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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Papel e resíduos sólidos: redução urgente, compromisso de aluno consciente.
Autor Isabel Aparecida Ribeiro
Disciplina/Área Ciências
Escola de implementação e sua localização
Colégio Estadual Olavo Bilac – Ensino Fundamental e Médio
Município da Escola Amaporã
Núcleo Regional de Educação Paranavaí
Professor Orientador Profª Drª Lucila Akiko Nagashima
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR/campus de Paranavaí
Relação interdisciplinar Não
Resumo A sociedade no decorrer dos anos vem desencadeando um consumo exagerado, resultando num desperdício que atinge o planeta devido ao acúmulo de resíduos sólidos e rejeitos produzidos. Os lixões e aterros não estão mais suportando a grande quantidade de lixo que chega, e ainda levando-se em conta que, uma grande parcela poderia ser reutilizada e outra poderia ser reciclada. Vê-se, então, a necessidade de desenvolver um trabalho que leve à reflexão sobre as atitudes que podem ser tomadas, para que haja uma redução e também um destino adequado dos resíduos sólidos inclusive no ambiente escolar, já que se observa um grande desperdício de papel nas salas de aula. No intuito de mostrar a importância da redução do consumo, da reutilização e da reciclagem, principalmente do papel, e apresentá-los à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), é que se fundamenta esta unidade didático- pedagógica, buscando a interação do processo ensino-aprendizagem com a realidade vivenciada pelo aluno.
Palavras chave Resíduos sólidos; redução; papel; compromisso; reutilização
Formato do Material Unidade Didático-Pedagógica
Público Alvo Alunos do 6º Ano
Apresentação
Esta proposta de trabalho tem a perspectiva de interagir no ambiente escolar
sendo uma Produção Didático-Pedagógica integrante do PDE – Programa de
Desenvolvimento Educacional, ofertado pela Secretaria de Estado de Educação do
Paraná em parceria com a Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR/campus de
Paranavaí). Ele será aplicado aos alunos do 6º Ano do Colégio Estadual Olavo Bilac
– EFM, do município de Amaporã, tendo como alicerce o Projeto de Intervenção
Pedagógica: “Papel e resíduos sólidos: redução urgente, compromisso de aluno
consciente”. Atualmente a sociedade vive em função de um consumo que cresce a
cada dia, apresentando um comportamento que se mostra aleatório ao grande
acúmulo de lixo gerado. Percebe-se que não há uma preocupação ou
responsabilidade com o processo que ocorre após os resíduos serem recolhidos
pelos coletores, porque o descarte é uma ação comum e corriqueira do cotidiano.
Em meio a tantos tipos de resíduos constata-se que o papel vem sendo muito
consumido e desperdiçado no ambiente escolar. Observa-se que é grande a
quantidade de papel amassado em forma de bolinhas, e estas enchem os cestos de
lixo das classes no final de cada período de aula, portanto há necessidade de um
trabalho que mostre a importância da redução no consumo, principalmente do papel,
e o compromisso com a reutilização e a reciclagem. Este trabalho objetiva instigar
no aluno uma reflexão mais aprofundada sobre o que está ocorrendo ao seu redor
em relação ao consumo exagerado, e ao desperdício que prejudica o ambiente em
todos os aspectos e assim comece a pensar em atitudes que tragam benefícios
coletivamente, começando na sala de aula, em casa e na comunidade,
respectivamente. A intervenção deste projeto na escola buscará fortalecer a
importância da educação ambiental no processo de aprendizagem dos alunos, pois
os mesmos já trazem um conhecimento empírico que precisa ser enriquecido de
forma que haja interação entre professor, aluno e realidade. A educação ambiental
tem que caminhar junto com a escola no processo de aprendizagem, pois os
educandos “[...] podem muito cedo aprender a preservar e a entender a importância
dos recursos naturais e do meio ambiente para nossa vida” (GRIPPI, 2006, p. 116).
Para tanto, o professor será o intermediador neste processo de construção
realizando um trabalho que dê importância em primeira instância na redução do
consumo e depois na reutilização e reciclagem sucessivamente. Diante do
comportamento apresentado pela sociedade em relação ao consumo, desperdício e
geração de lixo há a proposta de desenvolver um trabalho com os alunos na
tentativa de analisar o nível de conhecimento dos mesmos e tentar enriquecê-lo e
aprimorá-lo, intervindo com uma metodologia que abranja teoria vinculada a
atividades práticas, ou seja, trabalhar a teoria e mostrar a sua relação com o dia a
dia através de visitas de campo, atividades que mostrem a importância da
reutilização e também o processo da reciclagem. É necessário ressaltar que em todo
momento deste trabalho será priorizado, antes de tudo, a importância da redução do
consumo. E para que este processo aconteça tem-se a necessidade de conhecer
mais profundamente sobre as questões que envolvem os resíduos, inclusive a
legislação e também sobre o resíduo que terá maior enfoque neste trabalho que é o
papel.
UNIDADE DIDÁTICA:
PAPEL E RESÍDUOS SÓLIDOS: REDUÇÃO URGENTE, COMPROMISSO DE
ALUNO CONSCIENTE
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:
1 Resíduos Sólidos
1.1 Definições
Historicamente o lixo faz parte da humanidade e a quantidade de sua
produção vem crescendo consideravelmente de forma desenfreada junto com a
população. De acordo com Gonçalves (2003):
A produção de lixo é inevitável e inexorável. Todos os processos geram resíduos, desde o mais elementar processo metabólico de uma célula até o mais complexo processo de produção industrial. Por outro lado, a lata de
lixo não é um desintegrador mágico de matéria. A humanidade vive em ciclos de desenvolvimento e neste momento estamos vivendo um ápice de desperdício e irresponsabilidade na extração dos recursos naturais esgotáveis (GONÇALVES, 2003, p. 19).
É oportuno lembrar que atualmente se usa com maior frequência o termo
técnico resíduo sólido para a designação de lixo. Conforme Eigenheer (1997), foi
depois da metade do século XIX que houve a distinção entre lixo (resíduos sólidos) e
águas servidas (fezes, urina, etc.) e estas passaram a ser coletadas separadamente.
Pressupõe-se que o termo técnico passou a ser mais usado nesta época. Segundo a
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR 10004/2004) para os efeitos
desta norma, aplica-se a seguinte definição:
[...] resíduos sólidos: Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível (ABNT, 2004, p.1).
A Lei Federal nº 12.305 de 2 de agosto de 2010, denominada de Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no Título I das disposições gerais do capítulo
2 no Art. 3º define resíduo sólido sendo todo e qualquer,
[...] material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d‟água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível (BRASIL, 2010, p. 1).
Diante de tais afirmações, percebe-se que os resíduos sólidos fazem parte de
todo processo de consumo e produção da sociedade, não podendo ser deixado de
lado, ou ser tratado como um caso à parte. É imprescindível atualmente que se
tenha um esclarecimento mais profundo e claro sobre os resíduos e sua
classificação. Nesse sentido, a PNRS (2010) no seu Art. 13 vem enriquecer o
conhecimento sobre o assunto classificando os resíduos na seguinte forma:
I - quanto à origem: a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas; b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana; c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”; d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”; e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c”; f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama [sic] e do SNVS; h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis; i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades; j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira; k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; II - quanto à periculosidade: a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”. Parágrafo único. Respeitado o disposto no art. 20, os resíduos referidos na alínea “d” do inciso I do caput, se caracterizados como não perigosos, podem, em razão de sua natureza, composição ou volume, ser equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal (BRASIL, 2010).
A sociedade produz uma imensa diversidade de resíduos, e esta vem atrelada
às fábricas que, no século XVIII, começaram a produção de objetos de consumo em
larga escala, aumentando assim consideravelmente a geração de resíduos
diversificados (RODRIGUES; CAVINATO, 2003).
1.2 História
Considerando todo o processo histórico, não dá para separar da vivência
humana a produção do lixo, suposto que o homem é um consumidor nato. Vale
ressaltar que este consumo não era tão desenfreado como se mostra na atualidade,
pois ele foi crescendo conforme os hábitos e costumes da humanidade foram
mudando. Na interpretação de Rodrigues e Cavinato (2003, p. 6), “nos tempos mais
remotos, o lixo era produzido em pequena quantidade e constituído essencialmente
de sobras de alimentos”.
Na época dos nômades, lidar com os resíduos apresentava maior facilidade,
pois eles viviam mudando de lugar principalmente pela busca de alimentos, com isso
não havia acúmulo que os incomodassem, lembrando ainda que os resíduos eram
basicamente orgânicos. A maior parte desses resíduos era composta por restos de
alimentos (de origem animal e vegetal) e restos de roupas.
Quando os homens deixaram de ser nômades aprenderam a plantar, colher,
criar animais, fixando sua moradia e formando vilas, por isso houve um crescimento
na geração de resíduos. Mas tais resíduos começaram a ser aproveitados na
alimentação dos animais e como adubo nas plantações e hortas.
Com o passar dos anos, observou-se um crescimento populacional que gerou
aglomeração formando as cidades; nestas, já não se criavam mais animais nem se
tinha espaço para as plantações. Neste sentido, os resíduos começaram a se
acumular havendo preocupação e desconforto, como ressalta Rodrigues e Cavinato
(2003),
[...] o crescimento acelerado das metrópoles fez com que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem escassas. A sujeira acumulada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas e piorou as condições de saúde das populações em todo o mundo, especialmente nas regiões menos desenvolvidas (RODRIGUES; CAVINATO, 2003, p. 6).
A sociedade influenciada pela Revolução Industrial no século XVIII,
juntamente com o avanço tecnológico, teve um impulso no crescimento do consumo,
vindo de carona também o crescimento do lixo. Sobre a sequência desses fatos
Grippi (2006) afirma que,
a industrialização trouxe consigo, naturalmente materiais a serem descartados, assim como o aumento do consumo atrelado ao crescimento populacional gera também cada vez mais lixo para ser descartado. O fato de o homem existir, traz consigo a existência do lixo na mesma proporção (GRIPPI, 2006, p. 4).
E como resolver este problema em que todos têm a sua participação?
Gonçalves (2003) relata que a humanidade vive em processo de desenvolvimento,
estando também no limite do desperdício e da irresponsabilidade, quando se trata
da extração dos recursos naturais inesgotáveis. Portanto, faz-se necessário, um
conjunto de reflexões que potencializem uma mudança transformadora para uma
vida sustentável no planeta.
1.3 Composição
Com o advento da revolução pode-se perceber que houve uma mudança no
padrão dos resíduos, que antes eram compostos basicamente de matéria orgânica
enquanto que nos dias de hoje há uma variação de matéria orgânica a papel,
plástico, alumínio, material eletrônico e outros.
Segundo Monteiro et al. (2001, p. 33), “as características do lixo podem variar
em função de aspectos sociais, econômicos, culturais, geográficos e climáticos, ou
seja, os mesmos fatores que também diferenciam as comunidades entre si e as
próprias cidades”.
