os desafios da escola pÚblica paranaense na … · valores preparando os alunos para enfrentar...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2013
Título: Educação Física: A Avaliação Física como Prevenção
Autor Edna Aparecida dos Reis Escola de Atuação Colégio Estadual Cel. Joaquim Pedro de Oliveira Município da escola Japira Núcleo Regional de Educação Ibaiti Orientador Ms. Melissa Antunes. Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP Disciplina/Área Educação Física Produção Didático-pedagógica Unidade Didática Relação Interdisciplinar Biologia Público Alvo Alunos do 1º ano do Ensino Médio
Localização Rua: Rui Barbosa, 696 Apresentação: O trabalho consiste na elaboração de uma Unidade Didática ou
conjunto de aulas destinadas a 1° ano do ensino médio, com o
tema Educação Física: Avaliação Física como Prevenção. tem
como objetivo, conscientizar, verificar através de uma bateria de
testes o nível de aptidão física dos educandos, analisando os
resultados de maneira crítica e reflexiva, demonstrando e
proporcionando aos alunos atividades que possam aprimorar e
aperfeiçoar seu condicionamento físico, obtendo um
conhecimento mais aprofundado de seu corpo, sua limitações,
além de contribuir para o desenvolvimento da flexibilidade, força,
agilidade, velocidade e conscientizar da importância de
atividades físicas diárias na melhoria da qualidade de vida, da
aptidão física e na prevenção das Doenças Crônico
Degenerativas. Onde serão utilizados textos de apoio, afim de
que os estudantes possam investigar a importância e os
benefícios de uma atividade física de maneira constante e
regular em sua vida.
Palavras-chave Avaliação física, Saúde, Doenças crônico-degenerativas, atividade e aptidão física.
PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS -
DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
EQUIPE PEDAGÓGICA DO PDE
EDNA APARECIDA DOS REIS
EDUCAÇÃO FÍSICA: A AVALIAÇÃO FÍSICA COMO PREVENÇÃO
IBAITI - 2013
INTRODUÇÃO
O presente material didático pedagógico visa apresentar uma Unidade
Didática como parte do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE
direcionado a professores e alunos do ensino médio com o intuito de enriquecer o
processo ensino- aprendizagem.
Esta produção busca oferecer informações e indicações bibliográficas, com o
compromisso de dar subsídios teóricos e práticos que possam difundir e incluir
valores preparando os alunos para enfrentar esse mundo em constante
transformação.
O tema desta Unidade Didática “EDUCAÇÃO FÍSICA: A AVALIAÇÃO
FÍSICA COMO PREVENÇÃO”, e tem como objetivo, conscientizar, verificar através
de uma bateria de testes o nível de aptidão física dos educandos, analisando os
resultados de maneira crítica e reflexiva, demonstrando e proporcionando aos
alunos atividades que possam aprimorar e aperfeiçoar seu condicionamento físico,
obtendo um conhecimento mais aprofundado de seu corpo, sua limitações, além de
contribuir para o desenvolvimento da flexibilidade, força, agilidade, velocidade e
conscientizar da importância de atividades físicas diárias na melhoria da qualidade
de vida, da aptidão física e na prevenção das Doenças Crônico Degenerativas
Percebe-se que atualmente devido a explosão tecnológica nossos alunos já
não realizam, como gerações passadas, atividades esportivas e recreativas em seus
momentos de livres, de lazer, tendo como consequência a diminuição de suas
potencialidades motoras, comprometendo sua qualidade de vida, sua saúde e seu
bem estar, ao longo de suas vidas.
Transmitir informações de forma clara, concisa e direta aos alunos sobre: o
que é sedentarismo, o que, quais são as doenças crônico degenerativas e como se
prevenir, a importância de atividades físicas diárias e seus benefícios;
desenvolvendo atitudes positivas, estimulando os educandos a adquirirem bons
hábitos regularmente, não só através desse projeto, mas por si só. Tendo em mente
que estas não devem ser realizadas somente como forma de lazer mas como busca
de qualidade de vida e saúde. Pois muitos são os dados que apontam para o
crescimento no número de adultos obesos, hipertensos, diabéticos e etc, dessa
maneira devemos procurar uma forma de prevenção para que as crianças de hoje
contrariem essas expectativas, construindo um futuro mais saudável do que se
espera, refletindo sobre os números e fatos, fez-se necessário questionar o porquê
dessas moléstias, e estudar, como e quanto a Educação Física pode prevenir, de
maneira ativa, educacional, o surgimento de distúrbios hipocinéticos tão nocivos aos
homens, promovendo uma maior e melhor qualidade de vida
Essa Unidade Didática tem como objetivos:
- Verificar antes da implementação, através de testes de Flexibilidade, Força
abdominal, teste de Leger, salto horizontal o nível de aptidão física do educandos;
- Implementar atividades relacionadas a aquisição dos mesmos e
conscientização da importância da atividade física;
- Oportunizar o conhecimento mais aprofundado do seu próprio corpo, sua
limitações e seus progressos;
- Desenvolver e ampliar habilidades físicas e corporais como a flexibilidade,
força, velocidade;
- Calcular, Compreender, interpretar o IMC e a relação cintura/quadril;
- Investigar o que são e quais são as doenças crônico-degenerativas e como
preveni-las, e ainda detectar se há caso da mesmas em suas respectivas famílias.
