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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

FICHA PARA CATÁLAGO

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICO

Título: A aprendizagem significativa e prazerosa do voleibol

Autor Marinês Refati

Escola de Atuação Colégio Est. Orlando Luiz Zamprônio.

Município da escola Santa Lúcia.

Núcleo Regional de

Educação

Cascavel.

Orientador Profº Dr. Inácio Brandl Neto

Instituição de Ensino

Superior

UNIOESTE- Marechal Candido Rondon/PR

Disciplina/Área (entrada no

PDE)

Educação Física.

Produção Didático-

pedagógica

Unidade Didática.

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as

diferentes disciplinas

compreendidas no trabalho)

Público Alvo

(indicar o grupo com o qual

o professor PDE

desenvolveu o trabalho:

professores, alunos,

comunidade...)

Alunos de 6º ano.

Localização

(identificar nome e endereço

da escola de

implementação)

Colégio Estadual Orlando Luiz Zamprônio. Santa Lúcia Pr.

Avenida Américo Mantovani n° 259

Apresentação:

(descrever a justificativa,

objetivos e metodologia

utilizada. A informação

deverá conter no máximo

1300 caracteres, ou 200

palavras, fonte Arial ou

Times New Roman,

tamanho 12 e espaçamento

simples)

Percebe-se cada vez mais a indisciplina e o desinteresse

por parte de alguns alunos em relação às aulas de

Educação Física. Com o intuito de tentar resolver essas

atitudes resolveu-se lançar uma proposta alternativa nas

aulas de Educação Física utilizando o voleibol e

atividades e jogos cooperativos e, no final, verificar a

opinião dos alunos. Além de praticar e aprender

significativamente os fundamentos da modalidade

pretende-se diminuir situações como agressividade,

desrespeito e competição, que levam ao individualismo e

a exclusão. Com essas ações espera-se despertar o

gosto e o interesse pelo voleibol nos anos subsequentes.

A forma utilizada para desenvolver as aulas para o 6º

ano será através de jogos e brincadeiras voltadas para a

ideia da cooperação. Também foram elaboradas

questões com a finalidade de realizar discussões durante

as aulas sobre o assunto. A expectativa é gerar

mudanças de valores e atitudes que gostaríamos que

estivessem presentes não apenas nas aulas, mas

também em qualquer convivência social pautada no

entendimento, na aprendizagem crítica, na paz e na real

democracia.

Palavras- chave (3 a 5 palavras)

Educação Física; Voleibol; Atividades e Jogos Cooperativos.

UNIDADE DIDÁTICA

Professora: Marinês Refati

Orientador: Inácio Brandl Neto

Área/disciplina: Educação Física

IES Vinculada: UNIOESTE – Marechal Cândido Rondon

Núcleo: Cascavel

Escola de Implementação: Colégio Estadual Orlando Luiz Zamprônio Ensino

Fundamental e Médio – Santa Lúcia

Público objeto de intervenção: Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental do

Colégio Estadual Orlando Luiz Zamprônio de Santa Lúcia

Unidade Didática: A aprendizagem significativa e prazerosa do voleibol

TÍTULO: A aprendizagem significativa e prazerosa do voleibol

1 – APRESENTAÇÃO

Durante os vários anos de trabalho junto às escolas públicas de ensino

fundamental, percebeu-se cada vez mais a indisciplina e o desinteresse por parte

de alguns alunos em relação às aulas de Educação Física. Mas, junto aos demais

docentes, vimos que nas outras disciplinas também este fato estava ocorrendo.

Devido a essas atitudes resolveu-se lançar uma proposta alternativa para

melhorar essas questões referentes à aprendizagem significativa, à

agressividade, ao desrespeito e a competição, que levam ao individualismo e a

exclusão. Nessa perspectiva observou-se a necessidade de mudança nas

práticas pedagógicas na tentativa de mostrar outras formas de aprendizagem e

convivência aos alunos/as, em que estão implícitos valores humanistas. E no

caso da Educação Física, as atividades e jogos cooperativos apresentam as

perspectivas de mudanças de valores e atitudes que gostaríamos que estivessem

presentes não apenas nas aulas, mas também em qualquer convivência social

que se fundamenta no entendimento, na aprendizagem crítica, na paz e na

democracia.

Nos dias atuais outros conhecimentos sobre as abordagens pedagógicas

começaram a surgir para encaminhamento e implantação nas escolas, afim de

que essas atitudes possam transformar numa aprendizagem cooperativa e

significativa. O pensamento é propor atividades e reflexões com ideias

integrativas de aceitação de si mesmo, de confiança, de respeito, para o bem

estar de uma pessoa e um grupo, que são alicerces para construção de

identidade pessoal.

Esta unidade didática está separada em módulos sobre os temas a serem

discutidos e realizados: atividades e jogos cooperativos e os fundamentos e jogos

de voleibol (com propostas cooperativas). Os módulos serão desenvolvidos

através de atividades cooperativas seguidas de fundamentos básicos do voleibol

e também de um mural com frases aproveitando o ano da copa do mundo no

Brasil para discutir com o alunado sobre violência nos esportes x cooperação. Ao

término de cada aula será realizado um feedback focalizado nas ações realizadas

e nos valores e atitudes que aconteceram, que segundo SOLER (2003), é de

suma importância para que se possa discutir e disseminar as ideias cooperativas

ao grupo após a atividade.

MÓDULO 1 - COOPERAÇÃO

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos.

São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros

com espírito de fraternidade” (BRASÍLIA - Constituição da República Federativa

do Brasil, 1988).

Na Constituição todos os cidadãos têm os mesmos direitos e

responsabilidades, com isso a atividade será desenvolvida onde todos participam

com incentivo e sem desigualdades, pois o objetivo primordial dos jogos

cooperativos é criar oportunidades para o aprendizado cooperativo, e a

consequente interação cooperativa prazerosa. Este pensamento levado em ação

na aula significa a participação efetiva de todos os alunos nas atividades e

aprendizagens, e numa situação em que, por exemplo, as regras combinadas

sejam cumpridas sem a intervenção docente ou através de arbitragens, isto é, o

próprio aluno deve reconheçer algum tipo de infração ou a discórdia seja resolvida

sem desavenças e democraticamente.

