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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
ELISABETE VIEIRA DA SILVA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
PORQUE NÃO FAZER UMA HORTA/JARDIM SUSPENSOS NO
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E
ADULTOS PROFª LINDA EIKO AKAGI MIYADI (CEEBJA) DE
APUCARANA?
LONDRINA
2013
ELISABETE VIEIRA DA SILVA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
Porque não fazer uma horta/jardim suspensos no Centro Estadual
de Educação Básica para Jovens e Adultos Profª Linda Eiko Akagi
Miyadi (CEEBJA) de Apucarana?
Projeto de intervenção pedagógica apresentado ao Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Profª. Linda Eiko Akagi Miyadi, Apucarana, PR, Núcleo Regional de Ensino de Apucarana, como requisito parcial ao Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE).
Orientadora: Profª. Ms. Rosely Maria de Lima
LONDRINA
2013
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Porque não fazer uma horta/jardim suspensos no Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Profª Linda Eiko Akagi Miyadi (CEEBJA) de Apucarana?
Autora: Elisabete Vieira da Silva.
Disciplina/Área Geografia.
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
CEEBJA - Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Profª Linda Eiko Akagi Miyadi de Apucarana.
Município do NRE e da escola: Apucarana.
Professora Orientadora: Rosely Maria de Lima.
Instituição de Ensino Superior: UEL- Universidade Estadual de Londrina.
Relação Interdisciplinar: Arte – Ciências – Biologia.
Resumo:
O momento atual requer mudanças em nossa postura enquanto educador, se visarmos formar uma sociedade com cidadãos participativos e motivados a contribuir com novas posturas em relação ao ambiente. É chegada a hora de intervir e buscar aliados entre os pares para dar sentido à nossa maneira de trabalhar as questões ambientais. O presente trabalho visa realizar atividades concretas e com fundamentação teórica que viabilize o acesso e a permanência dos jovens e adultos na EJA, com enfoque à Educação Ambiental, trabalhando um tema que envolva a participação da comunidade escolar num esforço conjunto de mudanças. O objetivo geral será de aprofundar, por meio da Educação Ambiental, conhecimento teórico, habilidades e atitudes voltadas para o aproveitamento dos espaços físicos na produção de flores, verduras e ervas medicinais, em horta/jardim suspensos. Buscamos dessa maneira, além de contribuir para a formação do aluno como um todo, diversificar o cardápio da merenda escolar oferecendo alimentos orgânicos produzidos pela comunidade do CEEBJA. Consideramos neste projeto todas as dificuldades relativas ao fato de que a referida escola está localizada em um prédio de área comercial, ladeado por outras construções, não possui terreno e é totalmente circundado por calçadas.
Palavras-chave: Educação Ambiental; Prédios; Horta/Jardim suspensos; Jovens e Adultos.
Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico.
Público:
Comunidade escolar, Jovens e Adultos.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................5 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 5 DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES COM OS ALUNOS ........................................... 10 UNIDADE I: SUSTENTABILIDADE - EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA PREOCUPAÇÃO CONSTANTE E NECESSÁRIA ........................................................................................... 10
É preciso saber usar......................................................................................................... 10 Atividades ......................................................................................................................... 11 Salve o Planeta: Vídeo ..................................................................................................... 12 Atividades/Paródia ........................................................................................................... 12 Recurso Complementar - Música: “Absurdo", de Vanessa da Mata.................................. 13
UNIDADE II: SOCIEDADE DO CONSUMO......................................................................... 14
O que é Desenvolvimento Sustentável? ........................................................................... 14 Atividades ......................................................................................................................... 14 Eu, etiqueta ...................................................................................................................... 15 Atividades ......................................................................................................................... 15 Borracha e o pneu (parte I)............................................................................................... 16 Atividades ......................................................................................................................... 18 Atividades com charges ................................................................................................... 18 Recurso Complementar: Aprenda brincando. ................................................................... 19
UNIDADE III: CONSUMO E PRODUÇÃO DO LIXO NA ESCOLA E EM CASA. ................ 19
Fome de quê? .................................................................................................................. 20 Atividades ......................................................................................................................... 20 RRR: As três letras que podem salvar a natureza ............................................................ 20 Atividades ......................................................................................................................... 22 Recurso complementar: Visita à Cooperativa dos Catadores de Recicláveis de Apucarana. ......................................................................................................................................... 22
UNIDADE IV: SOCIEDADE SUSTENTÁVEL E HORTAS/JARDINS .................................. 22
Borracha e o pneu (Parte II) ............................................................................................. 22 Atividades ......................................................................................................................... 24 Recurso complementar: Fotografar espaços para canteiros. ............................................ 24
UNIDADE V: RECICLAGEM: DIFERENTES MATERIAIS QUE PODEM SER REAPROVEITADOS PARA PRODUÇÃO DE VASOS ....................................................... 25
Cercando o jardim/horta com pneus-vasos ...................................................................... 25 Produção de canteiros utilizando pneus ........................................................................... 26 Produção de canteiros utilizando garrafas PET ................................................................ 26 Recurso complementar: Produção de canteiros com canos PVC. ................................... 28
UNIDADE VI: HORTA ESCOLAR ....................................................................................... 29
Calendário da horta .......................................................................................................... 29 Atividades: ........................................................................................................................ 30 Recurso complementar: Controle de pragas e insetos. .................................................... 31
UNIDADE VII: CARICATURAS E CHARGES, VÍDEOS OU SLIDES .................................. 31
Procedimentos básicos para conversão e produção de filmes e imagens em jpg. ............ 31 Atividades............................................................................................................................32 Pequenas ideias podem mudar o mundo ......................................................................... 32 Recurso complementar: Postagens em blogspost/ Facebook. ......................................... 33
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 34
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INTRODUÇÃO
Considerando que a Geografia propõe o desenvolvimento de ações que
possam contribuir para a formação de cidadãos conscientes, que compreendam os
problemas decorrentes de alterações ambientais provocadas pelo desenvolvimento
humano; que levem a melhoria da qualidade de vida e ao atendimento das
especificidades dos alunos no processo de ensino é que se pretende desenvolver
este trabalho. Importante enfatizar que:
A partir dos anos de 1950, o ambiente – muitas vezes já degradado –
passou a ser objeto de estudo com vistas à sua recuperação e para
melhorar a qualidade de vida... (PARANÁ, 2008, p. 72).
O presente trabalho considera a possibilidade de se construir uma horta/
jardim no CEEBJA de Apucarana. A escola possui profissionais altamente
qualificados e Gestão Democrática, que implantou vários projetos pedagógicos e
outros ainda estão em andamento.
O CEEBJA está localizado em um prédio na região central/comercial da
cidade, não tem quintal, não tem terra, não tem horta e não tem jardim. Este quadro
é apresentado na música cantada no 1º Seminário Integrador: A Casa, de Vinícius
de Moraes: “era uma escola muito engraçada, não tinha terra não tinha nada,
ninguém podia plantar nada não, porque a escola não tinha chão...”.
JUSTIFICATIVA
Ao observar a clientela deste Estabelecimento de Ensino percebe-se que
grande parte desse contingente possui raízes na agricultura, tendo sido empurrados
em direção à zona urbana após a ocupação de suas terras pela elite dominante.
Os alunos matriculados vêm de diversos bairros da cidade favorecidos pelo
fato da escola estar situada em área central sendo esta característica do CEEBJA. A
localização deste Estabelecimento de Ensino ao mesmo tempo em que facilita o
acesso, dificulta qualquer tipo de cultivo que possa melhorar a qualidade da
alimentação, pois o prédio está espremido entre outras construções sendo
totalmente circundado por calçadas.
