluna, além de exercícios

para o corpo todo. Já no sistema intermediário-adiantado são introduzidos,

gradualmente, exercícios de extensão de tronco, além de outros exercícios para o corpo

todo, procurando melhorar a relação de equilíbrio agonista-antagonista ( KOLYNIAK,

CAVALCANTI e AOKI, 2004).

O centro de gravidade do corpo, onde se iniciam todos os movimentos é definido

como sendo o complexo lombar-pélvico do quadril, mais conhecido como Core. A

musculatura do Core é componente essencial no mecanismo de proteção da coluna

vertebral das forças negativas das atividades esportivas e funcionais. Pela combinação

de apropriado alinhamento postural e força de estabilidade, o corpo desacelera a

gravidade e as forças de reação ao solo, criando o momento na articulação certa, no

plano certo e no momento adequado. Um Core eficiente permite a manutenção da

relação entre comprimento e tensão dos músculos agonistas e antagonistas funcionais

possibilitando a manutenção das relações de pares de forças e uma eficiência

neuromuscular satisfatória em toda cadeia cinética (STEINMAN et al, 2008).

1.4 Lombalgia em Profissionais da Saúde

Os profissionais da área da saúde estão incluídos nas referências de altos índices

de dor na coluna vertebral relacionados à ocupação laboral, e este é um sintoma que

interfere na realização das atividades diárias, causando desde limitação de movimentos

ate invalidez temporária, dependendo da intensidade da patologia (SIQUEIRA,

KUCAHÚ e VIEIRA 2008).

Os profissionais da área de saúde estão sujeitos a altos índices de dor na coluna

vertebral e a lombalgia é uma das queixas dolorosas mais freqüentes na prática clínica.

Os fisioterapeutas estão entre os profissionais que mais apresentam estes tipos de

distúrbios, pois as atividades laborativas destes implicam em exigências do sistema

músculo-esquelético, com movimentos repetitivos de membros superiores, manutenção

de posturas estáticas e dinâmicas por tempo prolongado e, principalmente, movimentos

de sobrecarga para coluna vertebral. Apesar de ser uma profissão cujo objetivo maior é

promover a saúde do indivíduo, a grande maioria dos instrumentos e ambientes de

trabalho desses profissionais não respeitam preceitos ergonômicos. Assim, muitos

fisioterapeutas exercem suas atividades, as quais exigem a realização de movimentos

repetitivos e de força, em postos de trabalho inadequados e numa postura indesejável, o

que pode dispor ao aparecimento de distúrbios musculoesqueléticos principalmente na

coluna lombar (SIQUEIRA, KUCAHÚ e VIEIRA, 2008).

Como qualquer outro profissional o fisioterapeuta também esta exposto a riscos

e cargas ocupacionais, embora poucos estudos abordem esse assunto. Segundo

levantamento realizado nos Estados Unidos, em uma população de 928 fisioterapeutas,

45% referiram sintomas músculo-esqueléticos na coluna lombar, e foi destacado que as

atividades que ocasionaram risco corporais agudos e acumulativos foram: transferências

de pacientes dependentes, treino e auxílio de marcha de pacientes, assistência ao

paciente no leito, promoção de resistência manual e levantamento de pesos e

equipamentos inadequados (TRELHA, GUTIERREZ e MATSUO, 2004).

Desta maneira, será utilizado neste estudo, o Método Pilates para proporcionar

melhora das algias lombares, concentração, alinhamento, respiração, centralização,

vigor, fluidez de movimento, coordenação e relaxamento, com o propósito de estimular

os sistemas respiratório, linfático e circulatório de forma que eles passem a funcionar de

maneira mais eficiente (ROBINSSON e NAPPER, 2002), preconizando a melhora das

relações musculares (KOLYNIAK, CAVALCANTI e AOKI, 2004).

