os desafios da escola pÚblica paranaense na … · 2016-06-10 · será composto por dois...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013
Título: Vídeos no ensino de Óptica: produção e apresentação da temática pelos alunos.
Autor: Joel Sadoski
Disciplina/Área: Física
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Dr. Gastão Vidigal – Ensino Fundamental, Médio e Profissional
Município da escola: Maringá
Núcleo Regional de Educação: Maringá
Professor Orientador: Prof. Dr. Ricardo Francisco Pereira
Instituição de Ensino Superior: UEM – Campus de Maringá
Relação Interdisciplinar:
Resumo: Esta produção didática faz parte do Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná - PDE/2013, destinado aos alunos da 2ª série do Ensino Médio e para participantes da sala recursos multifuncional de altas habilidades/super dotação, do Colégio Estadual Dr. Gastão Vidigal - Ensino Fundamental, Médio e Profissional. Nesta proposta de Produção Didática, desenvolvemos atividades didáticas mediadas pela produção de vídeos, buscando aproximar a tecnologia já existente na escola, com a prática pedagógica em sala de aula, procurando complementar o estudo da Óptica Geométrica com uma abordagem investigativa, com o objetivo de resgatar nos alunos a curiosidade e o espírito investigativo, que são de muita importância para aprendizagem de Física e que estão a muito tempo perdidos. Pretendemos trabalhar o ensino de Óptica Geométrica a partir da produção e apresentação de vídeos pelos alunos, além de iniciá-los nos estudos sobre o conteúdo, articulando o tema com situações do dia a dia. Também se pretende dar subsídios necessários para a edição e produção de vídeos didáticos (softwares, fotografias, filmagens e estrutura de vídeos), para que eles produzam e apresentem seus vídeos, socializando a versão final no portal Youtube.
Palavras-chave:
(3 a 5 palavras)
Ensino de Física; Óptica, produção de vídeos, tecnologia
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público: Alunos do 2º ano do Ensino Médio e participantes da sala de recursos multifuncional alta habilidades/super dotação
APRESENTAÇÃO
Esta produção didática faz parte do Programa de Desenvolvimento
Educacional do Estado do Paraná - PDE/2013, destinado aos alunos da 2ª série do
Ensino Médio e para participantes da sala recursos multifuncional de altas
habilidades/super dotação, do Colégio Estadual Dr. Gastão Vidigal. Ensino
Fundamental, Médio e Profissional. Nesta proposta de Produção Didática,
desenvolvemos atividades didáticas mediadas pela produção de vídeos, buscando
aproximar a tecnologia já existente na escola, com a prática pedagógica em sala de
aula, procurando complementar o estudo da Óptica Geométrica com uma
abordagem investigativa, com o objetivo de resgatar nos alunos a curiosidade e o
espírito investigativo, que são de muita importância para aprendizagem de Física e
que estão a muito tempo perdidos.
Vivemos em um contexto em que a tecnologia muda nossa maneira de
pensar, de trabalhar, de comunicar e de interagir. A velocidade de informação é
muito rápida, assim como a quantidade de informações e as pessoas se tornam
muito mais interativas, diante disso, precisamos oportunizar aos alunos aulas
diferentes das tradicionais, procurando tornar o conteúdo mais dinâmico e
significativo.
O objetivo é trabalhar o ensino de Óptica Geométrica a partir da produção e
apresentação de vídeos pelos alunos, além de iniciá-los alunos nos estudos sobre o
conteúdo, articulando o tema com situações do dia a dia. Também se pretende dar
subsídios necessários para a edição e produção de vídeos didáticos (softwares,
fotografias, filmagens e estrutura de vídeos), para que eles produzam e apresentem
seus vídeos, socializando a versão final no portal Youtube.
MÓDULOS
No primeiro encontro será apresentada aos alunos a estrutura do curso, que
será composto por dois módulos, o módulo 1 apresentará alguns recursos sobre a
edição de vídeos e o módulo 2 tratará dos conteúdos específicos de Óptica
Geométrica. Os trabalhos serão desenvolvidos em forma de oficinas, acontecerão
em sala de aula, laboratório de informática e laboratório de Física, os materiais
necessários para o desenvolvimento de cada oficina serão fornecidos pelo
professor/colégio ou ficará a cargo dos alunos.
