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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014
Título: PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NAS AULAS DE EDUCAÇÃO
FÍSICA
Autor: Elaine Cristina Damasceno Ferrari
Disciplina/Área: Educação Física
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização: E.E. Ulysses Guimarães – Ens. Fundamental
Município da escola: Ibiporã
Núcleo Regional de
Educação: Londrina
Professor Orientador: Profa. Dra. Ângela Pereira Teixeira Victoria Palma
Instituição de Ensino
Superior: Universidade Estadual de Londrina – UEL
Relação Interdisciplinar: Ciências
Resumo:
A Educação, no caso, a educação escolarizada, é
construída, pelo professor, por ações sociais. Com isto a
escola tenta cumprir sua função garantindo ao aluno o
acesso aos saberes socialmente disponíveis, e expor com
clareza as relações entre o que, para quem, e como se
ensina e se aprende esses saberes. A Educação Física está
inserida como uma disciplina dentro deste contexto escolar
que nos parece cada vez mais desafiante e novo. Perante
essa indagação foi proposto o seguinte projeto de pesquisa
cuja a problemática, são os caminhos que podem ser
indicados ao professor de Educação Física para que haja
uma transcendência à sua ação pedagógica, havendo um
relacionamento ao ensino da Educação Física com os
pressupostos das DCEs, identificando parâmetros para
relacionar o conteúdo articulador, saúde com os conteúdos
estruturantes, utilizando recursos e meios alternativos. A
proposta é realizar uma pesquisa de cunho qualitativo, que
será desenvolvido em uma Escola da rede Estadual de
Ensino do Paraná, com alunos do 9º ano, propondo planejar
um bloco de aulas do ensino do conteúdo por meio do eixo “
O Movimento e a Saúde com o tema Aptidão Física, saúde
e qualidade de vida.”
Palavras-chave: Educação Física; Processo Ensino Aprendizagem; Ação
Pedagógica.
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público: Alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental
APRESENTAÇÃO
Caro Professor(a)
Essa unidade constitui um material de referência destinado a
professores que atuam na disciplina de Educação Física, e tem por objetivo o de
mapear caminhos que favoreçam alterações nas ações pedagógicas do professor de
Educação Física na perspectiva crítica de educação apresentada para a área nas
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.
A pesquisa será desenvolvida no segundo semestre de 2015 na
Escola Estadual Ulysses Guimarães – Ensino Fundamental, localizada na cidade de
Ibiporã, com alunos de ambos os sexos do 9º ano, aproximadamente 25 alunos da
idade média entre 13 a 14 anos.
A proposta é na primeira parte do trabalho é disponibilizar uma
revisão bibliográfica e na segunda parte planejar um bloco de aulas com detalhes do
conteúdo que será ensinado e sugestões das estratégias de ensino que serão
adotadas. A sequência pedagógica que será proposta terá como base a obra
“Educação Física e a organização curricular. Educação infantil, ensino fundamental
e ensino médio. 2º Ed, utilizaremos o eixo: “O Movimento e a Saúde”, com o tema:
Aptidão Física, saúde e qualidade de vida.
1 EDUCAÇÃO FÍSICA DO SÉCULO XXI: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
A Educação Física apresenta, ao longo do tempo, muitas
concepções sobre corpo e homem. Essas concepções se deram por meio de um
processo histórico com a diferenciação de diversos pressupostos teóricos, os quais
atingiram a educação escolarizada e consequentemente a disciplina Educação
Física.
A Educação escolarizada é construída por ações sociais, e devido
as concepções geradas dentro dessa sociedade, a Educação Física sempre esteve
em processo de construção e reconstrução em busca de sua identidade. Para um
maior entendimento da atual concepção da Educação Física entende-se ser
necessário uma contextualização do histórico da área e que caminhos tomou dentro
da educação brasileira.
No campo escolar, os exercícios físicos na forma cultural de jogos,
ginástica, dança e equitação surgem na Europa no final do século XVIII e início do
século XIX, o que condiz com os sistemas nacionais característicos da sociedade
burguesa daquele período. É nesse tempo e espaço que se tem o início da
construção e consolidação de uma nova sociedade, a sociedade capitalista no qual
os exercícios físicos tomaram uma proporção maior, devido a necessidade de um
novo modelo de homem: mais forte, ágil e empreendedor.
A riqueza produzida era retida por uma pequena parcela da
sociedade e a miséria estendida a outra parte desta, que justamente eram
responsáveis na produção dessa riqueza por meio da força de seu próprio corpo.
[...] a força física, a energia física, transformava-se em força de trabalho e era vendida como mais uma mercadoria, pois era a única coisa que o trabalhador dispunha para oferecer no “mercado” dessa chamada “sociedade livre”. Os exercícios físicos, então, passaram a ser entendidos como “receita” e “remédio”. Julgava-se que, através deles, e sem mudar as condições materiais de vida a que estava sujeito o trabalhador da época, seria possível adquirir o corpo saudável, ágil e disciplinado exigido pela nova sociedade capitalista. (SOARES, 2010, p. 51).
Desta forma o tema cuidados com o corpo passa a merecer uma
atenção maior por parte das autoridades criando leis e decretos para incluir os
exercícios na escola. Os cuidados físicos com o corpo até então eram vistos como
hábitos de higiene e os exercícios físicos estavam incluídos neste contexto. De
acordo com essa nova sociedade em construção, esse cuidar do corpo passa a
possuir também outro significado, a força do trabalho produzida e posta em ação
pelo corpo como fonte de lucratividade.
A preocupação com a inclusão dos exercícios físicos nos currículos
escolares remonta ao século XVIII com Guths, Rosseau e Pestalozzi. Contribuiu
para essa inclusão o surgimento, na Alemanha, das Escolas de Ginástica no século
XIX (Turnvereine –Sociedade Alemã de Ginástica).
Na forma de associações livres, essas Escolas de Ginástica alemãs
difundem-se para outros países da Europa e América e pressionam a inclusão da
ginástica, o que hoje corresponde a Educação Física, no ensino formal de todos os
países que já dispunham daquela forma de sistemas nacionais de ensino e escolas.
Essas associações por sua vez não praticavam uma ginástica que se destina a uma
população escolar, colocando-se, então a necessidade de se elaborar adaptações e
até novas propostas:
[...] Surgem as primeiras sistematizações sobre os exercícios físicos denominadas de Métodos Ginásticos, tendo como autores mais conhecidos o sueco P. H. Ling, o francês Amoros e o alemão A. Spiess, com contribuições advindas também de fisiologistas como G. Demeny, E. Marey, médicos como P. Tissié e ainda professores de música como J. Dalcroze.(SOARES ,2010, p. 52).
Esses autores aliaram o desenvolvimento da Educação Física na
escola de respeito e consideração da área perante os demais componentes
curriculares.
No contexto referido anteriormente, a Educação Física ganha
espaço na escola, na qual o físico disciplinado era exigência da nova concepção em
formação. A educação do físico confundia-se com a prática da ginástica, pois incluía
exercícios físicos baseado nos moldes médico higiênicos.
Com a proclamação da República no Brasil, iniciou-se discussões
sobre as instituições escolares e as políticas educacionais. O século XIX houve a
expansão da instrução pública, neste período destaca-se no país Rui Barbosa, o
qual foi influenciado pelas discussões da época.
No ano de 1882, Rui Barbosa emitiu o parecer n. 224, sobre a
Reforma Leôncio de Carvalho, decreto n. 7.247, de 19 de abril de 1879, da Instrução
Pública. Entre outras considerações, afirmou a importância da ginástica para a
formação de corpos fortes e cidadãos preparados para defender a Pátria,
equiparando-a, em reconhecimento, às demais disciplinas (SOARES, 2004).
Neste período as aulas de Educação Física nas escolas eram
ministradas por instrutores físicos do exército, que traziam para essas instituições os
rígidos métodos militares da disciplina e da hierarquia tendo o objetivo de construir
uma unidade nacional nos métodos de ensino nas escolas brasileiras, tendo a sua
obrigatoriedade a partir de 1937 e em 1939 foi criada a primeira escola civil para
formar professores de Educação Física.
Nas primeiras quatro décadas do século XX foi marcante no sistema
educacional a influência dos Métodos Ginásticos e da instituição militar. Neste
período, a Educação Física era entendida como atividade exclusivamente prática,
com esse contexto não houve desenvolvimento de uma estrutura de conhecimento
científico que pudesse formar uma identidade pedagógica à Educação Física no
currículo escolar.
Após a Segunda Guerra Mundial, que coincidiu com o fim da
Ditadura no Brasil, surgiu outras concepções entre eles o Método Natural Austríaco,
divulgado no Brasil por Auguste Listello, o qual apresenta uma grande influência do
esporte, o qual desenvolveu na cultura europeia como elemento predominante da
cultura corporal.
[...]a concepção de eficiência e tecnicismo procurou moldar o ensino e direcionar a Educação Física para o esporte. Essa face é propícia para o esporte, pois as indústrias, a urbanização e os meios de comunicação de massa estão em pleno desenvolvimento. As competições esportivas, tanto na prática social, quanto nos currículos escolares, são voltados para a educação do indivíduo para o obediência de regras e ensinam a vencer por meio do esforço individual, convivendo, assim, com vitórias e derrotas. Tudo isso, para adaptar-se à sociedade do momento. Os princípios que norteiam o esporte são os da racionalidade, eficiência e produtividade, que acabam reordenando a Educação Física na escola. (PALMA; OLIVEIRA; PALMA, 2010, p. 41).
O esporte passa rapidamente, dessa forma, ser o conteúdo de
ensino da Educação Física, estabelecendo também novas relações entre professor
e aluno, e sim atleta e treinador, pois os professores são contratados pelo seu
desempenho na atividade desportiva.
Nesse contexto, o esporte consolidou sua hegemonia como objeto
principal nas aulas de Educação Física, em currículos nos quais o enfoque
pedagógico estava centrado na competição e na performance dos alunos. Já na
década de 70, do século passado, a LDB Lei n. 5692/71, por meio de seu artigo 7º e
pelo Decreto n. 69450/71, ambos revogados, manteve o caráter obrigatório da
disciplina de Educação Física nas escolas, passando a ter uma legislação específica
e sendo integrada como atividade escolar regular e obrigatória no currículo de todos
os cursos e níveis dos sistemas de ensino.
Neste mesmo período novas concepções começam a surgir em
contradição ao modelo educacional da disciplina no momento, tendo a Educação
Física uma fundamentação mais humanista, no qual prioriza-se o Esporte para
Todos, opondo-se a alta performance.
A Psicomotricidade, também surge na época, baseada na
interdependência do desenvolvimento cognitivo e motor, uma crítica em relação à
visão dualista de homem. De acordo com Bracht (1992 apud PARANÁ, 2008), com a
psicomotricidade a Educação Física passou de Educação do Movimento a ser
Educação pelo Movimento. A motricidade não é um saber a ser transmitido, mas sim
um meio educativo, para desenvolver as estruturas psicomotoras.
No final dos anos 80 e início dos anos 90, focou-se na influencia do
meio no comportamento do homem, homem este que possui um envolvimento com
a sociedade que esta inserido e que proporciona uma produção de cultura e que
diretamente relaciona-se com as manifestações motoras e ludicidade deste
indivíduo. Há um grande crescimento dos movimentos sociais, concretizados nas
mobilizações sindicais, portanto, é fundamental que a classe trabalhadora tenha
acesso ao acúmulo cultural e ao conhecimento produzido historicamente pelos
homens.
As alterações na concepção dos envolvidos com a Educação Física
foram importantes e lentas. Pois passava de uma concepção biológica da prática
restritiva da aptidão física, rendimento, e todos os estudantes tendo que ter o
mesmo desenvolvimento motor para uma concepção de sujeito que tem
necessidades e vontades e principalmente pode se expressar por meio do esporte,
dança e jogos. Essas indagações geram uma crise na identidade da área,
justamente na polarização da concepção dos professores a respeito da disciplina na
escola.