A „cara‟ do lixo sofre variação dependendo da cidade, sofrendo influência de
diversos fatores, como a atividade da indústria, do comércio, do turismo, dos hábitos
e costumes da população e até mesmo do clima. Para se realizar um trabalho
relacionando resíduos sólidos e as cidades, faz-se necessário a realização periódica
de levantamento de dados, principalmente em relação à limpeza urbana (BRASIL,
1991 - CARTILHA DE LIMPEZA PÚBLICA, p. 10). Para tal ação, precisa-se
considerar as seguintes características conforme destaca a Cartilha de Limpeza
Pública (1991):
Características físicas - composição gravimétrica: traduz o percentual de cada componente
em relação ao peso total do lixo; - peso específico: é o peso dos resíduos em função do volume por eles ocupados, expresso em kg/m
3. Sua determinação é fundamental para o
dimensionamento de equipamentos e instalações; - teor de umidade: esta característica tem influência decisiva,
principalmente nos processos de tratamento e destinação do lixo. Varia muito em função das estações do ano e da incidência de chuvas;
- compressividade: também conhecida como grau de compactação, indica a redução de volume que uma massa de lixo pode sofrer, quando submetida a uma pressão determinada. A compressividade do lixo situa-se entre 1:3 e 1:4 para uma pressão equivalente a 4 kg/cm
2. Tais valores são
utilizados para dimensionamento de equipamentos compactadores;
- geração per capita: relaciona quantidade do lixo gerado diariamente e o número de habitantes de determinada região. Muitos técnicos consideram de 0,5 a 0,8 kg/habitante/dia como a faixa de variação média para o Brasil;
Características químicas - poder calorífico: indica a capacidade potencial de um material
desprender determinada quantidade de calor quando submetido à queima; - potencial de hidrogênio (pH): indica o teor de acidez ou
alcalinidade do material; - teores de cinzas, matéria orgânica, carbono, nitrogênio, potássio,
cálcio, fósforo, resíduo mineral total, resíduo mineral solúvel e gorduras: importante conhecer, principalmente quando se estudam processos de tratamento aplicáveis ao lixo;
- relação C/N ou relação carbono/nitrogênio: indica o grau de decomposição da matéria orgânica do lixo nos processos de tratamento/disposição final;
Características biológicas O estudo da população microbiana e dos agentes patogênicos
presentes no lixo urbano, ao lado das suas características químicas, permite que sejam discriminados os métodos de tratamento e disposição mais adequados. Nessa área são necessários procedimentos de pesquisa (BRASIL, 1991, p. 10).
Levando-se em conta a composição gravimétrica que integra o parâmetro das
características físicas dos resíduos sólidos domiciliares, relata-se que, no Brasil
estes resíduos são constituídos de: 65% de matéria orgânica, 3% de vidro, 4% de
metal, 3% de plástico e 25% de papel (MONTEIRO et al., 2001). Em função destes
dados e de acordo com a realidade da escola que se projetará este trabalho, se fará
a análise gravimétrica dos resíduos sólidos das salas de aula e setor administrativo
e também será determinada a geração per capita.
1.4 Destinação
O que fazer com os resíduos sólidos que são gerados diariamente? Esta é
uma questão a se pensar com responsabilidade, pois antes de serem coletados,
pode-se fazer uma análise quanto à reutilização e também quanto à possibilidade
dos mesmos passarem pelo processo da reciclagem, portanto é preciso que se faça
uma separação antes de serem destinados aos locais de segregação (separação) e/
ou para a disposição final. Na maioria das vezes os resíduos que podem ser
reutilizados de forma que não causem danos à saúde e ao ambiente, ficam na
própria fonte, já os que podem ser reciclados devem ser separados, ou seja,
selecionados de acordo com suas características, facilitando o trabalho da coleta
seletiva e das cooperativas que encaminham para as usinas de reciclagem
transformando-os em matéria-prima novamente. A PNRS no seu Art. 3, inciso V,
define coleta seletiva como: “coleta de resíduos sólidos previamente segregados
conforme sua constituição ou composição” (BRASIL, 2010). Logo, quando coletado
seletivamente o resíduo deve ter uma destinação final adequada, que segundo esta
mesma lei, esse destino pode ser: a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a
recuperação, o aproveitamento energético e até outras destinações, sendo estas
admitidas pelos órgãos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente
(SISNAMA), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do Sistema Único
de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA) (BRASIL, 2010).
Em meio a todo esse processo, vale destacar que os resíduos orgânicos
podem ser reutilizados passando pelo processo da compostagem que, segundo o
Manual de Educação-consumo sustentável (2005) define como sendo
[...] um processo no qual a matéria orgânica putrescível (restos de alimentos, aparas e podas de jardins, etc.) é degradada biologicamente, obtendo-se um produto que pode ser utilizado como adubo. A compostagem permite aproveitar os resíduos orgânicos, que constituem mais da metade do lixo domiciliar. A compostagem pode ser feita em casa ou em unidades de tratamento biológico (BRASIL, 2005, p. 123).
Quando este processo é realizado diminui-se a proliferação de insetos, de
outros animais e do mau cheiro causado pela putrefação, além disso há
transformação de materiais instáveis e poluentes em materiais mais estáveis e com
menor impacto ambiental sobre o ar, águas e solos.
1.5 Disposição final
Todo resíduo que não pode ser reutilizado ou reciclado e/ou já se esgotou
qualquer forma de reaproveitamento é considerado rejeito, portanto, deve ter uma
disposição final ambientalmente adequada. A PNRS (2010) no Art. 3, inciso XV
considera como rejeito os
[...] resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada (BRASIL, 2010, p. 3).
É importante destacar ainda o que esta mesma lei no Art. 54 menciona:
A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, observado o disposto no § 1
o do art. 9
o, deverá ser implantada em até 4 (quatro) anos
após a data de publicação desta Lei. Art. 9o Na gestão e gerenciamento de
resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.§ 1
o Poderão ser
utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e ambiental e com a implantação de programa de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão ambiental (BRASIL, 2010, p.28).
Como visto, após coletado adequadamente todo resíduo sólido, inclusive o
urbano, deve ser disposto em um local de forma que não permita a poluição do solo
e dos recursos hídricos (GRIPPI, 2006). No Brasil há ainda um trabalho a ser
realizado de modo sustentável quanto ao gerenciamento do lixo.
A influência dos resíduos sólidos na sociedade atualmente abrange os
setores político, econômico, educacional, ambiental e principalmente de saúde e
para tanto é indispensável a destinação final adequada dos mesmos.
No Brasil, os resíduos têm disposição final em lixões (vazadouros a céu
aberto), aterros controlados, aterros sanitários (sendo esses os três mais usados), e
ainda em terrenos baldios, lagos, rios e mar. O Manual de Educação-consumo
sustentável (2005) destaca que os lixões são:
[...] terrenos onde se acumulam enormes montanhas de lixo a céu aberto, sem nenhum critério técnico ou tratamento prévio do solo, com a simples descarga do lixo sobre o solo. Além de degradar a paisagem e produzir mau cheiro, os lixões colocam em risco o meio ambiente e a saúde pública. (BRASIL, 2005, p. 121).
Em países como o Brasil, que se encontra em desenvolvimento, ainda é
grande a quantidade de resíduos sólidos urbanos (RSU) que têm a disposição
sanitária inadequada. Tal situação gera impactos ambientais, desequilíbrio ecológico
(proliferação de insetos e ratos) e danos à saúde pública (GRIPPI, 2006, p.93). Já
em relação aos aterros sanitários e controlados o Manual de Educação-consumo
sustentável (2005), define:
Aterro Sanitário: É um método de aterramento dos resíduos em terreno preparado para colocação do lixo, de maneira a causar o menor impacto ambiental possível: [...] o solo é protegido por uma manta isolante (chamada geomembrana) ou por uma camada espessa de argila compactada, impedindo que os líquidos poluentes, lixiviados ou chorume, se infiltrem e atinjam as águas subterrâneas; são colocados dutos captadores de gases (drenos de gases) para impedir explosões [...]; é implantado um sistema de captação de chorume, para que ele seja encaminhado a um sistema de tratamento; as camadas de lixo são compactadas com trator de esteira, umas sobre as outras, para diminuir o volume, e são recobertas com solo diariamente [...]; o acesso ao local deve ser controlado com portão, guarita e cerca, para evitar a entrada de animais, de pessoas e a disposição de resíduos não autorizados. Aterro controlado: [...] não é considerado uma forma adequada de disposição de resíduos porque os problemas ambientais de contaminação da água, do ar e do solo não são evitados, já que não são utilizados todos os recursos de engenharia e saneamento que evitariam a contaminação do ambiente. No entanto, representam uma alternativa melhor do que os lixões, e se diferenciam destes por possuírem a cobertura diária dos resíduos com solo e o controle de entrada e saída de pessoas (BRASIL, 2005, p. 124).
No Brasil, no ano de 2010, estudos verificaram que 57,6% dos RSU tiveram
disposição final adequada enquanto que 42,4% tiveram disposição inadequada onde
se somaram 24,3% dispostos em aterros controlados com 18,1% em lixões
(ABRELPE: PANORAMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS, 2010).
A disposição inadequada ocorre em todas as regiões e estados brasileiros,
mesmo com esforços empreendidos, ainda há encaminhamento dos RSU para
lixões e aterros controlados, causando danos e degradações (PANORAMA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS, 2010).
Enquanto que a tendência mundial dos países desenvolvidos se volta para a
redução mínima da prática de aterros sanitários, deixando-a como última opção, o
Brasil caminha para alcançar a meta deste tipo de aterro para substituir os lixões
(SANTOS, 2011).
Além das disposições citadas, é importante ressaltar a existência do processo
de incineração. Segundo Santos (2011), este processo consiste em tratar os
resíduos sólidos envolvendo-os numa combustão controlada das substâncias
orgânicas. Durante este processo há uma redução no seu volume, no seu peso e
nas características periculosas iniciais. Para Rodrigues e Cavinato (2003), este
processo no Brasil é considerado caro, sendo indicado em algumas regiões de
metrópole onde o número de habitantes é numeroso.
Os países desenvolvidos têm custos elevados para obtenção de aterros
sanitários devido à dificuldade de obtenção e custo alto quanto aos terrenos
apropriados, e cobrança de altas taxas por toneladas de resíduos aterrados. Já
quanto à incineração, o custo é menor. Em relação aos países em desenvolvimento
como o Brasil estes custos se invertem. Quanto às opções de aterro sanitário e
incineração, nenhuma das duas disposições apresentam apenas vantagens, há um
equilíbrio em relação às desvantagens, porém deve-se considerar que alguns
desses aspectos pesam mais nas tomadas de decisão (SANTOS, 2011).