MODULO 1: ALGUNS RECURSOS SOBRE ESTRUTURA E EDIÇÃO DE VÍDEOS.
Orientações
Nesse momento será apresentado pelo professor o tema de forma expositiva,
com os recursos do projetor multimídia, debatendo sobre a importância de se
conhecer sobre a estrutura de vídeos e seleção de equipamentos necessários para
filmagem.
Objetivo
• Dar subsídios sobre alguns recursos sobre estrutura de vídeos e seleção de
equipamentos.
Tempo estimado: quatro (04) aulas
Para a criação de vídeo devemos considerar a pré-produção, a produção e a
pós-produção ou edição de áudio e vídeo.
A pré-produção é a primeira etapa, onde ocorre a preparação, o planejamento
e o projeto do vídeo a ser produzido, dessa etapa resultam as demais atividades que
serão realizadas, desde a concepção da idéia inicial até a filmagem.
Na pré-produção devemos ter um resumo geral do que vai ser exibido no
vídeo, que chamamos de sinopse. Um roteiro deve conter detalhes de tudo que vai
ser exibido no vídeo, segundo o Miniguia de Produção de Vídeos de Curtíssima
Metragem1 ele deve conter o enredo da trama. Esse enredo nada mais é do que a
história do filme descrita em elementos de imagem e som. O roteiro deve trazer a
transcrição das cenas e deve ser bem detalhado para que todos os envolvidos na
produção possam ter o máximo de informações para compor a história, quanto maior
for a quantidade de informação melhor será o roteiro.
O roteiro deve trazer os diálogos dos personagens, também poderá descrever
o que o personagem esta sentido naquele momento, feliz, triste, preocupado,
apreensivo. Ele deve descrever os lugares onde se passarão as cenas da trama,
também o horário e condições climáticas, definir o enquadramento das cenas,
relacionar os equipamentos para aquela cena. Um roteiro necessariamente não
precisa ter começo, meio e fim nessa ordem rígida. Pode-se começar o vídeo pelo
final, retornar ao começo da trama e concluir a história no meio da narrativa. O que
importa é que o roteiro tenha lógica e possa contar a sua história para o espectador.
O roteiro pode ser adaptado inspirado de uma obra anterior, de um livro ou
peça de teatro, ou roteiro pode ser original se é de uma idéia inteiramente nova.
Se no roteiro foi definido o uso de imagens e músicas, elas devem ser
liberadas pelos detentores dos direitos autorais para o uso no filme. Uma opção é
usar músicas e imagens originais, de acervos livres disponíveis sob licença de
Creative Commons (cc) em repositórios na internet.
Seleção de equipamentos
Se no roteiro a opção foi em filmar com seu celular, as cenas devem ser
próximas, usar quadros mais fechados, explorar closes, para permitir melhor
captação e definição dos sons e imagens.
Se a opção foi por câmera fotográfica ou filmadora comum a qualidade da
lente é melhor, portanto os quadros podem ser tomados de uma distância maior.
É possível recorrer a outros equipamentos e dispositivos visuais e sonoros.
Os scanners, por exemplo, permite digitalizar fotos e desenhos que podem ser
utilizados para fazer montagens quadro a quadro, o importante é aproveitar com
criatividade toda a tecnologia que temos disponíveis.
1 Disponível em: https://www.institutoclaro.org.br/banco_arquivos/cc_miniguia_producao.pdf (acesso
em: 18/10/2013).
A produção é etapa em que são feitas as filmagens das cenas que compõem
o vídeo, definidas anteriormente no roteiro.
Algumas dicas para o processo de filmagem, conforme apresenta o Miniguia
de Produção de Vídeos de Curtíssima Metragem.
