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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
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MARIA VANILDA DE FREITAS ZANARDINE CORRÊA
UNIDADE DIDÁTICA
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
CURITIBA
2014
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MARIA VANILDA DE FREITAS ZANARDINE CORRÊA
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
Material Didático-Pedagógico – Unidade Didática, apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria de Estado da Educação – SEED-PR.
Orientadora: Prof.ª Drª Ângela Massumi Katuta
CURITIBA
2014
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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2014
Título: Educação em Direitos Humanos
Autor
Maria Vanilda de Freitas Zanardine Corrêa
Disciplina/Área
Geografia
Escola de Implementação
do Projeto e sua
localização
Colégio Estadual Professor Júlio Mesquita - EF, M,
Profissionalizante e EJA
Município da escola
Curitiba
Núcleo Regional de
Educação
NRE DE CURITIBA
Professor Orientador
Ângela Massumi Katuta
Instituição de Ensino
Superior
Universidade Federal do Paraná - UFPR
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Relação Interdisciplinar
Resumo
Esta Unidade Didática se propõe trabalhar as questões
relacionadas à Educação em Direitos Humanos, com
enfoque na temática “preconceitos”, mais
precisamente aos negros, aos idosos e a mulher.
Esses direitos humanos serão pensados e
questionados desde o lugar onde residem nossos
educandos até a escola onde estudam e seu entorno.
O intuito é fortalecer a consciência sobre o significado
de “direitos humanos”, o que eles representam e onde
estão presentes na vida do educando. Ao mesmo
tempo, se discute o envolvimento em praticar e exigir
esses mesmos direitos, muitas vezes, desconhecidos
e sem significado para o educando. Desta forma,
trabalhar esta temática na escola significa cumprir um
importante papel social para a comunidade escolar,
colocando o educando no centro da discussão quanto
ao (des) cumprimento de direitos, assegurados aos
seres humanos em nível mundial.
Palavras-chave
Educação em Direitos Humanos; Preconceito;
Diversidade; Racismo.
Formato do Material
Didático
Unidade Didática
Público Alvo
Educandos do 9º Ano
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INTRODUÇÃO
A presente Unidade Didática tem como tema central a Educação em
Direitos Humanos, no Ensino Fundamental, partindo dos conteúdos de
Geografia, do 9º Ano, enfatizando questões relacionadas aos preconceitos
observados no contexto escolar.
Iniciando este assunto, percebe-se que a disciplina de Geografia pode
contribuir na formação do cidadão, além de seus conteúdos específicos. Neste
sentido, trabalhando com assuntos correlacionados à vida do cidadão e com
temáticas que podem ser interdisciplinares, a Geografia torna-se um importante
instrumento de discussões que envolvem as relações sociais diárias, suas
implicações, direitos e deveres.
Sendo assim, pensar nos direitos dos seres humanos enquanto um ser
social e transformador requer entender que esta concepção deve ser
trabalhada na escola construindo juntamente com o educando uma postura
crítica e participativa na sociedade em que vive. Desta forma, o educando se
tornará não somente um expectador, mas um ser atuante e crítico em relação
aos direitos humanos, à cidadania e às relações sociais, visando uma
sociedade livre dos preconceitos.
Para que este trabalho se efetive, esta unidade irá propor atividades com
textos, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Plano Nacional
de Educação em Direitos Humanos, o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), o Estatuto do Idoso, artigos da Constituição Federal, a Lei n.º
11.645/08, a Lei n.º 12.288/10, sites da internet, vídeos/filmes, músicas e
demais materiais que possam direcionar a discussão ao tema.
Entende-se assim que a construção de uma cultura dos Direitos
Humanos é de extrema importância para a igualdade e respeito nos espaços
sociais. Com esse foco, a escola tem um papel fundamental na construção
dessa cultura, contribuindo na formação do sujeito de direito e na identidade
individual e coletiva.
Entendendo que a educação em direitos humanos é um tema inerente
aos princípios fundamentais e que deve ser inserido de forma interdisciplinar no
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currículo da Educação Básica, deve ser pensada e discutida envolvendo todos
os partícipes, incluindo os educandos e educadores nessa reflexão.