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Convém ressaltar que o momento atual nos leva a refletir sobre questões
referentes ao acesso e a permanência dos jovens e adultos na educação, chamando
a atenção para a necessidade de uma nova organização física dos espaços
educacionais, afim de que estes possam ser não só acessíveis, mas, também
atrativos a todos.
Contrastando com a realidade atual em que vivemos enclausurados em
espaços cada vez menores, pois, quanto mais a cidade cresce, menor se torna o
espaço destinado para cada moradia, mesmo os alunos que moram na área central
possuem vivência e muitas lembranças do tempo em que as famílias tinham um
terreno amplo com horta e jardim.
Após fazer uma sondagem na Comunidade Escolar sobre as necessidades
reais da escola observamos que a merenda escolar recebe produtos enviados pelo
Programa de Agricultura Familiar, de acordo com o que é produzido pelos
agricultores cadastrados.
Sendo assim, dependendo da época de plantio, não há variedade de produtos
para diversificar o cardápio e todos os temperos, verduras e legumes são
comprados pela Direção no comércio regional visando melhorar a qualidade da
alimentação ofertada.
Apesar de receber diariamente muitos alunos e ofertar excelente merenda
escolar com os produtos enviados pelo governo, percebe-se a necessidade de
inserir produtos frescos no cardápio, tais como, legumes, temperos e verduras.
Então, refletindo sobre todos os aspectos físicos deste Estabelecimento de
Ensino, sabendo de todas as dificuldades referentes ao plantio e cultivo neste
espaço, o presente trabalho buscará contextualizar as aulas de Geografia em
conjunto com a Educação Ambiental buscando embasamento teórico metodológico
que possa abordar uma forma de cultivar um jardim ou uma horta nesse prédio.
É importante elencar a necessidade de uma visão abrangente do currículo,
com vistas à eliminação das barreiras que dificultam ou impedem a participação e a
aprendizagem de todos na escola é que se justifica esse projeto.
O enfoque será dado à Educação Ambiental, visando motivar as aulas de
Geografia com temas que vão de encontro à vivência da comunidade escolar do
Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos de Apucarana
(CEEBJA). Observamos nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCEs) de
Geografia que:
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A concepção de meio ambiente não exclui a sociedade, antes,
implica compreender que em seu contexto econômico, político e
cultural estão processos relativos às questões ambientais
contemporâneas, de modo que a sociedade é componente e sujeito
dessa problemática. (PARANÁ, 2008, p. 72).
A necessidade de se abordar no desenvolvimento dos conteúdos essa prática
educativa de forma integrada, contínua e permanente é enfatizada nas DCEs de
Geografia, quando afirma que:
A dimensão socioambiental é um dos conteúdos estruturantes dessa
disciplina e, como tal, deve ser considerada na abordagem de todos
os conteúdos específicos, ao longo da Educação Básica. Assim, não
é necessário ministrar aulas de educação ambiental ou desenvolver
projetos nesta temática, mas tratar da temática ambiental nas aulas
de Geografia de forma contextualizada e a partir das relações que
estabelece com as questões políticas e econômicas. (PARANÁ,
2008, p. 80).
Em concordância com as DCEs de Geografia não há necessidade de se ter
no currículo a disciplina de Educação Ambiental, ou até mesmo desenvolver projetos
específicos com esse fim temático, salvo em circunstâncias especiais, como os
projetos de intervenção pedagógica desenvolvida como finalização do curso do
Programa de Desenvolvimento Educacional- Secretaria de Estado da Educação do
Paraná (PDE).
Nossa proposta de trabalho visa dinamizar o espaço escolar do CEEBJA com
o cultivo de forma suspensa ou em pequenos canteiros, considerando que se
localiza em um prédio e, por se tratar de um trabalho extenso foram dados alguns
encaminhamentos ao projeto ainda na fase de produção do material didático.
Para que não ocorra descaso por parte dos envolvidos, foram feitas várias
reuniões começando com os gestores, merendeiras até alcançar toda a comunidade
escolar durante a preparação do projeto.
O convencimento das partes envolvidas depende diretamente do próprio
entusiasmo de quem propõe o projeto. Então, é necessário primeiro apaixonar-se
pela ideia para depois convencer a comunidade a participar do processo.
Dependendo da escola este procedimento pode ser extremamente frustrante,
o que não ocorreu no CEEBJA de Apucarana, por se tratar de um ambiente sempre
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aberto a novos desafios. Difícil é frear o entusiasmo de todos, considerando os
aspectos físicos e financeiros da escola.
A princípio, chegamos a um acordo de começar com plantio de temperos,
legumes, hortaliças, tomate cereja, pimentas, plantas medicinais que sempre podem
ser utilizadas pela comunidade escolar, espécies de árvores anãs enxertadas e
alguns canteiros de flores.
Envolvendo a comunidade escolar
Durante a Semana Pedagógica, houve uma rápida apresentação do Projeto
“Porque não fazer uma horta/jardim suspensos no CEEBJA de Apucarana?”. A
princípio, todos os presentes mostraram entusiasmo pela ideia, inclusive
contribuíram com várias sugestões. A proposta da Agente de Apoio Dona Alice, foi a
utilização de pneus para as floreiras e os canteiros. Foram feitas algumas pesquisas
na internet verificando a possibilidade do reaproveitamento desse material, abrindo o
leque para várias e apaixonantes maneiras de se produzir uma floreira.
Definimos áreas do CEEBJA onde há iluminação natural (pelo menos durante
algumas horas do dia): Lavanderia, paredes, sacadas da cozinha e de algumas
salas de aula.
Escolhidos os espaços a serem aproveitados, ficou a cargo da Direção a
limpeza, organização e pintura de algumas paredes antes de começar a
implementação do projeto. Os gestores abraçaram a ideia e imediatamente
mobilizaram os Agentes de Apoio para começar a limpeza dos espaços sugeridos.
Buscando Parcerias
Conquistado o primeiro público, formado por funcionários, professores e
gestores, percebeu-se a necessidade de envolver profissionais especializados em
agricultura. As tintas e os pneus também necessitam de patrocinadores da
comunidade, devido ao custo elevado.
Contatamos a Secretaria Municipal da Agricultura de Apucarana, que
imediatamente nos enviou os responsáveis pela horta familiar ao CEEBJA,
representado pelo Senhor Antônio Roberto Nogueira - Técnico em Agropecuária e
pelo Senhor Robson José Menegardi - Técnico em Agropecuária da Secretaria de
Agricultura de Apucarana, para avaliar as possibilidades do prédio.
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Após a vistoria foram imediatamente delegadas algumas tarefas primordiais:
encontrar terra e substrato, aproveitamento de algumas mudas produzidas no viveiro
municipal, transporte e orientação quanto à instalação dos canteiros para a
comunidade escolar. Tarefas prontamente assumidas e cumpridas pela equipe da
Secretaria de Agricultura de Apucarana.
No Sindicato Patronal Rural de Apucarana o contato foi com o Senhor Talles
Grein, responsável pelos cursos direcionados à comunidade. Surgiu então a ideia de
se cadastrar o CEEBJA para a realização dos cursos de Jardinagem e Preparo de
Hortas em convênio com a floricultura Espaço Verde.
Ao tomar conhecimento do projeto Educando com a Horta Escolar, por meio
do site diadiaeducação, entramos em contato com a EMATER e Pastoral da Criança
que receberam treinamento para apoiar hortas nas escolas. A coordenadora da
Pastoral da Criança sugeriu ministrar um curso com a comunidade escolar do
CEEBJA sobre Alimentação Alternativa e Hortas, para repassar a todos os
envolvidos, conhecimentos voltados para um maior aproveitamento das hortaliças na
alimentação.