Sendo a Educação Física uma disciplina que tem como material o corpo, e
através da cultura corporal sendo a mesma não só uma serie de repetições de
movimentos pré determinados e sim deve conscientizar os educandos da
importância
Para MCardle (2003) os componentes da aptidão física relacionados a saúde
são capacidade aeróbica, força, e flexibilidade. Dessa forma, uma intervenção
individual na prescrição adequada de exercícios físicos para a melhoria da mesma
relacionada à saúde devem abranger exercícios que possibilitem o desenvolvimento
desta.
Retirar os educandos de um processo estático conduzindo-os à prática de
atividades físicas diárias de no mínimo trinta minutos, por cinco dias da semana,
atividades de fácil acesso a todos como: caminhadas, corridas, alongamentos, um
jogo de vôlei, futsal, entre outros deverão ser propostos no decorrer deste, com a
intenção da aquisição de bons níveis de saúde e a prevenção de doenças crônico
degenerativas, atuando ainda na diminuição do peso corporal, diminuição da
circunferência da cintura, queima de tecido adiposo, controle da pressão arterial, e
glicemia, não esquecendo é claro da satisfação pessoal, e vantagens como aumento
do tecido muscular, prevenção à obesidade, além da melhoria da auto estima e em
quadros de estresse e depressão.
Com o acesso a cultura e ao conhecimento crítico, reflexivo da cultura
corporal transmitido através das aulas de educação física escolar, os educandos
podem no decorrer de suas vidas realizarem escolhas conscientes para a aquisição
de hábitos saudáveis, reconhecendo seu próprio corpo, suas possibilidades de
movimentos, e suas limitações, além de sua subjetividade. Capacitados em busca
da promoção de saúde.
O professor de educação física deve atuar como um mediador, facilitador e
transmissor de conhecimentos, através de embasamentos teóricos aliados a prática,
de modo a atuar numa perspectiva multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar
intervindo e atuando na qualidade de vida e na promoção de saúde dos educandos.
Assim a atividade física deveria ser realizada desde as fases iniciais do
desenvolvimento dos seres humanos, que estes tivessem a oportunidade para
movimentar o corpo realizando e participando de atividades físicas, esportivas,
recreativas reinserindo o movimento na sua rotina diária. Intervindo dessa maneira a
promover a adesão destes aos jogos esportivos, danças, lutas, ginástica e
atividades individuais como a caminhada ou a corrida.
A atividade física e um estilo de vida ativo são necessários à saúde e
contribuem de forma positiva, colaborando para a prevenção de doenças
cardiovasculares, metabólicas, emocionais e psíquicas, além de promover a saúde e
a qualidade de vida. Para Novaes (1997):
....... definir expectativa de vida associando-a ao conceito de vida útil, ativa,
produtiva, com bem estar..., a qual dependerá do nível de atividade
executado pelo ser humano respeitando sua individualidade, evitando
padrões obrigatórios, sendo necessário que esta atividade física seja
desenvolvida de forma prazerosa.
Com o aumento dos estudos nessa área, e a aquisição do conhecimento
destes pelas pessoas, podemos verificar uma certa consciência dos benefícios de
estilo ativo de vida. Porém ainda detecta-se uma certa relutância nos alunos na
compreensão da importância da atividade física constante no decorrer de sua vida.
Muitos são os dados que apontam para o crescimento no número de adultos
obesos, hipertensos, diabéticos e etc, dessa maneira devemos procurar uma forma
de prevenção para que as crianças de hoje contrariem essa expectativa, construindo
um futuro mais saudável do que se espera.
Refletindo sobre os números e fatos, fez-se necessário questionar o porquê
dessas moléstias, e estudar, como e quanto, a Educação Física pode prevenir, de
maneira ativa e educacional, o surgimento dos distúrbios hipocinéticos tão nocivos
aos homens, promovendo uma maior qualidade de vida.
1. MAS O QUE É A APTIDÃO FÍSICA?
“Aptidão física significa, de uma forma geral, a capacidade e o estado de
rendimento do ser humano, assim como a disposição atual para uma determinada
área de atuação.” (WEINECK, 2003, p.19). Independente da vida profissional que se
atua, dependendo da exigência desta se mais ou menos, do grau de solicitação
física, necessita-se a prática diária de uma atividade física para aperfeiçoar essa
condição.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO, 1978), aptidão física deve
ser entendida como “a capacidade de realizar trabalho muscular de maneira
satisfatória”. Dentro dessa concepção, estar apto fisicamente (para GUEDES &
GUEDES, 1995, p.15), significa o indivíduo apresentar condições que lhe permitam
bom desempenho motor quando submetido a situações que envolvam esforços
físicos.