Tais discussões da Educação Física continua neste século, a qual
se discute a necessidade de um projeto político-pedagógico explícito e crítico para a
apropriação da realidade social por meio de uma reflexão pedagógica
De acordo com Medina (1983), a Educação Física apresenta a
necessidade em entrar em crise, isto é, criticar seus valores, justificar a si mesma e
procurar sua verdadeira identidade, com isso buscou-se denunciar aspectos
negativos que impediam que a área fosse proporcionadora de transformações
dentro da realidade escolar.
Para Sérgio (1991), esta crise é maior que legitimidade da área na
escola como disciplina escolar e sim de ordem paradigmática e filosófica, a começar
pela definição de seu próprio objeto de estudo, pois o autor salienta que uma
Ciência necessita de um objeto de estudo próprio para legitimar-se como tal. O
corpo pertence a uma Ciência chamada Biologia. A Educação Física não é uma
ciência, mas uma pré-ciência, por isso não possui um objeto de estudo, porém para
a Ciência da Motricidade Humana o objeto de estudo é o homem que se movimenta
em busca da transcendência. (SÉRGIO, 1991,1999, 2004).
As Diretrizes Curriculares do Pr. (PARANÁ, 2008), propõe que a
Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre as necessidades atuais de
ensino perante os alunos, na superação de contradições e na valorização da
educação. Torna-se fundamental considerar os contextos e experiências de
diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da comunidade. Com um trabalho
em interlocução com outras disciplinas os quais permitam entender a cultura
Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas dimensões da
vida humana, tratadas tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da
natureza.
Ao conceber a Educação Física na escola nas mesmas condições
das demais disciplinas, a atual LDB, reconhece a necessidade desta ser organizada
em aspectos teóricos-didáticos-metodológicos de acordo com seus conteúdos
específicos, considerados fundamentais para o desenvolvimento do indivíduo,
levando a reflexão crítica e ao exercício da cidadania. Portanto, ela deve ser
considerada como uma matéria escolar que tem como objetivo o ensino de
conhecimentos, tendo o movimento culturalmente construído, seu grande referencial
(PALMA; OLIVEIRA; PALMA, 2010). Quando é citado o movimento culturalmente
construído, isso não significa que desconsideramos a Cultura Corporal do
movimento que esta presente nas Diretrizes Curriculares do Pr., pois são estruturas
filosóficas diferentes mais que tratam do mesmo assunto.
De acordo com as DCEs:
[...] Pensar a Educação Física a partir de uma mudança significa analisar a insuficiência do atual modelo de ensino, que muitas vezes não contempla a enorme riqueza das manifestações corporais, produzidas socialmente pelos diferentes grupos humanos. Isto pressupõe criticar o trabalho pedagógico, os objetivos e a avaliação, o trato com o conhecimento, os espaços e tempos escolares da Educação Física. Significa, também, reconhecer a gênese da cultura corporal, que reside na atividade humana para garantir a existência da espécie. Destacam-se daí os elementos lúdicos e agonísticos que sistematizados, estão presentes na escola como conteúdos de ensino (PARANÁ, 2008, p. 51).
Quando nos referimos a gênese da cultura corporal, estamos
relacionando à vida em sociedade, as quais são inicialmente as relações Homem-
Natureza e Homem-Homem, isto é, pelas relações para a produção de bens e pelas
relações de troca.
Daólio (2007), discute um referencial próprio da Antropologia Social
a qual questiona a construção cultural do corpo humano. Aponta cultura como
categoria conceitual mais importante na área, as manifestações corporais, jogos,
lutas, danças, esportes e ginástica originam-se no contexto das produções
humanas: a cultura. Com base nessa perspectiva o autor analisa o trabalho do
professor de Educação Física como agentes sociais e para a sua prática como
determinada culturalmente. O seu enfoque cultural pode contribuir para a análise do
corpo como algo dotado de significações sociais.
É fundamental para essa nova perspectiva da prática pedagógica da
Educação física o desenvolvimento da noção de historicidade da cultura corporal.
Existe a necessidade que o aluno entenda que o homem não nasceu com suas
atividades corporais já estabelecidas e sim que foram construídas em determinadas
épocas históricas, como respostas a determinados estímulos, desafios ou
necessidades humanas.
1.2. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ –
DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA.
Em meados de 2006, a Secretaria da Educação do Estado do
Paraná resolveu unificar em um único documento os conceitos de escola, ensino,
aprendizagem, avaliação, estudantes entre outros, os textos das disciplinas que se
repetiam no Ensino Fundamental e Ensino Médio, de modo a configurar-se uma
única Diretriz Curricular para a Educação Básica, pela qual consolidou-se as atuais
Diretrizes Curriculares da rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná
(DCEs) (PARANÁ, 2008).
Nas últimas décadas, a escola pública passou a atender um maior
número de alunos provenientes de classes populares, a qual propiciou a
necessidade de uma readequação do seu verdadeiro papel da escola nesta
sociedade, os sujeitos que a compõem, suas origens e o que trazem de bagagem
cultural.
As DCEs propõe-se uma reorientação na política curricular em
busca de oportunidades que sejam iguais para todos. Os conteúdos disciplinares
devem ser tratados de maneira contextualizado, para que estes contribuam para
atitudes críticas quanto a questões sociais, políticas e econômicas presentes na
sociedade atual.
Nestas Diretrizes, destaca-se a importância dos conteúdos
disciplinares e do professor como autor de seu plano de ensino, possibilitando uma
fundamentação mais aprofundado sobre discussões curriculares e alteração na sua
prática pedagógica. Desta forma os professores participam de forma efetiva na
construção curricular e fundamentando o seu trabalho pedagógico a partir dos
conteúdos estruturantes de sua disciplina:
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude, conceitos, teorias ou práticas, que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo/ensino. (PARANÁ, 2008, p. 25).
Esses conteúdos são frutos de uma construção que tem sentido
social como conhecimento, a qual existe uma parte de conhecimento que é produto
da cultura e que deve ser disponibilizado como conteúdo. Além deste saber
instituído, deve existir no processo de ensino/aprendizagem uma preocupação com
o devir do conhecimento.
A concepção de escola, disciplina, avaliação, prática pedagógica
apresentada nas DCEs fundamentam-se nas teorias críticas de educação, o qual o
conceito de contextualização propicia a formação de sujeitos históricos, alunos e
professores apropriam-se dos conhecimentos e existindo contradições sociais, estes
são compreendidos e desenvolve-se em um processo de construção , com isso, são
convidados, pelo processo ensino-aprendizagem a se posicionarem e agirem em
favor de mudanças nas estrutura sociais.
A partir deste processo de ensino e aprendizagem, não devemos
deixar de lado a avaliação que deve estar presente em todo o processo, tanto como
meio diagnóstico como instrumento de investigação da prática-pedagógica. A
avaliação assume uma dimensão formadora e permite uma reflexão sobre a ação
pedagógica o verdadeiro sentido da avaliação:
“Acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades
de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos
para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas”. (LIMA, 2002,
apud PARANÁ, 2008, p. 31).
O professor necessita compreender a avaliação e a executá-la como
um projeto intencional e planejado tendo o conhecimento do aluno como referência,
sendo determinada pela perspectiva de investigar e intervir.
As DCEs tem como objetivo contribuir para que o professor
compreenda as dificuldades de aprendizagem dos alunos e que para isso ocorra, a
escola, tem que se fazer mais próxima no contexto histórico e no espaço onde os
alunos estão inseridos e que estes saiam compreendendo como parte integrante do
contexto, tomando decisões, refletindo e atuando de forma transformadora na
sociedade.
No caso da Educação Física para a educação básica os Conteúdos
Estruturantes devem ser abordados pelo professor por meio de um planejamento
crescente em complexidade, levando em consideração os níveis de ensino dos
alunos, os quais trazem consigo várias experiências e que estão relacionadas ao
conhecimento sistematizado e que devem ser considerados no processo ensino-
aprendizado.
A Cultura Corporal é o núcleo de derivação do conteúdo de ensino
de Educação Física adotado pelas DCEs e esta inserido neste projeto ao garantir o
acesso ao conhecimento de maneira reflexiva e crítica, por meio das manifestações
ou práticas corporais que são construídas ao longo da história, tudo em busca de um
ser humano crítico e reflexivo, vendo-se como parte integrante desse processo
histórico.
Quando se fala em conteúdos, logo vem a questão da dificuldade,
do professor, em sistematizar os mesmos, quando, o que e para que ensinar em
cada uma das séries. Na disciplina de Educação Física é constante as dúvidas e
procedimentos com pouca organização e planejamento adequado.
As DCEs buscam romper com a maneira tradicional como os
conteúdos têm sido tratados na Educação Física, tentando desta forma integrar e
interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é
possível por meio dos Elementos Articuladores:
Pistrak (2000) denomina por Sistema de Complexos Temáticos, isto é, aquilo que permite ampliar o conhecimento da realidade estabelecendo relações e nexos entre os fenômenos sociais e culturais. A organização do trabalho pedagógico através de um sistema de complexo temático garante a compreensão da realidade atual de acordo com o método dialético pelo qual se estudam os fenômenos ou temas articulares entre si e com nexos com a realidade atual mais geral, numa interdependência transformadora. Segundo Pistrak, o complexo deve estar embasado no plano social, permitindo aos estudantes, além da percepção crítica real, uma intervenção ativa na sociedade, com seus problemas, interesses, objetivos e ideais. (PARANÁ, 2008 p. 53).
Esses Elementos Articuladores devem ser entendidos como
articuladores dos conteúdos, buscando transformar o ensino da Educação Física na
escola, estes ampliam a compreensão das práticas corporais possibilitando
intervenções pedagógicas em situações que surgem no dia a dia escolar, além de
transitarem pelos Conteúdos Estruturantes e específicos de modo a articulá-los. As
DCEs (PARANÁ, 2008) propõem-se os seguintes elementos articuladores:
Cultura Corporal e Corpo;
Cultura Corporal e Ludicidade;
Cultura Corporal e Saúde;
Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
Cultura Corporal e Desportivização;
Cultura Corporal – Técnica e Tática;
Cultura Corporal e Lazer;
Cultura Corporal e Diversidade;
Cultura Corporal e Mídia.
É importante ressaltar que ao desprezar qualquer linha de
pensamento ou de prática pedagógica é como estar limitando a ampliação e a
complexidade das possibilidades pedagógicas que cada uma delas traz. Com isso é
necessário que os docentes apropriem-se de todos os conhecimentos possíveis e
por meio destes elaborem suas matrizes curriculares proporcionando avanço em
suas práticas pedagógicas.
O conhecimento científico e as teorias pedagógicas são importantes
para um conhecimento melhor, para conscientização das consequências e para
alcançar soluções alternativas. Segundo Sacristán (1992), a necessidade do
entendimento do nosso cotidiano, para se obter avanços em nossas práticas
pedagógicas, por meios de leituras, compreensão e o domínio dos conhecimentos e
das teorias pedagógicas alteram e bastante suas ações, mesmo que as variáveis
externas não propiciem a aplicação de novas ações em sua totalidade.
Em nosso caso, o trabalho proposto foi embasado na obra
“Educação Física e a organização curricular – Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio – (PALMA; OLIVEIRA; PALMA, 2010) – tendo os
princípios da motricidade humana e o movimento culturalmente construído como
referência.
Segundo Sérgio (1996), sob o paradigma emergente propõe um
corte epistemológico na Educação Física apresentando a Ciência da Motricidade
Humana que é ciência por possuir uma matriz teoria autônoma, no qual sua
linguagem não confunde com o senso comum. Não há como desmerecer a
Educação Física que vivenciou-se até então, tanto no campo acadêmico como
escola, mais a partir dela que é possível a evolução para um paradigma moderno,
levando a complexidade da disciplina. É fato que:
[...] a ação motora esta presente na vida do ser humano a todas as manifestações corporais humanas são concretizadas pelas suas operações motoras, sendo estas a interação entre o fazer, o saber – fazer, em seus efeitos, as relações e as coordenações promovida por aquele que faz. (PALMA; OLIVEIRA; PALMA, 2010, p. 53).