• Procurar seguir o roteiro, captar imagens adicionais e filmar a mesma cena de
ângulos diferentes, dará mais alternativas para editar o material e garantia de
qualidade e quantidade de cenas;
• Filmar em locais que ofereçam boa iluminação. Em ambientes fechados
utilizar luminárias comuns focalizando a luz na cena filmada;
• Uma folha de isopor encapada com papel alumínio poderá ser utilizada para
refletir a luz, direcionando para onde quiser garantindo assim a uniformidade
de iluminação na cena, impedindo a formação de sombras e que algumas
partes da imagem fiquem escuras,
• Se a opção foi filmar ao ar livre, as filmagens devem ocorrer durante o dia
aproveitando a luz do sol. Se a cena da história filmada acontece à noite é
necessário fazer alguns testes antes, filmagens a noite requerem maior
cuidado, devido a pouca luminosidade, outra opção e filmar a cena durante o
dia e usar dos recursos de edição para escurecer a cena;
• Evitar filmar de frente para o sol, as imagens das pessoas e do local vão
parecer sombras, usar a luz do sol para iluminar a cena sempre a favor, em
dias nublados há menos incidência de sobras e as imagens ficam mais
definidas e uniformes;
• Evitar movimentos bruscos da câmera, mudar o ângulo de cena muitas vezes
em período de tempo curto pode estressar o espectador;
• Cenas em movimento, os movimentos devem ser leves, suaves e
direcionados, a não ser que a intencionalidade da cena seja a câmera
tremida;
• Variar o ângulo de visão. Se for feito de maneira lenta e não repetitiva,
melhora a noção que os espectadores têm do cenário em que ocorre a
história, também aumenta a identificação do espectador com o universo de
personagens do filme;
• Cuidado com os ruídos no momento da filmagem, ônibus passando, carros
buzinando, cachorros latindo, etc.;
• Os microfones embutidos de celulares e câmeras têm limitações, com
microfone externo, as chances de gravar com nitidez os sons são bem
maiores; evite posicionar na frente do vento, o barulho causado pode
atrapalhar a captação do som;
• Procurar usar tripé sempre que necessário para não deixar as imagens
tremidas;
• Tomar cuidado coma as roupas escolhidas para as filmagens, uma roupa
branca, se o fundo for branco, poderá prejudicara a qualidade das imagens,
pois se perde o contraste;
• Se necessário usar os recursos de maquiagem para disfarçar no atores
pequenas incorreções, como olheiras, manchas na pele e espinha;
Pós-Produção: Edição de áudio e vídeo
Orientações
Para as aulas de edição de vídeos serão utilizados os computadores do
laboratório de informática, será utilizada pequena filmagem (curta duração) feita pelo
próprio aluno, nesse momento serão explorados os recursos de editor de vídeo do
Youtube, será fornecido aos alunos um tutorial impresso para realização das aulas.
Objetivo:
• Dar subsídios sobre alguns recursos do editor de vídeo do Youtube.
Tempo estimado: oito (08) aulas.
Essa é a última etapa do trabalho que envolve todas as outras atividades
realizadas anteriormente, a finalização do filme ocorre na edição, organização das
cenas e sincronização de áudio, compondo o vídeo como um todo.
Na edição do vídeo será necessário um computador, com um software de
edição ou um editor online, em nosso trabalho usaremos o editor de vídeo online do
Youtube, a escolha é devida a facilidade de acesso ao editor tanto no laboratório de
informática, onde será desenvolvido o projeto, como nas casas dos alunos
participantes. A plataforma Linux educacional, sistema operacional do laboratório de
informática, usa editores específicos, incompatíveis com o sistema operacional
Windows, isso poderia causar certa dificuldade técnica para o desenvolvimento dos
trabalhos fora do colégio.
Na edição definimos o que serve e o que não serve para o vídeo, nessa etapa
ocorre a seleção de cenas, inserção de novos cortes, de elementos gráficos,
letreiros e legendas, podemos trocar as cenas de lugares.
A seguir mostraremos um pequeno passo a passo de como usar o editor de
vídeo do Youtube.
Explorando o Youtube Editor
Acessar o Youtube Editor na Web através do endereço
http://www.youtube.com/editor, começaremos a navegar pelo editor, conforme
imagem abaixo:
É necessário fazer o login no Youtube, pode ser usada a mesma conta do
gmail.
Endereço da Web
Recursos do Editor
Depois de fazer o login, a tela mostrará os vídeos que já foram enviados para
o canal, vamos começar a edição a partir de novos vídeos, então teremos que enviar
os novos vídeos conforme figura abaixo:
A seguir teremos:
Clique aqui para
enviar seu vídeo
Continuação:
Preencher a ficha com os dados do vídeo;
Clique aqui para selecionar o vídeo
Selecionar o vídeo no
computador, depois pedir
para abrir.