Ao iniciar as atividades de implementação, será realizada uma abordagem

sobre as diferenças entre cooperação e competição. Em seguida serão

desenvolvidas as atividades de cooperação mostrando a importância de se

trabalhar em grupo. No final da implementação, o alunado responderá um

questionário opinando sobre o processo desenvolvido baseado na cooperação.

De acordo com Brotto (2001, p.45),

os Jogos Cooperativos surgiram da preocupação com a excessiva valorização dada ao individualismo e à competição exacerbada, na sociedade moderna, mais especificamente, na cultura ocidental. Considerada como um valor natural e normal na sociedade humana, a competição tem sido adotada como uma regra em praticamente todos os setores da vida social. Temos competido em lugares, com pessoas e em momentos que não precisaríamos, e muito menos, deveríamos. Temos agido assim como se essa fosse à única opção.

Muitos fatores dificultam que os jogos cooperativos sejam vistos como

dinâmicas essenciais na vida do alunado, por motivos como o individualismo, a

desconfiança, a falta de clareza, de objetivos, a falta de comunicação, a

competição, a pressa, a falta de organização e planejamento e ausência de

liderança. São muitas as hipóteses levantadas a respeito da opção para competir,

é inevitável a disputa, a exclusão, a agressividade. A competição é vista pelos

indivíduos que lutam pela superioridade pessoal desejando dominar os outros e o

resultado muitas vezes é o forte sentimento de inferioridade e uma falta de

interesse social. Segundo BROTTO (1997), necessitamos jogar com a

cooperação e jogar contra a competição (exclusão).

Atividades:

DINÂMICA “CAIXA DE PRESENTE”.

De acordo com o número de alunos seleciona-se o número de qualidades

relacionadas no texto. Uma caixa de presente tendo dentro dela um pirulito para

cada aluno, podendo prender no pirulito alguma mensagem de acordo com o

tema do trabalho que está sendo desenvolvido. Exemplo: amizade, coleguismo,

trabalho em equipe, etc. O último aluno que receber a caixa de presente dividirá

com os colegas o presente. Os alunos deverão estar dispostos em círculo.

SENSIBILIZAÇÃO

Para Amaral (2007), ao se despertar a sensibilidade que existe dentro de

cada um de nós, independente das limitações de qualquer natureza, nos

entregamos às oportunidades de enfrentar os desafios que encontramos ao

interagir com as mais diferentes pessoas, levando-nos a repensar posturas e

apostar no caminho que valorize o ser humano em sua particular existência,

oportunizando o acesso de todas as pessoas e reconhecendo-as como

integrantes da sociedade.

JOGO DE APRESENTAÇÃO: Cada aluno se apresenta com o seu nome e uma

característica que comece com a mesma inicial do nome: Por exemplo: Maria -

maravilhosa, João - joia, etc. Ou pode ser feito assim:

- Cada aluno fala o seu nome e uma coisa que gosta muito de fazer;

- Cada aluno fala o seu nome e o que tem para oferecer ao grupo;

- Cada aluno fala o seu nome e uma coisa que mais gosta de comer, etc.

IDENTIDADE DO GRUPO: Reconhecimento dos iguais:

1. Se eu pudesse ser vitorioso em algum esporte, qual escolheria?

2. Se eu tivesse que viver em alguma estação (primavera, verão, outono, inverno)

qual seria?

3. Se eu pudesse mandar o meu professor (a) para algum lugar, para onde seria:

a) SPA b) Curso de atualizações c) Viagem para o Nordeste.

4. Se eu pudesse ser um instrumento, qual seria?

5. Se eu pudesse vencer um desafio atual, qual seria?

6. Se eu pudesse curar uma doença, qual seria?

7. Se eu pudesse eliminar um preconceito, qual seria?

8. Pelo que estou encantado/a atualmente?

9. O que eu quero e preciso resolver?

10. Qual a expectativa em relação a esse trabalho? (Aprendizagem significativa).

Depois de respondida as questões, cada aluno vai conferir com os outros a

quantidade de respostas iguais. Para encerrar a atividade, todos poderão

compartilhar sensações e ideias, ler e responder em voz alta, etc.

JOGO DO ANJO: Da mesma forma que o “amigo secreto”, cada um sorteia uma

pessoa que será sua protegida sem que a mesma perceba, durante o tempo

estipulado (exemplo: estipular junto com os alunos, se a revelação será em 2

meses). Durante todo o tempo estipulado para a brincadeira, a ideia é que cada

um “cuide” da pessoa que sorteou, com bilhetinhos, doces, abraços, aperto de

mão, beijinhos, e qualquer coisa que faça o bem. O jogo termina no prazo

estipulado pelo grupo e os anjos e protegidos serão revelados. E, assim como no

amigo secreto, vale combinar de levar uma lembrançinha.

OBS: É importante que durante todo o período estipulado a brincadeira seja

estimulada, para que não perca a graça.

GATA CEGA: Alunos de olhos vendados andam pela sala de aula lentamente, e

quando tocam em alguém, tentam adivinhar quem é, sugerindo que a pessoa faça

algum som. Variação: apenas com o toque.

Ao finalizar as atividades de sensibilização, sentar em círculo para que os

alunos socializem as experiências vividas e os sentimentos envolvidos.

SACO DE BATATAS GIGANTES OU TODOS NO SACO: As crianças são

solicitadas a entrar num saco (primeiro em pequenos grupos) e tentam

movimentá-lo de um lugar para o outro. Elas podem mover o saco engatinhando

coordenadamente, rolando ou pulando.

BALÃO / BEXIGA: Cada aluno recebe um balão (bexiga). Após todos terem

enchido seu balão:

- Em um espaço mais amplo, manter seu balão no ar com suaves toques;

- Variar as possibilidades de toques no balão, mãos, cabeça, ombros, joelhos;

- Aos poucos o professor irá tocar seus alunos no ombro, aquele que for tocado

deverá deixar a atividade, mas seu balão permanecerá, tendo que ser mantido no

ar pelos seus colegas. Os que saírem devem observar o grau de dificuldade de

seus colegas para darem conta da tarefa de manterem todos os balões no ar;

- Ao final das atividades, todos deverão estourar seu balão, promovendo mais um

momento de descontração e bem estar entre seus alunos.

Para Soares et al. - Coletivo de Autores - (1992, p. 65),

“o jogo (brincar e jogar são sinônimos em várias línguas) é uma invenção do homem, um ato em que sua intencionalidade e curiosidade resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a realidade e o presente”.

