os comunistas e 0 novo governo - marxists.org · ia» j* nào fasem o 0,ue nurmn viiema» na época...

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gM Trabalhadores de Todo o País na Luta Pela Revisão Salarial Teito na V pagina OS COMUNISTAS E 0 NOVO GOVERNO M -JIUIO: LlfiA MMMIItiS Na próxima srxut.frira, fiia IS. a* 18 hora», no audi* todio da A li I lera lugar a anunciada conlcrência do deputado Kraií.l-..-» Juíl..«. «obre o tema "As Ligas Cam- ponoaas". A conferência »r» realUa «ob o patrocínio do Centro de Kaiuüot. e Dele- aa do Petróleo. Nessa oportunidade •¦!•>•• lançadas as tu < . de nmplii campanha ttacloiial.pela rc- forma agraria, que conla, ia com o apoio de varias rnti* dade* civlcas. culturais, slr dical* o c*iudanli*>. aaaaaaBaaaWm^m.^^msrM^^^m,ãaaaaaaaam^^B^^^L^^^^^mmW iuíz Cor/os Prestei ANO III R'o de Jcnelro, temono de 15 o 21 de telembio de l°6l ei- 1361 K* 0-* Knbibchek: "Jango, Renuncie" aSrkola: "Jango, o Povo te Espora'' _ _ ^H^Mk_* - . *"' - ^*>*- Vi aafl¦ m\ m\\ü^^¦ mW msE' ^Bf1*'; m\ m ¦ MM MwF- æ-v m\ ¦ ¦r>-j atai M**ç1' ¦ LiaW „ifl ^|^^L' «atai Mm HORAS DRAMÁTICAS DE JANGO EM PARU 0 vespertino parisiense «France Soii», através de um seu repórter, presenciou os momentos dramáticos vividos pelo presiden- te João Goulart cm Paris. Descreveu deta- lliadamente os contatos telefônicos mantidos pelo então vice-presidente com personalida- des brasileiras, principalmente com o sena- dor Juscelino Kubitschek e o governador Brizola. Revelam, esses telefonemas, duas posições : a do senador, espalhando o pânico e tentando levar Jango a romper seus com- promissos com o povo; a do governador, exi- gindo a presença do homem que recebera mais de 4 milhões de votos para cumprir a sua missão. ¦ *,.«s ,NOVQS «RUÍtfQS, com exclusividade, di- vulga na 3? página'desta edição o impressio- nante relato de «France Soir» ?ôj>re esse as- peçto dramático ,e revelador da «Ate-que- o Brasil viveu. ** Campanha de Assinaturas: Registro do PCB •*•» CAMPANHA pelo reais tro eleitoral do Partido Co-B munista Brasileiro, que scrár cm breve requerido à Jus- tiça. deverá ganhar, a par- rir desta semana, um ritmo mais Intenso. As Comissões ja formadas ou am forma- çio nos Estados e muni- clpios passarão a uma atl- vidade mais ampla e viajo- rosa. com a finalidade dc recolher, nos prazos previa- tos, o número de asslnatu- ras que lhes corresponde. O registro eleitoral c a pie na legalidade do Partido Comunista Brasileiro cons- tituem uma exigência, dc talas as forças democráti- cas do pais. "Em todo* as paises onde prevalece o rc- pime democrático diz o Apelo lançado' por 'Luiz Carlos Prestes os parti- dos comunistas têm existèn- cia legal assegurada. A proscrlçõo dos partidos co- munistas é uma caractorls- ticas dos sistemas político* reacionários, què negam o* direitos doa cidadãos e as U¥«4uOTmti.s pelo registro do Partido Co- munista Brasileiro é, hoje, uma forma .concreta dc luta .pelo respeito á Constitui ção. OR At nsiH-i.Ml.Mtis iu. última* .riiiaiia» em nu.vu pau, a partir da imutirU do »r. Jânio (Jua* un», smmsssm wsm mu» ra mm nma»' na mm nova epora. Metro» rm nu»»a Comiitrut* íuiprrialt»* Ia» j* nào fasem o 0,ue nurmn Viiema» na época da ilr«ifuã..4.i da tUleroa rolunial do Impe ruIUrao, na «por* rm «iur a força detrrmliMiile do* arontrrimrnla* mun* dUU patMi .rada vrs mal» para o lado de rampa nocla* lUta e de lodo« <>» qur lutam pria pas e pela completa rmanrlparào nacion*! e tarla! do» povo*. iimamimi: com lodo* o* patriota» e democrata» ** iIj« mab diverta* camada* torlait. * corrente» poli* ai. a-., no*. rt»munl«i»«. rrcmij.imu.no» rom a deadebrar taiie tiveram acontecimento» pollllru» da» ultim*» »«•• mana» em no**a pai», kcttllmo» ortulbo patriótico pelo vigor com qoe no»ao povo »eube rtifrenlar a brutalidade e a violência do* Iraldore» a *er*i-o de» monopólio» norte-americano» e «alvaiwdar a* liberdade* demo- crática* e a leialldade comtllucloiial. Saadanio* at trabalhadore* qae »e lerantantm centra (onerai* golpista* e nia vacilaram em ir até á greve poluir», romo atonleccM na Ciaanabara. no IMado do Rio. na Bahia e noutro» Estados, conilltuindo-se a»*lm era forca declsira. capas de tornar Impotente o braço llbertlclda daquele* que pretenderam uiar contra o povo aa armas adquirida» com o dinheiro do próprio povo. Saudarão» a atitude desasaombrada do* estudante», qne te levan- taram em impressionante unidade contra a violência e o arbítrio. Saudámos o bravo povo