O objetivo de se envolver instituições municipais foi buscar apoio prático e
conhecimentos em agricultura, cultivo e manuseio de mudas para hortas e jardins,
além de conseguir doações de materiais diversificados para reutilização que muitas
vezes são descartados.
Em visita a empresários locais foi possível encontrar apoio quanto à doação
dos pneus (Pakinho Automóveis e Moto Clube) e também de tintas a óleo (Decor
Tintas), o que diminuiu o preço final da produção dos canteiros.
Mantivemos contato também com a CS - Indústria de Curtimento de Couros,
onde fomos atendidos pelo Sr. Francisco Sachelli Neto, que prontamente
disponibilizou vários tambores de plástico que também poderão ser usados como
canteiros.
Detalhe interessante: é a 1ª vez que todos os envolvidos constroem uma
“horta ou jardim suspenso.” Fator determinante no envolvimento: apaixone-se pela
ideia, cative um pequeno grupo, depois busque parcerias. Paixão é contagiosa. De
repente começou a faltar espaço para tantas sugestões.
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DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES COM OS ALUNOS
UNIDADE I: SUSTENTABILIDADE - EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA PREOCUPAÇÃO CONSTANTE E NECESSÁRIA.
Objetivo
Aprofundar na comunidade escolar do CEEBJA, por meio da Educação
Ambiental, conhecimento teórico, habilidades e atitudes voltadas para o
aproveitamento dos espaços físicos na produção de flores, legumes, temperos,
verduras e ervas medicinais para fins de consumo pela própria comunidade em
hortas/jardins suspensos.
É PRECISO SABER USAR
A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o
desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem
comprometer a capacidade da natureza de atender as necessidades das futuras
gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de
harmonizar: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
O que é preciso fazer para alcançar o desenvolvimento sustentável?
Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento
e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos, o que representa uma
nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o ambiente.
Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico,
que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de
desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos
naturais dos quais a humanidade depende.
Se fossem seguir o caminho dos já desenvolvidos, os países em crescimento esgotariam os recursos do planeta. SO É
Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento dos recursos
naturais dos países, do qual dependem não só a existência humana e a diversidade
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biológica, como o próprio crescimento econômico. O desenvolvimento sustentável
sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de
matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.
Os modelos de desenvolvimento dos países industrializados devem ser seguidos?
O desenvolvimento econômico é vital para os países mais pobres, mas o
caminho a seguir não pode ser o mesmo adotado pelos países industrializados.
Mesmo porque isso não seria possível. Caso as sociedades do hemisfério sul
copiassem os padrões das sociedades do norte, a quantidade de combustíveis
fósseis consumida atualmente aumentaria dez vezes, e a de recursos minerais,
duzentas vezes.
Em vez de aumentar os níveis de consumo dos países em desenvolvimento,
seria preciso reduzir os níveis observados nos países industrializados. Os
crescimentos econômico e populacional das últimas décadas têm sido marcados por
disparidades. Embora os países do hemisfério norte possuam apenas um quinto da
população do planeta, eles detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e
consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da produção mundial de
madeira.
Conta-se que Mahatma Gandhi, ao ser perguntado se, depois da
independência, a Índia perseguiria o estilo de vida britânico, teria respondido: “... a
Grã-Bretanha precisou de metade dos recursos do planeta para alcançar sua
prosperidade; quantos planetas não seriam necessários para que um país como a
Índia alcançasse o mesmo patamar?”.
Atividades
1. Situe no mapa-múndi: Hemisfério Norte, Hemisfério Sul, Índia, Grã-Bretanha, Brasil e os continentes.
2. Proponha um desafio aos alunos com as seguintes questões: quem foi Mahatma Gandhi? Onde viveu? Quando? Qual movimento liderou? Quais os principais resultados de sua luta? Qual a relação, apontada no texto, entre Gandhi e a preservação do ambiente? Quais seriam esses hábitos, dos países ricos, que não podemos adotar se pensamos na preservação da vida do planeta?
3. Peça aos alunos que se dividam em grupos de até quatro pessoas. Cada grupo deverá responder por escrito às seguintes questões, tendo como base o texto:
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Como podemos definir desenvolvimento sustentável? Quais as principais distinções entre desenvolvimento sustentável e crescimento econômico?
4. Para a apresentação proponha a elaboração de mural coletivo, no qual cada grupo afixa suas respostas.
5. Incentive um debate sobre as respostas, tendo como foco de discussão a possibilidade ou não de o desenvolvimento sustentável promover o crescimento da economia, diminuir as desigualdades sociais, a fome e a pobreza e preservar o ambiente no Brasil.
Disponível em: <Materiais Didáticos - Ministério da Educação. portal.mec.gov.br/index. php?option=com_content&id...didáticos... >
Salve o Planeta: Vídeo
Para ampliar a reflexão sobre as questões ambientais, o professor convidará
os alunos para assistir ao vídeo “Salve o Planeta”, acessando o sítio:
<http://www.youtube.com/watch?v=qUh87ah7LcM&NR=1>.
ATIVIDADES/ PARÓDIA
a) O que é preciso fazer para alcançar o desenvolvimento sustentável?
b) Se fossem seguir o caminho dos já desenvolvidos, os países em crescimento esgotariam os recursos do planeta?
c) Os modelos de desenvolvimento dos países industrializados devem ser seguidos?
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d) Após análise do vídeo dos pinguins e releitura do texto, escreva algumas dicas para preservar o meio ambiente.
e) Separe algumas dicas e faça tirinhas ou charges no caderno.
f) Passar as tirinhas ou charges em sulfite dividido em retângulos colocar em edital e publicar no blog.
PARÓDIA: Ao término do vídeo, o professor comentará que os pinguins
fizeram uma paródia da música “Quero que vá tudo pro inferno”, de Roberto Carlos e
Erasmo Carlos, abordando questões ambientais. Neste momento, o professor
poderá explicar o que é paródia: É uma imitação ou recriação de um texto, na
maioria das vezes cômica, de uma composição literária, mas também existem
paródias de filmes e músicas sendo, portanto, uma imitação que geralmente possui
efeito contestador, satírico, irônico, crítico. Ela geralmente é parecida com a obra de
origem, e quase sempre tem sentidos diferentes.
Em seguida, o professor deverá organizar os alunos em grupos e solicitar que
cada grupo escolha uma música de sua preferência e que também faça uma paródia
sobre questões relacionadas ao meio ambiente (se preferir, os alunos poderão focar
no ambiente escolar), registrando-a, para posterior apresentação aos colegas. Em
outro momento, as paródias criadas pelos alunos poderão ser apresentadas para a
comunidade escolar, em um espaço apropriado para este tipo de atividade.
Disponível em: < http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=51400>
Recurso Complementar - Música: “Absurdo", de Vanessa da Mata.
Professor, para enriquecer as discussões sobre os problemas ambientais,
você poderá utilizar com os alunos o vídeo e letra da música: “Absurdo", de Vanessa
da Mata, acessando o sítio:< http://letras.kboing.com.br/vanessa-da-mata/absurdo/>
Dividir a turma em equipes, cada equipe com uma estrofe da música acima.
Após analisar e discutir o sentido da música deverão ilustrar as estrofes com
imagens da internet, desenhando, colando ou fazendo slides. Expor os trabalhos
finais ou apresentar para a comunidade escolar. Disponível em: <http://portal
doprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=51400:>
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UNIDADE II: SOCIEDADE DO CONSUMO
Objetivo
Compreender o conceito de Sociedade do Consumo e quais suas relações
com o ambiente, de forma a analisar alguns dos impactos ambientais decorrentes,
sobretudo, do modelo de desenvolvimento econômico difundido pelos países
centrais.
