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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA ___________________________________________________________________
MIRIAN JAQUELINE COELHO
A UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO TRADICIONAL E DE
INFORMÁTICA NO ENSINO DA DISCIPLINA DE FÍSICA
LONDRINA 2013
MIRIAN JAQUELINE COELHO
A UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO TRADICIONAL E DE
INFORMÁTICA NO ENSINO DA DISCIPLINA DE FÍSICA
Produção Didática Pedagógica - Unidade Didática de Intervenção Pedagógica na Disciplina de Física - apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional a SEED/PR, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina.
Orientador: Prof. Dr. Américo Tsuneo Fujii
LONDRINA2013
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
TÍTULO: A UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO TRADICIONAL E DE INFORMÁTICA NO ENSINO DA DISCIPLINA DE FÍSICA
PROFESSOR PDE: MIRIAN JAQUELINE COELHO
DISCIPLINA: FÍSICA
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: COLÉGIO ESTADUAL HERMÍNIA ROLIM LUPION – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
MUNICÍPIO: SABÁUDIA
NRE: APUCARANA
PROFESSOR ORIENTADOR: DR. AMÉRICO TSUNEO FUJII
INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR: MATEMÁTICA
RESUMO: A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de ensino que contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos, proporcionando melhor interação entre professor e estudantes, e isso propicia o desenvolvimento cognitivo e social no ambiente escolar. Neste contexto, propõe-se no presente projeto, experimentos com a utilização dos laboratórios tradicional e de informática, também a utilização de materiais de baixo custo para alunos de 1º,2º e 3º ano, as atividades serão trabalhadas em forma de contra turno no período noturno onde o espaço dos laboratórios é menos usado. Com isso poderemos analisar qual a real situação dos laboratórios de informática das escolas hoje, como tem evoluído a prática educacional após a instalação desses laboratórios nas escolas e quais os principais problemas encontrados por professores e alunos durante o uso desses laboratórios, já que os laboratórios tradicionais como sabemos são pouco usados e muito mal equipados. Os conteúdos serão trabalhados em sala de aula e as práticas realizadas nos laboratórios, assim poderemos observar onde há maior participação e interesse por parte dos alunos. As atividades serão analisadas e avaliadas pelos alunos em relatórios descritivos ao final de cada prática.
PALAVRAS-CHAVE: EXPERIMENTAÇÃO;LABORATÓRIOS;FÍSICA
FORMATO DO MATERIAL DIDÁTICO: PRODUÇÃO E AVALIAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS.
PÚBLICO ALVO: ALUNOS DO 1º, 2º E 3º ANO DO ENSINO MÉDIO.
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ...................................................................................................5
2 INTRODUÇÃO..........................................................................................................6
3 EXPERIMENTAÇÃO ............................................................................................. ..7
4 ATIVIDADES ......................................................................................................... ..7
5 OBJETIVOS..............................................................................................................8
5.1 Objetivo geral...................................................................................................8
5.2 Objetivos específicos......................................................................................9
6 AVALIAÇÃO.............................................................................................................9
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................10
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 11
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1 APRESENTAÇÂO
Esta Unidade Didática é dedicada ao tema Experimentação, tendo
como foco Movimento. No estudo dos movimentos é indispensável trabalhar as
ideias de conservação de momentum e energia, pois elas pressupõem o estudo de
simetrias e leis de conservação. Propomos trabalhar atividades contextualizadas que
permitam a manipulação de materiais pelos estudantes e professor, bem como o uso
do laboratório de informática, que além de fonte de pesquisa também será usado
como ferramenta de trabalho onde serão realizadas as representações dos
movimentos que nos livros didáticos são representados apenas por figuras estáticas,
em duas dimensões e também pelas simulações que permitirão a interatividade
entre o aluno e o recurso tecnológico disponível no laboratório. Serão convidados a
participarem deste projeto, alunos de 1º, 2º e 3º em forma de contra turno, de
maneira a proporcionar à aqueles que tenham um pouco mais de dificuldade na
disciplina, um apoio e um incentivo à pesquisa e aqueles que gostam e têm
facilidade que venham participar e aprender de maneira diferente das aulas
tradicionais em sala de aula.
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2 INTRODUÇÃO
O Programa de Desenvolvimento Educacional foi planejado para
proporcionar aos seus participantes a oportunidade de estudar assuntos
relacionados à sua área de atuação. Estes estudos são coordenados por IES,
oportunizando Estudos de Professores PDE na área de Física em pesquisas com
temas relacionados às novas metodologias, sendo tratado nesse trabalho o conceito
de Movimento.
