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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
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A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO E O ENSINO DA GEOGRAFIA: PRÁTICAS
METODOLÓGICAS DIGITAIS
FIGUEIREDO, Joana Darc1 KLIEMANN, Marciana Pelin2
RESUMO: O presente artigo tem como finalidade a projeção, análise e implementação realizada de
uma atividade pedagógica para o Programa de Desenvolvimento da Educação – PDE, o qual buscou
refletir acerca da contribuição das Tecnologias para o processo de ensino aprendizagem de geografia
na escola. Com um trabalho interventivo junto aos alunos do 7º ano, A, do Ensino Fundamental,
mediou-se e incentivou-se o uso e práticas metodológicas digitais em sites específicos de geografia,
disseminando informações sobre a geografia crítica levando a entendê-la como ciência de leitura de
mundo. A intervenção foi composta por diversas atividades como leitura de imagens e pesquisas
orientadas com utilização de diversas tecnologias telemáticas e digitais, disponíveis na escola, tais
como: o laboratório de informática, internet, computadores, videoclipes, TV pen drive, multimídia, sites
específicos e demais aparatos tecnológicos que possam fluir e fomentar o trabalho didático em sala
de aula. O material produzido foi socializado também no Grupo de Trabalho em Rede (GTR) 2014,
com ampla discussão, análise e reflexão. Portanto, fez-se necessário ofertar essas possibilidades
pedagógicas com as tecnologias que viessem a contribuir com um ensino de qualidade nas aulas de
geografia, sendo de suma importância compreender, discutir e refletir acerca da utilização das
tecnologias no processo de ensino aprendizagem da disciplina e reconhecer que elas fazem parte da
vida em sociedade e podem contribuir para enriquecer o ensino.
Palavras-chave: Tecnologias. Geografia. Conhecimento. Práticas Metodológicas.
1. INTRODUÇÃO
O tema escolhido para a apresentação deste artigo foi construto de uma
trajetória e experiência na área de ensino, e a partir das diversas leituras e estudos
sobre pesquisadores da mesma área em apreço, possibilitou-se compreender a
necessidade do uso de práticas metodológicas digitais no ensino de geografia, o
qual são instrumentos pedagógicos imensuráveis em valor, na atual sociedade.
Contudo, as tecnologias por si só não são suficientes no processo de
aprendizagem, sendo necessário repensar em uma nova forma metodológica, que
1 Professora do Quadro Próprio do Magistério da rede estadual de ensino do Estado do Paraná –
SEED –licenciada e com habilitação em Geografia, Especialista em Didática e Metodologia Do Ensino. Professora PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional 2013/2014, desenvolvido pela IES- UNIOESTE- Universidade Estadual do Oeste do Paraná. E-mail de contato: [email protected] 2 Professora Orientadora – Colegiado de Pedagogia – UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste
do Paraná. E-mail de contato: [email protected]
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possibilite novos conhecimentos que serão gerados com a intervenção dos
professores que devem, para isto, estar preparados para a utilização dos
equipamentos e também da metodologia para satisfazer as pretensões da sociedade
do conhecimento e da informação na qual as escolas estão implantadas e carecem
de transformações para cumprir seu papel social.
O mundo contemporâneo revelou uma sociedade de informações amplas e
complexas, tendo em vista que as tecnologias computacionais estão cada vez mais
presentes e inseridas no cotidiano, percebe-se a necessidade do aperfeiçoamento
da sociedade como um todo para a inserção da cibercultura (agenciamentos sociais
das comunidades no espaço eletrônico virtual, em que essas comunidades estão
popularizando a utilização da Internet e outras tecnologias de comunicação,
possibilitando assim maior aproximação entre as pessoas de todo o mundo.), à qual
está atraindo cada vez mais adeptos.
Essas tecnologias computacionais podem ser utilizadas como um
instrumento de ensino com mais efetividade, assim é importante uma formação
continuada por parte dos docentes para que as mesmas auxiliem no processo de
desenvolvimento das crianças, oferecendo motivação ao aluno junto à escola, que
estão cada vez mais imergidos na cibercultura.
Dessa forma, observa-se a importância e necessidade da utilização dos
meios tecnológicos no âmbito escolar por professores que busquem sempre
qualificação e aperfeiçoamento no uso dos instrumentos tecnológicos, associados a
uma metodologia e intencionalidade na aplicação dos conteúdos a serem
desenvolvidos com os alunos, para que, se alcance os objetivos propostos por parte
de cada docente em sua aula.
