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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

1

1 – FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-

PEDAGÓGICA – PDE TURMA 2014

TÍTULO: A PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

DE PAIÇANDU - PR

AUTOR Gerson da Silva

DISCIPLINA/ÁREA Geografia

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO

DO PROJETO E SUA

LOCALIZAÇÃO

Colégio Estadual Vercindes Gerotto dos

Reis.

Rua Ângelo Bertazzo, 487, Jardim Santa

Efigênia.

MUNICÍPIO DA ESCOLA Paiçandu – PR

NÚCLEO REGIONAL DE

EDUCAÇÃO

Maringá

PROFESSOR ORIENTADOR Claudivan Sanches Lopes.

INSTITUIÇÃO DE ENSINO

SUPERIOR

Universidade Estadual de Maringá.

RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR História e Sociologia.

RESUMO Esta produção didática terá como objetivo

principal diagnosticar a percepção

ambiental dos alunos do ensino médio de

um colégio estadual na cidade de

Paiçandu, situada na Região Norte do

Estado do Paraná. Através da

compreensão dos conceitos de topofilia e

topofobia e da identificação dessas áreas

na cidade, procuraremos desenvolver o

sentimento de pertencimento ao lugar,

além da ampliação das habilidades de

observação, análise e representação da

paisagem. Em prévia análise percebemos

certa não-valorização do próprio lugar,

em parte dos alunos, no que diz respeito

às características sociais e econômicas

de Paiçandu, principalmente quando

comparadas à cidade de Maringá, sede

2

da região metropolitana na qual está

inserida. Diante destas constatações

optaremos por aprofundar o diagnóstico

sobre quais as motivações que levam

parte dos alunos a uma percepção afetiva

em relação ao lugar, denominada pelo

geógrafo Yi-Fu Tuan (2012) de topofílica,

ou a uma percepção que leva à rejeição,

chamada de topofóbica. Por meio de

processos educativos buscaremos

construir junto aos alunos percepções

positivas sobre a cidade, ao mesmo

tempo em que tentaremos contestar as

percepções negativas socialmente

produzidas a respeito de Paiçandu,

principalmente aquelas que são fruto de

preconceitos gerados por certa

incompreensão das funções

desempenhadas por esta cidade e

Maringá na dinâmica socioespacial de

uma região metropolitana.

PALAVRAS-CHAVE Ensino de Geografia; Percepção

Ambiental; Topofilia; Topofobia;

Paiçandu.

FORMATO DO MATERIAL

DIDÁTICO

Unidade didática.

PÚBLICO Alunos do 2º ano do ensino médio.

3

2 - APRESENTAÇÃO

Esta Unidade Didática será produzida a partir de reflexões diversas que

terão a percepção ambiental e a cidade de Paiçandu – PR (FIGURA 1), como

focos principais. Buscaremos, nesse contexto, diagnosticar a percepção

ambiental de um grupo de alunos do ensino médio do Colégio Vercindes

Gerotto dos Reis, sobre a cidade de Paiçandu, visando evidenciar o sentimento

de pertencimento ou não destes em relação à sua própria cidade.

Como estratégia procuraremos compreender, considerando os

pressupostos da Geografia da percepção, os conceitos de topofilia e topofobia,

e ainda identificaremos áreas que poderão ser consideradas topofílicas e

topofóbicas na cidade de Paiçandu – PR; também buscaremos contestar

possíveis percepções topofóbicas da população em relação à cidade, visando

desenvolver sentimentos de pertencimento ao lugar, além de ampliar,

considerando a percepção ambiental, as habilidades de observação, análise e

representação da paisagem.

Levaremos em consideração, para realização deste trabalho, os já

citados conceitos de topofobia e topofilia, este último indicado pelo geógrafo Yi-

Fu Tuan (2012), que em seu livro intitulado “Topofilia: um estudo da percepção,

atitudes e valores do meio ambiente” apresenta estudos sobre os sentimentos

e sensações que um ser humano pode ter em um determinado lugar, bem

como os motivos que podem levá-lo a caracterizar esses sentimentos como

sendo de afetividade e/ou rejeição.

De acordo com Tuan (2012), a percepção de um indivíduo em relação

ao lugar onde vive ou a um lugar qualquer pode ser influenciada por diversos

fatores, moldados tanto pelo meio social como pelo meio físico, sendo que em

qualquer uma dessas formas, essa percepção estará condicionada

principalmente às experiências e vivências anteriores que cada indivíduo traz

consigo. Acrescentamos que esse conjunto de experiências e vivências em

muito reflete o caráter pessoal na relação ambiente-percepção, e daí pode

ocorrer o surgimento de sentimentos para com o lugar, podendo este ser de

afetividade (topofilia) ou ainda de rejeição, denominado (topofobia).

4

FIGURA 1

LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PAIÇANDU

Desta forma, para realizarmos um diagnóstico sobre a percepção da

população sobre a cidade de Paiçandu, optaremos por desenvolver atividades

com os alunos do 2º ano do ensino médio do Colégio Estadual Vercindes

Gerotto dos Reis, situado na periferia dessa cidade, por entendermos que

estes, em sua maioria próximos aos 16 anos de idade, já possuírem autonomia

em suas observações e considerações, e ainda em refletir sobre os elementos

que condicionam a existência de determinadas paisagens no perímetro urbano

de um município.

A cidade de Paiçandu, de acordo com dados do IBGE1/2014, conta com

aproximadamente 38.846 habitantes e apresenta IDH médio de 0,716.

5

Pertence à Região Metropolitana de Maringá, com a qual também possui

estreitas afinidades relacionadas às áreas econômicas, sociais e políticas,

observadas, dentre outros, pelo intenso fluxo de veículos nas vias que

interligam as duas cidades.

No entanto, notamos também que ocorre certa comparação em relação

à qualidade de vida e equipamentos urbanos existentes nas duas cidades, o

que tem contribuído para o surgimento de certo desprestígio dos moradores de

Paiçandu em relação ao local onde moram, sem compreender a importância

dessa cidade na configuração da Região Metropolitana de Maringá.

Na tentativa, portanto, de se diagnosticar a percepção de parte dessa

população (principalmente os alunos do ensino médio do Colégio Vercindes

Gerotto dos Reis) e contestar possíveis percepções topofóbicas,

apresentamos, nesta Unidade Didática, uma série de atividades que, dentre

outras, tem o objetivo principal de evidenciar o sentimento de pertencimento,

ou não, dessa população em relação à sua própria cidade.