Quando o upload for concluído, podemos começar a edição do vídeo,
clicamos em gerenciador de vídeos que aparecerá na seguinte tela, onde serão
mostrados todos os vídeos que já foram enviados, vamos escolher o vídeo que
pretendemos editar;
A nova tela mostra as seguintes opções: informações, configurações,
melhorias, áudio, anotações, legendas ocultas. Nessa etapa é possível editar um
vídeo, mas ainda não podemos juntar vários vídeos para formar um vídeo novo.
Escolher o vídeo
para editar
Explorando as opções
Na aba melhorias podemos: cortar parte do vídeo, fazer a correção de cor
automática ou personalizada, girar o vídeo usar o recurso de estabilizar o vídeo.
Na aba áudio como mostra a figura abaixo.
Opções de configuração
do vídeo
Temos à direita várias faixas de áudio, que podem ser utilizadas no vídeo,
basta selecionar o áudio clicar sobre ele, a faixa aparecera abaixo do vídeo,
podemos posicionar em uma determinada parte específica do vídeo, na opção
favorecer áudio original podemos configurar para que o áudio original seja ouvido
mesmo se inserida uma música.
Na aba anotações:
Permite colocar sobreposição
de texto, pontos ativos e links
em sue vídeo.
Permite escolher o ponto
específico onde apareça
e termine a anotação.
Na aba legendas ocultas, as legendas levam conteúdo a um público mais
amplo, incluindo visitantes surdos ou com deficiência auditiva, ou pessoas que falam
outro idioma.
Finalizado a edição de um vídeo, podemos unir vários trechos editados para a
produção de um novo vídeo.
Quando acessamos http://www.youtube.com/editor/ abrirá a seguinte tela:
Podemos arrastar o vídeo/imagem para baixo da linha cronológica na parte
inferior do editor, onde diz Arraste os vídeos para cá para começar editar.
Podemos adicionar até 50 vídeos e 500 imagens a um projeto.
Para adicionar um vídeo ou uma imagem, procure o vídeo que pretende
adicionar na parte superior do Editor. Clicar no ícone da câmara para procurar, com
o mouse clique no vídeo que pretende adicionar e, em seguida arraste o vídeo para
baixo da linha cronológica na parte inferior do editor, onde diz arraste os vídeos para
cá. Assim que o vídeo estiver na linha cronológica, podemos personalizar a sua
duração, usando os recursos:
Arraste o áudio para esse local
Titulo final
Arraste os vídeos para esse local
Recortar: corte a duração do vídeo movendo o cursor sobre as margens do
vídeo na linha cronológica. Arraste as extremidades para o centro do vídeo para
encurtar;
Cortar: os vídeos podem ser cortados em partes
Mova mouse sobre o vídeo e clique no ícone das tesouras para obter o marca
de corte. Mova-o para a zona pretendida e clique no botão das tesouras para cortar
o clipe.
Adicionar música e ajustando o volume
Clicamos na tesoura para cortar o vídeo
Podemos definir níveis de volume para cada tipo de vídeo no projeto.
Colocando o cursor do mouse sobre o vídeo na linha cronológica, no controle de
volume ajustamos o cursor para diminuir o volume do vídeo ou faixa de música.
Podemos adicionar uma nova faixa de áudio ao vídeo. Clicamos no botão da
nota musical na parte superior esquerda do editor para obter a biblioteca de música
pré-aprovadas do Youtube. Podemos procurar as faixas pesquisando ou filtrando por
artista e gênero. Quando encontramos a música que gostamos, arrastamos para a
linha cronológica. Podemos adicionar várias faixas a um projeto. Para tal, arraste
cada canção para a linha cronológica. A Biblioteca de áudio do Youtube é uma
coleção de faixas de música que podemos utilizar livremente nos respectivos vídeos
como música de fundo. Estas faixas têm boa qualidade, 320 kbps, estão disponíveis
sem qualquer custo.
Adicionando uma transição de um vídeo para outro
Escolhemos a música e arrastamos para a
linha cronológica do áudio.