2 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
A Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 publicada no diário oficial da união
em 3 de agosto de 2010, instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),
com o objetivo de oportunizar maior esclarecimento quanto à questão dos resíduos
sólidos tanto no âmbito nacional, estadual como municipal. Esta lei visa um trabalho
que comprometa todos em conjunto. O Plano Nacional de Resíduos Sólidos (2011)
destaca que:
[...] a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), após longos vinte e um anos de discussões no Congresso Nacional marcou o início de uma forte articulação institucional envolvendo os três entes federados – União, Estados e Municípios, o setor produtivo e a sociedade civil na busca de soluções para os graves problemas causados pelos resíduos, que vem comprometendo a qualidade de vida dos brasileiros. A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece princípios, objetivos, diretrizes, metas e ações, e importantes instrumentos, tais como este Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que está em processo de construção e contemplará os diversos tipos de resíduos gerados, alternativas de gestão e gerenciamento passíveis de implementação, bem como metas para diferentes cenários, programas, projetos e ações correspondentes (BRASIL, 2011, p. 1).
É importante ressaltar que a PNRS (2010), destaca em seu artigo primeiro:
Art. 1o Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo
sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.
§ 1o Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas,
de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos. § 2
o Esta Lei não se aplica aos rejeitos radioativos, que são regulados por
legislação específica (BRASIL, 2010, p. 10).
A aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos é um marco regulatório
que disciplina o gerenciamento dos resíduos sólidos, apontando condições de
acesso a fontes de recursos federais e ainda define as diretrizes gerais a serem
seguidas por todos na perspectiva de melhorar o panorama nacional em relação à
gestão de resíduos sólidos (NASCIMENTO NETO; MOREIRA, 2010). Os autores
ainda argumentam que
a sua aprovação não é a garantia de melhoria na gestão dos resíduos sólidos no Brasil, sendo fundamental o engajamento do poder público e da sociedade civil no sentido de transformar este instrumento normativo em instrumento modificador das atuais práticas de gestão e manejo de resíduos sólidos urbanos (NASCIMENTO NETO; MOREIRA, 2010, p. 18).
Todos precisam se conscientizar que o envolvimento precisa ser em conjunto,
ou seja, sociedade e poderes públicos unidos neste gerenciamento podem minimizar
este problema que envolve a geração, destinação e disposição dos resíduos.
3 PAPEL
Este material é consumido tradicionalmente nos grandes estabelecimentos de
ensino, juntamente com o papelão e pode ser reaproveitado no próprio local
(RODRIGUES; CAVINATO, 2003, p. 92). Logo se faz necessário um estudo mais
abrangente deste componente, para que se evite o desperdício, pois o mesmo é um
componente dominante nos resíduos sólidos descartados do Colégio Estadual Olavo
Bilac - EFM de Amaporã e não é reaproveitado.
3.1 História do Papel
Sabe-se que o papel é um recurso muito usado atualmente, mesmo com toda
evolução tecnológica que conta com computadores e celulares sofisticados, ele
sempre foi muito útil, desde quando se começou sua produção de forma rústica.
Quando o papel ainda não existia o homem tentava se comunicar de várias
maneiras como descreve Barbosa Júnior (2006):
Antes da criação do papel, em alguns países e/ou grupos humanos existiram maneiras curiosas do homem se expressar através da escrita. Na Índia, usavam as folhas de palmeiras, os esquimós utilizavam ossos de baleia e dentes de foca. Na China os livros eram feitos com conchas e cascos de tartaruga e posteriormente em bambu e seda. Estes dois últimos antecederam a descoberta do papel. Entre outros povos era comum o uso da pedra, barro e até mesmo a casca das árvores. As matérias-primas mais famosas e próximas do papel foram o papiro e o pergaminho (BARBOSA JÚNIOR, 2006, p. 17).
Destaca-se ainda na literatura sobre o assunto, que tanto o papiro quanto o
pergaminho foram muito usados servindo de base para os registros da época.
Segundo Barbosa Júnior (2006), o papiro recebe este nome por se originar de um
vegetal de nome científico Cyperua papyrus e foi muito usado pelos egípcios cerca
de 2400 anos antes de Cristo. Já sobre o pergaminho, Lopes (2010) afirma que era
de origem animal feito da pele geralmente de bois, cordeiros e cabras apresentando
resistência e durabilidade, recebendo este nome devido a um importante centro de
fabricação na cidade de Pérgamo, na Grécia.
No entanto, por volta do século VI a.c, é que se começa a produção do papel
pelos chineses, a primazia de ter feito papel fica atribuída a Ts'Ai Lun, um oficial da
Corte Imperial Chinesa, este usava fragmentos de redes de pesca, de trapos e
vegetais (BARBOSA JÚNIOR, 2006). Em consonância com as afirmações acima, a
Associação Brasileira de Celulose e Papel (BRACELPA) apud Programa
Desperdício Zero Kit Resíduos-papel (2006, p. 20) da Secretaria do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos, destaca que, Ts‟Ai Lun,
[...] fragmentou em uma tina com água, cascas de amoreira, pedaços de bambu, rami, redes de pescar, roupas usadas e cal para ajudar no desfibramento. Na pasta formada, submergiu uma forma de madeira revestida por um fino tecido de seda. Esta forma coberta de pasta era retirada da tina e com a água escorrendo, deixava sobre a tela uma fina folha que era removida e estendida sobre uma mesa. [...] as folhas então eram prensadas para perder mais água e posteriormente colocadas uma a uma, em muros aquecidos para a secagem (PARANÁ, 2006, p. 20).
Constata-se que processo semelhante a este continua sendo utilizado até os
dias de hoje. No Brasil, é por volta de 1809 e 1810 que surge a primeira fábrica de
papel no Rio de Janeiro, vindo esta a trabalhar com fibras de vegetais (BARBOSA
JÚNIOR, 2006). Essas fibras vegetais geralmente são provenientes da madeira das
árvores de pinus e de eucalipto (RODRIGUES; CAVINATO, 2003).
3.2 Processo de Produção e Tipos de Papel
Muito tempo se passou desde o primeiro processo realizado em relação à
produção do papel, e esta técnica foi sendo melhorada com o passar dos anos
juntamente com o avanço tecnológico, mas uma característica permaneceu, o uso
até hoje de fibras vegetais, mesmo usando as aparas. Para Barbosa Júnior (2006), o
termo apara designa as rebarbas do processamento do papel em fábricas, gráficas,
atividades comerciais, residenciais e em outras instituições, inclusive escolas.
De acordo com a BRACELPA apud Programa Desperdício Zero Kit Resíduos-
papel (2006, p. 20), da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, são
utilizadas fibras vegetais como matéria prima para a produção do papel:
A matéria prima mais utilizada na fabricação de papel é a madeira, contudo outras também podem ser empregadas. Após a aquisição da matéria prima para a fabricação do papel, esta substância pode passar por processos químicos, e/ou mecânicos, com adição ou não de aparas, até sua transformação em pasta celulósica (PARANÁ, 2008, p. 20).
O processo de produção do papel ainda continua semelhante ao feito por
Ts‟Ai Lun, embora já não mais feito totalmente manual, atualmente este processo é
industrial o que proporciona a produção em grande escala. A produção pode ser
feita pelos processos químico, mecânico ou os dois combinados, que acontecem por
etapas sendo elas: estoque de cavacos (tiragem da casca de eucaliptos e pinus),
fabricação da polpa (remoção da lignina das fibras celulósicas), processo mecânico
(prensagem dos troncos com presença de água), processo químico (cavacos
misturados com substâncias químicas para melhor separação da lignina), processo
por reciclagem (trituração das aparas com água e também retirada da tinta com
produtos químicos, lembrando que esta polpa é usada na fabricação de papel
cartão, jornal, papel higiênico, papel toalha e outros), processo de branqueamento
(adição de produtos químicos para separar a lignina e branquear o papel), processo
de formação da folha (retirada da água, passagem pelos cilindros aquecidos a vapor
para melhor secagem e enrolamento em bobinas jumbo passando para bobinas
menores) e finalmente, o processo de acabamento (das bobinas pequenas começa-
se os recortes das folhas conforme será usado o papel). É importante destacar que
com o avanço tecnológico este último processo na maioria das fábricas é realizado
automaticamente sem uso manual (BRACELPA, 1999 apud PARANÁ, 2006, p. 22).
A fabricação do papel acontece de acordo com formulações específicas,
atendendo às características necessárias para qual finalidade será destinado,
podendo ser usado para impressão, para escrita, para embalagens, fins sanitários,
cartolinas e especiais. O percentual da média anual de produção brasileira de papel
em relação ao tipo distribui-se da seguinte forma: 45% para embalagens, 27% para
impressão, 10% para cartões/cartolina, 9% para fins sanitários, 6% para escrever e
3% para tipos especiais (GRIPPI, 2006).
Para a produção de todos esses tipos de papel são gastos alguns
ingredientes necessários: água, energia e fibra de celulose (RODRIGUES, 2003),
daí destaca-se a importância da redução no consumo de papel. Para Calderoni
(1997), o papel quando comparado com o alumínio e o vidro, perde parte de suas
propriedades ao ser reciclado, mas mesmo assim sua reciclagem é importante, pois
pode ser usado de forma distinta da original.
3.3 Reciclagem do Papel
São inúmeras as utilizações do papel e grande sua produção, portanto é
imprescindível que se realize o processo de reciclagem. Rodrigues e Cavinato
(2003) relatam que há algumas peculiaridades quanto à reciclagem, pois para
alguns tipos de resíduos de papel, como material molhado ou sujo de fezes não é
viável este processo.
Dentro dos diversos tipos de papel existentes, faz-se a seguinte separação
quanto aos recicláveis e não recicláveis:
Recicláveis: jornais, revistas, catálogos, envelopes, formulários, papéis plastificados, caixas de papelão, impressos em geral, embalagens longa-vida, papéis timbrados e rascunhos. Não recicláveis: papéis higiênicos, papéis-carbono, fotografias, fitas adesivas e etiquetas adesivas (NANI, 2012, p. 24).
Comparando-se os dados de produção dos tipos de papel no Brasil em 2011
com os tipos que podem ser reciclados, percebe-se que, os de maior produção
podem ser reciclados, assim destaca-se a importância da reciclagem, principalmente
em termos econômicos conforme ressalta Nani (2012, p. 24), “[...] reciclando uma
tonelada, poupamos 4.200 kw/h de energias e 26.495 litros de água. Evitamos o
corte de 17 árvores e o lançamento de 27kg de poluição no ar.”
No sentido ecológico Barbosa Júnior (2006) relata:
O papel é um lixo nobre, pois sua reciclagem preserva o meio ambiente evitando o corte de milhões de árvores que através da fotossíntese ainda absorve o gás carbônico da atmosfera e na liberação do oxigênio para a mesma, isso torna o ar que respiramos com maior qualidade (BARBOSA JÚNIOR, 2006, p. 25)
O processo de reciclagem do papel deve ter importância na reutilização de
materiais, pois reciclá-lo apresenta vantagens, isto é, diminui seu envio para aterros,
economiza matéria-prima, água e energia mais do que na fabricação de papel novo
(GRIPPI, 2006, p. 45).
