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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica
Turma 2014
Título: “O ensino sistemático de ortografia como requisito para a reflexão sobre
a escrita das palavras aos alunos do Ensino fundamental Fase II, na
Modalidade de EJA”.
Autor (a): SilvaAutor (a):Silvana Moreira Mendes
Disciplina/Área:
Língua Portuguesa
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos – CEEBJA
Município da escola: Wenceslau Braz
Núcleo Regional de Educação: Wenceslau Braz
Professor Orientador: Ms.Jaqueline Aparecida dos Santos Dutra
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG
Relação Interdisciplinar:
A ortografia está presente em todas as áreas da educação, desta maneira ela não é de responsabilidade apenas do professor de Língua Portuguesa, concebendo então, que este trabalho está compreendido em todas as disciplinas que usam a linguagem como recurso para apresentar seus conteúdos.
Resumo Resumo: Esta Produção Didático-pedagógica pretende desenvolver um ensino de ortografia de maneira sistematizada, com oportunidades de reflexão sobre as dificuldades apresentadas pelos alunos do Ensino Fundamental Fase II, na Modalidade de EJA no que se refere à escrita das palavras com momentos de análises nas regras ortográficas ou observando a sua formação através do som das letras. Entende-se que esta metodologia poderá diminuir os desvios ortográficos de maneira gradativa e sutil, permitindo que o aluno internalize o
conhecimento através de atividades simples e constantes, efetivando a aprendizagem, em resumo que ele aprenda sem decorar, mas porque percebeu a organização de cada palavra e possa assim, ser introduzido no mundo da escrita.
Palavras-chave:
Ortografia, reflexão, aprendizagem.
Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico
Público:
Alunos do Ensino Fundamental Fase II de EJA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDÊNCIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO - DIRETORIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS- PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Produção Didático-pedagógica
Caderno do Professor
Silvana Moreira Mendes
Wenceslau Braz
2014
Agradeço à Santíssima Trindade.
“Foram incontáveis as vezes que recorri ao Espírito Santo para que me orientasse
na produção deste material”.
“Dedico este trabalho a minha família pela compreensão, paciência e incentivo,
ingredientes indispensáveis para a elaboração deste projeto”.
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 9
OBJETIVO GERAL ...........................................................................................................................9
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...........................................................................................................9
ALGUMAS INFORMAÇÕES TEÓRICAS .............................................................................. 9
REGULARIDADES ............................................................................................................. 11
Casos de regularidades contextuais ........................................................................................... 11
Casos de regularidades morfológico–gramaticais .................................................................... 12
IRREGULARIDADES .......................................................................................................... 13
RESULTADOS ESPERADOS ............................................................................................. 15
Unidade I ............................................................................................................................ 16
Aula 01 ............................................................................................................................................. 17
Oralidade e escrita ..................................................................................................................... 19
Aula 02 ............................................................................................................................................. 22
Sons de R .................................................................................................................................... 23
Aula 03 ............................................................................................................................................. 28
Sons de G e J ............................................................................................................................. 29
Aula 04 ............................................................................................................................................. 37
Sons de Z ..................................................................................................................................... 38
Aula 05 ............................................................................................................................................. 41
Sons de k ..................................................................................................................................... 42
Aula 06 ............................................................................................................................................. 45
Sons de S .................................................................................................................................... 46
Aula 07 ............................................................................................................................................. 51
Som nasal .................................................................................................................................... 51
Aula 08 ............................................................................................................................................. 56
Contradança ................................................................................................................................ 60
L lh ................................................................................................................................................ 65
Aula 09 ............................................................................................................................................. 66
Sons de X .................................................................................................................................... 67
X CH ............................................................................................................................................. 67
X com som KS ............................................................................................................................ 68
Unidade II ........................................................................................................................... 70
O uso do dicionário .................................................................................................................... 73
Aula 11 ............................................................................................................................................. 82
Colocando em prática ................................................................................................................ 83
Bibliografia ......................................................................................................................... 87
Identificação
Autor (a):
Silvana Moreira Mendes
Orientador (a):
Ms. Jaqueline Aparecida dos Santos Dutra
Colaboradores:
Ana Maria de Souza (Texto “AS COISAS NÃO SÃO BEM O QUE PARECEM”)
Franciely Ayme (Ilustração)
Área PDE:
Língua Portuguesa
NRE:
Wenceslau Braz
Escola de Implementação:
Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos
Público Alvo:
Alunos do Ensino Fundamental fase II, na Modalidade de EJA
Tema:
A aquisição da escrita e o ensino da ortografia.
Título:
“O ensino sistemático de ortografia como requisito para a reflexão sobre a escrita
das palavras aos alunos do Ensino Fundamental Fase II, na Modalidade de EJA.”
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APRESENTAÇÃO
Professor, tendo em vista a grande dificuldade apresentada em relação à
ortografia é que foi realizado este trabalho, buscando auxiliar o aluno a refletir sobre
a escrita das palavras e solucionar um problema que, muitas vezes, impede o aluno
jovem e adulto de se sentir inserido no mundo letrado.
OBJETIVO GERAL
Levar o aluno a compreender os princípios gerativos da norma ortográfica de
maneira reflexiva e não decorar as regras, sendo que isto será um instrumento de
inserção do sujeito no mundo letrado.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Levar o aluno a refletir sobre a organização das palavras através do som das letras
que a compõem;
- Desenvolver no aluno a capacidade de refletir sobre a organização da palavra
antes de escrever, quando ele tem alguma dúvida sobre a grafia correta;
- Possibilitar que o aluno compreenda as regras sem decorá-las;
- Desenvolver o hábito de consultar o dicionário para observar a escrita correta, o
significado e o uso das palavras;
- Estimular o aluno a perceber os problemas notacionais da língua para que ele seja
capaz de realizar uma avaliação sobre a sua escrita;
- Mostrar ao aluno que a produção do seu texto está ligada à escrita correta das
palavras e que intenção textual depende da compreensão do que está escrito.
ALGUMAS INFORMAÇÕES TEÓRICAS
A língua portuguesa possui um sistema de escrita formado a partir do
alfabeto em que as letras são unidades sonoras das palavras. Cada letra deveria
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apresentar um único som, mas na prática isto não acontece. É neste ponto que
surgem as dificuldades ortográficas.
O nosso alfabeto é composto por 26 letras e 33 fonemas, sendo que, do
ponto de vista fonético, organiza-se com 12 vogais, 2 semivogais e 19 consoantes.
Desta maneira podemos dizer que as letras são símbolos que representam sons da
fala, que são conscientizados através da percepção auditiva, discriminando as
diferenças linguísticas que possibilitam a escolha da letra certa para simbolizar cada
som e escrever a palavra.
Para Miriam Lemle (2002)
[...] só será capaz de escrever aquele que tiver a capacidade de perceber as unidades sucessivas de sons da fala utilizadas para enunciar as palavras e de distingui-las conscientemente umas das outras. [...] a análise a ser feita pela pessoa é bem sutil: ela deve ter consciência dos pedacinhos que compõem a corrente da fala e perceber as diferenças de som pertinentes à diferença de letras. (LEMLE, 2002, p. 09)
Neste caso, o professor deve, a priori, instigar o aluno a perceber a
organização da palavra através do som de cada letra, e assim, concluir a escrita
analisando a organização do vocábulo. Este sistema deve ser adotado em todas as
vezes que se perceber a dificuldade do aluno em relação à ortografia.
Também devemos explorar outras possibilidades para descobrir a natureza
do sistema de escrita.
Para Rego e Buarque (2005),
Uma boa parte das regularidades presentes na ortografia do português são
de natureza mais complexa e exigem não só análises mais sutis das
correspondências grafo fônicas e da tonicidade das vogais, bem como que
a atenção do usuário seja deslocada para outros níveis de análise da
língua, tais como a morfologia e a sintaxe. (REGO e BUARQUE, 2005, p.
23).
Neste momento podemos fazer uso das regras ortográficas considerando a
regularidade da escrita como algo a ser compreendido e, quando nos casos de
irregularidades, fazer uso do dicionário, pois se há uma inexistência de regras, faz-
se necessário a memorização da escrita correta. É muito importante que façamos a
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substituição do treino pela reflexão. O aluno deve ser formado para adquirir
autonomia e ter capacidade de prever o erro.
Durante o processo de ensino e aprendizagem é irrefutável a promoção de
discussões referentes à estrutura da palavra. Devemos trabalhar com a possibilidade
de que a semântica e a morfologia orientam a escrita correta. Neste processo, o
conhecimento prévio do aluno é muito importante, e não menos importante que isso,
é o fato de que ele também formula hipóteses sobre a organização das palavras.
Esse momento deve ser o início de uma pesquisa em que professor e aluno
trabalharão juntos para analisar a língua e suas dificuldades.
Para o desenvolvimento deste trabalho é necessário o conhecimento das
dificuldades ortográficas e como elas estão organizadas. Este será um meio de
apoiar o trabalho do professor que segundo Morais (2008),
São decisões pedagógicas e atividades que visam a situar a ortografia para o aluno como um objeto de conhecimento. Isto é, como algo que se examina, que se “cascavilha” sem culpa e que se internaliza por meio da reflexão (e não da mera cópia). (MORAIS, 2008, p. 10)
As dificuldades ortográficas que trataremos aqui estão pautadas nas
Regularidades e Irregularidades das palavras. No que concerne às regularidades
trataremos dos casos de Regularidades Contextuais e Regularidades Morfológico–
Gramaticais. Os quadros que serão apresentados a seguir são apresentados por
Artur Gomes de Morais em “Ortografia: ensinar e escrever”, 2008, p. 31- 33- 35.
REGULARIDADES
Casos de regularidades contextuais
O contexto define qual letra (ou dígrafo) será usada na relação letra-som
nestes casos.
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Casos de regularidades contextuais
Os principais casos de correspondência regulares em nossa ortografia são:
O uso do R ou RR em palavras como “rato”, “porta”, “honra”, “prato”, “barata” e “guerra”;
O uso do G ou GU em palavras como “garoto” e “guerra”;
O uso do C e QU, notando o som /k/ em palavras como “capeta” e “quilo”;
O uso do J formando sílabas com A, O e U em palavras como “jabuti”, “ jogada” ou “cajuína”;
O uso do Z em palavras que começam “com o som de Z” (por exemplo, “zabumba”, “ zinco”,etc.);
O uso do S no início das palavras, formando sílabas com A, O e U como em “sapinho”, “sorte”, e “sucesso”;
O uso de O ou U no final de palavras que terminam “com o som de U” (por exemplo, “bambo”, “bambu”);
O uso de E ou I no final de palavras que terminam “com o som de I” (por exemplo, “perde”, “perdi”);
O uso de M, N, NH ou ~ para grafar todas as formas de nasalização de nossa língua (em palavras como “campo”, “canto”, “minha”, “pão”, “maçã”, etc.)
Casos de regularidades morfológico–gramaticais
Nos casos a seguir, a segurança é adquirida na compreensão de regras, no
momento em que há compreensão não há necessidade de memorizar a organização
ortográfica.
Casos de regularidades morfológico–gramaticais presentes em
substantivos e adjetivos
Exemplos de regularidade morfológico-gramatical observados na formação de
palavras por derivação:
“portuguesa”, “francesa” e demais adjetivos que indicam o lugar de origem se escrevem com ESA no final;
“beleza” e “pobreza” e demais substantivos derivados de adjetivos e que terminam com o seguimento sonoro /eza/ se escrevem com EZA;
“português”, “francês” e demais adjetivos que indicam o local de origem se escrevem com ÊS no final;
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“milharal”, ”canavial”, ”cafezal” e outros coletivos semelhantes terminam com L;
“famoso”, ”carinhoso”, ”gostoso” e outros adjetivos semelhantes se escrevem com S;
“doidice”, ”chatice”, ”meninice” e outros substantivos terminados com o sufixo ICE se escrevem sempre com C;
Substantivos derivados que terminam com os sufixos ÊNCIA, ANÇA e ÂNCIA também se escrevem sempre com C ou Ç ao final (por exemplo, “ciência”, “esperança” e “importância”).
Casos de regularidades morfológico-gramaticais presentes nas flexões
verbais
As regras morfológico-gramaticais se aplicam ainda a vários casos de flexões
dos verbos que causam dificuldades para os aprendizes.
Eis alguns exemplos:
“cantou”, ”bebeu”, ”partiu” e todas as outras formas da terceira pessoa do singular do passado (perfeito do indicativo) se escrevem com U no final;
“cantarão”, ”beberão”, ”partirão” e todas as formas da terceira pessoa do plural no futuro se escrevem com ÃO, enquanto todas as outras formas da terceira pessoa do plural de todos os tempos verbais se escrevem com M no final (por exemplo, “cantam”, “cantavam” , “bebam” , “beberam” );
“cantasse”, “bebesse”, “dormisse” e todas as flexões do imperfeito do subjuntivo terminam com SS;
Todos os infinitivos terminam com R (“cantar”, “beber”, “partir”), embora esse R não seja pronunciado em algumas regiões do nosso país.
IRREGULARIDADES
Nos casos de irregularidades não há uma regra que direcione o aluno na
escrita das palavras. Nestas situações o uso do dicionário é o mais indicado para
escrever com segurança. Outro ponto importante é expor o aluno a escrita correta
das palavras para que ele apreenda em sua memória a imagem fotográfica do
correto.
As palavras irregulares se concentram na escrita:
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Do “som do S” (“seguro”, “cidade”, “auxílio”, “cassino”, “piscina”, “cresça”,
“giz”, “força”, “exceto”);
Do “som do G” (“girafa”, “jiló”);
Do “som do Z” (“zebu”, “casa”, “exame”);
Do “som do X” (“enxada”, “enchente”);
Mas envolvem, ainda, por exemplo:
O emprego do H inicial (“hora”, “harpa”)
A disputa entre E e I, O e U em sílabas átonas que não estão no final das
palavras (por exemplo, “cigarro” / “seguro”; “bonito”/ “tamborim”);
A disputa do L com o LH diante de certos ditongos (por exemplo, “Júlio” e
“julho”, “família” e “toalha”);
Certos ditongos da escrita que têm pronúncia “reduzida” (por exemplo,
“caixa”, “madeira”, ”vassoura”, etc.).
Durante a organização deste trabalho poderemos estabelecer a comparação
entre regulares e irregulares para uma melhor compreensão dos princípios
organizacionais das palavras.
Outro fator importante a ser analisado neste trabalho é a relação oralidade e
escrita. Não existe proximidade entre ambas devido à infidelidade fonética quando
se trata de língua escrita. Desta maneira, a observação de que falar é diferente de
escrever, deve ser a introdução do ensino de ortografia, onde o aprendiz deve iniciar
a observação da relação entre sons e letras.
É importante que os usuários da língua portuguesa tenham uma norma a
seguir. Do contrário, se cada um escrevesse de acordo com o seu falar, com
características regionais de oralidade, ou mesmo seguindo o dialeto de um grupo
social, a escrita teria tantas formas que seria impossível haver uma uniformização da
língua.
As normas ortográficas fazem com que exista uma única forma de escrever.
Isso nos permite ler os textos que circulam em nosso meio.
Na escrita existem regras que são diretrizes. Mas na oralidade as regras
podem ser rompidas, o importante é a comunicação. O falar sofre influência regional,
social e cultural, por isso encontramos diferentes sons na pronúncia de uma mesma
palavra determinando a procedência do falante, sua condição social e cultural.
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RESULTADOS ESPERADOS
Para concluir, a produção deste material foi pensada para libertar o aluno de
decorar regras. Espera-se que ao final da implementação na escola, os alunos que
tiveram contato com as atividades da Produção Didático – pedagógica sejam
capazes de refletir sobre a organização das palavras tomando como base o som das
letras e observando a estrutura das palavras. Outrossim, podemos, também
relembrar algumas regras. Mas isto deve ser de maneira consciente, porque
compreendeu a formação da palavra a partir de determinada regra. Que o aluno seja
capaz de escrever de maneira espontânea e tenha autonomia na escrita a ponto de
fazer a sua autoavaliação, desconfiando da sua produção: se está correta ou não.
Em relação ao trabalho do professor, ao utilizar este material, espero que
estabeleça a dúvida. Não é necessário trazer respostas, mas instigar o educando a
fazer descobertas e durante este processo realizar, juntamente com ele, pesquisas
em busca de soluções para os questionamentos colocados durante as aulas. Mostre
a todo instante que devemos refletir sobre aquilo que estamos estudando e não é
preciso que ele dê respostas aleatórias na espera que o professor responda de
maneira correta, sem ter significação para o aprendizado. Isto é o que percebe-se
neste aluno que frequenta a escola atualmente. Para ele quando se faz um
questionamento, não há, da sua parte, compromisso em encontrar a resposta certa.