Esse material apresenta uma proposta de trabalho, com o conteúdo
Movimento, tratado mais intensamente no 1º ano, mas diretamente ligado a
conteúdos de 2º e 3º ano, ou seja, presente na física dentro ou fora dos livros
didáticos e por essa razão, estendida a participação para as demais séries.
O tema Movimento está ligado ao contexto social dos estudantes e
ao seu cotidiano, esta proposta vem desafiar o aluno a compreender esse fenômeno
e a sua relação com demais conceitos da física, como massa, força, energia entre
outros. Que o aluno possa estabelecer relações da física com outros campos do
conhecimento e que isso possa contribuir para compreensão significativa de
conceitos sociais, políticos e econômicos, e que ele seja capaz de utilizar esse
conhecimento em diversas situações e aplicações.
As atividades serão elaboradas em grupos, destacando a
importância de oferecer aos alunos a troca de ideias e informações sobre os
conteúdos tratados a fim de construir seu conhecimento de forma significativa.
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3 EXPERIMENTAÇÃO
É muito comum não existir nas escolas brasileiras laboratórios
equipados para que professores e alunos tenham melhores condições de fazer suas
práticas, no entanto, muitas dessas práticas podem ser desenvolvidas na própria
sala de aula.
Trabalhar com experimentos é muito importante para desenvolver
habilidades de raciocínio no aluno e motivá-lo para o aprendizado significativo.
O ponto de partida para a elaboração de uma aula prática é saber
qual o objetivo que se quer atingir com o experimento. Depois, verificar os materiais
necessários e se for o caso substituir por outros materiais disponíveis, existem
materiais alternativos e de baixo custo que ajudam a superar a carência em muitas
situações.
A simulação computacional também contribui nas atividades de
ensino sendo mais um recurso pedagógico de mediação do saber que fazem parte
literalmente da vida do aluno. O aluno irá visualizar fenômenos físicos através da
simulação computacional e relacionar com o que ele já sabe expandindo e
estimulando a aprendizagem entre o aluno, seu mundo e o conhecimento.
Por fim a contribuição da simulação desenvolve no aluno a
capacidade de propor explicações, analisar, argumentar e interagir diante de
situações-problemas no qual o professor deve criar possibilidades para que o aluno
possa buscar avanços para a construção do conhecimento científico.
Esse modelo diferenciado de ensino vem de encontro com as
expectativas do professor em sanar ou pelo menos minimizar o problema que
enfrenta todos os dias em sala de aula, que é a desmotivação e falta de interesse
por parte de muitos alunos.
4 ATIVIDADES
Em sala de aula:
1- Revisão de conteúdos;
2- Leitura dos textos;
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3- Vídeos – Movimento;
4- Resolução de exercícios e relatórios.
No laboratório tradicional:
1- Jipe sem freio – Inércia;
2- Medindo velocidade da bolha – Movimento Uniforme;
3- Corrida de carros na rampa – Variação de velocidade;
4- Pêndulo Simples - Valor de g e a variação do período.
No laboratório de informática: Trabalhar com animações e
simuladores:
1- O homem em movimento- Traçar o movimento definindo posição,
velocidade ou aceleração;
2- Rampa- Força e Movimento- Atividade envolvendo força, energia
e trabalho;
3-Pêndulo simples- Encontrar o valor de g, descobrir como um
período varia em função da massa, do comprimento da corda e da amplitude do
balanço;
4- Árvore na rodovia- Cálculos com velocidade média;
5- Calcular a rapidez média - Permite determinar a velocidade média
dos corpos em movimento;
6- Gráficos espaço - tempo- Gráficos do corpo em movimento.
5 OBJETIVOS
5.1 Objetivo Geral
Utilizar material didático pedagógico de apoio referente ao conteúdo
de física que possa ser trabalhado no laboratório tradicional, bem como no
laboratório de informática pela professora de Física para os alunos do 1º, 2º e 3º ano
do Ensino Médio do Colégio Estadual Hermínia Rolim Lupion.
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5.2 Objetivos Específicos
- Proporcionar atividades práticas que facilitem a elaboração de
conceitos de movimento, força e energia de maneira significativa.
- Investigar a eficácia das atividades práticas, com a utilização da
informática para a formação de conceitos de movimento, força e energia pelos
alunos.
- Analisar os resultados obtidos nas práticas desenvolvidas no
laboratório tradicional e de informática.