Assim, pretende-se explanar, com o desenvolvimento deste artigo, a
pesquisa-ação, sob o método experimental, a qual foi aplicada em sala de aula, de
como os docentes podem, como exemplo, utilizar as tecnologias para estimular o
aprendizado de alunos, tendo ao seu alcance inúmeros recursos tecnológicos.
Tais recursos, ao serem utilizados no ambiente escolar, acabam as vezes
sendo esquecidos por falta de estrutura adequada ou até pela ausência de
qualificação dada aos professores, que acabam consequentemente não utilizando a
nova tecnologia em sala de aula, busca-se, ainda, apresentar informações e
reflexões quanto à utilização de tecnologias educacionais, visando oferecer
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alternativas de trabalho, com intencionalidade nos conteúdos que poderão ser
trabalhados de forma mais dinâmica, prazerosa e criativa, favorecendo assim um
aprendizado com mais qualidade.
2. AS TECNOLOGIAS E SUA APLICAÇÃO NO ENSINO DA GEOGRAFIA
De acordo com Gonçalves (2011), existem muitas pessoas que não tiveram,
ainda, a oportunidade de ter acesso a uma mídia computacional, devido à falta de
condições financeiras. Muitas delas terão seu primeiro acesso a um computador
somente quando ingressar na escola, por isso a importância do professor conhecer
a realidade social de cada aluno. (GONÇALVES, 2011)
Quando a instituição escolar dispõe de laboratórios de informática, é de
grande valia que o professor utilize-o de maneira correta, trabalhando os seus
conteúdos pedagógicos de maneira diversificada, pois é nesse momento que os
alunos que não têm acesso a um computador em casa poderão usufruir dessa
tecnologia.
Na matriz curricular das escolas, as tecnologias deveriam ser incluídas como
disciplina obrigatória, pois, conforme cita Valente (1991), a inclusão de tecnologias
no conteúdo pedagógico oferece ao aluno interesse em aprender, influenciando seu
processo de ensino-aprendizagem formal e informal. (VALENTE, 1991) O uso do
computador, por exemplo, auxilia a inclusão de outros meios de aprendizagem, com
a exploração de atividades que despertam a curiosidade e incentiva o conhecimento
de informações.
Com o intuito de que seja proporcionado aos educandos o acesso a um
ensino de qualidade, esta proposta está também orientada no Documento Diretrizes
Curriculares Estaduais (DCE) para o Ensino de Geografia, a qual nos apresenta que:
Nesse sentido, a escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem (internalização) e de avaliação que permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade de “...uma transformação emancipadora. É desse modo que uma contraconsciência, estrategicamente concebida como alternativa necessária à internalização dominada colonialmente, poderia realizar sua grandiosa missão educativa” (DCE de Geografia, 2008, p. 15).
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Com o objetivo de aprimorar e fundamentar os conhecimentos na área de
Educação Tecnológica no ensino de geografia e analisando os avanços tecnológicos
na atualidade, bem como, a grande utilização destes pela sociedade, constata-se
que a escola como espaço de conhecimento não deve ficar à margem desta
evolução. O campo da educação hoje está muito pressionado por mudanças, assim
como as demais organizações. A sociedade muda constantemente sua forma de
organização e na educação isso não é diferente.
Diante do exposto, é necessária uma integração entre as tecnologias,
metodologias e atividades de forma inovadora. Assim, educar em uma sociedade da
informação não é uma tarefa fácil, vai muito além de simplesmente realizar
treinamentos ensinando as pessoas a como utilizar as novas tecnologias, que se
apresentam cada vez mais inovadoras. Cabe a todos os órgãos e agentes
responsáveis, pelo espaço escolar, propiciar meios para que todos os envolvidos no
processo ensino aprendizagem tenham acesso aos recursos tecnológicos existentes
de forma a atingir os objetivos propostos para um ensino de qualidade.
Contudo, para que realmente haja as transformações necessárias na
educação, dependemos de um conjunto de mudanças por parte de todos os
envolvidos no processo, para tanto, necessitamos de instituições inovadoras, com
infraestrutura adequada, com projetos pedagógicos compatíveis com a realidade,
tecnologias disponíveis para todos, educadores bem remunerados, motivados,
humanos e éticos; administradores, diretores e coordenadores que apoiem os
professores inovadores, para que tenham equilíbrio no gerenciamento, tanto na
parte física como na humana, e também alunos que tenham o gosto para aprender.