Fica aguardando a resposta correta através do professor e não aproveita a
informação. Enquanto que ao realizar uma pesquisa se sentirá autor da sua
aprendizagem e irá memorizar a nova informação.
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Unidade I
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Aula 01
Tempo estimado para o desenvolvimento deste conteúdo - 02 h/a.
Professor, durante o desenvolvimento do conteúdo da Produção Didático-
pedagógica, será enfatizado a todo instante, a reflexão sobre a organização das
palavras.
Vamos iniciar o trabalho falando sobre a diferença entre falar e escrever e
esperamos que o aluno compreenda a necessidade de adequação ao momento da
comunicação. Ao apresentar o texto “Quem for mineiro, leia; quem não for,
tente:” é o momento de tratar da especificidade da fala em que não há erro e sim
características regionais ou socioculturais. Mas esclareceremos que ao escrever
devemos tomar o cuidado de não cometer erros, assim este material contempla
algumas regras sobre a escrita com a expectativa de auxiliar o aluno na
compreensão da organização de algumas palavras. Durante todo o desenvolvimento
das aulas deverá ser instigada a dúvida e questionamentos sobre a escrita das
palavras. Devem ser usadas expressões como:
“Será que esta palavra está escrita de maneira adequada?”
“Como será a escrita desta palavra?”
- O início desta aula se dará com a apresentação do texto Quem for mineiro,
leia; quem não for, tente: ;
- Após a leitura reflita com o aluno sobre a oralidade: como falamos, as letras
que omitimos, a trocas que fazemos como E/I ou O/U;
-Apresente ao aluno as regras que determinam a terminação das palavras se
E/I ou O/U;
- Reflita sobre as variações linguísticas que podem apresentar-se de várias
maneiras como regional, sociocultural e, também a mudança linguística que é o
fenômeno da mudança da língua ao longo do tempo.
- A seguir proponha ao aluno a reescrita do texto, adequando-o às normas da
escrita.
A avaliação será contínua e processual, porque acontecerá durante o
processo ensino-aprendizagem; formativa, porque todos os envolvidos tomam
consciência sobre o seu desenvolvimento e seu fracasso na aquisição do
conhecimento e buscam melhorar o seu desempenho, criando condições para que o
aprendizado se efetive.
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Na produção textual apresente ao aluno critérios de avaliação, nos quais ele
poderá se pautar e realizar uma autoavaliação.
Ficha para autoavaliação
Escrevi um texto adequando-o à norma padrão?
Organizei as ideias em parágrafos?
Interpretei de maneira coerente o que estava escrito de forma coloquial?
Estive atento a escrita das palavras estudadas nesta unidade?
Critérios a serem avaliados
Adequação ao gênero textual (texto narrativo)
Criatividade
Coesão e coerência
Adequação à linguagem
Baseado em atividades do livro didático Trabalhando com a Linguagem, 6º ano , Givan Ferreira...[et al] Quinteto Editorial,2006
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Oralidade e escrita
Quem for mineiro, leia; quem não for, tente:
Sapassado, era sessetembro, taveu na cuzinha tomano uma pimcumel e
cuzinhano um kidicarne com mastumate pra fazê uma macarronada com
galinhassada.
Quascaí de susto quando ouvi um barui vino de dendo forno pareceno
um tidi guerra. A receita mando pô midipipoca denda galinha prassá.
O forno isquentô, ia galinha isprudiu!
Nossinhora! Fiquei branqui nem um li di leiti.
Foi um trem doidi mais.
Quascaí dendapia! Fiquei sensabê doncovim, oncotô, poncovô.
Oi procê. Qui loucura!
Grazadeus ninguém maxucô.
(texto que circula na internet)
Delmanto, Dileta/Castro, Maria da Conceição. Português: ideias & linguagens. 6º ano. Livro Didático.2009, p. 65
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Observe a palavra leiti em destaque no texto. Ela está escrita exatamente como se
fala. Palavras escritas desta maneira indicam que ocorre variação de pronúncia que
se intensificam em palavras terminadas com “O” que são pronunciadas com “U” e
palavras terminadas com “E” que são pronunciadas com “I”.
Ex: menino – meninu
quente – quenti
Observe que quando a sílaba mais forte está no fim da palavra ela é escrita com “I”.
Exemplo: jabuti, saci.
Quando a sílaba mais forte estiver no início ou no meio, coloca-se “E” no final.
Exemplo: doce, gente.
A mesma regra é aplicada para a letra “O” e “U” que quando a sílaba mais forte está
no fim da palavra ela é escrita com “U”.
Exemplo: tatu, maracatu.
Quando a sílaba mais forte estiver no início ou no meio, coloca-se “O” no final.
Exemplo: pato, mato.
Vamos praticar o que aprendemos?
Reescreva o texto “Quem for mineiro, leia; quem não for, tente:” passando da
oralidade para a escrita.
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Lembre-se: A escrita exige normas. Então fique atento. escrita.
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Aula 02
Tempo estimado para o desenvolvimento deste conteúdo - 04 h/a.
Professor, durante o desenvolvimento do conteúdo da Produção Didático-
pedagógica, será enfatizado a todo instante, a reflexão sobre a organização das
palavras.
- Mostre ao aluno que a relação letra-som da letra R está relacionada ao contexto,
isto é, ao escrever a palavra será definido que letra usar.
Ex.: Caro ou carro?
- Apresente ao aluno as possibilidades de uso da letra R:
R forte: no início da palavra (Rato), no começo de sílabas precedidas de
consoante (genRo), no final de sílabas (poRta), e quando entre vogais devemos
duplicá-los (baRRo);
Para registrar o som de R brando usamos um só R (caReca, bRaço).
- Apresente ao aluno o que é o Trava Língua, mostre suas características e
curiosidades;
- Apresente o Texto Narrativo. Durante a apresentação, oriente o aluno sobre os
elementos que compõem uma narrativa.
Na produção textual apresente ao aluno critérios de avaliação, nos quais ele poderá
se pautar e realizar uma autoavaliação.
Ficha para autoavaliação
Escrevi um texto com enredo, personagens e indicando um tempo e um
lugar onde aconteceu?
Organizei as ideias em parágrafos?
Minha história tem título, começo, meio e fim?
Estive atento a escrita das palavras estudadas nesta unidade?
Critérios a serem avaliados
Adequação ao gênero textual (texto narrativo)
Criatividade
Coesão e coerência
Adequação à linguagem
Baseado em atividades do livro didático Trabalhando com a Linguagem, 6º ano , Givan Ferreira...[et al] Quinteto Editorial,2006
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Sons de R
Leia o texto a seguir.
Diz meu pai, que família é como ouriço. Quando chega o inverno todos se
juntam e ficam bem pertinho um do outro para se aquecer. Então os espinhos
começam a cutucar a medida que a temperatura vai subindo e os animais começam
a se mexer. Isto machuca os integrantes do grupo e para se proteger se afastam.
Logo começa a esfriar e se juntam novamente.
Para ele, as famílias se comportam da mesma maneira. Quando ficam
próximos, começam a se alfinetar e provocam mágoas uns nos outros. Então ficam
afastados por um tempo, depois voltam a se encontrar novamente. Assim passa um
inverno e outro e as famílias escrevem suas histórias de aproximação e
afastamento.
Silvana Moreira Mendes.
Observe as palavras destacadas no texto, reflita sobre o emprego da letra “R” e os
vários sons que podemos pronunciar ao fazer uso delas.
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Como deve ser o uso do R ou RR nas palavras que
nomeiam as figuras a seguir?
Baseado na atividade encontrada no link abaixo http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15800
___cachorro___barraca______ferradura_____rei____relógio_________________________________
rato______ferro___torre_____guitarra____laranja_________________________________________
peru____mamadeira____carroça__________________________________________________
barata____garrafa___arara___régua_______________________________________________
__tesouro____rosa______vassoura___robô___________________________________________
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Professor, mostre ao aluno que o som do “R” forte acontece quando é usado “R” no início, no meio com “RR , após consoante como em Genro – “NR”
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Escreva com suas palavras por que você acredita que a letra R foi usada desta
maneira. Indique também o som que ela produz se forte, fraco ou tremido:
Certa
“R forte” no final de sílaba.
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Prato:
“R” tremido ou brando entre uma consoante e uma vogal
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Guerra:
“R forte”, quando usado entre vogais o “R” deve ser duplicado.
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Rato:
“R forte” no início da palavra
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Honra:
“R forte” no começo de sílaba precedido de consoante
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Barata:
“R” tremido ou brando entre duas vogais.
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Você sabia?
Todo verbo no infinitivo é terminado com R veja
amaR cantaR bebeR partiR sorriR
Vamos praticar o que aprendemos?
A partir do trava-língua “O rato roeu a roupa do rei de Roma e a rainha ficou roxa de raiva” produza uma narrativa contando como foi que tudo aconteceu. Aproveite para pôr em prática as palavras que você aprendeu nesta atividade refletindo sobre a organização de cada uma.
Vieira, Maria das Graças/ Figueiredo Regina. Ler,
entender, criar – Livro Didático. 2004, p.7
Lembre-se: Uma narrativa acontece em um lugar, durante um determinado
tempo, tem personagens e enredo. É uma história que é contada por alguém: o narrador. O narrador pode contar e participar da história, quando é narrador personagem e pode contar a história de alguém, quando é narrador observador.
Não esqueça o título
Professor, apresente aos alunos as normas de produção do Texto Narrativo.
Os trava-línguas são uma modalidade de parlenda, mas ordenados de tal forma que sua pronúncia se torna muito difícil. “Iniciam sempre por: “diga três vezes” ou “repita depressa”. Apresentam conteúdo moral comuns a todos os grupos sociais. .
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Atenção professor
Apresentar ao aluno as normas de produção do Texto Narrativo .
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Aula 03
Tempo estimado para o desenvolvimento deste conteúdo - 06 h/a.
Professor, nesta unidade estaremos refletindo sobre o som de G e J.
- Após a leitura do texto, mostre aos alunos as palavras escritas com som de G e o
que acontece se tirarmos a letra U das palavras guerra e guitarra. Terá o mesmo
som? Este é o momento do aluno observar que estas letras produzem sons
diferentes e ao empregá-las devemos refletir sobre qual som queremos, para então
decidirmos sobre a escolha da letra;
- Auxilie o aluno a pesquisar palavras com som de Ga gue gui Go Gu;
- Apresente ao aluno as regras que orientem a escrita de palavras com “G” ou “J”
- Apresente ao aluno as formas verbais escritas com “J”;
- Informe ao aluno sobre as características do Texto Descritivo e como ele é
empregado na produção da Autobiografia.
- Apresente ao aluno as características dos textos autobiográficos.
Na produção textual apresente ao aluno critérios de avaliação, nos quais ele poderá
se pautar e realizar uma autoavaliação.
Ficha para autoavaliação
Escrevi um texto com detalhes importantes sobre mim?
Organizei as ideias em parágrafos de maneira a facilitar a compreensão?
Minha história tem título e responde a todas as perguntas do roteiro?
Estive atento a escrita das palavras estudadas nesta unidade?
Critérios a serem avaliados
Adequação ao gênero textual (texto autobiográfico)
Criatividade
Coesão e coerência
Adequação à linguagem
Baseado em atividades do livro didático Trabalhando com a Linguagem, 6º ano , Givan Ferreira...[et al] Quinteto Editorial,2006
29
Sons de G e J
Leia o texto a seguir:
Coisas da Vó Batista
Certa vez, minha vó, a vó Batista, levou seus netos, o Júlio e a Suzana, para
Curitiba. Nessa época ela tinha mais ou menos uns oitenta anos. A cabeça tão
branca quanto uma paina. Era magrinha e não se apurava com nada. Era costume
dela ir pra capital, mas sempre sozinha. Tinha disposição, sabedoria e muita vontade
de bater perna. Toda viagem que ela fazia era para visitar sua filha, no Jardim
Paranaense. Neste dia ia para a casa de sua neta, a Zeca, em outro bairro, que ela
dizia saber ir, no entanto não tinha o endereço.
Os acompanhantes dela perguntaram:
----Vó, a senhora tem certeza que sabe ir à casa da Zeca?
Ela mais que depressa disse:
----Ih! Eu ando por aqui tudo!
Então, entraram no ônibus, no “alimentador”, aquele que vai do centro aos
bairros. O Júlio e a Suzana sentaram-se juntos em um banco mais afastado. Com
medo de passar vergonha. A vó, mais que depressa se sentou ao lado de uma
garota e iniciou uma amizade. Neste instante, seus netos, percebendo o que ia
acontecer, pensaram...
“Só falta a vó perguntar onde mora a Zeca”
Não deu outra. Ela iniciou dizendo:
30
----Você conhece a Zeca? Aquela que veio de Santana (Santana do Itararé,
cidade de origem de todos os envolvidos nesta história, inclusive eu). Sabe, ela mora
num lugar que tem uma árvore bem grande e a foto de um homem de zorba (neste
caso a marca se tornou modelo). E continuou dizendo:
----Ela é ‘fia’ da Beatriz. Você conhece?
O Júlio e a Suzana indignados diziam um ao outro:
----Ai, meu Deus, a vó me mata de vergonha!
Enquanto isso, a moça, já sabendo até o nome da vó Batista, pois estavam
íntimas pelo assédio da tão insistente velhinha, responde:
---Dona Batista, eu conheço sim a Zeca. Ela mora em frente ao meu
apartamento...
Coisas da vó Batista. E ai se a gente contestasse com ela, era a maior
guerra.
Silvana Moreira Mendes.
Leia as palavras garota, gota, guri, guerra, guitarra e observe o som produzido
pela união das letras ga-go-gu e pelo som produzido pela união das letras gue –
gui.
Como ficou o som delas?
Apresentaram som semelhante
_______________________________________________________________
O que acontece se tirarmos a letra u das sílabas? Teremos o mesmo som?
Não, o “G” terá som de “J”.
_______________________________________________________________
Dê exemplos de palavras escritas com
GA GO GU
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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GUE GUI
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Na frase:
Toda viagem que ela fazia era para visitar sua filha, no Jardim Paranaense.
O que as palavras destacadas têm em comum?
O som da letra “J”
______________________________________________________________
A letra “G” tem som de “J” quando está antes das vogais “E” e “I”.
Esta é a causa de muitas dúvidas na hora da escrita.
Você conhece alguma regra que oriente a escrita de palavras com “G” ou “J”?
_______________________________________________________________
Vamos conhecer algumas?
Usamos a letra “g” em substantivos que:
Terminam em –ágio, - égio, - ígio, -ógio, - úgio.;
Terminam em –agem, -igem, - ugem;
Nas palavras que se formam a partir de outra escrita com g. Ex: imagem –
imaginação, imaginar.
Faça uma pesquisa e escreva uma palavra para cada regra que foi apresentada.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
32
Socorro!! E quando eu uso a letra “J”?
Nas palavras derivadas de outras que são escritas com “J”;
Nas palavras que terminam em – aje.
Observe as palavras a seguir e fique atento para as terminações em destaque.
Laje ultraje traje
Qual é a regra aplicada a estas palavras?
Usa-se a letra “J” em palavras terminadas em aje_______________________________________
Faça um quadro com palavras escritas com “G” e “J” e que tenham o mesmo som.
Palavras com G Palavras com J
33
Escreva, para cada palavra, duas palavras derivadas:
jeito _______________________________________________________
sujo_______________________________________________________
laranja _____________________________________________________
joia________________________________________________________
sujeito_____________________________________________________
jardim______________________________________________________
Atividade extraída do livro didático Diálogo p.238, 6ª série
Leia as frases a seguir:
“Viaje de ônibus. É mais barato”.
“Boa viagem”
Você sabia? A palavra viagem é um substantivo e a palavra viaje é um verbo.
Assim as formas verbais deste verbo também são escritas com “J”
Preencha com as formas verbais pedidas o seguinte quadro:
Viajar que ele ______viaje___________ que eles ____viajem___________
Dirigir que ele ______dirija___________ que eles ____dirijam___________
Arranjar que ele ____arranje__________ que eles _____arranjem_________
Planejar que ele ____planeje__________ que eles _____planejem_________
Agir que ele ________aja____________ que eles _____ajam___________
Eleger que ele ______eleja___________ que eles _____elejam__________
Atividade extraída do livro didático Trabalhando a linguagem, 6ª serie. P 174.
