os desafios do ensino cristão na pós modernidade ppt 4

9
OS DESAFIOS DO ENSINO CRISTÃO NA PÓS-MODERNIDADE Itajaí/SC, Julho de 2009 CARACTERÍSTICAS MAIS SALIENTES DA PÓS-MODERNIDADE I Egoísmo e Individualismo É pensar unicamente em si e buscar aquilo que é do próprio interesse, sem considerar os outros. Implicações 1. Mover-se apenas por aquilo que pode lhes trazer alguma vantagem 2. Não pensar no outro e no coletivo em condutas e decisões assumidas. Não avaliar a repercussão, os problemas e o sofrimento que serão gerados e que irão acompanhar as vidas envolvidas. Ilustração Hoje se aceita o divórcio, porque não se pensa no outro (cônjuge, filhos, pais, igreja, sociedade, Deus) Antes, a consideração desses desestimulava, hoje o que importa é a pessoa e não os outros. II Subjetivismo (Leva ao emocionalismo, O subjetivismo rejeita a reflexão racional e usa os sentimentos e desejos como critério de validação das coisas. Implicações 1. Desprezar a reflexão racional e se deixar guiar pelas emoções 2. Validar qualquer conduta por critérios subjetivos, inclusive as que eram consideradas imorais 3. Desejar ou cogitar situações anteriormente consideradas imorais (justificadas pelo simples desejo ou subjetivismo) Obs.: o egoísmo leva a pessoa querer coisas imorais e o subjetivismo justifica o desejo, essa é a diferença Ilustração: A troca de uma família estruturada por uma aventura amorosa. Não se reflete, não se pesa as vantagens e desvantagens da decisão. Além disso, o argumento que justifica a decisão é, sobretudo, subjetivo (desejo): eu quero viver a vida e ser feliz III Relativismo Não há verdades absolutas. Todos os valores morais e todas as crenças são válidas. A verdade depende das lentes que alguém usa para ler a vida. Implicações 1. Não aceitar verdades ou parâmetros absolutos (valores religiosos, morais, sociais perderam a força)

Upload: edgf

Post on 28-Nov-2015

106 views

Category:

Documents


17 download

TRANSCRIPT

Page 1: Os Desafios do Ensino Cristão na Pós Modernidade PPT 4

OS DESAFIOS DO ENSINO CRISTÃO NA PÓS-MODERNIDADE

Itajaí/SC, Julho de 2009

CARACTERÍSTICAS MAIS SALIENTES DA PÓS-MODERNIDADE

I Egoísmo e IndividualismoÉ pensar unicamente em si e buscar aquilo que é do próprio interesse, sem considerar os outros.Implicações1. Mover-se apenas por aquilo que pode lhes trazer alguma vantagem2. Não pensar no outro e no coletivo em condutas e decisões assumidas. Não avaliar a repercussão, os problemas e o

sofrimento que serão gerados e que irão acompanhar as vidas envolvidas.IlustraçãoHoje se aceita o divórcio, porque não se pensa no outro (cônjuge, filhos, pais, igreja, sociedade, Deus) Antes, a consideração desses desestimulava, hoje o que importa é a pessoa e não os outros.

II Subjetivismo (Leva ao emocionalismo, O subjetivismo rejeita a reflexão racional e usa os sentimentos e desejos como critério de validação das coisas.Implicações1. Desprezar a reflexão racional e se deixar guiar pelas emoções 2. Validar qualquer conduta por critérios subjetivos, inclusive as que eram consideradas imorais 3. Desejar ou cogitar situações anteriormente consideradas imorais (justificadas pelo simples desejo ou subjetivismo)Obs.: o egoísmo leva a pessoa querer coisas imorais e o subjetivismo justifica o desejo, essa é a diferençaIlustração: A troca de uma família estruturada por uma aventura amorosa. Não se reflete, não se pesa as vantagens e desvantagens da decisão. Além disso, o argumento que justifica a decisão é, sobretudo, subjetivo (desejo): eu quero viver a vida e ser feliz