Esta aptidão física relacionada à saúde abrange a força, a resistência
muscular, a flexibilidade, e a resistência cardiorrespiratória. Assim quanto maior for o
nível de atividade física, de forma regular, melhor será o desempenho dessas
capacidades resultando numa boa postura, evitando o aparecimento de
hipocinesias, maior facilidade e energia em desenvolver o trabalho diário.
1.1 FORÇA
A força muscular é definida por vários autores. Segundo Barbanti (1979)
define força muscular como a capacidade de exercer tensão muscular contra uma
resistência, envolvendo fatores mecânicos e fisiológicos que determinam a força em
algum movimento particular. Segundo Guedes (1997) força é a capacidade de
exercer tensão muscular contra uma resistência, superando, sustentando ou
cedendo à mesma.
Analisando os movimentos diários, observa-se que em muitas situações
empregamos a força com movimentos articulares, através de contrações isotônicas,
como por exemplo, subir e descer escadas, quando se empurra um móvel em casa,
na troca de um pneu, assim pode perceber que se utiliza a força de inúmeras
maneiras, e estar aptos para a realização de tais movimentos são de grande
importância pois só assim não acarretará uma lesão .
1.2 FLEXIBILIDADE
Importante na realização de diversas tarefas diárias, a flexibilidade conduz o
indivíduo a se movimentar com maior facilidade e eficácia podendo ser desenvolvida
através de exercícios denominados alongamentos, qualquer um pode realiza-los
lembrando que é necessário respeitar seus limites quanto à tensão muscular e à
flexibilidade.
Os alongamentos devem fazer parte constantemente da vida, pois muitos são
seus benefícios sendo de grande importância à saúde geral e à aptidão física.
(Mattos e Neira, 2000). Os exercícios de alongamento devem ser realizados até os
limites da sensação gradativa e moderada de desconforto dentro da amplitude do
movimento, desconforto esse provocado pelo seu maior estado de extensibilidade.
Porém devem ser evitados dores ou desconforto excessivo, para não lesionar
músculos e/ou articulações.
1.3 APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA
Segundo Foss e Keteyian (2000) o sistema cardiorrespiratório é responsável
pelo transporte e pela troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o meio ambiente
e os músculos ativos. Levando-se em conta que o oxigênio deve ser levado aos
músculos em concentrações suficientes para que a produção energética ocorra
através do metabolismo aeróbico, o sistema cardiorrespiratório mostra-se mais
importante durante os exercícios. A aptidão cardiorrespiratória é uma capacidade
orgânica inerente ao sistema cardiorrespiratório.
A Aptidão Cardorrespiratória é definida pelo ACSM, citado Heyward (2004),
como sendo a capacidade de executar exercícios dinâmicos envolvendo grandes
grupos musculares em intensidade moderada a alta por períodos prolongados.
Outra definição de aptidão cardiorrespiratória é dada por Nieman (1999), onde o
autor a conceitua como sendo a capacidade de continuar ou persistir em atividades
físicas extenuantes envolvendo grandes grupos musculares por períodos de tempos
prolongados. De acordo com este mesmo autor, a aptidão cardiorrespiratória está
relacionada com a saúde porque em baixos níveis ela pode ser associada com um
perigo acentuado de morte prematura.
A aptidão cardiorrespiratória é representada pelo VO² máximo, geralmente
expressa como sendo a maior taxa na qual o oxigênio pode ser consumido,
transportado e utilizado durante o exercício (NIEMAN, 1999). O VO2 máximo é
utilizado como parâmetro para a avaliação cardiorrespiratória e para a prescrição de
exercícios aeróbicos. No primeiro caso, ele serve como indício para que possamos
classificar a capacidade cardiorrespiratória dos indivíduos em fraco, abaixo da
média, média, acima da média e excelentes (HEYWARD, 2004). No segundo caso,
o VO² máximo é utilizado como fator de prescrição da intensidade dos exercícios.
Quando utilizado desta maneira, Foss e Keteyian (2000) indicam que os exercícios
praticados numa intensidade de 60% a 85% do VO² máximo são suficientes para
estimularem a melhoria da aptidão cardiorrespiratória.
1.4 RESISTÊNCIA MUSCULAR
Segundo Nieman (1999) a resistência muscular consiste na capacidade dos
músculos de suprir uma força submáxima durante o maior tempo possível. O
desenvolvimento da resistência muscular apresenta vários benefícios relacionados
com a saúde, incluindo o aumento da densidade mineral óssea (diminuindo assim o
risco de osteoporose), do volume muscular, da força do tecido conjuntivo e da alta
estima.
A resistência muscular é uma valência física importante para várias tarefas
executadas ao longo do dia. Dentre estas tarefas podemos destacar àquelas onde
há exigências em carregar pesos durante um período relativamente prolongado.
Para Stubler, citado por Barbanti (1997), a resistência muscular forma a base para o
desenvolvimento da força explosiva e da força máxima, sendo então de fundamental
importância para todos os atletas onde os estímulos físicos são de alta intensidade e
de curta duração.