Segundo Freire (1995):
A educação não se reduz à técnica, mas não se faz Educação sem ela. Utilizar computadores na Educação em lugar de reduzir, pode expandir a capacidade crítica e criativa de nossos meninos e meninas. O homem concreto deve-se instrumentar com os recursos da ciência e da tecnologia para melhor lutar pela causa de sua humanização e de sua libertação (FREIRE, 1995, p. 98).
Com a evolução da tecnologia e a mudança constante da sociedade, se faz
necessário ter criatividade, independência e sempre buscar se situar à realidade,
diante das mudanças constantes.
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Para Valente (1991 apud OLIVEIRA, 1997, p. 138), antes de se discutir
sobre qual a melhor forma de utilização do computador no ensino, é necessário ter a
clareza do potencial de cada modalidade de utilização, e que elas vão continuar
coexistindo na educação.
Desse modo, com os grandes avanços tecnológicos que vivenciamos nos
últimos anos, somando-se a isto a grande quantidade de informações que estão
disponíveis pela mídia, faz-se necessário refletir e planejar como manipular e mediar
todas estas informações no processo de ensino e de aprendizagem e transformá-las
em conhecimento.
Sobre isso, Freire (apud AQUINO; CAMARGO, 2013, p.19) afirma que “Se a
educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a
sociedade muda”.
Nessa direção, utilizar recursos tecnológicos disponíveis para a educação é
colaborar para que professores e alunos transformem suas vidas em processos de
interesse permanente em aprender, vejamos:
Uma mudança inovadora no processo de ensino-aprendizagem se dá quando conseguimos integrar dentro de uma visão inovadora todas as tecnologias: telemáticas, audiovisuais, textuais, orais, músicas, lúdicas e corporais e hoje a internet (MORAN; MASETTO; BEHRENS, 2012, p. 32).
Os conteúdos contemplados neste material foram oferecidos aos alunos do
7º ano, do ensino Fundamental, do período matutino, do Colégio Estadual Jardim
Santa Cruz, do município de Cascavel/PR, no primeiro período do ano de 2014, em
forma de práticas metodológicas. Foram disponibilizados e socializados aos
professores da rede pública Estadual de Ensino por meio do Grupo de Trabalho em
Rede (GTR), para que o projeto atingisse os objetivos.
No campo de estudo, que se insere na disciplina de geografia, em que o
objeto é o espaço geográfico, sempre foi um grande desafio compreender tal
temática, que, segundo Santos (2002) se define:
Como um conjunto de relações realizadas através de funções e de forma que se apresentam como testemunho de uma história escrita por processos do passado e do presente [...]. O espaço é então um verdadeiro campo de forças cuja aceleração é desigual. (SANTOS, 2002, p.153)
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Portanto, as informações geográficas digitais disponíveis são
importantíssimas para contribuir com o ensino aprendizagem dos conteúdos de
geografia, principalmente na análise do espaço geográfico.
Pode-se levar todo esse conhecimento para o aluno, utilizando várias
ferramentas que as novas tecnologias oferecem. Nesse aspecto, podem ser
destacados alguns sites, como o Google Earth, que possibilita a visão do globo
terrestre no modelo tridimensional, diversos sites com mapas interativos ou
temáticos, ou, infográficos, dados estatísticos e uma infinidade de jogos, entre outros
recursos.
É importante, também dialogar com os alunos, a fim de fazê-los perceber a necessidade de um novo patamar para a interação com o material mediático. De nada adianta estarmos conectados ao mundo, se este nos chega editado, e se não possuímos conhecimento necessário para analisá-lo. (LEÃO, 2008, p. 62).
Nesse sentido, Leão (2008) corrobora com a ideia apresentada por Moran
(2012), no que diz respeito, às informações que recebemos para que haja uma
reflexão e as mesmas sejam transformadas em conhecimento e não simplesmente
em mera reprodução. Portanto, as informações coletadas sobre determinado tema,
ou, assunto pelos professores serão mais ricas e melhor aproveitadas para o ensino
de Geografia, se as mesmas vierem de fontes, nas quais não prevaleça a lógica de
reprodução.