34
Vamos praticar o que aprendemos?
Você observou como foi descrita a Vó Batista?
Produza um texto apresentando suas características pessoais físicas e psicológicas.
A este gênero textual damos o nome de Autobiografia. Siga o roteiro a seguir,
depois use as respostas para a produção do texto descritivo. Durante a produção
use algumas palavras de cada exemplo que foi dado nos exercícios anteriores e
aproveite para usar o “G” e o “J”.
ROTEIRO:
Apresente-se...
1) Seu nome
_______________________________________________________________
2) Tem algum apelido? Gosta dele?
_______________________________________________________________
3) Local de nascimento...
_______________________________________________________________
4) Dia, mês e ano de nascimento...
_______________________________________________________________
5) Rua onde mora...
_______________________________________________________________
6) Nome do pai...
_______________________________________________________________
7) Nome da mãe...
_______________________________________________________________
8) Avós paternos...
_______________________________________________________________
9) Avós maternos...
_______________________________________________________________
10) Suas características físicas...
a) cor dos olhos...
_______________________________________________________________
b) Cor dos cabelos...
_______________________________________________________________
35
c) Altura________________________ Peso____________________________
11) Preferências...
a) Coisas de que mais gosta
_______________________________________________________________
b) O que detesta?
_______________________________________________________________
12) Tem medo de quê?
_______________________________________________________________
13) Um sonho seu...
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
14)Seu esporte preferido...
_______________________________________________________________
15) Artistas ou esportitas preferidos...
________________________________________________________________
16) Que carreira pretende seguir? Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
17) No que o estudo pode contribuir para que você alcance o objetivo da questão
anterior?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Professor, apresente
aos alunos as normas de produção do Texto Autobiográfico
36
PRODUÇÃO DE TEXTO
_______________________________
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___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
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Aula 04
Tempo estimado para o desenvolvimento deste conteúdo - 02h/a.
Professor, nesta unidade observaremos o som de Z. É o momento de alertar o aluno
para o fato de que só teremos o som de Z no início da palavra usando a letra Z.
- Mostre ao aluno que podemos ter o som de Z usando a letra S e a letra X;
- Apresente ao aluno as regras que orientam a escrita de palavras com som de Z.
- Oriente o aluno a ler em voz alta tentando memorizar as palavras do quadro e
quando for transcrever cubra o quadro com um papel para observar quantas
palavras acertou;
- Informe o aluno que quando a palavra possui em seu radical a letra S todas as
palavras derivadas serão escritas com S, do contrário será grafada com a letra Z;
- Alerte os alunos para o uso do S nos adjetivos pátrios, enquanto usamos o Z para
os adjetivos substantivados como beleza, pobreza, etc.
38
Sons de Z
No texto “Coisas da Vó Batista” você conheceu a personagem Zeca. Este nome é a
redução do nome Maria José. Podemos também escrever outro nome bastante
conhecido com a letra Z que é o nome do grande jogador de futebol o Zico, seu
nome verdadeiro é Artur Antunes Coimbra.
E você conhece outros nomes com a letra Z? Faça uma lista de nomes que iniciam
com esta letra.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Escreva todas as palavras que você conhece que são iniciadas com a letra Z.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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___________________________________________________________________
Não esqueça!! Todo nome próprio
É iniciado por letra Maiúscula
Professor, mostre ao aluno que podemos ter o som de Z com diferentes letras desde que estejam entre vogais, entretanto, o som inicial de Z só conseguimos com esta letra.
39
As letras S e X também apresentam o som de /z/. Veja os exemplos a seguir:
Leia em voz alta as palavras do quadro abaixo e transcreva as palavras para outra
folha de papel, refletindo sobre a escrita de cada uma.
Vaso
exame
exemplo
exatidão
lazer
lisa
casa
existe
exibe
exército
resumo
exuberante
camiseta
casual
presente
visita
visão
exalar
peso
fase
Quantas palavras você acertou?_________________________________________
-sinho ou -zinho?
Cãozinho, mesinha? Tudo é diminutivo e uma palavra é com Z outra com S. O que
difere uma da outra?
Usamos S quando a palavra tem S na palavra primitiva onde é acrescentado o sufixo
-inho (a). Ex: mesa -mesinha
Nas outras palavras usamos -Zinho. Ex: pé – pezinho
Dê o diminutivo dos substantivos a seguir:
Lápis _____________________ anel ______________________
Bebê _____________________ café ______________________
Lousa ____________________ pires ______________________
40
Você sabia?
Os adjetivos com os sufixos -oso, -osa e os adjetivos pátrios com
sufixos -ês e –esa, também são escritos com S, mas têm o som de
/Z/.
Ex: gostoso – amorosa
Português – portuguesa
Organize um quadro de palavras que sejam escritas seguindo as regras
apresentadas acima.
41
Aula 05
Tempo estimado para o desenvolvimento deste conteúdo - 02h/a.
Professor, inicie a aula com leitura da piada e estimule os alunos a falarem sobre
suas dificuldades referentes a escrita. Será que alguém da turma teve uma
dificuldade semelhante à do Raimundo?
- Escreva no quadro as sílabas que representam CA CO CU, deixe de
propósito um espaço em branco e pergunte à turma como poderemos escrever para
completar o som de /k/ usando a letra E e I?
-Mostre ao aluno que o som de /s/ é adquirido usando o Ç ou colocando E ou I
posterior à letra C;
- Lembre-o de que nunca inicia uma palavra com Ç;
- Durante a atividade do jogo, crie um ambiente de estímulos à memorização
incentivando o aluno a internalizar a escrita correta das palavras;
42
Sons de k
Piada
Todo nordestino que se preza tem um Raimundo na família. Geralmente este
é chamado de “Mundinho”.
Zé Virgulino tinha um filho chamado “Mundinho”. Os dois moravam em São
Paulo e há muito tempo não visitavam a terra natal.
Certo dia, Zé Virgulino recebeu uma carta de sua mãe que ainda morava no
Nordeste. Ela questionava o porquê de Zé não aparecer para visitá-la.
Zé, atendendo ao chamado da mãe, mais que depressa pediu a “Mundinho”,
seu filho, que escrevesse uma carta comunicando que iriam vê-la nos próximos dias.
Ele disse a “Mundinho”:
__Escreve ai, Mundinho. “Mainha eu mais Mundinho vamo lhe visitá na sexta-
feira”.
“Mundinho” diante de uma grande dificuldade perguntou ao pai:
__Painho, sexta escreve com “C” ou “C” cidrila?
Zé Virgulino pensou um pouco e respondeu.
__Vamo no domingo.
Autor desconhecido
43
Na piada é clara a dificuldade do emprego de algumas letras. Neste contexto a
dificuldade estava relacionada ao uso do S. Vamos conhecer algumas regras que
envolvem C, Ç e S?
A letra C tem som de /k/ quando precede as vogais a, o, u.
Para ter o som da letra /k/ usando as vogais e ou i usaremos as letras QU.
A letra C tem som de /s/ quando precede as vogais e e i.
Quando é necessário ter o som de /s/ antes das vogais a, o, u a letra c assume a
forma Ç.
Jogo da memória
Observe as palavras do quadro que possam apresentar dúvidas enquanto à grafia
queijo
quiabo
jacaré
macaco
caqui
jaca
correr
pequeno
pouco
brincadeira
pequi
parque
quitanda
queimada
cachorro
corrida
ataque
basquete
quinta-feira
coração
quitute
calafrio
calamidade
cateterismo
Em seguida cubra o quadro com um papel e escreva as palavras que o (a) professor
(a) ditar.
44
Depois do ditado, confira o que escreveu com o quadro acima:
Reescrita do ditado
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
O que você percebeu ao escrever estas palavras?
A letra “C” acompanhada de “A” “O” e “U” e as letras “QU” acompanhadas de “E” ou “I” apresentam o mesmo som. Som de “K”
_______________________________________________________________
Você quer mais atividades? Confira o Link:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22680
Professor, mostre ao aluno que a letra C apresenta um som quando antecede as vogais a,o,u, . Quando o qu apresenta este mesmo som, ele vem precedido das letras e ou i.
45
Aula 06
Tempo estimado para o desenvolvimento deste conteúdo - 02h/a.
Professor, nesta unidade você vai apresentar ao aluno as possibilidades de uso da
letra S. Inicie apresentando todas as possibilidades de produzir este som, ou seja,
quais letras produzem este som?
- Comente que o uso das letras que representam o som /s/ faz parte das
irregularidades e que de maneira geral não há regras para seu uso;
- Mostre que nenhuma palavra começa com SS, SÇ, SC, ou XC;
- Peça a eles que falem palavras que apresentem as letras citadas anteriormente e
escreva-as no quadro negro.
- Quando estiver realizando a atividade com desenhos, fale o nome de cada figura
para que o aluno possa escrever em seu material;
- Mostre as regras presentes nesta unidade;
- Apresente o jogo à turma, ele vai permitir o aprendizado de forma lúdica. Antes de
iniciar o jogo explique aos alunos como será desenvolvido e o papel de cada um;
- Divida a sala em dois grupos e estimule-os a participar do jogo;
46
Sons de S
O uso do “S” com som de “S” só ocorre quando for no início da palavra. Quando
apresenta o som de “S” no meio da palavra é escrito com “SS”.
Também devemos observar a posição do “S” dentro da palavra.
Reflita sobre a colocação do “S” e classifique as palavras ditadas pelo professor:
sapo - sapato - cascudo - sete - vesgo - sacola - susto - mosca - nordestino - São Paulo - escrever - dias - pensou - sentou - conversa - transtorno - recursos - anseio - ansiedade - arsênico - balsa - bosque - cápsula - sítio S inicial _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ S no final de sílaba _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ S após a consoante, iniciando uma nova sílaba . _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
47
Observe os desenhos a seguir:
Classifique as palavras de acordo com as regras:
S no início da palavra ou no início da sílaba
___sapo_____sereia___hortênsia___________________________________________
C antes de E ou I
_____cerca______cinto___bicicleta__________________________________________
SS entre vogais
____girassol______professora___pássaro______________________________________
Você sabia?
que usamos S nos substantivos que são derivados dos verbos que terminam
em ENDER,VERTER e PELIR.
48
Veja os exemplos:
Apreender – apreensão
Suspender – suspensão
Converter – conversão
Expelir – expulsão
que usamos SS nos substantivos que são derivados dos verbos terminados
em GREDIR, MITIR, CEDER, CUTIR.
Veja os exemplos:
Agredir – agressão
Admitir – admissão
Exceder – excesso
Discutir – discussão
O som de S também é conseguido quando fazemos uso das letras SC, SÇ, XC.
Faça uma pesquisa em jornais, revista ou no dicionário e organize um banco de
palavras com as letras SC, SÇ, XC.
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49
Pra concluir o som de S podemos afirmar que ele pode ser representado por até dez
maneiras diferentes.
Observe:
S aci
Cida
caÇa
próXima
naSCer
creSÇo
eXCelência
paSSado
paZ
eXSudar
Você sabia?
As palavras terminadas com ICE são substantivos e as palavras
terminadas com ISSE ou SSE são verbos do Modo Subjuntivo.
Veja o exemplo abaixo:
E ai se a gente contestasse com ela, era a maior guerra.
Qual é a letra?
Vamos jogar um pouco?
Dividiremos a sala em dois grupos. Em cada grupo alguém
será escolhido para fazer as marcações do jogo. Quem
acertar marcará dois pontos, quem errar perderá um ponto.
Quem marcar o maior número de pontos, ganhará.
O jogo é da seguinte maneira: o professor escreverá as palavras no quadro e os
alunos deverão completar com as letras que estão faltando.
50
GRUPO 1
PA EIO IMEN O
E ELENTE ACRÉ IMO
A UNTO ALIAN A
ÉDULA ALI ERCE
DE O E ETO
SEI ENTOS DE IDA
FA A A OUGUE
ATERRI AGEM E EPCIONAL
GRUPO 2
MESM DOID
TRANSFER PREFER
MALUQU DISCUT
MED GULOD
APLAUD PED
TOL DENGU
VESGU OUV
VIGAR ABR
PROJETO BURITI: português/organizadora Editora Moderna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora
Moderna: editora responsável Marisa Martins Sanchez - 1ª ed.- São Paulo: Moderna, 2007, p.28-29.
ância - ência - ança - ença
Vamos observar os sufixos acima e escrever as palavras que contêm estas
terminações:
Os que esperam têm ______esperança_____________
Os que são pacientes têm ___paciência_____________
O que importa tem ______importância ____________
O que é constante tem _____Constância ____________
O que é ciente tem ________ciência _______________
O que tolera tem __________tolerância______________
O que é saliente tem _______saliência______________
O que crê tem ____________crença_______________
O que adoece tem ________doença_______________
Nasce com, é de _________nascença______________.
51
Aula 07
Tempo estimado para o desenvolvimento deste conteúdo - 02h/a.
Professor, você deve orientar o aluno sobre o que é Som Nasal. Fisicamente como é
produzido este som? Mostre a ele a diferença do som da letra M e N em relação à
nossa língua. Onde ela fica quando emitimos o som da letra M ou N? Esta
informação auxilia o aluno quando tiver dúvida sobre a letra a ser usada;
- Faça a leitura da receita e mostre a estrutura deste gênero textual;
- Estimule os alunos a falarem sobre receitas conhecidas por eles;
- Durante a atividade de escrita, estimule o aluno a escrever uma palavra para cada
regra antes de iniciar o ditado e assim ele pode ter uma base sobre a escrita das
palavras;
- Escreva no quadro palavras terminadas com AM e ÃO que indicam tempo e
pergunte aos alunos se eles sabem que tempo cada palavra indica;
Na produção textual apresente ao aluno critérios de avaliação, nos quais ele poderá
se pautar e realizar uma autoavaliação.
Ficha para autoavaliação
Escrevi um texto com todas as informações presentes neste gênero textual
(receita)?
Organizei as informações seguindo a estrutura do gênero receita?
Minha receita está clara e facilita a compreensão?
Estive atento a escrita das palavras estudadas nesta unidade?
Critérios a serem avaliados
Adequação ao gênero textual (receita)
Criatividade
Coesão e coerência
Adequação à linguagem
Baseado em atividades do livro didático Trabalhando com a Linguagem, 6º ano , Givan Ferreira...[et al] Quinteto Editorial, 2006
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Som nasal
PÃO
Ingredientes 2 colheres de fermento biológico seco 1 colher rasa de sal 1 xícara de açúcar 1 xícara de azeite 3 xícaras de leite morno Trigo até dar ponto de enrolar. Modo de fazer Coloque em uma bacia o fermento, o sal, o açúcar e três colheres de trigo. Misture bem estes ingredientes e acrescente o leite morno. Deixe a mistura descansar até formar bolhas e crescer. Aproximadamente 1 hora. Em seguida acrescente o azeite e o trigo até dar ponto de enrolar. Durante o processo de amassar o pão, procure não deixar restos de massa na beira e no fundo da bacia. Quando terminar de amassar esta deverá estar limpa. Deixe a massa pronta descansar e crescer até dobrar o tamanho. Divida a massa em três pedaços e enrole os pães. Deixe crescer novamente até dobrar o volume e leve para assar. Asse em fogo baixo por aproximadamente 1 hora ou até que esteja dourado. Retire do forno para esfriar. Embale em saquinhos de embalagem para que permaneça macio e com características de pão novo. Receita centenária de pão da família Moreira de Souza, que foi transmitida à minha bisavó, à minha vó, à minha mãe e me veio como herança. Até os dias de hoje, iniciamos nosso dia, comendo esse pão caseiro no café da manhã. Silvana Moreira Mendes
53
Observe a palavra manhã destacada no texto. Ela apresenta som nasal. Vamos observar onde está a regra que trata da nasalidade desta palavra. Nós usamos o M, N, NH, ou o (~) para grafar todas as formas de nasalização da
nossa língua.
Em final de sílaba e antes de P e B usaremos sempre a letra M;
Antes das demais consoantes usaremos sempre a letra N;
Se a última sílaba da palavra apresentar o som /ã/, escreve-se com til;
Se a última sílaba da palavra apresentar o som /ei/, escreve-se com M.
Vamos praticar o que aprendemos?