2. O QUE SÃO AS DOENÇAS CRONICO-DEGENERATIVAS?
As doenças crônico-degenerativas surgem devido as alterações qualitativas
e quantitativas da ingestão alimentar, o aumento dos fatores estressantes, a
diminuição da atividade física, o aumento do tabagismo, as mudanças da rotina
diária devido o processo de industrialização entre outros fatores estão relacionados
com o aparecimento de doenças cardiovasculares, em especial a hipertensão
arterial; metabólicas, como a diabetes mellitus tipo 2 e a obesidade; entre outras
doenças crônicas, como o câncer e a osteoporose (Pitanga,2004).
Este conjunto de doenças ditas doenças crônico-degenerativas pode ser
considerado a principal causa do aumento da mortalidade na população mundial,
sendo responsáveis por cerca de dois terços das mortes na população americana
(EYRE et al.,2004).
3. COMO A APTIDÃO FÍSICA PODE INFLUENCIAR NA PREVENÇÃO DE
DOENÇAS CRONICO-DEGENERATIVAS?
Os primeiros programas de condicionamento físico para combater as
doenças, o cansaço e a falta de disposição para o trabalho foi proposto pelo médico
americano Kenneth Cooper na década de 70, onde o mesmo se baseou na pesquisa
empírica e no desenvolvimento da aptidão física.
A atividade física é de extrema importância para crianças e adolescentes, pois
segundo Guerra (2003), crianças com pouco índice de atividade física demonstram
ser mais suscetíveis para o desenvolvimento de doenças degenerativas em idade
adulta, além da atividade física em crianças causar alterações biomecânicas,
fisiológicas e psicológicas, as quais se revelam como adaptações benéficas,
persistindo de maneira útil durante na vida adulta.
A contribuição da atividade física para a saúde, conforme Guedes (1995),
está associada com a redução do risco à saúde, que cada indivíduo enfrenta durante
a vida. Estudos epidemiológicos mostraram uma relação inversa entre atividade
física habitual e o risco de incidente cardiovascular e que a falta de atividade física
regular está diretamente associada à ocorrência de distúrbios orgânicos, chamados
de distúrbios hipocinéticos, que contribuem para o aparecimento de doenças
crônico-degenerativas.
Dados epidemiológicos, citados por Matsudo e Matsudo (2000), demonstram
que o sedentarismo é o fator de risco com maior preponderância na população,
podendo atenuar a longevidade, aumentar em 60% a mortalidade e estimular riscos
de 90% no aparecimento de doenças cardiovasculares. Assim a Educação Física
na comunidade escolar, no ensino regular e médio, deve promover ações no sentido
de promoção de saúde, pois apesar dos indivíduos possuírem a noção de que a
atividade física realizada de maneira regular e bem orientada proporciona benefícios
das funções respiratórias e cardiovasculares, mas raros são os que efetivamente
participam de um programa regular e orientado.
Os Parâmetros curriculares nacionais da Educação Física CONFEF (2002)
consideram que a avaliação física deve ser útil, objetivando dimensionar os avanços
e as dificuldades dentro de um processo produtivo.
Diversos estudos epidemiológicos (Paffenbarger, 1994) e documentos
institucionais (Blair,1995) propõem que a prática regular de atividade física e uma
maior aptidão física estão associadas a uma menor mortalidade e melhor qualidade
de vida em população adulta. Não são poucos os trabalhos científicos que destacam
o sedentarismo e o stress como responsáveis por doenças hipocinéticas e reduções
na qualidade de vida. Existem cada vez mais dados demonstrando que o exercício,
a aptidão e a atividade física estão relacionados com a prevenção, com a
reabilitação de doenças e com a qualidade de vida. Em suma, um corpo crescente
na literatura demonstra que a participação em diferentes formas de atividade física é
associada positivamente com a saúde mental (Araújo & Araújo,2000).
ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
A Intervenção seguirá as etapas descritas no quadro a seguir (Ano:2014)
FEV MAR ABR MAI JUN JUL
Apresentação do projeto no
Colégio
X
Apresentação do Projeto aos
Alunos
X
Anamnese, Pesos e Medidas X X
Testes e resultados X X
Aplicação de atividades esportivas
e recreativas aula em contra turno
X X X X X X
Reteste, resultados, tabulação e
comparação
X
Serão ministradas duas aulas em contra turno, e outra no período de aula dos
mesmos. Os alunos realizarão pesquisas, sobre os temas pré- determinados,
acontecerão aulas teóricas e práticas, no decorrer destas os alunos terão a
oportunidade de avaliarem seus progressos e suas limitações, através das
atividades práticas propostas, conscientizando a importância dos métodos de
trabalho e do empenho e participação de cada um. Como serão realizados testes de
avaliação físicas os alunos poderão terem uma consciência de como se encontram
no inicio do projeto, e após o término realizados novamente os mesmo teste poderão
realizar uma comparação se obtiveram uma melhoria da aptidão física e
consequentemente uma melhor qualidade de vida e prevenção às doenças crônico
degenerativas.