3.4 Processo de Reciclagem do Papel
O papel para ser reciclado deve ser destinado à indústria de reciclagem e
produção do mesmo, mas para que isto aconteça há uma trajetória a ser seguida.
Primeiramente, os resíduos de papel devem ser impreterivelmente separados na
fonte, sendo recolhido pelos coletores se o município tiver coleta seletiva, ou pelos
catadores de rua, os sucateiros. Posteriormente, este material deve ser
encaminhado para uma usina de separação dos resíduos, depois de separados,
serão transportados para a indústria onde se transformará em nova matéria prima
para a produção de novos tipos de papéis. Ainda sobre este processo é importante
destacar o que diz Calderoni (1995, p. 210): “Uma importante característica da
reciclagem do papel é que este não se constitui em substituto da matéria-prima
virgem, mas com ela deve combinar-se [...]”.
Para que se tenha a obtenção da pasta celulósica através do processo de
reciclagem, faz-se necessário a realização de algumas operações como:
desagregação, limpeza/depuração, destintamento, refinação, adição de fibras, e
adição de produtos químicos, tudo quando necessário (GRIPPI, 2006).
Após o processo de reciclagem o produto final geralmente resulta em tipos de
papéis que serão usados principalmente nas embalagens, caixas, bandejas de ovos
e outros. Enfim, percebe-se que a reciclagem, seja ela do papel ou não, tem sua
importância para o planeta.
Grippi (2006), quando relata sobre a reciclagem, afirma que esta resulta de
uma série de etapas que fazem com que o material que seria lixo, retorne para a
cadeia produtiva e torne após novo processo, matéria-prima para fabricação de
outros bens, que anteriormente eram produzidos somente com matéria-prima
virgem.
Toda esta fundamentação é a base para a realização da etapa seguinte que
consiste nas tarefas que serão realizadas com os alunos.
Material Didático:
Tarefas destinadas aos alunos
Nesta Unidade Didática serão trabalhados os seguintes conteúdos
interligados:
Conteúdo Estruturante: Matéria, Energia e Biodiversidade
Conteúdo Específico: Solo e lixo
Conteúdos Básicos: Contaminação do solo e da água, Lixo orgânico e
inorgânico, Recursos naturais, Consumo e desperdício.
É importante que os alunos tenham conhecimento dos conceitos corretos,
podendo formar uma opinião crítica diante dos problemas existentes em relação aos
resíduos, e também perceber que é o exagerado consumo que acarreta o acúmulo
dos diversos tipos de resíduos, principalmente do papel. No decorrer das tarefas
serão discutidos diversos conceitos e estes sempre serão revistos conforme a
necessidade. Com o intuito de diagnosticar o que os alunos sabem ou qual
conhecimento eles têm a respeito do que será trabalhado, se aplicará um pré-teste
com questões diversificadas.
TAREFA 1:
PRÉ-TESTE:
Objetivo:
Diagnosticar o nível de conhecimento dos alunos em relação ao assunto lixo e
resíduos sólidos e verificar qual a opinião deles em relação ao desperdício.
Colégio Estadual Olavo Bilac – Ensino Fundamental e Médio
Professora PDE: Isabel Aparecida Ribeiro
Aluno:______________________________________________________________.
Turma: _______________
Vamos verificar como está o seu conhecimento!
1 - Considerando o que você já sabe, o que é lixo para você?
( ) tudo aquilo que se joga fora
( ) o que não serve mais
( ) coisas velhas
( ) o que já usei e que talvez possa ser reutilizado
( ) outro
2 - Você já ouviu falar em resíduos sólidos?
( ) sim ( ) não
3 - Se você já ouviu falar em resíduos sólidos, como você os define?
( ) tudo aquilo que se joga fora e não é reaproveitado
( ) tudo que vai para a fossa
( ) tudo que descartamos exceto o esgoto
( ) todos os restos das atividades humanas domésticas, industriais, comerciais,
hospitalares, agrícolas e de varrição
4 – Você reutiliza os materiais antes de jogá-los fora?
( ) sim ( ) não
Dê exemplos:
___________________________________________________________________.
5 – Para onde vai o lixo da sua residência?
( ) é enterrado no quintal ( ) é levado pelo caminhão da coleta
( ) é queimado ( ) outro
6 – Na sua cidade tem coleta de lixo?
( ) sim ( )não
7 – Se na sua cidade tem coleta de lixo, como você armazena este lixo para ser
coletado?
( ) ensacado em sacola de supermercado
( ) ensacado em sacos próprios de lixo
( ) é jogado na rua e os coletores pegam
( ) é jogado em um tambor ou recipiente e os coletores despejam no caminhão
8- Você sabe para onde é encaminhado o lixo coletado pelo caminhão?
( ) sim ( ) não
9 – Com suas palavras defina o que é:
Lixão:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
Aterro controlado:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
Aterro sanitário:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
10 – Você já deve ter ouvido falar em coleta seletiva. Na sua opinião qual a definição
correta?
( ) coleta de todo o lixo junto
( ) coleta de todo o lixo separado conforme as características, tipo papel, plástico,
vidro, metal, e outros
11 – O que é reciclagem para você?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
12 – Você sabe para que se faz a coleta seletiva?
( ) para o lixo não ficar todo misturado
( ) para facilitar o trabalho da reciclagem
13 – Na sua escola qual o tipo de lixo (resíduo) que apresenta maior geração?
( ) orgânico ( ) plástico ( ) papel
14 – Na sua escola tem coleta seletiva?
( ) sim ( ) não
15 – Você acha que tem algum lixo da escola que poderia ser reaproveitado?
( ) sim ( ) não
Qual?
____________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
16 – O que você faz com as folhas limpas que sobram do caderno no final do ano?
( ) guardo o caderno e não utilizo mais
( ) jogo fora
( ) arranco as folhas para brincar
( ) outros
17 – Assinale o que você acha que pode ser reciclado:
( ) papel toalha ( ) fralda descartável ( ) vidros
( ) papel higiênico ( ) lixo hospitalar ( ) alumínio
( ) papelão ( ) restos de comida ( ) sacolas plásticas
( ) garrafas PET ( ) pilhas e baterias
18 – Dos materiais abaixo citados, o que você acha que pode ser reutilizado?
( ) folhas limpas de cadernos velhos ( ) sacolas plásticas
( ) potes plásticos de sorvete ( ) papel de bala
( ) embalagens de vidro
19 – Que tipos de problemas o lixo pode trazer para a sociedade?
( ) ocupação de grandes espaços ( ) proliferação de insetos
( ) nenhum ( ) poluição dos lençóis freáticos
( ) poluição do solo
20 – Para você o que é mais importante em relação ao lixo: reduzir, reutilizar ou
reciclar? Justifique:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
Fonte: Atividade adaptada do trabalho de conclusão do curso de Especialista em Ensino de Ciências por investigação de Cláudia Gonçalves. Disponível em: <http://www.cecimig.fae.ufmg.br/wp-content/uploads/2007/10/monografia-Claudia.pdf>
TAREFA 2
TEXTO INFORMATIVO “HISTÓRIA DO LIXO”
Objetivo:
Oferecer de forma simples e clara conceitos que façam uma intermediação
entre o conhecimento empírico e o conhecimento científico.
Vamos conhecer um pouco sobre a história do lixo:
Será que sempre se produziu lixo na quantidade que se produz hoje?
Na época dos nômades a produção de lixo era muito pequena, pois eles
sobreviviam da caça e da pesca e mudavam de lugar quando o alimento ficava
escasso. Deixavam para trás os resíduos orgânicos (resíduos compostos
basicamente de restos de alimentos de origem animal e vegetal e restos de roupas
feitas de couro de animais).
Quando os homens deixaram de ser nômades aprenderam a plantar, colher e
criar animais, passaram a fixar sua moradia e formar vilas, houve então um
crescimento na geração de resíduos. Estes resíduos começaram a ser aproveitados
na alimentação dos animais e como adubo nas plantações e hortas. Das pequenas
vilas, surgiram as cidades, que cresceram e se desenvolveram não tendo mais
como criar animais nem plantar. Estas atividades ficaram para a área rural e nas
cidades surgiram as fábricas e indústrias (momento da Revolução Industrial) onde
houve o crescimento da quantidade de produtos industrializados e
consequentemente o aumento do consumo e da produção de resíduos (o nosso
lixo).
TAREFA 3
QUESTÕES, DISCUSSÃO E REFLEXÃO SOBRE O TEXTO “HISTÓRIA DO LIXO”
Objetivo:
Investigar se entenderam o processo histórico do aumento da produção dos
resíduos sólidos (lixo).
Após a discussão sobre a história do lixo, pense um pouquinho e responda:
1 - Os nômades produziam lixo, como eles lidavam com esta questão?
2 - Ao deixar de ser nômade, o ser humano deixou também de produzir lixo?
3 - Em que época houve um aceleramento na produção de lixo? E por qual motivo?
4 - Observe e analise o lixo da sua residência e da escola e faça uma lista dos
materiais que são descartados.
TAREFA 4
TEXTO INFORMATIVO “LIXO E RESÍDUOS SÓLIDOS” E ATIVIDADES
Objetivos:
Estudar a origem da palavra lixo e conhecer a forma técnica que mais se usa
de acordo com as normas e legislações existentes.
Analisar a classificação quanto à origem e periculosidade dos resíduos
sólidos de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Verificar se conseguem diferenciar a classificação dos resíduos quanto à
origem e periculosidade.
Lixo e resíduos sólidos:
Hoje ainda ouvimos falar a palavra lixo, mas o termo usado tecnicamente é
resíduo sólido.
Curiosidade:
Fonte: GONÇALVES, 2003, p.19.
A palavra lixo tem origem no latim – Lix, e pode
ter dois significados:
1°- lixívia ou cinzas (restos e lenha carbonizada
de fornos e fogões).
2°- lixare (polir, desbastar); logo lixo seria os
restos arrancados pela lixa, a sujeira.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 10004/2004 e a Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) definem os resíduos sólidos como sendo todo
material, substância ou objeto no estado sólido ou semi-sólido que é descartado das
atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de
serviços e de varrição. Ficam incluídos também os lodos dos sistemas de tratamento
de água e gases contidos em recipientes que não podem ser lançados na rede
pública de esgoto e nos corpos d’água (nascentes, lagos, riachos rios e mares).