Clicamos sobre a nota musical
Clicamos sobre a transição escolhida e arrastamos com o mouse entre as duas partes do vídeo onde desejamos o efeito.
Adicionando títulos para vídeo
A seguir apresentamos alguns links de vídeo aula sobre como usar o editor de
vídeo do youtube.
• http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=E3_9ZSg17UE
(acesso em 21/10/2013).
Efeitos de transição de
vídeos.
Clique para escolher o
layout do título.
Arraste o modelo escolhido com o mouse e
posicione sobre a parte escolhida
• http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=nWUPWkAbslE
(acesso em 21/10/2013).
O objetivo de se trabalhar a montagem de vídeos é fazer uso de recursos
tecnológicos para tornar a aprendizagem mais eficiente, o recurso pode contribuir
para que o aluno possa internalizar e externalizar através da produção de seus
vídeos, os conceitos estudados e relacioná-los com os fenômenos dos dia a dia.
A etapa final do projeto consiste na produção e edição de um vídeo de curta
duração, sobre um tópico abordado nas aulas de óptica geométrica.
Terminado o módulo 1 (edição e produção de vídeo) será iniciado o módulo
2, (conteúdo específico de óptica geométrica). No final do módulo 2 será
apresentada a dinâmica para a produção de vídeos pelos alunos.
MÓDULO 2: ÓPTICA GEOMÉTRICA
PRIMEIRA ATIVIDADE
Conteúdo
• Nesta atividade serão abordados conceitos fontes de luz e meios físicos.
Objetivo
• Introdução a óptica Geométrica, classificar as fontes de luz, meios físicos.
Tempo estimado: uma (01) aula
Os alunos individuais ou em grupo serão levados a refletir sobre a seguinte
situação:
Imagine que em uma noite você está no laboratório de Física terminando seu
relatório, ele está com todas as janelas fechadas, nas paredes estão pendurados
alguns espelhos de vários tamanhos, por alguma causa desconhecida todas as
luzes do prédio do laboratório se apagam, e a sala fica totalmente escura, você, para
não entrar em pânico começar a “brincar” com luz do visor do seu celular. Como
você procederia para enxergar seu rosto em um dos espelhos?
Os alunos deverão conversar a respeito e anotar sua resposta para discutir na
turma.
Após as discussões serão formalizados pelo professor os conceitos sobre o
que é óptica, fontes de luz e meios físicos.
SEGUNDA ATIVIDADE: CÂMERA ESCURA
Conteúdo
• Propagação da luz, princípios da Óptica Geométrica.
Objetivos
• Identificar os princípios da propagação da luz, observar a formação de
imagens no interior da câmera escura; verificar a relação entre objeto e
imagem; distância do objeto à câmera escura e profundidade da câmera
escura.
Tempo estimado: três (03) aulas
Nesta atividade será construída uma câmera escura, com o objetivo de
observar a imagem da chama de uma vela projetada em seu interior. Segundo os
princípios da óptica geométrica, os raios de luz se propagam em linha reta, então,
todos os raios de luz emitidos pelo objeto a ser projetado, passam através de um
pequeno orifício e atinge o anteparo no interior dela, assim a luz que sai do ponto
mais alto do objeto atingirá o anteparo no ponto mais baixo de imagem projetada,
formando uma imagem invertida como na figura abaixo:
Figura 1: Fonte: Portal Dia a dia Educação
Procedimento do experimento2
Projetar a luz emitida pela chama de uma vela na parte interna da tampa de
uma lata, através de um pequeno orifício feito no fundo da lata (na parte de metal).
Material necessário
• Uma lata com tampa plástica translúcida, ou uma lata sem a tampa;
• Papel vegetal para substituir a tampa plástica translúcida;
• Uma vela;
• Prego ou outro objeto pontiagudo para fazer o furo na lata.
Montagem
Fazer um pequeno furo no meio do fundo da lata (menor possível), tampe-a
com a tampa plástica ou papel vegetal. Acender a vela e aproximar do fundo da lata
até ver a imagem refletida na tampa. O experimento deve ser realizado num
ambiente o mais escuro possível.
2 Adaptação do experimento disponível em: http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/ (acesso em
10/10/2013)
Figura 2 fonte: http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/opt10_2.gif
Os alunos deverão montar o experimento e explorá-lo, aproximando e
afastando a vela do orifício da lata (câmera escura) e responder as seguintes
perguntas:
Como a imagem aparece na tampa da lata?