Use as regras acima para escrever as palavras ditadas pelo professor.
Ponte – monte – sempre – tombo – maçã – também – jovem – valente – gente – símbolo – combinado – vento – bingo – romã – cinta – emprego – alguém hortelã – avelã – cidadã – porém – além – grampeador – sombra – dente- quente
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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AM e ÃO
Os verbos da terceira pessoa do plural que indicam futuro terminam em ÃO;
Todas as outras formas da terceira pessoa do plural de todos os tempos verbais se
escrevem com M no final. Morais (2008, p.34)
Observe os verbos destacados na frase a seguir. Todos estão flexionados no tempo passado. Reescreva-os passando para o futuro e para o presente. “Os integrantes da família Moreira de Souza herdaram a receita de Pão Caseiro dos seus antepassados, que vieram da Itália em busca de prosperidade. Quando chegaram ao Brasil, fixaram residência no estado de São Paulo.” Futuro ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Presente ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Você conheceu a receita de pão da família Moreira de Souza.
Produza uma receita seguindo a estrutura deste gênero textual, observando os
elementos que compõem este texto. Pode ser um prato de seu gosto ou uma receita
retirada de um livro ou um site.
Não esqueça o título
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PRODUÇÃO DE TEXTO
_______________________
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Aula 08
Tempo estimado para o desenvolvimento deste conteúdo - 04h/a.
Professor, agora vamos trabalhar com as letras L ou U no final das palavras e L ou
LH. Os textos são em prosa e em poesia. Auxilie o aluno da seguinte maneira:
- apresente as dicas de uso de L ou U no final das palavras;
- mostre a ele que o uso de L ou LH só será confirmado quando pesquisar em um
dicionário;
- O texto “O José Augusto também tem pérolas” é escrito em prosa e neste momento
você deve apresentar todos os elementos que compõem textos deste gênero,
inclusive que neste texto podemos perceber a presença do discurso direto;
- No texto “Contradança” podemos ver prosa e poesia num mesmo texto. Neste
momento poderão ser discutidas as tradições de uma região, com seus costumes,
sua língua (neste caso o falar sertanejo está explícito em algumas palavras), etc.
- apresente as diferenças estruturais entre prosa e poesia;
- apresente os elementos que compõem a poesia: rimas, estrofes, versos.
- oriente os alunos sobre a variedade linguística.
- mostre que no Brasil temos inúmeros exemplos de variedades linguísticas.
Na produção textual apresente ao aluno critérios de avaliação, nos quais ele poderá
se pautar e realizar uma autoavaliação.
Ficha para autoavaliação
Escolhi um tema sugestivo?
Fui criativo na produção do meu texto em poesia?
Usei os recursos poéticos?
Estive atento a escrita das palavras estudadas nesta unidade?
Critérios a serem avaliados
Adequação ao gênero textual (poema)
Criatividade
Coesão e coerência
Adequação à linguagem
Baseado em atividades do livro didático Trabalhando com a Linguagem, 6º ano , Givan Ferreira...[et al] Quinteto Editorial,2006
57
Sons de L
O José Augusto também tem pérolas.
Num domingo desses, meu neto, o José Augusto, chegol para mim e disse:
__ Vovó, Nana, escreve pra mim “Ben 10 força anienígena”.
Mais que depressa eu escrevi em caixa alta e bem grande “BEN 10 FORÇA
ALIENÍGENA”, pois sabia que se tratava de acessar alguns jogos on line e as letras
deveriam ser como as do teclado. Afinau de contas ele tinha só três aninhos.
Mais tarde, quando a mamãe Milene chegol, ele correl pra ela, entregol um
pedaço de papel e disse:
__ Mamãe Miene, escreve “Ben 10 força anienígena”.
A mamãe rapidamente escreveu “Ben 10 força alienígena” em letra cursiva.
Ele ficou desolado e reclamou:
58
__ Não, mamãe, não é assim que escreve. Escreve assim “Ben 10 força
anienígena”. A ni e ní ge na , com L , mamãe. L de tia Nay a ne.
Foi um riso só, porque ele não compreendia a letra cursiva. Então queria
ensinar a mamãe a escrever e nem ao mesmo conseguia falar o nome da tia
Layane.
Como não amar?
Silvana Moreira Mendes
Você percebeu que o José Augusto apresentou, em certo momento do seu
desenvolvimento, uma dificuldade de pronunciar a letra L. No lugar dela ele
pronunciava a letra N. Nós também temos as nossas dificuldades ao empregarmos
as letras, mas geralmente estão relacionadas com a escrita. Muitas vezes não
sabemos se usamos o Li ou LH, se usamos L ou U no final da palavra.
Vamos observar este som?
No texto temos algumas palavras que foram escritas com erros propositadamente.
Identifique-as e escreva-as de maneira correta.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
O que devemos fazer para saber se usamos o L ou U no final das palavras?
Simples!!
Passamos as palavras para o plural se elas terminarem com IS é porque são
escritas com L.
Professor, mostre ao aluno que o nome próprio deve iniciar com letra maiúscula e quando for abreviado o primeiro e o último nome deverá ser escrito por inteiro, abreviando apenas o nome do meio.
59
Vamos praticar o que aprendemos?
Passe as palavras a seguir para o singular:
Barris _________________________________________
Canis__________________________________________
Numerais ______________________________________
Cardeais_______________________________________
Degraus _______________________________________
Paus __________________________________________
Cacaus ________________________________________
Papéis ________________________________________
Civis __________________________________________
Imbecis ________________________________________
Observe as palavras chegol, correl, entregol. São formas verbais da terceira pessoa
do singular do pretérito perfeito do indicativo. Neste caso todas as palavras que
indicam passado são escritas com U no final.
Reescreva o trecho do texto que apresenta os erros de ortografia e faça as
correções necessárias.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
60
Contradança
Antigamente não havia, como hoje, muitas formas de diversão. As pessoas
se reuniam todas as noites para conversar, rezar e até dançar e cantar. Também se
reuniam para realizar os mutirões, onde os vizinhos ajudavam aquele que estava
com o trabalho atrasado. Geralmente este tipo de trabalho estava diretamente ligado
à agricultura e realizavam a capina de alguma lavoura, podia ser a colheita, enfim,
qualquer modalidade de trabalho. Outras vezes podia ser a construção de uma casa
de taipa. Mas o fato é que sempre um grande e produtivo dia de trabalho terminava
com um baile e nele tinha a contradança, que consistia em organizar uma roda, as
pessoas, geralmente mulheres, andavam em círculo, dançando ao som da viola e
sanfona. Alguém teria sido escolhido previamente e estava fora da roda escolhendo
quem receberia um lenço. O escolhido deveria falar um trecho de um poema. Este
era chamado de trova. Depois de falar a trova saía da roda e ficava observando e
escolhendo o próximo trovador. Na verdade esta trova é o que chamamos de
Repente, pois havia no conteúdo das trovas desafios, declarações e até discussões.
Realizando um resgate e pesquisando na família, eis que temos algumas
trovas que faziam parte da vida da Vó Batista, que realizava mutirão em sua casa e
participava dos mutirões dos vizinhos:
Ia indo pelo caminho
Capim verde cortou meu pé
Amarrei com a fita verde
E o cabelinho de São José
61
Quebra morena
Na beira do mar
Deixei a porta aberta
Tenho pressa de voltar
//
Não encoste na parede
Que a parede sorta pó
Encoste no meu ombro
Que esta noite eu dormi só
//
No arto daquela serra
Tem um pé de cai-cai
A morena mais bonita
vai ser a nora do meu pai.
Silvana Moreira Mendes
Observe que nas trovas têm algumas palavras escritas representando a fala que
são, sorta e arto. Esta forma de falar é característica do sertanejo. Origem da minha
família e que possuía um dialeto próprio com expressões até engraçadas como:
“Mais antes fanhoso que sem nariz”
(quer dizer ficar satisfeito com o que era possível)
“O que é um caroço pra quem está empelotado”
(o que é mais um problema para quem já tem muitos)
“Dar uma camassada de pau”
(bater bastante em alguém)
Ou palavras como:
Jaroca (bagunça)
Urdino (fazendo)
Escafiotado (bagunçado)
62
Este falar representa o povo de uma região, sua classe social e sua cultura. E o
nosso país possui inúmeros falares, mostrando que vivemos todos os tipos de
diversidades, inclusive a diversidade da língua, também chamada de variedade
linguística.
Quando observamos esta forma de falar, não podemos considerar que estão falando
errado, porque podemos compreender e estabelecer a comunicação. Mas quando
vamos escrever devemos ficar atentos para não escrever como aquelas palavras
destacadas no texto. Para isso podemos utilizar as dicas abaixo:
Dica
Quando não souber se usa L ou U pronuncie a palavra usando a variedade
linguística caipira, se puder usar o R então será a letra L.
Veja o exemplo:
Sor sol
Sordado soldado
Sorta solta
Arto alto
Os coletivos que têm o som de U no final são escritos com L.
EX: milharal canavial cafezal
63
Faça uma lista de coletivos terminados com L
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Você sabe a diferença entre prosa e poesia?
Produza um texto em poesia. Pode ser apenas trovas como aquelas que foram
apresentadas no texto que acabamos de ler. O tema é livre, você pode falar de
coisas relacionadas ao amor, ao trabalho, à amizade, à família, enfim àquilo que
mais lhe agradar. Bom trabalho!!
Professor, mostre ao aluno a diferença entre prosa e poesia, a estrutura e os elementos que compõem cada gênero.
64
PRODUÇÃO DE TEXTO
_______________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
65
L lh
Família ou Familha?
Para a escrita destas palavras não há regras. Devemos consultar um dicionário
sempre que houver dúvidas.
Organize um quadro com palavras escritas com LH e outro com palavras escritas
com L.
LH
L
66
Aula 09
Tempo estimado para o desenvolvimento deste conteúdo - 02h/a.
Professor, nesta unidade será apresentado aos alunos os diferentes sons que a letra
X pode apresentar.
Para auxiliar os alunos na reflexão sobre a escrita de palavras com os vários sons
de X oriente os alunos da seguinte maneira:
- Apresente as regras que indicam uso de X após ditongo e após prefixo en;
- Estabeleça a dúvida. Pergunte aos alunos o porquê de encher, enchapelar e
encharcar ser escrito com CH;
- Após algumas reflexões apresente a eles o porquê : são escritas com CH porque
são derivadas das palavras cheio, chapéu, charco.
- Auxilie o aluno na organização do banco de palavras, orientando-os a pesquisar
em revistas jornais e também no dicionário.
- Comente com os alunos sobre o uso da letra H, que é uma letra sem som e que o
seu uso não apresenta regras, assim a melhor maneira de grafar corretamente
palavras com H é consultar o dicionário e memorizar a escrita correta da palavra;
- Provoque uma discussão com a turma sobre a melhor maneira de nos tornarmos
escritores competentes.
- Mostre aos alunos que a leitura é a nossa grande aliada na escrita, na
interpretação e na formação de opinião. Quem lê bastante passa por uma
metamorfose.
67
Sons de X
X CH
Crie um quadro de palavras para cada regra.
Usamos o X após os ditongos ai, ei, ou.
Usamos o X após a sílaba en.
Faça uma pesquisa e descubra porque escrevemos:
Encher encharcar enchapelar
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
68
X com som KS
O X pode soar como KS:
Afluxo, anexo, táxi, fixo...
Vamos organizar um banco de palavras com os sons de X. Pesquise em dicionários
e revistas palavras que complete o quadro a seguir:
X com som ch X com som S X com som Z X com som KS
Você sabia?
O H é uma letra que não produz som. As palavras como homem, hoje
iniciam com a letra H, mas só pronunciamos a segunda letra o O.
Para as palavras iniciadas com a letra H devemos memorizar a
escrita correta delas.
69
Como escrever corretamente?
Usando o dicionário
Sendo bons leitores
Memorizando a escrita correta das palavras que não apresentam uma regra para
sua organização.
70
Unidade II
71
Aula 10
Tempo estimado para o desenvolvimento deste conteúdo - 04h/a.
Professor, nesta unidade você vai apresentar ao aluno a forma de explorar um
dicionário.
- Traga dicionários para a sala de aula, se possível que seja um dicionário para cada
aluno;
- Apresente todo o formato de um dicionário e como ele foi organizado;
- Apresente a página do dicionário, o que significa a palavra que está no alto à
direita e a que está à esquerda da página;
- Mostre ao aluno que num dicionário é possível, além do significado e da grafia
encontrar a origem, a classe gramatical e os empregos da palavra;
- Fale ao aluno que as palavras que estão no dicionário se formam à medida que
precisamos nomear atividades, objetos que passam a fazer parte de nossa vida;
- Estimule o aluno a ter um dicionário de uso próprio e grifar cada palavra que
consultar no seu dia-a-dia, à medida que isso acontece vai aumentando o
vocabulário e o potencial para a escrita das palavras.
- Mostre ao aluno que muito mais que ser “pai dos burros” ele é “pai dos sabidos” e
torna sabido aquele que recorre a ele para ter informações.
- Apresente ao aluno o que são “Pérolas do ENEM”, comente sobre o número
crescente de erros identificados nas avaliações do Sistema Educacional e a grande
necessidade de melhorar o desempenho do aluno nas questões de ensino
aprendizagem.
- Nesta unidade o aluno é convidado a produzir uma dissertação. Apresente a ele
as normas de produção deste gênero textual.
- Para a produção do texto dissertativo é necessário informações sobre o tema. Para
isso leve à sala de aula, da maneira que for possível (impresso ou on-line) o texto “O
adolescente e as drogas” – link abaixo - e provoque uma discussão sobre o assunto.
A avaliação será contínua e processual, porque acontecerá durante o
processo ensino-aprendizagem; formativa, porque todos os envolvidos tomam
consciência sobre o seu desenvolvimento e seu fracasso na aquisição do
conhecimento e buscam melhorar o seu desempenho, criando condições para que o
aprendizado se efetive.
72
Ficha para autoavaliação
Escrevi um texto que discorre sobre a drogadição e defendi o meu ponto de
vista sobre o assunto?
Organizei as ideias seguindo a estrutura do gênero dissertação?
Organizei o texto de forma que facilite a compreensão?
Estive atento a escrita das palavras estudadas nesta unidade?
Critérios a serem avaliados
Adequação ao gênero textual (texto dissertativo)
Criatividade
Coesão e coerência
Adequação à linguagem
Baseado em atividades do livro didático Trabalhando com a Linguagem, 6º ano , Givan Ferreira...[et al] Quinteto Editorial,2006
73
O uso do dicionário
Para MORAIS (2008) o dicionário deve fazer parte da sala de aula desde a
alfabetização, em situações em que se interrompe uma atividade (de composição,
de leitura) para “ir ao dicionário”. Essas interrupções serão momentos especialmente
adequados para refletir com as crianças sobre questões como:
- Observação da classe e a ordem da palavra de acordo com as letras iniciais:
- Busca em agendas telefônicas, seguindo a ordem alfabética;
- Organização de palavras em ordem alfabética formando listas de palavras de um
mesmo campo semântico;
- Significação das palavras num determinado contexto;
O dicionário é tratado, carinhosamente por MORAIS de “celeiro do idioma”. Para ele,
enquanto muitos o tratam como “pai dos burros”, devemos reconhecer que se trata
do “pai dos sabidos”. Uma fonte de informação de valor inestimável. Um banco de
informações ortográficas insubstituível.
O que podemos orientar aos alunos sobre o dicionário:
1- A palavra que vamos buscar seu significado é a palavra – base;
2- A palavra- base com seus significados compõem os verbetes:
Ces.ta /ê/ s.f. 1 utensílio de vime usado para guardar ou carregar coisas. 2 No
basquetebol , rede de malha por onde se faz passar a bola . 3 Ponto, no
basquetebol , que o jogador faz quando acerta a bola.
3- Os números presentes nos verbetes indicam os diferentes significados da palavra
4- As palavras estão em ordem alfabética;
5- A palavra, no alto, à esquerda indica a primeira palavra da página, a palavra, no
alto à direita indica a última palavra da página.
6- A letra entre barras indica a pronúncia da palavra;
74
7- As abreviaturas que ficam depois da palavra – base indicam a classe a qual a
palavra pertence.
8- Quando procurar a palavra observe a primeira letra e sua ordem no alfabeto,
Quando a primeira letra for igual, observe a segunda letra,
Quando a segunda for igual, observe a terceira e assim sucessivamente.