E, no que diz respeito à Geografia, Leão (2008, p. 62) afirma que “a
linguagem científica da Geografia é fundamental para que os alunos possam
decompor o texto midiático. Todavia é importante que o professor saiba construir
com os alunos esse novo patamar de interpretação”.
Diante disso, se faz necessária a construção de um diálogo entre professor e
aluno, para que este refaça seus conceitos e a ressignificação necessário, para a
construção do conhecimento, já que a interlocução dos educandos com a mídia é
mais fácil, pois esta não possui o compromisso de educar e sim informar.
O autor Freire (1970, p. 33, apud LEÃO, 2008, p. 47) afirma que, “Quanto
mais alguém por meio da ação e reflexão, se aproxima da “razão”, do “logos” da
realidade, objetiva e desafiadora, tanto mais, introduzindo-se nela alcançará o seu
desvelamento” e, para Demo (2001, p. 10), “a nova mídia pode ser extremamente
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útil na veiculação do conhecimento, como todos reconhecem, mas vai cada vez mais
fazendo parte também do mundo da aprendizagem, mesclando presença física e
virtual”.
Nesse sentido, deve-se buscar chegar à capacidade permanente de
reconstruir conhecimento com qualidade formal e política, num primeiro momento
por questão de cidadania e, num segundo momento, para inserir-se de forma mais
adequada no mercado.
Ainda segundo Katuta (2009):
No processo de construção do conhecimento, o movimento de pensamento, via de regra, parte do cotidiano, do singular e pode se ampliar cada vez mais para escalas que permitam chegar a uma construção genérica e conceitual (plano da generalidade), objetivo e ponto de chegada do atual processo de escolarização. (KATUTA, 2009, p. 48).
Portanto, para a compreensão da realidade de uma maneira menos caótica,
os saberes escolares irão auxiliar nesta tarefa, em que o diálogo entre os saberes
mencionados pela autora são essenciais para que o educando reflita e atue na
sociedade de forma mais crítica.
Contribuindo com as colocações da autora, Moran (2012, p. 20) alega que:
“uma das principais tarefas da educação é ajudar a desenvolver tanto o
conhecimento de resposta rápida como o que precisa de pesquisa e reflexão”.
A Tecnologia na Educação não é sinônima de escolas equipadas com
computadores de última geração, mas sim, o uso desses pelos professores de modo
a inserir os alunos em um mundo diferente, onde os conhecimentos podem ser de
fácil acesso e ajudar na produção e na aquisição de conteúdos previstos nos
planejamentos.
Para tanto, as escolas precisam de profissionais qualificados, que além de
terem domínio da dinâmica do ensino (sala de aula, conteúdo e tudo o que está
envolvido nesse processo), também conheça e saiba como manusear os aparatos
tecnológicos presentes em nosso meio e que podem ser usados como facilitadores
do conhecimento. Segundo o que diz Bortolotti (2008),
O papel de todo educador é preparar seus alunos para o mundo e isto significa dizer que os educadores devem proporcionar um ensino suficiente para que os alunos adquiram habilidades, as quais lhe serão úteis para enfrentar, com eficiência, desafios, tanto no âmbito escolar como no social. (BORTOLOTTI, 2008, p. 10).
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Esclarece Stahl (2008), que os professores precisam ter clareza de que as
habilidades requeridas para a entrada da sociedade na era da informação não estão
sendo desenvolvidas na escola e que a capacidade das novas tecnologias de
oportunizar a aquisição de conhecimento individual e independente está vinculada à
flexibilização do currículo. É papel da família, dos órgãos responsáveis, por meio da
escola oportunizar ao educando o desenvolvimento integral em seus aspectos
físicos, psicológicos, intelectual e social, o que tende a complementar a ação da
família e da sociedade na formação da criança.
2.1 As reflexões surgidas no GTR – Grupo de Trabalho em Rede
Paralelamente a aplicação do projeto de intervenção na escola foi realizada
no período de 18/03/14 à 13/05/14, o Grupo de Trabalho em Rede (GTR), em que foi
apresentado o Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, discutido suas
questões conceituais e posteriormente, promovido um debate sobre os autores que
fundamentaram o Projeto em apreço, de cada professor cursista.