Primeira Etapa: Apresentação do Projeto no Colégio
Segunda Etapa: Apresentação do projeto aos alunos
Procedimento Metodológico: Conversa com os alunos sobre a importância
da participação deles, das suas responsabilidades e da seriedade que todos
deverão ter frente a realização do mesmo, deixando claro que a responsabilidade é
muito grande, por isso, conto com a colaboração de todos com compromisso e o
comprometimento para o sucesso da pesquisa.
Terceira Etapa: Anamnese e teste de Parq
Avaliação antropométrica; peso, estatura, medidas da circunferência da cintura e
circunferência do quadril.
Procedimento Metodológico:
Peso Corporal: Para medir peso corporal do indivíduo, sem calçado, em pé de
costas para a escala da balança, com afastamento lateral dos pés estando a
plataforma entre os mesmos. Em seguida coloca-se sobre e no centro da
plataforma, ereto com o olhar num ponto fixo à sua frente. No sentido de avaliar
grandes grupos, permite-se que o avaliado esteja vestindo roupas leves. Realizada
apenas uma medida.
Precauções:
• Balança deve estar calibrada.
• A leitura deve ser realizada na borda interna da escala.
• Os cilindros deverão estar bem encaixados no momento da leitura e devem retornar
o ponto zero assim que terminar a pesagem.
• Recomenda-se que seja calibrada a cada 10 pesagens no caso de avaliação em
massa.
• Verificar o nivelamento do solo sobre o qual vai ser apoiada a balança.
• Realiza-se apenas uma medida que será anotada em kg com aproximação 0,1kg.
Estatura: determinar a estatura do indivíduo em posição ortostática. Pode ser
utilizado um estadiômetro, ou “antropômetro metálico de Martin” ou ainda uma fita
métrica fixada á parede. Todos graduados em centímetros e décimo de centímetro.
O aluno deve estar na posição ortostática (em pé), pés unidos, procurando pôr em
contato com o instrumento de medida as superfícies posteriores do calcanhar,
cintura pélvica, cintura escapular e região occipital. A medida é feita com o aluno em
apnéia inspiratória, de modo a minimizar possíveis variações sobre esta variável
antropométrica. A cabeça deve estar orientada no plano de Frankfurt, paralela ao
solo. A medida deverá ser realizada com o cursor em ângulo de 90 graus em relação
à escala. Permite-se ao avaliado usar calção e camiseta, exigindo-se que esteja
descalço. São realizadas três medidas considerando-se a média das mesmas como
valor real da altura total.
Precauções:
• O avaliador deve preferencialmente se posicionar a direito do avaliado.
• Deve-se registrar a hora em que foi feita a medida, sendo que em trabalhos
longitudinais devemos procurar efetuar as medidas em um mesmo horário ou
período do dia.
• Evitar que os indivíduos e encolha quando o cursor tocar sua cabeça.
• Observar que entre as medidas o avaliado troque de posição no instrumento de
medida.
Com os dados acima realizar-se-á o IMC (índice de massa corporal) sendo esta a
fórmula: kg/m² = Peso (kg)/ Altura (m²).
Relação Cintura-para-Quadril (RCQ): A relação cintura-para-quadril é uma
comparação entre a circunferência da cintura para a circunferência do quadril. Essa
relação representa melhor a distribuição do peso corporal e talvez, da gordura
corporal em um indivíduo. Pessoas com mais peso ou circunferência no tronco
correm um maior risco a hipertensão arterial, diabetes tipo 2, de hiperlipidemia e de
DAC em comparação a indivíduos que possuem um peso igual , mas com a maior
parte dele distribuída nas extremidades.
Procedimentos: Cintura: A circunferência da cintura é definida frequentemente
como a menor circunferência da cintura habitualmente acima do umbigo (2,5 cm
acima do umbigo; abaixo do processo xifoide).
Quadril: Nos estudos que avaliaram a RCQ, a circunferência ao redor das nádegas,
acima da prega glútea (extensão posterior).
A RCQ pode ser enunciada, também, ou utilizada como equivalente, para a relação
A:G. A relação A:G refere-se à relação abdominal para glútea. A RCQ é enunciada
como uma relação não existem unidades.
Circunferência da Cintura
RCQ = __________________________
Circunferência do Quadril
Realizadas em centímetros, uma maior mortalidade global está associado com
obesidade dos segmentos corporais superiores.
Quarta Etapa: Testes de aptidão física
Teste de Flexibilidade: banco de Wells
Teste de Aptidão aeróbica “vai e vem” Leger
Teste de Abdominal
Teste de Impulsão Horizontal
Procedimentos: Modo de realização dos testes e protocolos em Anexos.
Quinta Etapa: Atividades Propostas:
• Caminhada Dirigida
• Visita à Academia
• Lutas – Capoeira
• Provas de Obstáculos:
Cordas, cones, abdominais, corridas num pé só, Flexão de braços, polichinelos,
• Ginástica Aeróbica
• Caminhada Ecológica
• Esportes: Flagbol, Futsal, e Voleibol.