Em um primeiro momento será necessário apresentar aos alunos alguns

conceitos importantes tratados diretamente pela Geografia da Percepção,

como os conceitos de lugar, topofilia e topofobia, além de alguns fatores que

podem influenciar a percepção dos indivíduos em relação aos lugares onde

vivem, como por exemplo, o tempo em que se mora em um determinado lugar,

as relações sociais e econômicas que se estabelecem nesse lugar e as

características das paisagens natural ou humanizadas que foram

historicamente construídas nesse lugar, dentre e outros.

Da mesma forma, será necessário expor aos alunos os conceitos

básicos referentes à Geografia Urbana, como o conceito de urbanização,

conurbação, funções urbanas e outros, para dar suporte ao entendimento da

importância atribuída à cidade de Paiçandu no contexto da Região

Metropolitana de Maringá.

Simultaneamente apresentaremos atividades de campo, com o objetivo

de se conhecer, na prática, os conceitos de topofilia e topofobia, além de se

6

propor um mapeamento de alguns bairros da cidade, localizando áreas que

podem gerar afinidade e/ou rejeição.

Propomos também que os conceitos apreendidos pelos alunos sejam

socializados para a comunidade escolar, através da exposição de painéis com

imagens, fotografias e noticiários coletados durante as atividades

desenvolvidas em sala de aula e também no contraturno. Da mesma forma,

pretendemos ainda que haja um encaminhamento para a produção de um

documento/relatório a ser entregue ao poder público municipal, como sugestão

para que sejam tomadas providências no sentido de minimizar o impacto de

paisagens topofóbicas na percepção dos moradores da cidade.

Por fim, esperamos que com esse trabalho ocorra a afirmação de um

sentimento de pertencimento por parte da população de Paiçandu em relação à

cidade onde moram, particularmente dos alunos do Colégio Vercindes Gerotto

dos Reis, por meio da valorização de seus espaços topofílicos e possível

esforço na aniquilação de espaços topofóbicos, em um trabalho conjunto com o

poder público municipal.

7

3 – MATERIAL DIDÁTICO

ATIVIDADE 1 – DEFININDO CONCEITOS

2 AULAS EM SALA

CONTEÚDO Geografia da Percepção, conceitos de lugar, topofobia e

topofilia.

OBJETIVO Compreender, considerando os pressupostos da

Geografia da Percepção, os conceitos de lugar, topofilia e

topofobia

DURAÇÃO 2 aulas

MATERIAL

UTILIZADO

Quadro de giz, tv pen-drive, imagens, gravuras, papel

sulfite, lápis e lápis de cor.

ATIVIDADE Introdução aos conceitos de lugar, topofobia e topofilia.

APRESENTAÇÃO

E METODOLOGIA

Adotaremos, para introduzir os conteúdos referentes à

percepção ambiental, um processo de avaliação

diagnóstica como ponto de partida, para se averiguar o

entendimento do conceito de lugar concebido pelos

alunos, para a partir de então, apresentarmos de forma

expositiva, a análise do lugar na perspectiva da geografia

humanista, que é o espaço dotado de valor pelo sujeito

que nele vive, carregado de afetividade, o que o torna

subjetivo. Paralelamente, com a utilização de imagens,

serão apresentados os conceitos de afetividade e

rejeição em relação ao lugar, denominados de topofilia e

topofobia (TUAN, 2012), respectivamente.

PROPOSTA DE

EXERCÍCIOS

Como atividade inicial, utilizando a tv pen-drive, faremos

uma mostra de imagens que retratam lugares da vivência

pessoal do professor, demonstrando visualmente para o

aluno o que seria um lugar, e a percepção do professor

sobre este lugar. Destacaremos a subjetividade gerada

em relação aos sentidos de afetividade (topofilia) ou

rejeição (topofobia). Em seguida os alunos terão a

oportunidade de expressar, em forma de desenhos, o que

seria o “seu lugar”, com uma representação dos lugares

que lhes transmitem afetividade e/ou rejeição.

FINALIZAÇÃO DA Esta atividade será finalizada com a apresentação de

8

ATIVIDADE alguns dos desenhos realizados pelos alunos, e a

consequente intervenção do professor para que se

apreendam corretamente os conceitos trabalhados

durante a aula.

AVALIAÇÃO DO 1º

ENCONTRO

A atividade proposta dará a oportunidade de se proceder

uma avaliação diagnóstica, percebendo o

comprometimento e empenho dos alunos em realizar as

atividades, bem como a compreensão dos conceitos de

lugar, topofilia e topofobia apresentados.

9

A GEOGRAFIA DA PERCEPÇÃO E SEUS

PRINCIPAIS CONCEITOS

Olá alunos, nesta aula abordamos alguns conceitos e definições

importantes para os estudos da Geografia Humanista. É necessário

entendermos corretamente esses conceitos que nos ajudarão a compreender

melhor nosso dia a dia. Vamos relembrar alguns deles:

Conceito de lugar

Observamos então

que para a Geografia

Humanista um lugar é “carregado de afetividade”. O escritor lusófono Mia

Couto interpreta bem essa questão quando define o lugar da seguinte forma:

“Os lugares são da natureza, pensamos. E não há mais que pensar. Mas os

lugares foram fabricados por histórias. E são fazedores de tantas outras

histórias.” (COUTO, 2009, p.75).

Para a Geografia Humanista (ramo da geografia que tem como base as experiências individuais dos sujeitos, sustentados por suas vivências) o conceito de lugar é entendido como “[...] o espaço vivido, dotado de valor pelo sujeito que nele vive [...], é onde a vida se realiza, é familiar, carregado de afetividade, o que o torna subjetivo em extensão e conteúdo, bem como em forma e significado”. (PARANÁ, 2008 p.60).

Vamos agora exercitar nossa memória afetiva. Pense em algum

lugar agradável que fez parte de sua infância, de sua história, e

compartilhe com um colega da sala.