O que é Desenvolvimento Sustentável?
A ideia atual de desenvolvimento é a de acúmulo de dinheiro, domínio de
novas tecnologias, com base na extração dos recursos naturais e alto padrão de
vida, com elevado poder de consumo.
Esse tipo de desenvolvimento beneficia apenas uma pequena parcela da
população mundial e vem deixando em nosso planeta um rastro de destruição que
tem forçado, já há algum tempo, os governantes da maioria dos países a pensar
seriamente no assunto. Algumas Reuniões e Conferências foram realizadas para
tratar da destruição ambiental e algumas providências comuns foram tomadas em
todos os cantos da Terra [...].
Apesar de tantas discussões, elaboração de documentos e compromissos, o
desenvolvimento sustentável ainda é um desafio. Para que a humanidade chegue a
essa conquista, será necessário satisfazer as necessidades atuais sem acabar com
os recursos das gerações futuras. E se pretende atingir esse objetivo, precisará
estar unida e atenta para pequenas atitudes em todos os lugares do mundo.
A diminuição do consumo e do desperdício deve ser prioridade. A mudança
de filosofia da sociedade de consumo é urgente. O conceito de desenvolvimento tem
de passar por uma total reformulação, deve ter por base a economia dos recursos
naturais e o apoio à vida hoje e sempre.
Pequenas atitudes significam grandes avanços na preservação da nossa
“aldeia global”. (SANTOS e BELINE, 2007, p.284-285).
ATIVIDADES
1) Pesquise no Google e anote algumas Reuniões e Conferências que foram realizadas para tratar da destruição ambiental.
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2) Anote também quais são os oito jeitos de mudar o mundo estabelecido para serem alcançados neste milênio (PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
Dê início à aula com o poema: Eu Etiqueta, de Carlos Drummond de Andrade. (SANTOS e BELINE, 2007, p 273).
EU, ETIQUETA
Em minha calça está grudado um nome que não é meu de batismo ou de cartório, um nome... estranho. Meu blusão traz lembrete de bebida que jamais pus na boca, nesta vida. Em minha camiseta, a marca de cigarro que não fumo, até hoje não fumei. Minhas meias falam de produto que nunca experimentei mas são comunicados a meus pés. Meus tênis é proclama colorido de alguma coisa não provada por este provador de longa idade. Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, minha gravata e cinto e escova e pente, meu copo, minha xícara, minha toalha de banho e sabonete, meu isso, meu aquilo, desde a cabeça ao bico dos sapatos, são mensagens, letras falantes, gritos visuais, ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência, indispensabilidade, e fazem de mim homem-anúncio itinerante, escravo da matéria anunciada. Estou, estou na moda. É doce estar na moda, ainda que a moda seja negar minha identidade, trocá-la por mil, açambarcando todas as marcas registradas, todos os logotipos do mercado. Com que inocência demito-me de ser eu que antes era e me sabia tão diverso de outros, tão mim mesmo, ser pensante, sentinte e solitário com outros seres diversos e conscientes de sua humana, invencível condição. Agora sou anúncio, ora vulgar ora bizarro, em língua nacional ou em qualquer língua (qualquer, principalmente). E nisto me comprazo, tiro glória de minha anulação. [...] (Carlos Drummond de Andrade)
Acessar o link: <http://www.youtube.com/watch?v=nUtOvvY0zfo> slides com poema.
ATIVIDADES
Após a leitura do poema, responda as questões abaixo:
1. Qual é a ideia central do texto?
2. Que valores são criticados por Drummond?
3. Você concorda com a visão do autor? Qual é seu ponto de vista sobre o assunto?
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4. No fragmento a seguir, Drummond escreve sobre o uso de estrangeirismos no Brasil. Como você percebe isso em nossa sociedade?
"Agora sou anúncio, ora vulgar ora bizarro, em língua nacional ou em qualquer língua (qualquer, principalmente)”.
5. Cite algumas marcas de produtos consumidos pelos indivíduos apenas porque representam status.
BORRACHA E O PNEU (Parte I)
A borracha natural é um polímero obtido da seiva da seringueira, árvore de
origem amazônica, mas que ganhou o mundo, principalmente pela rápida adaptação
que sofreu quando, na virada do século, foi plantada com sucesso nas florestas
tropicais asiáticas.
Para sua extração são feitos pequenos cortes superficiais no caule da árvore,
através dos quais o látex é captado. Depois de sua coagulação e secagem, este
material é aquecido e posteriormente processado com outras substâncias químicas,
transformando-se em borracha.
Com o passar do tempo, criou-se na Alemanha a tecnologia para fabricá-la
artificialmente a partir do petróleo. Apesar de a borracha sintética ser muito parecida
com a borracha natural, ela não é tão resistente ao calor e racha com a mudança de
temperatura muito rápida. Por isso, os artefatos são sempre constituídos de uma
parcela da borracha natural.
No Brasil, a maior parte da borracha produzida industrialmente é usada na
fabricação de pneus, correspondendo a 70% da produção. Além disso, ela pode ser
empregada em calçados, instrumentos cirúrgicos (como tubos, seringas e outros
produtos farmacêuticos, além de luvas cirúrgicas e de preservativos).
Os Pneus
Os pneus foram inventados em 1845, depois que o norte-americano Charles
Goodyear descobriu casualmente o processo de vulcanização da borracha, quando
deixou cair borracha e enxofre no fogão.
Tornaram-se então substitutos das rodas de madeira e ferro, usadas em
carroças e carruagens. A borracha além de ser mais resistente e durável, absorve
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melhor o impacto das rodas com o solo, o que tornou o transporte mais confortável e
funcional.
A maior parte dos pneus hoje é feita de 10% de borracha natural (látex), 30%
de petróleo (borracha sintética) e 60% de aço e tecidos (tipo lona), que servem para
fortalecer ainda mais a estrutura.
Produção X descarte
Um estudo feito pela Universidade de Vrije, na Holanda, descobriu que todos
os dias são fabricados cerca de dois milhões de novos pneus no mundo. Isto
significa uma produção anual de 730 milhões de pneus (janeiro/1999). Ao mesmo
tempo, hoje são transformados em sucata 800 milhões de unidades por ano.
No Brasil, em 1993, 0,5% do lixo urbano brasileiro eram de pneus velhos e
fora de uso. Hoje são descartados no país cerca de 17 milhões de pneus por ano.
Reciclagem e reaproveitamento
Para recuperação e regeneração é necessária a separação da borracha
vulcanizada de outros componentes (como metais e tecidos, por exemplo). Os
pneus são cortados em lascas e purificados por um sistema de peneiras. As lascas
são moídas e depois submetidas à digestão em vapor d’água e produtos químicos,
como álcalis e óleos minerais, para desvulcanizá-las. O produto obtido pode ser
então refinado em moinhos até a obtenção de uma manta uniforme ou para
obtenção de grânulos de borracha.
A borracha regenerada apresenta duas diferenças básicas do composto
original: possui características físicas inferiores, pois nenhum processo consegue
desvulcanizar a borracha totalmente, e tem uma composição indefinida, já que é
uma mistura dos componentes presentes. No entanto, este material tem várias
utilidades: cobrir áreas de lazer e quadras de esporte, fabricar tapetes para
automóveis; passadeiras; saltos e solados de sapatos; colas e adesivos; câmaras de
ar; rodos domésticos; tiras para indústrias de estofados; buchas para eixos de
caminhões e ônibus, entre outros.
Aspectos interessantes
O Brasil se encontra em 2º lugar no ranking mundial de recauchutagem de pneus.
Um pneu de avião a jato pode ser recauchutado até 30 vezes.