Por que essa imagem aparece dessa forma?
O que acontece se o orifício na lata for maior? Explique.
Podemos observar outros objetos além da vela? Quais?
Anotar as respostas para discussão em grupo.
Após as discussões serão formalizados pelo professor os conceitos de:
Propagação retilínea dos raios de luz, as relações geométricas envolvendo: objeto e
imagem; distância do objeto à câmera escura e profundidade da câmera escura. E
como complemento de estudo assistir o vídeo disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=eVhLQBPZqUI que mostra como fazer um
projetor usando o celular, ele também exemplifica a formação de imagens que
acontece na retina do nosso olho.
TERCEIRA ATIVIDADE: PENTE REFLEXIVO
Conteúdo
• Leis de Reflexão; espelhos planos; objetos e imagens; construção de imagens
no espelho plano; campo visual de um espelho plano; associação de
espelhos planos.
Objetivos
• Verificar a relação entre os ângulos de incidência e de reflexão em um
espelho plano; entender o que é uma imagem virtual, perceber situações do
cotidiano que ocorre reflexão.
Tempo estimado: Quatro (04) aulas
Contexto do experimento
A reflexão é o fenômeno que ocorre quando a luz encontra uma superfície e é
rebatida, acontece em duas etapas a primeira quando o raio de luz chega até o
espelho (incidência), formando um ângulo com espelho que damos o nome de
ângulo de incidência. A segunda etapa, o raio de luz “sai” do espelho (reflexão), o
ângulo que este raio forma com o espelho damos o nome de ângulo de reflexão. A
lei da reflexão diz que o ângulo incidente e o ângulo de reflexão têm a mesma
medida.
O objetivo do experimento é possibilitar que os alunos percebam as leis de
reflexão experimentalmente sem conhecerem formalmente os conceitos.
Material necessário
Espelho plano, pente, lanterna, folha de papel, lápis e transferidor.
Procedimento do Experimento3
1. Colocar um pequeno espelho plano em posição vertical em uma superfície
plana como a de uma mesa.
2. Colocar um pente também na vertical mesma superfície;
3. Posicionar a lanterna de tal maneira que a sombra produzia pelos dentes do
pente fazendo sombra na superfície;
4. Para estabelecer a relação entre os raios incidentes e os raios refletidos,
coloque uma folha de papel na superfície da mesa sob o espelho e sob o 3 Adaptação do experimento disponível em: http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/ (acesso em
10/10/2013)
pente, risque no papel com um lápis a trajetória de um ou mais raios que
chegam ao espelho saindo do pente e depois saem do espelho (refletidos
pelo espelho);
5. Observar que no papel aparecerá a trajetória de um feixe de luz, se forem
desenhados alguns raios;
6. Observar a relação entre o raio incidente e o raio refletido.
Os alunos deverão fazer as anotações sobre os seguintes questionamentos:
O que acontece quando posicionamos a lanterna num ângulo de 90º em
relação ao pente e ao espelho?
O que acontece quando mudamos a posição da lanterna para um ângulo
diferente de 90º em relação ao pente e ao espelho?
Poderíamos substituir o espelho por outra superfície? Qual? Funcionaria da
mesma forma?
Após as discussões serão formalizados pelo professor os conceitos das Leis
de Reflexão; espelhos planos; objetos e imagens; construção de imagens no
espelho plano; campo visual de um espelho plano.
Serão utilizados simuladores para mostrar o campo visual e como se dá a
formação de imagem em um espelho plano, o simulador a ser utilizado está
disponível em:
http://www.lucianofeijao.com.br/clf/clique_professor/EXATAS/8/arquivos/2013032514
3215.swf (acesso em 14/10/2013).
Devemos escolher no menu a opção campo visual, nessa tela podemos ver a
definição de campo visual e a demonstração do mesmo. Clicando na sete de
prosseguir passamos para o campo visual interativo, onde podemos mover o objeto
e ver como muda o campo visual para cada nova posição do objeto.