Esse processo proporciona a tomada de consciência, pelos alunos
dos sistemas de significação nos quais suas ações estão inseridas. Considerando
que as manifestações corporais são complexas e concretizadas pelos movimentos,
assegura-se que essas ações – operações motoras – apresentam significado e
intencionalidade, e portanto, transformam-se em meios de presença, de adaptação,
de transformação e de interação do ser humano no e com o mundo. (PALMA;
PALMA, 2005).
Com isso entende-se que a operação motora faz parte de um todo
real e complexo: a motricidade humana. As aulas de Educação Física devem ser
entendidas como espaços concretos para a construção da compreensão da
motricidade humana, através da produção de abstrações pela criança, relacionadas
à generalização e esta aos processos de pensamento. (PALMA; PALMA; OLIVEIRA,
2010).
Neste caso a motricidade humana não pode ter um sentido repetitivo
e nem ligada ao esporte de rendimento, consiste em algo mais amplo, mais
complexo. Para se alcançar essa complexidade tem-se como referência: “O
Movimento Culturalmente Construído”.
Na obra que tomaremos como referência apresentam o Movimento
Culturalmente Construído, considera que a Educação Física deve promover a
apropriação da realidade via reflexão e construção de sua motricidade e
compreensão das manifestações corporais que esta motricidade produz com seu
sistema de significação.
A organização curricular dos conhecimentos a serem ensinados na
Educação Física, a partir do que é sugerido na proposta do Movimento
Culturalmente Construído, esta estruturada em “núcleos de concentração” no
sentido de organizar didaticamente os assuntos semelhantes a serem ensinados e
propiciar maior complexidade nas intervenções.
Os núcleos de concentração para a estruturação dos conteúdos de
ensino para toda a Educação Básica nesta proposta são: a) o movimento e a
corporeidade; b) o movimento e os jogos; c) o movimento e os esportes; d) o
movimento em expressão e ritmo e e) o movimento e a saúde.
No caso de nosso trabalho o núcleo bem como os conteúdos que
pertencem a esse núcleo será: O Movimento e Saúde. Segundo (PALMA;
OLIVEIRA; PALMA, 2010, p. 55-56):
[...] O Movimento e Saúde: o movimento coloca-se como elemento imprescindível às condições básicas de saúde. Assim, este núcleo deverá abarcar questões básicas de higiene, da saúde, qualidade de vida e da atividade física permanente. Este núcleo, da mesma forma que as demais, é constante em toda a vida escolar do aluno.
Esta distribuição em núcleos de concentração demonstra a riqueza
de conteúdos, sendo o segundo passo deste processo é a organização dos
conteúdos correspondentes a cada ano. Tal proposta requer a atenção do professor
pela sua responsabilidade em uma formação consciente e de qualidade das futuras
gerações que nos irão anteceder.
1.3 PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Um programa educacional escolarizado apresenta como principal
objetivo a construção do indivíduo em toda a sua plenitude. A Educação Física está
inserida neste contexto, buscando favorecer a autonomia intelectual, a ação moral,
em suas relações de afetividade e na relação motora. Cada uma destas dimensões
não é tratada separadamente ou que uma sobressai sobre a outra.
A escola é um dos locais de construção dos conhecimentos, e
favorece as relações que a criança estabelece com ela mesma e o mundo que a
cerca. Ao buscar um processo de ensino-aprendizagem o professor necessita
compreender que a essência é a relação pedagógica que se apresenta como
significado o processo interativo entre o aluno, o docente e o objeto de
conhecimento, a qual se resume como o ato de ensinar. Este apresenta como
finalidade a promoção de aprendizagens pelos alunos, constituída como uma
atividade social com o objetivo de educar.
O Ensinar passa ser um conjunto de operações complexas que
transformam o currículo/projeto pedagógico em prática do dia a dia, desta forma
deve-se apresentar como objetivo a promoção de aprendizagens pelos alunos de
maneira organizada e um contexto sociocultural.
Ao aprender, o indivíduo passa a conhecer sua condição de analisar,
organizar, identificar e contextualizar os conhecimentos. Tal afirmação está baseada
na interação sujeito-meio, sujeito este, que apresenta uma estrutura genética e que
ao se interagir com o meio, constrói seus conhecimentos, não havendo limite
estabelecido para o final do processo, mas que acontece durante toda a sua vida.
(PIAGET, 1977a, 1977b, 1990).
Freire (1980), considera que a interação somente se torna possível
pela ação do sujeito, de maneira consciente, possuindo sentido e significado
tornando-se significante. Ao interagir com o meio o sujeito assimila, aprende, faz
novas conexões e avança nos conhecimentos, alterando o próprio meio por meio de
suas tomadas de decisões.
As pessoas aprendem sempre, sem limite de idade de início ou
término das aprendizagens pela sua complexidade, o conhecimento estará sempre
em construção pelo sujeito, numa sequência de ordem e desordem infinita.
A disciplina Educação Física, bem como as demais disciplinas do
conhecimento, tem os mesmos propósitos educacionais e responsabilidades
contribuindo com o processo educacional do estudante, colocando assim o currículo
oficial em andamento no cotidiano da sala de aula. As ações docentes devem estar
fundamentadas em princípios pedagógicos, Libâneo (1994), aponta que os
princípios do ensino devem ser entendidos como maneira de ver o mundo, a escola,
a disciplina que ministra, e o próprio ser humano, dessa forma, os princípios são
aspectos gerais do processo de ensino, que expressam os fundamentos teóricos de
orientação do trabalho docente. Esses princípios são tanto de ordem epistemológica
como ontológica, deve ser entendido como a maneira que se vê o mundo, o
processo e o próprio ser humano.
Três princípios serão destacados, que são a contextualização,
interdisciplinaridade e ludicidade:
1) Contextualização: os conhecimentos devem ser situados em seu
contexto para que adquiram sentido;
2) Interdisciplinaridade: as relações que o sujeito do conhecimento
estabelece consigo e com o próprio conhecimento o qual só terá
sentido quando relacionados, com o contexto ou com as
situações onde se encontram ou que os produzem;
3) Ludicidade: para Tavares, Palma e Palma (2004), ludicidade pode
ser pensada com a qualidade que tem um objeto ou uma
atividade de promover um estado lúdico no sujeito a
espontaneidade, o senso de humor, a alegria, havendo
possibilidade a vivência de situações nas quais o que se espera
é que a dimensão lúdica do humano que aprende se manifeste.
Para que os princípios didáticos possam ser mediados em sala de
aula há necessidade de uma mudança de pensamento e ação pedagógica, por parte
do professor, a fim de alcançar os objetivos propostos, levar em consideração que
cada criança possui sua própria história de vida, com seus valores, vivências de
movimentos diferentes, mas proporcionando possibilidades similares para construir
sua motricidade.
Quanto mais ricas e numerosas forem as experiências motoras das
crianças, maior será o número de esquemas por elas construídos, o que possibilitará
pelas coordenações estabelecidas entre esses esquemas a construção de inúmeras
e diferentes habilidades motoras: as operações motoras (PALMA; PALMA, 2005).
O professor deve favorecer ao aluno aprender, utilizando estratégias
com o objetivo de possibilitar as crianças situações conflitantes, promovendo
desestruturações e restruturações cognitivas, procurando auxiliá-los a elaborarem
hipóteses e testarem essas hipóteses, encontrando possíveis soluções, aprimorando
a utilização de estruturantes cognitivas.
1.4 O USO DAS TCIS, COMO RECURSO NO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA
É cada vez mais evidente a necessidade de tornar a escola como
um espaço agradável e estimulante, com professores bem remunerados e
preparados, com currículos condizentes e metodologias participativas. A educação
escolar necessita abranger a todos de maneira integral, humana, afetiva e ética,
integrando o individual e o social, os diversos ritmos, métodos, tecnologias, para a
formação de cidadãos completos.
Segundo Moran (2007, p. 15):
[...] Nosso desafio maior é caminhar para um ensino e uma educação de qualidade, que integre todas a dimensões do ser humano. Para isso precisamos de pessoas que façam essa integração em si mesmas no que concerne aos aspectos sensorial, intelectual, emocional, ético e tecnológico, que transmitem de forma fácil entre o pessoal e o social, que expressem nas suas palavras e ações que estão sempre evoluindo, mudando, avançando.
A educação é algo abrangente e que envolve o todo e que necessita
de políticas públicas institucionais eficientes e com ideais inovadores e que
influenciam diretamente no processo ensino-aprendizagem dos indivíduos. Desde
que as tecnologias de comunicação e informação começaram a se expandir pela
sociedade, aconteceram muitas mudanças nas maneiras de ensinar e de aprender.
As TCIs são utilizadas em educação de uma maneira diferente das
mídias voltadas para informação e entretenimento de um público amplo. Temos um
grupo mais específico, professores e alunos com fins já pré-definidos e que estão
articulados com os objetivos do ensino e da aprendizagem:
A grande revolução no ensino não se dá apenas pelo uso mais intensivo do computador e da internet em sala de aula ou em atividades a distância. É preciso que se organizem novas experiências educacionais em que as tecnologias possam ser usadas em processos cooperativos de aprendizagem, em que se valoriza o diálogo e a participação permanente de todos os envolvidos no processo (KENSKI, 2005, p. 73).
Os recursos tecnológicos caminham ao encontro da integração,
mobilidade, curiosidade e da funcionalidade para a realização de atividades
diferentes e podendo ser mais interessantes, visando ampliar o processo de ensino-
aprendizagem e envolvimento dos estudantes. Em nosso ambiente escolar é cada
vez mais acentuado o uso de celulares, tablets entre outros aparelhos, que, muitas
vezes, se tornam mais interessantes que o conteúdo que o professore esta
ensinando.
As ações pedagógicas dos professores devem estar pautadas de
métodos de ensino que avancem o quadro de giz. As tecnologias estão se
transformando em instrumentos fundamentais para a mudança na educação.
As tecnologias devem ser usadas para melhorar o desempenho do
que já existe e não como algo que atrapalhe sua prática pedagógica, ou
simplesmente pelo modismo e sim ser compreendido, pelo professor, como um
recurso didático a mais no momento da sua mediação em sala de aula, na
organização de conteúdo, nos programas de apresentação, na avaliação, e na
pesquisa. Servindo também aos alunos como ferramentas de apoio de
aprendizagem.
O importante é termos convicções sobre nosso papel como agente
social e no nosso potencial como educadores, na capacidade de evoluirmos e de
integrarmos a novas experiências, levando em consideração o nosso jeito de ser, a
nossa história pessoal e principalmente na perspectiva de utilizarmos todo e
qualquer recurso que possa favorecer a aprendizagem dos estudantes.
2 SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA
Núcleo: O Movimento e a Saúde
Nível de Ensino: Ensino Fundamental – 9º Ano Aula: 01
Assunto: Apresentação do trabalho para a turma.
Objetivos:
Apresentar aos alunos de maneira resumida todo o trabalho que
será adotado durante este período, iniciando o processo de
tomada de consciência sobre os conteúdos que serão ensinados.
Materiais: Datashow, quadro e giz.
Desenvolvimento da Aula
Primeiramente será aplicado um pré-teste; Anexo 1
Introduzir o assunto expondo que dentro do quadro atual de nossa
disciplina encontramos muitos profissionais que acreditam que a
prática de esportes é o suficiente para suprir as necessidades das
práticas propostas para a disciplina de Educação Física e os
alunos querem só ir para a quadra para bater uma bola, conversar
com os amigos e estar conectados em seus celulares. Entretanto
esse tempo deveria ser aproveitado para conhecer a cultura do
corpo e que os mesmos pudessem ter contato com outros
conteúdos. No caso do trabalho proposto, que é o nosso núcleo
de estudo “O Movimento e a Saúde”, possibilitando à tomada de
consciência da importância da atividade física quanto ao ganho
em qualidade de vida. É importante deixar claro que não iremos
deixar de lado as atividades mais tradicionais e sim combiná-las
com o ensino de temas que envolvam conceitos de busca e
manutenção da saúde, destacando as características de cada
prática e como elas devem ser vivenciadas para beneficiar o
corpo. Outro assunto que devemos mencionar é que as duas
aulas de 45 (quarenta e cinco minutos) por semana não são
suficientes para promover alterações significativas no organismo
dos alunos, mas que o meu objetivo como professor é o de
promover novos conhecimentos e a mudanças de certos
comportamentos;
Apresentação dos Temas a serem abordados no trabalho;
Slides. Anexo 2
Possíveis Questionamentos Feito Pelo Professor
Esses questionamentos devem ser feitos durante o desenvolvimento
das atividades, dependo da atividade proposta em pequenos grupos,
individualmente ou mesmo para turma toda. Com isso procuraremos promover além
do saber-fazer, o compreender o porquê fazer.