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A reciclagem e reaproveitamento dos pneus no Brasil correspondem a cerca de 30 mil toneladas (Cempre, 1999). [...] (Disponível em: < http://www.recicloteca.org.br/
Default.asp?Editoria=12&SubEditoria=47>).
ATIVIDADES
a) Pesquise em livros ou no Google e cite a população atual dos países abaixo: I. China II. Estados Unidos III. Brasil
b) Some a população destes três países.
c) Divida a quantia acima (b) por dois para chegar a uma quantia aproximada de pessoas que possuem carros (sem contar quem tem mais de um carro, motos ou caminhões).
d) Considere que cada carro tenha quatro pneus. Então multiplique a resposta acima(c) por quatro.
e) O número que você encontrou na questão (d) corresponde aproximadamente à quantidade de pneus que serão jogados na natureza por cada pessoa após cada troca. Já que não temos como evitar que a sociedade moderna utilize seus carros, sugira algumas maneiras de se aproveitar estes pneus.
ATIVIDADES com CHARGES
Charge 1: Sociedade de Consumo. (Adaptado de LOPES, 2010. Disponível em:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000001815/0000021917-jpg>).
Fonte: Angeli (cartunista). In: BOLIGIAN, Levon; TURCATEL, Andressa, Geografia: espaço
e vivência. Volume único: ensino médio. São Paulo: Atual, 2004, p. 318.
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Analise a charge 1:
a) Quem são as pessoas representadas na imagem?
b) Qual parte do diálogo você achou mais interessante? Por quê?
c) Considere o local onde as pessoas estão e explique a noção de planeta representada na charge.
Charge 2: Apelos e Ilusões do Consumismo. (Adaptado de LOPES, 2010. Disponível
em: < http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000001815/ 0000021917-jpg>)
a) Copie o título da charge 2. Explique o que é tão cômico nesta afirmação.
b) Copie a frase dita pelo personagem. Comente a relação entre consumo exagerado de lanches, a obesidade mundial e a qualidade de vida.
c) Compare a charge 1 com a charge 2. Releia o texto. Faça seu próprio texto analisando a questão do consumo exagerado por alguns setores da sociedade e a fome que cerca grande parte da população mundial. Aborde também os seguintes itens: Capitalismo – Sociedade do Consumo – Meio Ambiente
d) Apresente um lado bom e um lado ruim da chamada sociedade do consumo.
Recurso Complementar: Aprenda brincando. (CASTAGINI, MELLO e MENTA. 2009. Disponível em: <http://portaldoprofessor. mec.gov.br/storage/recursos/10812/quantotempoviveumlixo>).
UNIDADE III: CONSUMO E PRODUÇÃO DO LIXO NA ESCOLA E EM CASA.
Objetivo
Debater sobre a questão da fome em algumas partes do mundo e o
desperdício local a mundial, descobrindo novas formas de se reutilizar produtos
considerados como lixo pela sociedade.
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Fome de quê?
Assistir, com a turma, os slides sobre: Fome na África. (REDE RECORD. Reportagem. 2011. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=SXHL84Cc_dA>).
ATIVIDADES
1) Debater no grupo sobre a Fome no mundo.
2) Você acha que os alimentos produzidos no mundo são suficientes para alimentar a todos?
3) Se as multinacionais investem cada dia mais em tecnologia de produção, como se explica a situação de miséria em que vivem milhares de pessoas no mundo?
RrR: AS TRÊS LETRAS QUE PODEM SALVAR A NATUREZA
O Brasil e o mundo produzem diariamente verdadeiras cordilheiras de Lixo.
Segundo as estatísticas ambientais, cada habitante do país joga no lixo em média
um quilo de resíduos a cada dia, o que representa perto de 180 mil toneladas.
E só 10 por cento dos mais de cinco mil municípios brasileiros dispõem de
aterros sanitários e uma proporção ainda menor conta com usinas de tratamento e
purificação; na esmagadora maioria dos casos toda essa sujeira vai parar em lixões
a céu aberto, com substâncias tóxicas que, atingindo diretamente as populações
vizinhas, são levadas pelos rios e córregos e pelos ventos a regiões distantes,
afetando praticamente todos os habitantes do país.
Para combater essa situação, os ecologistas propõem os 3Rs, ou RRR, mas
não são Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo, como na Seleção
pentacampeã mundial de 2002, e sim representam as palavras Reduzir, Reciclar e
Reutilizar.
Outros erres adicionais
a) Refletir (sobre o sistema produtivo como um todo)
b) Repensar (sua necessidade real de consumo)
c) Reduzir (o consumo)
d) Reutilizar (antes de descartar)
e) Reciclar (como última etapa)
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REDUZIR
Os restos de comida, segundo a Associação Brasileira de Empresas de
Limpeza Pública e Resíduos Especiais, constituem metade do lixo doméstico. Assim,
basta reduzir o desperdício de alimentos nos lares brasileiros para não só diminuir
drasticamente o volume de lixo, como também disponibilizar comida para os mais
carentes, os desnutridos e famintos. Também as embalagens constituem perto de
45% do lixo nas cidades maiores, e aqui igualmente caberia uma redução
significativa, se os estabelecimentos comerciais voltassem a utilizar vasilhames
retornáveis e a vender a granel alimentos e outros artigos, conforme ainda ocorre
em muitas feiras-livres.
RECICLAR
Como já acontece com os papéis e as garrafas de plástico PET, além de
objetos de madeira e metal, são possíveis, com procedimentos técnicos de
transformação, reaproveitar grande parte dos materiais hoje descartados. Convém
notar que existe, principalmente em países europeus, o “fair trade” (“comércio justo”)
que são redes de consumidores que utilizam, por exemplo, só papel reciclado, ainda
que eles sejam mais caros.
REUTILIZAR
Além dos vasilhames retornáveis, a reutilização envolve pilhas, baterias,
lâmpadas fluorescentes que, quando já usadas, não devem ser jogadas no lixo,
inclusive por conter substâncias altamente tóxicas, e sim devolvidas aos Pontos de
venda. Estes se encarregarão de encaminhá-las aos fabricantes, que poderão
utilizar pelo menos parte de seus componentes.
Prefira, entre produtos semelhantes:
• Embalagens menores
• Garrafas retornáveis
• Produtos marcados como recicláveis
• Pilhas e baterias recarregáveis
• Eletrodomésticos e eletroeletrônicos com prazo maior de garantia
• Lâmpadas fluorescentes.
(POMPEU, 2006, p. 6-9. Disponível em: <mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/ cd al.pdf >).
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ATIVIDADES
1. Faça um levantamento na classe acerca dos lixos mais produzidos na empresa em que o aluno trabalha ou em sua região e, ao final, desenvolva uma atividade de produção de texto sobre o tema estudado, 3R.
2. Comentar que diariamente produzimos muito lixo e não nos preocupamos com o seu destino. Discutir a questão com os alunos, levando-os a refletir acerca da questão e como a observam em seu bairro, em sua casa, na escola.
3. O que significa classificar o lixo?
4. A família ou algum membro se preocupa em separar determinados tipos de resíduos (lixo)? Como o lixo de sua residência é descartado? Existe algum procedimento especial para o descarte ou o lixo é simplesmente descartado?
5. Quais profissões produzem mais lixo?
6. Conhece muitas pessoas que tem carros? Sabe o que é feito com os pneus usados? É possível aproveitar os pneus usados na horta ou jardim da escola?
7. Retome os dados coletados pela turma e pergunte se alguma coisa que é descartada, que se torna lixo, poderia se tornar um canteiro. Discutir o questionamento com os alunos.
Recurso complementar: Visita à Cooperativa dos Catadores de Recicláveis de Apucarana. Fotografar o trabalho de campo e fazer painel na Escola.