Brincar (o jogo em aula) torna o aluno capaz de estabelecer conexões

entre o imaginário e o simbólico. Para VAZ et al. (apud DCEs, 2006, p. 25),

[...] as brincadeiras são expressões miméticas privilegiadas na infância, momentos organizados nos quais o mundo, tal quais as crianças o compreendem, é relembrado, contestado, dramatizado, experienciado. Nelas as crianças podem viver, com menos riscos, e interpretando e atuando de diferentes formas, as situações que lhes envolvem o cotidiano. Desempenham um papel e logo depois outro, seguindo, mas também reconfigurando, regras. São momentos de representação e apresentação de apropriação do mundo.

Segundo Brown (1994), os princípios do jogar o jogo cooperativo

apresentam-se como a participação de todos, sem que alguém fique

excluído...onde o objetivo e a diversão estão centrados a metas coletivas e não

individuais. O autor afirma ainda que a experiência do jogo cooperativo acontece

através do riso compartilhado.

ANJO DA GUARDA: Vendas para os olhos e alunos em duplas. Uma das

pessoas será vendada e a outra deverá conduzir seus passos no caminho

indicado e que possui obstáculos. Uma vez completado o percurso, trocam de

lugar.

SPLASH: O facilitador trata de explicar que todos devem fugir, exceto um, que

será o pegador. Para evitar ser pego, o fugitivo, a qualquer momento poderá parar

e juntar as mãos e gritar: “splash”. A partir desse momento estará salvo e

congelado. Para ser salvo, um de seus colegas deverá entrar entre seus braços,

que estarão estendidos e dar-lhe um abraço. Enquanto se está dentro dos braços

e não tiver dado o abraço, os dois estão a salvo.

TOCO-COLO: Colar a mão direita em uma parte da roupa branca do outro, a mão

esquerda na roupa escura e pé direito no pé esquerdo do colega. Formar os

grupos. Depois cada grupo tenta se deslocar e colar no outro grupo sem se

descolar.

ATIVIDADE COM CORDA: Com uma corda grande, os alunos deverão ficar em

fila e um por vez passar por baixo da corda não podendo deixar “batida vazia”, ou

seja, sem que alguém passe correndo por baixo da corda enquanto ela está

sendo batida.

Como podemos observar anteriormente, as características das atividades

enquanto fonte de criação e como modo lúdico de comunicação estão presentes

na cooperação. De acordo com o Brown (1994), o jogo cooperativo possui várias

características que se refletem em possibilidades de trabalhos em grupo. Eles

também Libertam da Competição, Libertam da Eliminação, Libertam para criar e

Libertam da agressão física. A cooperação cria condições para transformar a

desigualdade, produzindo situações de igualdade e relações humanas onde cada

um sente a liberdade e a confiança para trabalhar em conjunto em função de

algumas metas comuns. A cooperação vai além dos jogos cooperativos, Pode-se

usá-la como estratégia para buscar a igualdade e a justiça com o grupo.

- ATIVIDADES E JOGOS COOPERATIVOS: “Podemos vivenciar os Jogos Cooperativos como uma prática re-educativa

capaz de transformar nosso condicionamento competitivo em alternativas

cooperativas para realizar desafios solucionar problemas e harmonizar conflitos”

(BROTTO, 2000, p.60)

São jogos plenamente cooperativos os quais se necessita da colaboração

de todos os que jogam. E cada pessoa se torna um elemento essencial para se

alcançar o objetivo do jogo. Não há a exclusão, e nem discriminação, e todos

jogam pelo prazer de continuar jogando. E o professor é o mediador ou

“facilitador”. Para facilitar um jogo é preciso mostrar alegria, entusiasmo e riso,

pois o jogo é cooperação e celebração (SOLER, 2003).

Brotto (1999) explica que quando jogamos cooperativamente, podemos

reconhecer que a verdadeira vitória não depende da derrota de outros. Que o

principal valor está na oportunidade de conhecer melhor nossas próprias

habilidades, potenciais e cooperar para que os outros realizem o mesmo. Para

este autor o jogo possui funções essenciais, importantes na formação do ser

humano tais como: serve para explorar, reforça convivência, equilibrar corpo e

alma, produzir normas, valores e atitudes, fantasiar, induz a novas

experimentações e torna a pessoa mais livre.

PASSANDO PELO TÚNEL: Este é um jogo de pega-pega, em que todas as

pessoas devem fugir de um pegador. Aqueles que forem apanhados têm que ficar

imóveis, e com as pernas abertas. Os que ainda não foram apanhados podem

passar por baixo das pernas de quem está imóvel, e este estará salvo. Cada

participante tem dupla missão, fugir e salvar seus parceiros de jogo.

GRUPO AMARRADO: Construir uma pista de obstáculos com cones, cordas. O

grupo formando um círculo, com todos voltados para fora, deverá estar amarrado.

A atividade é passar pela pista de obstáculos, procurando não derrubar nenhum.

Para tanto será necessário a máxima cooperação de todos.

CADEIRA LIVRE: Formar um círculo com cadeiras, com uma cadeira a mais que

o número de participantes. Todos sentam deixando uma cadeira livre. O jogo

inicia com os participantes sentados, imediatamente, à direita e a esquerda da

cadeira livre, disputando o assento. Aquele que sentar primeiro, fica e fala em voz

alta: - Eu sentei... O segundo senta na cadeira que está livre e diz: - no jardim... O

terceiro senta e diz: - com meu amigo (ex: Carlos). O amigo chamado, sai de sua

cadeira e senta-se ao lado daquele que o chamou, deixando consequentemente,

a cadeira que ele ocupava “livre”. A partir daí, o jogo continua repetindo todo o

processo para ocupar a “Cadeira Livre” e completar a frase: “Eu Sentei no Jardim

com meu amigo...” Posteriormente podemos deixar mais uma “cadeira livre” para

que ocorra o maior número de trocas (BROTTO, 2001).

LEVANDO A BOLA: necessitam-se dois bastões ou vassouras e uma bola. Em

duplas, a turma deve ser separada em dois grupos. Cada grupo deve ficar em

lados opostos da quadra na formação em coluna. Com os bastões, a primeira

dupla deve levantar a bola e carregá-la até a dupla do lado oposto, que deve fazer

o mesmo, e assim por diante. Pode-se estipular um tempo para a tarefa ser

realizada por todas as duplas.