Fontes: http://www.ominutodosaber.com/2011/03/saudades-de-nossa-infancia.html.acesso em

11/09/2014 e http://br.guiainfantil.com/albuns/desenhos-para-colorir-e-pintar/desenhos-de-aniversario-

de-crianca-para-colorir-e-pintar/desenho-para-colorir-de-brinquedos-de-crianca/. Acesso em 25/09/2014

10

Em relação à percepção de um indivíduo sobre um determinado lugar,

observamos que esta percepção é fortemente influenciada pelas experiências

anteriores que cada indivíduo traz consigo. Quanto maiores forem as

experiências do indivíduo em relação a um lugar, maiores serão os

significados desse lugar para esse mesmo indivíduo.

Desta forma, constatamos que a percepção aparece associada à

atitude, que nada mais é do que a postura ou posição que se toma frente ao

mundo, ou frente a situações ou ainda frente às paisagens. A atitude é

formada acima de tudo pelo conjunto de experiências e de vivências que

temos, e essa experiência, além de possuir um caráter pessoal, reflete

muitíssimo o ambiente social em que o indivíduo foi concebido e desenvolveu-

se.

Diante dessas atitudes, que

podem ser caracterizadas como o

“conjunto de experiências” que cada

indivíduo traz consigo, tem-se o

surgimento da topofilia, conceito criado

pelo geógrafo cino-americano Yi-Fu

Tuan, e também, em contraposição, a

topofobia.

Portanto, verifica-se que a percepção do ambiente (quer afetiva ou de

rejeição) é pessoal, e dependente do conjunto de experiências que uma

pessoa traz consigo, haja vista que, em um mesmo ambiente físico ou social,

dois seres humanos, porém com históricos de vida diferentes - portanto com

experiências e atitudes diferentes -, percebem o ambiente de distintas formas,

baseados sobretudo em suas vivências.

TOPOFILIA “É o elo afetivo entre a pessoa e o

lugar ou ambiente físico”. (TUAN,

2012, p.19),

TOPOFOBIA Em contraposição à topofilia, é o

sentimento de rejeição ou medo em

relação ao lugar.

11

1 – Em um papel em branco, desenhe um lugar com o qual você possui

afinidade (topofilia) e que pode ser chamado de “o seu lugar”.

2 – Agora desenhe algum lugar em que na sua percepção ocorre um

sentimento de rejeição (topofobia).

3 – Como atividade para casa, fotografe três lugares (de sua casa ou não)

que você considere topofílico e outros três que considere topofóbico. Não

esqueça de escrever os motivos de sua percepção.

ATIVIDADES

12

ATIVIDADE 2 – CONHECENDO A PERCEPÇÃO DO AMBIENTE

(TOPOFILIA E TOPOFOBIA)

2 AULAS EM SALA

CONTEÚDO Geografia da Percepção, conceitos de lugar, topofobia e

topofilia.

OBJETIVO Desenvolver, considerando a percepção ambiental,

habilidades de observação, análise e representação da

paisagem.

DURAÇÃO 2 aulas

MATERIAL

UTILIZADO

Quadro de giz, tv pen-drive, imagens, gravuras, papel

sulfite, lápis e caderno.

ATIVIDADE Descobrindo os fatores que podem influenciar a

percepção do ambiente.

APRESENTAÇÃO

E METODOLOGIA

Retomaremos a aula anterior, em que foram

apresentados os conceitos de topofobia e topofilia.

Analisaremos nesse momento, de forma expositiva e com

uso de figuras, os fatores que podem influenciar a

percepção dos indivíduos em relação aos lugares onde

vivem, como por exemplo, o tempo em que se vive no

lugar; as relações sociais e econômicas que acontecem

nesse lugar; as características das paisagens natural ou

humanizadas que foram historicamente construídas

nesse lugar; e ainda quando se compara cada uma

dessas características com outros lugares, quer estes

sejam considerados melhores ou piores. Destacaremos

que, de acordo com Tuan (2012), a visão ou percepção

de um indivíduo em relação a um determinado local,

principalmente o local onde vive, é condicionada por

elementos do ambiente social e do ambiente físico, sendo

também fortemente influenciada pelas experiências

anteriores que cada indivíduo traz consigo.

PROPOSTA DE

EXERCÍCIOS

Como atividade para apreender esses conteúdos, os

alunos produzirão um texto em que apresentarão

indicações para uma família escolher a cidade de

Paiçandu para morar. A intenção dessa atividade é

reforçar nos alunos o sentimento de pertencimento ao

seu lugar, e que estes passem a refletir sobre pontos

13

positivos que a cidade de Paiçandu possui para atrair

novos moradores.

FINALIZAÇÃO DA

ATIVIDADE

Esta atividade será finalizada com a apresentação de

alguns textos produzidos pelos alunos, e a percepção

destes em relação à sua própria cidade.

AVALIAÇÃO DO 2º

ENCONTRO

A avaliação desta etapa acontecerá através da

observação do comprometimento e empenho dos alunos

em realizar as atividades, bem como a compreensão dos

fatores que podem influenciar a percepção dos indivíduos

em relação ao lugar onde vivem.

14

CONHECENDO A PERCEPÇÃO DO

AMBIENTE

Caros alunos, depois de entendermos corretamente alguns conceitos

relativos à percepção ambiental, como por exemplo lugar, topofilia e topofobia,

é importante compreendermos os fatores que podem influenciar a percepção

dos indivíduos em relação aos lugares onde vivem.

De acordo com Tuan (2012), existem consideráveis diferenças na

maneira como as pessoas percebem o mundo, ao ponto de considerarmos,

pelas diferenças e preferências próprias de cada indivíduo, existirem “mundos

pessoais”, em que os conceitos e atitudes em relação à vida e ao meio onde se

vive podem variar, pois refletem necessariamente percepções individuais,

podendo mudar de acordo com a idade, sexo ou estrutura social por exemplo.

Portanto, a visão ou percepção de um indivíduo em relação a um

determinado local, principalmente o local onde vive, é condicionada por

elementos do ambiente social e também do ambiente físico, sendo fortemente

influenciada pelas experiências anteriores que cada indivíduo traz consigo.

(TUAN, 2012).

Organizamos abaixo um conjunto de quatro fatores que, separados ou

em conjunto, podem influenciar a percepção das pessoas em relação a um

lugar.