Procedimentos:
• Caminha Dirigida:
Serão realizadas aulas de caminhadas dirigidas, onde os alunos juntamente com o
professor caminharão em ritmos e velocidade diferente, ora mais rápido, ora mais
devagar. Estas serão determinadas no decorrer da mesma pelo professor e esta
será realizada em terreno planos, aclive e declive. Aumentado assim sua
intensidade.
• Visita à Academia:
Após conversa com os alunos sobre os grupos musculares, exercícios localizados
para o mesmo, visitaremos a academia onde realizaremos exercícios, estes
exercícios já serão pré determinados em sala de aula, na academia o aluno o
realizará , e o professor fará as devidas correções e montará uma ficha de treino
semanal durante os 3 meses de projeto.
• Lutas Capoeira:
Através de aulas de capoeira estimularemos os alunos a prática dessa modalidade
desportiva, realizaremos as gingas, golpe de ataque como a Armada e chapa e
golpes de defesa como a cocorinha e a negativa. A Ginga: é a movimentação mais
importante da Capoeira, devendo acompanhar o ritmo dos instrumentos, onde os
braços protegerão a parte da frente do tronco e a cabeça, enquanto as pernas vão
se alternar para as diagonais e para frente e para trás, como se fossem um
triangulo, braços e pernas em movimentos alternados, o olhar deve estar voltado
para seu companheiro de jogo. GOLPES DE ATAQUE: A Armada: é um movimento
que pode ser aplicado pulando com uma das pernas ou apenas uma. Partindo da
ginga, executa um giro de todo o corpo, aparentemente danado as costas ao
adversário. Posicionando-se sobre a perna que se encontra á frente e arremessando
a outra perna, em um movimento que completa o giro do corpo, varre o horizonte,
atingindo o adversário com a parte externa do pé. Fonte: capoeira.kourou.free.fr A
Chapa: neste golpe , o capoeirista se apoia em uma dos pés, lateralmente, e
executa uma abertura lateral da outra perna, com a qual atinge o adversário, com a
sola do pé, lateralmente, na horizontal (paralelo ao solo). Fonte:
capoeira.kourou.free.fr. GOLPES DE DEFESA: A Cocorinha é um movimento
característico da capoeira regional. É um movimento de defesa ou esquiva. O
Capoeirista agacha com as pernas paralelas, com um dos braços, vai proteger o
rosto, colocando o antebraço à frente; o abdome e o peitoral serão protegidos com
os joelhos. A outra mão será utilizada para apoiar no chão, se necessário, no caso
de desequilíbrio. Fonte: capoeira.kourou.free.fr. A Negativa: Deve desce sobre uma
perna, que flexionará sob o peso do corpo , ao abaixar-se. Com isso, temos o corpo
sobre uma perna, apoiando o calcanhar, enquanto a ponta do pé (flexionada) firma a
base no chão. A outra perna é lançada ao lado ou à frente, estendida. Os braços
apoiam as mãos ao solo, garantindo ao capoeirista três pontos de apoio e uma
posição que permite locomoção rápida. Fonte: capoeira.kourou.free.fr.
• Prova de Obstáculos: os alunos deverão, a princípios separados por grupos,
passar por todos os obstáculos realizando os exercícios contidos neles,
permanecerão por 3 minutos em cada estação. Serão realizadas estações: Na 1ª
corridas entre os cones, na 2ª serão realizados saltos laterais com pernas unidas
sobre uma corda suspensa do chão uns 10 centímetros de altura; na 3ª realizar
exercícios de locomoção lateral/frontal na escadinha, a qual estará estendida no
chão; na 4ª realizar exercícios abdominais; na 5ª polichinelos; na 6ª pega-pega num
pé só num determinado espaço; e na 7ª transporte de carrinho com. inversão das
duplas. Após a realização deste em grupos , serão realizada a mesma sequencia em
duplas com marcação de tempo.
• Ginastica Aeróbica: Alunos dispostos na quadra, ao som de músicas eletrônicas, o
professor demonstrará alguns deslocamentos para frente, para trás, e lateralmente
com movimentos de braços e pernas. Os alunos repetirão os movimentos e
inventarão outros no ritmo das músicas.
• Caminhada Ecológica:
Subida ao pico Agudo com seus 478 degraus, antes da subida realizaremos
alongamentos, após o término desta além de termos uma vista privilegiada, faremos
series de alongamentos, um pique nique com água, frutas e sanduíches naturais.
Depois faremos a descida.
• Esportes:
Esportes no decorrer das aulas de educação física praticaremos esportes
conhecidos como o futsal e o voleibol , além da iniciação ao Flagbol, que é um
futebol americano sem contato corporal. O Flagbol ("Flag Football": termo em
inglês) permite explorarmos todas as estratégias de conquista territorial, sem que
para isso seja necessário o uso da força em forma de abraços, agarrões ou trancos,
como acontece no futebol americano. Para interromper uma jogada do ataque
adversário, basta puxar uma das duas fitas, ou flags, que os jogadores levam presas
à cintura. Em seguida uma nova jogada é executada no local onde ocorreu a retirada
da flag. Apenas podem ser retiradas as "flags" do jogador que está com o domínio
da bola oval. O objetivo principal é a marcação do touchdown, que ocorre quando
um jogador consegue invadir com posse de bola ou recebê-la através de passe
dentro da zona de pontuação da equipe adversária. As equipes podem ser formadas
de 4 a 9 elementos de ambos os sexos.