2. JUSTIFICATIVA

Os estudos científicos consultados sugerem que a incidência de lombalgia em

fisioterapeutas é significativa em função de posturas adotadas durante atendimentos

realizados. Assim, entende-se que os músculos estabilizadores lombares apresentam

alteração funcional importante nessa condição, fato que influência diretamente a

biomecânica articular da coluna lombar. Neste contexto o Método Pilates pode ser

utilizado como um método para melhora da estabilização lombar e redução das queixas

de dor.

3. OBJETIVO

3.1. Objetivo Geral

Investigar os efeitos do tratamento em estudantes de fisioterapia portadores de

lombalgia crônica por meio do Método Pilates

3.2. Objetivos Específicos:

Investigar os efeitos do Método Pilates na função dos músculos estabilizadores

lombar;

Investigar os efeitos do Método Pilates para melhora da postura;

Investigar os efeitos do Método Pilates na diminuição da dor na região lombar.

4. MÉTODOS

4.1 Sujeitos

Os indivíduos que foram pesquisados foram estudantes do quarto ano do curso

de fisioterapia, de ambos os sexos, com idade entre 18 a 30 anos, que foi encontrado um

valor mínimo de 21 anos e máximo de 27 anos com média de 23,67 e desvio padrão de

± 1,97 anos.

Os 36 estudantes de fisioterapia foram submetidos a avaliação, selecionado-os

para sessão, aqueles com queixa de dor lombar crônica com disposição á participar de

duas sessões semanais do Método Pilates de uma hora durante um semestre,

obedecendo uma seqüência de atividades, que consiste em aquecimento, respiração,

exercícios e relaxamento para perceber a tensão no corpo e livrar-se dela. Iniciaram no

nível básico, passando pelo intermediário e chegando ao avançado.

4.2 Local de Estudo e Matérias

As sessões foram aplicadas no Laboratório de Cinesioterapia, situado na Clínica-

escola da Universidade São Francisco. Foram utilizados para o atendimento colchonetes

e bola suíça, que será emprestado da clínica escola de Fisioterapia.

4.3 Critérios de Inclusão

Os estudantes a foram incluídos na pesquisa tinham que estar apresentando

lombalgia por mais de duas semanas, estes terão que apresentar os seguintes sinais e

sintomas: dor referida para região das nádegas e das coxas; rigidez matinal; e dor ao

iniciar um movimento; a dor é muitas vezes produzida ou agravada ao se realizar

extensão da coluna, flexão lateral ou rotação, ficar em pé, caminhar, sentar, e a pratica

de exercícios; a dor piora com o passar das horas durante o dia.

4.4 Critérios de Exclusão

Critérios de exclusão: patologia neuro-osteomioarticular diagnosticada da coluna

vertebral e esqueleto apendicular; pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos

relacionados à doenças neuro-osteomioarticulares da coluna vertebral e esqueleto

apendicular e indivíduos que estejam recebendo tratamento fisioterapêutico e clínico

medicamentoso para algia.

4.5 Procedimentos

Todos os participantes foram submetidos à avaliação postural e responderão ao

Teste de Investigação de 10 minutos de Hendlir para pacientes com Lombalgia Crônica

(Anexo 1). Este teste é composto por quinze questões formuladas pelo examinador e o

paciente receberá pontos de acordo com a resposta dada. Esses variam de 18 a 32

pontos, crescentemente, sugerindo que o paciente tem dor objetiva e apresenta uma

resposta normal a dor crônica, dor objetiva com aspectos de um paciente que exagera a

dor, e os que necessitam de um parecer psiquiátrico.

Para a avaliação da intensidade de dor relatada pelos estudantes, foram utilizada

a Escala Visual Numérica (EVN) (Anexo 2), descrita por Souza e Silva, que consiste

numa escala graduada no nível 0 ao 10. Essa consiste em auxiliar na aferição da

intensidade da dor no paciente, é um instrumento importante para verificarmos a

evolução do paciente durante o tratamento, sendo 0 ausência total de dor e 10 um nível

de dor máxima suportável.