Quando você realiza as atividades na Educação Física, entende o
porquê de sua realização, ou simplesmente executa?
Fora as aulas de Educação Física você realiza alguma prática na
área do exercício físico?
E o porquê da prática ou não do exercício físico?
Avaliação Da Aula
Nesta aula o mais significativo, é que se alcance o objetivo da aula,
e que os alunos tenham uma visão do processo pelo qual iremos passar neste
período de desenvolvimento da Produção Didática proposta.
ANEXO 1
PDE – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
PROJETO DE IMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA
DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
PROFESSORA – ELAINE CRISTINA DAMASCENO
Data: ____/____/_____ Aluno(a): ______________________________________________________ Caro amigo(a), antes de iniciarmos nossos trabalhos gostaria de verificar seu conhecimento prévio sobre o assunto. Vamos lá !!! 1) Pinte a alternativa correta: a)” É o método utilizado para medir as condições de vida de um ser humano.”
QUALIDADE DE VIDA SAÚDE APTIDÃO FÍSICA
b) “Estado de normalidade de funcionamento do organismo humano.”
QUALIDADE DE VIDA SAÚDE APTIDÃO FÍSICA
c) “Expressão dada a qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos, que resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso.”
APTIDÃO FÍSICA EXERCÍCIO FÍSICO ATIVIDADE FÍSICA
d) “ Atividade Física planejada, estruturada e repetida que tem como objetivo final ou intermediário melhorar ou manter a saúde/ aptidão física.”
ATIVIDADE FÍSICA EXERCÍCIO FÍSICO APTIDÃO FÍSICA
2) Relacione as colunas:
(A) Composição Corporal
(B) Resistência cardiorrespiratória
(C) Resistência e força muscular
(D) Flexibilidade
( C ) “Capacidade que tem um músculo de realizar contrações repetidas ou de resistir a fadiga muscular.” ( B ) “Capacidade do coração fornecer oxigênio aos músculos ativos e à capacidade desses músculos de gerar energia com a utilização desse oxigênio.” ( A ) “ percentual relativo de peso corporal representado por gordura e tecido isento de gordura (massa gorda e massa magra). ( D ) “ Capacidade de movimentar uma articulação por meio de sua amplitude de movimento completo.” 3) Complete a Cruzadinha:
a) ...Diabete............. é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina. b) ......Insulina..... é o hormônio produzido pelo pâncreas e cuja a função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia a fim de que seja aproveitada por todas as células. c) ....Hipertensão...... é popularmente conhecida como “pressão alta”.
d) Quem possui pressão alta precisa ter moderação no uso do .sal.... e) O excesso de peso está associado a uma série de doenças que comprometem a qualidade e a duração de vida. A ...obesidade... é um dos problemas mais importantes que a Saúde Pública enfrenta hoje no Brasil e em outros países do mundo. 4) Marque (F) falso para as afirmações incorretas e (V) verdadeiro para as afirmações corretas. ( V ) ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária . ( V ) O rótulo do alimento é um forma de comunicação entre os produtos e os consumidores. ( F ) Os rótulos informam o que a indústria achar importante e necessária. ( F ) Alimentos Light, são os alimentos formulados para grupos da população que apresentam condições fisiológicas específicas. ( F ) Alimentos Diet, são aqueles que apresentam a quantidade de algum nutriente ou valor energético reduzida quando comparado a um alimento convencional. Estamos iniciando um bloco de 21 aulas dentro do conteúdo da Educação Física utilizando o eixo “Movimento e Saúde”, com o tema: Aptidão Física, saúde e qualidade de vida. Quais as suas expectativas perante o tema apresentado? ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
“Viver é deixar Deus usá-lo para seus propósitos, não usar a Deus para o que você deseja.” (Rick Warren)
ANEXO 2
Núcleo: O Movimento e a Saúde
Nível de Ensino: Ensino Fundamental – 9º Ano Aula: 02 e 03
Tema: Aptidão física, saúde e qualidade de vida.
Subtema: Saúde e qualidade de vida
Assunto: - Significado do termo Saúde;
- Significado do termo Qualidade de Vida.
Objetivos:
Conseguir verbalizar o conceito de Saúde e Qualidade de Vida;
Identificar a relação entre os dois conceitos.
Materiais: Revistas, papel kraft, cola, tesoura e canetões, caderno de registro.
Desenvolvimento da Aula:
Na sala de aula de Educação Física
Dividir a turma em grupos, sendo que cada grupo não fique muito numeroso,
para que todos os seus integrantes possam participar da atividade proposta;
Para cada grupo será entregue o material papel kraft, revistas e tesouras;
Primeiramente será colocado a questão para os alunos, qual seria o
significado para o grupo dos termos Saúde e Qualidade de Vida? Cada grupo
deverá separar figuras que retratem os seus conceitos e deixar expostos,
sobre o papel sem fixá-los.
Após esta etapa o professor reunirá todos os grupos e apresentará os
conceitos científicos que será exposto em forma de cartazes;
Os grupos serão separados novamente e os mesmos farão uma análise do
que tinham montado antes e agora de maneira definitiva fixarão as figuras,
confeccionando desta forma o seu cartaz.
Cada grupo fará uma breve apresentação de seu cartaz;
Logo após estes serão fixados em pontos estratégicos de nossa escola para
que o trabalho seja compartilhado com toda a comunidade escolar.
Entregar para cada aluno o seu caderno de registro e pedir que cada um
registre no mesmo sobre o conceito de qualidade de vida e saúde.
Possíveis Questionamentos Feito pelo Professor
No primeiro momento da aula: Você consegue descrever o significado dos
termos qualidade de vida e saúde ?
No segundo momento da aula: Após a explicação feita sobre os conceitos
houve alterações em seus cartazes?
Avaliação da Aula
Reunir o grupo em círculo e promover uma discussão de todo o conteúdo tratado
durante a aula.
CONCEITOS DOS TERMOS QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE
Qualidade de Vida
É o método utilizado para medir as condições de vida de um ser humano. Envolve o
bem espiritual, físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos
sociais com a família e amigos e também a saúde, educação, poder de compra,
habitação, saneamento básico e outras circunstâncias da vida. Não deve ser
confundido com padrão de vida, uma medida que quantifica a qualidade de bens e
serviços disponíveis. (QUALIDADE..., 2015; SIGNIFICADO DE QUALIDADE DE
VIDA, 2015).
Saúde
Saúde significa o estado de normalidade de funcionamento do organismo
humano. Ter saúde é viver com boa disposição física e mental. Além da boa
disposição do corpo e da mente a OMS (Organização Mundial da Saúde) inclui na
definição de saúde, o bem-estar social entre os indivíduos.
A Saúde de um indivíduo pode ser determinada pela própria biologia humana,
pelo ambiente físico, social e econômico a que está exposto e pelo seu estilo de
vida, isto é, pelos hábitos de alimentação e outros comportamentos que podem ser
benéficos ou prejudiciais.
Uma boa saúde está associada ao aumento de qualidade de vida. É sabido
que uma alimentação balanceada, a prática de exercícios físicos e o bem estar
emocional são fatores determinantes para um estado de saúde equilibrado.
Por outro lado, as pessoas que estão expostas a condições precárias de
sobrevivência, não possuem saneamento básico (água, limpeza, esgotos, etc.)
assistência médica adequada, alimentação e água de qualidade, etc., têm a sua
saúde seriamente afetada. (SIGNIFICADO DE SAÚDE, 2015; SAÚDE, 2015)
Núcleo: O Movimento e a Saúde
Nível de Ensino: Ensino Fundamental – 9º Ano Aula: 04 e 05
Subtema: Atividade Física e Exercício Físico
Assunto: Diferença entre Atividade Física e Exercício Físico
Objetivos:
Reconhecer a diferença entre Atividade Física e Exercício Físico;
Conscientizar quanto a necessidade do Exercício Físico para a melhoria de
sua saúde e consequentemente de sua qualidade de vida.
Materiais: Texto, caderno de registro, quadro, giz , questionário, calculadora.
Desenvolvimento da Aula
Em sala de aula:
Retomar o conteúdo da aula anterior e relacionar com o
conteúdo que será ensinado nesta aula;
Entregar o texto redigido anteriormente pelo professor para cada
aluno, onde será feita uma leitura coletiva e ao mesmo tempo
havendo intervenção por parte do professor; (Anexo 01)
Após a leitura deve-se deixar um momento para questões e
depoimentos dos alunos;
O aluno irá fixar o texto entregue em seu caderno de registro;
Neste momento será entregue um questionário, que deverá ser
respondido pelos alunos;(Anexo 02)
Cada aluno deverá estar de posse de seu questionário para
iniciar o processo de cálculo e análise dos resultados; (Anexo
03)
Possíveis Questionamentos Feito Pelo Professor
Antes da entregua do texto para os alunos propor a seguinte questão:
Atividade Física é o mesmo que Exercício Físico?
Avaliação da Aula
No final da aula iremos montar uma tabela referente ao nível de
intensidades de atividades físicas de toda turma e analisar a mesma.
Anexo 01
EXISTE DIFERENÇA ENTRE ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO
FÍSICO?
Pois sim cada um tem um significado e uma importância. Atividade
Física é uma expressão genérica que pode ser definida como qualquer movimento
corporal produzido pelos músculos esqueléticos, que resulta em gasto energético
maior do que os níveis de repouso. Ou seja, estamos fazendo atividade física
quando por exemplo, realizamos movimentos simples, como tarefas diárias básicas
como escovar os dentes, varrer a casa, levantar, quando realizamos movimentos
que necessitem um gasto adicional de energia comparado a um nível de repouso. O
simples fato de pegar o controle remoto, apontar para o aparelho e apertá-lo é uma
atividade física.
Já o Exercício Físico é uma atividade física planejada estruturada e
repetitiva que tem como objetivo final ou intermediário melhorar ou manter a saúde/
aptidão física. Portanto existe uma prescrição, orientada e executada de maneira a
exigir um gasto energético bem maior de seu corpo comparado aos níveis de
repouso, criando novas adaptações fisiológicas e novos estímulos, o que resultará
em alterações orgânicas benéficas, melhorando as condições físicas gerais.
Podendo proporcionar melhora psicossocial e em sua qualidade de vida.
(GUARALDO, 2015; VOCÊ..., 2015).
Anexo 02
Questionário 1. Você praticou esporte ou exercício físico em clubes, academias, escolas de esportes, parques, ruas ou em casa nos últimos 12 meses?