− Descrever relatórios, comparando o resultado das práticas.
6 AVALIAÇÃO
A avaliação deve-se fazer presente no processo educativo, tanto
como meio de diagnóstico do processo ensino aprendizagem quanto como
instrumento de investigação da prática pedagógica. A avaliação deve ser um
instrumento de processo contínuo para enriquecimento de aprendizagem,
considerando os aspectos históricos, conceituais e culturais, cuja finalidade é a
promoção e não a classificação do aluno, primando pela qualidade da
aprendizagem.
Segundo a DCE do Paraná, ao elaborar uma proposta de prática
avaliativa, alguns critérios são fundamentais para verificar se o aluno:
• Compreende os conceitos físicos;
• Tem capacidade de análise de um texto, seja ele literário ou
científico, para uma opinião que leve em conta o conteúdo físico;
• Tem capacidade de elaborar um relatório sobre um
experimento ou qualquer outro evento que envolva a Física;
Para a avaliação do desempenho dos alunos no decorrer deste
trabalho, pretendemos utilizar recursos de avaliação como: avaliação prévia do
conhecimento sobre movimento, registros escritos de observações de como os
alunos assimilam o conteúdo proposto elaborando relatórios ao final de cada
atividade, observação de como estão interpretando e executando as tarefas nos
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laboratórios, se estão analisando os fenômenos de forma adequada e avaliação final
escrita os grupos, para averiguar a evolução de conhecimento do conteúdo
proposto.
Não há sentido em avaliar apenas para constatar se o aluno
aprendeu ou não o conteúdo, tomando isso como sentença definitiva, mas que essa
avaliação venha contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem
dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se
concretize.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entende-se que a Física deve educar para cidadania, contribuir para
o desenvolvimento de um sujeito crítico, que em sua formação e cultura possa
agregar valores de que o conhecimento científico é uma construção humana com
significado histórico e social.
Que a experimentação no ensino de Física contribua para relacionar
a teoria e prática, a compreensão do universo, permitindo ao aluno discutir a
construção do saber científico como produto da cultura humana, sua evolução e sua
interação no processo de transformação.
A utilização de atividades experimentais e com o uso de novas
tecnologias como componente essencial nas estratégias de ensino de Física tem
sido destacada por professores e alunos como uma das maneiras mais frutíferas de
se minimizar as dificuldades de aprender e de ensinar física de modo significativo.
Os recursos estão chegando dia a dia nas escolas, os alunos cada
dia mais inseridos nos avanços tecnológicos, então cabe a nós educadores buscar
alternativas e metodologias que tornem nossas aulas mais significativas e
interessantes, proporcionando ao aluno além do interesse pelo conhecimento, o
prazer em aprender.
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REFERÊNCIAS
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BARBOSA, A. C. C.; CARVALHAES, C. G.; COSTA, M. V. T.. A Computação numérica como ferramenta para o professor de Física do Ensino Médio. Rev. Bras. Ens. Fis., São Paulo, v. 28, n. 2, 2006. BARRA, V. M.; LORENZ, K. M. Produção de materiais didáticos de ciências no Brasil, período: 1950 a 1980, ed. D., Departamento de Métodos Técnicas da Educação, Universidade Federal do Paraná, 1986.
BARREIRO, A. C. M.; BAGNATO, V. Aulas demonstrativas nos cursos básicos de física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v.09, n.3: p.238-244, 1992.
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FREIRE, P. Conscientização: teoria e prática da libertação - uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes, 1980.
MEDEIROS, A.; MEDEIROS, C. F. Possibilidades e Limitações das Simulações Computacionais no Ensino de Física. In: Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 24, n. 2, Junho de 2002.
MOREIRA, M. A. Uma abordagem cognitivista ao ensino de física. Porto Alegre:Editora da universidade, 1983.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: Física. Curitiba 2008. TORRES, Carlos Magno A; PENTEADO, Paulo César M. Ciência e Tecnologia. São Paulo, 2005.
SITES:
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/educacao_ambiental/educacao . Acesso em 15 maio de 2013.
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A Física na Escola. Publicação da Sociedade Brasileira de Física. Disponível em: www.sbfisica.org.br/fne. Acesso em 15 jun. 2013. Caderno Brasileiro de Ensino de Física. Publicação da Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: www.fsc.ufsc.br/ccef/ . Acesso em 18 de jun. 2013. http://www.fisica.seed.pr.gov.br . Acesso em: 15 nov. 2013.