A avaliação postural (Anexo 3) será realizada, pois se faz importante para que

possamos mensurar os desequilíbrios e adequarmos a melhor postura a cada indivíduo,

possibilitando a reestruturação completa de nossas cadeias musculares e seus

pocisionamentos no movimento e/ou na estática. A partir deste procedimento,

véumoveu-se a prevenção de muitos males causados inicialmente pela má postura, fruto

de ausência de controle e informação (EFDEPORTES, 2003). Todos os pacientes foram

avaliados nas mesmas posições devido a uma marcação ao chão para o correto

posicionamento dos pés, observados nas posições anterior (sendo observado altura dos

ombros, das espinhas ilíaca antero superiores), lateral (observando o alinhamento da

cabeça, protrusão de ombros, hipercifose torácica, hiperlordose lombar) e posterior

(observando a altura dos ombros, alinhamento da coluna e espinha ilíaca postero

inferior) em frente a uma parede branca.

Todos os estágiarios inscritos no projeto de tratamento das algias lombares que

consiste no método Pilates, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Anexo 4), de acordo com a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) do

Ministério da Saúde.

5. Resultados:

Os resultados foram colhidos com 36 estudantes de fisioterapia, através da

avaliação postural, escala numérica de dor e teste de investigação de dez minutos de

lombalgia crônica. Os dados analisados e processados pelo programa Microsoft Excel

2003.

A análise descritiva dos dados foi expressa em percentuais, médias, desvio

padrão, por meio de análise visual de gráficos.

No Gráfico 1 temos a distribuição de amostra analisada por sexo. Sobre os dados

colhidos nas escalas, 90% dos alunos são do sexo feminino.

FemMasc

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Fem

Masc

Gráfico 1 – Divisão dos acadêmicos por sexo

No Gráfico 2 verificou-se que a maioria dos acadêmicos apresentam dor lombar,

devido as posturas indesejáveis, a maioria dos estagiários são sedentários o que favorece

a lombalgia. Dentre os 36 estagiários avaliados, 22 (61%) destes apresentaram dor

lombar apenas 10 (27%) participaram do presente estudo, e verificou-se que após o

tratamento por meio do Método Pilates apenas 5 (13,5%) dos estagiários tiveram

diminuição da dor lombar (isso quer dizer que 50% dos que participaram tiveram

diminuição da dor)

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Apresenta dor Lombar Não Apresenta dor

Lombar

Apresenta dor Lombar

Não Apresenta dor Lombar

Gráfico 2: Porcentagem de acadêmicos com dor lombar

O Gráfico 3 mostra que 40% dos voluntários tiveram grau de dor 8, 50%

apresentaram grau 7 e 10% apresentaram grau 6 de dor de acordo com escala analógica

de dor, Na reavaliação á diminuição de dor foi considerável tendo 20% dos voluntários

apresentado grau 5, 40% grau 4, 30% grau 3 e 10% destes apresentou grau 2.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Grau 8 Grau 7 Grau 6 Grau 5 Grau 4 Grau 3 Grau 2

Pré Pós

% Escala Dor

Gráfico 3: Escala Analógica de dor

No Gráfico 4 está demonstrando que antes do tratamento por meio do Método

Pilates 100% dos estagiários tiveram uma pontuação entre 19 a 31pontos, após as

sessões do Método Pilates teve uma diminuição de 50% dos estagiários que tiveram

uma diminuição da pontuação até 18 pontos.

50 50

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

ate 18 19 a 31 32 ou mais

Pontuação

Classificação (%)

Pré

Pós

Gráfico 4: Teste de 10 minutos de Hendlir para pacientes com Lombalgia Crônica

No Gráfico 5 temos ilustrado a porcentagem de voluntários que apresentavam

hiperlordose antes das aulas e após as aulas. No pré tratamento 60% dos estagiários

apresentaram hiperlordose enquanto no pós tratamento apenas 30%.