Segundo a PNRS, estes resíduos recebem uma classificação conforme a
origem em:
Domiciliares: resultantes das atividades domésticas;
De Limpeza Urbana: são aqueles que resultam da varrição e limpeza
de logradouros e vias públicas;
Resíduos Sólidos Urbanos: são os domiciliares e os de limpeza urbana;
De Saneamento Básico: o que vai para a rede de esgoto, e quando não
há esta rede, é aquele que vai para a fossa séptica;
Resíduos de Estabelecimentos Comerciais e Prestadores de Serviços:
são as embalagens, os materiais de escritório, resíduos de sanitários,
etc.;
Resíduos Industriais: os gerados nos processos de produção (água de
lavagem da matéria prima, cascas, lodos, cinzas, borrachas, etc.);
De Serviço de Saúde (ou hospitalares): são aqueles gerados nos
hospitais, clínicas, postos de saúde, farmácias e laboratórios como:
agulhas, seringas, gases, algodão, curativos, medicamentos, etc.;
Resíduos de Construção civil: são os entulhos, ou seja, os gerados nas
construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção
civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos
para obras civis;
Resíduos Agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias
e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas
atividades como palhas, fezes, galhos, cascas, animais mortos e
recipientes vazios de remédios para animais, adubos, herbicidas,
pesticidas, etc.;
Resíduos de serviços de Transporte: os originários de portos,
aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e
passagens de fronteira (estes podem conter resíduos infectados de
outros países);
Resíduos de Mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração
ou beneficiamento de minérios como solo removido e restos e lascas
de pedras;
Dentre os resíduos há aqueles que são classificados quanto à periculosidade,
são os resíduos perigosos, eles apresentam significativo risco à saúde pública e ao
ambiente por ser inflamável, corrosivo, radioativo, tóxico, patogênico, carcinogênico,
teratogênico e mutagênico.
Fonte: BUENO, 2007.
Fonte: BUENO, 2007.
Fonte: PNRS, 2010, p.2.
Fique atento para todas as informações, elas são importantes, vem aí mais
Carcinogênico: que podem causar
câncer.
Teratogênico: relacionado às anomalias
e malformações ligadas a uma
perturbação do desenvolvimento
embrionário ou fetal.
Mutagênico: causa mutações nas células
que atingirá as gerações seguintes;
Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as
possibilidades de tratamento e recuperação por processos
tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não
apresentem outra possibilidade que não a disposição final
ambientalmente adequada.
Patogênico: que pode causar doenças.
Mutagênico: causa mutações nas células
que atingirá as gerações seguintes.
um pouco delas, aproveite, pois você precisará estar informado, seu município
precisará da sua colaboração e o planeta também:
Fonte: GRIPPI, 2006, p.43.
Fonte: PNRS, 2010, p.2.
Fonte: GRIPPI, 2006, p.35.
Após leitura e discussão do texto, classifique os resíduos listados quanto à origem
Segregação ou separação na fonte: é quando se separa
os resíduos de casa, da escola, do comércio, indústrias e
outros conforme suas características, podendo ser
separado o lixo molhado (orgânico) do lixo seco (vidro,
papel, plástico e metal).
Compostagem: é um processo biológico de
decomposição de matéria orgânica contida em
restos de origem animal ou vegetal. Este
processo tem como resultado final um produto
que pode ser aplicado no solo para melhorar
suas características produtivas, sem ocasionar
riscos ao meio ambiente.
Coleta seletiva: coleta de resíduos
sólidos previamente segregados
(separados) conforme sua constituição
ou composição.
Reciclagem: é o resultado de uma série de atividades
através das quais materiais que se tornariam lixo ou estão no
lixo, são desviados, sendo coletados, separados e
processados para serem usados como matéria-prima na
manufatura de outros bens, que antes só eram feitos com
matéria-prima virgem.
fazendo a seguinte relação:
(A) domiciliares (B) limpeza urbana (C) industriais
(D) construção civil (E) serviço de saúde (F) perigosos
(G) saneamento básico (esgoto)
(H) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços
Figura 1 ( )
Fonte: Portal Dia a Dia Educação.
Figura 2 ( )
Fonte: Portal Dia a Dia Educação.
Figura 3 ( )
Fonte: RIBEIRO, 2013.
Figura 4 ( )
Fonte: Portal Dia a Dia Educação.
Figura 5 ( )
Fonte: Portal Dia a Dia Educação.
Figura 6 ( )
Fonte: Portal Dia a Dia Educação.
Figura 7 ( )
Fonte: RIBEIRO, 2013.
Figura 8 ( )
Fonte: RIBEIRO, 2013.
Se você fosse hoje separar o seu lixo, como faria esta separação e por quê?
Na sua residência, o que vai para o lixo?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_________________________________________________________________.
TAREFA 5
VÍDEO “ILHA DAS FLORES”
Objetivo:
Visualizar através do vídeo o quanto consumimos e desperdiçamos de forma
exagerada sem pensar nas consequências.
Discuta com seus colegas sobre o consumo mostrado no filme, ele é real, será que
consumimos de forma exagerada e também desperdiçamos no nosso dia a dia?
Para assistir em casa, acesse o link:
<http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=8724>
TAREFA 6
ANÁLISE DAS CHARGES, REFLEXÃO E DISCUSSÃO COM OS COLEGAS
Objetivo:
Interpretar a charge, refletir e argumentar para onde são encaminhados os
resíduos que são gerados.
Ao observar as figuras, discuta com seus colegas o destino do lixo nosso de cada
dia.
Figura 9
Fonte: Portal Dia a Dia Educação
Figura 10
Fonte: Portal Dia a Dia Educação
TAREFA 7
VÍDEO “POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS” da Associação
Ecológica de Mauá e cidades circunvizinhas (AECOMACC)
Objetivo:
Conhecer a importância de se ter uma legislação sobre os resíduos sólidos.
Para que houvesse toda esta legislação organizada em relação aos resíduos
sólidos foi implantada a Lei 12.305 de 2 de agosto de 2010 que instituiu a Política
Nacional de Resíduos Sólidos.
Preste atenção nas informações do vídeo sobre esta lei e reflita:
Para assistir em casa, acesse o link:
<http://www.youtube.com/watch?v=36ygIzZB3JQ>
TAREFA 8
TEXTO INFORMATIVO “PARA ONDE DEVE IR O LIXO”
Objetivo:
Ter conhecimento das maneiras mais utilizadas no Brasil de se dispor os
resíduos sólidos quando viram rejeitos e diferenciar qual maneira de
disposição pode ser considerada ambientalmente adequada.
Para onde deve ir o lixo?
Vamos conhecer a maneira que pode ser considerada ambientalmente
Por que é importante a coleta seletiva
neste processo? Qual a importância da
criação desta lei?
O que seu município terá que mudar em relação aos
resíduos produzidos pela sociedade?
Você terá que mudar alguns
hábitos em relação aos resíduos
que produz e em relação ao
destino e disposição dos
mesmos?
adequada para a disposição final dos resíduos que produzimos. Mas antes, saiba a
diferença entre destinação e disposição de acordo com a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS), pois o seu munícipio e o meio ambiente agradecem, seja
um cidadão informado e consciente do seu papel:
Fonte: PNRS, 2010, p.2
Curiosidade:
Fonte: PNRS, 2010, p.2.
Geralmente no Brasil, os resíduos têm disposição final em lixões (vazadouros
a céu aberto), aterros controlados e aterros sanitários, sendo esses os três mais
usados, e ainda em terrenos baldios, lagos, rios e mar. Veja a diferença entre os três
tipos de disposição:
Lixão: geralmente são os terrenos onde se jogam o lixo a céu aberto
sem nenhuma preocupação com a contaminação do solo ou lençol
freático, eles são mal cheirosos e cheios de insetos (moscas e baratas)
e pequenos mamíferos (ratos).
Destinação final ambientalmente adequada:
destinação de resíduos que inclui a reutilização,
a reciclagem, a compostagem, a recuperação e
o aproveitamento energético ou outras
destinações que evitem danos ou riscos à saúde
pública, à segurança e ao ambiente.
Disposição final ambientalmente adequada:
distribuição ordenada de rejeitos em aterros,
observando normas operacionais específicas de modo
a evitar danos ou riscos à saúde pública, à segurança e
ao ambiente.
Figura 11. Aspectos do lixão
Fonte: RIBEIRO, 2013.
Figura 12: Aspectos do aterro controlado
Fonte: RIBEIRO, 2013.
Aterro Controlado: no aterro controlado o lixo também é jogado no solo
sem preocupação com a contaminação, mas se diferencia do lixão por
ser jogada uma camada de terra sobre o lixo não ficando exposto a céu
aberto e também há o controle de entrada e saída de pessoas.
Após despejado este lixo é recoberto por terra, mas como pode se observar o
solo não recebe nenhuma proteção e há uma grande quantidade de resíduos que
poderiam ser, talvez, reutilizados e/ ou reciclados.
Informação:
Fonte: Manual de Educação-consumo sustentável, 2005, p. 121.
Aterro sanitário: é um método de aterramento considerado
ambientalmente adequado, os resíduos são colocados em terreno
preparado, de maneira a causar o menor impacto ambiental possível. É
colocada no solo uma manta isolante (chamada geomembrana) ou
uma camada espessa de argila compactada, impedindo que os líquidos
poluentes, lixiviados ou chorume, se infiltrem e atinjam as águas
subterrâneas; são colocados dutos captadores de gases (drenos de
gases) para impedir explosões. Quanto ao chorume, é implantado um
Chorume: líquido escuro, mal cheiroso e
tóxico, se forma com a degradação dos
resíduos sólidos e a água da chuva, pode
contaminar o solo e os lençóis freáticos.
sistema de captação para que ele seja encaminhado a um sistema de
tratamento; as camadas de lixo são compactadas com trator de esteira,
umas sobre as outras, para diminuir o volume, e são recobertas com
solo diariamente. O acesso ao aterro sanitário deve ser controlado com
portão, guarita e cerca, para evitar a entrada de animais, de pessoas e
a disposição de resíduos não autorizados.
Há também o processo de incineração que consiste em queimar os
resíduos em temperaturas altas, diminuindo sua massa e volume, mas
atenção não se deve confundir a incineração com a simples queima dos
resíduos.
Informação
Fonte: Manual de Educação-consumo sustentável, (2005), p.123.
TAREFA 9
VISITA TÉCNICA
Objetivos:
Visualizar onde são dispostos os resíduos sólidos de Amaporã, observar e
registrar a situação de tais resíduos.
Visualizar onde são dispostos os resíduos sólidos de Paranavaí, observar e
registrar o processo de disposição dos mesmos.
Observar como chegam os resíduos da coleta seletiva de Paranavaí e o
processo de separação dos mesmos.
Diferenciar os processos de disposição dos dois municípios e apontar qual
pode ser considerado ambientalmente adequado de acordo com a PNRS.
Os incineradores são dotados de filtros,
evitando que gases tóxicos sejam lançados na
atmosfera, devido a aspectos técnicos, a
incineração não é um tratamento adequado à
realidade das cidades brasileiras.
Visita técnica ao aterro controlado de Amaporã, ao aterro sanitário de
Paranavaí e a Cooperativa de Seleção de Materiais Recicláveis e Prestação de
Serviços de Paranavaí (COOPERVAÍ).
Faça anotações descrevendo os locais visitados, observando as
características de cada um e as diferenças existentes entre ambos:
TAREFA 10
DISCUSSÃO E DEBATE COM OS COLEGAS DE SALA SOBRE OS LOCAIS QUE
VISITARAM
Objetivos:
Verificar se compreenderam a diferença entre os aterros quanto ao processo
de disposição dos resíduos.