PEGA CORRENTE

Todos à vontade, um será o pegador. Aquele que o pegador tocar, segura sua

mão, procurando pegar outro. Quem vai sendo pego forma uma corrente que, ao

chegar ao n° de 08 divide-se em duas de quatro e segue a brincadeira.

VARIAÇÃO: pega - foge igual. O mesmo nº que estiverem os pegadores deverá

estar os fugitivos. Ex: três de mãos dadas pegando e os demais alunos formam

grupo de três de mãos dadas fugindo.

Trabalhando com atividades cooperativas, percebe-se a formação para o

desenvolvimento do cidadão baseada no respeito e no agir com o outro em favor

de um objetivo coletivo. Para Brotto (2001), os jogos cooperativos ampliam a

visão sobre a realidade refletida no jogo. Agimos e jogamos da mesma maneira

que vivemos dependendo das nossas crenças e valores.

EXPECTATIVAS E PONTOS GERAIS DE REFLEXÃO SOBRE O MÓDULO I.

A partir das atividades realizadas espera-se que acabe “as panelinhas”, a

descriminação, a exclusão e despertem o gosto em trabalhar em equipe.

REFLEXÕES E DISCUSSÕES DAS ATIVIDADES:

Conhecimento referente aos Jogos Cooperativos. Gostaram das

atividades? Foi divertida? O que perceberam? Foi difícil realizar as atividades?

Teve trabalho em equipe? Quais os valores que vocês acham que foram

trabalhados/utilizados para desenvolver estas atividades? Conseguiram sozinho

realizar a tarefa? Foi melhor com o grupo? Alguém não colaborou? Em grupos

vocês poderiam elaborar outras atividades parecidas com essas?

Na opinião de Orlick (1989, p.14), devemos trabalhar para mudar o sistema

de valores, de modo que as pessoas controlem seus próprios comportamentos e

comecem a se considerar membros cooperativos da família humana.

Temas a serem refletidos:

- Quais os pontos positivos e negativos vocês acham que estão presentes na

escola? Violência? Agressividade? Panelinhas? Exclusão? Descriminação?

- O que você vê ou percebe de diferente nestas aulas? Houve mudanças de

relacionamento entre alunos e o professor?

A cooperação é necessária para resolver tarefas e problemas juntos,

através de relações baseadas na reciprocidade e não no poder e controle, mas a

nossa própria cultura é atrelada pela competição, recompensamos os vencedores

e rejeitamos os perdedores, porém as experiências cooperativas são a melhor

maneira de aprender a compartilhar, a socializar-se e a preocupar-se com os

demais.

- Na escola quais são os cuidados com os materiais usados nas aulas de

educação física? Os materiais são suficientes para a realização das aulas? A

quadra esportiva é adequada para a realização das aulas? O que está faltando?

Vocês acham correto investir tanto dinheiro na copa do mundo, construção de

estádios e olimpíadas? Quanto dinheiro poderia ser aplicado nas melhorias das

escolas? Vocês concordam que todo esse dinheiro seja aplicado nesses eventos

e nada nas escolas?

Vivemos numa sociedade capitalista onde a educação está em segundo

plano, percebemos nas aplicações desses investimentos em eventos que são

realizados por pouco tempo, pois uma parte desses investimentos poderiam ser

aplicados para a melhoria de materiais esportivos e quadras para garantir uma

boa preparação para os nossos educandos. Segundo OSCAR SANTIAGO

RODRIGUES (2011), a sociedade moderna baseada na sociedade do

conhecimento não pode aceitar que a educação esteja basicamente a serviço da

economia; ela tem um papel político e social maior, uma justificação mais

profunda em si mesma.

MÓDULO 2 - VOLEIBOL

“O jogo de voleibol fascina uma grande multidão de adeptos no Brasil”

(CAMPOS, 2006, p.21).

O Voleibol contribui para a formação e desenvolvimento global dos alunos,

como os outros jogos desportivos. Por um lado, faz apelo às mais variadas

capacidades físicas, nomeadamente, força, velocidade, flexibilidade,

coordenação, agilidade e também possibilita que se desenvolvam as capacidades

intelectuais, pois tem técnicas e tácticas que lhe são características e que a todo

o momento estimulam os alunos a reagir e procurar respostas consoantes às

situações com que se deparam no decorrer do jogo. Possibilita ainda que se

fomente o espírito de grupo, a cooperação, a inter-ajuda (ajuda mútua) e a

comunicação. Segundo Campos (2006), o voleibol é uma recreação agradável e

um processo poderoso de aproximação e estímulo, incentivando todos, pois é um

esporte coletivo que agrada, diverte e beneficia. Como não existe contato direto

entre os praticantes, normalmente não causa muitas intrigas nas aulas e a

tendência do jogo é de ficar voltado à superação individual e coletiva.

O Voleibol para as aulas de Educação Física na escola traz várias

possibilidades de execução conforme o ano em que o alunado se encontra, e,

além disso, muitas maneiras divertidas e variadas de aprendizagem. E entre elas

existem fórmulas com elementos cooperativos, que serão apresentadas a seguir.

Conforme o objetivo e a possibilidade (técnica) dos estudantes, sugere-se

inicialmente, que se segure a bola e aos poucos se libere (rebater) o último toque,

depois o penúltimo e o último e posteriormente o primeiro (os três toques).

VOLEIBOL COOPERATIVO

- Toda vez que alguém passa a bola por cima da rede, essa pessoa tem que

passar por baixo da rede e se juntar à outra equipe. Nessa versão, há troca

constante de equipe.

- As duas equipes tentam manter o jogo longo, fazendo pontos coletivamente.

Em partidas sucessivas tentam melhorar esse resultado.

- Depois de sacar, o jogador junta-se à outra equipe. Isto é, quando termina o jogo

todos terão jogado nas duas equipes.

- Antes de devolver a bola, todos os integrantes de uma equipe têm que tocá-la.

Isto é, em vez da regra de três toques, cada membro da equipe tem que tocar na

bola antes de passá-la sobre a rede.

VOLEIBOL REDE VIVA: Três grupos. Um grupo fica no lugar da rede e os outros

dois se posicionam normalmente em cada lado da quadra. Temos duas

possibilidades de se iniciar o jogo. Primeiro, o facilitador joga a bola para a direita

ou esquerda, e então os alunos recebem a bola e efetuam 3 toques, ou o número

a combinar, e lançam a bola por cima da rede. A equipe que errar irá no lugar da

rede e a equipe que estiver na rede ocupa o lugar na outra equipe. Sugere-se

também a contagem até três pontos para realizar a troca.