UNIDADE IV: SOCIEDADE SUSTENTÁVEL E HORTAS/JARDINS
Objetivo
Discutir a aceleração do crescimento econômico com o aumento do número
de carros nas grandes metrópoles e consequente descarte de pneus na natureza.
Borracha e o pneu (Parte II)
Outras formas de reciclagem e reaproveitamento dos pneus.
Proteção de construções à beira mar – nos diques e cais; barragens e contenção de encostas, onde são geralmente colocados inteiros;
Recauchutagem – são adicionadas novas camadas de borracha nos pneus "carecas" ou sem friso. A recauchutagem aumenta a vida útil do pneu em 40% e economiza 80% de energia e matéria-prima em relação à produção de pneus novos.
Reaproveitamento energético (fornos de cimento e usinas termoelétricas) - cada quilograma de pneu libera entre 8,3 a 8,5 kilowatts por hora de energia. Esta energia é até 30% maior do que a contida em 1 quilo de madeira ou carvão. As
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indústrias de papel e celulose e as fábricas de cal também são grandes usuárias de pneus em caldeiras, usando a carcaça inteira e aproveitando alguns óxidos contidos nos metais dos pneus radiais.
Importante:
A queima de pneus para aquecer caldeiras é regulamentada por lei. Ela determina que a fumaça emanada (contendo dióxido de enxofre, por exemplo) se enquadre no padrão I da escala de Reingelmann para a totalidade de fumaças.
Estudos, pesquisas e novas tecnologias:
A RELASTOMER Tecnologia e Participações S.A. desenvolveu processo de recuperação de borracha vulcanizada, a característica básica é baixa temperatura (máximo 80ºC), a execução deste processamento na fase líquida e a utilização de catalisador heterogêneo. O produto regenerado apresenta alta homogeneidade, mantendo 75% das características físicas da composição original.
Um subprojeto interdisciplinar envolvendo pesquisadores das faculdades de Engenharia Civil e Mecânica da Unicamp propõe uma solução de gerenciamento de pneus descartados. A proposta dos professores Carlos Alberto Mariotoni, Cai Glauco Sanchéz e E. Goulart consiste na construção de um reator de leito fluidizado que processa fragmentos de pneus usados, para a obtenção de subprodutos através de sua gaseificação.
O Departamento de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) é pioneiro no desenvolvimento de pesquisa relacionada à reutilização de pneus usados em obras de engenharia no Brasil. A PUC-RJ, com apoio da International Development Research Centre (IDRC) e da Geo-Rio, com a participação da Universidade de Ottawa, desenvolve experimentos de construção de muros de arrimo com pneus e ensaios relativos ao reforço de solos com pneus usados, o que introduz uma resistência e rigidez adicionais aos aterros.
Formas inadequadas de disposição de pneus e suas consequências no ambiente:
Jogados em terrenos baldios, acumulam, por causa de seu formato, água da chuva no seu interior, servindo de local onde os mosquitos transmissores de doenças, como a dengue e a febre amarela, colocam seus ovos.
Colocados em lixões, misturam-se com o resto do lixo, absorvendo os gases liberados pela decomposição, inchando e estourando. Acabam sendo separados e abandonados em grandes pilhas em locais abertos, junto a esses lixões.
Queimados, podem causar incêndios, pois cada pneu é capaz de ficar em combustão por mais de um mês, liberando mais de dez litros de óleo no solo, contaminando a água do subsolo e aumentando a poluição do ar. Saiba então que isto é proibido pela legislação ambiental!
O que pode ser feito?
Manter os pneus em lugar abrigado ou cobri-los para evitar que a água entre e se acumule.
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Antes de jogar pneus num aterro, furar as carcaças para deixar escorrer a água ou cortá-las em muitos pedaços, para diminuir seu volume.
RECICLAR, por que: economiza energia - para cada meio quilo de borracha feita de materiais reciclados, são economizados cerca de 75% a 80% da energia necessária para produzir a mesma quantidade de borracha virgem (nova); economiza petróleo (uma das fontes de matéria-prima); reduz o custo final da borracha em mais de 50%.
REDUZIR o consumo dos pneus, mantendo-os adequadamente cheios e alinhados, fazendo rodízio e balanceamento a cada dez mil quilômetros e procurar usar pneus com tiras de aço, que têm uma durabilidade 90% maior do que o normal. (Disponível em: <http://www.recicloteca.org.br/Default.asp?Editoria=12&
SubEditoria=47>) .
ATIVIDADES
1. Confecção de histórias em tiras de gibi. (Disponível em:<http://www.educacao.go.gov.
br/documentos/nucleomeioambiente/Caderno_horta.pdf>)
Levar para a sala de aula tiras ou charges que expressem posicionamentos
acerca de temas da vida social, como da Mafalda, que expressam sempre uma
opinião e leitura dos fenômenos sociais.
As tiras ou charges devem ser lidas e interpretadas pelos educandos,
primeiro silenciosamente, depois com o colega do lado. Estes devem ser levados a
perceber a crítica e o humor como referenciais da personagem. Cada educando
deve selecionar aquela tira ou charge com a qual mais se identificou e explicar à
turma os motivos de sua escolha.
A partir desse debate o aluno deve escolher um título no texto acima e fazer
uma tirinha abordando a sequência dos fatos. Depois de confeccionadas, as tiras
podem ser socializadas com toda a turma e cada educando explanará sobre a sua e
o sentido que quis dar a ela. Expor o trabalho final no mural da escola.
2. Sondagem na comunidade:
Acesse <https://www.facebook.com/HortasUrbanas? ref=stream> e desperte a paixão na comunidade escolar pelas Hortas Urbanas.
Entrevistas na comunidade escolar, verificando a real necessidade de uma horta e/ou jardim. Sondagem: mudas de flores ou verduras e temperos em canteiros suspensos.
Recurso complementar: Documentar por meio de fotos os locais onde serão feitos os canteiros (antes, durante e depois).
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UNIDADE V: RECICLAGEM: DIFERENTES MATERIAIS QUE PODEM SER REAPROVEITADOS PARA PRODUÇÃO DE VASOS.
Objetivos
Conscientizar acerca do impacto da borracha no meio ambiente.
Confeccionar canteiros com pneus, vasos de garrafas pet ou de um sistema de plantio em canos de PVC junto com a comunidade escolar do CEEBJA.
Improvisar outros materiais para usar como vasos de acordo com as sugestões da Comunidade Escolar.
CERCANDO O JARDIM/HORTA COM PNEUS-VASOS
O desenvolvimento da horta suspensa no espaço do CEEBJA tem como
proposta suprir a falta de alimentos in natura na merenda escolar. Ao dinamizar o
plantio de hortaliças, temperos e plantas medicinais no ambiente escolar visamos
incentivar uma alimentação saudável, complementar o Programa Agricultura Familiar
e, uma vez que a população urbana não tem a oportunidade ou terreno disponível
para o cultivo, mostrar opções de cultivos que dispensam o terreno e propiciam
utilizar todas as paredes de uma casa ou prédio. Além de complementar a
alimentação, a horta suspensa serve como um elemento da decoração.
Seguindo a proposta da Agente de Apoio Dona Alice, quanto a utilização de
pneus para as floreiras e os canteiros, apresente para os alunos lindos modelos de
vasos exóticos feitos com pneus no link <cacareco. net/2011/.../artesanato-com-
pneus-vasos-exoticos-para-decorar/ . Faça outras pesquisas com a turma na
internet verificando as possibilidades do reaproveitamento de pneus para diversos
fins.