Questionar os alunos quanto à importância da coleta seletiva e da situação
que chegam os materiais coletados para serem selecionados.
Discuta com seus colegas sobre as observações, anotações e registros fotográficos
que fizeram dos locais onde realizaram a visita de campo.
TAREFA 11
TEXTO INFORMATIVO “ANÁLISE GRAVIMÉTRICA E GERAÇÃO PER CAPITA
DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NO AMBIENTE ESCOLAR” E ATIVIDADE
Objetivos:
Determinar o percentual de material reciclável e rejeitos gerados na escola
após a realização da análise gravimétrica.
Analisar a quantidade de lixo gerado por sala e calcular a geração per capita.
Plotar gráfico de barras a partir dos dados resultantes da análise gravimétrica.
Análise gravimétrica e geração per capita dos resíduos sólidos gerados no
ambiente escolar
Já sabemos que dentro da grande quantidade de resíduos que são gerados
há uma diversidade quanto ao tipo de material que os compõem como papel,
plástico, alumínio, vidro, matéria orgânica entre outros.
Quando coletamos o lixo e fazemos a separação dos resíduos analisando
qual o tipo de material que o compõe, estamos fazendo a análise gravimétrica e
quando pesamos a quantia de cada componente em relação ao peso total deste
lixo, estaremos fazendo então a composição gravimétrica.
A quantidade de lixo gerada diariamente por sala relacionada ao número de
alunos desta mesma sala indica a geração per capita, ou seja, calculamos a
quantidade de lixo que cada aluno produz por dia. Geralmente se faz esta pesagem
no período de uma semana e depois se faz uma média, ou seja, somam-se os
resultados dos sete dias e divide-se o total por sete.
Observe os dados das tabelas seguintes:
Tabela 1 – Lixo coletado no Colégio Estadual Olavo Bilac - EFM de Amaporã de ___/___ a ___/___ de 2014
Tipo de matéria
Peso em quilogramas (kg)
Percentual (%)
Papel
Plástico
Vidro
Alumínio
Matéria Orgânica
Outros
Total
Fonte: RIBEIRO, 2013
Tabela 2 – Quantidade em quilogramas (kg) de lixo gerado em uma semana no Colégio Estadual Olavo Bilac – EFM de Amaporã
Turma
Quantidade em quilogramas de lixo gerado por dia durante uma semana
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Segunda Terça
6º A
6º B
6º C
7º A
7º B
7º C
8º A
8º B
8º C
9º A
9º B
9º C
9º D
1º A
1º B
1º C
1º D
2º A
2º B
2º C
3º A
3º B
3º C
Sala dos Professores
Secretaria
Coordenação
Direção
Total
Fonte: RIBEIRO, 2013
A partir dos dados fornecidos nas tabelas, calcule a geração per capita do
lixo produzido na sua sala no período de ___/___ a ___/___/___ e plote os
seguintes gráficos:
a) sala que mais gerou lixo
b) material segregado ao realizar a análise gravimétrica
c) quantidade (em kg) de lixo gerado pela escola em cada dia da semana
TAREFA 12
DISCUSSÃO APÓS ANÁLISE DOS GRÁFICOS ELABORADOS:
Objetivos:
Observar o tipo de resíduo sólido gerado em maior quantidade no período em
que foi realizada a coleta na escola.
Repensar e rever se é possível reduzir a quantidade de resíduos e se os
mesmos podem ser reutilizados e ou reciclados.
Quais os tipos de resíduos que foram encontrados nos cestos de lixo da escola?
a) Qual foi o resíduo gerado em maior quantidade?
b) Os resíduos encontrados podem ser reutilizados ou reciclados?
c) E quanto à redução, há possibilidade de acontecer na escola?
d) Quais atitudes devem ser tomadas para que a redução aconteça?
TAREFA 13
TEXTO INFORMATIVO “O PAPEL”
Objetivo:
Conhecer a história do papel, como é produzido, quais os tipos mais usados e
o processo da reciclagem do mesmo.
Observe os dados das
tabelas e os gráficos
plotados e discutam
com seus colegas as
questões seguintes:
O Papel
Sabe-se que o papel é um recurso muito usado atualmente, mesmo com toda
evolução tecnológica que conta com computadores e celulares sofisticados ele
sempre foi muito útil, desde quando se começou sua produção de forma rústica.
Quando o papel ainda não existia o homem tentava se comunicar de várias
maneiras: deixava seus registros nas paredes das cavernas, usavam folhas e
cascas de plantas, ossos e cascos de animais e por último, fibras vegetais que
deram origem ao papel que temos hoje. Tanto o papiro quanto o pergaminho fazem
parte da história dos registros feitos antes do papel propriamente dito.
Conforme conta a história, por volta do século VI antes de Cristo, os chineses
é que começam a produzir o papel com restos de trapos, redes velhas de pesca e
partes de vegetais.
Curiosidade:
Fonte: BARBOSA JÚNIOR, 2006.
.
Fonte: LOPES, 2010.
Os chineses colocavam num recipiente (bacia ou tina) com água, cascas de
amoreiras, pedaços de bambu, redes de pescar, roupas usadas e cal para se
formar uma pasta. No fundo deste recipiente tinha uma forma de madeira que era
retirada para que a massa formada ficasse em cima dela e a água escorresse.
Quando a água escorria se formava uma fina folha que depois era prensada e
levada para secar. Quando secava se formava a folha de papel. Este processo foi
muito usado, hoje ele é todo industrializado e se usa fibras de vegetais de pinus e
eucalipto. Com o processo da reciclagem se utiliza também os papéis que já foram
Os egípcios usavam o papiro para seus
registros, uma espécie de folha fina feita
das fibras do caule de um vegetal de nome
científico Cyperua papyrus sendo usado
por cerca de 2400 anos antes de Cristo.
Os gregos usavam o pergaminho, geralmente feito
da pele de bois, cordeiros e cabras, era resistente e
durável. Recebia este nome por ser fabricado em
grande quantidade na cidade de Pérgamo, na Grécia.
utilizados, fazendo com que se use menos matéria-prima virgem, mas é importante
ressaltar, os papéis que já foram utilizados têm que passar pelo processo de
limpeza e com isto são gastos mais produtos químicos. Mas mesmo assim, utilizar
papel que já foi usado ainda é mais econômico do que usar somente matéria-prima
virgem. Logo o que fica para se pensar é que “se reduzirmos nosso consumo e não
desperdiçamos papel, estaremos fazendo economia e ajudando o meio ambiente”.
O papel hoje é produzido para se usar na impressão, na escrita, para
embalagens, para fins sanitários e outros.
Informações:
Fonte: GRIPPI, 2006.
Fonte: RODRIGUES E CAVINATO, 2003.
Dentro dos diversos tipos de papel existentes, faz-se a seguinte separação
quanto aos recicláveis e não recicláveis:
Recicláveis: jornais, revistas, catálogos, envelopes, formulários, papéis
plastificados, caixas de papelão, impressos em geral, embalagens longa-
vida, papéis timbrados e rascunhos (NANI, 2012, p.24).
Não recicláveis: papéis higiênicos, papéis-carbono, fotografias, fitas adesivas
e etiquetas adesivas (NANI, 2012, p. 24).
O tipo de papel que mais se produz no Brasil é o usado para embalagens e a
maioria delas pode ser reciclada, portanto se ressalta a importância de se fazer a
separação dos resíduos na fonte para que esses papéis não sejam desperdiçados
A produção brasileira de papel em relação
ao tipo se distribui percentualmente assim:
45% para embalagens, 27% para
impressão, 10% para cartões/cartolina, 9%
para fins sanitários, 6% para escrever e
3% para tipos especiais.
Para a produção de todos esses tipos de papel
são gastos alguns ingredientes necessários:
água, energia e fibra de celulose.
nos lixões e aterros. Lembrando ainda que, no processo de reciclagem se
economiza água, energia e matéria-prima e ainda se polui menos o ar.
TAREFA 14
VÍDEO “DE ONDE VEM? - PAPEL”
Objetivos:
Conhecer o processo de produção do papel.
Reconhecer e identificar o que se gasta para a produção do papel.
Assista ao vídeo com atenção e anote o que for necessário, pois serão
veiculadas várias informações importantes.
Ao término do vídeo converse e discuta com seu colega sobre as informações
que recebeu e responda as seguintes questões:
a) Qual matéria-prima virgem é usada para a produção do papel?
b) O que se gasta no processo de produção de papel?
c) Os produtos químicos são usados na produção do papel? Se sua resposta for
positiva, explique para que são usados.
d) A produção do papel de algum modo pode interferir negativamente no meio
ambiente? Explique com suas palavras:
e) Utilizar as aparas (tiras de papel, rebarbas das fábricas, escritórios e gráficas) e
também papel da coleta seletiva é importante na produção de papel? Justifique:
Se quiser também pode assistir em casa e discutir com seus pais sobre o
assunto, é só acessar o link:
<http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=87
04>
TAREFA 15
VÍDEO “BOLINHA DE PAPEL”
Objetivos:
Discutir a quantidade de papel que é desperdiçada na escola.
Refletir que se pode mudar de atitude consumindo menos e economizando
mais.
Discuta com seus colegas sobre o vídeo que você assistiu respondendo as
questões:
Na sua escola acontece, ou já aconteceu a situação apresentada no vídeo?
O que você acha da atitude dos alunos?
A situação apresentada poderia ser diferente?
Repensando em tudo o que você já estudou sobre os resíduos sólidos e o papel, dê
sugestões de atitudes que poderiam ser tomadas em relação ao problema
apresentado:
Você pode assistir em casa com seus pais, e ouvir a opinião deles, é só acessar o
link:
<www.youtube.com/watch?v=rhPK4VbKfow>
TAREFA 16
ATIVIDADES DE REVISÃO:
Objetivo:
Verificar se as informações que foram veiculadas enriqueceram o
conhecimento dos alunos.
a) Há vários tipos de papéis, faça uma lista de pelo menos cinco tipos:
b) Todos os tipos de papéis podem ser reciclados? Dê exemplos e justifique:
c) Durante as visitas feitas, havia muito tipo de papel nos aterros e na cooperativa,
quais os tipos mais encontrados?
d) O que poderia ser feito com estes papéis?
e) Escreva um texto resumo sobre o que você vivenciou nestas aulas sobre os
resíduos sólidos e o papel e também descreva atitudes positivas que devemos
desenvolver sobre o assunto para que melhore nossa qualidade de vida e do planeta
também:
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___________________________________________________________________
__________________________________________________________________.
Após as visitas de campo, aos vídeos
assistidos e a leitura e discussão dos
textos trabalhados, reflita sobre as
atividades e teste seus
conhecimentos.