VARIAÇÃO: Continuamos com as três equipes nas mesmas posições, mas um

aluno da equipe efetuará o saque e a outra receberá e dará os toques

necessários para passar para o outro lado. Mas, agora apenas o aluno que errar

irá para a ponta da rede e o da outra extremidade da rede ocupará o lugar dele na

quadra. Nesta variação os alunos farão rodízio toda vez que conseguirem passar

a bola para a outra quadra fazendo com que o jogo fique movimentado, e que os

alunos fiquem constantemente atentos. Esta variação pode ser realizada com

pequenos grupos e quadra menor.

VOLEI PEGA: Separa-se a turma em dois grupos, sendo que um fica em um lado

da quadra e o outro no lado oposto. O jogo inicia com o saque e a outra equipe

executará 3 ou 5 passes, conforme as possibilidades dos alunos. Toda vez que a

bola cair no campo contrário, a equipe que deixou cair a bola sai correndo para

fugir tendo que tocar em algum lugar determinado pelo facilitador, e a outra

equipe tenta pegar os fugitivos. Aquele que for pego passa a fazer parte da outra

equipe. Os alunos podem ficar dispostos livremente na quadra de voleibol, mas

temos que ter o cuidado para que todos possam participar do jogo, tocando na

bola e mudando de posição quando necessário. De acordo com o grau de

conhecimento do esporte podemos fazer o rodízio ou simplesmente colocar os

alunos que estavam na defesa para o ataque e vice-versa.

VOLEIBOL GIGANTE: Separa-se as crianças em dois grupos, um grupo de um

lado da rede e outro do outro. O objetivo é fazer com que a bola caia do lado

contrário, passando por cima da rede. As regras devem ser discutidas com o

grupo: Competitivo um time contra o outro; Cooperativo: a criança que jogou a

bola para o lado contrário, também vai para o lado contrário. Devem-se criar

regras com as crianças. Sugere-se um rodízio cada vez que a bola é jogada para

o lado contrário e que se fixe um local onde o aluno que estiver faça a finalização.

VOLEIBOL GRANDE RODÍZIO COOPERATIVO: Os participantes trocam de lado

da quadra, toda vez que acontecer uma falta, existirá um grande rodízio entre os

participantes, com exceção dos que estiverem na posição 03. No sentido horário,

todos deverão ir uma posição adiante, da seguinte maneira: 1 para a 6; 6 para a

5; 5 para a 4; 4 para a 2 do outro lado. Os participantes que estiverem na posição

3 podem ser fixos ou trocarem de time a cada determinado número de pontos (05,

por exemplo) ou espaço de tempo.

VOLEIBOL QUEM TOCA SAI: Ficam três participantes fora da quadra (em cada

lado) e outros seis iniciam normalmente o jogo. O primeiro que tocar na bola de

um lado da quadra deve sair imediatamente e o outro que estiver fora entra

rapidamente no lugar dele, durante o jogo. A mesma coisa deve acontecer do

lado contrário. No início sugere-se fazer segurando a 1ª bola (a que vem do lado

contrário).

FUTEBOL DE REBATIDA COM AS MÃOS: 1- Delimita-se o campo de jogo na

quadra de voleibol; 2- dividem-se os alunos em duas equipes mistas

diferenciando-os com coletes, o outro material; 3- bola colocada no chão e no

centro da quadra; 4- ao apito os alunos tentam conseguir a posse da bola e a

equipe que conseguir poderá mover a bola somente no chão e o braço funcionará

como um bastão como se fosse o movimento da manchete podendo passar,

quantas vezes necessárias para fazer o gol na equipe contrária. Vence a equipe

que marcar mais gols no tempo marcado.

JOGO DO “TODOS TOCAM”: Neste jogo, as regras comuns e os objetivos do

voleibol tradicional são quase totalmente quebrados. Aqui, como o nome já diz, o

objetivo é fazer com que TODOS os componentes do time participem do jogo.

Além disso, é valorizada a estratégia dos times para cumprir o objetivo.

1. Faz ponto a equipe que passar a bola para o lado oposto por cima da rede,

utilizando um toque válido de voleibol.

2. Para passar a bola para o outro lado, todos os membros da equipe devem ter

tocado pelo menos uma vez na bola (sempre com toques válidos de voleibol). O

grupo que conseguir que todos toquem antes de enviar a bola para o lado oposto

já marca um ponto.

3. A equipe que vence o rally (ou seja, a equipe que marcaria ponto se o jogo

fosse de voleibol tradicional) recomeça com a bola, ou seja, tem a oportunidade

de executar sua estratégia e sair marcando um ponto. Normalmente, a estratégia

utilizada pelos grupos é colocar o mais habilidoso no centro, para distribuir as

bolas para os demais, que tornam a tocar para esse elemento mais habilidoso. O

jogador com menos recursos técnicos fica em uma posição que facilita a sua ação

e, com a prática, a tendência é que aumente sua habilidade nos movimentos

relativos ao voleibol. Esse fator diferencia muito o voleibol tradicional desse jogo,

pois, no jogo tradicional, o menos habilidoso tem sua tarefa dificultada, já que o

objetivo é derrubar a bola e, portanto, dificultar a ação do jogador adversário. O

companheiro desse jogador, por sua vez, dificulta sua participação, porque, sendo

menos habilidoso, não recebe muitas bolas, e assim, não pratica o suficiente para

se tornar mais habilidoso. Nesse voleibol modificado, ocorre o contrário, pois,

além da posição melhor, a bola lhe é jogada de modo a facilitar a sua ação

sempre, pois é necessário que todos toquem na bola. E ainda temos um fator

muito importante para as aulas de Educação Física ou para atividades reunindo

um grande número de participantes: muitas pessoas podem jogar ao mesmo

tempo (na verdade quanto mais gente melhor), ao passo que, no voleibol

tradicional, enquanto 12 pessoas jogam, as outras ficam de fora do jogo,

excluídas. Essa modificação acaba com isso, pois todos jogam ao mesmo tempo.