Durante as aulas deve ser abordado com os educandos o impacto de objetos
emborrachados e plásticos sobre a natureza. Solicite à turma que elabore um
quadro acerca do tempo de deterioração de embalagens, pneus, plásticos, papel,
latinhas e outros materiais de uso humano.
Organize debates com estes temas com a turma buscando desenvolver uma
atitude crítica em relação ao meio ambiente.
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Tratando-se especialmente dos pneus abordar o prejuízo que esse resíduo
causa à natureza: como volume acumulado nos lixões, como recipiente para
proliferação dos mosquitos da dengue. [...]
Combinar com as turmas a melhor forma de conseguir pneus e decorá-los
com pinturas variadas, movimentando o maior número possível de pessoas para
isso. No caso do CEEBJA localizado em um prédio, os pneus serão cortados em
diferentes formatos e servirão como canteiros.
As atividades devem buscar envolver toda a comunidade escolar e contar
com o apoio das famílias, que devem ser comunicada e envolvida no projeto.
(Adaptado de: A horta escolar dinamizando o currículo da escola. Disponível em: <http://www.educacao.go.gov.br/documentos/nucleomeioambiente/Caderno_horta.pdf>)
Produção de CANTEIROS utilizando pneus
Acessar os links abaixo para ver o modo de fazer lindos vasos/canteiros com pneus.
Fontes: Como Reutilizar e Pintar Pneus Usados: Essas e Outras. Disponível em: <http://www.essas eoutras.xpg.com.br/como-reutilizar-e-pintar-pneus-usados-fazer-brinquedos-moveis-vasos/>. CACARECO. KRIKA. 2011. Artesanato com pneus, vasos exóticos para decorar. Disponível em: <cacareco.net/2011/02/.../artesanato-com-pneus-vasos-exoticos-para-decorar .
Produção de CANTEIROS utilizando garrafas PET
Se a escolha da comunidade escolar recair sobre as embalagens PET para a
produção dos vasos visando uma mini-horta em casa, já se deve ter contagiado
grande número de pessoas com a ideia de produzir mudas em canteiros suspensos.
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Então! Mão à obra! Aproveite cada momento de entusiasmo.
As embalagens transparentes devem ser pintadas, evitando o contato das
raízes com a claridade, usando a criatividade dos artistas ocultos na comunidade
escolar.
A participação e o envolvimento do maior número possível de disciplinas no
projeto possibilitará o sucesso da horta.
Acesse < http://www.minhacasaminhacara.com.br/hortinha-em-casa/ > e veja outras formas de se utilizar garrafa pet para produção de diversas plantas.
Material utilizado
3 garrafas PET vazias - suportes para floreira - 1,2 quilos de terra - 800 gramas de adubo - 1 quilo de areia - Sementes de salsinha e cebolinha - Água - Estilete - Tesoura - 12 parafusos com bucha - pá e rastelo.
Modo de fazer:
1. Corte as garrafas: Com o estilete, faça uma abertura de 13 por 20 centímetros nas três garrafas. Duas delas, que servirão de jardineiras, devem ser furadas na parte de baixo para que a água escorra (foto). A terceira garrafa terá a função de armazenar a água excedente da rega.
2. Prepare a terra. Misture três partes de terra com duas de esterco de gado bem curtido, que não tem cheiro como o de galinha. Coloque em duas garrafas, plante as sementes e regue.
3. Evite a água parada. Coloque areia na terceira garrafa, que funcionará como prato. Assim, você impede que surjam na água focos
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de mosquito da dengue.
4. Pendure a horta. Escolha uma parede em que bata bastante sol e fixe os suportes, deixando 20 centímetros de espaço entre um e outro. Pendure as jardineiras a uma altura que permita aos alunos verem as plantas e que seja de fácil alcance para as merendeiras.
Fonte: Adaptado: EPA BARRUS: Como fazer uma horta com garrafas PET. Disponível em: <epabarrus2005. blogspot.com/2010/.../como-fazer-uma-horta-com-garraf..>.
Fonte: <http://www.rosenbaum.com.br/blog/rosenbaum-responde-ldl-48-horta-vertical/>
Recurso complementar: Produção de canteiros com canos PVC.
Material utilizado
02 barras de tubo industrial1 chapa 18 - 01 disco de lixadeira - 01 disco de corte - 01
kg de eletrodo - 01 litro de tinta e thiner – Suporte para PVC.
Modo de fazer:
Pedir ao serralheiro para fazer o suporte para os canos. Cortar o cano ao meio, fazer
furinhos, encher de terra e plantar.
Fonte: Embrapa cria modelo de horta suspensa - Planeta Sustentável. Disponível em: <planetasustentavel. abril.com.br/.../horta-suspensa-embrapa-hortalicas-ade...>
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UNIDADE VI: HORTA ESCOLAR
Objetivo
Plantar as mudas de flores, legumes, temperos, verduras e ervas medicinais
em horta/jardim suspensos junto com a comunidade escolar no prédio do CEEBJA.
CALENDÁRIO DA HORTA
MÊS ESPÉCIE
Ano todo Abobrinha, acelga, agrião, alface, almeirão, berinjela, beterraba, cebolinhas, cenoura, chicória, couve manteiga, espinafre, feijão vagem, jiló, milho, mostarda, pepino, rabanete, rúcula e salsa.
Janeiro Alface, agrião, aipo, couve, rabanete, almeirão, nabo, beterraba, rúcula, chicória, espinafre, batata doce, salsa e coentro em locais com clima ameno e chuvas leves. Em clima quente semear as culturas de ano todo.
Fevereiro Semear rabanete e alface, transplantar o que foi semeado em sementeira.
Março Direto no canteiro: cenoura, almeirão, salsa e alho. Nas sementeiras: alface, chicória, espinafre, salsão, couve flor, brócolis e repolho. Atentar para seleção de variedades uma vez que as culturas semeadas nesta época se desenvolverão em clima de inverno.
Abril Direto no canteiro: agrião, almeirão, beterraba, nabo, salsa, alho, rúcula, chicória, salsão, semear na sementeira, chicória, salsão. Na sementeira: chicória, salsão, couve flor, brócolis, repolho de inverno e espinafre.
Maio Direto no canteiro: rabanete, cenoura, almeirão, nabo, beterraba, rúcula, salsa, chicória, salsão, espinafre, couve flor, brócolis, repolho de inverno. Na sementeira: alface.
Junho Direto no canteiro: almeirão, cenoura, nabo, beterraba, rúcula, alho. Na sementeira: chicória, agrião, couve flor, brócolis e repolho de inverno.
Julho Direto no canteiro: almeirão, rúcula, alho. Na sementeira: alface, rabanete, chicória, beterraba.
Agosto Começar selecionar variedades de verão para as que podem ser plantadas o ano todo, de acordo com o clima local. Na sementeira: jiló, berinjela, pimenta, pimentão, tomate.
Setembro Semear alface, rabanete, cenoura, couve flor, brócolis. Continua plantio de jiló, berinjela, pimenta, pimentão, tomate e ainda abobrinha, feijão de vagem, pepino, maxixe, salsa e coentro.
Outubro Semear cenoura, couve flor, brócolis, repolho, pimentão, tomate, berinjela, jiló, abobrinha, feijão de vagem, pepino, maxixe, mandioquinha, salsa, batata doce, coentro.
Novembro Semear alface, rabanete, cenoura, brócolis, repolho, couve flor, batata doce, coentro.
Dezembro Semear abobrinha, feijão de vagem, pepino, cenoura e repolho.
Fonte: Adaptado de: <http://www.ecodesenvolvimento.org/voceecod/aprenda-a-fazer-uma-horta-organica-dentro-de-casa#ixzz2cbdvWtbN>
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Atividades:
1) Analise o Calendário da Horta.