TAREFA 17
ORGANIZAÇÃO DAS FOLHAS BRANCAS DOS CADERNOS VELHOS PARA A
CONFECÇÃO DOS BLOCOS
Objetivos:
Aproveitar as folhas brancas que sempre sobram nos cadernos para
confeccionar bloco de rascunho que poderá ser utilizado de maneiras
diferentes.
Perceber que podem reutilizar as folhas que seriam jogadas e ao mesmo
tempo colaborar com a vida dos aterros e com o meio ambiente.
Traga folhas que sobraram em branco dos cadernos usados ou os cadernos velhos
e retire as folhas em branco. Você pode também pedir para colegas de outras salas
que tenham cadernos velhos. Junte-as umas sobre as outras e prenda-as com
clipes. Coloque o seu nome na primeira folha e entregue ao professor. Quando
ficarem prontas as capas feitas com papel reciclado, o professor levará na gráfica
para cortar e encadernar.
TAREFA 18
RECICLAGEM NA ESCOLA COM PARTICIPAÇÃO DO PROFESSOR E ALUNOS
USANDO O PAPEL COLETADO PARA ANÁLISE GRAVIMÉTRICA E DEMAIS
PAPÉIS COLETADOS NO DECORRER DAS AULAS
Objetivos:
Realizar o processo de reciclagem com os papéis que já foram usados e
observar que os mesmos podem ser reaproveitados antes de serem enviados
aos lixões e aterros.
Concluir que mesmo sendo viável, o processo da reciclagem também tem
gastos, por isso a importância da redução do consumo e do não desperdício.
Confeccionar as capas para os blocos de rascunho.
Reciclando o papel da escola:
Material:
Folhas de caderno principalmente as usadas, folhas de jornal, de
revistas e outras parecidas sendo todas picadas ou rasgadas em
tamanhos pequenos
água
liquidificador
bacias: rasa e funda
balde
moldura de madeira com tela de nylon ou peneira reta
moldura de madeira vazada (sem tela)
jornal ou feltro
pano (exemplo: morim)
esponjas ou trapos
varal e pregadores
prensa ou duas tábuas de madeira
peneira côncava (com "barriga")
mesa
Procedimento:
Preparando a poupa:
Pique o papel e deixe de molho durante um dia ou uma noite na bacia rasa,
para amolecer. Coloque água e papel no liquidificador, na proporção de três partes
de água para uma de papel. Bata por dez segundos e desligue. Espere um minuto e
bata novamente por mais dez segundos. Despeje a polpa formada na bacia grande
onde se colocará a moldura.
Preparando o papel:
Coloque a moldura vazada sobre a moldura com tela. Mergulhe a moldura
verticalmente e deite-a no fundo da bacia.
Suspenda-as ainda na posição horizontal, bem devagar, de modo que a
polpa fique depositada na tela. Espere o excesso de água escorrer para dentro da
bacia e retire cuidadosamente a moldura vazada.
Vire a moldura com a polpa para baixo sobre um jornal ou pano.
Tire o excesso de água com uma esponja.
Levante a moldura, deixando a folha de papel artesanal ainda úmida sobre o
jornal ou morim.
Prensando as folhas:
Para que haja uma secagem rápida e o entrelaçamento das fibras seja mais
firme, faça pilhas com o jornal da seguinte forma:
- empilhe três folhas do jornal com papel artesanal. Coloque mais seis folhas
de jornal e outra de papel artesanal ou um pedaço de feltro, repita esta sequência
podendo formar uma pilha com 12 folhas de papel artesanal;
- coloque a pilha de folhas na prensa por 15 minutos. Se não tiver prensa,
ponha a pilha de folhas no chão e pressione com um pedaço de madeira;
- pendure as folhas de jornal com o papel artesanal no varal até que sequem
completamente. Retire cada folha de papel do jornal ou morim e faça uma pilha com
elas. Coloque esta pilha na prensa por 8 horas ou dentro de um livro pesado por
uma semana.
Técnicas decorativas:
Você pode misturar à polpa outros materiais que tenham fibras como: linhas,
gase, fio de lã, casca de cebola ou de alho, chá em saquinho, pétalas de flores e
outros. Tudo deve ser batido no liquidificador junto com o papel picado ou rasgado.
Pode-se também colocar sobre a folha ainda molhada pedaços de cartolina,
barbante ou crochê deixando secar naturalmente sem necessidade de secar
pressionando com a madeira.
Para ter papel colorido: bata papel crepom com água no liquidificador e junte
essa mistura à polpa. Outra opção é adicionar guache ou anilina diretamente à
polpa.
Pode-se também depois de pronto passar cola com gliter seguindo os traços
formados e colar pétalas ou folhas de flores secas, ou seja, você pode usar sua
criatividade e inventar.
É importante saber:
A tela de nylon deve ficar bem esticada, presa à moldura por tachinhas ou
grampos.
TAREFA 19
A água da bacia pode ser utilizada para bater mais papel no liquidificador.
A polpa que sobrar pode ser conservada: peneire e esprema para retirar a
água, utilize um pano. Guarde-a ainda molhada (em pote plástico no congelador) ou
seca (em saco de algodão). A polpa deve ser ainda conservada em temperatura
ambiente.
(Fonte: Atividade adaptada do site da recicloteca (www.recicloteca.org.br) disponível em:
<http://www.recicloteca.org.br/passo.asp?Ancora=2>
PÓS-TESTE:
Objetivos:
Avaliar o desempenho dos alunos após todo o trabalho realizado.
Analisar se o trabalho tornou mais rico o conhecimento dos alunos
melhorando o processo ensino-aprendizagem.
Colégio Estadual Olavo Bilac – Ensino Fundamental e Médio
Professora PDE: Isabel Aparecida Ribeiro
Aluno: _____________________________________________________________.
Turma: _______________.
1 - Após ter recebido informações sobre os resíduos sólidos, o que você faria hoje
com o lixo gerado na sua residência? (Pode assinalar mais de uma questão)
( ) jogaria todo fora
( ) faria a separação do que pode ser reutilizado e/ ou reciclado
( ) queimaria todo ele
( ) enterraria todo ele
( ) separaria o lixo orgânico para compostagem
( ) colocaria o que não pode ser reutilizado nem reciclado para ser coletado pelo
caminhão que o encaminhará até o aterro controlado da cidade
2 - Atualmente como você definiria Resíduos Sólidos?
( ) tudo aquilo que se joga fora e não é reaproveitado
( ) tudo que vai para a fossa
( ) tudo que descartamos exceto o esgoto
( ) todos os restos das atividades humanas domésticas, industriais, comerciais,
hospitalares, agrícolas e de varrição
3 - Dê exemplos de materiais que você pode reutilizar antes de descartá-lo direto
para o lixo:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
4 - O que você considera ser coleta seletiva?
( ) É a coleta só de papéis
( ) É a coleta de todo o lixo misturado
( ) É a coleta dos resíduos já separados conforme o tipo: papel, vidro, plástico,
alumínio e orgânico
5 - Você acha que seria importante a sua cidade ter coleta seletiva? Justifique:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
6 - Você sabe para que se faz a coleta seletiva?
( ) Para o lixo não ficar todo misturado
( ) Para facilitar o trabalho da reciclagem
7- Assinale o que você acha que pode ser reciclado:
( ) papel toalha ( ) fralda descartável ( ) vidros
( ) papel higiênico ( ) lixo hospitalar ( ) alumínio
( ) papelão ( ) restos de comida ( ) sacolas plásticas
( ) garrafas PET ( ) pilhas e baterias
8 - Na sua escola qual o tipo de lixo (resíduo) que mais é gerado?
( ) orgânico ( ) plástico ( ) papel
9 - Você acha que tem algum lixo da escola que poderia ser reaproveitado?
( ) sim ( ) não
Qual?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
10 - Após as visitas aos aterros sanitários e à COOPERVAÍ e os estudos realizados,
qual a melhor maneira de dispor aquele material que não pode ser reutilizado, nem
reciclado? Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
11 - Quais prejuízos podem acarretar os lixões a céu aberto e os aterros controlados
ao ambiente em que vivemos?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
12 - Mesmo o aterro sanitário ser mais viável para nossa realidade em relação à
disposição dos rejeitos, por que é importante nós reduzirmos nosso consumo?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
13 – Qual a sua opinião sobre o reaproveitamento das folhas brancas dos cadernos
velhos?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
14 - O que seria o mais correto ambientalmente:
( ) diminuir o consumo não gastando nem arrancando folhas em vão
( ) gastar em vão porque depois vai para a reciclagem
Qual processo teria menos custo para a natureza e para o nosso bolso? Justifique:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
15 - O que você achou da Política Nacional de Resíduos Sólidos? Que benefícios
ela trará ao país, ao estado e principalmente ao seu município?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
16- Depois de todo trabalho realizado sobre os resíduos sólidos, ter visitado os
aterros e a cooperativa, ter reaproveitado as folhas brancas dos cadernos e
reciclado os papéis usados, o que mudou em você hoje a respeito do lixo que gera?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
O professor é o intermediador que pode interagir para o enriquecimento do
saber do aluno, portanto ele deve usar da criatividade e de estratégias diversas que
despertem uma busca deste aluno para o novo, para descobertas que mudem para
aprimorar a sua vivência como cidadão crítico num ambiente cada vez mais
Orientações Metodológicas:
Encaminhamento das tarefas aos professores
saudável. Cada realidade escolar tem suas características próprias e cabe ao
professor adaptar-se a estas particularidades e desenvolver um bom trabalho
considerando a capacidade e o potencial de seus alunos. Cada tarefa realizada com
os alunos será detalhada a seguir metodologicamente pelo professor.
Tarefa 1: “Pré-teste”
Nesta tarefa o professor entregará as questões digitadas e conversará com os
alunos para que os mesmos sejam sinceros ao responder; depois serão recolhidas
as folhas e o professor poderá abrir espaço para o diálogo discutindo sobre o que
responderam nas questões. Estas questões serão analisadas pelo professor para
depois serem comparadas com as respostas do pós-teste no final do trabalho.
Tempo previsto: duas aulas.
Tarefas 2 e 3: Texto informativo “História do lixo” e questões
Este texto será apresentado para os alunos usando o quadro negro. Após a
leitura pelos mesmos, haverá espaço para explicação e discussão. Neste momento
serão atribuídas as questões para que os mesmos respondam. A correção será feita
oralmente pelo professor e também através da observação.
Tempo previsto: duas aulas.
Tarefa 4: Texto informativo “Lixo e resíduos sólidos” e atividades
Este texto será apresentado para os alunos na forma de slides do powerpoint
com uso de projetor. O professor fará pausas para explicação dos mesmos e
também quando os alunos questionarem. Após a apresentação os alunos receberão
o texto digitado junto com a atividade que responderão depois da discussão do
assunto. A correção da atividade será feita oralmente e a mesma será colada no
caderno.
Tempo previsto: duas aulas.
Sugestão:
O professor poderá trabalhar os textos
conforme lhe for conveniente, podendo
usar os recursos diversos como quadro,
slides na TV pendrive, digitados,
projetados, distribuídos em grupos,
enfim são várias as possibilidades.