gaúcho e o* dlrl- gentes politicos que «ouberam colocar-se à altura de «ua» respeniabllldade*., ao lado do povo e em defesa Intransigente da legalidade constitucional. Merece Igual- mente o nosao mais vivo aplauso a atitude da maioria dai forcas armadas, que soube salvaguardar a* gloriosa» tradições demorráilra» do Exército bnrilelro. colocan- do-se ao lado do povo contra os ministros militares e outro* chefes traidores. COM A POSSE do ir. Joio Goulart, na prenidcncia da República, e do Conselho de Ministros, *ob a chefia do sr. Tancrcdo Neve*, inicia-se em nosso pais ara n6vo governo sob a forma parlamentarista. Como a maioria da nacio. vemos na posse do sr. Joio Goulart uma grande vitória de nosso povo. a Instituição do go- verno sob a forma parlamentarista, adotada pelo Con- greiso Nacional em situarão política anormal e de ma- nelra antidemocrática, rol recebida pelo oovo eom des- confiança e decepi**o. O novo governo, dirivido «elo sr. Tanr.redo Neves, é evidentemente o fruto de um cam- baiacho feito ás custas do povo. NAO POR acaso a renúncia do sr. Jânio Quadro* deu-se Justamente nn momento em que s- agrava a situação mundial, quando os circulo* bcllcfcitas do* Estados Unidos e a camarilha militar dn Pentárono vèm exercendo um panei crescente na política norte-ameri- cana. tudo fasendo para tentar desencadear uma nova 1 guerra a pretexto da defesa de Berlim. Particularmente [nestas condições, o estabelecimento de relações diplo- Imátleas do Brasil com a União Soviética constituía um Iresto de pas, contrário aos interesses dos provocadore* Se guerra norte-americanos. Além disto, tomava-se -farta dia mais difícil ao sr. Quadros levar adiante a raaíitação de sua política financeira segando o esqaema imposta pelo Fundo Monetário Internacional. aae a Classe operária nia permite o ea»gelaoietita da salário* -rem lata*.** ceia èxiá* «awin»ca eVtaUaadeaU eWenU «a salário real. As grandes maeVae IrabaThíd*»*» dn campo começam a revelar melar eenteièncla de seus Intcré****. e Intensificam sa» organhaçio. Iraeeiid* aa cenário r>n]iiÍÉmssmsMWSÊmMlslài^l. pro- Revisão imediata do Salário Mínimo OS DHMOENTES sindi- oais de todo o país de- verão reanir-se nos próxi- mos dias, no Estado da Guanabara, para coorde- nar aa bases da campanha aae ae iniciará em todo o território nacional, visando a imediata revisão dos atuais niveis de salário mi- nin». A reantão. que estava programada para o dia 9 prójdmo passado, deixou de !ae realisar em virtude da tentativa golpista que tu- nmltuou a vida do país, por mais de 10 dias. Agora, restabelecidas as li- ¦herdades sindicais, os tra- balhadores reiniciam a ba- talha dos salários, com muilo mais vigor. Desse modo, independentemente da reunião nacional que coordenará a luta pela re- visão do salário mínimo, os trabalhadores de diversas categorias profissionais, em todo o pais, lançam-se de- cididos à campanha pelo reajustamemo dos seils sa- lários. que estão prática- mente anulados pela desen- freada elevarão do custo da vida. O novo ministro do Tra- balho, sr. Franco Montoro, em declarações á imprensa da Guanabara, viu-se obri- gado a se declarar aberta- mente a favor da revisão imediata dos atuais niveis de salário mínimo, dizendo, o seguinte: "Vamos, assim, elevar os niveis de salário mínimo de todr» o país, na mesma proporção da alta registrada no custo da vi- da". Naturalmente que não-, será o novo ministro quem elevará os niveis de sala- rios. Os trabalhadores, com sua ação unida e vigorosa, é que conquistarão um novo salário mínimo, _do mesmo modo que haverão-de con- seguir o reajustamento nos salários profissionais, a fim de que não se chegue ao nivelamento dos salários de fome, falo que começa a preocupar as massas tra- halhadoras e os lideres sin- dicais. Contudo, as decla- rações do ministro do Tra- balho valem como um re- conhecimento feito pelas próprias autoridades, da necessidade de um reajus- lamento imediato nos sala- rios e vencimentos de todos os trabalhadores c servido- res públicos. '' t.iniu deatUvo da reforma agraria. Todo» f»*e* fala* laitomiam ftidvulrrarnte na erdrm*d«*die para aa t .