1. Sim 2. Não
2. Qual esporte ou exercício físico você praticou mais frequentemente?
3. Quantas horas por dia você praticou?
4. Quantas vezes por semana você praticou?
5. Quantos meses por ano você praticou?
6. Você praticou um segundo esporte ou exercício físico? 1. Sim 2. Não
7. Qual esporte ou exercício físico você praticou?
8. Quantas horas por dia você praticou?
9. Quantas vezes por semana você praticou?
10. Quantos meses por ano você praticou?
11. Você praticou um terceiro esporte ou exercício físico? 1. Sim 2. Não
12. Qual esporte ou exercício físico você praticou?
13. Quantas horas por dia você praticou?
14. Quantas vezes por semana você praticou?
15. Quantos meses por ano você praticou?
16. Você costuma ir de bicicleta ou a pé para a escola? 1. Sim 2. Não
17. Quantas horas por dia você gasta nessas atividades? (FLORINDO, 2006).
Anexo 03
Análise dos resultados
O questionário de avaliação da atividade física para adolescentes tem 17
questões divididas em dois blocos: 1) esportes ou exercícios físicos (15 questões) e
2) atividades físicas de locomoção para a escola (duas questões). Ele avalia a
atividade física semanal (blocos 1 e 2) e anual (bloco 1). O questionário foi
padronizado para gerar escores das atividades físicas em minutos (semanal e
anual). Por exemplo, no bloco 1, a partir da modalidade citada, multiplica-se a
duração diária em minutos pela frequência semanal (minutos por dia X frequência
semanal) e pelos meses por ano de prática (minutos por dia X frequência semanal X
4 X meses por ano). Até três modalidades são aceitas e no final realiza-se a
somatória das três para o valor final do bloco 1. Caso o adolescente pratique mais
de três modalidades, deve-se priorizar as três mais importantes para ele. No bloco 2,
a atividade de locomoção (bicicleta ou caminhada) leva um fator fixo de frequência
de cinco vezes por semana que são multiplicados pelos minutos por dia na atividade
(minutos por dia X 5). Os resultados do pré-teste mostraram que apenas o bloco 1
foi viável para uma avaliação anual. As questões de atividade de locomoção do
bloco 2 foram difíceis para a lembrança dos adolescentes, portanto, optou-se por
padronizar o escore semanal somando-se os blocos 1 e 2 e o escore anual ficou
apenas com o bloco 1.
A educação física escolar foi inclusa no pré-teste, porém, contribuiu muito
pouco para discriminar o nível de atividade física dos adolescentes. Além disso, as
aulas de educação física escolar para adolescentes são de baixa intensidade e não
produzem efeitos significativos para a melhora da aptidão física.12
Na fase final de validação, o instrumento foi padronizado para ser aplicado na
forma de entrevista e o tempo médio de aplicação foi de cinco minutos.
Para o cálculo do nível de atividade física, pode-se utilizar o resultado do
escore como variável contínua, ou trabalhar como variável dicotômica, utilizando-se
o ponto de corte de 300 minutos por semana de atividades físicas moderadas ou
vigorosas (PATE et al., 2002 apud FLORINDO, 2006).
Núcleo: O Movimento e Saúde
Nível de Ensino: Ensino Fundamental – 9º Ano Aula: 06
Tema: Aptidão física, Saúde e Qualidade de Vida.
Assunto: Definição de Aptidão Física
Objetivos:
Compreender os conceitos de Aptidão Física;
Diferenciar a Aptidão Física relacionada à saúde e à performance.
Materiais: Textos, caderno de registro, quadro e giz.
Desenvolvimento da Aula:
Em sala de aula
Inicia-se a aula evidenciando a relação do conteúdo anterior com o conteúdo
a ser ensinado nesta aula. Sendo o foco principal a discussão a respeito da
qualidade de vida e o que pode ser feito para alcançá-la;
Neste momento dar oportunidade para possíveis questionamentos e relatos
feitos pelos alunos;
Entregar aos alunos o texto com a definição de Aptidão Física. (Anexo 01);
Dar um tempo para leitura do texto por parte dos alunos, logo após iremos
fazer uma leitura coletiva, proporcionando um momento para
questionamentos por parte dos alunos e o professor fará as intervenções que
achar necessárias;
Entregar aos alunos o segundo texto e repetir o mesmo processo; (Anexo 2)
No final desta aula faremos um retorno do conteúdo que foi ensinado e levar
ao aluno a relacionar as informações que foram dadas com seu cotidiano;
Informar aos alunos que deverão recolher embalagens de produtos
comestíveis, para que sejam usadas posteriormente.
Possíveis Questionamentos Feitos Pelo Professor
Você sabe definir o que é Aptidão Física?
Quando você participa de alguma atividade física um pouco mais intensa
como se sentiu durante a execução, conseguiu finalizar com tranquilidade?
Você já se preocupou em verificar por qual razão você não conseguiu realizar
alguma atividade física que se propôs à praticar?
Avaliação da Aula
A avaliação poderá ocorrer por meio da verbalização dos alunos, inicialmente
sobre o conhecimento que já possuem a respeito da aptidão física e posteriormente
sobre o que conseguiram compreender após a exposição do professor durante à
aula.
Anexo 01
Aptidão Física
Conceito
É a capacidade de realizar as atividades do dia a dia com tranquilidade e
menor esforço. Existem duas abordagens, uma é a aptidão física relacionada à
saúde e a outra é a relacionada à performance esportiva.
1) Aptidão Física relacionada à saúde:
É a condição nas capacidades que estão intimamente relacionadas com a
saúde, e a qualidade de vida das pessoas, sendo a flexibilidade, a resistência
aeróbica, a força e composição corporal.
2) Aptidão Física relacionada à performance:
Refere-se à aptidão para o desempenho em atividades esportivas que
associam, além das capacidades anteriormente citadas, a agilidade, velocidade,
equilíbrio e coordenação motora.
(APTIDÃO..., 2015; SIGNIFICADO DE APTIDÃO, 2015).
Anexo 02
Aptidão Física relacionada à saúde
No nosso caso da Educação Física escolar, vamos analisar a Aptidão Física
relacionada à saúde, onde iremos analisar os componentes flexibilidade, a
resistência aeróbica, a força e composição corporal.
A flexibilidade aliada aos níveis de força está relacionada à incidência de
dores, desvios posturais e lesões músculos esqueléticos, principalmente na região
lombar, a resistência aeróbica está ligada à saúde saúde cardio-respiratória e a
composição corporal determina níveis de sobrepeso e obesidade, bem como
subnutrição.
1) Composição Corporal
A composição corporal refere-se ao percentual relativo de peso corporal
representado por gordura e tecido isento de gordura (massa gorda e massa magra).
Sabe-se que o exercício físico modifica a composição corporal dos indivíduos
, consequentemente, á sua avaliação torna-se imprescendível para analisar o estado
de saúde e o nível de condicionamento de uma pessoa. A obesidade é um grave
problema de saúde que reduz a expectativa de vida, pois aumenta o risco do
indivíduo a desenvolver doença arterial coronariana, hipertensão, diabetes entre
outras doenças.
2) Resistência cardiorrespiratória
A aptidão cardiorrespiratória está intimanete relacionada à capacidade de o
coração fornecer oxigênio aos músculos ativos e à capacidade desses múculos de
gerar energia com a utilização desse oxigênio (coração, pulmão e músculo).
O maior aprimoramento desse componente da aptidão física ocorre quando o
exercício envolve o uso de grandes grupamentos musculares por períodos
prolongados e em atividades físicas de natureza rítimica e aeróbica.
3) Resistência e força muscular
A aptidão muscular é composta pela força muscular – “força máxima que um
músculo consegue gerar para uma determinada velocidade” – e pela resistência
muscular – “ a capacidade que tem um músculo de realizar contrações repetidas ou
de resitira fadiga muscular.” (ACSM,2000)
4) Flexibilidade
A flexibilidade pode ser definida como a capacidade de movimentar uma
articulação por meio de sua amplitude de movimento completo.”(ACSM,2000)
O treinamento da flexibilidade pode ser feito através do alongamento dos
membros corporais durante a instrução de manutenção de capacidade física.
(APTIDÃO FÍSICA, 2015; RECOMENDAÇÃO..., 2015).
Núcleo: O Movimento e Saúde
Nível de Ensino: Ensino Fundamental – 9º Ano Aula: 07, 08, 09, 10, 11 e 12
Tema: Aptidão física, Saúde e Qualidade de Vida.
Assunto: Avaliar a Aptidão Física
Objetivos:
Compreender o porque da necessidade da avaliação da Aptidão Física
em crianças e adolescentes;
Realizar os testes de maneira consciente e com responsabilidade.
Desenvolvimento das Aulas
Na sala de aula de Educação Física
Iniciar a aula perguntando quanto os alunos já realizaram uma bateria de
testes para avaliar as suas capacidades físicas e quando feitas foram
expostos os motivos do mesmo;
Primeiro objetivo de incentivar à adoção de um estilo de vida apropriado
com prática de exercícios por toda a vida, com intuito de desenvolver e
manter condicionamento físico suficiente para melhoria da sua
capacidade funcional e da saúde. A avaliação está associada a fatores de
risco, sendo que alguma doença que pode ocorrer na fase adulta podem
ser adquiridas na infância e adolescência;
Neste momento iniciaremos a apresentação dos testes motores e que
estes foram pesquisados no manual do sistema da avaliação PROESP-
(PROJETO ESPORTE BRASIL, 2015).
A bateria da PROESP – Br. É precedida por um breve aquecimento de 5
minutos. Após o aquecimento os alunos podem, então, ser agrupados
para o início dos testes; (Anexo 01)
Para cada aluno são entregues as Fichas de Avaliação onde serão
anotados todos os seus resultados. Os alunos deverão entregar a ficha ao
professor ao realizar cada teste. O professor anota o resultado do teste e
devolve a ficha ao aluno; (Anexo 02)
Ao iniciarmos os testes que deverão estar descalços que seria a Massa
Corporal, Estatura e Flexibilidade e depois o teste de Força-resistência
(abdominal) e Resistência Geral (9 minutos). O professor poderá dividir a
bateria de testes em blocos a serem realizadas em cada dia (aula).
Recomenda-se que a bateria completa de testes do PROESP seja
realizada no prazo de uma semana; (Anexo 03)
Após a realização dos testes os alunos irão analisar os seus resultados
em sala de aula, estes serão dispostos em grupos e utilizarão tabelas que
são fornecidas pelo próprio site. Em seu caderno de registro irão fazer um
pequeno texto relatando como estão as suas capacidades físicas. (Anexo
04)
Possíveis Questionamentos Feitos Pelo Professor
Você quando se propôs a iniciar alguma atividade física, já iniciou e parou
por não aguentar realizar as mesmas por dores que surgiram ou cansaço?
Alguma vez você foi submetido à algum destes testes? Caso tenha sido foi
explicado qual a finalidade e quais foram os seus resultados?
Após todo esse processo você consegue ter uma visão de como podemos
melhorar a nossa qualidade de vida com essas informações?
Avaliação da Aula
Iremos reunir os alunos novamente, e realizar uma estatística da sala em
relação às capacidades físicas que foram avaliadas. A análise da massa corporal
será feito por último pois será o assunto introdutório para próxima aula. Deixar claro
que os testes de capacidades físicas, orientam para práticas regular de exercícios
físicos o qual acompanha-se de benefícios que se manifestam sob todos os
aspectos do organismo.
Anexo 01
Anexo 02
Ficha de Avaliação – PROESP
ESCOLA: SÉRIE: TURMA:
ENDEREÇO:
CIDADE: BAIRRO: CEP:
TELEFONE: ( ) EMAIL:
NOME COMPLETO DO ALUNO:
SEXO: ( ) M ( )F DATA DE NASCIMENTO: / /
NOME DA MÃE:
NOME DO PAI:
DATA DE AVALIAÇÃO: / / HORÁRIO: TEMPERATURA:
Modalidade Esportiva praticada com freqüência:
Freqüência semanal
Duração média de cada sessão
Tempo de prática
1-
2-
3-
Apresenta alguma deficiência? Qual?
OBSERVAÇÕES:
9 minutos: m 6 minutos: m
Massa corporal: kg Salto em distância: cm
Estatura: cm Arremesso de Medicineball: cm
Envergadura: cm Quadrado: seg
Sentar-e-alcançar: cm Corrida de 20 metros: seg
Abdominal: qtde
Anexo 03
Aptidão Física relacionada à saúde – Bateria de Teste
1) Massa Corporal
Material: Uma balança com precisão de até 500 gramas.
Orientação:
No uso de balanças o avaliador deverá ter em conta sua calibragem. Na
utilização de balanças portáteis recomenda-se sua calibragem prévia e a cada 8 a
10 medições. Sugere-se a utilização de um peso padrão previamente conhecido
para calibrar a balança.
Anotação:
A medida deve ser anotada em quilogramas com a utilização de uma casa
decimal.