Temos nesse jogo, portanto, uma maior inclusão do que no jogo tradicional, uma

participação muito maior, pois o objetivo é facilitar para o outro ao invés de

dificultar, eliminando, assim, o tempo gasto com a busca da bola, e uma mudança

no objetivo do jogo, que passa a ser ajudar, ao invés de vencer. Além desses

componentes motores e afetivos-sociais, temos a solução de situações-problema

e elaboração de estratégias como pontos altos da atividade. Com o decorrer do

jogo, outras modificações podem ser propostas, como: o limite de toques por

jogador (1, 2 ou 3 no máximo); a proibição de cortadas; a bola recomeça com

quem perdeu o rally. E outras que o professor julgar adequadas para que os

objetivos de aprendizagem e cooperação sejam atingidos.

JOGO DOS “ADVERSÁRIOS COMPANHEIROS”: O objetivo nesta modificação é

aumentar o grau de cooperação entre os dois lados da rede, pois, na modificação

anterior, apesar de todos tocarem na bola e facilitarem esse toque entre os

membros do time, o objetivo é dificultar a ação dos adversários, pois, se vencer o

rally, a equipe tem a vantagem de iniciar com a bola. A facilitação aos menos

habilidosos, a cooperação, a inclusão e a resolução de situações-problema, nessa

modificação, atingem um valor maior que no jogo do TODOS TOCAM.

As modificações são:

1. São duas equipes. A equipe “A” e a equipe “B”.

2. Inicia-se o jogo com uma equipe (por exemplo, a equipe A) dentro da quadra,

dividida como quiser nos dois lados da rede de vôlei. Enquanto isso, a equipe (B)

fica fora da quadra, aguardando sua vez.

3. Um dos dois lados da rede inicia a jogada: todos os jogadores desse lado

devem tocar pelo menos uma vez na bola antes de tocá-la para o outro lado.

Quando a bola passa de um lado para o outro, a equipe inteira marca 1 ponto

(lembrando que a equipe está divida nos dois lados da rede).

4. Quando a bola cai, a equipe A sai da quadra (dos dois lados) e a equipe B

entra para fazer a mesma coisa. Notamos que, nessa modificação, além da

facilidade aos menos habilidosos citada na modificação anterior, ela acontece

também para o “adversário” do outro lado da rede, pois esse, sendo o mesmo

time, irá jogar a bola “na mão” do suposto adversário, fazendo com que a

quantidade de prática seja grande, junto com a aprendizagem motora. A mudança

de paradigma do voleibol também é enorme, pois, ao invés dos jogadores

objetivarem a derrubada da bola, dificultando a ação do outro, o objetivo passa a

ser a manutenção da bola o mais tempo no ar, facilitando a ação do outro.

VOLEIBOL EM DUPLAS SEGURANDO SACO OU COLETE

- Cada dupla segura um saco ou colete e tenta passar a bola de voleibol para

outra dupla. Serão feitos desafios em pequenos ou grandes grupos, considerando

tentativas sem deixar a bola cair e o tempo estipulado (que podem ser metas

colocadas pelo grupo). Num segundo momento faz-se um jogo com a rede na

altura normal (feminino ou masculino) com as duplas estando separadas nos dois

lados da quadra. As regras podem variar, podendo deixar a bola quicar uma vez

quando vem do outro lado ou não, e obrigar a utilização de passes antes de

lançá-la para o outro lado. Além disso, pode-se proibir o deslocamento da dupla

após ter conseguido encaixar a bola no colete ou saco.

MINI-VOLEIBOL

- Inicia-se com a bola sobre a rede, jogando 1 x 1, 2 x 2 ou 3 x 3, conforme a

quantidade de materiais e alunos. Arremessando a bola para o outro lado da

quadra, tentando fazer com que ela caia no solo.

- No segundo passo a criança deve aprender a passar e movimentar colocando-

se sob a bola. Pode-se exigir que a bola seja segura em posição de toque, pode-

se jogar 1 x 1 , 2 x 2, 3 x 3, conforme o número de alunos.

- O passo seguinte pode-se iniciar o ensino dos fundamentos básicos de forma

mais sistematizada: (saque, manchete, toque, ataque, defesa).

- O mini-voleibol no quarto momento é uma sequência do processo de ensino-

aprendizagem de modo contínuo, com o aprimoramento dos fundamentos e as

táticas do mini-voleibol.

Temas a serem refletidos:

O que acharam das atividades do voleibol? Já conheciam estas novas

formas de se jogar? Todos participaram das atividades? Foi difícil? Houve a

valorização dos colegas? Todos tiveram oportunidade de tocar na bola? O que

vocês sentiram ao realizar estas atividades? Alegria? Tristeza? Que outros

sentimentos ou atitudes perceberam? Conseguiram aprender os fundamentos

da modalidade? Existem muitos outros tipos de atividades que podem ser

trabalhadas nessa fase, mas o jogo de voleibol é de fundamental importância para

motivação da aula. Os fundamentos podem ser desenvolvidos/aprendidos com

educativos usando toque de dedos, manchete, saque, e outras técnicas de forma

agradável e colaborativa. A aula deve ser dinâmica e fazer com que o/a aluno/a

reflita sobre os movimentos e tente executá-los com consciência, tornando-os

significativos e prazerosos. No jogo de voleibol “da escola” (nas aulas), o

professor deve estar o tempo todo adequando regras, sem impedir a expressão

dos movimentos dos alunos (CAMPOS, 2006).

MÓDULO 3 – PROPOSTA PARA SEQUÊNCIA DE AÇÕES/ATIVIDADES

Neste módulo serão apenas citadas as atividades que se pretende

desenvolver na sequência das aulas, pois a descrição delas já está alocada

anteriormente. Apesar da proposta estar sendo apresentada por aula, é de nosso

conhecimento a quantidade de situações (variáveis) que podem ocorrer durante

elas, significando que se deve levar em conta muito mais a sequência das

atividades do que a possibilidade da ocorrência regular das aulas. Por exemplo, a

terceira atividade da primeira aula poderá ser muito diversificada e ser repetida ou

complementada na aula seguinte.

Primeira aula Objetivos:

- Estimular a cooperação, socialização entre alunos e professor;

- Valorizar o trabalho em equipe;

- Orientar sobre a aprendizagem do gesto básico da manchete;

- Aprimorar a atenção e a observação;

- 1- Dinâmica para aceitação e cooperação entre o grupo

Atividade 1:

- DINÂMICA “CAIXA DE PRESENTE”

Reflexão sobre a dinâmica: Já conheciam esta dinâmica? O que sentiram ao

receberem a mensagem? O que o presente significou? Existem entre vocês os

temas propostos? O que é necessário para aceitar os temas? É possível nas

aulas ter esses temas como exemplo do dia a dia?