Fonte:http://www.fotosmaisimagens.com/

idosos.html. Acesso em 09/09/2014

1 - O tempo em que se vive no lugar;

Quando uma pessoa chega a um novo lugar qualquer, é natural ocorrer algumas resistências em relação ao mesmo, motivados pela novidade e estranheza que se apresentam naquele momento. Porém, como o passar dos tempos, pode ocorrer uma familiaridade com esse lugar, e as relações de afetividade podem acabar se estreitando, ou não, dependendo do nível de identificação que ocorre entre a pessoa e o ambiente.

15

Portanto, o tempo em que a pessoa vive em um lugar e os eventos que

ali acontecem a partir de sua chegada (proximidade com vizinhos, tragédias

pessoais, ou outros) podem influenciar sua percepção, passando de topofóbica

a topofílica, ou vice-versa.

Desta forma, as relações sociais e econômicas estabelecidas em uma

localidade tendem a aproximar as pessoas pelo convívio, caracterizando um

sentimento de afetividade maior ou menor, dependendo do quanto se esteja

disposto a estreitar essas relações.

Fonte:http://www.mundopediu.com/2013/05/des

enhos-para-colorir-de-paisagens.html.Acesso

em 18/09/2014.

2 - As relações sociais e econômicas que acontecem nesse

lugar; A percepção de uma pessoa também pode ser influenciada pelas

relações sociais que se estabelecem em um determinado lugar, quer sejam com vizinhos, colegas de trabalho, colegas de estudos ou outros, ou ainda pelas relações econômicas, estreitadas pelos atendentes de lojas, padarias, supermercados, farmácias, ou outros, que tendem a denotar uma proximidade afetiva familiar, por exemplo.

3 - As características das

paisagens natural ou humanizadas que foram historicamente construídas nesse lugar;

Um lugar, qualquer que seja, possui características singulares em relação à sua paisagem, quer seja ela ainda pertencente a uma natureza muito ou pouco preservada ou a uma paisagem altamente humanizada. Ambos os cenários atraem olhares diferenciados, há aqueles que se sentem atraídos por paisagens altamente intactas, e ainda aqueles que preferem o panorama de uma floresta de arranha-céus, com agitação de pessoas e lugares para se ir.

16

Observamos então que a preferência por lugares pode ser influenciada

por diferentes e variadas formas de paisagens, sendo que estas atrairão em

maior ou menor grau aqueles que se identificam ou não com elas. Desta forma

encontraremos pessoas que em um momento de férias preferirão ir a uma

fazenda ou casa de praia, onde predominam elementos naturais (FIGURA 2) e

outras ainda sentir-se-ão mais atraídas ao visitar cidades onde poderão perder-

se em um mundo de shopping centers, teatros, cinemas e bares (FIGURA 3).

Nestes casos a percepção afetiva por uma paisagem pode acontecer sem que

haja necessariamente a rejeição à outra, resumindo-se apenas a preferências

individuais.

FIGURA 2

Fonte: http://midiaceica.blogspot.com.br/. Acesso em 05/11/2014.

FIGURA 3

Fonte: http://www.webluxo.com.br/menu/negocios/10/shopping-villagemall-rio.htm. Acesso em 05/11/2014.

17

No caso do Município de Paiçandu, observamos que ocorre um

processo de comparação em ralação à cidade de Maringá, motivado por

diversos fatores que tem contribuído, de determinado ponto de vista, para o

surgimento de um sentimento de rejeição de sua própria população para com a

cidade.

Paiçandu, por sua própria relação histórica com Maringá, tem-se

constituído em cidade dormitório, onde os movimentos pendulares de seus

habitantes comprovam a importância da economia maringaense para a

absorção da mão-de-obra dessa cidade, visto o intenso fluxo de veículos nos

horários de pico, nas vias que interligam os dois municípios.

Outro fato importante observado em relação à cidade de Paiçandu é o

relativo descaso do poder público com o planejamento e com os recursos do

município, visto os escândalos em relação ao dinheiro público e cassações de

mandatos de prefeitos e vereadores nos últimos 15 anos ou mais.

Diante destes fatos, e de alguns outros como a sensação de

insegurança gerada pela violência urbana em suas variadas formas, e ainda a

falta de infraestruturas adequadas em alguns bairros, para o bom atendimento

a algumas necessidades básicas da população, como asfaltamento de vias,

postos de saúde, creches, equipamentos de lazer e outros, é que observamos

certa não-valorização por parte dos habitantes do município de Paiçandu, em

relação à sua própria cidade, visto os muitos problemas urbanos que se

evidenciam e que são veiculados principalmente pelos meios de comunicação

correntes, dando a impressão de se estar em um local insalubre para o bem-

viver, contribuindo para a percepção negativa da população.

4 - Quando se compara cada uma das três características

anteriores com outros lugares, quer estes sejam considerados melhores ou piores.

Uma comparação, mesmo que simples, pode ser injusta para um ou outro lado. Frequentemente se comparam bairros, cidades, países, ou qualquer outro lugar, sem se levar em consideração seu processo de construção histórico-social, e isso geralmente acontece pela falta de entendimento e compreensão das funções que cada lugar exerce em uma rede urbana, por exemplo.

18

1 – Em duplas, produzam um texto em que apresentem indicações para uma

família que queira vir para a região de Maringá, a escolher a cidade de

Paiçandu para morar. Escreva os benefícios que Paiçandu oferece, sem omitir

os problemas urbanos que a cidade apresenta.

ATIVIDADES

19

ATIVIDADE 3 – A CIDADE DE PAIÇANDU E SUA FUNÇÃO URBANA

2 AULAS EM SALA

CONTEÚDO Geografia Urbana e Geografia da Percepção,

OBJETIVO Contestar possíveis percepções topofóbicas da

população em relação à cidade, visando desenvolver

sentimentos de pertencimento ao lugar.

DURAÇÃO 2 aulas

MATERIAL

UTILIZADO

Quadro de giz, tv pen-drive, imagens, gravuras, papel

sulfite, sala de informática, websites.

ATIVIDADE Paiçandu pela mídia.

APRESENTAÇÃO

E METODOLOGIA

Já consolidados os conceitos relativos à Geografia da

Percepção, analisaremos, com a exposição de slides de

imagens, a importância da cidade de Paiçandu dentro da

Região Metropolitana de Maringá, apresentando os

conceitos referentes à Geografia Urbana, como por

exemplo metrópole, região metropolitana e conurbação.