APRESENTAÇÃO DA UNIDADE DIDÁTICA
A Unidade Didática apresentada neste trabalho será desenvolvida com
os educandos do 9º Ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual
Professor Júlio Mesquita, localizado na Rua Maria Theodora de Paula, 49 –
Jardim das Américas, Curitiba - PR.
Baseando-se no espaço de vivência desses educandos e com o intuito
de desenvolver a reflexão do tema da Educação em Diretos Humanos, o
objetivo geral é entender as formas de preconceitos em seu espaço de
vivência, no local de seu domicílio, na escola que frequenta, na comunidade
em geral que permeia o seu dia a dia, estimulando a busca do conhecimento,
aproveitando os saberes do cotidiano. Ao mesmo tempo, por meio das
atividades propostas o intuito é fortalecer o debate sobre os princípios dos
Direitos Humanos, a partir dos conteúdos de Geografia que possam fomentar a
discussão de conceitos envolvendo o preconceito contra a mulher, o idoso e o
racismo.
Partindo destas discussões pretende-se envolver os educandos numa
análise sobre a Educação em Direitos Humanos tendo como base a relação
com os lugares, o preconceito e a diversidade do ser humano, inserindo a
temática no conteúdo de Geografia.
JUSTIFICATIVA
Neste contexto de mudanças e transformações do sujeito, pensar em
Educação em Direitos Humanos requer uma discussão contínua dos direitos do
ser humano no que diz respeito à singularidade, à igualdade de oportunidades,
à reciprocidade e o direito do outro de ser diferente. Assim, a discussão deste
tema envolvendo os educandos, permite uma reflexão sobre os desafios e a
dificuldade em trabalhar o assunto uma vez que estamos inseridos em uma
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sociedade marcada pela negação da diversidade social, racial e de
comportamentos distintos.
Partindo do pressuposto que ninguém se liberta sozinho, pois os
homens se libertam em comunhão, (Freire, 1987) todos somos agentes
transformadores na medida em que praticamos os direitos humanos. Por isso é
muito importante pensar em Educação para os Direitos Humanos,
compreendendo o indivíduo como capaz de agir, de se comportar, de pensar e
de se expressar com especificidades e particularidades diversas num mesmo
espaço de ordem coletiva e heterogênea.
Ainda, seguindo os preceitos de Freire que dizia que a pessoa
conscientizada tem uma compreensão diferente da história e de seu papel e,
desta forma, apresenta outro comportamento diante das situações, se
mobilizando para mudar o mundo, esse tema é pertinente para a inserção nas
aulas de Geografia. De acordo com suas palavras, é fundamental que a escola
instigue a mudança de comportamento, fazendo com que o educando participe
do processo de reflexão de sua vida e o papel que exerce na sociedade.
Portanto, educar não é apenas informar, mas, sobretudo formar,
transmitir convicções, direitos, deveres e repensar as concepções de uma
sociedade balizada pela homogeneidade, classificatória e discriminatória.
Desta forma, após discussão com a equipe pedagógica da escola, os
temas propostos para esta unidade pedagógica, foram elencados a partir dos
problemas existentes no contexto escolar que, por vezes, estão relacionados
às questões de preconceito contra a mulher, ao idoso e casos de racismo
percebidos no dia a dia da escola.
Esta unidade pedagógica justifica sua importância de trabalho
relacionando os conteúdos vistos em Geografia com a realidade escolar e o dia
a dia dos educandos. Este trabalho deverá ser feito a partir de uma reflexão
crítica, que ajude a explicar e entender a realidade concreta, onde o cidadão
perceba e reivindique seus direitos e respeite os direitos de seu semelhante,
compreendendo a sociedade como um espaço democrático e heterogêneo,
com direitos iguais e sem nenhuma forma de distinção.
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OBJETIVO GERAL
Por meio de atividades propostas, promover a Educação em Direitos
Humanos, no contexto escolar, a partir das orientações do PNEDH (Plano
Nacional de Educação em Direitos Humanos) no Ensino Fundamental.