^.. -..i. m]SÍmmÍm » f«»«e»»idade dr barrar pra* c**»o demorralko «ra d»»«titol»IWílllo I tir implantai no p*i* uma tirania militar capa* de laier de ltr«»tl um iiuiruiiirnto dócil da peblira roloiiUluta e de gaerra do* rtrrute* belirtMat do* K»tado» Unido*. Pll O QUE elettiament* tentaram golptala* qae dUpanham d* farte* **atiçie» tu» força» armadas, roíuralidada* no* ultima» tempo» cam a vileria eleitoral de Jânio Quadra* e a ean«tllalcae de %*u governo. Tetsato ¦ frente o irrovocadar Lacerda e niinMro* da» **»ta* militar»», aa* qaai» a *e. Jânio Quadro* ao renunciar entregara o **eder, pensaram a* galõhta» ullllur a apor lunldade para implantar a tiram» militar rrrlamada pele» circulo* mal» reaclonárie» do imp«ri*ll»me Ianque. » p*ra alcançar «ate» objetivo», teme sempre arontare. levantaram maU ama ve* a »uja bandeira d* anUee- muntame. na e»*Mrança d* cetuegulr cm tarna deta ontrioavr amplas lèrça» pelitiea. e derrotar a* fórcaa palriéllea* e demacrátlra». O povo cempreendea. na. entanto, o perigo aue a ameaçava. Nio arellou a tateia daquele» que pretendiam ealacar-ke adma da taaei* para dltar-the norma» de conduta, vetar a livre r*catha do para na» umas e enganá-la rom o fato dilema "entra a dernacracla e o comunismo*', segundo a espressia da sr. Odillo Denl*. EM DEFESA da legallda- de n.nsilturlonal, ex* pressa no momento na luta peta posse de Joio Goulart na presidência da RcpúbIU ra. reclamada desde o pri- melro momento pela* ca- munistas. levantou -se a maioria da naçie. Aa calor da* lutas de massa* do proletariado, da* estadan- tes e do mevlmento cam- ponês, rom a simpatia de todo a povo e de todas a* correntes de opinião, car- Porlflcou-M uma ampla frente única, que incluía de*de o proletariado até amplo* setores da burgue- sia. Inclusive da ligada, aos monopólio* Imoerialls* '.as. mas receosa das ean-j seqüência* de uma tirania! que, cemn mostra o exem-l pio de Batista em Cuba.j poderia precipitar a pro-l cessa revolucionário nal pais. A resistência legal de| amolo* setores daa força militares, assim eoma a siçie firme dos gavernada.l res de Rio Grande da Sall e de Goiás, qae se eolaea-1 ram à frente da popalaçiol dos sen Estada*, eantvt-j bairam também para velar a frsa***aa ias fal-' pistas a n força M toemi- -eávet.a>- tamiémtaiU ¦*¦* erirto» no pàff. 9**rrtrn*ae, asslra. a. Cangrieia T*swto» na página) Povo Exige Impedimento Para Golpista Lacerda M ASSEMBLÉIA Legislatl- va vem chegando diária- mente mensagens, mini- festos e abaixo-assinados oriundos de associações de classes e organizações po- pulares exortando os par- lamentares a prosseguirem no processo de "lmpeach- ment" que aquela casa move ao governador Carlos La- cerda. Quer o povo cario- ca que seja processado cri- mtnalmentc na Justiça co- miam o responsável direto pela barbárie policial e pc- Ias prisões ilegais havidas nos dias que precederam a posse do sr. João Goulart e articulador "civil" do golpe. O movimento popular pelo "impeachment" para o ai- goz da cidade empolga toda a Guanabara. O movimento sindical começa a orga- nlzar comícios nas portas de fábricas e preparar assem- blélas em suas sedes para exigir dos deputados a pc- nalidade prevista na Cons- titulção estadual para o chefe de Executivo violador dos seus dispositivos. Os es- tudantes encontram-se cm plena campanha. Na aede da União Nacional dos Es- tudantes, na praia do Fia- mengo, c no seu Restauran- te Central, na ponta do Ca- labouço, os estudantes Íns- talaram postos de coleta de assinaturas para um memo- rial a ser enviado à Assem- biéia expressando o senti- mento do povo de afastar do governo o lider lanter- nciro. Somente no primei- ro dia de funcionamento a mesa coletora da praia do Flamengo acolheu mais de duas mil assinaturas. No Conselho Extraordinário da UNE, que se reunirá a par- tir de amanhã em Porto Alegre, os lideres universl- tíarios dc todo o pais dis- culírão a impossibilidade de o governador da Guanaba- ra continuar a dirigir esta- unidade da Federação. Co- mo consideram que os cri- anes lacerdlstas dos dias de transe golpista causaram danos' a todo o Brasil, os estudantes estenderão a todo o território nacional a (Concltà n/i 3.' página) CHOCANTE ATITUDE DE JORGE AMADO Jornais da Bahia publicaram um telegrama cia- viado pelo acadêmico Jorge Amado ao governador Ju- raci Magalhães, fazendo-lhe um apelo para que não recuse, se feita, a indicação do seu nome para o lugar de primeiro-ministro. Segundo diz o sr. Jorge Amado cm seu telegrama a presença do sr. Juraci Magalhães à frente do Conselho dc Ministros seria "a garantia do regime democrático e da paz interna". É profundamente chocante essa iniciativa do aca- demico Jorge Amado, escritor que por tanto tempo se identificou com as lutas do povo brasileiro por um regime verdadeiramente