III Relativismo Não há verdades absolutas. Todos os valores morais e todas as crenças são válidas. A verdade depende das lentes que alguém usa para ler a vida. Implicações1. Não aceitar verdades ou parâmetros absolutos (valores religiosos, morais, sociais perderam a força)

Ex.: o valor do casamento, do estudo, o respeito pelos professores2. Ajustar as crenças/convicções por conveniência

Ex. do Edu e sua convicção comunista Ex. dos políticos evangélicos, o escândalo dos sanguessugas

IV Pluralidade Cultural, Tolerância e Inclusivismo Manifesta-se como uma multiplicidade de pensamentos e práticas, às quais se atribui valor semelhante. Não se contradiz o pensamento dos outros, ainda que esteja errado. Há uma total complacência para com os diferentes modos de se pensar. Aceita-se todas as pessoas, independente da orientação moral, dando a elas voz e poder. Além disso, há uma reação contrária a tudo o que se afirmou absoluto até então, tanto crenças quanto instituições.Implicações1. Tornar indiferente qualquer tipo de pensamento ou conduta, igualando-as em valor

Família com pais homossexuais Ex. do questionamento de um discípulo sobre a exclusividade da salvação em Cristo

2. Aceitar coisas contraditórias sem qualquer inconsistência Achar um exemplo

3. Não poder emitir juízo de valor ou defender pontos de vista que contrarie outras pessoas Ex. da lei aprovada pelos homossexuais onde não se pode falar contra

4. Voltar-se contra valores, conceitos, crenças e instituições já estabelecidos Movimentos sociais que visam destruir o que era aceito: homossexualismo, feminismo, casamento homossexual.

Obs.: há coisas boas nessa mudança de pensamento, como a inclusão de deficientes no staff das empresas ou cotas nas universidades

Page 2: Os Desafios do Ensino Cristão na Pós Modernidade PPT 4

V PragmatismoÉ a ênfase no resultado. As coisas são avaliadas em função do que podem produzir. O que se pode obter no momento é mais importante do que os resultados a longo prazo. É uma maneira fragmentária de ver a vida. As pessoas jogam fora o passado e o futuro; troca-se uma história por um instante.Implicações1. Validar uma conduta pelo resultado que produz

Mentir para obter alguma coisa boa Aborto como método de controle da natalidade

2. Preterir o ser em função do fazer (não importa quem a pessoa é, mas o que faz) Cantores drogados, homossexuais na direção de filmes, desregrados admirados pelo sucesso

3. Desprezar o todo em função de uma pequena parte, uma história em função de um momento Ex. de um adultério (uma paixão por uma história)

4. Não avaliar as conseqüências das decisões e condutas Ex. de uma separação (um ato que não considerou o futuro dos outros)

5. Abandonar práticas sadias que não mostram resultados evidentes Almoçar em família, conversar, estar em casa, brincar com os filhos

CARACTERÍSTICAS DA IGREJA PÓS-MODERNA

I O Relativismo Gera: 2. Uma espiritualidade sem valores absolutos, que relativiza todas as coisas, onde vale tudo e ninguém está obrigado a nada

Denominações que permitem tudo e não exigem nada Não há padrões absolutos para a família, comportamento sexual, ética social Aceita-se desvios doutrinários

3. Uma espiritualidade que não defende a singularidade bíblica Jesus não é o único que salva e a bíblia não tem a palavra final para a vida

4. Uma espiritualidade de conveniência Crê (absolutiza) no que é conveniente e não crêem (relativizar) no que não agrada Valorizar temas como prosperidade e autoridade e desprezar outros como amor ao próximo e serviço.