Paralelamente tentar-se-á demonstrar em diálogos com

os alunos a função da cidade de Paiçandu e outras, em

relação à cidade de Maringá, cidade polo da região, bem

como os possíveis problemas urbanos decorrentes do

processo de metropolização.

PROPOSTA DE

EXERCÍCIOS

Como atividade para apreender esses conteúdos, em um

primeiro momento os alunos serão levados a refletir

sobre os principais problemas urbanos que podem

ocorrer em uma cidade, e em um segundo momento

serão deslocados para a sala de informática do colégio, a

fim de coletarem, em websites, notícias veiculadas pelos

diversos meios de comunicação sobre a cidade de

Paiçandu e sobre a Região Metropolitana de Maringá,

para se averiguar em que esta cidade tem se destacado

na imprensa regional. As manchetes serão registadas no

caderno.

FINALIZAÇÃO DA

ATIVIDADE

Esta atividade será finalizada com a apresentação das

manchetes coletadas pelos alunos nos sites de notícias,

e a percepção destes em relação à sua própria cidade.

20

AVALIAÇÃO DO 3º

ENCONTRO

A avaliação desta etapa acontecerá através da

observação do comprometimento e empenho dos alunos

em realizar as atividades, bem como a compreensão dos

conceitos relativos à Geografia Urbana e a função urbana

da cidade de Paiçandu.

21

A CIDADE DE PAIÇANDU E SUA FUNÇÃO URBANA

Para conhecermos melhor a cidade de Paiçandu é preciso,

primeiramente, analisar brevemente seu processo de formação, para que em

um segundo momento possamos compreender suas funções em relação à

região em que se encontra.

O Município de Paiçandu está situado no Noroeste do Estado do

Paraná, a aproximadamente 439 km da capital Curitiba, e a 16 km de Maringá.

De acordo com dados do IBGE1/2014, o município conta com cerca de 38.846

habitantes, possui IDH médio de 0,716 em 2010 e sua economia é baseada

sobretudo na prestação de serviços, de onde estima-se que venha mais de

70% de seu produto interno bruto. Desde o ano de 1998, com a Lei

Complementar Estadual 83/98 constitui com mais 26 municípios a Região

Metropolitana de Maringá, que possui uma população aproximada de 764.906

habitantes.

Criada inicialmente com o nome de Gleba Paiçandu, em 1948, pela

Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, Paiçandu foi desmembrada da

cidade de Maringá em 19 de novembro de 1960, tornando-se nesta data

município autônomo, porém mantendo estreitas relações econômicas, sociais e

políticas com Maringá (IDH 0,808) e outras cidades vizinhas. (IBGE, 2013).

Devido a essa forte relação entre os municípios da Região Metropolitana

e a cidade de Maringá, que possui de acordo com o IBGE1/2014

aproximadamente 391.698 habitantes, ocorre inevitável comparação entre a

qualidade de vida existente nesta cidade, e as outras que compõem sua região

metropolitana, como por exemplo Paiçandu, o que contribui para um olhar

diferenciado de seus habitantes em relação ao seu próprio lugar.

Para melhor compreendermos a função da cidade de Paiçandu dentro

da região em que está inserida, será preciso, primeiramente, conhecermos

alguns conceitos relativos à Geografia Urbana, que nos auxiliarão a melhor

22

perceber a importância do Município de Paiçandu no contexto da Região

Metropolitana de Maringá.

Alguns conceitos importantes para a Geografia Urbana

Urbanização: Acontece quando o crescimento das cidades é maior do que o crescimento da população total. Segundo o IBGE2/(2010), a taxa de urbanização no Brasil é de mais de 84%. Em 1960 esse índice era menos de 45% Fonte:http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?vcodigo=POP122. Acesso em 24/09/2014

Metrópoles: São grandes aglomerações urbanas, com grande contingente populacional. Geralmente as metrópoles se destacam por oferecerem atividades mais especializadas em relação às cidades menores, como por exemplo universidades, bancos, indústrias, hospitais, repartições públicas e outros. Devido a esses serviços as metrópoles acabam por influenciar as cidades menores mais próximas.

Região Metropolitana: Corresponde a toda a área geográfica que envolve uma metrópole e as cidades influenciadas por esta. A Região Metropolitana de Maringá envolve 26 municípios, dos quais Paiçandu, Sarandi, Marialva e outros fazem parte.

Conurbação: É a integração espacial entre duas cidades, de modo a formar uma única mancha urbana, estando interligadas de tal modo a confundir-se espacialmente.

Funções urbanas: É a atividade, econômica ou não, que predomina na cidade e na qual esta mais se destaca. De acordo com suas funções, as cidades podem ser: político-administrativas, turísticas, religiosas, portuárias, industriais, múltiplas, ou outro nas quais possa se destacar.

Hierarquia urbana ou rede urbana: É a ordem de importância de uma cidade em relação a outros centros urbanos, em uma escala regional ou nacional. No Brasil, de acordo com o IBGE (2008) como rede urbana temos: Metrópole, Capital regional, Centro sub-regional, Centro de zona, e Centro local. Fonte:http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=1246. Acesso em 24/09/2014

23

No mundo hoje existem mais de 7 bilhões de pessoas, e segundo a

Organização das Nações Unidas – ONU (2013), aproximadamente metade

delas vivem em áreas urbanas (FIGURA 3). Estimativas apontam que, até o

ano de 2050, mais de 70% da população mundial estará vivendo em cidades.

Em Paiçandu, de acordo com os dados do IBGE2/2010, a população que mora

em áreas urbanas ultrapassa a 98%, o que demonstra o alto índice de

urbanização deste município.

FIGURA 3

Vista parcial da área urbana do Município de Maringá – PR.

Fonte: http://www.anpec.org.br/novosite/br/xvii-encontro-de-economia-da-regiao-sul. Acesso em 12/11/2014

Porém observamos que grande parte das cidades geralmente não estão

preparadas para receber esse grande contingente populacional. Surgem assim

problemas urbanos que acabam por afetar a qualidade de vida dos moradores.

Vamos fazer abaixo uma lista com os principais problemas que

esse volume de população nas cidades pode gerar.