2) Estatura
Material: Estadiômetro ou trena métrica com precisão até 2mm.
Orientação:
Na utilização de trenas métricas aconselha-se a fixá-la na parede a 1 metro
do solo e estendê-la para cima. Neste caso o avaliador não poderá esquecer de
acrescentar 1m (distância do solo) ao resultado medido na trena métrica. Para a
leitura da estatura deve ser utilizado um dispositivo em forma de esquadro. Deste
modo um dos lados do esquadro é fixado à parede e perpendicular junto à cabeça
do estudante. Este procedimento elimina erros decorrentes da p inclinação de
instrumentos tais como réguas ou pranchetas quando livremente apoiados apenas
na cabeça do estudante.
Anotação:
A medida da estatura é anotada em centímetros com uma casa decimal.
3) Flexibilidade (Sentar e Alcançar)
Material:
Utilize um banco com as seguintes características -
a) Um cubo construído com peças de 30x30 cm;
b) Uma peça tipo régua de 53 cm de comprimento por 15 cm de largura;
c) escreva na régua uma graduação ou cole sobre ela uma trena métrica entre 0 e
53 cm;
d) Coloque a régua no topo do cubo na região central fazendo com que a marca de
23 cm fique exatamente em linha com a face do cubo onde os alunos apoiarão os
pés.
Material alternativo 1 –
a) Consiga um banco de 30 cm de largura;
b) Vire o banco lateralmente (deite-o de lado);
c) Fixe uma régua de pelo menos 40 cm ao banco de modo que a marca de 23 cm
coincida com a linha vertical onde os alunos apoiarão os pés.
Material alternativo 2 –
a) Consiga uma caixa de papelão com 30 cm de altura;
b) Vire a caixa com o fundo para cima ( a parte aberta da caixa voltada para baixo);
c) No fundo da caixa (parte superior) fixe uma régua de pelo menos de 40 cm de
modo que a marca dos 23cm coincida com a linha vertical onde os alunos apoiarão
os pés.
Orientação:
Os alunos devem estar descalços. Sentam-se de frente para a base da caixa,
com as pernas estendidas e unidas. Colocam uma das mãos sobre a outra e levam
os braços à vertical. Inclinam o corpo para frente e alcançam com as pontas dos
dedos das mãos tão longe quanto possível sobre a régua graduada, sem flexionar
os joelhos e sem utilizar movimentos de balanço (insistências). Cada aluno realizará
duas tentativas. O avaliador permanecer ao lado do aluno, mantendo-lhe os joelhos
em extensão.
Anotação:
O resultado é medido a partir da posição mais longínqua que o aluno pode
alcançar na escala com as pontas dos dedos. Registra-se o melhor resultado entre
as duas execuções com anotação em uma casa decimal.
Com Banco de Wells:
Sem Banco de Wells:
Imagens:
4) Resistência Abdominal
Material: Colchonetes de ginástica e cronômetro.
Orientação
O aluno posiciona-se em decúbito dorsal com os joelhos flexionados a 90
graus e com os braços cruzados sobre o tórax. O avaliador fixa os pés do estudante
ao solo. Ao sinal do aluno inicia os movimentos de flexão do tronco até tocar com os
cotovelos nas coxas, retornando a posição inicial (não é necessário tocar com a
cabeça no colchonete a cada execução). O avaliador realiza a contagem em voz
alta. O aluno deverá realizar o maior número de repetições completas em 1 minuto.
Anotação:
O resultado é expresso pelo número de movimentos completos realizados em
1 minuto.
5) Resistência Geral ( 9 minutos )
Material:
Local plano com marcação do perímetro da pista. Cronômetro e ficha de
registro. Material numerado para fixar às costas dos alunos idenficando-os
claramente para o avaliador possa realizar o controle do número de voltas. Trena
Métrica.
Orientação:
Dividir os alunos em grupos adequados às dimensões da pista. Observa-se a
numeração dos alunos na organização dos grupos, facilitando assim o registro dos
anotadores. Informa-se aos alunos sobre a execução correta do teste dando ênfase
ao fato de que devem correr o maior tempo possível, evitando piques de velocidade
intercalados por longas caminhadas. Informa-se que os alunos não deverão parar ao
longo do trajeto e trata-se de um teste de corrida embora possam caminhar
eventualmente quando sentirem-se cansados. Durante o teste, informa-se ao aluno
a passagem do tempo aos 3, 6 e 8 minutos (“Atenção: Falta 1 minuto”). Ao final do
teste soará um sinal (apito) sendo que os alunos deverão interromper a corrida,
permanecendo no lugar onde estiverem (no momento do apito) até ser anotado ou
sinalizado à distância percorrida. Todos os dados serão anotados em fichas próprias
devendo estar identificando cada aluno. Sugere-se que o avaliador calcule
previamente o perímetro da pista durante o teste anote apenas o número de voltas
de cada aluno. Desta forma, após multiplicar o perímetro da pista pelo número de
voltas de cada aluno deverá complementar com a adição da distância percorrida
entre a última volta completada e o ponto de localização do aluno após a finalização
do teste.
Anotação:
Os resultados serão anotados em metros com aproximação às dezenas.
Fonte: Projeto Esporte Brasil (2015).
Anexo 04
Tabela 1 - Teste dos 9 minutos
Fonte: Projeto esporte Brasil (2015).
Consideram-se os valores abaixo dos pontos de corte como indicadores
de risco à presença de níveis elevados de colesterol e pressão arterial,
além da provável ocorrência de obesidade. Os valores acima dos pontos
de corte são considerados com níveis desejados de ApRS
Tabela 2 - Teste de Flexibilidade Banco de Wells
Fonte: Projeto esporte Brasil (2015).
Consideram-se os valores abaixo dos pontos de corte como indicadores
de risco à ocorrência de desvios posturais e queixa de dores nas costas.
Os valores acima dos pontos de corte são considerados com níveis
desejados de ApRS.
Tabela 3 - Sem Banco de Wells
Fonte: Projeto esporte Brasil (2015).
Consideram-se os valores abaixo dos pontos de corte como indicadores de risco à ocorrência de desvios posturais e queixa de dores nas costas. Os valores acima dos pontos de corte são considerados com níveis desejados de ApRS.
Tabela 4 - Teste de Resistência/ Força Abdominal
Fonte: Projeto esporte Brasil (2015).
Resultados inferiores aos pontos de corte indicam a probabilidade
aumentada de Indicadores de Risco à presença de desvios posturais e
queixa de dor nas costas. Os valores iguais e acima dos pontos de corte
sugerem Níveis desejados de ApRS.
Índice de Massa Corporal (IMC)
Orientação
É determinado através do cálculo da razão entre a medida de massa em
quilogramas pela estatura em metros elevada ao quadrado.
IMC = Massa (Kg) / Estatura (m)²
Tabela 5 – Valores de Massa Corporal
Fonte: Projeto esporte Brasil (2015).
Consideram-se valores abaixo dos pontos de corte como parâmetros de
normalidade. Os valores superiores aos pontos de corte configuram-se
como indicadores de risco à presença de níveis elevados de colesterol e
pressão arterial, além da provável ocorrência de obesidade.
Tabela de IMC
Você pode utilizar a tabela abaixo para consultar o seu Índice de Massa Corporal.
Tabela 6 – Índice de Massa Corporal
Resultado Situação
Abaixo de 17 Muito abaixo do peso
Entre 17 e 18,49 Abaixo do peso
Entre 18,5 e 24,99 Peso normal
Entre 25 e 29,99 Acima do peso (sobrepeso)
Entre 30 e 34,99 Obesidade I
Entre 35 e 39,99 Obesidade II (severa)
Acima de 40 Obesidade III (mórbida)
Fonte: Tabela de IMC (2015).
Núcleo: O Movimento e a Saúde
Nível de Ensino: Ensino Fundamental – 9º Ano Aula: 13
Tema: Aptidão física, saúde e qualidade de vida.
Subtema: Aptidão Física e doenças crônico-degenerativas
Assunto: Hipertensão, Diabete e Obesidade
Objetivos:
Relacionar as questões de aptidão física e as doenças crônico-
degenerativas;
Reconhecer a obesidade no quadro de doenças crônico-
degenerativas;
Material: Texto científico, quadro e giz.
Desenvolvimento da Aula
Em sala de aula
Lembrar aos alunos que as embalagens que foram pedidas deverão ser
entregues pois serão utilizadas na próxima aula; (recolher anteriormente)
Escolher textos na literatura ou revista que trate sobre o assunto. Entregar
cópia dos textos aos alunos, com antecedência (antes do início da aula);
Os alunos deverão grifar palavras desconhecidas e formular questões por
escrito para que sejam expostas para o grande grupo;
No dia da aula distribuiremos os alunos em um semicírculo e será
apresentado o conteúdo a ser estudado e o objetivo da aula;
Antes de discutir com os alunos os textos escolhidos, pedir a eles que digam
o que pensam das doenças crônico-degenerativas, por meio dos
questionamentos sugeridos, listando no quadro opiniões expostas;
Elencar o que chamou a atenção no texto, para possamos discutir e iniciar um
debate;
No final da aula será passado a próxima tarefa para futuras aulas, que seria a
Auto–Recordação das Atividades do Cotidiano e Auto– Recordação do que se
Consome durante uma semana, preferencialmente com início em uma
segunda-feira e término no domingo;(Anexo 2)
Possíveis Questionamentos Feito Pelo Professor
Com base no texto estudado, extrair dos alunos se houve o entendimento sobre:
Você conseguiu entender o significado do que é doenças crônico-
degenerativas e quais os fatores de risco?
Alguém de sua família apresenta alguma dessas doenças ?
Foi surpresa para você encarar a obesidade como uma doença
crônica- degenerativa?
Alguma vez lhe foi exposto esse assunto desta forma, onde você
relaciona-se essas doenças com uma péssima qualidade de vida que
as pessoas possam possuir ?
Avaliação da Aula
Reflexão sobre as ideias sobre a doenças crônico-degenerativas e do que a
leitura dos textos proporcionou de novidade.
Anexo 01
Doenças Crônico-Degenerativas
As doenças crônico-degenerativas são aquelas em que um conjunto de fatores leva
à deterioração progressiva da saúde do ser humano e que não basta um agente
transmissível identificável para elas ocorram.
Estas doenças têm por características um longo período de exposição a fatores de
risco comuns, os principais são: fumo, alimentação, estresse, sobrecarga no
trabalho, consumo excessivo de bebidas alcóolicas e inatividade física.
Essas doenças crônico-degenerativas são atualmente responsáveis pela maior parte
da morbi-mortalidade em todo o mundo, e são representadas, principalmente, pelas
doenças cardiovasculares, os cânceres, as doenças pulmonares e o diabetes.
(ZELMANOWICZ, 2015).
DIABETES
Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia a fim de que seja aproveitada por todas as células. A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar como na sua transformação em outras substâncias (proteínas, músculos e gordura).
Na verdade, não se trata de uma doença única, mas de um conjunto de doenças com uma característica em comum: aumento da concentração de glicose no sangue provocado por duas diferentes situações:
a) Diabetes tipo I – o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. A instalação da doença ocorre mais na infância e adolescência e é insulinodependente, isto é, exige a aplicação de injeções diárias de insulina;
b) Diabetes tipo II – as células são resistentes à ação da insulina. A incidência da doença que pode não ser insulinodependente, em geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos de idade;
c) Diabetes gestacional – ocorre durante a gravidez e, na maior parte dos casos, é provocado pelo aumento excessivo de peso da mãe;
d) Diabetes associados a outras patologias como as pancreatites alcoólicas, uso de certos medicamentos, etc.
Sintomas
* Poliúria – a pessoa urina demais e, como isso a desidrata, sente muita sede (polidpsia);
* Aumento do apetite;
* Alterações visuais;
* Impotência sexual;
* Infecções fúngicas na pele e nas unhas;
* Feridas, especialmente nos membros inferiores, que demoram a cicatrizar;
* Neuropatias diabéticas provocada pelo comprometimento das terminações nervosas;
* Distúrbios cardíacos e renais.