democrático. Por que, a não ser por motivos pessoais, essa exaltação do sr. Juraci Magalhães, político reacionário conhecido precisa- mente por sua truculência antidemocrática, dc que deu mostras, agora mesmo, na Bahia, espancando e prendendo os trabalhadores, estudantes c intelectuais que, num gesto dc fidelidade à democracia, saíram às ruas e foram à greve para exigir o respeito à Consti- tuição e a posse do sr. João Goulart, contra as mano- bras dos golpistas, de que o sr. Juraci se fêz cúmpli- ce ? E quem, a não ser o marechal Dcnys c o espan- cador Carvalho Pinto, aos quais se associou a voz so- litária do acadêmico Jorge Amado, pediu a indicação de Juraci para primeiro-ministro? É triste esse episódio: um escritor que exaltava a liberdade passando à sombria louvacão de um gol- pista c espancador do povo. Professores Congratulam-se Com NOVOS RUMOS ASSINADA pelo sr. José de Almeida Barreto, pre- sidente da Federação Inte- restadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de En- sino, recebemos a seguinte mensagem de congratula- ções com NR: «A Federação Interesta- dual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino, constituída pelos Sindicatos de Professores de todos os Estados, com exceção de São Paulo, tem o imenso prazer de congratular-se com esse prestigioso semanário por motivo de sua desassom- brada atitude em defesa da legalidade, durante os últi- mos acbnlecimentos politicos que ameaçaram o regime democrálico no pais. Saúda- ções. (Ass.) José de Alrnei- da Barrelo, presidente.» CONGRESSO NACIONAL DOS JORNALISTAS O IX Congresso Nacional dos Jornalistas Profissionais será solenemente instalado no dia 21 do corrente na ei- dade fluminense de Nova Friburgo. O eonclave, que reunirá representantes dos profissionais da imprensa de todo o pais, se prolongará até o próximo dia 27, ocupando-se do debate dos problemas da categoria, en- tre os quais o relacionado com a regulamentação da profissão. Lott: Ârdovino é um Patife lia^M*«>WMW**aUa-a*---»a-aa-aaaw»W¦¦¦..¦¦¦¦.iiæ'"¦' '''' ' " "•'"'• u... VA N G LOR1ANDO-SE dc ter sido o autor da Idéia de lançar bombas dc gás lacrianogèneo contra manifestantes na Cinelán- dia, o coronel Ârdovino Barbosa voltou a exibir-se no seu boan estilo nazista. Suas palavras se asseme- lhaan muitíssimo às dos chefes hitlerlstas no apogeu do poder e da glória. Dl- zlam eles que a guerra constituía uma necessidade para o gèaiero humano, uma "medida saneadora". O rj- dículo Ârdovino, nazista se- mlcolonial, declarou ao "Jornal do Brasil" (13.IXI que "não nenhum mal nisso" o lançamento das bombas "pois o gás até desinfeta as narinas, infe- tadas pelo ar viciado da Ci- dade". AR1X)VIN0, contra quem havia sido ordenada prisão, encontrava-se fugi- do, refugiado nuan sitio de sua propriedade, em Petró- polis. Reapareceu agora.de- pois de relaxada a ordem de prisão. APESAR do seu exlbicio- nismo, m u 11 a gente ainda não sabe perfeita- mente quem é esse Ardovi- no. Vamos dar a palavra ao marechal Henrique Telxei- ra Lott. O "Marechal da Legalidade", eaíí sua primei- ia entrevista' após sair da prisão, narrou o fato de ter Ido à sua casa para pren- dê-lo o chamado "chefe do policiamento ostensi- vo". Atendido pelo filho do marechal, pois era madru- naua e êste dormia, Ardo- vino ameaçou arrombar a porta do apartamento de Lott. O marechal acordara e ouvindo o diálogo, disse para seu filho: ²Mande esse patife em- bora. Ârdovino desistiu e foi embora mesmo. E o marechal Ixilt acres- centou um episódio que rc- trata bem o serviçal dc La- cerda: ²Não gosto de falar sõ- bre subordinados disse Lott mas este Teaaentc Ârdovino é um homem que üometeu tantas arbitra- riedudes que deveria perder a cidadania. Em outro país estou certo de que isso acon. teceria. Aliás, esse mesmo Ârdovino foi surrado, certa vez. em Copacabana, c co- mo não se conformasse com o corretivo, provocou séria .irruaça, utilizando para isso soldados sob sua res- ponsabilidade. Por ai se quem êle é. Ârdovino teve o cinismo de declarar ao "Jornal do Brasil" que vai voltar ao "policiamento osten- slvo". quer dizer, a um car- go inexistente, segundo o próprio chefe de policia, mus com poderes, que lhe concede Lacerda, para es- pancar, prender, lançar bombas de gás c... aumen- tar suas propiledades ens Pctrópolis. Se no governo da Guana- bura estivesse um represen- tante do povo carioca, os habitantes do Rio poderiam dizer-lhe como disse o ma- renhi] Lpl.t: Mande tsse patife cm» bora.