1 6

2 7

3 8

4 9

5 10

24

Um dos principais problemas que as cidades enfrentam pelo excesso de

população é a falta de moradias, e o consequente aumento do valor do solo

urbano. Isso tem levado algumas pessoas a optar por morar em cidades

vizinhas aos grandes centros urbanos, em que geralmente o valor do solo

tende a ser menor.

Esta tem sido uma tendência observada principalmente nas áreas mais

centrais de algumas metrópoles, pois por serem mais dotadas em relação aos

equipamentos de infraestrutura, estes acabam por encarecer o valor do solo,

ficando restritivo a uma parcela da população que não consegue ou não quer

pagar o preço de morar em um espaço urbano mais central.

Como alternativa a esta situação ocorre o deslocamento da população

para a periferia das cidades, em bairros mais distantes, ou até mesmo para

cidades vizinhas, que por vezes proporcionam um custo para moradia com

valor 50% menor. Geralmente estas áreas, além de distantes, contam também

com a falta de alguns equipamentos básicos de infraestrutura, como por

exemplo saneamento básico, asfaltamento, ou outros, apresentando por isso

um valor menor para o solo urbano, o que o torna mais acessível à população.

25

01 – Na sala de informática naveguem em websites e coletem manchetes de

notícias veiculadas pelos diversos meios de comunicação sobre a cidade de

Paiçandu e sobre a Região Metropolitana de Maringá. Anote em seu caderno

as manchetes, citando a fontes da informação e a data do fato.

26

ATIVIDADE 4 – NOTÍCIAS SOBRE PAIÇANDU

4 AULAS EM CONTRATURNO

CONTEÚDO Geografia Urbana e Geografia da Percepção,

OBJETIVO Desenvolver, considerando a percepção ambiental,

habilidades de observação, análise e representação da

paisagem.

DURAÇÃO 4 aulas em contraturno.

MATERIAL

UTILIZADO

Sala de informática, pasta com elástico, pen-drive.

ATIVIDADE Paiçandu pela mídia.

APRESENTAÇÃO

E METODOLOGIA

Já consolidados os conceitos relativos à Geografia da

Percepção e Geografia Urbana, os alunos, divididos em

equipes, serão deslocados para a biblioteca e sala de

informática do colégio, para pesquisar, coletar e encartar

notícias que foram veiculadas em diversas mídias sobre a

cidade de Paiçandu, verificando o caráter topofílico ou

topofóbico das informações.

PROPOSTA DE

EXERCÍCIOS

Os alunos serão deslocados para a biblioteca e para a

sala de informática do colégio, a fim de pesquisar em

websites, jornais e revistas, notícias veiculadas pelos

diversos meios de comunicação sobre a cidade de

Paiçandu. Deverão encartá-las em um portfólio e

apresentá-las em sala de aula para os demais alunos.

FINALIZAÇÃO DA

ATIVIDADE

Esta atividade será finalizada com a apresentação dos

portfólios para os demais alunos da sala e análise final

sobre a percepção de Paiçandu apresentada pela mídia

AVALIAÇÃO DO 4º

ENCONTRO

A avaliação desta etapa acontecerá através da

observação do comprometimento e empenho dos alunos

em realizar as atividades, bem como a compreensão dos

conceitos relativos à Geografia da Percepção.

27

ATIVIDADE 5 – CONHECENDO MELHOR O COLÉGIO VERCINDES

E SEU ENTORNO

2 AULAS EM SALA

CONTEÚDO Geografia Urbana e Geografia da Percepção,

OBJETIVOS Identificar áreas que podem ser consideradas topofílicas

e topofóbicas nas dependências do Colégio Estadual

Vercindes Gerotto dos Reis e em seu entorno.

Desenvolver, considerando a percepção ambiental,

habilidades de observação, análise e representação da

paisagem.

DURAÇÃO 2 aulas

MATERIAL

UTILIZADO

Quadro de giz, tv pen-drive, imagens, gravuras, croqui do

Colégio Vercindes, lápis de cor, papel sulfite e máquina

fotográfica.

ATIVIDADE Mapeando o colégio.

APRESENTAÇÃO

E METODOLOGIA

Já firmados os principais conceitos referentes à

Geografia da Percepção e Geografia Urbana, os alunos,

no período de aulas, farão uma visita guiada pelo

professor às instalações do Colégio Vercindes e

arredores do mesmo, com paradas em pontos

previamente estabelecidos, para explicações, registros e

melhor compreensão dos conteúdos sobre Geografia

Urbana e Geografia da Percepção, identificando lugares

que apresentem afetividade ou rejeição.

PROPOSTA DE

EXERCÍCIOS

Na visita guiada pelo colégio e seus arredores, os alunos

registrarão em fotografias os principais pontos que

podem ser caracterizados como topofílicos ou

topofóbicos, anotando as considerações feitas pelo

professor, além de suas próprias percepções sobre estes

lugares.

FINALIZAÇÃO DA

ATIVIDADE

Esta atividade será finalizada com a apresentação de

relatos de alguns alunos sobre a visita guiada, bem como

suas percepções em relação aos lugares visitados.

AVALIAÇÃO DO 5º A avaliação desta etapa acontecerá através da

28

ENCONTRO observação do comprometimento e empenho dos alunos

em realizar as atividades e em apresentá-las aos demais

colegas de sala.

29

CONHECENDO MELHOR O COLÉGIO VERCINDES E SEU ENTORNO

Caros alunos, na aula de hoje colocaremos em prática os conceitos que

aprendemos sobre a Geografia Urbana e a Geografia da Percepção. Para isso

faremos uma visita guiada a alguns espaços do colégio e também em seus

arredores, quando teremos a oportunidade de identificar e vivenciar nossas

percepções e sentimentos sobre os lugares visitados.

Neste momento é importante

considerar as orientações do professor,

para que o grupo não se disperse e

também não perca algumas

observações e comentários sobre os

lugares, feitos pelo professor e também

pelos alunos.

LEMBRETE

Nesta atividade você deve levar seu

caderno e caneta para fazer anotações,

bem como máquina fotográfica ou outro

aparelho para registrar os lugares. Não

esqueça de anotar suas percepções sobre

os lugares visitados, se de topofilia ou

topofobia, além de justificar os porquês de

tais impressões.

Fonte:http://gartic.uol.com.br/Miss_Teriosa/

desenho-jogo/maquina-fotografica. Acesso

em 26/09/2014.