Fatores de risco
* Obesidade (inclusive a obesidade infantil);
* Hereditariedade;
* Falta de atividade física regular;
* Hipertensão;
* Níveis altos de colesterol e triglicérides;
* Medicamentos, como os à base de cortisona;
* Idade acima dos 40 anos (para o diabetes tipo II);
* Estresse emocional.
Recomendações
* O tratamento do diabetes exige, além do acompanhamento médico especializado, os cuidados de uma equipe multidisciplinar. Procure seguir as orientações desses profissionais;
* A dieta alimentar deve ser observada criteriosamente. Procure ajuda para elaborar o cardápio adequado para seu caso. Não é necessário que você se prive por toda a vida dos alimentos de que mais gosta. Uma vez ou outra, você poderá saboreá-los desde que o faça com parcimônia;
* Um programa regular de exercícios físicos irá ajudá-lo a controlar o nível de açúcar no sangue. Coloque-os como prioridade em sua rotina de vida;
* O fumo provoca estreitamento das artérias e veias. Como o diabetes compromete a circulação nos pequenos vasos sangüíneos (retina e rins) e nos grandes vasos (coração e cérebro), fumar pode acelerar o processo e o aparecimento de complicações;
* O controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol e triglicérides deve ser feito com regularidade;
* Medicamentos à base de cortisona aumentam os níveis de glicose no sangue. Não se automedique;
* O diagnóstico precoce é o primeiro passo para o sucesso do tratamento. Não minimize seus sintomas. Procure logo um serviço de saúde se está urinando demais e sentindo muita sede e muita fome.
Tratamento
O diabetes não pode ser dissociado de outras doenças glandulares. Além da obesidade, outros distúrbios metabólicos (excesso de cortisona, do hormônio do crescimento ou maior produção de adrenalina pelas supra-renais) podem estar associados ao diabetes.
O tipo I é também chamado de insulinodependente, porque exige o uso de insulina por via injetável para suprir o organismo desse hormônio que deixou de ser produzido pelo pâncreas. A suspensão da medicação pode provocar a cetoacidose diabética, distúrbio metabólico que pode colocar a vida em risco.
O tipo II não depende da aplicação de insulina e pode ser controlado por medicamentos ministrados por via oral. A doença descompensada pode levar ao coma hiperosmolar, uma complicação grave que pode ser fatal.
Dieta alimentar equilibrada é fundamental para o controle do diabetes. A orientação de uma nutricionista e o acompanhamento de psicólogos e psiquiatras podem ajudar muito a reduzir o peso e, como conseqüência, cria a possibilidade de usar doses menores de remédios.
Atividade física é de extrema importância para reduzir o nível da glicose nos dois tipos de diabetes. (VARELLA, 2011a).
HIPERTENSÃO
Hipertensão é uma doença democrática que acomete crianças, adultos e idosos, homens e mulheres
de todas as classes sociais e condições financeiras. Popularmente conhecida como “pressão alta”,
está relacionada com a força que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular
por todo o corpo. O estreitamento das artérias aumenta a necessidade de o coração bombear com
mais força para impulsionar o sangue e recebê-lo de volta. Como conseqüência, a hipertensão dilata
o coração e danifica as artérias.
Os valores da pressão arterial não são sempre os mesmos durante o dia. Geralmente caem, quando
dormimos ou estamos relaxados, e sobem com a atividade física, agitação, estresse.
Considera-se hipertensa a pessoa que, medindo a pressão arterial em repouso, apresenta valores
iguais ou acima de 14 por 9 (140mmHg X 90mmHg). Hipertensos têm maior propensão para
apresentar comprometimentos vasculares, tanto cerebrais, quanto cardíacos.
Sintomas
Hipertensão arterial é doença traiçoeira, só provoca sintomas em fases muito avançadas ou quando a
pressão arterial aumenta de forma abrupta e exagerada. Algumas pessoas, porém, podem apresentar
sintomas, como dores de cabeça, no peito e tonturas, entre outros, que representam um sinal de
alerta.
Tratamento
O objetivo do tratamento deve ser não deixar a pressão ultrapassar os valores de 12 por 8
Nos casos de hipertensão leve, com a mínima entre 9 e 10, tenta-se primeiro o tratamento não
medicamentoso, que é muito importante e envolve mudanças nos hábitos de vida. A pessoa precisa
praticar exercícios físicos, não exagerar no sal e na bebida alcoólica, controlar o estresse e o peso,
levar vida saudável, enfim.
Como existe nítida relação entre pressão alta e aumento do peso corporal, perder 10% do peso
corpóreo é uma forma eficaz de reduzir os níveis da pressão. Por exemplo, a cada 1kg de peso
eliminado, a pressão do hipertenso cai de 1,3mmHg a 1,6mmHg em média.
Se o indivíduo tem a pressão discretamente aumentada e não consegue controlá-la fazendo
exercícios, reduzindo a ingestão de bebidas alcoólicas e perdendo peso, ou se já tem os níveis
mínimos mais elevados (11 ou 12 de pressão mínima), é necessário introduzir medicação para deixar
os vasos mais relaxados.
Todos os remédios para hipertensão são vasodilatadores e agem de diferentes maneiras. Os mais
antigos, entre eles os diuréticos, por exemplo, se no início fazem a pessoa perder um pouquinho mais
de sal e de água, também ajudam a reduzir a reatividade dos vasos. Os mais modernos costumam
ser mais tolerados e provocam menos efeitos colaterais.
É sempre possível controlar a pressão arterial desde que haja adesão ao tratamento. Para tanto, o
paciente precisa fazer sua parte: tomar os remédios corretamente e mudar os hábitos de vida.
Recomendações
* Não pense que basta tomar os remédios para resolver seu problema de pressão arterial elevada.
Você precisa também promover algumas mudanças no seu estilo de vida;
* Coma sal com moderação. Ele é um mineral importante para o organismo e não deve ser eliminado
da dieta dos hipertensos. Esqueça, porém, do saleiro depois que colocou a comida no prato e evite
os alimentos processados que, em geral, contêm mais sal. Precisam tomar muito cuidado com a
ingestão de os negros, as pessoas com mais de 65 anos de idade e os portadores de diabetes
porque são mais sensíveis ao mecanismo de ação do sal.;
* Adote dieta rica em frutas, cereais integrais e laticínios com baixo teor de gordura. Assim, você
estará ingerindo menos sódio e mais potássio, cálcio e magnésio, nutrientes necessários para quem
precisa baixar a pressão;
* Não fume. Entre outros danos ao organismo, o cigarro estreita o calibre das artérias, o que dificulta
ainda mais a circulação do sangue;
* Saiba que o estresse pode aumentar a pressão arterial. Atividade física, técnicas de relaxamento,
psicoterapia podem contribuir para o controle do estresse e da pressão arterial;
* Não interrompa o uso da medicação nem diminua a dosagem por sua conta. Siga as indicações de
seu médico e tome os remédios rigorosamente nos horários prescritos;
* Meça a pressão arterial com regularidade e anote os valores para que seu médico possa avaliar a
eficácia do tratamento;
* Não esqueça que hipertensão é uma doença crônica e que complicações podem ser prevenidas
com o uso de drogas anti-hipertensivas e mudanças no estilo de vida. (VARELLA, 2011b).
OBESIDADE
A obesidade é um dos problemas mais importantes que a Saúde Pública enfrenta hoje no Brasil e em outros países do mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que, atualmente. Nos países desenvolvidos, ela seja o principal problema de saúde a enfrentar.
Por que as pessoas estão engordando tanto? De onde vem esse desespero pela comida e a dificuldade para perder peso? A resposta, por certo, poderá ser encontrada nas raízes evolucionistas do homem. Há 50 mil anos, nossos antepassados tinham grande dificuldade para conseguir alimentos. A possibilidade de estocá-los é contemporânea ao advento da agricultura há dez mil anos, um segundo em termos evolucionistas. Essa carência alimentar moldou o cérebro humano de tal maneira, que ele busca obter o máximo de calorias possível para mobilizar energia acumulando-a sob a forma de gordura que, teoricamente, será usada nos períodos de fome provocados pela escassez de comida.
Entretanto, no mundo moderno, a realidade é bem diferente. A geladeira pode conservar alimentos variados por dias e semanas. Basta abri-la para saboreá-los. A propaganda nos incita a comer produtos altamente calóricos por preço razoável. Basta uma ligação telefônica para temos comida de diversos tipos e nacionalidades entregue, em poucos minutos, na porta das nossas casas.
Nosso cérebro condicionado em tempos de penúria agora encontra fartura e o mecanismo evolucionista que selecionou pessoas capazes de acumular gordura, decisão inteligente no passado, se volta contra elas. Reverter esse processo é tarefa árdua e muitas vezes inglória. No entanto, é preciso estar alerta. O excesso de peso está associado a uma série de doenças que comprometem a qualidade e a duração da vida. (VARELLA, 2012).
É importante que as pessoas saibam que a obesidade, é diferente de sobrepeso. A obesidade é uma doença. Sendo doença, não podemos sair chamando qualquer um de obeso. É através do Índice de Massa Corporal (IMC) que verificamos se o indivíduo para estimar se ele está, ou não, em seu peso ideal. Uma pessoa com IMC entre 25,0 e 29,9 ele está com sobrepeso. (BITTAR, 2015).
Anexo 02
AUTO-RECORDAÇÃO DAS ATV. DO COTIDIANO AUTO-RECORDAÇÃO DAS ATV. DO COTIDIANO DATA:___/___/___ DIA DA SEMANA: ___________ DATA:___/___/___ DIA DA SEMANA: ___________
HORAS 00 -15 16 - 30
31 – 45
46 - 60 HORAS 00 -15 16 - 30
31 – 45
46 - 60
00 00
01 01
02 02
03 03
04 04
05 05
06 06
07 07
08 08
09 09
10 10
11 11
12 12
13 13
14 14
15 15
16 16
17 17
18 18
19 19
20 20
21 21
22 22
23 23
24 24
Fonte: Autora.
Auto – Recordação Alimentar
2º Feira 3º Feira 4º Feira 5º Feira 6º Feira Sábado Domingo
Café da Manhã
Lanche
Almoço
Lanche
Jantar
Cesta
Total Calorias
Fonte: Autora. Observação: Não esquecer de anotar a quantidade do que foi consumido. Por exemplo: Almoço – 2 colheres de sopa de arroz
1 concha de feijão 1 bife de boi (pequeno)
Núcleo: O Movimento e a Saúde
Nível de Ensino: Ensino Fundamental – 9º Ano Aula: 14,15 e 16
Tema: Aptidão física, saúde e qualidade de vida.
Subtema: Controle alimentar e reeducação alimentar
Assunto: “Você sabe o que está comendo?”
Professoras: Dione Aparecida Sanches Scuisato
Ericka Pignoni Braz
Objetivos:
Analisar de forma consciente os produtos a serem consumidos;
Relacionar a prática de atividades físicas, aliada a uma alimentação
balanceada, sendo a chave para a manutenção da saúde.
Material: Embalagens de produtos consumíveis, sacolas descartáveis, Datashow,
lugar amplo.
Desenvolvimento da Aula
Será montado uma simulação de um mercadinho com as embalagens que
foram recolhidas pelos alunos;
Para cada aluno será entregue uma sacola descartável e pediremos para que
cada uma faça a compra de alguns alimentos que costuma consumir;
As sacolas serão lacradas e marcadas com os nomes de quem preencheu-as;
Os alunos serão conduzidos para a sala de aula onde irão assistir a palestra “
Você Sabe O Que Estão Comendo?”, ministrada pela professora Dione
Aparecida Sanches Scuisato, professora regente na disciplina de Ciências na
E.E. Ulysses Guimarães – Ensino Fundamental( Ibiporã – Pr.) Dentro da
disciplina de Ciências do 9º ano existe um conteúdo Alimentos e Energia e
iremos conciliar as disciplinas neste momento;
Após toda a exposição da palestra, devolveremos as sacolas de compras
para cada aluno, onde irão analisar as informações dos rótulos e refletir sobre
a qualidade do que consome diariamente;
Faremos uma grande roda e haverá uma exposição das analises pessoais e
respondendo questões que surgiram durante a palestra e até mesmo quando
à análise dos produtos;
Possíveis Questionamentos Feitos Pelo Professor
Quando você vai ao mercado costuma olhar as embalagens dos produtos?
