os desafios da escola pÚblica paranaense … · slides relacionadas ao racismo a fim de instigar...
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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
Ficha Catalográfica: Unidade Pedagógica
Professora PDE/2014
Título Afro-descendentes e a aplicabilidade da Lei 10.639/03
Autora Professora Rita Guaitanele
Escola de Atuação Colégio Estadual Vicente Leporace – Ensino
Fundamental, Médio e Normal
Município da Escola Boa Esperança
Núcleo Regional de Educação Goioerê
Orientador Edson Noriyuki Yokoo.
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Paranál, Campus de Campo
Mourão - UNESPAR
Área de Conhecimento Geografia
Produção Unidade Pedagógica
Relação Interdisciplinar História; Sociologia; Arte; História
Público Alvo Alunos do 8°Ano do Ensino Fundamental.
Localização da Escola Rua Curitiba, nº 498 - Boa Esperança – PR.
Apresentação O presente trabalho constitui-se em uma proposta para
refletir e atuar de forma a promover uma aprendizagem
significativa dos conteúdos de Geografia e áreas afins;
despertar o interesse dos alunos para questões raciais; de
discriminação e valorização dos afrodescendentes para
formar cidadãos críticos que possam atuar
adequadamente na sociedade, com possibilidades de
torná-la mais igualitária e melhor.
Palavras-chave Valorização, Racismo, Discriminação; Ensino de
Geografia.
RACISMO E DISCRIMINAÇÃO AFRODESCENDENTE NO CONVÍVIO ESCOLAR
APRESENTAÇÃO
Este material foi organizado para se conhecer os detalhes a respeito da Lei
nº 10.639, de 2003, que trata da obrigatoriedade do Ensino da História e Cultura
Africana e Afro-brasileira. Esta Unidade Didática é um convite para a discussão
sobre o preconceito, racismo e a discriminação racial dentro da comunidade
escolar.
Busca-se que com a temática possa entender melhor sobre o racismo e a
discriminação, bem como entender a cultura africana e afro-brasileira, podendo,
assim, assimilar o conteúdo por meio da exposição de suas idéias e compreender
com maior facilidade o assunto. Temos por objetivo perceber a existência do
preconceito, do racismo e da discriminação em relação aos negros na sociedade
brasileira, conscientizando-se da necessidade de transformar esta realidade para
que a Lei nº 10.639/03, seja aplicada de fato na rede escolar brasileira.
Encontrará aqui sugestões de atividades que contribuirá para sua
compreensão do conceito de racismo, discriminação e sabre a Lei nº 10.639/03.
“AFRICANAS”
Professora Rita Guaitanele, 2014
Campo Mourão, 2014
1 – A LEI Nº 10.639/03
1.1 O QUE VOCÊ JÁ SABE A RESPEITO DA LEI Nº 10.639/03?
Escreva com suas palavras o que entende por Lei. Você sabe do que
trata essa Lei?
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Lei nº 10.639, de 1996 Alterou a Lei nº 9.394/96
A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece as Diretrizes e Bases
da Educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede pública de ensino a
obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira, e dá outras
providências.
Em seu artigo 26-A está determinado a obrigatoriedade da Educação das
Relações Étnico-Raciais e o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
no ensino básico em todas as escolas do país nos estabelecimentos de ensino
fundamental e médio, oficiais e particulares.
No § 1o estão os conteúdos programáticos a serem incluídos nos currículos: o
estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura
negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a
contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinente à
História do Brasil, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e
História Brasileira.
Em 2001, o Governo Brasileiro havia incorporado à categoria raça na
definição dos critérios de distribuição de direitos sociais, inaugurando uma
classificação racializada nas ações burocráticas e jurídicas.
O Parecer nº 003/2004 traz ainda a necessidade de se combater o racismo e
as discriminações que afetam principalmente os negros. Daí a necessidade de que
seus conteúdos conduzam “para a educação de relações étnico-raciais positivas”
(MEC p. 09, Parecer nº 003 de 2004).