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gMTrabalhadores de Todo o País na Luta Pela Revisão Salarial Teito na

V pagina

OS COMUNISTAS E 0 NOVO GOVERNOM -JIUIO: LlfiAMMMIItiS

Na próxima srxut.frira,fiia IS. a* 18 hora», no audi*todio da A li I lera lugar aanunciada conlcrência dodeputado Kraií.l-..-» Juíl..«.«obre o tema "As Ligas Cam-ponoaas". A conferência »r»realUa «ob o patrocínio doCentro de Kaiuüot. e Dele-aa do Petróleo.

Nessa oportunidade •¦!•>••lançadas as tu < . de nmpliicampanha ttacloiial.pela rc-forma agraria, que conla, iacom o apoio de varias rnti*dade* civlcas. culturais, slrdical* o c*iudanli*>.

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ANO III R'o de Jcnelro, temono de 15 o 21 de telembio de l°6l ei- 1361

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HORAS DRAMÁTICASDE JANGO EM PARU

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*,.«s ,NOVQS «RUÍtfQS, com exclusividade, di-vulga na 3? página'desta edição o impressio-nante relato de «France Soir» ?ôj>re esse as-peçto dramático ,e revelador da «Ate-que- oBrasil viveu.

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Campanha deAssinaturas:Registro do PCB

•*•» CAMPANHA pelo reaistro eleitoral do Partido Co-Bmunista Brasileiro, que scrárcm breve requerido à Jus-tiça. deverá ganhar, a par-rir desta semana, um ritmomais Intenso. As Comissõesja formadas ou am forma-çio nos Estados e muni-clpios passarão a uma atl-vidade mais ampla e viajo-rosa. com a finalidade dcrecolher, nos prazos previa-tos, o número de asslnatu-ras que lhes corresponde.

O registro eleitoral c a pie •na legalidade do PartidoComunista Brasileiro cons-tituem uma exigência, dctalas as forças democráti-cas do pais. "Em todo* aspaises onde prevalece o rc-pime democrático — diz oApelo lançado' por 'LuizCarlos Prestes — os parti-dos comunistas têm existèn-cia legal assegurada. Aproscrlçõo dos partidos co-munistas é uma caractorls-ticas dos sistemas político*reacionários, què negam o*direitos doa cidadãos e asU¥«4uOTmti.spelo registro do Partido Co-munista Brasileiro é, hoje,uma forma .concreta dc luta

.pelo respeito á Constituição.