Fonte:http://leiturasdomundo17.blogspot.com.br/2011/06/apenas-um-lapis-um-papel-e-uma-ideia.html.Acesso em 26/09/2014

30

01 – Nesta visita guiada você deve fazer anotações e registros em fotografias

sobre o que julgar interessante para justificar suas percepções sobre os

lugares visitados.

31

ATIVIDADE 6 – MAPEANDO A CIDADE DE PAIÇANDU

2 AULAS EM SALA E 4 AULAS EM CONTRATURNO

CONTEÚDO Geografia urbana e Geografia da Percepção,

OBJETIVOS Identificar áreas que podem ser consideradas topofílicas

e topofóbicas na cidade de Paiçandu – PR

Desenvolver, considerando a percepção ambiental,

habilidades de observação, análise e representação da

paisagem.

DURAÇÃO 6 aulas (4 em contraturno)

MATERIAL

UTILIZADO

Quadro de giz, tv pen-drive, imagens, gravuras, mapa da

cidade de Paiçandu, Lápis de cor, papel sulfite e máquina

fotográfica.

ATIVIDADE Mapeando Paiçandu.

APRESENTAÇÃO

E METODOLOGIA

Já firmados os principais conceitos referentes à

Geografia da Percepção e Geografia Urbana, os alunos

serão apresentados a uma figura da cidade de Paiçandu.

Terão a oportunidade de identificar e diferenciar com

cores os nomes de cada bairro e ainda determinar o local

exato de suas residências. Por fim, em equipes realizarão

um trabalho de campo para apontar suas próprias

percepções em relação a alguns bairros visitados.

PROPOSTA DE

EXERCÍCIOS

Os alunos trabalharão com uma figura da cidade de

Paiçandu, previamente preparado pelo professor. Em um

primeiro momento identificarão cada bairro da cidade

com cores diferentes. Em um segundo momento

localizarão suas residências e alguns pontos da cidade

destacados pelo professor, como igrejas, escolas,

campos de futebol e outros. Por fim, em contraturno,

serão divididos em equipes que visitarão alguns bairros,

fotografando e mapeando o que consideram paisagens

topofílicas e topofóbicas.

FINALIZAÇÃO DA

ATIVIDADE

Esta atividade será finalizada com a apresentação das

fotografias registradas pelos alunos, bem como relato de

suas percepções em relação ao bairro pesquisado.

AVALIAÇÃO DO 6º A avaliação desta etapa acontecerá através da

32

ENCONTRO observação do comprometimento e empenho dos alunos

em realizar as atividades e em apresentá-las aos demais

colegas de sala.

33

MAPEANDO A CIDADE DE PAIÇANDU

Olá alunos, vocês estão recebendo uma figura do perímetro urbano do

Município de Paiçandu (FIGURA 4). Compare-o com a figura maior afixada no

quadro-negro e desenvolvam as seguintes atividades:

FIGURA 4 (Modelo em tamanho reduzindo)

1 – Diferencie (pinte) cada bairro da cidade com cores diferentes; Se

preferir utilize uma legenda.

2 – Identifique o bairro onde você mora e aponte exatamente o local de

sua residência.

3 – Localize os principais ícones de cada bairro, como igrejas, escolas,

campos de futebol e outros símbolos que julgar interessante.

34

01 – Este é um momento para conhecermos melhor nossa cidade. Para isso,

em contraturno e em equipes, vamos visitar alguns bairros e registrar em

fotografias e anotações o que pode ser caracterizado como paisagem topofílica

e o que pode ser caracterizado como paisagem topofóbica.

Obs.: Não esqueça de utilizar o mapa da cidade para determinar o local de

seus registros fotográficos e anotações.

35

ATIVIDADE 7 – VISITANDO A CIDADE DE PAIÇANDU

4 AULAS EM CONTRATURNO

CONTEÚDO Geografia Urbana e Geografia da Percepção,

OBJETIVOS Identificar áreas que podem ser consideradas topofílicas

e topofóbicas na cidade de Paiçandu – PR

Desenvolver, considerando a percepção ambiental,

habilidades de observação, análise e representação da

paisagem.

DURAÇÃO 4 aulas em contraturno

MATERIAL

UTILIZADO

Mapa da cidade de Paiçandu, papel sulfite, lápis,

máquina fotográfica.

ATIVIDADE Aula de campo

APRESENTAÇÃO

E METODOLOGIA

Após ter contato com o mapa da cidade de Paiçandu, os

alunos, juntos em um ônibus, participarão de uma aula de

campo visitando alguns bairros da cidade, em que terão a

oportunidade de identificar e registrar áreas que podem

ser consideradas topofílicas e áreas que podem ser

consideradas topofóbicas, exercitando a observação e

análise das paisagens.

PROPOSTA DE

EXERCÍCIOS

Os alunos, de dentro do ônibus e em paradas

previamente estabelecidas, fotografarão e descreverão

suas percepções a respeito de alguns lugares da cidade

de Paiçandu. Serão responsáveis por montar um relatório

a ser entregue em sala de aula.

FINALIZAÇÃO DA

ATIVIDADE

Esta atividade será finalizada com a entrega do relatório

referente à aula de campo no perímetro urbano da cidade

de Paiçandu.

AVALIAÇÃO DO 7º

ENCONTRO

A avaliação desta etapa acontecerá através da

observação do comprometimento e empenho dos alunos

em realizar as atividades.

36

ATIVIDADE 8 – SOCIALIZANDO A GEOGRAFIA DA PERCEPÇÃO

2 AULAS EM SALA

CONTEÚDO Geografia da Percepção,

OBJETIVOS Compreender, considerando os pressupostos da

Geografia da percepção, os conceitos de topofilia e

topofobia, socializando-as

DURAÇÃO 2 aulas.

MATERIAL

UTILIZADO

Mural, cartazes, faixas, folders, banners, imagens,

gravuras, gráficos, tinta, pincéis, papel.

ATIVIDADE Produção de painéis.

APRESENTAÇÃO

E METODOLOGIA

Para finalizar as atividades referentes a esta produção

didático-pedagógica, depois de compreendidos os

conceitos chaves referentes à Geografia da Percepção,

os alunos serão responsáveis por socializar seus

conhecimentos à comunidade escolar, através da

produção de painéis que exponham os registros sobre

suas percepções a respeito da cidade de Paiçandu.