A criação e implementação da lei nº 10.639/03 nos traz a obrigatoriedade do
ensino da História e Cultura africana e Afro-brasileira, buscando desconstruir os
estereótipos sociais e garantindo a reflexão da alteridade e da diferença. Uma vez
que o Brasil, conforme consta no Relatório anual das desigualdades raciais no Brasil
(2007-2008) tem uma população de 49,7% de brancos, 49,5% de pardos e pretos,
0,5% de amarelos (de origem oriental) e 0,3% de indígenas (PAIXÃO & CARVANI,
2008). Essa diversidade étnico-racial na população brasileira, representada por meio
de números, não se traduz em igualdade de condições para os vários segmentos
que compõem a população do país, fenômeno constatado por muitos estudiosos em
suas distintas formas de manifestação. Contudo, a identidade do negro no Brasil
sempre foi negada, conforme Santos (2008), identidade anulada por um discurso
dominante com visão eurocêntrica e excludente, cujo caminho escolhido para a
difusão desse pensamento foi o da educação.
Fonte: SANTOS, Renato Emerson dos. O Ensino de Geografia do Brasil e as Relações raciais: reflexões a partir da Lei Nº 10.639/03. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
1.2 Refletindo sobre o texto:
a) Você entendeu o que essa lei determina? Exemplifique.
b) O dia 20 de novembro foi instituído como "Dia da Consciência Negra”, como você
entende essa data?
c) Para você, quais são os motivos para criação dessa lei? Por que ela foi criada?
Explique.
d) Escreva quais contribuições a lei trouxe para o conhecimento histórico.
1.2 RACISMO E DISCRIMINAÇÃO EM IMAGENS
Neste momento será apresentado aos alunos algumas imagens em forma de
slides relacionadas ao racismo a fim de instigar uma conversa informal para
perceber como os mesmos vêem a prática do racismo na sociedade, na
comunidade, na escola e na sala de aula
.
As imagens serão acompanhadas de questionamentos que levem os alunos a
entenderem o quanto ainda existe a representações estereotipadas do povo negro
as quais geram praticas de preconceito, discriminação e racismo, mas ao mesmo
tempo, que viabilizem também, novas representações, novos referenciais da
africanidade gerando uma visão de respeito e valorização do negro.
1.3 Observem e analisem as diferenças nas gravuras:
1 “MÃOS DO MUNDO”
Fonte: ( http://conectividadescrita.blogspot.com.br/2011/05/xenofobia-x-preconceito-x-
discriminacao.html) - (Acessado em 14/11/14)
Os sentimentos negativos em relação a um grupo fundamentam a questão
afetiva do preconceito, e as ações, o fator comportamental. Segundo Max Weber o
indivíduo é responsável pelas ações que toma. Uma atitude hostil, negativa ou
agressiva em relação a um determinado grupo, pode ser classificada como
preconceito.
PARA SABER MAIS
Preconceito (prefixo pré- e conceito) é um "juízo" preconcebido, manifestado
geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares
ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar
desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é
diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, "racial" e
"sexual".(Alexandre Torres - in: http://alexandre-
torres.blogspot.com.br/2012/11/racismo-preconceito-e-discriminacao.html -
Acessado em 13/11/2014)
DISCRIMINAÇÃO X PRECONCEITO
Na esfera do direito, a Convenção Internacional sobre a eliminação de todas
as formas de Discriminação Racial, de 1966, em seu artigo 1º, conceitua
discriminação como sendo:
Qualquer distinção, exclusão ou restrição baseada em raça, cor descendência ou origem nacional ou étnica que tenha o propósito ou o efeito de anular ou prejudicar o reconhecimento, gozo ou exercício em pé de igualdade de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro domínio da vida pública.
Deve-se destacar que os termos discriminação e preconceito não se
confundem, apesar de que a discriminação tenha muitas vezes sua origem no
simples preconceito.
Ivair Augusto Alves dos Santos (1996, p.17 ) afirma que o preconceito não
pode ser tomado como sinônimo de discriminação, pois esta é fruto daquele, ou
seja, a discriminação pode ser provocada e motivada por preconceito. Diz ainda que:
Discriminação é um conceito mais amplo e dinâmico do que o preconceito. Ambos têm agentes diversos: a discriminação pode ser provocada por indivíduos e por instituições e o preconceito, só pelo indivíduo. A discriminação possibilita que o enfoque seja do agente discriminador para o objeto da discriminação. Enquanto o preconceito é avaliado sob o ponto de vista do portador, a discriminação pode ser analisada sob a óptica do receptor. SANTOS, Ivair Augusto Alves dos. Discriminação: Uma Questão de Direitos Humanos. In 50 Anos Depois: Relações Raciais e Grupos Socialmente Segregados. Brasília: Movimento Nacional de Direitos Humanos, 1999).