P r é P ó s0 %1 0 %2 0 %3 0 %4 0 %5 0 %6 0 %7 0 %8 0 %9 0 %1 0 0 %P r éP ó s

Gráfico 5: Hiperlordose lombar.

O Gráfico 6 ilustra que antes das aulas 40% dos colaboradores apresentavam

hipercifose torácica e após,estas, obtivemos uma redução de 20%.

P r é P ó s0 %1 0 %2 0 %3 0 %4 0 %5 0 %6 0 %7 0 %8 0 %9 0 %1 0 0 %P r éP ó s

Gráfico 6: Hipercifose torácica

6.DISCUSSÃO:

Os resultados deste estudo demonstraram que a prevalência de dores lombares

em acadêmicos do Curso de Fisioterapia, da Universidade São Francisco, foi de 61%

em um total de 22 alunos, com uma amostra de 36. O estudo de SIQUEIRA, KUCAHÚ

e VIEIRA (2008) avaliaram 56 fisioterapeutas da cidade de Recife, Pernambuco,

apresentou índice semelhante a um total de 78,58% de queixas. Esse resultado colabora

com nosso estudo que indica um alto índice de queixas na categoria de Fisioterapeutas,

que podem ter se iniciado durante os atendimentos no estágio, ainda no período da

Graduação.

Vale ressaltar ainda que a carga horária de estágio dos alunos do Curso de

Fisioterapia, no último ano da graduação é alta, o equivale a 20% da carga horária total

do curso. Na maioria das vezes é superior a 700 horas, no qual são dividas em 2

semestres. (Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Fisioterapia,

2002) Dos estagiários entrevistados que apresentaram queixas de dor lombar, foi

evidenciado um elevado índice de ocorrências .

Outra comparação realizada neste estudo foi à relação das queixas entre os

gêneros (masculino e feminino), que apontam para uma maior queixa no sexo feminino

em comparação ao sexo masculino onde verificou-se que em alguns estudos

epidemiológicos esta prevalência também ocorre. O estudo de (PERSCH et al; 2007 )

tem demonstrado maior incidência de lombalgia em mulheres quando comparado aos

homens, o que se confirma a relação ao nosso estudo, entretanto, o estudo de PEREIRA,

GONÇALVES e BARBOSA(2006) contradiz a incidência entre os gêneros por relatar

que existem certas distinções anatômicas e histológicas dos músculos o que são

considerados fatores que predispõem ao surgimento da lombalgia em mulheres o que

não ocorre com o gênero masculino.(DEDERING et al, 1999 apud PEREIRA et al,

2006). Contudo alguns estudos mostram as diferenças frente a fadiga, relatando que a

maior parte deles se desenvolveu em indivíduos do sexo masculino, porém não há

aprofundamento no contexto dessas diferenças. (JORGENSEN, 1997 apud PEREIRA et

al, 2006 ). De acordo com o estudo de Silva et al, (2004) os achados são plausíveis, uma

vez que as mulheres,cada vez ,-mais combinam a realização de tarefas domésticas com

o trabalho fora de casa onde estão expostas a cargas ergonômicas, como repetitividade,

posição viciosa e trabalho em grande velocidade .somado às características anátomo-

funcionais (menor estatura, menor massa muscular, menor massa óssea, articulações

mais frágeis e menos adaptadas ao esforço físico pesado, maior peso de gordura) que

podem vir a colaborar para o surgimento das dores lombares crônicas.