Em seguida foi socializada a Produção Didático-pedagógica composta por
diversas atividades e metodologias diferenciadas, onde oportunizou um amplo
debate, sobre a viabilidade de sua aplicação e reflexão das questões teórico
metodológicas em sala de aula, o que por sua vez, culminou ainda, com a
apresentação e socialização das ações de implementação do projeto na escola,
onde foi avaliado a aplicabilidade da mesma e os encaminhamentos metodológicos
de cada proposta.
Foram realizadas, leituras, análises e reflexões sobre o material produzido e
aplicado com um grande envolvimento e participação dos cursistas, possibilitando
assim a troca de ideias, dos fundamentos teóricos e metodológicos relacionados ao
projeto de Intervenção, bem como, a Implementação do Projeto na escola e a
Produção Didática Pedagógica. Houve consenso de que realmente existe a
necessidade de refletir, planejar como manipular e mediar às informações no
processo de ensino e de aprendizagem utilizando-se das várias tecnologias
disponíveis.
No decorrer das postagens e reflexões dos participantes houve um
consenso de todos que para fazer uso das práticas metodológicas apresentadas, se
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fez necessário planejá-las minuciosamente utilizando abordagens atrativas e
dinâmicas variadas, e que o material produzido vai bem além do solicitado pelo
PDE.
É propício e favoreceu a continuidade dos trabalhos desenvolvidos durante o
ano letivo, pois na proposta estão contemplados os conteúdos da série segundo as
DCE (Diretrizes Curriculares Estaduais).
Houve concordância nas discussões realizadas, na importância da utilização
das diversas tecnologias apresentadas tais como: software, sites específicos, filmes,
internet, músicas dentre outras. Considerando assim material de inquestionável valor
para utilização em prol da educação na atual sociedade. Contudo, a partir da leitura
de teóricos, e ainda, da experiência obtida em sala de aula, e dos participantes
cursista do GTR nas discussões em relação às tecnologias, é necessário repensar
sobre novas formas de metodologia, pois, novos conhecimentos serão adquiridos
por meio da intervenção dos professores, que devem para isto estar preparados
para a utilização dos equipamentos e também metodologia para satisfazer as
pretensões da atual sociedade na qual as escolas estão inseridas e carecem de
transformações para cumprir seu papel social.
Lembrando que os recursos tecnológicos não vieram para substituir a
presença e ação do professor com os alunos, mas sim para colaborar com os
trabalhos realizados pelo mesmo. Houve ainda um grande destaque nas ações
concretizadas com as histórias em quadrinhos realizada no site www.pixton.com.br e
a criação do caça-palavras em www.liderança.org/word/palavra.php, ações estas
muito elogiadas por todos os participantes, alunos, cursistas do GTR e professoras
da escola em que se trabalhou este projeto de ação pedagógica do PDE.
Os alunos e professores envolvidos neste trabalho se sentiram motivados a
utilizarem as propostas apresentadas em sua prática diária. Houve grande interação
no fórum Vivenciando a Prática, com sugestões variadas. Foi disponibilizada durante
as três temáticas desenvolvida sob a tutoria da autora, links e sugestões
relacionadas ao estudo realizado, inclusive sites criados para aplicar os trabalhos
desenvolvidos no PDE.
Durante a realização das etapas em que se dividiu o curso, podemos
afirmar que ouve envolvimento, responsabilidade, competência e participação ativa
da maioria dos componentes do grupo. As interações realizadas entre os
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participantes, sob minha tutoria, demonstraram alto nível de dedicação e
responsabilidade que dispensaram para com o estudo em questão. Muitos, ao
realizar suas atividades e intervenções, contribuíram de maneira bastante profícua e
exitosa no sentido de enriquecer os conhecimentos de todo o grupo e de aprimorar
os trabalhos em questão. Importa destacar que a grande maioria demonstrou, em
seus relatos e exposição de ideias, ter conhecimentos fundamentados à teoria,
mesclados à experiência adquirida no exercício da profissão.