9- Os verbos estão grafados no modo Infinitivo, isto é , quando você procurar a
palavra AMANDO, busque AMAR;
10- Os nomes são apresentados no masculino e no singular.
Ex: AbastadO –
75
Leia o texto a seguir
AS COISAS NÃO SÃO BEM O QUE PARECEM
O fato que vou contar ocorreu no município de Santana do Itararé. Bem na
verdade ainda não era município e sim uma comarca. Um lugarzinho de apenas uma
venda, onde, aliás, se encontrava de tudo. Santana tinha poucos habitantes e a
maioria morava no campo, inclusive o matuto conhecido como João Gralha. Apenas
olhando para o João Gralha dificilmente você não teria vontade de rir. Um homem
comprido, de andar desengonçado, sempre com um chapéu todo torto na cabeça e
lá vinha em seu cavalo magro.
O João Gralha era muito pobre, porém tinha seu cantinho, um casebre feito
de barro e coberto de sapê. Sua esposa sempre cuidadosa, deixava a casa sempre
76
limpinha, mas uma coisa a preocupava: as bebedeiras de seu marido.
Pois bem, numa sexta-feira, ao final de um dia de trabalho, João Gralha
recebeu seu pagamento da semana e como já que estava faltando muitas coisas em
sua casa resolveu ir até Santana comprar alguns mantimentos... Eram poucas
coisas, afinal o dinheiro era curto, basicamente farinha de milho, sal, açúcar, fumo,
trigo e é claro que não poderia faltar a marmelada. E lá se foi o João Gralha com seu
cavalo magrelo. Colocou seu pelego preto muito bem cuidado, todo brilhoso e sua
maleira branca, uma espécie de bolsa feita de pano branco, onde era de costume
transportar as compras... Ele estava feliz, eram apenas uns 5 km e já encontraria
seus amigos, não na venda onde compraria seus mantimentos, mas no bar ao lado
onde poderia tomar seus goles de pinga sem preocupação... Era sexta-feira, não
tinha dinheiro guardado, não tinha bens, também não tinha dívidas, e ainda tinha
sua esposa e seu cavalinho.
Chegando a Santana do Itararé, João tratou logo de encher a maleira,
planejava ficar mais tempo no bar e assim o fez... Seus amigos estavam todos lá e a
noite prometia...
Para que possamos entender essa história é preciso acompanhar outra, a do
Sr Joaquim Adriano, um conhecido do João Gralha que naquele mesmo dia havia
retirado do Banco do Brasil, na cidade de Wenceslau Braz, uma considerável
quantia para fazer um acerto de contas sobre um terreno que tinha comprado... O
fato é que naquele tempo o único transporte que havia era o cavalo ou carroça e a
viagem era demorada. Joaquim Adriano tinha chegado de Wenceslau no finalzinho
da tarde, apenas comeu algo e decidiu, naquela noite mesmo ir pagar sua conta,
que há muito tirava seu sono...
A sua mulher foi logo dizendo:
_Olha, olha, Joaquim, é muito perigoso andar por estas estradas, à noite,
sozinho e com tanto dinheiro assim!!! Já pensou se um bandido te pega? Acho
melhor deixar para ir amanhã.
Decidido Joaquim não quis ouvir sua mulher e mesmo correndo perigo partiu
para Santana.
Voltemos, agora, para o João Gralha. Já passava das 21h, a noite estava
muito escura, nem a lua colaborou e o João estava um tanto embriagado quando se
despediu de seus amigos também embriagados. Deu um pouco de trabalho para
77
montar em seu cavalo, esse coitado já estava à horas a espera de seu dono. Agora
já montado, com as compras na maleira e essa pendurada no cavalinho, o João foi
embora...
Lá pela metade do caminho para casa o João apeou para passar por uma
porteira, não sei exatamente a confusão que o João fez, mas seu cavalo acabou
fugindo dele. Com certeza a bebida colaborou e o coitado do João ficou mesmo a pé.
Sem seu cavalo e sem suas compras, começou a caminhar, logo encontrou a
maleira, podem acreditar, estava com toda a compra dentro. Andou mais um pouco e
logo avistou seu pelego preto, catou e continuou a andar. Andou, andou e cansado
resolveu descansar num barranco. Colocou a maleira branca e o pelego preto ao
seu lado e ficou ali pensando, fazendo parafusos na cabeça, como costumava dizer.
João estava mesmo sem saída, praticamente na metade do caminho, não sabia se
voltava para Santana, talvez seus amigos ainda estivessem por lá, ou se iria para
casa, pois sua esposa o esperava preocupada. Então decidiu que ficaria sentado no
barranco até que a bebedeira passasse.
Enquanto isso, vem vindo todo desconfiado, amedrontado, ressabiado o tal
do Joaquim Adriano.
O João Gralha ouviu o barulho dos cascos do cavalo e pensou:_ Ahh!! O
danado do meu cavalinho deve ter entrado em algum pasto por aí, pastou bastante e
agora está voltando. Espera um pouco! Vou esconder atrás dessa moita aqui e
quando esse cavalo fujão passar pulo no pescoço dele.
Era um bom plano se não fosse o cavalo do Joaquim Adriano que vinha
apontando na estrada. O João Gralha na ansiedade de recuperar seu cavalo deu um
pulo e agarrou no pescoço do cavalo do Joaquim Adriano. A reação foi instantânea,
o Joaquim deu um grito e desceu seu chicote nas costas do João. Foram várias
guascadas para logo em seguida sair a galope rumo a Santana. O João coitado,
reconheceu o amigo Joaquim Adriano e gritava:
_Para, para!! Mas que nada, o Joaquim foi embora.
No outro dia a notícia corria aos quatro ventos, pois o Joaquim Adriano foi
diretamente ao posto policial e fez a queixa. Havia sido atacado por três ladrões
extremamente perigosos. Um homem que falava todo enrolado e que estava
escondido atrás de uma moita, um branco e um negro que estavam sentados no
barranco apenas esperando para agir.
78
As coisas não são bem o que parecem, na verdade era apenas seu
companheiro João Gralha, mais o pelego preto e a maleira branca que estavam no
barranco.
Quanto ao João ficou com uma tremenda dor nas costas pelas chicotadas e
ainda procura seu único bem, o cavalo magro e fujão...
Ana Maria De Souza
Vamos praticar o que aprendemos?
Observe a palavra destacada no texto;
Maleira
A palavra maleira foi encontrada no dicionário?__________________________
Ela tem o mesmo significado da palavra no texto?_______________________
Pesquise no dicionário o significado da palavra Gralha.
_______________________________________________________________
Pesquise no dicionário a escrita das palavras a seguir e marque a alternativa
correta:
xa) lagarto, cadarço, mortadela.
b) largato, cadarço, mortadela.
c) lagarto, cardaço, mortadela.
d) lagarto, cadarço, mortandela.
Professor, mostre ao aluno que a palavra Maleira não consta no dicionário. Deve ser por ser algo que não se usa mais. No dicionário consta a palavra Maleiro
que é quem fabrica ou vende malas;
parte de um armário onde se guardam
malas.
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Após consultar o dicionário, complete as frases usando a palavra correta:
a) João tinha sua ____________________opinião (própria / própia)
b) Tomar ____________todos os dias é um hábito saudável. (iogurte / iorgute)
c) Organize bem a ____________________. (prateleira / partileira)
d) A _________________ grossa está na moda. (sobrancelha/ sombrancelha)
e) A _______________ é o inimigo natural do mosquito. (lagartixa/ largatixa)
f) O Marcos é um ótimo _____________________(cabelerero/ cabeleireiro)
g) Maria ficou _________________por não comprar o sapato. (frustrada/ frustada)
Organize as palavras a seguir, observando a primeira letra da ordem alfabética:
Habitantes _______andar_____________________
Campo _______barro_____________________
Matuto _______campo____________________
Andar _______habitantes__________________
Barro _______matuto____________________
Venda _______trabalho___________________
Trabalho _______venda_____________________
Nesta atividade observe a segunda letra ao organizar em ordem alfabética:
Município ___matuto____________________
Matuto ____melhor___________________
Melhor ____milho____________________
Montado ____montado__________________
Milho ____município__________________
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Nesta atividade observe a terceira letra ao organizar em ordem alfabética:
Matuto _____magro______________________
Marido _____maleira_____________________
Mantimentos _____mantimentos__________________
Marmelada _____Maria______________________
Maleira _____marido______________________
Magro _____marmelada___________________
Maria _____matuto_____________________
No texto “AS COISAS NÃO SÃO BEM O QUE PARECEM”, foi tratado de um assunto que tem sido bem comum nos dias atuais: o consumo de bebidas alcoólicas. Cada vez mais cedo e em número crescente o jovem é ingressado no mundo dos vícios. Acesse o link a seguir e leia mais sobre o assunto. http://www.vidasemdrogas.org/adolescencia.html
Produza um texto dissertativo expondo sua opinião sobre o uso de drogas. Você
pode organizar seu texto contemplando questões como:
O que leva um jovem a ingressar no mundo das drogas, sendo que a escola, a
mídia, a igreja e outros meios de comunicação estão alertando sobre o perigo e os
males causados pela drogadição?
O que as famílias devem fazer para proteger seus jovens da drogadição?
81
Você acredita que a influência dos amigos estimulam o uso das drogas ou o
adolescente tem informação suficiente e quando passa a usar drogas é uma decisão
sua e a opinião dos amigos tem pouco valor?
Vamos praticar o que aprendemos?
Não esqueça o título
PRODUÇÃO DE TEXTO
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Professor, mostre ao aluno o que compõe o texto dissertativo: -é organizado em três parágrafos, no mínimo; -é dividido em apresentação, desenvolvimento e conclusão; - o aluno deve mostrar que é capaz de desenvolver um assunto, posicionar-se criticamente e opinar sobre ele.
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___________________________________________________________________________
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Aula 11
Tempo estimado para o desenvolvimento deste conteúdo - 04h/a.
Professor, nesta unidade você vai apresentar ao aluno as “Pérolas do ENEM 2014”.
Explique a ele do que se trata e estimule-o a fazer as correções seguindo a norma
padrão da escrita;
Apresente ao aluno o gênero textual notícia, explicando como se forma a estrutura e
a linguagem deste gênero textual;
Leve jornais à sala de aula e apresente ao aluno os elementos que compõem este
gênero textual, realizando uma observação criteriosa desse veículo de comunicação;
Mostre ao aluno os elementos que compõem a notícia (título, olho ou linha fina
(frase curta, acima ou abaixo do título, resumindo a principal informação da notícia),
assinatura ( nome do jornalista responsável), lide, corpo.
83
Colocando em prática
Para concluir nossas atividades e pôr em prática o que aprendemos vamos fazer algumas correções nas frases a seguir. São “Pérolas do ENEM 2014” e nelas estão alguns “erros” ortográficos. Faremos a leitura calmamente e ao identificarmos os possíveis erros faremos as devidas correções, caso não saibamos como é a grafia correta das palavras, vamos recorrer ao velho e bom dicionário.
"O bem star dos abtantes da nossa cidade muito endepende do governo federal capixaba". _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
"Não cei se o presidente está melhorando as indiferenças sociais ou promovendo o sarneamento dos pobres. Me pré-ocupa o avanço regresssivo da violência urbana".
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
"No começo Vila Velha era muito atrazada mas com o tempo foi se sifilizando.”
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
"A prinssipal função da raiz é se enterrar no chão.”
______________________________________________________________________________________________________________________________________
"Os egipícios dezenvolveram a arte das múmias para os mortos poderem viver mais".
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
"Os primeiros emegrantes no ES construiram suas casas de talba".
______________________________________________________________________________________________________________________________________
84
"Onde nasce o sol é o nacente, onde desce é o decente".
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
“No outro dia a notícia corria aos quatro ventos, pois o Joaquim Adriano foi
diretamente ao posto policial e fez a queixa. Havia sido atacado por três ladrões,
extremamente perigosos, um homem que falava todo enrolado e que estava
escondido atrás de uma moita, um branco e um negro que estavam sentados no
barranco apenas esperando para agir.”
Você viu no texto “AS COISAS NÃO SÃO BEM O QUE PARECEM”, uma notícia que circulou na cidade de Santana do Itararé. No Jornalismo, uma notícia é um texto informativo de interesse público, que conta algum fato recente que aconteceu no país ou no mundo, e cujo conteúdo é formado por um tema político, econômico, social, cultural, etc.
As notícias são veiculadas ao público através da televisão, jornais, revistas e no boca a boca como foi a notícia do texto.
Leia a notícia a seguir:
Professor, mostre ao aluno que para estruturar
uma notícia devemos responder as seguintes
perguntas:
O quê? Onde?
Quem? Como?
Quando? Por quê?
85
Acidente
Elevador despenca e fere nove pessoas em Porto Alegre Publicado em 01/12/2014 | AGÊNCIA ESTADO
Nove pessoas ficaram feridas em um elevador de um prédio que despencou na madrugada de domingo,
no centro de Porto Alegre. Segundo a Brigada Militar, 12 pessoas estavam a bordo no momento do
acidente e nove ficaram feridas. Três pessoas seguem internadas. Os outros três passageiros não
sofreram ferimentos. As pessoas participavam de uma festa no terraço do edifício localizado na Avenida
Borges de Medeiros, uma das principais da capital gaúcha. Segundo a polícia, elas entraram no elevador
no 13.º andar e a queda ocorreu a partir do terceiro andar. O caso será investigado pela Polícia Civil, mas
uma das suspeitas é que tenha ocorrido o rompimento de um dos cabos por causa do excesso de
passageiros.
Vamos praticar o que aprendemos?
Produza uma notícia com algum fato acontecido e que você considera importante.
Observe os elementos que compõem uma notícia.
Não esqueça o título
PRODUÇÃO DE TEXTO
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Ficha para autoavaliação
Escolhi um fato importante e atrativo para escrever a notícia?
Organizei as ideias seguindo a estrutura do gênero notícia?
Organizei o texto de forma que facilite a compreensão?
Estive atento a escrita das palavras estudadas nesta unidade?
Critérios a serem avaliados
Adequação ao gênero textual (notícia)
Criatividade
Coesão e coerência
Adequação à linguagem
Baseado em atividades do livro didático Trabalhando com a Linguagem, 6º ano , Givan Ferreira...[et al] Quinteto Editorial,2006
87
Bibliografia
Beltrão, Eliana Santos. Novo Diálogo/ Eliana Santos Beltrão, Tereza Gordilho- 1ªed.
– São Paulo: FTD, 2006, 5ª série, 6ºano, pp. 129,130.
Beltrão, Eliana Santos. Novo Diálogo/ Eliana Santos Beltrão, Tereza Gordilho- 1ªed.
– São Paulo: FTD, 2006 6ª série, 7ºano pp. 238, 239.
Delmanto, Dileta, Português: ideias & linguagens, 6ºano/ Dileta Delmanto, Maria
da Conceição Castro. – 13. ed.reform. – São Paulo: Saraiva, 2009.
Dicionário da Língua Portuguesa comentado pelo Professor Pasquale - Barueri,
SP: Gold Editora, 2009.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15800 LEMLE, Míriam, Guia Teórico do Alfabetizador. São Paulo. Editora Ática. 2002
MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo. Ática, 2008. PP 31-33-35.
O aprendizado da ortografia/Artur Gomes de Morais, (org)- Algumas fontes de
dificuldade na aprendizagem de regras ortográficas – Lúcia Lins Browne rego,
Lair Levi Buarque. Belo Horizonte. Autêntica, 2005.
PROJETO BURITI: português/organizadora Editora Moderna; obra coletiva
concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna: editora responsável
Marisa Martins Sanchez - 1ª ed.- São Paulo : Moderna , 2007, p.28-29. 5ºano.
Trabalhando com a Linguagem/ Givan Ferreira. [et al.]: Ilustrações Fábio Cruz ...
[et al.] – 1ªed.- São Paulo – Quinteto Editorial, 2006. 6ªsérie, p. 174.
Vieira, Maria das Graças/ Figueiredo Regina. Ler, entender, criar – Livro Didático.
2004, p. 76
1
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO-SUPERINTENDENCIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO - DIRETORIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS -
PROGRAMA DE DESENVOVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
Produção Didático-pedagógica
Caderno do Aluno
Silvana Moreira Mendes
Wenceslau Braz
2014
1
Agradeço à Santíssima Trindade.
“Foram incontáveis as vezes em que recorri ao Espírito Santo para que me
orientasse na produção deste material”.