Objetivos Específicos
- Compreender como a Educação em Direitos Humanos pode auxiliar na
formação do sujeito, livre de preconceitos, entendendo a escola como um
espaço dotado de pluralismo e diversidades.
- Trabalhar com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, promovendo
sua análise e discussão.
- Discutir e propor juntamente com os educandos debate sobre os princípios
dos Direitos Humanos, a partir dos conteúdos de Geografia que possam
fomentar a discussão de questões relacionadas às diversas formas de
preconceitos, contra a mulher, contra o idoso e sobre o racismo.
- Construir uma cultura de difusão do conhecimento sobre Educação em
Direitos Humanos no contexto escolar.
ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
O material selecionado para as atividades está relacionado à temática
em discussão, envolvendo os conteúdos de Geografia. Para isso, foram
selecionados filmes, vídeos, músicas, sites da internet, textos, artigos da
Constituição Federal e o uso da Declaração Universal dos Direitos Humanos e
as orientações do PNEDH (Plano Nacional de Educação em Direitos
Humanos).
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METODOLOGIA UTILIZADA PARA A APLICAÇÃO DA UNIDADE DIDÁTICA
A partir de aulas expositivas, propomos o trabalho na Geografia, com a
abordagem para os conceitos em Direitos Humanos. Assim, foram propostas
atividades que possam promover o envolvimento dos educandos em
discussões sobre o tema. O educando poderá interpretar, compreender e
transformar a sua realidade por meio de reflexões a partir de seu conhecimento
sobre o assunto em questão.
As atividades trabalhadas têm o intuito de levar o educando à reflexão,
discussão e compreensão do significado e relevância do tema discutido,
proporcionando a sua participação e envolvimento nas atividades.
RECURSOS E MATERIAIS
TV Pendrive.
Vídeos selecionados sobre Educação em Direitos Humanos e temas
específicos, como racismo.
Sites da internet.
Textos sobre o tema.
Apostila didática em Educação em Direitos Humanos (elaborada para este fim).
Material dos educandos para anotações.
Cartolina.
Tesoura.
Cola.
Revistas.
Material para desenho.
Livros didáticos utilizados no colégio.
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UNIDADE I
DIREITOS HUMANOS E O PAPEL DA ESCOLA
NESTE CONTEXTO
A escola deve ser o espaço para a propagação do conhecimento
possibilitando ao educando a compreensão da pluralidade da sociedade e do
respeito e igualdade a todos que nela convivem, para isso é importante que
todos saibam como ser um cidadão atuante buscando dignidade e igualdade
de oportunidades, ou seja, atuando de forma autônoma.
De acordo com o PNEDH (2006, p. 23): Ela é um espaço social privilegiado onde se definem a ação institucional pedagógica e a prática e vivência dos direitos humanos. Nas sociedades contemporâneas, a escola é local de estruturação de concepções de mundo e de consciência social, de circulação e de consolidação de valores, de promoção da diversidade cultural, da formação para a cidadania, de constituição de sujeitos sociais e de desenvolvimento de práticas pedagógicas.
Desta forma, a escola deve desempenhar o seu papel social a fim de
promover o debate, as discussões e a inserção efetiva dos temas em sala de
aula, fazendo com que o assunto seja revisto e questionado de forma contínua
e não trabalhado de forma isolada quando aparece somente em alguns
momentos no decorrer do ano letivo.
Os princípios norteadores da Educação em Direitos Humanos na
Educação Básica, conforme o PNEDH (2006, p. 23-24) destaca o importante
papel da escola na construção deste conhecimento:
A escola como espaço privilegiado para a construção e consolidação da cultura de direitos humanos, deve assegurar que os objetivos e as práticas a serem adotados sejam coerentes com os valores e princípios da educação em direitos humanos; A educação em direitos humanos, por seu caráter coletivo, democrático e participativo, deve ocorrer em espaços marcados pelo entendimento mútuo, respeito e responsabilidade.