Analisando todo o trabalho desenvolvido no GTR, concluímos que os
propósitos dos estudos desenvolvidos no curso de Tecnologias e Linguagens no
Ensino da Geografia, com o título “A Sociedade do Conhecimento e o Ensino da
Geografia: Práticas Metodológicas Digitais” foram satisfatoriamente efetivadas e
certamente irão contribuir para com um ensino de maior qualidade nas aulas de
geografia na rede pública do Estado do Paraná. (Grifo nosso)
Nas interações realizadas no decorrer do Grupo de Trabalho em Rede ficou
visível a contribuição que este trabalho proporciona para a rede pública de Ensino
não somente na disciplina de Geografia, como também, nas demais áreas do
conhecimento. Dentre as postagens abaixo, as mesmas foram retiradas do GTR que
foi realizado no mês de abril, do Fórum 3, em que a temática era: Vivenciando a
prática, tendo por Professora tutora, Joana Darc Figueiredo, autora deste artigo,
vejamos:
Professor 1
Joana, uma coisa que chama a atenção em seu trabalho é que ele não exige conhecimento prévio de tecnologias por parte dos alunos, pois você toma pra si essa qualificação usando em suas aulas em prol do aluno tratando todos de forma igual. Pedir que todos fizessem os quadrinhos a mão em um primeiro momento, e só depois partir para as mídia digitais, foi uma forma inteligente de se implementar um projeto de vanguarda. Isso deve servir de exemplo a todos.
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Professor 2
Joana, vejo que agora temos uma referência em projeto, não só isso, mas um trabalho que deu certo. Podemos a partir dele aplicar e aperfeiçoar. Espero poder continuar mantendo contado com todos para troca de experiência, principalmente as boas, como essa. Obrigado pela colaboração, aprendemos muito com você. Aproveite o seu projeto para fazer o seu mestrado ou doutorado. O nível está ótimo.
Professor 3
Olá Joana, ao ler seu projeto de implementação, pude perceber o quanto os alunos se sentiram atraídos e comprometidos com a realização das atividades, e isso é um incentivo para que nos dediquemos a elaborar nossas aulas buscando inovar e principalmente introduzir algumas das propostas metodológicas que você utilizou ou outras que envolvam tecnologias como recursos no processo ensino-aprendizagem. Outro fator importante é a questão do planejamento, ele organiza nosso trabalho... Olha só quanta coisa você conseguiu desempenhar em poucas aulas... está claro que elas foram muito produtivas e instigaram os alunos à pesquisar e a realizarem parte das atividades extraclasse (como os ensaios, por exemplo), parabéns pelo excelente trabalho.
Professora 4
O resultado do seu trabalho além de visível foi muito satisfatório, ficou claro o seu comprometimento com o projeto e por isso você conseguiu que seus alunos se envolvessem e participassem. Muito bem planejado, com seriedade e dedicação. Já imagino esses trabalhos (Histórias em Quadrinhos) expostos numa Mostra Cultural da escola por exemplo. Tudo impresso colorido e bem lindo!! Você deu um show! Que Deus continue abençoando seu projeto!
Professor 5
Gostei muito da sua metodologia de usar várias plataformas, várias linguagens, links... Percebe-se que esse tipo de trabalho desperta o interesse do educando, pois vc conseguiu estruturar um estilo de aula que se adapta muito bem para essa geração mais conectada. Além dos links vc estimula o aluno a criar e conhecer melhor as tecnologias. O que mais me chamou a atenção foi a maneira como usou o programa Pixton para criar história em quadrinho, essa prática é interessante, pois motiva a autonomia do educando.
12
Professor 6
A Implementação do Projeto de Intervenção na Escola achei excelente, pois durante a leitura comecei a analisar e me questionar, quantas metodologias e ferramentas que estão a nossa mercê para melhorar e enriquecer nossas aulas, e a ler este, verifiquei como é de suma importância as trocas de materiais e informações que nos fazem rever as novas formas de ensino e a organizar melhor nossos trabalhos, tornando então, mais eficaz o aprendizado com a utilização de recursos tecnológicos, fazendo o aluno a buscar e a pensar. Parabéns, professora Joana com certeza seu objetivo foi alcançado.
Como podemos observar através dos comentários postados, pelos
professores cursistas, todo o material produzido para o PDE e socializado neste
GTR, obteve excelentes resultados, motivando os mesmos no desenvolvimento de
práticas de ensino de mais qualidade e os levando a refletirem sobre a utilização
adequada das tecnologias no ensino.
2.2 Implementando o trabalho na escola: percepções para toda a vida
Iniciamos a implementação na escola com a apresentação de slides e
discussão da aplicação do Projeto produzido para toda a equipe pedagógica,
gestora, professores e funcionários durante a semana pedagógica na escola
selecionada para a aplicação deste projeto.