5. Uma espiritualidade que não confronta as pessoas Deixar de argumentar e pregar a respeito das verdades bíblicas e da salvação

6. Uma espiritualidade que confronta (reage) valores estabelecidos Questiona valores cristãos como fidelidade, santidade, altruísmo, bondade, compaixão, serviço, doação... Confronta a liderança a instituição

II O Subjetivismo Gera1. Uma espiritualidade condicionada a critérios subjetivos e não a objetividade bíblica

Os mandamentos são opções que podem ser seguidas ou não, conforme a aceitação subjetiva2. Uma espiritualidade validada pelas emoções produzidas

Valoriza o que gera emoções boas e despreza o que provoca emoções ruins Organiza o culto para provocar a emoção e não a confrontação racional com a palavra Valida práticas anti-bíblicas pelo simples desejo: homossexualismo, divórcio, abrasamento (Eu acho que não tem

problema, eu não sinto nada ruim nisso...)3. Uma espiritualidade que se adapta aos interesses da pessoa

É moldada pela pessoa ao invés de moldar a pessoa (não transforma vidas) Exemplo: muitos vão peregrinando qdo são confrontados com o que não é de sua preferência

III O Pragmatismo Gera1. Uma espiritualidade que objetiva atender as demandas das pessoas

É voltada para as pessoas e não para Deus É voltada para a auto-ajuda

2. Uma espiritualidade validada pelos resultados que produz e não por critérios bíblicos Aceita práticas sem fundamentos bíblicos, modismos, esoterismo Imita ou usa de estratégias sem respaldo bíblico

3. Uma espiritualidade que usa a bíblia de forma mágica e utilitarista Procura textos que afirmam o que desejam para "declará-los com poder"

4. Uma espiritualidade técnica e marqueteira Nega o caráter espiritual da obra e render-se ao ativismo

Page 3: Os Desafios do Ensino Cristão na Pós Modernidade PPT 4

Negocia a salvação pelo oferecimento de recompensas5. Uma espiritualidade que valoriza unicamente o que produz resultados no momento

Despreza as disciplinas espirituais por não manifestarem resultados objetivos, visíveis e imediatos Troca uma história com Deus por paixões momentâneas Não pensa nas implicações eternas das escolhas

IlustraçãoO importante é acreditar em algo, ter uma espiritualidade, não importando em que verdades se acredita. As empresas, as escolas, as clínicas usam muito esse recurso

IV O Pluralismo, a Tolerância e o Inclusivismo Geram:1. Uma espiritualidade que colocar o evangelho em um mesmo nível que outras religiões e práticas espúrias

Não defende a singularidade do cristianismo e da bíblia Ex. da coluna no jornal que defende o aspecto cultural da umbanda Evita falar da salvação unicamente por Cristo para não ferir religiões não-cristãs

2. Uma espiritualidade que aceita desvios morais e religiosos Tolera o pecado para evitar confrontações Retira das pregações textos bíblicos que condenam práticas pecaminosas aceitas pelo nosso tempo Não prega contra valores imorais como homossexualismo, divórcio, aborto Aceita pessoas imorais no seio da igreja Usa versículos bíblicos fora de seus contextos

3. Uma espiritualidade que incorpora práticas pagãs na vida e no culto cristão Corredor de fogo, queimar pedidos oração, enfatizar o número 7, nomes bíblicos, adesivos protetores de carro

4. Uma espiritualidade que crê em coisas contraditórias sem qualquer inconsistência Católicos que são espíritas, budistas, esotéricos Cristão que crêem em florais, astrologia, numerologia, ocultismo, esoterismo

5. Uma espiritualidade que não emiti juízo de valor ou defender pontos de vista que contrarie outras pessoasCuidadoÉ preciso observar que existe uma tolerância exigida do cristão. Devemos tolerar as pessoas, mas não suas crenças, quando estas contrariam a verdade de Deus revelada nas Escrituras. Temos o dever de ouvir o que elas têm a dizer, e aprender delas naquilo em que se conformam com a verdade bíblica. Porém, tolerância ao erro, quando a verdade bíblica está em jogo, é omissão pecaminosa.