Atividade 2:

- GRUPO AMARRADO

Atividade 3:

- BRINCADEIRAS EM DUPLAS COM SACO OU COLETE

Cada dupla segura um saco ou colete e tenta passar a bola de voleibol

para outra dupla. Serão feitos desafios em pequenos ou grandes grupos,

considerando tentativas sem deixar a bola cair e o tempo estipulado (que podem

ser metas colocadas pelo grupo).

Questões e reflexões: Conhecem outra atividade parecida com essas

trabalhadas? Em equipes realizar outras atividades para envolver o grupo todo ou

criar outra atividade semelhante as realizadas para assim melhorar o

relacionamento entre os colegas.

OBS: Após as atividades trabalhadas fazer um jogo de voleibol sem regras

somente estimular e ir despertando o gosto pela modalidade.

Segunda aula

Objetivos:

- Reforçar o trabalho em grupo;

- Integração, participação, cooperação e resolução de problemas;

- Estimular a aprendizagem do toque e da manchete em grupos;

- Desenvolver habilidades, tais como raciocínio, atenção e observação.

- 2- Dinâmica para integração ao meio social.

Atividade 1:

- JOGO DE APRESENTAÇÃO

Reflexão sobre a dinâmica: Que sensação sentiu ao pronunciar um adjetivo ao

seu nome? Vocês costumam fazer sempre o que mais gostam? Por quê? Vocês

oferecem ajuda a quem precisa ou são egoístas? Vocês acham que existe

panelinhas, descriminação, exclusão, desinteresse, competitividade entre vocês?

Atividade 2:

- JOGO DOS “ADVERSÁRIOS COMPANHEIROS”.

Terceira aula:

Objetivos:

- incentivar a ajuda e a participação de todos (todos são importantes)

- Praticar os fundamentos de voleibol: saque, toque e manchete.

Atividade 1:

- PEGA CORRENTE

Os alongamentos serão demonstrados pelo professor em seguida

executado pelos alunos, variando com outros tipos de alongamento feitos pelos

alunos e diferenciando de acordo com o conhecimento deles.

- Deslocamento com movimentação à frente e atrás. Na quadra de voleibol de

quatro a quatro alunos, três ficam virados de frente e um fica de costas na

posição de recepção de bola no formato de rodízio.

- Deslocamento com fundamento de jogo. Um aluno fica de frente para rede

jogando a bola, os demais alunos no outro lado fazendo o toque de dedos. A

mesma atividade sem a rede, entre outros educativos de toque de dedos.

- Saque no paredão e na zona de saque: alunos/as efetuarão o movimento do

saque por baixo.

Atividade 2:

- MINI-VOLEIBOL

Questões e reflexões: O que vocês acharam do mini-voleibol? Foi difícil executar

Os fundamentos básicos do voleibol? Se sentiram atraídos por este esporte?

A partir do momento que eles dominam os fundamentos básicos pode-se

aumentar o grau de dificuldade, dando noção do voleibol “da escola”, objetivando

o gosto e a aprendizagem.

As aulas seguintes terão continuidade das aulas anteriores usando

atividades citadas na unidade didática como jogos cooperativos e fundamentos

básicos seguidos de jogos de voleibol.

Quarta aula:

Objetivos:

- Praticar os fundamentos de voleibol: saque, toque e manchete.

- Estimular e incentivar a pratica do voleibol.

- Incentivar e estimular a cooperação.

Atividade:

- JOGO DE VOLEIBOL “TODOS TOCAM”

O professor apresenta variados tipos de alongamentos onde os alunos

executarão, se houver dificuldades o professor auxiliará. Praticar os fundamentos

básicos de voleibol de forma variada: toque de bola (dois a dois, três a três com

deslocamentos para frente). Manchete (no paredão sobre a rede, dois a dois).

Saque (sobre a rede, acertar o círculo marcado), entre outros educativos. De

preferência em forma de desafios ou metas decididas pelos alunos, exemplo: Três

alunos decidem que vão executar 15 manchetes sem deixar a bola cair, mas a

bola tem que passar sempre por todos.

Questões e reflexões: Gostaram das atividades praticadas? Qual fundamento

vocês sentiram mais dificuldade em realizar?

Quinta aula:

Os objetivos da quinta aula até décima segunda aula, serão os mesmos, pois

servem para:

-Estimular e incentivar a prática do voleibol;

- Praticar os fundamentos de voleibol: saque, toque e manchete;

- Incentivar e estimular a cooperação;

- Desafiar os alunos a executar o maior número de: saque num alvo, toque de

bola e manchete.

Os alunos serão orientados para realizar o movimento do saque por baixo

e o posicionamento correto do corpo. Exercício para execução de saque: tentar

acertar o maior número de saque em alvos (como cesta de basquete, dentro da

quadra de voleibol, no bambolê, no alvo em paredão).

Atividade 1: Voleibol com saco

Atividade 2: voleibol de base.

Sexta aula:

Com orientação do professor os alunos irão executar o movimento correto

de como as mãos devem ter o contato com a bola no toque de dedos. Incentivar

os alunos a realizarem toques em grupos de três. Desafiar o colega verificando a

quantidade de toques que consegue sem que a bola caia no chão.

Atividade 1: splash

Atividade 2: Caçador comum e caçador com rede alta.

Sétima aula:

Ainda realizar o fundamento de toque de bola com metas e desafios.

Exemplo: dois a dois; um joga a bola e o outro rebate em toque de bola, e vice-

versa. Atinge a meta quem conseguir executar o maior número de toque sem que

a bola caia. A meta pode ser sugerida pelos alunos.

Atividade 1: Passando pelo túnel

Atividade 2: Rebatida (beisebol).

Oitava aula:

Desenvolvimento do fundamento de manchete, posicionamento das mãos

e braços, além do domínio da bola para que eles compreendam a maneira correta

da posição dos braços e mãos. Ensinar a posição do corpo para melhor

impulsionar a bola.