Na primeira semana de aula, realizamos uma dinâmica para
conhecermos o público alvo do projeto em questão, apresentamos o material
produzido e a expectativa de colocarmos em prática os frutos de nossa pesquisa e
estudo utilizando-se das tecnologias. Foi apresentado um vídeo sobre “Crianças e a
Evolução Tecnológica” seguido de reflexão e debate sobre o uso das tecnologias no
cotidiano, levando-os a refletirem sobre a importância da utilização das novas
tecnologias, não apenas para entretenimento, mas, como ferramenta essencial para
um ensino de mais qualidade e busca pelo conhecimento.
Num primeiro momento foram distribuídas folhas de sulfite, onde os alunos
produziram histórias em quadrinhos de forma manual, utilizando-se de sua
criatividade sobre o tema discutido e socializaram suas produções em sala.
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Em outro momento os alunos foram levados ao laboratório de informática e
acessaram ao site que disponibiliza o software pixton, onde assistiram ao vídeo de
orientação e então, realizaram o cadastro no pixton por diversão, o qual é gratuito.
Na sequência sob minha supervisão, foram orientados a produzirem uma história em
quadrinhos sobre a utilização das tecnologias em benefício da educação. Foram
explorados diversos recursos, inclusive criação e movimentos dos personagens.
Houve muita empolgação e produtividade na realização destas atividades,
posteriormente foram feitas leitura e correção das Histórias em quadrinhos e em
seguida impressas para produção de livrinhos, que foram expostos na sala de aula e
socializados, comparando os trabalhos realizados com a tecnologia manual e com
as tecnologias digitais. Os alunos foram levados a refletir a partir da observação do
material produzido e questionamentos realizados sobre a importância de usar os
recursos tecnológicos como aliados em benefício do ensino.
A partir deste leque de possibilidade foram produzidas outras Histórias em
quadrinhos sobre conceitos trabalhados em sala, com a utilização do referido
software e os alunos puderam compreender no final da implementação a
importância do uso das tecnologias para contribuir com o ensino aprendizagem.
Outros recursos, também muito produtivos foram: A criação do caça
palavras sobre os temas trabalhados em sala por meio do gerador de caça palavras;
O acesso aos jogos on line no laboratório de informática, onde foi explorado sobre
as regiões brasileiras, através de quebra cabeças, pintura de mapas e jogos
interativos no site http://www.cambito.com.br/ e
http://www.escolagames.com.br/jogos/papagaioBrasil/. Posteriormente foi realizado
trabalho em grupo, onde os alunos pesquisaram na internet sobre esquete teatral,
elaboraram e realizaram apresentação de temáticas abordadas no decorrer da
implementação.Durante o período de implementação houve grande envolvimento e
entusiasmo da turma na realização de todas as atividades propostas, os alunos
sentiram-se motivados a participarem das aulas de forma produtiva e criativa.
Os resultados obtidos foram muito satisfatórios, com atividades dinâmicas e
produtivas utilizando-se de metodologias variadas como: música, filmes, sites
específicos e com o emprego de diversas tecnologias digitais. Por fim, na Escola, foi
elaborado painel com exposição de todos os materiais produzidos com os alunos e
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apresentação de esquete teatral pelos mesmos, para toda a comunidade escolar,
finalizando assim a implementação proposta.
2.3 Recordações metodológicas e geográficas para uma vida
Figura 01 - Apresentação do Projeto na escola.
Fonte: Figueiredo, 2014.
Na figura 01 podemos visualizar como ocorreu a apresentação e socialização
do projeto pela autora Joana Darc Figueiredo, para a comunidade escolar na
semana pedagógica, em fevereiro de 2014.
Figura 02 - Conhecendo o público alvo.
Fonte: Figueiredo, 2014.
Na figura 02, a apresentação e socialização do Projeto ao público alvo, a
turma do 7º Ano, A, visualização do vídeo: “Crianças e Tecnologias” e
discussão.
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Figura 03 – Alunos realizando as atividades
Fonte: Figueiredo, 2014.
Na figura 03, os alunos no Laboratório de informática acessando o
software pixton realizando registros e orientações.
Figura 04
Fonte: Figueiredo, 2014.
Na figura 04, os alunos estão trabalhando com música: Após ouvir,
cantar e analisar a letra da música, os alunos realizaram a organização e
colagem da mesma corretamente.
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Figura 05
Fonte: Figueiredo, 2014.