V O Egoísmo e o Individualismo Geram1. Uma espiritualidade que procura a satisfação pessoal antes da vontade de Deus

Serve-se de Deus ao invés de servir a Deus Serve a Deus quando tem algum interesse ou obtém alguma vantagem É vazia de obrigações como disciplinas, compromisso, missão Organiza o culto para agradar as pessoas antes de agradar a Deus

2. Uma espiritualidade que não se preocupa com o outro Deseja tudo para si, sem se o outro precisa ou será prejudicado Deixa de ser ativa em relação ao amor ao próximo e o serviço cristão Evita pregar sobre temas que exijam algum grau de comprometimento, como compromisso, dedicação, sacrifício,

doação, disciplinas espirituais, amor e serviço ao próximo Aceita condutas que desvalorizam o outro, como o "ficar"

3. Uma espiritualidade que favorece o consumismo e o materialismo Veste a ambição humana com vestimentas de religiosidade (teologia prosperidade) Valoriza a prosperidade como critério de espiritualidade frente à essência do evangelho: amor e serviço Estimula a ambição e leva as pessoas direcionarem seu tempo e capacidades nessa busca

4. Uma espiritualidade sem compaixão Não demonstra amor pelas pessoas que ainda não conhecem a Deus Torna-se insensível à necessidade alheia e vive unicamente em função de si

IlustraçãoA Teologia do Filho do Rei: eu tenho mais direito que os outros, Deus me pôs como cabeça... São aqueles que pegam lugar vazio no ônibus, não oferecem assento para o visitante, não pensam se o outro precisa mais, não respeitam mais velhos, querem tirar vantagem dos outros e da igreja.

COMO PREGAR E EDUCAR UMA IGREJA EM TEMPOS PÓS-MODERNOS

I A Igreja Precisa Diferenciar Valores Eternos de Valores Temporários

Page 4: Os Desafios do Ensino Cristão na Pós Modernidade PPT 4

Há valores temporários, locais e mutáveis, os quais acompanham as mudanças culturais, mas há valores inegociáveis. É fundamental que o pregador/ensinador seja um profundo conhecedor de sua fé, para saber diferenciar entre os dois, a fim de construir sobre valores cristãos, e não seja enganado por aquilo que é vão e passageiro, gastando energia em coisas que não fazem diferença alguma, entrando em choque desnecessário com a cultura. Há muitos líderes religiosos que não têm uma visão global do cristianismo e do mundo e são movidos por dons, modismos, visões limitadas de determinados ministérios e acabam se enrolando com coisas que não são fundamentais à fé, ou pior, com coisas contrárias à fé. Exemplifica isso o aumento do número de igrejas seguindo as estratégias pragmáticas do Bispo Edir Macedo, do Missionário R.R. Soares e tantos outros, as quais não têm muito a ver com o evangelho de Jesus Cristo. O Que fazer?Construir uma espiritualidade fundamentada em valores eternos, não perdendo tempo com questões locais ou modismos

II A Igreja Precisa Oferecer Um Referencial Que Valha a Pena Viver A estratégia para levar pessoas a viverem os valores cristãos não deve ser unicamente a imposição de regras, a repressão, a vigilância. O subjetivismo e individualismo pós-moderno não toleram tal atitude. Pelo contrário as pessoas querem estar livres para escolher e a igreja deve oferecer-se como modelo, como estilo de vida que dê significado às pessoas. Assim, a igreja precisa ser uma comunidade relevante, onde se perceba aquilo que falta no mundo, como honestidade, amor, amizade, abnegação, solidariedade. Uma igreja com pessoas sadias, tanto emocionalmente, quanto socialmente, cujo estilo de vida impacte as pessoas e desperte nelas o interesse em participar. No caso dos jovens, esses continuam necessitando de balizas e referenciais para a sua vida em formação. O que leva jovens a se envolverem com seitas exóticas como Moon e alguns pastores que promovem a autolatria? É que esses líderes os aceitam e lhes servem de referencial. Nossas igrejas podem oferecer este ambiente ao jovem? Ela é agradável ou é um fardo? O pastor pode ser um referencial, no sentido de ser uma pessoa que sabe o que quer e para onde vai? O estilo de vida do pastor é entusiasmante? Ou ele é um profissional de religião?O que fazer?Evitar a imposição de regras, mas oferecer uma proposta relevante de vida. Ou seja, uma espiritualidade que responda as necessidades e questionamentos das pessoas. A igreja precisa oferecer-se como modelo (coerência)