OR At nsiH-i.Ml.Mtis iu. última* .riiiaiia» em

nu.vu pau, a partir da imutirU do »r. Jânio (Jua*un», smmsssm wsm mu» ra mm nma»' na mmnova epora. Metro» rm nu»»a Comiitrut* o» íuiprrialt»*Ia» j* nào fasem o 0,ue nurmn Viiema» na época dailr«ifuã..4.i da tUleroa rolunial do Impe ruIUrao, na «por*rm «iur a força detrrmliMiile do* arontrrimrnla* mun*dUU patMi .rada vrs mal» para o lado de rampa nocla*lUta e de lodo« <>» qur lutam pria pas e pela completarmanrlparào nacion*! e tarla! do» povo*.iimamimi: com lodo* o* patriota» e democrata»

** iIj« mab diverta* camada* torlait. * corrente» poli*ai. a-., no*. rt»munl«i»«. rrcmij.imu.no» rom a deadebrartaiie tiveram o» acontecimento» pollllru» da» ultim*» »«••mana» em no**a pai», kcttllmo» ortulbo patriótico pelovigor com qoe no»ao povo »eube rtifrenlar a brutalidadee a violência do* Iraldore» a *er*i-o de» monopólio»norte-americano» e «alvaiwdar a* liberdade* demo-crática* e a leialldade comtllucloiial. Saadanio* attrabalhadore* qae »e lerantantm centra a» (onerai*golpista* e nia vacilaram em ir até á greve poluir»,romo atonleccM na Ciaanabara. no IMado do Rio. naBahia e noutro» Estados, conilltuindo-se a»*lm era forcadeclsira. capas de tornar Impotente o braço llbertlcldadaquele* que pretenderam uiar contra o povo aa armasadquirida» com o dinheiro do próprio povo. Saudarão»a atitude desasaombrada do* estudante», qne te levan-taram em impressionante unidade contra a violência eo arbítrio. Saudámos o bravo povo gaúcho e o* dlrl-gentes politicos que «ouberam colocar-se à altura de«ua» respeniabllldade*., ao lado do povo e em defesaIntransigente da legalidade constitucional. Merece Igual-mente o nosao mais vivo aplauso a atitude da maioriadai forcas armadas, que soube salvaguardar a* gloriosa»tradições demorráilra» do Exército bnrilelro. colocan-do-se ao lado do povo contra os ministros militares eoutro* chefes traidores.

COM A POSSE do ir. Joio Goulart, na prenidcncia da

República, e do Conselho de Ministros, *ob a chefiado sr. Tancrcdo Neve*, inicia-se em nosso pais ara n6vogoverno sob a forma parlamentarista. Como a maioriada nacio. vemos na posse do sr. Joio Goulart umagrande vitória de nosso povo. Já a Instituição do go-verno sob a forma parlamentarista, adotada pelo Con-greiso Nacional em situarão política anormal e de ma-nelra antidemocrática, rol recebida pelo oovo eom des-confiança e decepi**o. O novo governo, dirivido «elo sr.Tanr.redo Neves, é evidentemente o fruto de um cam-baiacho feito ás custas do povo.

NAO POR acaso a renúncia do sr. Jânio Quadro*

deu-se Justamente nn momento em que s- agravaa situação mundial, quando os circulo* bcllcfcitas do*Estados Unidos e a camarilha militar dn Pentárono vèmexercendo um panei crescente na política norte-ameri-cana. tudo fasendo para tentar desencadear uma nova

1 guerra a pretexto da defesa de Berlim. Particularmente[nestas condições, o estabelecimento de relações diplo-Imátleas do Brasil com a União Soviética constituía umIresto de pas, contrário aos interesses dos provocadore*Se guerra norte-americanos. Além disto, tomava-se-farta dia mais difícil ao sr. Quadros levar adiante araaíitação de sua política financeira segando o esqaemaimposta pelo Fundo Monetário Internacional. Já aae aClasse operária nia permite o ea»gelaoietita da salário*

h« -rem lata*.** ceia èxiá* «awin»ca eVtaUaadeaU eWenU«a salário real. As grandes maeVae IrabaThíd*»*» dncampo começam a revelar melar eenteièncla de seusIntcré****. e Intensificam sa» organhaçio. Iraeeiid* aacenário r>n]iiÍÉmssms MWSÊmMlslài^l. pro-

Revisão imediatado Salário MínimoOS

DHMOENTES sindi-oais de todo o país de-

verão reanir-se nos próxi-mos dias, no Estado daGuanabara, para coorde-nar aa bases da campanhaaae ae iniciará em todo oterritório nacional, visandoa imediata revisão dosatuais niveis de salário mi-nin».

A reantão. que estavaprogramada para o dia 9prójdmo passado, deixou de

!ae realisar em virtude datentativa golpista que tu-nmltuou a vida do país, pormais de 10 dias.

Agora, restabelecidas as li-¦herdades sindicais, os tra-balhadores reiniciam a ba-talha dos salários, commuilo mais vigor. Dessemodo, independentementeda reunião nacional quecoordenará a luta pela re-visão do salário mínimo, ostrabalhadores de diversascategorias profissionais, emtodo o pais, lançam-se de-cididos à campanha peloreajustamemo dos seils sa-lários. que estão prática-mente anulados pela desen-freada elevarão do custo davida.