REFERÊNCIAS:
DANTAS, Estélio H. M. Flexibilidade: alongamento e flexionamento. Rio de Janeiro: Shape, 1989. ______________ (org.). Pensando o corpo e o Movimento .2ª ed. Rio de Janeiro: Shape, 2005. Darido, Suraya C; Rangel, Irene Conceição Andrade. Educação Física na Escola: Implicações para Prática Pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. _____________ Para ensinar Educação Física: Possibilidades de intervenção na Escola. Campinas, SP: Papirus, 2007. FLECK, Steven J., KRAEMER, J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1996. GUEDES, Dartagnan Pinto; GUEDES, Joana Elisabete R. Pinto. Crescimento, composição corporal e desempenho motor de crianças e adolescentes. São Paulo: CLR Balieiro, 1997. ______________ Contole do peso corporal: composição corporal, atividade física e nutrição. Londrina: Midiograf, 1998. JÚNIOR, Abdallah Achour. Flexibilidade: Teoria e Prática. 1ª ed. Londrina: Atividade Física & Saúde, 1998. MARINS, João Carlos Bouzas; Giannichi, Ronaldo Sérgio. Avaliação e prescrição de atividade física: Guia Prático. 3ª ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003. MATOS, Oslei de. Avaliação postural e prescrição de exercícios corretivos. São Paulo: Phorte, 2010. MATSUDO, Victor Keihan Rodrigues (org.). Testes em ciências do Esporte. 7ª ed. São Caetano do Sul, SP: Midiograf, 2005. NOVAES, Edmundo V. Qualidade de vida: atividade física, saúde e doença. In: Memórias do Congresso Mundial de Educação Física AIESP-1997. Atividade física na perspectiva da cultura e qualidade de vida. Rio de Janeiro: Editora Central da Universidade Gama Filho, 1998. PITANGA, F.J. G. Epidemiologia da atividade física, exercício físico e saúde. 2ª ed. São Paulo: Phorte, 2004. QUADROS, Marivete Bassetto de. Monografias, dissertações & cia: caminhos metodológicos e normativos. 2ª ed. Curitiba: Tecnodata Educacional, 2009. VAISBERG, Mauro; MELLO, Marco Túlio de. Exercícios na Saúde e na doença. 1ª ed. Manole, 2010. WEINECK, J. Atividade física e esporte: para quê? Trad. por D. C. Zazá, C. C.; Amorim, F. e Chagas, M. H. Barueri, São Paulo: Manole, 2003.
ANEXOS
Teste de Flexibilidade (Sentar e Alcançar)
Objetivo: componente motor associado à flexibilidade com flexão à frente dos
quadris com ambas as pernas estendidas. (GUEDES, 2006, p.123)
Material: Caixa de madeira especialmente construída para essa finalidade, com
dimensões de 30 cm X 30 cm, parte superior plana e com 56 cm de comprimento,
sobre a qual se fixa a escala de medida com amplitude de até 50 cm, de tal forma
que o valor 23 coincida com a linha onde o avaliado acomodará os pés. (GUEDES,
2006, p.123)
Material alternativo: Caixa de papelão com 30 cm de altura. O fundo da caixa deve
permanecer para cima, ou seja, a parte aberta deve estar voltada para baixo. Sob a
parte superior da caixa (o fundo) fixe uma régua de pelo menos 40 cm de modo que
a marca dos 23 cm coincida com a linha vertical onde os alunos apoiarão os pés.
(PROESP)
Procedimento: O individuo deve estar descalço e sentado de frente para a base do
aparelho (caixa) com as pernas estendidas e unidas, a planta dos pés devem ficar
totalmente em contato com a caixa. Com uma mão sobre a outra e tendo as pontas
dos dedos coincidindo-se o individuo estende os braços sobre a superfície da caixa,
as palmas das mãos estão voltadas para baixo.
Execução: O individuo inclina o corpo para frente e alcança com a ponta dos dedos
das mãos o mais longe que for possível sobre a escala de medida do banco ou a
régua graduada fixada a caixa. Ele repetirá o teste três vezes.
Anotação: O melhor resultado alcançado, ou seja, a maior distância das três
tentativas é quem será registrado.
OBSERVAÇÃO: Não será permitida a flexão dos joelhos e a utilização do
movimento de balança (insistência), no momento da execução do teste.
Figura 1 - teste de flexibilidade
Fonte: GUEDES, D.P, 2006
Força explosiva de membros inferiores (Impulsão horizontal)
Objetivo: Medir a capacidade de salto na horizontal;
Material: Uma trena e uma linha traçada no solo;
Procedimento: A trena é fixada ao solo, perpendicularmente à linha, ficando o
ponto zero sobre a mesma.