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Ainda, podemos considerar que a escola é um lugar privilegiado no
sentido de reunir num mesmo espaço a diversidade humana, no seu aspecto
cultural e social. Desta forma, de acordo com o PNEDH (2006 p. 23-24):
A educação em direitos humanos deve estruturar-se nas diversidades, garantindo a cidadania, o acesso ao ensino, permanência e conclusão, a equidade (étnico-racial, religiosa, cultural, territorial, físico-individual, geracional, de gênero, de orientação sexual, de opção política, de nacionalidade, dentre outras) e a qualidade da educação.
Também, o plano PNEDH (2006) estabelece que a educação em direitos
humanos seja um dos eixos fundamentais da Educação Básica permeando o
currículo, o PPP da escola, a formação inicial e continuada dos educadores e
faça parte dos materiais didático-pedagógicos.
A escola então exerce um papel fundamental, devendo estar em
consonância com o que orienta o Plano Nacional de Educação em Direitos
Humanos. De acordo com seus pressupostos, define que a prática escolar
deve estar pautada na “[...] educação em direitos humanos, assegurando o seu
caráter transversal e a relação dialógica entre os diversos atores sociais”.
(PNEDH, 2006, p. 24).
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ATIVIDADE I
DISCUTINDO O QUE SÃO DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos são aqueles que o indivíduo possui simplesmente por
ser uma pessoa humana, por sua importância de existir, tais como: o direito à
vida, à família, à alimentação, à educação, ao trabalho, à liberdade, à religião,
à orientação sexual e ao meio ambiente sadio, entre outros. São os direitos e
liberdades básicas de todos os seres humanos (PNEDH, 2006).
Neste sentido, para cumprir e assegurar os direitos básicos à vida, a
Organização das Nações Unidas, proclamou a Declaração Universal dos
Direitos Humanos. Esta declaração serviu como base para conferências e
encontros no mundo todo a respeito dos direitos dos humanos.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das
Nações Unidas, (1948) afirma que todos os seres humanos nascem livres e
iguais em dignidade e em direitos, dotados de razão e de consciência e devem
agir uns para com os outros em espírito de fraternidade (DECLARAÇÂO
UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, 1948).
Para que os preceitos pautados na Declaração dos Direitos Humanos
sejam alcançados, o processo formativo do sujeito, pressupõe o
reconhecimento da pluralidade, do exercício da crítica, da criatividade, da
alteridade e da reflexão para o conhecimento, respeito, promoção e valorização
da diversidade (PNEDH, 2006).
Nesta atividade, o professor deverá levar o educando a refletir questões
relacionadas à Declaração dos Direitos Humanos e sua importância no sentido
de assegurar o direito a diversidade, a democracia e a uma sociedade livre de
preconceitos. Propomos que instigue o educando a refletir a partir das
atividades que relacionem a problemática de análise e os direitos assegurados
na Declaração Universal dos Direitos Humanos, na Constituição Federal e em
outros documentos.
Após a discussão em sala de aula, do significado de Direitos Humanos e
sua relevância para a vida em sociedade, o educando vai se aprofundar no
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tema, pesquisando sobre a história dos Direitos Humanos e os motivos que
levaram a sua criação.
Abaixo, em “Links para pesquisa” estão artigos e sites interessantes que
auxiliarão na compreensão do tema.
Atividades para o educando:
Pesquise e conte sobre a História da criação dos Direitos Humanos,
quando e quais os motivos que levaram à sua criação.
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Links para pesquisa:
Texto - O que são Direitos Humanos?
http://www.dhnet.org.br/direitos/textos/oquee/fundam.html
Texto - Direitos Humanos.
http://www.dhnet.org.br/educar/textos/index.htm
Vídeo - Educação em Direitos Humanos (12:05)
http://www.youtube.com/watch?v=ap5JzYPdEro
Vídeo - Documentário produzido por United for the Human Rights
(9.30)
www.humanrights.com
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ATIVIDADE II
OS DIREITOS DA MULHER E OS PARADIGMAS
SÓCIO-TEMPORAIS
Nesta atividade a ideia é que o professor instigue o educando a pensar
sobre o contexto social em que ele está inserido. Como ocorrem as relações e
conflitos sociais dentro do espaço escolar e fora dele. Desta forma, a partir de
discussões sobre os paradigmas sociais e os direitos que surgiram com o
tempo, o professor deverá proporcionar a discussão sobre os direitos da
mulher, o seu papel na sociedade e as conquistas femininas que surgiram com
o tempo.