Para complementar o estudo será pedido para os alunos assistirem o vídeo
disponível em: http://www.youtube.com/watch?
feature=player_embedded&v=ByYcAITMhoI (acesso em 14/10/2013), que será
comentado na aula seguinte.
QUARTA ATIVIDADE: ESPELHOS ESFÉRICOS
Conteúdo
• Reflexão da luz em espelhos esféricos; elementos de um espelho esférico;
propriedades dos raios incidentes nos espelhos esféricos; equação Gauss e
equação do aumento linear.
Objetivos
• Conhecer espelhos côncavos e convexos e identificar seus elementos;
identificar e diferenciar imagens reais e virtuais, reconhecer a utilização em
situações do cotidiano;
Tempo estimado: quatro (04) aulas
Para iniciar a discussão sobre o tema, anteriormente será pedido para os
alunos que em grupos de no máximo três participantes, filmem cenas onde se utilize
de espelhos para ampliar ou reduzir o campo de visão, espelhos para esse fim são
os que geralmente encontramos em lojas de conveniências, entrada de garagem de
alguns prédios, elevadores, ônibus de transporte publico, estojos de maquiagem,
etc., observar a imagem formada por eles.
Cada grupo apresentará vídeo da cena que filmou, comentará o que observou
na imagem, também deverá trazer um espelho com as mesmas características do
qual filmou, após a apresentação de todos os grupos, as imagens serão comparadas
as imagens que se formam nos espelhos planos, para isso, será necessário o
manuseio dos diferentes espelhos trazidos pelos grupos e também do espelho plano
este fornecido pelo professor.
Os alunos serão questionados a respeito de:
• Qual a diferença da imagem de um objeto formada num espelho plano e a
imagem formada num espelho esférico?
• O tamanho da imagem no espelho esférico é igual tanto para o tipo de
espelho usado para maquiagem, ou de uma bola de enfeite de natal? A
imagem Aumenta, diminui, inverte, distorce. Compare e descreva o que
acontece;
• Podemos afirmar que os dois espelhos têm o mesmo comportamento na
formação de imagens?
• Em relação ao campo visual ele pode aumentar diminuir permanecer igual,
para os dois tipos de espelhos esféricos,
O objetivo da atividade é possibilitar ao aluno uma situação favorável para
comparação da formação de imagens nos espelhos planos e esféricos, levando-os a
perceber que as características da imagem de um espelho plano não “distorce”, não
aumenta e não diminui, e que nos espelhos esféricos a imagem pode aumentar,
diminuir, ficar invertida de ponta-cabeça ou direita-esquerda e perceber o campo
visual nos dois tipos de espelho esférico.
Com o uso do simulador disponível em:
http://fisica.saibamais.pro.br/flash/EspelhoConcavo.swf (acesso em 16/10/2013),
será desenvolvida a atividade:
Coloque o objeto (seta) na frente do espelho côncavo, em seguida analise
como e onde ocorre a formação da imagem quando o objeto (seta) estiver:
a) antes do centro de curvatura (C);
b) no cento de curvatura;
c) entre o centro e o foco(F);
d) no foco;
e) entre o foco e o vértice (V).
Depois de feitas as simulações no espelho côncavo será utilizado o simulador
disponível em: http://fisica.saibamais.pro.br/flash/EspelhoConvexo.swf (acesso em
16/10/2013) para observar a formação de imagem no espelho esférico convexo.
Em seguida serão apresentadas formalmente as equações dos espelhos
esféricos, com as devidas convenções.
Em grupos de no máximo três componentes deverão:
Produzir um vídeo informativo da seguinte situação. Poderá utilizar-se dos
recursos que julgar necessário para melhor compreensão, com esquemas, situações
reais, etc.
A maioria dos espelhos retrovisores são convexos usados em motos.
a) Mostrar o tipo de imagem que eles formam?
b) Qual a vantagem em se usar esse espelho?
QUINTA ATIVIDADE: REFRAÇÃO
Conteúdo
• Refração da luz; índice de refração; leis da refração.
Objetivos
• Apresentar o fenômeno da refração, as suas aplicações no dia a dia e as leis
que regem esse fenômeno.
Tempo estimado: quatro (04) aulas
Para introduzir o tema serão realizadas duas experiências:
A primeira experiência consiste de: uma moeda na xícara, o material
necessário para o desenvolvimento da atividade será: água, moeda, e uma xícara ou
outro recipiente opaco.