O novo ministro do Tra-

balho, sr. Franco Montoro,em declarações á imprensada Guanabara, viu-se obri-gado a se declarar aberta-mente a favor da revisãoimediata dos atuais niveisde salário mínimo, dizendo,o seguinte: "Vamos, assim,elevar os niveis de saláriomínimo de todr» o país, namesma proporção da altaregistrada no custo da vi-da". Naturalmente que não-,será o novo ministro quemelevará os niveis de sala-rios. Os trabalhadores, comsua ação unida e vigorosa,é que conquistarão um novosalário mínimo, _do mesmomodo que haverão-de con-seguir o reajustamento nossalários profissionais, a fimde que não se chegue aonivelamento dos salários defome, falo que começa apreocupar as massas tra-halhadoras e os lideres sin-dicais. Contudo, as decla-rações do ministro do Tra-balho valem como um re-conhecimento feito pelaspróprias autoridades, danecessidade de um reajus-lamento imediato nos sala-rios e vencimentos de todosos trabalhadores c servido-res públicos. ''

t.iniu deatUvo da reforma agraria. Todo» f»*e* fala*laitomiam ftidvulrrarnte na erdrm*d«*die para aat .^.. -..i. m]SÍmmÍm » f«»«e»»idade dr barrar • pra*c**»o demorralko «ra d»»«titol»IWílllo I tir implantaino p*i* uma tirania militar capa* de laier de ltr«»tlum iiuiruiiirnto dócil da peblira roloiiUluta e de gaerrado* rtrrute* belirtMat do* K»tado» Unido*.

Pll O QUE elettiament* tentaram o» golptala* qae

dUpanham d* farte* **atiçie» tu» força» armadas,roíuralidada* no* ultima» tempo» cam a vileria eleitoralde Jânio Quadra* e a ean«tllalcae de %*u governo. Tetsato¦ frente o irrovocadar Lacerda e o» niinMro* da» **»ta*militar»», aa* qaai» a *e. Jânio Quadro* ao renunciarentregara o **eder, pensaram a* galõhta» ullllur a aporlunldade para implantar a tiram» militar rrrlamadapele» circulo* mal» reaclonárie» do imp«ri*ll»me Ianque.» p*ra alcançar «ate» objetivo», teme sempre arontare.levantaram maU ama ve* a »uja bandeira d* anUee-muntame. na e»*Mrança d* cetuegulr cm tarna detaontrioavr amplas lèrça» pelitiea. e derrotar a* fórcaapalriéllea* e demacrátlra». O povo cempreendea. na.entanto, o perigo aue a ameaçava. Nio arellou a tateiadaquele» que pretendiam ealacar-ke adma da taaei*para dltar-the norma» de conduta, vetar a livre r*cathado para na» umas e enganá-la rom o fato dilema "entraa dernacracla e o comunismo*', segundo a espressia dasr. Odillo Denl*.

EM DEFESA da legallda-

de n.nsilturlonal, ex*pressa no momento na lutapeta posse de Joio Goulartna presidência da RcpúbIUra. reclamada desde o pri-melro momento pela* ca-munistas. levantou -se amaioria da naçie. Aa calorda* lutas de massa* doproletariado, da* estadan-tes e do mevlmento cam-ponês, rom a simpatia detodo a povo e de todas a*correntes de opinião, car-Porlflcou-M uma amplafrente única, que incluíade*de o proletariado atéamplo* setores da burgue-sia. Inclusive da ligada,aos monopólio* Imoerialls*'.as. mas receosa das ean-jseqüência* de uma tirania!que, cemn mostra o exem-lpio de Batista em Cuba.jpoderia precipitar a pro-lcessa revolucionário nalpais. A resistência legal de|amolo* setores daa forçamilitares, assim eoma asiçie firme dos gavernada.lres de Rio Grande da Salle de Goiás, qae se eolaea-1ram à frente da popalaçioldos sen Estada*, eantvt-jbairam também paravelar a frsa***aa ias fal-'pistas a n força M toemi-

-eávet.a>- tamiémtaiU ¦*¦*erirto» no pàff. 9**rrtrn*ae,asslra. a. Cangrieia T*swto»

na 1» página)