Tarefa 5: Vídeo “Ilha das Flores”
Este vídeo é um documentário que retrata o consumo e o desperdício do dia a
dia. É um curta-metragem do cinema brasileiro, que mostra a Ilha das Flores
(depósito de lixo na cidade de Porto Alegre) onde a realidade do consumo e as
desigualdades são retratadas. Ilha das Flores serve como depósito de comida que a
classe média não consome, e também serve como banquete para os necessitados.
Após a exibição do vídeo, abrir discussão no grande grupo sobre o consumo,
a relação homem X animal e o desperdício.
O professor pode também passar trechos do mesmo e abrir discussões ou
passá-lo inteiro e fazer as discussões depois. Sua duração é de 13‟11”.
Tempo previsto: uma aula.
Para assistir acesse o link:
<http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=8724>
Tarefa 6: “Análise das charges, reflexão e discussão com os colegas”
Esta tarefa será apresentada aos alunos na TV pendrive, com os mesmos
fazendo a reflexão e registrando no caderno. Os registros serão discutidos na
próxima aula no grande grupo, com o professor colocando a imagem novamente na
televisão. O professor poderá também apresentar estas charges da maneira que
achar mais conveniente, imprimindo-as, usando o projetor ou o laboratório de
informática. Poderá trabalhar individualmente, com os alunos registrando o que
entenderam e ouvir depois os relatos, trabalhar em grupo e/ ou fazer a discussão no
grande grupo sem registros ou com registro no final.
As tarefas 5 e 6 têm previsão de duas aulas sendo uma sequência da outra.
Tarefa 7: Vídeo “Política Nacional de Resíduos Sólidos” da Associação
Ecológica de Mauá e Cidades Circunvizinhas (AECOMCC)”
Este vídeo é um pequeno relato mostrando o foco principal da importância da
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), pois a mesma é citada em todo
momento no trabalho e é uma lei que está em vigor desde 2010 sobre a qual muitos
ainda não têm conhecimento. Sua duração é de 1‟52”.
Para assistir acesse o link: <http://www.youtube.com/watch?v=36ygIzZB3JQ>
Após a apresentação do vídeo, serão mostrados alguns tópicos da Lei em
slides na TV pendrive para que os alunos visualizem e comentem o que ela
apresenta principalmente em relação aos municípios. O tempo previsto desta tarefa
é de uma aula.
Sugestão:
Para conhecer a Lei na íntegra acesse o link:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>
Vídeos:
Meio ambiente por inteiro – Política Nacional de Resíduos Sólidos acessando
o link:
<http://www.youtube.com/watch?v=ZbmiJ_WS6T4>
Cidades & Soluções – Política Nacional de Resíduos Sólidos (Globo News)
acessando o link:
< http://www.youtube.com/watch?v=5Wlu0YvQNfQ>
Tarefa 8: Texto informativo “Para onde deve ir o lixo”
Este texto será apresentado em powerpoint com uso do projetor e a
explicação será feita no decorrer da apresentação ou quando surgirem
questionamentos. Será feita uma comparação entre destino e disposição do lixo,
chamando a atenção dos mesmos e preparando-os para a visita técnica. Após a
discussão, o mesmo texto agora impresso será entregue para que colem no
caderno. O professor pode também apresentar este texto na TV pendrive, só
impresso para leitura e discussão ou transcrito no quadro. Tempo previsto: uma aula
e meia.
Tarefa 9: “Visita Técnica”
Os diversos recursos hoje existentes enriquecem o processo ensino
aprendizagem. Portanto, quando se tem oportunidade, a visita técnica não deixa de
O professor poderá também se
aprofundar mais um pouco no que
diz respeito à PNRS assistindo os
seguintes vídeos e/ ou acessando a
lei na íntegra:
ser uma ferramenta, ligando a teoria à prática. Vale ressaltar que para realizá-la é
preciso alguns procedimentos como:
- Se possível, o professor visitar antes o local para onde levará os alunos.
- Agendamento com o responsável pelo local a ser visitado, esclarecendo
data, hora, número de alunos e tempo de duração da visita, para que o mesmo se
organize e o professor juntamente com a equipe pedagógica também.
- Agendamento antecipado com a empresa ou prefeitura que fornecerá o
veículo para conduzir os alunos.
- Autorização por escrito com devolução assinada pelos pais ou responsável
pelo aluno em relação à visita.
- Providenciar para que a equipe pedagógica designe duas ou mais pessoas
que auxiliem o professor acompanhando os alunos na visita, podendo ser da própria
equipe, diretor(a), diretor(a) auxiliar ou professor. Seria interessante convidar alguns
pais se possível.
- Preparar os alunos, lembrando-os que não farão um passeio comum, mas
que o mesmo tem o objetivo de enriquecer o que eles vêm discutindo em sala, e
também ressaltar que deverão ficar atentos a todas as informações, pois terão tarefa
depois e também que devem se comportar adequadamente.
Esta visita ocorrerá em contraturno sendo, um dia para o aterro de Amaporã e
outro dia para o de Paranavaí (aterro sanitário e COOPERVAÍ).
Tarefa 10: “Discussão sobre a visita técnica”
Esta tarefa será realizada após a visita técnica, quando se fará a discussão
sobre o que observaram e anotaram. O professor poderá realizar uma avaliação oral
nesta discussão sem que eles percebam e também aproveitar para sanar algumas
dúvidas e revisar o conteúdo trabalhado. Tempo previsto: uma aula.
Tarefa 11: Texto informativo “Análise gravimétrica e geração per capita dos
resíduos sólidos gerados no ambiente escolar” e atividades
Este texto será apresentado em folha impressa e o quadro de giz será usado
pelo professor, fazendo a explicação do que significa a análise gravimétrica e a sua
importância. Serão mostrados os dados coletados por ele mesmo no início do ano
em relação ao lixo recolhido no colégio para análise gravimétrica e a geração per
capta por sala. Com os dados o professor plotará gráficos de colunas para tornar
visível a produção de resíduos sólidos do Colégio Estadual Olavo Bilac – EFM de
Amaporã. Tempo previsto: duas aulas.
Sugestão
Tarefa 12: “Discussão após análise dos gráficos construídos”
Nesta tarefa os alunos farão análise dos gráficos e responderão as questões.
Em seguida o professor discutirá sobre as respostas dadas por eles, enfatizando a
importância da redução do consumo em primeiro lugar, a reutilização em segundo e
na sequência a reciclagem. Os alunos também escreverão no caderno uma lista de
atitudes benéficas que devem ser tomadas em relação à redução dos resíduos
sólidos gerados no colégio e o destino adequado dos mesmos. Tempo previsto:
duas aulas.
Mais uma sugestão aí:
Tarefa 13: Texto informativo: “O papel”
Este texto será impresso para os alunos e os mesmos farão a leitura
silenciosa destacando o que achar importante ou o que apresentar dúvida. Após a
leitura o professor fará uma explanação do assunto instigando os alunos a participar.
Tempo previsto: uma aula.
Tarefa 14: Vídeo “De onde vem? - Papel”
Este vídeo é um desenho animado da série “De onde vem?” da TV Escola. A
personagem principal é a Kika, uma menina que pergunta sobre a origem dos mais
O professor pode trabalhar estes gráficos
no caderno, em papel quadriculado e
também em cartazes para expor no mural
da escola. Pode também dividir em equipe
e cada uma plotar um tipo de gráfico
diferente.
O professor poderá montar um cartaz
com a lista de atitudes e expor no
mural da escola imprimir e colar nas
salas de aula, biblioteca, laboratórios,
refeitório e setor administrativo.
diversos materiais, inclusive o papel, e vai explicando de forma clara e divertida
desde as primeiras escritas até o processo de fabricação. Duração: 4‟55”.
Para assistir ou baixar acesse o link:
<http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=8704>
Antes de apresentar o vídeo, o professor retomará a discussão da aula
anterior sobre o papel, fazendo também um preparo para que prestem atenção nas
informações que serão passadas. No decorrer da apresentação o professor fará
pausas com explicações, pois na sequência os alunos farão uma atividade sobre o
assunto trabalhado. Tempo previsto: uma aula.
Tarefas 15 e 16: Vídeo “Bolinha de papel” e “Atividades de revisão”
Este vídeo retrata a realidade da sala de aula e mostra o desperdício que
ocorre com o papel. Ao mesmo tempo passa informações sobre o que é gasto para
se produzir o papel e mostra a quantidade que é desperdiçada no colégio, fazendo
um apelo para mudança de atitude. Sua duração é de 4‟45”. Após discussão sobre o
vídeo, será transcrita no quadro uma atividade de revisão para os alunos
responderem. A correção será feita pelo professor passando nas carteiras e também
oralmente com a participação dos alunos. Tempo previsto: uma aula e meia.
Para assistir acesse o link: <http://www.youtube.com/watch?v=rhPK4VbKfow>
Tarefa 17: “Organização das folhas brancas dos cadernos velhos para a
confecção dos blocos”
Nesta aula os alunos trarão de casa os cadernos de onde serão retiradas as
folhas que não foram usadas. Então será feita a organização das mesmas pelo
professor com ajuda dos alunos e a separação colocando o nome de cada um.
Posteriormente serão cortadas, encapadas e encadernadas. Quanto às folhas
usadas, se os alunos e pais permitirem serão usadas para a reciclagem e produção
das capas dos blocos. Conforme forem organizando as folhas brancas, os alunos
irão rasgando as folhas que serão usadas na reciclagem. Tempo previsto: uma aula.
Tarefa 18: “Reciclagem na escola com participação do professor e alunos
usando o papel coletado para análise gravimétrica e demais papéis coletados
no decorrer das aulas”
Em contraturno o professor confeccionará as capas dos blocos reciclando o
papel que foi coletado durante o projeto. Esta tarefa acontecerá em vários
momentos, ficando assim distribuídos:
1º momento: O professor e os alunos irão ao colégio em contraturno para
rasgar os papéis e colocá-los de molho.
2º momento: O professor irá bater os papéis no liquidificador e os alunos
ficarão observando, pois este processo, por medida de segurança, deve ser feito
somente pelo professor. Quando todo o papel estiver batido, será então colocado na
tela e prensado para escorrer a água. Enquanto isto os alunos terão esticado as
folhas de jornal para depois colocar em cima a folha que foi prensada para secagem.
Este momento acontecerá em três dias, pois devido ao número de alunos da sala,
um dia se fará com um grupo, outro dia com outro e assim sucessivamente.
Tarefa 19: “Pós-teste”
Como avalição final será aplicado o pós-teste, questões impressas, que serão
comparadas com o pré-teste do início do projeto e assim o professor terá um recurso
avaliativo a mais que virá somar ao seu trabalho, lembrando que não é o resultado
do pré-teste a única forma de avaliação, pois o professor durante todo o projeto
estará atento para as mudanças de atitudes e participação dos alunos. Tempo
previsto: duas aulas.
REFERÊNCIAS
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