Deve-se também levar o educando a compreender porque estas
questões mudam com o tempo, os motivos que ainda hoje levam ao
preconceito contra a mulher e como podemos colaborar para uma sociedade
livre de estereótipo, ou seja, representações sociais que se estabelecem como
padrão único.
Após as respostas, o professor deverá proporcionar a discussão com os
educandos, fazendo um debate geral, considerando e apontando questões
importantes na resposta de cada um, bem como, corrigindo pré-conceitos em
relação às respostas dadas. O professor poderá solicitar aos educandos relatos
de casos de preconceito contra a mulher e situações ocorridas na comunidade,
na escola e no ambiente de seu convívio.
Atividades para o educando:
Pautado nos debates em sala de aula, vamos refletir sobre algumas
questões que seguem:
a) Os Direitos Humanos mudam com o tempo? Ou seja, mudam de acordo
com os paradigmas sociais que se transformam com o passar dos
anos, ou permanecem os mesmos sempre? Ex. Os direitos da mulher
são hoje os mesmos direitos de algumas décadas ou centenas de
anos? Reflita e escreva sobre isso:
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b) Os preconceitos são naturais aos seres humanos? Ou seja, por que
casos de preconceito contra a mulher ocorrem ainda hoje? Descreva os
problemas de preconceito e discriminação que vivenciamos no nosso
dia a dia, na sociedade e em nosso ambiente escolar. Faça um relato
sobre o assunto, para juntos podermos debater com os colegas.
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ATIVIDADE III
A MÚSICA ENQUANTO FERRAMENTA PARA
ANÁLISE: UM DEBATE SOBRE OS DIREITOS
DOS IDOSOS
O uso da música em sala de aula é uma das formas de linguagem que
tem o poder de estimular o interesse de crianças, adolescentes, jovens e
adultos. Desde que seja trabalhada no contexto dos educandos e adaptada
para o momento escolar, sua utilização será de grande valia, aproximando os
educandos de uma possibilidade de aprendizagem significativa.
Por essa razão, a música tem um papel preponderante e uma linguagem
sígnica e ideológica. Bakthin ao tratar do signo ideológico o define desta forma
(1992, p. 32)
[...] a compreensão é uma resposta a um signo por meio de signos. E essa
cadeia de criatividade e de compreensão ideológicas, deslocando-se de um
signo em signo para um novo signo, é única e contínua [...]. Essa cadeia
ideológica estende-se de consciência individual, ligando umas as outras. Os
signos só emergem, decididamente, do processo de interação entre uma
consciência individual e outra.
É sob esse prisma que o projeto de intervenção pedagógica – PDE
2014 se direciona para o interior da sala de aula com o intuito de analisar em
que medida as interações em aula permitem pôr em ação a música, não
somente como um simples mote de cunho metodológico, ou de pretexto para a
elaboração de atividades desconexas com a realidade e o meio social no qual
os educandos estão inseridos, mas também como expressão de aprendizagem
significativa.
Para esta atividade, a canção da Banda Legião Urbana, faz referência a
diversos direitos que são violados, inclusive o direito dos idosos e aposentados
no Brasil. O professor deverá levar o educando a refletir sobre a letra da
canção, relacionando esta questão social com os direitos dos idosos, mais
precisamente, a maneira como são menosprezados no país.
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Assim, o educando poderá expor sua opinião, relatando inclusive
situações de seu conhecimento que envolva o preconceito ao idoso e sua
desvalorização social. O professor poderá instigar os educandos a propor
outras músicas que discutem o tema.
Links para pesquisa:
Letra da Canção “Perfeição”. Legião Urbana
http://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/perfeicao-com-trecho-da-musica-
ao-vivo.html.