Na figura 05, os alunos estão assistindo ao vídeoclipe “Calango Lengo”,
com a utilização do multimídia, onde foi trabalhado sobre os movimentos
migratórios e suas consequências.
Figura 06 - “Conhecendo as Regiões Brasileiras” - Jogos interativos
Fonte: Figueiredo, 2014.
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Figura 07 - Jogo interativo- Pintando as Regiões Brasileiras
As figuras 06 e 07 são a utilização dos jogos interativos cambitos e
papagaio Brasil no laboratório de informática. Com diversas atividades como:
montagem de quebra-cabeças, localizando, identificando e colorindo as regiões
brasileiras, complementando assim o tema abordado sobre as mesmas.
Figura 08 - Interagindo no Laboratório de informática.
Fonte: Figueiredo, 2014.
Na figura 08, a professora e supervisora no laboratório de informática com
alunos, acessando os links do site do Projeto e realizando atividades de pesquisa
orientada na internet sobre esquete teatral e jogos interativos.
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Figura 09-Apresentação de Esquete.
Fonte: Fonte: Figueiredo, 2014.
Na figura 09 é a apresentação de esquete teatral para toda a comunidade
escolar, pelos alunos do 7º Ano A, retratando o processo migratório de uma família
que saiu da região Nordeste em direção à região Sudeste do Brasil, em busca de
melhores condições de vida. Foram apresentadas onze esquetes, sobre os temas:
As migrações e suas motivações e a importância do uso das tecnologias no ensino
da Geografia.
Figura: 10 – Algumas Histórias em quadrinhos produzidas manualmente.
.
Fonte: Fonte: Figueiredo, 2014.
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Figura 11 - Caça palavras.
Fonte: Fonte: Figueiredo, 2014.
Figura 12
Fonte: Fonte: Figueiredo, 2014.
Na figura 12 é a exposição para toda a comunidade escolar de fotos e de
alguns trabalhos impressos como: História em quadrinhos produzida no software
pixton, caça palavras, produzidos no gerador de caça palavras, análise de
paisagens, por meio de ilustrações produzidas pelos alunos durante a
implementação do Projeto na escola.
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Figura 13
Fonte: Fonte: Figueiredo, 2014.
Na figura 13 tem-se a finalização da exposição e das apresentações com a
turma do 7º ano, A, no ano de 2014 na implementação do Projeto na escola: “A
Sociedade do Conhecimento e o Ensino de Geografia: Práticas Metodológicas
Digitais”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho foi resultado do processo de atividades teóricas-práticas
desenvolvidas no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria
da Educação do Governo do Estado do Estado do Paraná, estruturado a partir dos
eixos principais: os estudos orientados nas IES - Instituições de Ensino Superior do
Paraná, a proposta de pesquisa do objeto de estudo para dois anos, a elaboração
do material didático, a implementação da Proposta na escola e a orientação de
grupos de Trabalho em Rede (GTR).
O objetivo desse estudo foi analisar a utilização de práticas metodológicas
digitais no ensino da Geografia. Em que foi muito gratificante concluir um trabalho
realizado durante dois anos de estudos, em que se possibilitou discutir, refletir,
socializar os conhecimentos adquiridos e aplicar na prática com os alunos tudo o
que aprendemos e produzimos pautada em autores renomados sobre o tema
abordado.
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Sabemos que existem pontos positivos e negativos na utilização das novas
tecnologias, porém é necessário utilizá-las a nosso favor, com planejamento,
objetivos claros e intencionalidade em cada ação para que se atinjam os objetivos
propostos.
Outrossim, é importante a atenção de todos os envolvidos na comunidade
escolar, para que insira grupos de alunos, muitas vezes de camadas sociais menos
favorecidas, no acesso as tecnologias, que muitas vezes são somente
oportunizadas no espaço escolar, tendo em vista que cada vez mais, em
decorrência da globalização exige-se a formação de cidadãos capacitados no
manuseio deste tipo de ferramenta.
Pretendeu-se, com este artigo, denotar o quão importante torna-se trabalhar
a Geografia e seus conceitos de forma diversificada utilizando-se dos diversos
recursos tecnológicos disponíveis em nossas escolas, sendo que o professor de
qualquer disciplina pode utilizar-se destes instrumentos valiosíssimos em benefício
do ensino aprendizagem, propiciando assim aulas mais dinâmicas, prazerosas e que
incentivem o educando na busca constante pelo conhecimento.
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