Ao ler as informações encontradas nos rótulos voc~e senti dificuldade em
entende-las?
Os termos Diet e Light, apresentam diferença?
As informações dadas nas embalagens podem influenciar no consumo certo
de alguns alimentos?
Avaliação da Aula
Por meio das respostas e da discussão que houve no final da aula ministrada.
Núcleo: O Movimento e a Saúde
Nível de Ensino: Ensino Fundamental – 9º Ano Aula: 17, 18, 19 e 20
Tema: Aptidão física, saúde e qualidade de vida.
Subtema: Saúde e qualidade de vida
Assunto: Exercício físico e qualidade de vida
Objetivos:
Conseguir calcular o seu balanço energético;
Compreender que é possível alcançar objetivos que incluem a estética
e o mais importante a saúde, através da atividade física e a
alimentação;
Praticar uma atividade física consciente, e perceber que a partir desta
forma haverá mudança em sua qualidade de vida;
Material: Calculadora, Tablet ou Notebook, Auto-recordatório da alimentação e de
atividades, textos científicos.
Desenvolvimento da Aula:
Laboratório de Informática
Caso você não tenha laboratório de informática para ser usado pelos alunos,
uma opção seria que os alunos tragam seus próprios aparelhos eletrônicos e
que possam conectar a internet e outra opção é pesquisar as tabelas que
serão necessárias e oferecer cópias para serem usadas em sala pelos
alunos;
Cada aluno deverá estar em mão com seus recordatórios;
Com o auxílio da internet, pesquisaremos Tabelas que informem o Gasto
Calórico nas Atividades Físicas, quanto também Quantidade Calórica de
alguns alimentos, no final iremos analisar o seu resultado junto a tabelas que
indicam as necessidades calóricas diárias de um ser humano;
O próximo passo é iniciar a orientação de práticas de atividades físicas, que
podem ser realizadas no seu cotidiano e de fácil acesso. Foram escolhidas
três modalidades que seria a caminhada, aula de zumba e as academias ao
ar livre. Mais temos que deixar claro que existem outras opções e que são
interessantes;
Será entregue antes de cada aula prática um texto científico para cada aluno,
para que o mesmo já possua algumas informações sobre o que vai ser
trabalhado, e que possa formular suas questões.(Anexo 01)
Possíveis Questionamentos Feito Pelo Professor
Como as atividades realizadas podem interferir no organismo?
Estas atividades são capazes de provocar alterações que sejam
suficientes para que ocorra uma mudança na quantidade de células
gordurosas, e, dessa forma, no quadro de obesidade?
Qual o tempo ideal de realização das atividades para que realmente haja
mudanças no organismo?
Você sabe a quantidade calórica que um ser humano necessita
diariamente?
Avaliação da Aula
A avaliação poderá ocorrer por meio do que foi verbalizado pelos alunos
durante as aulas. Ao final da vivência prática, questionar os alunos sobre
o que sentiram durante a realização das atividades propostas.
Anexo 01
Exercício Físico
Atividades físicas aliadas à alimentação saudável. Aliadas, as duas práticas
contribuem para a boa forma e para a melhoria da qualidade de vida. As atividades
aeróbicas são as melhores opções para a redução da chamada “ massa gorda “.
Essas atividades, por estimularem mais os sistemas cardiovascular e
musculoesquelético, induzem a uma maior perda calórica.
Iremos nos próximos encontros, apresentar algumas opções de prática de
exercícios que fazem bem para corpo e mente e praticamente não possui
contraindicação e de fácil acesso.
1) Caminhada
Muitos médicos incentivam seus pacientes a fazerem as caminhadas, pois além de ser uma atividade física, faz bem para o coração, para o colesterol, ajuda a fortalecer os músculos e ainda é um ótimo exercício para relaxar a mente.
Prepare um bom tênis para fazer sua caminhada, alongue-se e claro, tenha uma alimentação saudável repleta de vitaminais e nutrientes para o seu corpo. Escolha o melhor caminho e pronto!
Benefícios para o corpo
A caminhada é o melhor exercício para os sedentários começarem a praticar,
pois não exige ter um bom condicionamento físico para praticar e cada um escolhe o seu ritmo. Além também de consumir muitas calorias, a caminhada colabora para sumir com aquelas indesejadas gordurinhas.
Como a caminhada estimula a produção de cálcio, os ossos também são favorecidos, além de contribuir para uma boa circulação, diminuindo o risco de problemas cardíacos. Não somente por isso, a caminhada combate o colesterol mau, aumento o bom colesterol no organismo.
A caminhada também é indicada para pacientes que sofrem com altos níveis de glicose no sangue. E não para por aí, os benefícios para o corpo são muitos, como aumenta a flexibilidade, previne celulites e estrias, diminui a pressão arterial, aumenta o metabolismo e ainda previne os riscos de obesidade.
Benefícios para a mente Além de tantos benefícios para o corpo, a caminhada também proporciona diversos benefícios para a mente. Caminhar alivia os níveis de estresse do dia-a-dia que está cada vez mais corrido e estressante.
Para combater a ansiedade e a depressão a caminhada é uma ótima aliada. Pois o exercício combate o desânimo, gastando a energia do seu corpo, ajudando a acalmar a mente e deixar as ideias fluírem de maneira mais consistente e produtiva.
Para as mulheres, mais um ótimo motivo para praticar caminhadas! Além de prevenir as terríveis celulites e estrias, o exercício também diminui os níveis da TPM – tensão pré menstruais –, o que para muitas é um alívio! (BENEFÍCIOS..., 2015).
2) Aula de Dança – “Zumba”
Zumba, como funciona e quais os seus benefícios
Um guia completo sobre a zumba com todos os seus benefícios inclusive no
emagrecimento, mais uma aula em vídeo que pode ser realizado em sua casa.
Que para perder peso e manter a saúde é preciso encontrar uma atividade que lhe
proporcione prazer é fundamental. Dentre as tantas opções, uma que vem ganhando cada
vez mais espaço é a Zumba. Este estilo de dança que vem invadindo as academias de todo
o país, consegue aliar uma atividade que pode ser bastante divertida, com excelentes
resultados. Diferentemente de algumas danças, que são predominantemente dominadas por
mulheres, a Zumba é muito eclética e oferece excelentes resultados para os mais diversos
perfis e objetivos.
Ao contrário do que muitos acreditam a Zumba não é um estilo que foi adaptado ao
fitness. Na verdade a Zumba é uma adaptação de vários estilos de dança latina, que foi
criado e adaptado na cidade de Miami. Para se ter uma ideia do tamanho que a Zumba tem
hoje, cerca de 14 milhões de pessoas praticam este tipo de dança ao redor do mundo. A
Zumba é encontrada em mais de 180 países, sendo hoje considerada um fenômeno mundial
do fitness. (LENZI, 2015).
Como Funciona uma aula de Zumba?
Dentre as inúmeras variações que o estilo permite, já que é uma adaptação de várias danças latinas, a Zumba na grande maioria das vezes é conduzida por um professor e os alunos copiam seus movimentos. Assim, as coreografias ficam no encargo do professor e os alunos apenas se divertem e acompanham a dança. Como a Zumba traz muitas variações diferentes, o professor consegue mobilizar praticamente todos os grandes músculos. Além disso, com influências de danças rápidas e lentas, a Zumba acaba sendo um exercício intervalado de alto impacto. As músicas que vão ditar o ritmo são de frentes variadas, como pop, reggae, salsa e muitas outras. Apenas com a seleção correta das músicas, o professor já consegue controlar a intensidade e o volume. (LENZI, 2015).
Quais os benefícios da Zumba?
Como já foi citado neste artigo (treinamento intervalado e emagrecimento) os exercícios que contam com intervalos e alterações de intensidade, os intervalados, contam com um excelente gasto calórico total, sendo muito eficientes para o emagrecimento e aumento dos níveis do metabolismo basal. Assim, a Zumba é uma excelente maneira de perda de peso, já que com sua alternância de ritmos, faz com que o corpo fique com os níveis fisiológicos e metabólicos elevados por mais tempo.
Mas é só quem busca emagrecer que pode fazer aula de Zumba? De maneira alguma. Mesmo para quem busca nela uma prática para a saúde, vai ter excelentes resultados. Como a Zumba é um exercício aeróbico, mas que conta com alternância de movimentos e de intensidade, é possível desenvolver o tônus muscular, a coordenação motora, resistência cardio respiratória e muito mais. Como a Zumba atua em praticamente todos os grandes grupos musculares, mas principalmente os das pernas e glúteos, estes tem grandes ganhos de tonicidade. É bom deixar claro que tonicidade é diferente de hipertrofia, sendo que nesta última o tamanho do músculo é que é aumentado e não apenas seu tônus. (LENZI, 2015).
Estes são alguns dos benefícios fisiológicos da Zumba. Mas eles não param por ai. Com a prática constante, além da coordenação motora, o equilíbrio também é muito beneficiado, sendo uma boa pedida para pessoas em processo de envelhecimento.
Desta forma a Zumba é uma ótima escolha para quem quer uma atividade bastante completa e que seja prazerosa. Além disso, a Zumba é uma atividade democrática, onde crianças, jovens, idosos, homens e mulheres podem participar. Cada um dança no seu ritmo e assim tem espaço para todos numa aula de Zumba. (LENZI, 2015)
3) Academias ao ar Livre
Academias ao ar livre em Parques e Praças é modernidade nas cidades e saúde para terceira idade
As academias ao ar livre estão instaladas nas principais praças e parques de
muitas cidades brasileiras. Já são mais de 8 mil academias instaladas em diversas
cidades, parques, praças, condomínios e unidades de saúde no Brasil.
O projeto academia ao ar livre estimula a prática de atividades físicas em todas as
idades, com especial atenção às pessoas da terceira idade. Pesquisas revelam que
68% dos praticantes diminuíram a dose de medicamentos e 4% simplesmente
deixaram de tomar. Os “atletas” perderam peso e conseguiram controlar a glicemia
e a pressão arterial.
O conjunto é de fácil instalação e compreende atividades para fortalecer, alongar e
relaxar, dando agilidade e promovendo a flexibilidade da maioria dos músculos do
corpo. As prefeituras estão transformando suas praças e parques em verdadeiros
espaços de saúde e entretenimento. (DECAVATA, 2014).
Núcleo: O Movimento e a Saúde
Nível de Ensino: Ensino Fundamental – 9º Ano Aula: 21
Tema: Aptidão física, saúde e qualidade de vida.
Subtema: Saúde e qualidade de vida
Assunto: Finalização do Trabalho
Objetivos:
Concluir o trabalho adotado durante todo este período;
Observar se houve mudança sobre o conceito adotado pelos alunos da
disciplina de Educação Física e seu verdadeiro significado;
Levar a reflexão do estilo de vida adotado por suas famílias e as
possibilidades de os conhecimentos adquiridos auxiliarem na melhoria
da qualidade de vida dessas pessoas.
Material: Caderno de registro, Datashow, quadro e giz.
Desenvolvimento da Aula:
Será colocado no quadro as seguintes questões:
O que mudou em você, o que você fazia e que não faz mais?
Como os conhecimentos apresentados neste trabalho podem contribuir
para uma vida mais saudável?
Analisem o estilo de vida de suas famílias e reflitam sobre as
possibilidades de os conhecimentos adquiridos, auxiliarem na melhoria da
qualidade de vida dessas pessoas.
Os alunos terão um tempo para responde-las, e depois será exposto para o
grande grupo;
Refazer o mesmo teste aplicado no início do projeto;
Após este momento de reflexão, iremos visualizar através do Datashow
algumas fotos que foram tirados durante todo esse tempo de trabalho da
turma;
Como último momento será oferecido à turma um café da manhã, para
marcar este momento de confraternização.
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