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Adotada e proclamada pela
resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948
http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139423por.pdf
Atividades para o educando:
A música, Perfeição, da banda Legião Urbana, composição de Dado
Villa-Lobos e Renato Russo, traz um contexto social de violação dos Direitos
Humanos. Na estrofe selecionada para esta atividade, o compositor
descreveu uma situação vivenciada por muitas pessoas.
No enredo abaixo, a canção faz uma alusão a quem trabalhou a vida
inteira e agora percebe que quase não tem mais direito a uma vida social
digna.
Vamos festejar a inveja
A intolerância e a incompreensão
Vamos celebrar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente a vida inteira
E agora não tem mais direito a nada
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isso - com festa, velório e caixão
(Estrofe da Música “Perfeição” -Legião Urbana)
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Após ouvir a canção e analisar o trecho selecionado, reflita e responda
as questões abaixo, sempre relacionando aos conteúdos vistos em sala de
aula sobre Direitos Humanos e os Direitos dos Idosos.
1) Descreva quais são os direitos que você consegue identificar como
sendo violados em relação aos idosos?
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2) Faça um relato de como esses direitos estão sendo assegurados em
sua comunidade, em relação aos idosos. Faça um relato de como essas
pessoas são tratadas, relacionando a situação vivenciada por elas e os
direitos assegurados na Declaração Universal em Direitos Humanos.
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ATIVIDADE IV
NOSSOS DIREITOS ESTÃO ASSEGURADOS EM
QUALQUER LUGAR DO MUNDO?
UMA REFLEXÃO SOBRE AS QUESTÕES RACIAIS
Os Direitos Humanos são universais? Ou seja, ultrapassam as
fronteiras e independem de leis nacionais ou internacionais para serem
cumpridos? Todos estão assegurados com seus direitos mesmo estando
longe de seu local de moradia? Os direitos dos cidadãos estão
assegurados em qualquer lugar do mundo? Estas e outras questões
deverão proporcionar ao educando a reflexão sobre os direitos
assegurados em lei e que muitas vezes são descumpridos e ignorados
mediante as situações do dia a dia.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização
das Nações Unidas (1948) afirma que todos os seres humanos nascem
livres e iguais em dignidade e em direitos, dotados de razão e de
consciência e devem agir uns para com os outros em espírito de
fraternidade (DECLARAÇÂO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS,
1948).
Para que os preceitos pautados na Declaração dos Direitos
Humanos sejam alcançados, o processo formativo do sujeito pressupõe o
reconhecimento da pluralidade, do exercício da crítica, da criatividade, da
alteridade e da reflexão para o conhecimento, respeito, promoção e
valorização da diversidade (PNEDH, 2006).
Em se tratando de diversidade, o professor deverá levar o aluno a
refletir sobre as questões raciais em nosso meio social. Muitos problemas
ocorridos em nosso convívio envolvem preconceitos e indiferença em
relação aos negros, envolvendo às vezes pequenas situações do dia a dia,
que transgridem as leis e direitos do ser humano.
Em links para pesquisa você encontrará parte do filme “O
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contador de histórias”, do diretor Luiz Villaça, que trata dos paradigmas de
proteção integral e questões raciais vivenciadas por um adolescente.
O professor poderá trabalhar com outros vídeos que também
proporcionem um debate aprofundando sobre tema discutido.
Atividades para o educando:
Após você ter assistindo parte do filme “O contador de histórias” do
diretor Luiz Villaça, vamos iniciar uma reflexão e debate em conjunto.
Antes, porém, comente as questões a seguir e faça uma análise dessas:
1) Você percebe que ocorre tratamentos diferenciados e discriminatórios
em relação aos afrodescendentes no Brasil? Explique e cite um exemplo
lembrado por você.
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2) Em nossa escola e comunidade, você acha que ocorrem casos de
discriminação racial ou bullying em relação aos negros. Descreva algumas
situações lembradas.