O executante coloca-se imediatamente atrás da linha, com os pés paralelos,
ligeiramente afastados, joelhos semi flexionados, tronco ligeiramente projetado à
frente.
Execução: Ao sinal o executante deverá saltar a maior distância possível. Serão
realizadas duas tentativas, registrando-se o melhor resultado.
Anotação:
A distância do salto será registrada em centímetros, com uma decimal, a partir da
linha traçada no solo até o calcanhar mais próximo desta.
Figura 2 – Impulsão Horizontal
Fonte: PROESP - BR
Força – Resistência (abdominal)
Material: Colchonetes de ginástica e cronômetro.
Procedimento: O executante posiciona-se em decúbito dorsal com os joelhos
flexionados a 90 graus e com os braços cruzados sobre o tórax. O avaliador fixa os
pés do estudante ao solo.
Execução: Ao sinal o executante inicia os movimentos de flexão do tronco até tocar
com os cotovelos nas coxas, retornando a posição inicial (não é necessário tocar
com a cabeça no colchonete a cada execução).
O avaliador realiza a contagem em voz alta. O aluno deverá realizar o maior número
de repetições completas em 1 minuto.
Anotação: O resultado é expresso pelo número de movimentos completos realizados
em 1 minuto.
Figura 3 - Abdominal
Fonte: PROESP - BR
TESTE DE APTIDÃO AERÓBIA ”VAIEVEM” DE 20m
(Conhecido também como PACER / Lúc Léger / course navette)
Objetivo: Teste progressivo máximo para estimar o consumo máximo de oxigênio
(VO2máx.), desenvolvido por Léger & Lambert em 1982 e modificado por Léger e
colaboradores em 1984.
Materiais:
• Quadra de esportes ou área plana que permita demarcar duas linhas paralelas,
distantes 20m entre si, com pelo menos 2m após as linhas, livre de obstáculos (piso
não escorregadio);
• Trena para demarcar a distância de 20m;
• Fita adesiva (de preferência colorida) para demarcar as linhas no solo e 4 cones
para serem colocados nos prolongamentos (extremidades) das respectivas linhas,
objetivando a melhor visualização das mesmas;
• Aparelho de som com potência adequada para o local do teste;
• Fita cassete ou CD player com o protocolo do teste gravado;
Procedimento:
• O teste inicia com os sujeitos correndo lentamente e termina numa velocidade de
corrida rápida, num sistema de “vaievem” na distância de 20m, de acordo com o
ritmo determinado pelo protocolo;
• O teste é do tipo escalonado, com estágios de aproximadamente 1 minuto de
duração e são marcados por um sinal sonoro (bip), que determina o ritmo de corrida
do sujeito avaliado no “vaievem” de 20m;
• O estágio (velocidade em km/h) que o avaliado pára ou não consegue mais manter o
ritmo ditado pelo protocolo, indicará o nível de aptidão aeróbia (VO2máx);
Execução:
• Os avaliados devem cruzar a linha oposta com pelo menos um dos pés
simultaneamente ao sinal sonoro (bip), não devendo sair antes do bip, ou seja, o
ritmo do protocolo deve ser respeitado rigorosamente;
• O teste inicia com 8,5 km/h e incrementa 0,5 km/h a cada estágio ( 1’ ), ou seja, o
intervalo entre os BIPs em cada velocidade diminuirá. Para cada deslocamento de
20m será computado uma volta e toda vez que a volta 1 for anunciada, indicará
que um novo estágio está começando, desta forma o avaliado vai aumentando
progressivamente a sua velocidade de corrida;
• Cada avaliado é orientado para correr até não suportar mais acompanhar o ritmo
ditado pelo protocolo; e o teste é dado como encerrado quando este parar
voluntariamente ou quando o professor ou avaliador identificar que o mesmo não
consegue por duas vezes consecutivas (ida e vinda), ultrapassar com um dos pés as
linhas demarcadas; no entanto, se houver um atraso em uma extremidade e o
sujeito recupera-se imediatamente no próximo deslocamento o teste prossegue
normalmente;
• Porém, uma tolerância de 2m no atraso de ritmo poderá ser adotada. Esse controle
pode ser feito a partir de linhas pontilhadas e paralelas a dois metros antes das
linhas de 20m; se ao soar o BIP, o avaliado se encontrar fora desta zona de
tolerância por duas vezes consecutivas, a avaliação é encerrada, cabendo ao
professor avaliador ou alguém designado, registrar o estágio e o número da volta
que o avaliado parou no teste;
Anotação:
• É recomendável, quando possível, que para cada avaliado tenha uma pessoa
responsável e munida de uma ficha do protocolo, para anotar o estágio e o número
da volta que o mesmo parou ou tenha atingido o critério de teste encerrado;
• Uma tabela indicará o VO2máx. relativo (ml/kg/min), estimado a partir do resultado
obtido (pico de velocidade atingido em km/h e idade em anos, respectivamente).
Porém, se o avaliado tem 18 anos ou mais, o valor de VO2máx. é variável-
dependente apenas do pico de velocidade.
Figura 4: Esquema do teste vai e vem “PACER”