Diante dos resultados obtidos, o nosso estudo comprovou que há uma relação na

redução das dores lombares após as sessões com o método Pilates, cujo resultado desta

aplicação pode ser explicado através da utilização de exercícios de fortalecimento e

flexibilidade do mesmo. Segundo KOLYNIAK, CAVALCANTI e AOKI(2004) os

resultados demonstrados no estudo o Método Pilates foi eficiente em promover um

aumento no pico de torque, trabalho total, potência e quantidade de trabalho total

durante a extensão do tronco evidenciando que este método de treinamento pode ser

utilizado como estabilizador da região lombar, sendo eficaz para atenuar o desequilíbrio

que possa haver entre a função dos músculos envolvidos na flexão e extensão do tronco.

No estudo de SAKAMOTO et al., (2001) apud LIMA et al., (2005) foi utilizado

a escala visual de dor, onde demonstrou uma redução gradual da mesma o que

correlaciona aos resultados obtidos em nosso estudo no qual evidenciou uma melhora

aparentemente visível.

Referente a hiperlordose, no estudo de Lima (2006) um grupo experimental

formado por mulheres com diagnóstico de lombalgia crônica passaram por intervenção

através do Método Pilates e cerca de 80% das participantes tiveram um decréscimo

importante nos níveis de dor o que promove a eficácia do método, visto que o estudo

presente também apresentou um decréscimo de 30% dos participantes que apresentaram

hiperlordose pré tratamento.

Segundo Vitti e Lucrarete foram avaliados duas formas comuns de exercícios

atuantes no músculo transverso abdominal, o Método Pilates e o exercício tradicional de

contração do mesmo, e também a atuação desse músculo na função normal de

estabilidade da coluna. Concluiu-se que o treino com o método Pilates foi mais eficaz

quando comparado aos exercícios de contração, pois manteve a estabilidade lombar

pélvica e o desempenho do músculo transverso abdominal

A partir deste estudo observa–se que os resultados obtidos poderiam ser mais

expressivos se houvesse maior número de participantes e tempo de tratamento, isto

apenas evidencia a não participação dos alunos nos projetos ofertados pela Universidade

o que favorece aos fatores de risco que podem desencadear uma possível lombalgia

crônica devido a posicionamentos inadequados, sedentarismo entre outros durante a

prática do estágio.

7. CONCLUSÃO:

No presente estudo verificou-se que a maioria dos acadêmicos possui dor

lombar, através da proposta de tratamento por meio do Método Pilates, observamos

melhora da percepção postural e conseqüentemente teve melhora da postura e

diminuição da dor em estudantes de fisioterapia portadores de lombalgia crônica.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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32.

ANEXO 1

ANEXO 2

Escala Visual Numérica

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

ANEXO 3

Avaliação postural

VISTA ANTERIOR:

Cabeça:

Inclinação: __________________ Rotação: _____________

Ombro: _____________________

Linha alba: __________________

Pelve: ______________________

Joelho: _____________________

Pé: ________________________

VISTA LATERAL:

Cabeça:

Anteriorização: ___________________

Hipercifose torácica: _______________

Ombro: __________________________

Rotação de tronco: _________________

Hiperlordose lombar: _______________

Pelve: ( ) Antiversão ( ) Retroversão ( ) Normal

Joelho: ( ) Hiperextensão ( ) Normal

VISTA POSTERIOR

Cabeça: _________________

Inclinação: _______________ Rotação: ____________________

Ombro: __________________

Escoliose: ( ) S ( ) C

Convexidade Torácica: ( ) D ( ) E

Convexidade Lombar: ( ) D ( ) E

Pelve: ___________________

Prega Glútea: Elevação ( ) D ( ) E

Prega Poplítea: Elevação ( ) D ( ) E

Tornozelo: ( ) Prono ( ) Supino ( ) Normal

ANEXO 4

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO – DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA

TERMO DE CONSENTIMENTO FORMAL PARA PARTICIPAÇÃO NO PROJETO

DE PESQUISA:

OS EFEITOS DO TRATAMENTO POR MEIO DO MÉTODO PILATES EM

ESTUDANTES DE FISIOTERAPIA PORTADORES DE LOMBALGIA CRÔNICA.