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3) Vimos que existem muitas leis que asseguram os direitos de forma
geral, mas se elas não existissem, como as relações sociais se
estabeleceriam numa sociedade permeada pelo racismo? Você acha
que as pessoas negras no âmbito do trabalho e no âmbito escolar são
tratadas com igualdade? Procure dados (indicadores) sobre essa
questão e escreva o que você pensa sobre o assunto:
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Links para pesquisa:
Vídeo - O Contador de Histórias - 2ª cena. (Duração: 8:22). Diretor
Luiz Villaça para estudo dos paradigmas de proteção integral.
https://www.youtube.com/watch?v=i4x444Vxhx0
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ATIVIDADE V
DIREITOS HUMANOS E A CONSTRUÇÃO DE UMA
SOCIEDADEA LIVRE DE PRÉ-CONCEITOS
Para fazermos a finalização da problemática trabalhada neste projeto, o
professor deverá fazer um fechamento analisando as questões e dúvidas ainda
relacionadas ao tema e introduzir outras para análise, possibilitando um
trabalho contínuo em outro momento ou no decorrer do trabalho com os
conteúdos da Geografia.
Conforme os documentos utilizados como base para a implementação
deste projeto de intervenção, os direitos humanos são aqueles que o indivíduo
possui simplesmente por ser uma pessoa humana, por sua importância de
existir, tais como: o direito à vida, à família, à alimentação, à educação, ao
trabalho, à liberdade, à religião, à orientação sexual e ao meio ambiente sadio,
entre outros. São os direitos e liberdades básicas de todos os seres humanos
(PNEDH, 2006).
Justamente para cumprir e assegurar estes direitos, considerados básicos à
vida, a ONU, proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que
servem como base para conferências e encontros no mundo todo a respeito
dos direitos dos seres humanos (DECLARAÇÂO UNIVERSAL DOS DIREITOS
HUMANOS, 1948).
Pautado no fato de que a Declaração Universal dos Direitos Humanos
da Organização das Nações Unidas, (1948) afirma que todos os seres
humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos, o professor deverá
levar os educandos à reflexão sobre a construção de uma sociedade possível
de praticar a igualdade em todos os sentidos.
Para isso, esta atividade tem como objetivo uma consideração final e
análise da criticidade do educando em relação aos temas discutidos. A canção
“Dias Melhores” da banda Jota Quest, composição de Rogério Flausino, trata
da espera por dias melhores, tanto no amor quanto na dor.
Trabalhando com essa música o professor deverá levar educando à pensar
em uma sociedade com menos dor e com dias melhores. O objetivo é fazer
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com que o educando reflita e relacione as reflexões feitas e contribua para uma
sociedade mais justa, menos discriminatória e que possa proporcionar a todos
“dias melhores”, com direitos assegurados em lei e vivenciados por todos sem
nenhuma forma de distinção.
Em Links para pesquisa você encontrará a letra da música e artigos
interessantes para o aprofundamento do tema e desenvolvimento da atividade
com os educandos.
Links para pesquisa:
Vídeo - Jota Quest - Canção Dias Melhores (4:00 min.)
http://www.youtube.com/watch?v=_BV9DQ6eUGs&list=RD_BV9DQ6eUGs
Artigos - Educação em Direitos Humanos.
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=14772
%3Aeducacao-em-direitos-humanos&catid=194%3Asecad-educacao-
continuada&Itemid=640
Atividades para o educando:
A música “Dias Melhores” da banda Jota Quest, composição de Rogério
Flausino, trata da espera por dias melhores, tanto no amor quanto na dor.
1) Ouça essa música e escreva no que o cumprimento dos Direitos Humanos
poderia contribuir na criação de “dias melhores para a população mundial”.
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REFERÊNCIAS
ARTIGOS. Educação em Direitos Humanos. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=14772%3Aeducacao-em-direitos-humanos&catid=194%3Asecad-educacao-continuada&Itemid=640. Acesso em: 05 de dez.2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
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VÍDEO - Documentário produzido por United for the Human Rights (9.30) www.humanrights.com
VÍDEO - O contador de histórias - 2ª cena. (Duração: 8:22). Diretor Luiz Villaça para estudo dos paradigmas de proteção integral. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=i4x444Vxhx0>. Acesso em: 20 de nov.2014.