Discriminar significa "fazer uma distinção". Existem diversos significados para
a palavra, incluindo a discriminação estatística ou a atividade de um circuito
chamado discriminador. O significado mais comum, no entanto, tem a ver com
a discriminação sociológica: a discriminação social, racial, religiosa, sexual, por
idade ou nacionalidade, que podem levar à exclusão social. (Alexandre Torres -
in: http://alexandre-torres.blogspot.com.br/2012/11/racismo-preconceito-e-
discriminacao.html - Acessado em 13/11/2014)
2 “A vida em branco e preto”
Fonte: http://nicoolice.blogspot.com.br/2011/01/preconceito-e-racismo-nao.html -
ACESSO EM 14/11/14
Hoje em dia, algo comum e bastante freqüente em todo o mundo, mas
especialmente relatando sobre o Brasil o preconceito e o racismo por mais
abominável que seja a cada dia se expande mais. Ser racista, não é chamar uma
pessoa de negro, pois olha o exemplo, se a pessoa é negra, por que não chamá-la
de negra, preconceito e racismo seria chamar uma pessoa branquela de negona ou
vice e versa ai sim, mas fatos relacionados com negros, branquelos, não veem
problemas, porém o mundo pensa diferente, pois então, por mais que não seja
caracterizado crime chamar uma pessoa de “negro” pelas leis brasileiras, não ouse
chamar alguém de negro, pois o mundo anda tão estressado que, a probabilidade de
alguém se revoltar com o tal apelido é grande.
Por: Nicole Ohana, adaptado por Rita Guaitanele
3 “BRASIL EM CORES”
Fonte: http://movimentonegrodepelotas.blogspot.com.br/2011/06/racismo-e-
preconceito-na-sociedade-de.html - Acesso em 14/11/14
Existe uma prática cotidiana de taxar o negro de racista às avessas, quando
reproduz algum tipo de preconceito a outro segmento racial. Acreditamos que para
este debate é fundamental entender dois conceitos. Primeiro, o conceito de racismo.
Alguns intelectuais erram quando restringem o racismo ao ódio entre as raças. O
segundo ponto é a concepção de preconceito.
O racismo é o preconceito contra um grupo racial distinto, fazendo com que o
grupo opressor construa mecanismos de distanciamento e de controle sobre outro
grupo racial. O racismo cria mitos, padrões, formatos, critérios, etc. Esses elementos
juntos conforma-se em valores morais e estéticos, formalizando o que é certo e o
que não é o que é bonito e o que é feio, o que deve ser aceito e o que deve ser
repudiado. Não é necessário entrar no debate já superado sobre o conceito de raça
biológica. Todos sabem que, do ponto de vista biológico, as raças não existem.
Reivindicamos a raça negra sob critério político, de um segmento étnico no Brasil,
em sua maioria afrodescendentes que sofreram e sofrem preconceito e
discriminação.
4 “DISCRIMINAÇÃO AS AVESSAS”
Fonte: http://marilialinss.wordpress.com/2011/05/19/leia-com-atencao/ - Acessado
em 14/11/14
1.4 Diante do que você leu e viu, defina o que é ser racista? E o que é Discriminar?
2 ENTREVISTA
Faça uma entrevista com uma pessoa da comunidade e que você conheça para
saber se ela já sofreu algum tipo de discriminação ou preconceito:
2.1 Você sabe o que é afrodescendente? Defina com suas palavras:
2.3 Agora busque no dicionário ou pesquise na internet o significado de
Afrodescendente:
1. Qual o seu nome?
2. Qual a sua data de nascimento?
3. Qual sua profissão?
4. Já sofreu algum tipo de discriminação ou preconceito? Pode relatar?
5. O que acha do racismo?
6. Deixe um comentário a respeito de Racismo e Discriminação:
2.4 No mapa do Brasil, recorte e cole fotos/figuras de rostos de Pessoas
afrodescendentes:
2.5 Agora, no mapa do Paraná, cole fotos de pessoas que vivem no estado e
também de suas culturas.