1
“Dedico este trabalho a minha família pela compreensão, paciência e incentivo,
ingredientes indispensáveis para a elaboração deste projeto”.
1
Sumário
Identificação ......................................................................................................................... 5
Unidade I .............................................................................................................................. 6
Aula 01 ................................................................................................................................... 17
Oralidade e escrita ............................................................................................................. 7
Aula 02 ................................................................................................................................... 22
Sons de R .......................................................................................................................... 23
Aula 03 ................................................................................................................................... 15
Sons de G e J ................................................................................................................... 15
Aula 04 ................................................................................................................................... 23
Sons de Z ........................................................................................................................... 23
Aula 05 ................................................................................................................................... 26
Sons de k ........................................................................................................................... 26
Aula 06 ................................................................................................................................... 29
Sons de S .......................................................................................................................... 29
Aula 07 ................................................................................................................................... 34
Som nasal .......................................................................................................................... 34
Aula 08 ................................................................................................................................... 38
Sons de L ........................................................................................................................... 38
Aula 09 ................................................................................................................................... 47
Sons de X .......................................................................................................................... 47
X CH ................................................................................................................................... 47
Unidade II ............................................................................................................................ 50
Aula 10 ................................................................................................................................... 51
O uso do dicionário .......................................................................................................... 51
Aula 11 ................................................................................................................................... 60
Colocando em prática ...................................................................................................... 60
Bibliografia ......................................................................................................................... 63
1
Identificação
Autor (a):
Silvana Moreira Mendes
Orientador(a):
Ms. Jaqueline Aparecida dos Santos Dutra
Colaboradores:
Ana Maria de Souza (Texto “AS COISAS NÃO SÃO BEM O QUE PARECEM”)
Franciely Ayme (Ilustração)
Texto:
Área PDE:
Língua Portuguesa
NRE:
Wenceslau Braz
Escola de Implementação:
Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos
Público Alvo:
Alunos do Ensino Fundamental fase II, na Modalidade de EJA
Tema:
A aquisição da escrita e o ensino da ortografia.
Título:
“O ensino sistemático de ortografia como requisito para a reflexão sobre a escrita
das palavras aos alunos do Ensino fundamental Fase II, na Modalidade de EJA.”
6
Unidade I
7
Aula 01
Oralidade e escrita
Quem for mineiro, leia; quem não for, tente:
Sapassado, era sessetembro, taveu na cuzinha tomano uma pimcumel e
cuzinhano um kidicarne com mastumate pra fazê uma macarronada com
galinhassada.
Quascaí de susto quando ouvi um barui vino de dendo forno pareceno
um tidi guerra. A receita mando pô midipipoca denda galinha prassá.
O forno isquentô, ia galinha isprudiu!
Nossinhora! Fiquei branqui nem um li di leiti.
Foi um trem doidi mais.
Quascaí dendapia! Fiquei sensabê doncovim, oncotô, poncovô.
Oi procê. Qui loucura!
Grazadeus ninguém maxucô.
(texto que circula na internet)
Delmanto, Dileta/Castro, Maria da Conceição. Português: ideias & linguagens. 6º ano. Livro Didático.2009, p. 65
8
Observe a palavra leiti em destaque no texto. Ela está escrita exatamente como se
fala. Palavras escritas desta maneira indicam que ocorre variação de pronúncia que
se intensificam em palavras terminadas com “O” que são pronunciadas com “U” e
palavras terminadas com “E” que são pronunciadas com “I”.
Ex: menino – meninu
quente – quenti
Observe que quando a sílaba mais forte está no fim da palavra ela é escrita com “I”.
Exemplo: jabuti, saci.
Quando a sílaba mais forte estiver no início ou no meio, coloca-se “E” no final.
Exemplo: doce, gente.
A mesma regra é aplicada para a letra “O” e “U” que quando a sílaba mais forte está
no fim da palavra ela é escrita com “U”.
Exemplo: tatu, maracatu.
Quando a sílaba mais forte estiver no início ou no meio, coloca-se “O” no final.
Exemplo: pato, mato.
Vamos praticar o que aprendemos? Reescreva o texto “Quem for mineiro, leia; quem não for, tente:” passando da
oralidade para a escrita.
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Lembre-se: A escrita exige normas. Então fique atento. escrita.
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Ficha para autoavaliação
Escrevi um texto adequando-o à norma padrão?
Organizei as ideias em parágrafos?
Interpretei de maneira coerente o que estava escrito de forma coloquial?
Estive atento a escrita das palavras estudadas nesta unidade?
Baseado em atividades do livro didático Trabalhando com a Linguagem, 6º ano , Givan Ferreira...[et al] Quinteto Editorial,2006
10
Aula 02
Sons de R
Leia o texto a seguir.
Diz meu pai, que família é como ouriço. Quando chega o inverno todos se
juntam e ficam bem pertinho um do outro para se aquecer. Então os espinhos
começam a cutucar a medida que a temperatura vai subindo e os animais começam
a se mexer. Isto machuca os integrantes do grupo e para se proteger se afastam.
Logo começa a esfriar e se juntam novamente.
Para ele, as famílias se comportam da mesma maneira. Quando ficam
próximos, começam a se alfinetar e provocam mágoas uns nos outros. Então ficam
afastados por um tempo, depois voltam a se encontrar novamente. Assim passa um
inverno e outro e as famílias escrevem suas histórias de aproximação e
afastamento.
Silvana Moreira Mendes.
11
Observe as palavras destacadas no texto, reflita sobre o emprego da letra “R” e os
vários sons que podemos pronunciar ao fazer uso delas.
Como deve ser o uso do R ou RR nas palavras que nomeiam as figuras a seguir?
Baseado na atividade encontrada no link abaixo http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15800
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Escreva com suas palavras por que você acredita que a letra R foi usada desta
maneira. Indique também o som que ela produz se forte, fraco ou tremido:
Certa
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Prato:
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Guerra:
.
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Rato:
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Honra:
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Barata:
.
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Você sabia?
Todo verbo no infinitivo é terminado com R. Veja
amaR cantaR bebeR partiR sorriR
Vamos praticar o que aprendemos?
A partir do trava-língua “O rato roeu a roupa do rei de Roma e a rainha ficou roxa de raiva” produza uma narrativa contando como foi que tudo aconteceu. Aproveite para pôr em prática as palavras que você aprendeu nesta atividade refletindo sobre a organização de cada uma.
Vieira, Maria das Graças/ Figueiredo Regina. Ler,
entender, criar – Livro Didático. 2004, p.7
Lembre-se: Uma narrativa acontece em um lugar, durante um determinado
tempo, tem personagens e enredo. É uma história que é contada por alguém: o narrador. O narrador pode contar e participar da história , quando é narrador personagem e pode contar a história de alguém, quando é narrador observador.
Não esqueça o título
Os trava-línguas são uma modalidade de parlenda, mas ordenados de tal forma que sua pronúncia se torna muito difícil. “Iniciam sempre por: “diga três vezes” ou “repita depressa”. Apresentam conteúdo moral comuns a todos os grupos sociais. .
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Atenção professor
Apresentar ao aluno as normas de produção do Texto Narrativo .
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Ficha para autoavaliação
Escrevi um texto com enredo, personagens e indicando um tempo e um
lugar onde aconteceu?
Organizei as ideias em parágrafos?
Minha história tem título, começo, meio e fim?
Estive atento a escrita das palavras estudadas nesta unidade?
Baseado em atividades do livro didático Trabalhando com a Linguagem, 6º ano , Givan Ferreira...[et al] Quinteto Editorial,2006.
Aula 03
Sons de G e J
Leia o texto a seguir:
Coisas da Vó Batista
Certa vez, minha vó, a vó Batista, levou seus netos, o Júlio e a Suzana, para
Curitiba. Nessa época ela tinha mais ou menos uns oitenta anos. A cabeça tão
branca quanto uma paina. Era magrinha e não se apurava com nada. Era costume
dela ir pra capital, mas sempre sozinha. Tinha disposição, sabedoria e muita
vontade de bater perna. Toda viagem que ela fazia era para visitar sua filha, no
Jardim Paranaense. Neste dia ia para a casa de sua neta, a Zeca, em outro bairro,
que ela dizia saber ir, no entanto não tinha o endereço.
Os acompanhantes dela perguntaram:
----Vó, a senhora tem certeza que sabe ir à casa da Zeca?
Ela mais que depressa disse:
----Ih! Eu ando por aqui tudo!
16
Então, entraram no ônibus, no “alimentador”, aquele que vai do centro aos
bairros. O Júlio e a Suzana sentaram-se juntos em um banco mais afastado. Com
medo de passar vergonha. A vó, mais que depressa se sentou ao lado de uma
garota e iniciou uma amizade. Neste instante, seus netos, percebendo o que ia
acontecer, pensaram...
“Só falta a vó perguntar onde mora a Zeca”
Não deu outra. Ela iniciou dizendo:
----Você conhece a Zeca? Aquela que veio de Santana (Santana do Itararé,
cidade de origem de todos os envolvidos nesta história, inclusive eu). Sabe, ela
mora num lugar que tem uma árvore bem grande e a foto de um homem de zorba
(neste caso a marca se tornou modelo). E continuou dizendo:
----Ela é ‘fia’ da Beatriz. Você conhece?
O Júlio e a Suzana indignados diziam um ao outro:
----Ai, meu Deus, a vó me mata de vergonha!
Enquanto isso, a moça, já sabendo até o nome da vó Batista, pois estavam
íntimas pelo assédio da tão insistente velhinha, responde:
---Dona Batista, eu conheço sim a Zeca. Ela mora em frente ao meu
apartamento...
Coisas da vó Batista. E ai se a gente contestasse com ela, era a maior
guerra.
Silvana Moreira Mendes.
Leia as palavras garota, gota, guri, guerra, guitarra e observe o som produzido
pela união das letras ga-go-gu e pelo som produzido pela união das letras gue –
gui.
Como ficou o som delas?
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O que acontece se tirarmos a letra u das sílabas? Teremos o mesmo som?
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17
Dê exemplos de palavras escritas com
GA GO GU
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GUE GUI
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Na frase:
Toda viagem que ela fazia era para visitar sua filha, no Jardim Paranaense.
O que as palavras destacadas têm em comum?
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A letra “G” tem som de “J” quando está antes das vogais “E” e “I”.
Esta é a causa de muitas dúvidas na hora da escrita.
Você conhece alguma regra que oriente a escrita de palavras com “G” ou “J”?
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Vamos conhecer algumas?
Usamos a letra “g” em substantivos que:
Terminam em –ágio, - égio, - ígio, -ógio, - úgio.;
Terminam em –agem, -igem, - ugem;
Nas palavras que se formam a partir de outra escrita com g. Ex: imagem –
imaginação, imaginar.
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Faça uma pesquisa e escreva uma palavra para cada regra que foi apresentada.
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Socorro!! E quando eu uso a letra “J”?
Nas palavras derivadas de outras que são escritas com “J”;
Nas palavras que terminam em – aje.
Observe as palavras a seguir e fique atento para as terminações em destaque.
Laje ultraje traje
Qual é a regra aplicada a estas palavras?
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Faça um quadro com palavras escritas com “G” e “J” e que tenham o mesmo som.
Palavras com G Palavras com J
Escreva, para cada palavra, duas palavras derivadas:
jeito _______________________________________________________
sujo_______________________________________________________
laranja _____________________________________________________
joia________________________________________________________
sujeito_____________________________________________________
jardim______________________________________________________
Atividade extraída do livro didático Diálogo p.238, 6ª série.
Leia as frases a seguir:
“Viaje de ônibus. É mais barato”.
“Boa viagem”
Você sabia? A palavra viagem é um substantivo e a palavra viaje é um verbo.
Assim as formas verbais deste verbo também são escritas com “J”
20
Preencha com as formas verbais pedidas o seguinte quadro:
Viajar que ele _________________ que eles ______________
Dirigir que ele _________________ que eles ______________
Arranjar que ele _________________ que eles ______________
Planejar que ele _________________ que eles ______________
Agir que ele _________________ que eles ______________
Eleger que ele ___________________ que eles _______________
Atividade extraída do livro didático Trabalhando a linguagem, 6ª série. P 174.
Vamos praticar o que aprendemos?
Você observou como foi descrita a Vó Batista?
Produza um texto apresentando suas características pessoais físicas e
psicológicas. A este gênero textual damos o nome de Autobiografia. Siga o roteiro
a seguir, depois use as respostas para a produção do texto descritivo. Durante a
produção use algumas palavras de cada exemplo que foi dado nos exercícios
anteriores e aproveite para usar o “G” e o “J”.
ROTEIRO:
Apresente-se...
1) Seu nome
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2) Tem algum apelido? Gosta dele?
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3) Local de nascimento...
_______________________________________________________________
4) Dia ,mês e ano de nascimento...
_______________________________________________________________
5) Rua onde mora...
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6) Nome do pai...
_______________________________________________________________
7) Nome da mãe...
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21
8) Avós paternos...
_______________________________________________________________
9) Avós maternos...
_______________________________________________________________
10) Suas características físicas...
a) Cor dos olhos...
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b) Cor dos cabelos...
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c) Altura________________________ Peso____________________________
11) Preferências...
a) Coisas de que mais gosta
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b) O que detesta?
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12) Tem medo de quê?
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13) Um sonho seu...
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14) Seu esporte preferido...
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15) Artistas ou esportistas preferidos...
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16) Que carreira pretende seguir? Por quê?
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17) No que o estudo pode contribuir para que você alcance o objetivo da questão
anterior?
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PRODUÇÃO DE TEXTO
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Ficha para autoavaliação
Escrevi um texto com detalhes importantes sobre mim?
Organizei as ideias em parágrafos de maneira a facilitar a compreensão?
Minha história tem título e responde a todas as perguntas do roteiro?
Estive atento a escrita das palavras estudadas nesta unidade?
Baseado em atividades do livro didático Trabalhando com a Linguagem, 6º ano , Givan Ferreira...[et al] Quinteto Editorial,2006
23
Aula 04
Sons de Z
No texto “Coisas da Vó Batista” você conheceu a personagem Zeca. Este
nome é a redução do nome Maria José. Podemos também escrever outro nome
bastante conhecido com a letra Z que é o nome do grande jogador de futebol o Zico,
seu nome verdadeiro é Artur Antunes Coimbra.
E você conhece outros nomes com a letra Z? Faça uma lista de nomes que iniciam
com esta letra.
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Escreva todas as palavras que você conhece que são iniciadas com a letra Z.
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Não esqueça!! Todo nome próprio
É iniciado por letra Maiúscula
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As letras S e X também apresentam o som de /z/. Veja os exemplos a seguir:
Leia em voz alta as palavras do quadro abaixo e transcreva as palavras para outra
folha de papel, refletindo sobre a escrita de cada uma.
Vaso lisa resumo visita exame casa exuberante visão exemplo existe camiseta exalar exatidão exibe casual peso lazer exército presente fase
Quantas palavras você acertou?______________________________________
-sinho ou -zinho?
Cãozinho, mesinha? Tudo é diminutivo e uma palavra é com Z outra com S. O
que difere uma da outra?
Usamos S quando a palavra tem S na palavra primitiva onde é acrescentado
o sufixo -inho (a). Ex: mesa - mesinha
Nas outras palavras usamos -Zinho. Ex.: pé - pezinho
Dê o diminutivo dos substantivos a seguir:
Lápis _____________________anel ____________________
Bebê _____________________ café ____________________
Lousa ____________________pires ____________________
25
Você sabia?
Os adjetivos com os sufixos -oso, -osa e os adjetivos pátrios com
sufixos -ês e -esa, também são escritos com S, mas têm o som de
/Z/.
Ex.: gostoso – amorosa
Português – portuguesa
Organize um quadro de palavras que sejam escritas seguindo as regras
apresentadas acima.
26
Aula 05
Sons de k
Piada
Todo nordestino que se preza tem um Raimundo na família. Geralmente este
é chamado de “Mundinho”.
Zé Virgulino tinha um filho chamado “Mundinho”. Os dois moravam em São
Paulo e há muito tempo não visitavam a terra natal.
Certo dia, Zé Virgulino recebeu uma carta de sua mãe que ainda morava no
Nordeste. Ela questionava o porquê de Zé não aparecer para visitá-la.
Zé, atendendo ao chamado da mãe, mais que depressa pediu a “Mundinho”,
seu filho, que escrevesse uma carta comunicando que iriam vê-la nos próximos dias.