III A igreja precisa dar respostas relevantes as necessidades (existenciais) das pessoasQue respostas nossas igrejas estão dando para a vida? Em um culto voltado para jovens, o pregador convidado falou por quase 50 minutos sobre dicotomia ou tricotomia. Segundo ele, este era um assunto palpitante, com o qual ele estava "muito preocupado". Que diferença isto faria para as pessoas? Pregamos o que gostamos ou o que as pessoas precisam ouvir? O púlpito está dando respostas sérias ou é um falatório sobre religião? Pregamos apenas assuntos ou pregamos uma pessoa, Jesus, que tem respostas para a vida das pessoas? Com que estamos preocupados? Com assuntos que nos dizem respeito ou com as necessidades dos ouvintes? De que se ocupa o púlpito? De Cristo ou de política denominacional. Para que o usamos? Para glorificar a Cristo ou para enviar recados aos outros?O que fazer?Construir uma espiritualidade relevante através do ensino sistemático e perseverante (Perigo: cair no extremo de uma teologia teórica e sem vida ou no extremo de uma teologia pragmática)

IV A Igreja Precisa Ensinar e Viver o Que Ensina (Coerência Entre Ensino e Vida)Vivemos uma grande crise de coerência: pessoas ensinando o que não vivem. A igreja não está isenta disso, pois é cada vez mais comum se ver líderes ensinando valores que não vivem. Pastores que falam sobre o amor, mas não amam, que pregam sobre oferta, mas não ofertam, que exaltam a obra da cruz, mas não a querem carregar. Estão preocupados com as vantagens que podem obter e com os ganhos que um trabalho pode render. Estes são profissionais da fé. Pessoas peritas em mobilizar o povo, não pela obra, mas por motivação egoísta. Repete-se a incoerência dos fariseus, que, em nome de Deus, tiravam vantagens do povo. A única maneira de ensinar, ou o único ensino que subsiste em nossos dias, é aquele que pode ser visto em prática na vida do pregador/ensinador.O que fazer? Precisamos mostrar coerência entre pregação e vivência

V A Igreja Precisa Amar Verdadeiramente As Pessoas Uma das questões mais atacadas pela pós-modernidade é exatamente a hipocrisia dos líderes. Lidar com pessoas pressupõe amá-las. Pastorear pressupõe amor, compaixão, doação... Pode-se fazer algo mecanicamente em uma linha de montagem, sem amar as máquinas e os parafusos, mas lidar com gente sem amá-las é sinal de fracasso. O amor ao que se faz dá forças para superar as crises e dificuldades do ministério. Quando um líder ama o seu grupo, deixará marcas profundas em suas vidas. Todavia, cada vez há pastores e líderes que amam mais o ministério, o trabalho, o templo e a instituição do que as pessoas. Tornaram-se profissionais religiosos que negociam com as pessoas ao invés de se dar a elas. Esse é um dos motivos para muitos construírem mega-igrejas, pois o espírito pragmático não aceita construir pequenas igrejas para melhor atender o povo e dar a esse melhores condições de servir a Deus. Prefere-se um grande templo que abrigue fisicamente a todos, com menor esforço para a liderança e mais status.

Page 5: Os Desafios do Ensino Cristão na Pós Modernidade PPT 4

O que fazer?Precisamos cumprir com nossas responsabilidades motivados pelo amor;Valorizar a vida e as pessoas frente às regras e aos costumes, sem deixar de obedecer a palavra de Deus

VI A Igreja Precisa Ser Igreja Além dos cultos A igreja deve expressar o caráter cristão não apenas nos cultos, mas, sobretudo, nas suas relações cotidianas. Cantamos o corinho "esta igreja ama você" na hora de saudar o visitante, mas, terminado o culto, procuramos nos aproximar dele e ajudá-lo no que precisa? A fé e os relacionamentos aparecem apenas na hora do culto ou permeiam a vida das pessoas? Tiago disse: Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta (Tg 2.15-17). O que fazer?Atender às pessoas em todas as dimensões de suas necessidades e não limitar a salvação de sua alma