2.6 Cole aqui fotos ou figuras de personalidades afrodescendentes
com destaque em cargos públicos, religiosos ou artísticos;
PALESTRA
3 Palestra com a Professora Pedagoga Geralda Magela Rosa
3.1 Tema: Racismo e Discriminação Vivenciados ao Longo da Vida
3.2 Entrevistar pessoas negras nas diferentes profissões da comunidade.
Sugestão de entrevista:
3.3 Pesquisem pelo menos cinco personalidades africanas, destacando quem é de
qual país, a profissão e a importância no contexto social, religioso ou politico.
4 HISTÓRIA DA ÁFRICA
4.1 Atividades:
Para que você possa compreender minimamente a questão da história e
cultura africana e afro-brasileira, é preciso considerar primeiramente o que você já
sabe. Tente responder as questões sugeridas ou qualquer assunto que não esteja
neste roteiro e que esteja vinculado ao tema:
1 Você conhece algo sobre a África Antiga?
2 E sobre a África atual?
3 Como o continente africano é formado?
4 Existem somente negros na África?
5 Quem eram os africanos que vieram para o Brasil?
6 Ao chegarem aqui, o que fizeram, onde trabalhavam? Como era esse trabalho?
7 O que você já sabe sobre as condições de vida desses africanos?
8 Depois da abolição, como eram as condições de vida dos abolidos?
9 Você acredita que existe racismo no Brasil?
10 Como ele se manifesta?
1 Qual sua data de nascimento?
2 Sua profissão ou ocupação.
3 Porque escolheu esse profissão?
4 Qual a sua escolaridade?
5 Você recebe o mesmo salário que os demais no seu trabalho?
11 Quais são as maiores contribuições da cultura africana ainda presente na cultura
brasileira?
13 A que você associa quando lhe vem à mente as palavras: África, Africano, Afro-
brasileiro, negro?
Responda e depois socialize para a turma.
4.2 O Continente Africano
O continente Africano é banhado ao oeste pelo Oceano Atlântico, ao norte
pelo Mar Mediterrâneo e a leste pelo Oceano Índico, onde surgiram os primeiros
seres humanos. Os mais antigos fósseis de hominídeos foram encontrados no
continente africano e têm cerca de cinco milhões de anos (Ferro, Marc - História das
Colonizações - Companhia das letras, São Paulo, 1996). O primeiro homem
africano, o Homo sapiens, data de mais de 200.000 anos.
O Egito foi provavelmente o primeiro Estado a constituírem-se na África, há
cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estado foram sucedendo-
se neste continente, ao longo dos séculos. Além disso, a África foi, desde a
antiguidade, procurada por povos de outros continentes, que buscavam as suas
riquezas como sal e ouro. A atual divisão territorial da África, no entanto, é muito
recente – de meados do século XX – e resultou da descolonização européia.
No fim da década de 70, quase toda a África havia se tornado independente.
Os jovens Estados africanos enfrentam vários problemas básicos, como o
desenvolvimento econômico, o neocolonialismo e a incapacidade de se fazerem
ouvir nos assuntos internacionais. Todos os Estados africanos é considerada
Subdesenvolvida.
A população africana é de mais de 800 milhões de habitantes (Ferro, Marc -
História das Colonizações - Companhia das letras, São Paulo, 1996), distribuídos em
54 países. Na porção norte do continente, inclusive no deserto do Saara,
predominam os povos caucasóides, principalmente berberes e árabes. Constitui
aproximadamente a quarta parte da população do continente. Ao sul do Saara,
predominam os povos negroides, cerca de 70% da população africana. Na África
meridional, existe uma concentração de povos khoisan, san (bosquímanos) e
khoikhoi (hotentotes). Os pigmeus concentram-se na bacia do rio Congo e na
Tanzânia. Agrupados principalmente na África meridional, vivem 5 milhões de
brancos de origem européia. Na África, falam-se mais de mil línguas diferentes. O
cristianismo, a religião mais difundida, e o islamismo são as principais religiões.
Cerca do 15% dos povos africanos praticam religiões animistas ou locais. Grande
parte da atividade cultural africana concentra-se na família e no grupo étnico. (Ferro,
Marc - História das Colonizações - Companhia das letras, São Paulo, 1996).