Ele disse a “Mundinho”:
__Escreve ai, Mundinho. “Mainha eu mais Mundinho vamo lhe visitá na sexta-
feira”.
“Mundinho” diante de uma grande dificuldade perguntou ao pai:
__Painho, sexta escreve com “C” ou “C” cidrila?
Zé Virgulino pensou um pouco e respondeu.
__Vamo no domingo.
Autor desconhecido
27
Na piada é clara a dificuldade do emprego de algumas letras. Neste contexto
a dificuldade estava relacionada ao uso do S. Vamos conhecer algumas regras que
envolvem C, Ç e S?
A letra C tem som de /k/ quando precede as vogais a, o, u.
Para ter o som da letra /k/ usando as vogais e ou i usaremos as letras QU.
A letra C tem som de /s/ quando precede as vogais e e i.
Quando é necessário ter o som de /s/ antes das vogais a, o, u a letra c
assume a forma Ç.
Jogo da memória
Observe as palavras do quadro que possam apresentar dúvidas enquanto à grafia:
queijo
quiabo
jacaré
macaco
caqui
jaca
correr
pequeno
pouco
brincadeira
pequi
parque
quitanda
queimada
cachorro
corrida
ataque
basquete
quinta-feira
coração
quitute
calafrio
calamidade
cateterismo
Em seguida cubra o quadro com um papel e escreva as palavras que o (a)
professor(a) ditar.
Depois do ditado, confira o que escreveu com o quadro acima:
28
Reescrita do ditado
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O que você percebeu ao escrever estas palavras?
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Você quer mais atividades?
Confira o Link:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22680
29
Aula 06
Sons de S
O uso do “S” com som de “S” só ocorre quando for no início da palavra. Quando
apresenta o som de “S” no meio da palavra é escrito com “SS”.
Também devemos observar a posição do “S” dentro da palavra.
Reflita sobre a colocação do “S” e classifique as palavras ditadas pelo professor:
sapo - sapato - cascudo - sete - vesgo - sacola susto - mosca - nordestino - São Paulo - escrever dias - pensou - sentou - conversa - transtorno recursos - anseio - ansiedade - arsênico - balsa bosque - cápsula - sítio
S inicial _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ S no final de sílaba _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ S após a consoante, iniciando uma nova sílaba. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
30
Observe os desenhos a seguir:
Classifique as palavras de acordo com as regras:
S no início da palavra ou no início da sílaba.
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C antes de E ou I
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SS entre vogais
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Você sabia?
que usamos S nos substantivos que são derivados dos verbos que terminam
em ENDER,VERTER e PELIR.
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Veja os exemplos:
Apreender – apreensão
Suspender – suspensão
Converter – conversão
Expelir – expulsão
que usamos SS nos substantivos que são derivados dos verbos terminados
em GREDIR, MITIR, CEDER, CUTIR.
Veja os exemplos:
Agredir – agressão
Admitir – admissão
Exceder – excesso
Discutir – discussão
O som de S também é conseguido quando fazemos uso das letras SC, SÇ, XC.
Faça uma pesquisa em jornais, revista ou no dicionário e organize um banco de
palavras com as letras SC, SÇ, XC.
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32
Pra concluir o som de S podemos afirmar que ele pode ser representado por até dez
maneiras diferentes.
Observe:
Saci
Cida
caÇa
próXima
naSCer
creSÇo
eXCelência
paSSado
paZ
eXSudar
Você sabia?
As palavras terminadas com ICE são substantivos e as palavras terminadas com
ISSE ou SSE são verbos do Modo Subjuntivo.
Veja o exemplo abaixo:
E ai se a gente contestasse com ela, era a maior guerra.
Qual é a letra?
Vamos jogar um pouco?
Dividiremos a sala em dois grupos. Em cada grupo alguém
será escolhido para fazer as marcações do jogo. Quem
acertar marcará dois pontos, quem errar perderá um ponto.
Quem marcar o maior número de pontos, ganhará.
O jogo é da seguinte maneira: o professor escreverá as palavras no quadro e os
alunos deverão completar com as letras que estão faltando.
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GRUPO 1
PA EIO IMEN O
E ELENTE ACRÉ IMO
A UNTO ALIAN A
ÉDULA ALI ERCE
DE O E ETO
SEI ENTOS DE IDA
FA A A OUGUE
ATERRI AGEM E EPCIONAL
GRUPO 2
MESM DOID
TRANSFER PREFER
MALUQU DISCUT
MED GULOD
APLAUD PED
TOL DENGU
VESGU OUV
VIGAR ABR
PROJETO BURITI: português/organizadora Editora Moderna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora
Moderna: editora responsável Marisa Martins Sanchez – 6ºano- 1ª ed.- São Paulo: Moderna, 2007, p.28-29.
ância - ência - ança - ença
Vamos observar os sufixos acima e escrever as palavras que contêm estas
terminações:
Os que esperam têm _______________________
Os que são pacientes têm ____________________
O que importa tem _______________________
O que é constante tem ______________________
O que é ciente tem _________________________
O que tolera tem ___________________________
O que é saliente tem _______________________
O que crê tem ____________________________
O que adoece tem ________________________
Nasce com, é de _________________________
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Aula 07
Som nasal
PÃO
Ingredientes 2 colheres de fermento biológico seco 1 colher rasa de sal 1 xícara de açúcar 1 xícara de azeite 3 xícaras de leite morno Trigo até dar ponto de enrolar. Modo de fazer Coloque em uma bacia o fermento, o sal, o açúcar e três colheres de trigo. Misture bem estes ingredientes e acrescente o leite morno. Deixe a mistura descansar até formar bolhas e crescer. Aproximadamente 1 hora. Em seguida acrescente o azeite e o trigo até dar ponto de enrolar. Durante o processo de amassar o pão, procure não deixar restos de massa na beira e no fundo da bacia. Quando terminar de amassar esta deverá estar limpa. Deixe a massa pronta descansar e crescer até dobrar o tamanho. Divida a massa em três pedaços e enrole os pães. Deixe crescer novamente até dobrar o volume e leve para assar. Asse em fogo baixo por aproximadamente 1 hora ou até que esteja dourado. Retire do forno para esfriar. Embale em saquinhos de embalagem para que permaneça macio e com características de pão novo.
35
Receita centenária de pão da família Moreira de Souza, que foi transmitida à minha bisavó, à minha vó, à minha mãe e me veio como herança. Até os dias de hoje, iniciamos nosso dia, comendo esse pão caseiro no café da manhã. Silvana Moreira Mendes
Observe a palavra manhã destacada no texto. Ela apresenta som nasal. Vamos observar onde está a regra que trata da nasalidade desta palavra. Nós usamos o M, N, NH, ou o (~) para grafar todas as formas de nasalização da
nossa língua.
Em final de sílaba e antes de P e B usaremos sempre a letra M;
Antes das demais consoantes usaremos sempre a letra N;
Se a última sílaba da palavra apresentar o som /ã/, escreve-se com til;
Se a última sílaba da palavra apresentar o som /ei/, escreve-se com M.
Vamos praticar o que aprendemos?
Use as regras acima para escrever as palavras ditadas pelo professor.
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36
AM e ÃO
Os verbos da terceira pessoa do plural que indicam futuro terminam em ÃO;
Todas as outras formas da terceira pessoa do plural de todos os tempos verbais se
escrevem com M no final. Morais (2008, p.34)
Observe os verbos destacados na frase a seguir. Todos estão flexionados no tempo passado. Reescreva-os passando para o futuro e para o presente. “Os integrantes da família Moreira de Souza herdaram a receita de Pão Caseiro dos seus antepassados, que vieram da Itália em busca de prosperidade. Quando chegaram ao Brasil, fixaram residência no estado de São Paulo.” Futuro ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Presente ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Você conheceu a receita de pão da família Moreira de Souza.
Produza uma receita seguindo a estrutura deste gênero textual, observando os
elementos que compõem este texto. Pode ser um prato de seu gosto ou uma receita
retirada de um livro ou um site.
Não esqueça o título
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PRODUÇÃO DE TEXTO
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Ficha para autoavaliação
Escrevi um texto com todas as informações presentes neste gênero textual
(receita)?
Organizei as informações seguindo a estrutura do gênero receita?
Minha receita está clara e facilita a compreensão?
Estive atento a escrita das palavras estudadas nesta unidade?
Baseado em atividades do livro didático Trabalhando com a Linguagem, 6º ano , Givan Ferreira...[et al] Quinteto Editorial,2006
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Aula 08
Sons de L
O José Augusto também tem pérolas
Num domingo desses, meu neto, o José Augusto, chegol para mim e disse:
__ Vovó, Nana, escreve pra mim “Ben 10 força anienígena”.
Mais que depressa eu escrevi em caixa alta e bem grande “BEN 10 FORÇA
ALIENÍGENA”, pois sabia que se tratava de acessar alguns jogos on line e as letras
deveriam ser como as do teclado. Afinau de contas ele tinha só três aninhos.
Mais tarde, quando a mamãe Milene chegol, ele correl pra ela, entregol um
pedaço de papel e disse:
__ Mamãe Miene, escreve “Ben 10 força anienígena”.
A mamãe rapidamente escreveu “Ben 10 força alienígena” em letra cursiva.
Ele ficou desolado e reclamou:
__ Não, mamãe, não é assim que escreve. Escreve assim “Ben 10 força
anienígena”. A ni e ní ge na , com L , mamãe. L de tia Nay a ne.
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Foi um riso só, porque ele não compreendia a letra cursiva. Então queria
ensinar a mamãe a escrever e nem ao mesmo conseguia falar o nome da tia
Layane.
Como não amar?
Silvana Moreira Mendes
Você percebeu que o José Augusto apresentou, em certo momento do seu
desenvolvimento, uma dificuldade de pronunciar a letra L. No lugar dela ele
pronunciava a letra N. Nós também temos as nossas dificuldades ao empregarmos
as letras, mas geralmente estão relacionadas com a escrita. Muitas vezes não
sabemos se usamos o Li ou LH, se usamos L ou U no final da palavra.
Vamos observar este som?
No texto temos algumas palavras que foram escritas com erros propositadamente.
Identifique-as e escreva-as de maneira correta.
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___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
O que devemos fazer para saber se usamos o L ou U no final das palavras?
Simples!!
Passamos as palavras para o plural se elas terminarem com IS é porque são
escritas com L.
Vamos praticar o que aprendemos? Passe as palavras a seguir para o singular:
Barris _________________________________________
Canis__________________________________________
Numerais ______________________________________
Cardeais_______________________________________
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Degraus _______________________________________
Paus __________________________________________
Cacaus ________________________________________
Papéis ________________________________________
Civis __________________________________________
Imbecis ________________________________________
Observe as palavras chegol, correl, entregol. São formas verbais da terceira pessoa
do singular do pretérito perfeito do indicativo. Neste caso todas as palavras que
indicam passado são escritas com U no final.
Reescreva o trecho do texto que apresenta os erros de ortografia e faça as
correções necessárias.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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Contradança
Antigamente não havia, como hoje, muitas formas de diversão. As pessoas se
reuniam todas as noites para conversar, rezar e até dançar e cantar. Também se
reuniam para realizar os mutirões, onde os vizinhos ajudavam aquele que estava
com o trabalho atrasado. Geralmente este tipo de trabalho estava diretamente ligado
à agricultura e realizavam a capina de alguma lavoura, podia ser a colheita, enfim,
qualquer modalidade de trabalho. Outras vezes podia ser a construção de uma casa
de taipa. Mas o fato é que sempre um grande e produtivo dia de trabalho terminava
com um baile e nele tinha a contradança, que consistia em organizar uma roda, as
pessoas, geralmente mulheres, andavam em círculo, dançando ao som da viola e
sanfona. Alguém teria sido escolhido previamente e estava fora da roda escolhendo
quem receberia um lenço. O escolhido deveria falar um trecho de um poema. Este
era chamado de trova. Depois de falar a trova saía da roda e ficava observando e
escolhendo o próximo trovador. Na verdade esta trova é o que chamamos de
Repente, pois havia no conteúdo das trovas desafios, declarações e até discussões.
Realizando um resgate e pesquisando na família, eis que temos algumas
trovas que faziam parte da vida da Vó Batista, que realizava mutirão em sua casa e
participava dos mutirões dos vizinhos:
Ia indo pelo caminho
Capim verde cortou meu pé
Amarrei com a fita verde
E o cabelinho de São José
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Quebra morena
Na beira do mar
Deixei a porta aberta
Tenho pressa de voltar
//
Não encoste na parede
Que a parede sorta pó
Encoste no meu ombro
Que esta noite eu dormi só
//
No arto daquela serra
Tem um pé de cai-cai
A morena mais bonita
vai ser a nora do meu pai.
Silvana Moreira Mendes
Observe que nas trovas têm algumas palavras escritas representando a fala que
são, sorta e arto. Esta forma de falar é característica do sertanejo. Origem da minha
família e que possuía um dialeto próprio com expressões até engraçadas como:
“Mais antes fanhoso que sem nariz”
(quer dizer ficar satisfeito com o que era possível)
“O que é um caroço pra quem está empelotado”
(o que é mais um problema para quem já tem muitos)
“Dar uma camassada de pau”
(bater bastante em alguém)
Ou palavras como:
Jaroca (bagunça)
Urdino (fazendo)
Escafiotado (bagunçado)
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Este falar representa o povo de uma região, sua classe social e sua cultura. E o
nosso país possui inúmeros falares, mostrando que vivemos todos os tipos de
diversidades, inclusive a diversidade da língua, também chamada de variedade
linguística.
Quando observamos esta forma de falar, não podemos considerar que estão falando
errado, porque podemos compreender e estabelecer a comunicação. Mas quando
vamos escrever devemos ficar atentos para não escrever como aquelas palavras
destacadas no texto. Para isso podemos utilizar as dicas abaixo:
Dica
Quando não souber se usa L ou U pronuncie a palavra usando a variedade
linguística caipira, se puder usar o R então será a letra L.
Veja o exemplo:
Sor sol
Sordado soldado
Sorta solta
Arto alto
Os coletivos que têm o som de U no final são escritos com L.
EX: milharal canavial cafezal
Faça uma lista de coletivos terminados com L
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Você sabe a diferença entre prosa e poesia?
Produza um texto em poesia. Pode ser apenas trovas como aquelas que foram
apresentadas no texto que acabamos de ler. O tema é livre, você pode falar de
coisas relacionadas ao amor, ao trabalho, à amizade, à família, enfim àquilo que
mais lhe agradar. Bom trabalho!!
PRODUÇÃO DE TEXTO
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Ficha para autoavaliação
Escolhi um tema sugestivo?
Fui criativo na produção do meu texto em poesia?
Usei os recursos poéticos?
Estive atento a escrita das palavras estudadas nesta unidade?
Baseado em atividades do livro didático Trabalhando com a Linguagem, 6º ano , Givan Ferreira...[et al] Quinteto Editorial,2006
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L lh
Família ou Familha?
Para a escrita destas palavras não há regras. Devemos consultar um dicionário
sempre que houver dúvidas.
Organize um quadro com palavras escritas com LH e outro com palavras escritas
com L.
LH
L
47
Aula 09
Sons de X
X CH
Crie um quadro de palavras para cada regra.
Usamos o X após os ditongos ai, ei, ou.
Usamos o X após a sílaba en.
Faça uma pesquisa e descubra porque escrevemos:
Encher encharcar enchapelar
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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X com som KS
O X pode soar como KS:
Afluxo, anexo, táxi, fixo...
Vamos organizar um banco de palavras com os sons de X. Pesquise em dicionários
e revistas palavras que complete o quadro a seguir:
X com som CH X com som S X com som Z X com som KS
Você sabia?
O H é uma letra que não produz som. As palavras como homem, hoje
iniciam com a letra H, mas só pronunciamos a segunda letra o O.
Para as palavras iniciadas com a letra H devemos memorizar a
escrita correta delas.
49
Como escrever corretamente?
Usando o dicionário
Sendo bons leitores
Memorizando a escrita correta das palavras que não apresentam uma regra para
sua organização.