Procedimento da atividade
• Colocar a moeda no fundo da xícara sem água;
• Posicionar-se de tal maneira que não se consiga ver a moeda inteira,
apenas parte dela;
• Manter-se nesta posição procurando não mudar o foco de visão, com
ajuda de outro colega pedir para que ele vá colocando água na xícara bem
lentamente;
• O que pode ser observado à medida que o nível da água foi subindo no
interior da xícara?
A segunda experiência será realizada com um copo de vidro transparente,
água, óleo vegetal e um lápis.
Procedimento da atividade:
• Colocar uma quantidade de água no copo, mais ou menos metade do
copo, a seguir colocar o lápis e o observar o que ocorre com a imagem do
lápis quando vemos o copo de uma determinada distância;
• Depois de feito este procedimento, terminar de encher o copo com óleo
vegetal e observar a imagem do lápis, quando vemos o copo de uma
determinada distância.
Realizada as duas experiências os alunos serão questionados sobre:
• O que se observa de comum nas duas experiências;
• Existe uma relação do meio físico em que está inserido o objeto de
observação com imagem que observamos;
O objetivo das experiências é proporcionar condições favoráveis e
necessárias ao aluno para que ele possa perceber o desvio da luz nos diferentes
meios de propagação da luz, fenômeno este que chamamos de refração.
A seguir serão formalizados pelo professor os conceitos de: índice de
refração, índice de refração absoluto e relativo, leis da refração dioptro plano, lâmina
de faces paralelas, ângulo limite e reflexão total.
Como complemento de estudo os alunos deverão assistir o vídeo disponível
em: http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=nTiq733vPFU,
(acesso em 18/10/2013).
FINALIZANDO
Chegamos agora na etapa mais importante de todo o trabalho, que é
produção de vídeos sobe o ponto de vista dos alunos, esta etapa deverá fornecer
subsídios suficientes e necessárias para o professor avaliar individual e em grupo os
alunos quanto a aprendizagem dos conceitos físicos estudados, ressaltamos que o
módulo 1 serviu somente como ferramenta para se atingir os objetivos do trabalho.
Dinâmica para a produção
Tempo estimado em sala/laboratório de informática: oito (08) aulas
• Dividir a turma em grupos de no máximo três (03) alunos;
• Cada grupo escolherá um tema para produção do vídeo, se houver temas repetidos, será feito sorteio tentando abranger todos os temas trabalhados nas oficinas de óptica geométrica;
• As idéias de cada grupo sobre a produção do vídeo serão anotadas, que fará parte do roteiro do mesmo;
• Após uma semana depois de definido o tema, os alunos retornarão ao laboratório de informática para primeira edição dos vídeos o tempo estimado para essa atividade será de quatro (04) aulas;
• Finalizada a primeira edição, os grupos apresentarão seus vídeos, com debates sobre o tema, sobre a produção, o tempo estimado para essa etapa será de duas (02) aulas;
• Depois de realizado o debate os alunos terão mais uma semana para fazer a segunda edição dos vídeos com as sugestões vindas do debate, essa atividade será realizada pelos alunos em casa ou no colégio sem a presença do professor;
• Será feita a apresentação final dos trabalhos após segunda edição e a publicação dos vídeos no Youtube, tempo estimado para essa etapa duas (02) aulas;
• A mostra dos vídeos produzidos será feita na semana cultural, data a ser
definida pelo Colégio.
Referências
GREF - Grupo de Reelaboração do Ensino de Física - Instituto de Física da USP. Disponível em: http://fisica.cdcc.usp.br/GREF/otica01.pdf, (acesso em 21/10/2013).
GREF - Grupo de Reelaboração do Ensino de Física - Instituto de Física da USP. Disponível em: http://fisica.cdcc.usp.br/GREF/otica02.pdf, (acesso em 21/10/2013).
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SILVA, CLAUDIO XAVIER; BARRETO, BENIGNO. Física aula por aula: mecânica dos fluidos, termologia, óptica, 1 ed. São Paulo: FTD, 2010.
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no contexto educacional. In: Novas Tecnologias na Educação. Porto Alegre, v. 5,
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