Orientador: Prof. Ms. Dra Rosimeire Simprini Padula, Departamento de

Fisioterapia – Universidade São Francisco - USF.

Alunos: Andressa de Paiva Ameri e Thalita Fagundes

Local do desenvolvimento do projeto: Departamento de Fisioterapia da

Universidade São Francisco, Bragança Paulista.

Eu, ......................................................., ...........anos, RG no................................,

residente a rua (Av.).....................................................................,voluntariamente

concordo em participar do projeto de pesquisa acima mencionado, como será detalhado

a seguir, sabendo que para a sua realização as despesas monetárias serão de

responsabilidade da presente instituição e que por minha participação não serei de

maneira nenhuma beneficiado por meio de indenizações financeiras ou semelhantes.

É de meu conhecimento que este projeto será desenvolvido em caráter de

pesquisa científica tendo como objetivo investigar os efeitos do tratamento por meio do

Método Pilates em estagiários de fisioterapia portadores de lombalgia crônica, sendo

um com ênfase no efeito do Método Pilates na função dos músculos estabilizadores da

lombar e o outro bem como investigar os efeitos do Método Pilates na qualidade de vida

dos estudantes de fisioterapia, utilizando o Método Pilates no solo e com bola suíça.

Tenho pleno conhecimento da justificativa, objetivos, benefícios esperados e dos

procedimentos a serem executados, pois recebi por parte dos pesquisadores todas as

informações necessárias para a compreensão do estudo previamente à assinatura do

documento. Será mantido sigilo quanto à identificação de minha pessoa e zelo à minha

privacidade.

Estou ciente de que antes do início das intervenções propostas serei submetido a

uma detalhada avaliação postural e responderei a um questionário detalhado a respeito

de minha qualidade de vida.

Como se trata de um projeto de pesquisa, os resultados não podem ser previstos,

e desta forma não conseguimos determinar de forma prévia as dimensões dos resultados

positivos da aplicação da técnica, porém, é certo que o voluntário não correrá risco de

sofrer nenhum tipo de efeito colateral negativo em função dos tratamentos realizados.

Estou ciente de que para a minha participação neste projeto de pesquisa será

extremamente necessária a dedicação de certa quantidade de horas e pontualidade com

os horários firmados com os pesquisadores de forma prévia. Caso estes pré-requisitos

não sejam respeitados de forma assídua, é de direito dos pesquisadores não mais realizar

as intervenções propostas pela investigação no presente voluntário.

Ao mesmo tempo, o voluntário deve assumir o compromisso de retornar

nos períodos de controle e seguir as recomendações estabelecidas pelos pesquisadores.

Está claro que a qualquer momento se for da vontade do voluntário este

pode não mais participar da investigação proposta sem que para isso sofra qualquer tipo

de represália por parte da instituição participante e também por parte dos pesquisadores

envolvidos.

Estou ciente da necessidade e concordo em permitir o registro da

evolução do tratamento a que serei submetido por meio do Método Pilates , a avaliação

postural que serão feitos registros fotográficos do corpo sem necessidade de exposição

de minha pessoa e a avaliação da qualidade de vida. Tais atitudes são justificadas pela

necessidade de se buscar de forma plena um maior rigor metodológico para futuras

publicações em entidades de caráter científico.

Concordo que os dados obtidos ou quaisquer outras informações

permaneçam como propriedade exclusiva do pesquisador. Dou pleno direito da

utilização desses dados e informações para uso em pesquisa e divulgação em periódicos

científicos.

É importante salientar que qualquer dúvida não esclarecida ou

insatisfação o voluntário deve entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa

para apresentar recursos ou reclamações em relação ao ensaio clínico (fone 11 - 4034-

8028).

Bragança Paulista________ de _____________________2009.

_________________________________________________________

Assinatura do voluntário

_________________________________________________________

Assinatura do pesquisador responsável