50
Unidade II
51
Aula 10
O uso do dicionário
Para MORAIS (2008) o dicionário deve fazer parte da sala de aula desde a
alfabetização, em situações em que se interrompe uma atividade (de composição,
de leitura) para “ir ao dicionário”. Essas interrupções serão momentos especialmente
adequados para refletir com as crianças sobre questões como:
- Observação da classe e a ordem da palavra de acordo com as letras iniciais:
- Busca em agendas telefônicas, seguindo a ordem alfabética;
- Organização de palavras em ordem alfabética formando listas de palavras de um
mesmo campo semântico;
- Significação das palavras num determinado contexto;
O dicionário é tratado, carinhosamente por MORAIS de “celeiro do idioma”. Para ele,
enquanto muitos o tratam como “pai dos burros”, devemos reconhecer que se trata
do “pai dos sabidos”. Uma fonte de informação de valor inestimável. Um banco de
informações ortográficas insubstituível.
O que podemos orientar aos alunos sobre o dicionário:
1-A palavra que vamos buscar seu significado é a palavra – base;
2- A palavra- base com seus significados compõem os verbetes:
Ces.ta /ê/ s.f. 1 utensílio de vime usado para guardar ou carregar coisas. 2 No
basquetebol, rede de malha por onde se faz passar a bola. 3 Ponto, no basquetebol,
que o jogador faz quando acerta a bola.
3- Os números presentes nos verbetes indicam os diferentes significados da palavra
4- As palavras estão em ordem alfabética;
5- A palavra, no alto, à esquerda indica a primeira palavra da página, a palavra, no
alto à direita indica a última palavra da página.
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6- A letra entre barras indica a pronúncia da palavra;
7- As abreviaturas que ficam depois da palavra – base indicam a classe a qual a
palavra pertence.
8- Quando procurar a palavra observe a primeira letra e sua ordem no alfabeto,
Quando a primeira letra for igual, observe a segunda letra,
Quando a segunda for igual, observe a terceira e assim sucessivamente.
9- Os verbos estão grafados no modo Infinitivo, isto é , quando você procurar a
palavra AMANDO, busque AMAR;
10- Os nomes são apresentados no masculino e no singular.
Ex: AbastadO –
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Leia o texto a seguir
AS COISAS NÃO SÃO BEM O QUE PARECEM
O fato que vou contar ocorreu no município de Santana do Itararé. Bem na
verdade ainda não era município e sim uma comarca. Um lugarzinho de apenas uma
venda, onde, aliás, se encontrava de tudo. Santana tinha poucos habitantes e a
maioria morava no campo, inclusive o matuto conhecido como João Gralha. Apenas
olhando para o João Gralha dificilmente você não teria vontade de rir. Um homem
comprido, de andar desengonçado, sempre com um chapéu todo torto na cabeça e
lá vinha em seu cavalo magro....
O João Gralha era muito pobre, porém tinha seu cantinho, um casebre feito
de barro e coberto de sapê. Sua esposa sempre cuidadosa, deixava a casa sempre
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limpinha, mas uma coisa a preocupava: as bebedeiras de seu marido.
Pois bem, numa sexta-feira, ao final de um dia de trabalho, João Gralha
recebeu seu pagamento da semana e como já que estava faltando muitas coisas em
sua casa resolveu ir até Santana comprar alguns mantimentos... Eram poucas
coisas, afinal o dinheiro era curto, basicamente farinha de milho, sal, açúcar, fumo,
trigo e é claro que não poderia faltar a marmelada. E lá se foi o João Gralha com seu
cavalo magrelo. Colocou seu pelego preto muito bem cuidado, todo brilhoso e sua
maleira branca, uma espécie de bolsa feita de pano branco, onde era de costume
transportar as compras... Ele estava feliz, eram apenas uns 5 km e já encontraria
seus amigos, não na venda onde compraria seus mantimentos, mas no bar ao lado
onde poderia tomar seus goles de pinga sem preocupação... Era sexta-feira, não
tinha dinheiro guardado, não tinha bens, também não tinha dívidas, e ainda tinha
sua esposa e seu cavalinho.
Chegando a Santana do Itararé, João tratou logo de encher a maleira,
planejava ficar mais tempo no bar e assim o fez... Seus amigos estavam todos lá e a
noite prometia...
Para que possamos entender essa história é preciso acompanhar outra, a do
Sr Joaquim Adriano, um conhecido do João Gralha que naquele mesmo dia havia
retirado do Banco do Brasil, na cidade de Wenceslau Braz, uma considerável
quantia para fazer um acerto de contas sobre um terreno que tinha comprado... O
fato é que naquele tempo o único transporte que havia era o cavalo ou carroça e a
viagem era demorada. Joaquim Adriano tinha chegado de Wenceslau no finalzinho
da tarde, apenas comeu algo e decidiu, naquela noite mesmo ir pagar sua conta,
que há muito tirava seu sono...
A sua mulher foi logo dizendo:
_Olha, olha, Joaquim, é muito perigoso andar por estas estradas, à noite,
sozinho e com tanto dinheiro assim!!! Já pensou se um bandido te pega? Acho
melhor deixar para ir amanhã.
Decidido Joaquim não quis ouvir sua mulher e mesmo correndo perigo partiu
para Santana.
Voltemos, agora, para o João Gralha. Já passava das 21h, a noite estava
muito escura, nem a lua colaborou e o João estava um tanto embriagado quando se
despediu de seus amigos também embriagados. Deu um pouco de trabalho para
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montar em seu cavalo, esse coitado já estava à horas a espera de seu dono. Agora
já montado, com as compras na maleira e essa pendurada no cavalinho, o João foi
embora...
Lá pela metade do caminho para casa o João apeou para passar por uma
porteira, não sei exatamente a confusão que o João fez, mas seu cavalo acabou
fugindo dele. Com certeza a bebida colaborou e o coitado do João ficou mesmo a pé.
Sem seu cavalo e sem suas compras, começou a caminhar, logo encontrou a
maleira, podem acreditar, estava com toda a compra dentro. Andou mais um pouco e
logo avistou seu pelego preto, catou e continuou a andar. Andou, andou e cansado
resolveu descansar num barranco. Colocou a maleira branca e o pelego preto ao
seu lado e ficou ali pensando, fazendo parafusos na cabeça, como costumava dizer.
João estava mesmo sem saída, praticamente na metade do caminho, não sabia se
voltava para Santana, talvez seus amigos ainda estivessem por lá, ou se iria para
casa, pois sua esposa o esperava preocupada. Então decidiu que ficaria sentado no
barranco até que a bebedeira passasse.
Enquanto isso, vem vindo todo desconfiado, amedrontado, ressabiado o tal do
Joaquim Adriano.
O João Gralha ouviu o barulho dos cascos do cavalo e pensou:_ Ahh!! O
danado do meu cavalinho deve ter entrado em algum pasto por aí, pastou bastante e
agora está voltando. Espera um pouco! Vou esconder atrás dessa moita aqui e
quando esse cavalo fujão passar pulo no pescoço dele.
Era um bom plano se não fosse o cavalo do Joaquim Adriano que vinha
apontando na estrada. O João Gralha na ansiedade de recuperar seu cavalo deu um
pulo e agarrou no pescoço do cavalo do Joaquim Adriano. A reação foi instantânea,
o Joaquim deu um grito e desceu seu chicote nas costas do João. Foram várias
guascadas para logo em seguida sair a galope rumo a Santana. O João coitado,
reconheceu o amigo Joaquim Adriano e gritava:
_Para, para!! Mas que nada, o Joaquim foi embora.
No outro dia a notícia corria aos quatro ventos, pois o Joaquim Adriano foi
diretamente ao posto policial e fez a queixa. Havia sido atacado por três ladrões
extremamente perigosos. Um homem que falava todo enrolado e que estava
escondido atrás de uma moita, um branco e um negro que estavam sentados no
barranco apenas esperando para agir.
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As coisas não são bem o que parecem, na verdade era apenas seu
companheiro João Gralha, mais o pelego preto e a maleira branca que estavam no
barranco.
Quanto ao João ficou com uma tremenda dor nas costas pelas chicotadas e
ainda procura seu único bem, o cavalo magro e fujão...
Ana Maria De Souza
Vamos praticar o que aprendemos?
Observe a palavra destacada no texto;
Maleira
A palavra maleira foi encontrada no dicionário?__________________________
Ela tem o mesmo significado da palavra no texto?_______________________
Pesquise no dicionário o significado da palavra Gralha.
_______________________________________________________________
Pesquise no dicionário a escrita das palavras a seguir e marque a alternativa correta:
a) lagarto, cadarço, mortadela.
b) largato, cadarço, mortadela.
c) lagarto, cardaço, mortadela.
d) lagarto, cadarço, mortandela.
Após consultar o dicionário, complete as frases usando a palavra correta:
a) João tinha sua ____________________opinião (própria / própia)
b) Tomar ____________todos os dias é um hábito saudável. (iogurte / iorgute)
c) Organize bem a ____________________. (prateleira / partileira)
d) A _________________ grossa está na moda. (sobrancelha/ sombrancelha)
e) A _______________ é o inimigo natural do mosquito. (lagartixa/ largatixa)
f) O Marcos é um ótimo _____________________(cabelerero/ cabeleireiro)
g) Maria ficou _________________por não comprar o sapato. (frustrada/ frustada)
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Organize as palavras a seguir, observando a primeira letra da ordem alfabética:
Habitantes ___________________________
Campo ___________________________
Matuto ___________________________
Andar ___________________________
Barro ___________________________
Venda ___________________________
Trabalho ___________________________
Nesta atividade observe a segunda letra ao organizar em ordem alfabética:
Município ___________________________
Matuto ___________________________
Melhor ___________________________
Montado ___________________________
Milho ___________________________
Nesta atividade observe a terceira letra ao organizar em ordem alfabética:
Matuto ___________________________
Marido ___________________________
Mantimentos ___________________________
Marmelada ___________________________
Maleira ___________________________
Magro ___________________________
Maria ___________________________
No texto “AS COISAS NÃO SÃO BEM O QUE PARECEM”, foi tratado de um assunto que tem sido bem comum nos dias atuais: o consumo de bebidas alcoólicas. Cada vez mais cedo e em número crescente o jovem é ingressado no mundo dos vícios.
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Acesse o link a seguir e leia mais sobre o assunto. http://www.vidasemdrogas.org/adolecencia.html
Produza um texto dissertativo expondo sua opinião sobre o uso de drogas. Você
pode organizar seu texto contemplando questões como:
O que leva um jovem a ingressar no mundo das drogas, sendo que a escola, a
mídia, a igreja e outros meios de comunicação estão alertando sobre o perigo e os
males causados pela drogadição?
O que as famílias devem fazer para proteger seus jovens da drogadição?
Você acredita que a influência dos amigos estimulam o uso das drogas ou o
adolescente tem informação suficiente e quando passa a usar drogas é uma decisão
sua e a opinião dos amigos tem pouco valor?
Vamos praticar o que aprendemos?
Não esqueça o título
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PRODUÇÃO DE TEXTO
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Ficha para autoavaliação
Escrevi um texto que discorre sobre a drogadição e defendi o meu ponto de
vista sobre o assunto?
Organizei as ideias seguindo a estrutura do gênero dissertação?
Organizei o texto de forma que facilite a compreensão?
Estive atento a escrita das palavras estudadas nesta unidade?
Baseado em atividades do livro didático Trabalhando com a Linguagem, 6º ano , Givan Ferreira...[et al] Quinteto Editorial,2006
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Aula 11
Colocando em prática
Para concluir nossas atividades e pôr em prática o que aprendemos vamos fazer algumas correções nas frases a seguir. São “Pérolas do ENEM 2014” e nelas estão alguns “erros” ortográficos. Faremos a leitura calmamente e ao identificarmos os possíveis erros faremos as devidas correções, caso não saibamos como é a grafia correta das palavras, vamos recorrer ao velho e bom dicionário.
"O bem star dos abtantes da nossa cidade muito endepende do governo federal capixaba". ______________________________________________________________________________________________________________________________________
"Não cei se o presidente está melhorando as indiferenças sociais ou promovendo o sarneamento dos pobres. Me pré-ocupa o avanço regresssivo da violência urbana".
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
"No começo Vila Velha era muito atrasada, mas com o tempo foi se sifilizando.”
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
"A prinssipal função da raiz é se enterrar no chão.”
______________________________________________________________________________________________________________________________________
"Os egipícios dezenvolveram a arte das múmias para os mortos poderem viver mais".
______________________________________________________________________________________________________________________________________
"Os primeiros emegrantes no ES construiram suas casas de talba".
______________________________________________________________________________________________________________________________________
"Onde nasce o sol é o nacente, onde desce é o decente".
___________________________________________________________________
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“No outro dia a notícia corria aos quatro ventos, pois o Joaquim Adriano foi
diretamente ao posto policial e fez a queixa. Havia sido atacado por três ladrões,
extremamente perigosos, um homem que falava todo enrolado e que estava
escondido atrás de uma moita, um branco e um negro que estavam sentados no
barranco apenas esperando para agir.”
Você viu no texto “AS COISAS NÃO SÃO BEM O QUE PARECEM”, uma notícia que circulou na cidade de Santana do Itararé. No Jornalismo, uma notícia é um texto informativo de interesse público, que conta algum fato recente que aconteceu no país ou no mundo, e cujo conteúdo é formado por um tema político, econômico, social, cultural, etc.
As notícias são veiculadas ao público através da televisão, jornais, revistas e no boca a boca como foi a notícia do texto.
Leia a notícia a seguir:
Acidente
Elevador despenca e fere nove pessoas em Porto Alegre Publicado em 01/12/2014 | AGÊNCIA ESTADO
Nove pessoas ficaram feridas em um elevador de um prédio que despencou na madrugada de domingo,
no centro de Porto Alegre. Segundo a Brigada Militar, 12 pessoas estavam a bordo no momento do
acidente e nove ficaram feridas. Três pessoas seguem internadas. Os outros três passageiros não
sofreram ferimentos. As pessoas participavam de uma festa no terraço do edifício localizado na Avenida
Borges de Medeiros, uma das principais da capital gaúcha. Segundo a polícia, elas entraram no elevador
no 13.º andar e a queda ocorreu a partir do terceiro andar. O caso será investigado pela Polícia Civil, mas
uma das suspeitas é que tenha ocorrido o rompimento de um dos cabos por causa do excesso de
passageiros.
Vamos praticar o que aprendemos?
Produza uma notícia com algum fato acontecido e que você considera importante.
Observe os elementos que compõem uma notícia.
Não esqueça o título
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PRODUÇÃO DE TEXTO
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Ficha para autoavaliação
Escolhi um fato importante e atrativo para escrever a notícia?
Organizei as ideias seguindo a estrutura do gênero notícia?
Organizei o texto de forma que facilite a compreensão?
Estive atento a escrita das palavras estudadas nesta unidade?
Baseado em atividades do livro didático Trabalhando com a Linguagem, 6º ano , Givan Ferreira...[et al] Quinteto Editorial,2006
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Bibliografia
Beltrão, Eliana Santos. Novo Diálogo/ Eliana Santos Beltrão, Tereza Gordilho-
1ªed. – São Paulo: FTD, 2006, 5ª série, 6ºano, pp. 129,130.
Beltrão, Eliana Santos. Novo Diálogo/ Eliana Santos Beltrão, Tereza Gordilho- 1ªed.
– São Paulo: FTD, 2006 6ª série, 7ºano pp. 238, 239.
Delmanto, Dileta, Português: ideias & linguagens, 6ºano/ Dileta Delmanto, Maria
da Conceição Castro. – 13. ed.reform. – São Paulo: Saraiva, 2009.
Dicionário da Língua Portuguesa comentado pelo Professor Pasquale - Barueri,
SP: Gold Editora, 2009.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15800 LEMLE, Míriam, Guia Teórico do Alfabetizador. São Paulo. Editora Ática. 2002
MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo. Ática, 2008. PP 31-33-35.
O aprendizado da ortografia/Artur Gomes de Morais, (org)- Algumas fontes de
dificuldade na aprendizagem de regras ortográficas – Lúcia Lins Browne rego,
Lair Levi Buarque. Belo Horizonte. Autêntica, 2005.
PROJETO BURITI: português/organizadora Editora Moderna; obra coletiva
concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna: editora responsável
Marisa Martins Sanchez - 1ª ed.- São Paulo : Moderna , 2007, p.28-29. 5ºano.
Trabalhando com a Linguagem/ Givan Ferreira. [et al.]: Ilustrações Fábio Cruz ...[
et al.] – 1ªed.- São Paulo – Quinteto Editorial, 2006. 6ªsérie, p. 174.
Vieira, Maria das Graças/ Figueiredo Regina. Ler, entender, criar – Livro Didático.
2004, p. 76