PROPOSTA DE

EXERCÍCIOS

Os alunos trabalharão com diversos materiais para a

confecção de painéis que retratem suas percepções

sobre a cidade de Paiçandu, expondo os conceitos de

lugar, topofilia e topofobia, bem como imagens da cidade

que retratem essas percepções,

FINALIZAÇÃO DA

ATIVIDADE

Esta atividade será finalizada com a apresentação dos

painéis no pátio do colégio, tendo como público alvo toda

a comunidade escolar.

AVALIAÇÃO DO 8º

ENCONTRO

A avaliação desta etapa acontecerá através da

observação do comprometimento e empenho dos alunos

em realizar as atividades e em apresentá-las à

comunidade escolar.

37

SOCIALIZANDO A GEOGRAFIA DA PERCEPÇÃO

Olá alunos, estamos concluindo nossos estudos sobre a percepção

ambiental, e nesse momento é necessário socializarmos, com outros colegas e

também toda a comunidade escolar, os conhecimentos adquiridos.

Para concretizarmos esta ação nos

dividiremos em equipes para produzirmos

painéis que demonstrem todo o

conhecimento que vocês adquiriram ao

estudar a percepção ambiental da cidade

de Paiçandu, com textos, imagens,

mapas, fotografias, reportagens, gráficos

e outros que possam ajudar a

comunidade escolar a conhecer um

pouco sobre a percepção ambiental e

alguns lugares de sua cidade.

LEMBRETE Estes painéis serão expostos no pátio do colégio, por isso devem ser auto-explicativos, com informações fáceis de ser entendidas, e com letras grandes que possam ser vistas a certa distância.

Fonte:http://www.painelcriativo.com.br/2008/01/29/desenhos-para-paineis/. Acesso em 26/09/2014

Fonte:http://www.painelcriativo.com.br/2008/01/18/riscos-escolar/.Acesso em 26/09/2014

38

01 – Juntem-se em equipes e produzam um painel que será exposto no pátio

do colégio, demonstrando de forma criativa os conteúdos sobre a percepção

ambiental da cidade de Paiçandu.

39

ATIVIDADE 09 – PRODUÇÃO DE DOCUMENTO/RELATÓRIO SOBRE

TOPOFILIA E TOPOFOBIA EM PAIÇANDU - PR

4 AULAS EM CONTRATURNO

CONTEÚDO Geografia da Percepção.

OBJETIVOS Contestar possíveis percepções topofóbicas da

população em relação à cidade, visando desenvolver

sentimentos de pertencimento ao lugar.

DURAÇÃO 4 aulas em contraturno.

MATERIAL

UTILIZADO

Papel sulfite, computador e impressora.

ATIVIDADE Produção de documento/relatório

APRESENTAÇÃO

E METODOLOGIA

Ao final das atividades, professor e alunos compilarão os

materiais e registros produzidos e elaborarão um

documento/relatório com a localização de paisagens

topofílicas e topofóbicas da cidade de Paiçandu, a ser

entregue ao poder público da cidade.

PROPOSTA DE

EXERCÍCIOS

Professor e alunos produzirão um documento/relatório com os registros de paisagens topofílicas e topofóbicas da cidade, baseados em fotografias e relatos de alunos e moradores, a ser entregues na Câmara de Vereadores e Prefeitura do Município de Paiçandu.

FINALIZAÇÃO DA

ATIVIDADE

Esta atividade será finalizada com a apresentação do

documento/relatório aos demais alunos e entrega ao

professor.

AVALIAÇÃO DO 9º

ENCONTRO

A avaliação desta etapa acontecerá através da

observação do comprometimento e empenho dos alunos

em realizar as atividades propostas.

40

ATIVIDADE 10 – APRESENTAÇÃO DA TOPOFOBIA AO PEDER PÚBLICO

4 AULAS EM CONTRA-TURNO

CONTEÚDO Geografia da Percepção,

OBJETIVOS Contestar possíveis percepções topofóbicas da

população em relação à cidade, visando desenvolver

sentimentos de pertencimento ao lugar.

DURAÇÃO 4 aulas em contraturno.

MATERIAL

UTILIZADO

Papel sulfite

ATIVIDADE Visita à Câmara de Vereadores e Prefeitura Municipal de

Paiçandu

APRESENTAÇÃO

E METODOLOGIA

Para finalizar as atividades referentes a esta produção

didático-pedagógica, depois de compreendidos os

conceitos-chave referentes à Geografia da Percepção, os

alunos serão levados a uma seção da Câmara de

Vereadores de Paiçandu e Prefeitura Municipal, para

entrega de um documento/relatório contendo imagens de

paisagem topofílicas e topofóbicas da cidade e sugestão

de melhorias no espaço urbano.

PROPOSTA DE

EXERCÍCIOS

Exercitando a cidadania, professor e alunos se

deslocarão à Câmara de Vereadores e Prefeitura

Municipal de Paiçandu, para formalizar a entrega de

documento/relatório destacando sugestões de melhoria

na paisagem urbana da cidade.

FINALIZAÇÃO DA

ATIVIDADE

Esta atividade será finalizada com a entrega dos

relatórios ao poder público da cidade de Paiçandu.

AVALIAÇÃO DO

10º ENCONTRO

A avaliação desta etapa acontecerá através da

observação do comprometimento e empenho dos alunos

em realizar as atividades propostas.

41

4 – REFERÊNCIAS

ALEP. ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARANÁ. Disponível

em: http://www.alep.pr.gov.br/sala_de_imprensa/radio_sinal/635-plenario-

aprova-inclusao-de-nova-esperanca-na-regiao-metropolitana-de-maringa.

Acesso em 12/11/2014.

COUTO, Mia. Antes de nascer o mundo. São Paulo: Companhia das Letras,

2009.

IBGE1.INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Disponível

em: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=411750. Acesso

em 10/11/2014

_______2.http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?uf=41&dados=

8. Acesso em 10/11/2014

ONU.http://www.onu.org.br/index.php?s=popula%C3%A7%C3%A3o+urbana&x

=17&y=5. Acesso em 24/09/2014

PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais para o Ensino de Geografia. SEED, Curitiba, 2008.

TUAN, Yi-Fu. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do

meio ambiente. Trad. Lívia de Oliveira. São Paulo: Difel, 2012.