Exercício da manchete dois a dois: um joga a bola e o outro recebe com o

movimento da manchete e envia a bola novamente, e senta. E assim

sucessivamente. Ainda dois a dois: desafio entre eles: quem consegue realizar o

maior número de manchete sem a bola cair no chão?

Atividade 1: Balão/ bexiga

Atividade 2: Voleibol rede viva.

Nona aula:

Continuação com o fundamento manchete ou recepção. Alunos em

quartetos: um será o que envia a bola e os demais recebem a bola fazendo um

revezamento (indo atrás da coluna). Um elástico ou uma corda servirá como rede

e os alunos deverão enviar a bola por cima (aprendizagem da recepção).

Atividade: voleibol gigante cooperativo.

Décima aula:

Os alunos dentro do espaço da quadra esportiva em grupo de três ou

quatro executarão somente o toque de bola sem que ela caia no chão. Também

executar a manchete sem deixar a bola cair. Na zona de saque, em dois grupos,

primeiro um executa o saque depois o outro grupo fará o mesmo, tentando fazer a

bola ultrapassar a rede. Quem não conseguir, pode se aproximar da rede.

Atividade: voleibol com dois locais de saída e entrada cooperativo.

Décima primeira aula:

Treino do movimento da cortada na posição parada; colocação do corpo e

da mão frente a bola; braços vem balanço de atrás para a frente e para cima, com

o intuito de se aumentar a impulsão do salto; e o braço que ira bater na bola é

puxado num movimento circular à frente do corpo. Os pés são fundamentais

devem tocar no solo e desenvolver o movimento mata-borrão. Treino de

movimento da corrida e salto; atrás da linha dos três metros executar o

movimento da corrida e o salto.

Atividade: Voleibol quem jogar a bola para lá vai para lá.

Décima segunda aula:

Desenvolver os fundamentos do voleibol em forma de desafio: duvido você

realizar dez toques sem deixar a bola cair; doze manchetes; de dez tentativas

acertar duas na cesta de basquete; fazer o movimento da cortada sem tocar na

rede. O aluno pode colocar a meta e tentar. Você consegue realizar o movimento

da cortada sem tocar na rede? O que tem que fazer para saltar o mais alto

possível?

Atividade: voleibol com regras estipuladas por eles.

Décima terceira aula:

Três grupos de mais ou menos seis alunos. Eles devem executar somente

toque de bola sem que ela toque o solo. O aluno que deixar a bola cair troca de

grupo. Depois fazer só com a manchete.

Atividade: voleibol a primeira bola deixar tocar no solo.

Décima quarta aula:

Dois a dois deslocando-se com toque de bola da linha de fundo até a linha

central. Desafio: qual a dupla que executa o toque de bola até a linha central sem

que a bola caia no chão. Realizar o mesmo procedimento com o fundamento

manchete.

Grande círculo: todos executam o toque de bola e o aluno que deixar a

bola cair vai para o centro. Ele fará o movimento tocando para todos os colegas.

Após executar somente a manchete com o mesmo desafio o aluno que deixar a

bola cair irá ao centro e assim sucessivamente.

Atividade: Voleibol só valerá ponto se acontecer os três toques.

Décima quinta aula:

Praticar o saque: o aluno deverá acertar o saque onde os colegas

estipularem o alvo. Dois a dois e um em cada lado da rede: toque de bola e

manchete sobre a rede, tocando a bola passando por toda a rede. Caso a bola

cair sem ter passado por toda a rede, a dupla vai para o final da fila. Depois, se a

bola cair, pode continuar até o final da rede.

Atividade: voleibol começando a contagem de pontos.

Décima sexta aula:

Duas equipes de 6 alunos. Em cada cesta uma bola de voleibol para cada

equipe. Cada aluno deverá tocar a bola tentando fazer a cesta e se colocar atrás

de sua coluna e assim sucessivamente. A equipe que fizer seis cestas primeiro

vencerá. Fazer também com os fundamentos manchete e saque o mesmo

procedimento (quem fizer seis cestas primeiro vencerá). Obs.: o aluno que errar

vai para a outra equipe. O grupo pode colocar desafio para ele próprio vencer,

inclusive por tempo.

Atividade: Jogo de voleibol quem toca sai.

Questões e reflexões: Ao final da aplicação dos fundamentos do voleibol,

argumentar: Gostaram de como foi ministrado os fundamentos? Sentiram

dificuldades de executar? Qual deles achou mais interessante? Porquê? Houve

ajuda? Como e quando? Aprenderam os movimentos técnicos? Como são? Ainda

existem dificuldades?

Segundo CAMPOS (2006 p. 39), o voleibol é um esporte fundamental para

o desenvolvimento do aluno, e a ele proporciona uma gama de movimentos a ser

explorados. É um ótimo esporte para a integração social dos alunos.

Após a realização da proposta os/as discentes responderão um

questionário opinando sobre as atividades ministradas.

REFERÊNCIAS

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MEDINA, João Paulo O brasileiro e seu corpo. Campinas: Papirus, 1987. ORLICK, Terry Vencendo a Competição. São Paulo: Círculo do Livro, 1989. RODRIGUES, Santiago Oscar. Revista Economia e Educação. Belo Horizonte – 20 de junho, 2011. SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba, 2006. SOARES, C.L. et al. (Coletivo de Autores). Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

FONTE / SITES DAS ATIVIDADES CITADAS

BRANDL NETO, Inácio. Voleibol: Práticas alternativas frente aos novos Paradigmas. Caderno de Educação Física: estudo e reflexões. Marechal Cândido Rondon-PR. Vol.4 n.7 e 8, 2002.

BROWN, Guilhermo. Jogos cooperativos: Teoria e Prática. 2ª edição. São Leopoldo, RS: Sinodal, 1994. Tradução: Rui Bender.

http://www.tiobill.com.br/

PIEROTTI, Juliana Assef. Caderno de Jogos Cooperativos.

RIYIS, Marcos Tanaka. Voleibol Semi-Cooperativo. Revista Jogos Cooperativos. São Paulo. Edição 2 - Ano II - Outubro/Novembro de 2002, p.18. SOLER, Reinaldo. Jogos Cooperativos para educação infantil. Rio de Janeiro: Editora Sprint, 2003.

SOLER, Reinaldo. Jogos cooperativos. 3. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2006. SOLER, Reinaldo. Brincando e Aprendendo com os Jogos Cooperativos. Rio de Janeiro: 2ª edição: Sprint, 2008.