A África é o continente mais pobre do mundo. Cerca de 1/3 dos habitantes da
África vivem com menos de 1 dólar ao dia, abaixo do nível da pobreza definido pelo
Banco Mundial. O avanço de epidemias, o agravamento da miséria e os conflitos
armados levam esta região a um verdadeiro caos. Além disso, quase 2/3 dos
portadores do vírus HIV do planeta vivem neste continente. O atraso econômico e a
ausência de uma sociedade de consumo em larga escala, colocam o mercado
africano em segundo plano no mundo globalizado. Os africanos são
tradicionalmente agricultores e pastores. A mineração representa a maior receita
dentre os produtos exportados. As indústrias de extração mineral são o setor mais
desenvolvido. A nação mais industrializada do continente é a África do Sul. (Ferro,
Marc - História das Colonizações - Companhia das letras, São Paulo, 1996 -
Adaptado por Rita Guaitanele)
4.3 Complete a cruzadinha respondendo as questões:
- -
1) Continente de onde vieram os afrodescendentes?
2) Um povo que habita o deserto do Saara?
3) Povo que vive na região do Rio Congo.
4) A religião mais difundida no Continente Africano.
5) Atividade econômica de maior receita das exportações da África.
6) Nação mais desenvolvidas do continente africano.
7) O agravamento da _______________ e os ______________ levam o continente
ao caos.
4.4 Assista o vídeo disponível no link: http://youtu.be/CAUom6E7Wp8
Atividades
4.5 No diagrama abaixo busque palavras relacionadas ao texto anterior e em
seguida, elabore um texto sobre o que você aprendeu sobre a História da África:
A X Z C V N A F R I C A H J E Ç I P Y T Z D
X T V B N C X K E N B L K T D J H Ç U I E Z
C I L A S V A L I C O N F L I T O S E S X A
R O N A C B W Ç N J L U T H O G N O C V I G
I P J G N N O I O K X I R J R K J O R R C R
S Ç K R X T M U S N C T G K G T L I E H V I
T L Y T I Ç I Y J T V R E L E O U S T S B C
I K S G Z L H C R B A X S X N Ç I P Y E N U
A J E I R O R U O V J N P I G M E U S R J L
N Z Z Z F U G Z T C S C Z C K Y J A Y O K T
I S L A M I S M O X K A V A J I N D T T L O
S X V C O P J X D Z Ç B A Z N S V S R S Ç R
M I N E R A Ç A O A L Ç J R D I X C S A P E
O Z X C V B N C O T Y L K V A Z A V F P O S
4.6 Elabore seu texto
5 PARA LER E SABER MAIS
5.1 Para entender o negro no Brasil de hoje, ler: histórias, realidades, problemas e
caminhos. São Paulo. Global, 2006.
O Brasil é um dos países que nasceu do encontro das diversidades: do índio,
do branco, do negro e de tantos outros grupos étnico-raciais. De todos os negros é o
único que não veio pela própria vontade de emigrar, pois foi seqüestrado, capturado
e arrancado de sua terra natal e trazido à força para o Brasil. Porém, sua história é
uma das menos conhecidas quando comparada com a dos outros segmentos
étnicos. Por isso, desde 2003, com a implantação da lei sobre o ensino da cultura
africana e afro-brasileira nas escolas, este texto se propõe a mostrar esta temática,
abrangendo dados importantes acerca das diferenças sócio-étnico-raciais, legislação
específica e reflexão a respeito de políticas afirmativas, que pode ser muito bem
trabalhado No oitavo ano do ensino fundamental.
5.2 Malungos na Escola - questões sobre culturas afrodescendentes e
educação. Edimilson de Almeida Pereira. São Paulo: Paulinas, 2007.
Com o intuito de contribuir com estudos e debates sobre a aplicação da lei
10.639/03, o professor e poeta Edimilson de Almeida Pereira apresenta nesta obra o
universo cultural afrodescendente e as práticas educacionais, bem como alguns
aspectos entre os muitos que lhe dão forma, sentido e dinamismo. Além de ressaltar
a importância da lei no tocante ao reconhecimento que a sociedade brasileira deve
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fazer para com os africanos e seus descendentes no Brasil, o livro destaca a
possível formação de uma geração favorável à diversidade étnica e cultural do País,
aberta, inclusive para a construção de uma sociedade mais justa.
