os desafios da evangelização na era digital

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Os 6 desafios da Evangelização Hoje Baseado nos discursos de Pe. Antonio Spadaro

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Os 6 desafios da Evangelização Hoje

Baseado nos discursos de Pe. Antonio Spadaro

Evangelizar é comunicar

• Antes de tudo é preciso entender que Deus é comunicação, a Trindade é comunicação, Jesus Cristo é o Verbo (Palavra) que se fez carne, portanto, comunicação. Nós como imagem e semelhança de Deus e como Igreja somos chamados a ser comunicação e a comunicar a Boa Nova da Salvação.

• “Evangelizar é ser, dizer e fazer” (Pe. Ladislau)

A comunicação mudou

Comunicação face à face:

Comunicação de Massa

Comunicação em rede

Comunicar é se relacionar

• Se comunicação é relação, evangelizar não se reduz mais em anunciar, mas em construir relações.

• O evangelizador antes de falar, precisa acolher, ouvir, respeitar as diferenças, amar, enfim, viver o Evangelho.

• Portanto, evangelizar é construir relações de fraternidade e de comunhão.

1º - Da pastoral da resposta à pastoral da pergunta

• “diante de um mundo no qual tudo é resposta, o que as pessoas não sabem é quais são as perguntas importantes”.

• o Evangelho não é uma resposta fácil; então, é preciso criar o “terreno da pergunta”. “O homem de hoje tem necessidade de perguntas.

• A Igreja sabe envolver-se com as dúvidas e as perguntas dos homens? Sabe despertar as perguntas que estão no coração deles?

Evangelii Gaudium, nº 155:

“não é preciso nunca responder as perguntas que ninguém se faz

[...]

é necessário saber se inserir no diálogo com os homens de hoje para

compreender suas expectativas, dúvidas e esperanças”.

2º - Da pastoral centrada em conteúdos a uma pastoral centrada na pessoa

• A Igreja corre o risco de se tornar como uma TV, um barulho de fundo que faz companhia, mas não toca verdadeiramente sua vida. Você cozinha, escreve… e a televisão está lá falando”.

• A lógica da programação não funciona mais. “O Papa Francisco não é revolucionário nos conteúdos, fala do Evangelho, mas está conectando o conteúdo com as pessoas. Ou seja, respondendo a essa lógica centrada na pessoa e não no conteúdo”.

• “Veja a expressão do Papa: ele não olha a massa, mas é tocado por cada um. Para ele, o conteúdo mais forte não é a palavra que ele diz, mas a palavra que encarna o seu sorriso, o seu abraço, o seu carinho…”

• “A mensagem sozinha não evangeliza, mas sim a relação que se cria, a mensagem do Evangelho que se encarna”.

3 - Da pastoral da transmissão à pastoral do testemunho.

• a eficácia da evangelização está em não comunicar informação, mas comunicar a si mesmo.

• “A única forma de passar uma mensagem é ser você mesmo. A fé não é uma mensagem neutra, deve envolver você. Evangeliza mais uma foto sua comendo pizza com seus amigos do que uma frase do Evangelho com um anjo sorrindo.

“Palavras são palavras, só a vida testemunha o Evangelho”.

“A troca de informações pode transformar-se numa verdadeira comunicação, os contactos

podem amadurecer em amizade, as conexões podem facilitar a comunhão. Se as redes sociais

são chamadas a concretizar este grande potencial, as pessoas que nelas participam devem esforçar-se por serem autênticas,

porque nestes espaços não se partilham apenas ideias e informações, mas em última instância a

pessoa comunica-se a si mesma”.

4 - Da pastoral da propaganda para a pastoral da proximidade

• “Respeita quem pensa diferente de você. Falo com você para te convencer? Não. A Igreja cresce por atração, não por proselitismo”.

• O bom samaritano é a verdadeira imagem do comunicador.

• Evangelizar, como Jesus nos ensina com os discípulos de Emaús, é inserir-se na conversação dos outros, enturmar-se, aproximar-se da realidade dos outros, escutar suas dúvidas e angústias, compadecer-se de seus sofrimentos.

5 - Da pastoral das ideias à pastoral da narração

• “Se você fez a experiência com o amor de Deus, você não pode comunicar isso dizendo apenas ‘Deus é amor’. A única coisa que realmente toca são as histórias de vida, os testemunhos. As pessoas são tocadas pela narração da história da sua experiência com o amor de Deus”.

• “Temos de aprender a ser criativos. Se quisermos, de fato, entrar na vida das pessoas, temos de lhe contar histórias. As histórias convertem, não as ideias”

6 - A vida interior também precisa ser interativa

• o homem de hoje, acostumado à interatividade, interioriza a experiência se é capaz de tecer uma relação viva com ela, não meramente passiva, receptiva

• os jovens de hoje “se não interagem, não fazem a experiência”.

• Não basta ouvir, tem que participar!

Concluindo

“Se você tem uma vida pobre, sua comunicação será pobre. Se você tem uma

vida rica, sua comunicação será rica. Se você faz uma experiência da graça, então a

comunicação será forte”.

“Vocês não são técnicos, vocês são pessoas que estão trabalhando com o espírito humano. Por isso, a tarefa de vocês é complicadíssima.

A escolha errada de uma imagem, de uma palavra, de um gesto tem um impacto sobre as pessoas. Há uma necessidade de rezar sobre

o seu trabalho”.

“Assim como um pianista profissional não fica olhando para as teclas quando toca e sim com

aquilo que está tocando, vive a sua música, assim você deve ser um comunicador tão bom que não

se preocupa mais com a técnica, mas com a mensagem que está comunicando, com as

pessoas que estão a recebendo, você vive a mensagem”.