VII A Igreja Precisa de uma Pregação BíblicaCristo precisa voltar a ser o centro e o interesse da pregação. Valorizam-se dons, manifestações sobrenaturais, arrepios, mas pouco se fala de Jesus. Um púlpito bíblico e exegético é indispensável a uma espiritualidade sadia. Hoje, muitos se deixam levar por modismos nas pregações, como quebra de maldições, prosperidade, revelações, cura interior, guerra espiritual, entre tantos outros. Todavia, precisamos de mensagens fundamentadas nos ensinos de Cristo. Necessitamos, urgentemente, de um ensino sistemático daquilo que é verdadeiramente bíblico a fim de termos uma igreja sadia, edificada no conhecimento de Deus e da sua vontade. O que fazer?Precisamos dar prioridade à bíblia em nossa vida e em nossos cultos

VIII A Igreja Precisa de um Culto Racional e EspiritualVivemos numa época onde a emoção está tirando o lugar da racionalidade e da espiritualidade. Muitos líderes usam do emocionalismo para encher seus templos e alcançar seus objetivos pessoais, mesmo que tenham que ir contra o conhecimento bíblico. A resposta contra esse emocionalismo vazio está em uma vida cheia do Espírito Santo, que vive o seu dia-a-dia com inteligência bíblica. Somente o Espírito de Deus pode nos dar a inteligência necessária para entendermos o nosso momento e vivermos uma vida verdadeiramente baseada na Palavra de Deus. Precisamos viver uma fé sensata, baseada no discernimento do Espírito, que nos faça andar de modo digno do Senhor. Precisamos de pastores e mestres cujo ofício nos leve a viver a fé de maneira íntegra, conforme toda a palavra de Deus. Precisamos de um povo cheio do Espírito Santo, capaz de refletir sobre a vida sensatamente, capaz de interpretar a Bíblia fielmente, capaz de anunciar a Palavra inteligentemente! Só o Espírito Santo pode nos dar uma inteligência que nos afaste dos enganos do tempo presente. Em sua exortação aos efésios, Paulo disse: “Sede verdadeiramente atentos a vosso modo de viver: não vos mostreis insensatos (sem juízo, sem razão), sede, antes, pessoas sensatas, que põem a render o tempo presente, pois os dias são maus. Não sejais portanto sem juízo, mas compreendei bem qual é a vontade do Senhor ... sede cheios do Espírito Santo” (Ef 5,15-18). O que fazer?Resistir aos apelos do emocionalismoServir a Deus com inteligência e discernimento

ConclusãoO mundo está mudando, mas a igreja continua com a missão de ensinar às pessoas toda a vontade de Deus. Uma melhor compreensão do tempo em que vivemos é indispensável para o exercício desse ensino, afim de que as nossas pregações sejam relevantes àqueles que nos ouvem. Saber o que as pessoas pensam e quais são suas necessidades mais preeminentes permite construir estratégias que ofereçam respostas a essas pessoas. Visto que o mundo pós-moderno se volta contra verdades absolutas e, na tentativa de suprir suas necessidades espirituais, aceita qualquer prática esotérica, o maior desafio para a igreja de hoje é preservar o conhecimento teológico e suprir a necessidade de uma espiritualidade sadia que responda aos anseios das pessoas.

Bibliografia1. Isaías Lobão Pereira Júnior: A igreja brasileira na pós-modernidade2. Fernando Henrique Cavancanti: A Igreja e a Pós-modernidade3. Augustus Nicodemus: A leitura da bíblia e a pós-modernidade4. Júlio Zabatiero: A missão segundo o modelo de Jesus Cristo5. Ricardo Barbosa da Silva: A pós-modernidade e a singularidade de Cristo6. Isaltino Gomes Coelho Filho: A pós-modernidade, um desafio à pregação do evangelho7. Héber Carlos de Campos: O pluralismo do pós-modernismo8. Esdras Bentho: Pós-modernidade, secularismo e igreja: enlace e divórcio9. Itamir Neves: Treinamento da liderança cristã em tempos de pós-modernidade

Page 6: Os Desafios do Ensino Cristão na Pós Modernidade PPT 4