6 Trabalhando a Poesia
INTERTEXTO
Bertold Brecht
Primeiro levaram os negros Mas não me importei com isso Eu não era negro Em seguida levaram alguns operários Mas não me importei com isso Eu também não era operário Depois prenderam os miseráveis Mas não me importei com isso Porque eu não sou miserável Depois agarraram uns desempregados Mas como tenho meu emprego Também não me importei Agora estão me levando Mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém Ninguém se importa comigo. 6.1 Atividades
a) Que sentimentos esse poema despertou em você?
b) O que são operários? E desempregados?
c) Se a situação fosse com você, o que você faria?
6.2 Brincando com as palavras do poema forme um acróstico:
N
E
G
R
O
S
6.3 Agora com seus colegas, dramatize a Poesia, depois ilustre a sena que você
mais gostou:
7 Trabalhando com vídeo
Na seqüência os alunos assistirão ao vídeo “Vista a minha pele” (criado pelo
MEC), que é uma divertida paródia do cotidiano brasileiro, e instiga à discussão da
realidade de nossa sociedade, que é fruto de uma história construída na
desigualdade de etnias e classes sociais. O curta inverte a posição do negro e do
branco, deixando claro, principalmente para quem acredita que o racismo não existe
como ele acontece bem pertinho de nós.
Vídeo “Vista a minha pele”.
Fonte: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/search.php?query=vista+minha+pele&inst-bar-pesquisar-submit=&action=results#
Após o vídeo será proposto aos alunos produções em grupos de
dramatizações de situações de racismo que poderão ser apresentadas na própria
oficina ou se possível no momento cultural da escola.
Para finalizar as atividades desenvolvidas nesta Unidade Didática lançaremos
os seguintes questionamentos:
a) Após toda a discussão que tivemos vocês acham que existem atitudes racistas no
nosso Colégio?
b) Você já presenciou alguma situação em nossa escola que denunciasse a existência de racismo contra afrodescendentes? Relate a situação.
O objetivo neste momento é caminhar para além do senso comum, dando
ouvidos ao que é dito, sem deixar de questionar, buscando desvendar juntos, como
tal discurso foi construído e de que maneira afeta a vida das pessoas.
8 Elaboração de um mural com imagens e fotos das mais variadas pessoas, das
mais diversas situações, trabalhos, cultura, diversão, lazer, etc
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico- raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro- Brasileiro e Africano. Brasília, MEC/SEPPIR/SECAD, 2004. _____. SECAD. Orientações e ações para a educação das relações Étnico-Raciais. Brasília: SECAD, 2006.
______. Lei n. 9.394 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996.
______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Geografia/História. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC
/SEF, 1998. ______. Parecer 003/2004, 10 de março de 2004. Ministério da Educação. Ferro, Marc. História das Colonizações. São Paulo: Companhia das letras, 1996
PAIXÃO, Marcelo, CARVANI, Luiz M. (Orgs.). Relatório anual das desigualdades raciais no Brasil; 2007-2008. Rio de Janeiro: Garamond, 2008.
PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação Básica do Paraná, Superintendência da Educação. Curitiba, 2008.
SANTOS, Renato Emerson dos. O Ensino de Geografia do Brasil e as Relações raciais: reflexões a partir da Lei Nº 10.639/03. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. SILVA, Thomaz Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença. In: Silva Tadeu da. (Org). Identidade e Diferença: a perspectiva dos estudos culturais.
Petrópolis: Vozes, 2009. http://conectividadescrita.blogspot.com.br/2011/05/xenofobia-x-preconceito-x-
discriminacao.html). Acesso em 13/11/2014
http://alexandre-torres.blogspot.com.br/2012/11/racismo-preconceito-e-
discriminacao.html - Acesso em 13/11/2014)
http://nicoolice.blogspot.com.br/2011/01/preconceito-e-racismo-nao.html - Acesso
em 14/11/14
http://movimentonegrodepelotas.blogspot.com.br/2011/06/racismo-e-preconceito-na-
sociedade-de.html - Acesso em 14/11/14
http://marilialinss.wordpress.com/2011/05/19/leia-com-atencao/ - Acesso em
14/11/14