Verifique em que mês estamos e cite quais hortaliças podemos plantar na horta da escola. Não se esqueça de observar se deve ser na sementeira ou diretamente no solo. Cite quais hortaliças você mais aprecia. Sabe o preço delas? Considera mais barato manter uma horta simples ou comprar hortaliças e legumes sempre que precisar? Justifique.
2) Acesse o link <http://www.cecanesc.ufsc.br/Arquivos/seminarios/karinesug4.pdf> que trata sobre a Implementação da Horta Escolar e responda as questões abaixo. Considere o fato de que vamos fazer uma horta em nossa escola e que estamos localizados em um prédio não tendo acesso ao solo.
a) O que devemos plantar? Que tipo de ferramenta precisamos para a nossa horta?
b) Vamos escolher o local mais adequado para a instalação da nossa horta. Como organizar as áreas de plantio da nossa horta?
c) E como vamos preparar as áreas para o plantio? Como fazer a correção do solo?
d) Que tipos de adubos e como adubar? Como produzir as mudas de hortaliças?
e) Como manter as hortas no recesso escolar?
SAIBA MAIS 1
Passo a passo no plantio e cultivo das mudas.
Para montar uma horta ou jardim em espaços pequenos e com pouca luminosidade,
como o CEEBJA, prefira os vasos que podem ser podem ser de qualquer tamanho.
Tenha o cuidado de selecionar espécies que se adaptem à sombra.
1. Escolha um vaso com furos;
2. Encha um terço do vaso com brita ou pó de brita, para a drenagem;
3. Coloque uma mistura de duas partes de terra, uma parte de composto orgânico e
uma parte de húmus até a borda do vaso;
4. Espalhe um pouco de areia;
5. Plante as mudas de flores, legumes, temperos, verduras e ervas medicinal em
jardins e hortas suspensas junto com a comunidade escolar no prédio do CEEBJA.
6. Regue pelo menos uma vez ao dia. Em regiões quentes, duas vezes ao dia até as
mudas emergirem. Regar nas horas frescas, de preferência pela manhã.
.
31
SAIBA MAIS 2
Se você dispõe de um espaço um pouco maior, pode plantar as espécies
diretamente na terra, em um canteiro. Você pode cultivar os mesmo alimentos
indicados para os vasos, além de outros, que precisam de mais espaço, fazer uma
horta mais estruturada e com maior variedade de alimentos. Neste caso é
interessante associar a composteira para usar somente adubo orgânico e produzido
pelos próprios alunos. Acesse novamente o link <http://www.cecanesc.ufsc.br/
Arquivos/seminarios/karinesug4.pdf-caderno horta 2> para mais informações
importantes sobre Horta Escolar e Adubo orgânico. Também encontrará muitas
informações úteis no link <http://www.ecodesenvolvimento.org/voceecod/aprenda-a-
fazer-uma-horta-organica-dentro-de-casa#ixzz2cbdvWtbN>.
Recurso complementar: Controle de pragas e insetos.
A horta está pronta. As hortaliças foram plantadas. Nossa como parece suculenta! Agora é só aguardar para começar a colheita. Epa! Alguns problemas rondam nosso cultivo. Não foram somente as plantinhas que brotaram. Tem mais alguém que gosta de hortaliças. Surgiram alguns moradores inesperados que podem acabar com tudo. Mãos a obra! Mutirão para controlar pragas e insetos que insistem em morar na nossa horta ou jardim. Alguém tem uma solução caseira para isso? Caso contrário, vamos acessar novamente o link sobre Horta na Escola e aprender como eliminar este problema. Acesse <http://www.cecanesc.ufsc.br/Arquivos/seminarios/karinesug4.pdf-caderno horta 2>.
UNIDADE VII: CARICATURAS E CHARGES, VÍDEOS OU SLIDES
Objetivo
Produzir caricaturas e charges, bem como vídeos e slides referentes às
etapas do Projeto pela comunidade escolar do CEEBJA.
Procedimentos Básicos Para Conversão E Produção De Filmes E Imagens Em Jpg.
O processo de implantação da horta será documentado por fotos ou filmagens
(antes – durante – depois) para que os alunos possam observar as transformações
ocorridas no espaço da escola.
Estas imagens serão transformadas em slides no Laboratório de Informática,
documentando todo o percurso da comunidade escolar. Neste momento, os alunos
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estarão em contato direto com as tecnologias, fato presente em suas vidas, usando
a mesma a favor da aprendizagem de forma pedagógica.
Ao participar diretamente da montagem do material didático os alunos irão
perceber que os conhecimentos aleatórios usados em seus celulares, fazem parte
de um conjunto de informações tecnológicas que movimentam o mundo.
As imagens poderão ser usadas para divulgação de atitudes ecologicamente
corretas, formando assim uma corrente que ampliará a ideia inicial para outros
projetos ecológicos de maiores proporções visando atingir sempre um maior número
de pessoas.
Neste momento, os alunos devem perceber que podem agir localmente e
transformar globalmente, pois simples ideias podem transpor os muros da escola e
atingir um grande número de pessoas da mesma forma que as catástrofes
ambientais causadas por atitudes impensadas.
Observando as imagens produzidas durante as aulas e verificando as
mudanças gradativas do espaço escolar após a implantação do projeto horta/jardim
suspensos, possibilitará aos professores de Geografia uma análise aprofundada de
vários assuntos do seu planejamento.
Atividades:
1. Para começar a atividade acesse no Portal Diaadiaeducação o link: <http://www.nre.seed.pr.gov.br/apucarana/arquivos/File/CRTE/tutorialslides.pdf>.
2. Após analisar criteriosamente os tutoriais, produza seus próprios slides envolvendo o Projeto “Porque não fazer uma horta/jardim suspensos no CEEBJA de Apucarana”. Cada equipe poderá abordar uma etapa e no final será mostrada a sequência do trabalho como um todo.
3. Elabore charges, caricaturas, vídeos/slides envolvendo a implantação do projeto e o cultivo de plantas em jardins suspensos pela comunidade escolar do CEEBJA.
PEQUENAS IDEIAS PODEM MUDAR O MUNDO. PORQUE NÃO COMEÇAR NAS ESCOLAS?
Imagens dos espaços do CEEBJA de Apucarana antes do projeto.
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Recurso complementar: Postar os trabalhos realizados em blogspost/ Facebook.
Figura 1: Entrada CEEBJA de Apucarana.
Fonte: SILVA, 2013.
Figura 2: Entrada CEEBJA de Apucarana
Fonte: SILVA, 2013.
Figura 3: Telhado Lavanderia CEEBJA
Fonte: SILVA, 2013.
Figura 4: Escada CEEBJA
Fonte: SILVA, 2013.
Figura 5: Telhado Lavanderia
Fonte: SILVA, 2013.
Figura 6: Corredor Salão CEEBJA
Fonte: SILVA, 2013.
Figura7: Sacada CEEBJA
Fonte: SILVA, 2013.
Figura 8: Paredes Lavanderia CEEBJA
Fonte: SILVA, 2013.
Figura 9: Janela salão CEEBJA
Fonte: SILVA, 2013.
Figura 10: Janela Cozinha CEEBJA
Fonte: SILVA, 2013.
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REFERÊNCIAS
AKATU Projeto de Educação Ambiental: Música: Sal da Terra. Disponível em: <projetoakatu.blogspot.com.br/2011/06/musica-sal-da-terra.html >. Acesso em 30/08/2013, 17h30min.
APRENDA a fazer. Horta Orgânica dentro de casa. Disponível em: <www.ecodese
nvolvimento.org/.../aprenda-a-fazer-uma-horta-organica-d>. Acesso em 21/08/2013, 09h43min.
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