Povo Exige ImpedimentoPara Golpista LacerdaM ASSEMBLÉIA Legislatl-va vem chegando diária-mente mensagens, mini-festos e abaixo-assinadosoriundos de associações declasses e organizações po-pulares exortando os par-lamentares a prosseguiremno processo de "lmpeach-ment" que aquela casa moveao governador Carlos La-cerda. Quer o povo cario-ca que seja processado cri-mtnalmentc na Justiça co-miam o responsável diretopela barbárie policial e pc-Ias prisões ilegais havidasnos dias que precederam aposse do sr. João Goulart earticulador "civil" do golpe.O movimento popular pelo"impeachment" para o ai-goz da cidade empolga todaa Guanabara. O movimentosindical já começa a orga-nlzar comícios nas portas defábricas e preparar assem-blélas em suas sedes paraexigir dos deputados a pc-nalidade prevista na Cons-titulção estadual para ochefe de Executivo violadordos seus dispositivos. Os es-tudantes encontram-se cm

plena campanha. Na aededa União Nacional dos Es-tudantes, na praia do Fia-mengo, c no seu Restauran-te Central, na ponta do Ca-labouço, os estudantes Íns-talaram postos de coleta deassinaturas para um memo-rial a ser enviado à Assem-biéia expressando o senti-mento do povo de afastardo governo o lider lanter-nciro. Somente no primei-ro dia de funcionamento amesa coletora da praia doFlamengo acolheu mais deduas mil assinaturas. NoConselho Extraordinário daUNE, que se reunirá a par-tir de amanhã em PortoAlegre, os lideres universl-tíarios dc todo o pais dis-culírão a impossibilidade deo governador da Guanaba-ra continuar a dirigir esta-unidade da Federação. Co-mo consideram que os cri-anes lacerdlstas dos dias detranse golpista causaramdanos' a todo o Brasil, osestudantes estenderão atodo o território nacional a

(Concltà n/i 3.' página)

CHOCANTE ATITUDEDE JORGE AMADO

Jornais da Bahia publicaram um telegrama cia-viado pelo acadêmico Jorge Amado ao governador Ju-raci Magalhães, fazendo-lhe um apelo para que nãorecuse, se feita, a indicação do seu nome para o lugarde primeiro-ministro. Segundo diz o sr. Jorge Amadocm seu telegrama a presença do sr. Juraci Magalhãesà frente do Conselho dc Ministros seria "a garantiado regime democrático e da paz interna".

É profundamente chocante essa iniciativa do aca-demico Jorge Amado, escritor que por tanto tempo seidentificou com as lutas do povo brasileiro por umregime verdadeiramente democrático. Por que, a nãoser por motivos pessoais, essa exaltação do sr. JuraciMagalhães, político reacionário conhecido precisa-mente por sua truculência antidemocrática, dc quedeu mostras, agora mesmo, na Bahia, espancando eprendendo os trabalhadores, estudantes c intelectuaisque, num gesto dc fidelidade à democracia, saíram àsruas e foram à greve para exigir o respeito à Consti-tuição e a posse do sr. João Goulart, contra as mano-bras dos golpistas, de que o sr. Juraci se fêz cúmpli-ce ? E quem, a não ser o marechal Dcnys c o espan-cador Carvalho Pinto, aos quais se associou a voz so-litária do acadêmico Jorge Amado, pediu a indicaçãode Juraci para primeiro-ministro?

É triste esse episódio: um escritor que exaltava aliberdade passando à sombria louvacão de um gol-pista c espancador do povo.

Professores Congratulam-seCom NOVOS RUMOSASSINADA pelo sr. José

de Almeida Barreto, pre-sidente da Federação Inte-restadual dos Trabalhadoresem Estabelecimentos de En-sino, recebemos a seguintemensagem de congratula-ções com NR:

«A Federação Interesta-dual dos Trabalhadores em

Estabelecimentos de Ensino,constituída pelos Sindicatosde Professores de todos os

Estados, com exceção de

São Paulo, tem o imenso

prazer de congratular-se comesse prestigioso semanário

por motivo de sua desassom-brada atitude em defesa dalegalidade, durante os últi-mos acbnlecimentos politicosque ameaçaram o regime

democrálico no pais. Saúda-ções. (Ass.) José de Alrnei-da Barrelo, presidente.»

CONGRESSONACIONALDOS JORNALISTAS

O IX Congresso Nacionaldos Jornalistas Profissionaisserá solenemente instaladono dia 21 do corrente na ei-dade fluminense de NovaFriburgo. O eonclave, quereunirá representantes dos

profissionais da imprensa detodo o pais, se prolongaráaté o próximo dia 27,ocupando-se do debate dosproblemas da categoria, en-tre os quais o relacionadocom a regulamentação da

profissão.

Lott: Ârdovino é um Patife lia^M*«>WMW**aUa-a*---»a-aa-aaaw»W ¦¦¦..¦¦¦¦.ii '"¦'

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VA N G LOR1ANDO-SE dcter sido o autor da

Idéia de lançar bombas dcgás lacrianogèneo contramanifestantes na Cinelán-dia, o coronel ÂrdovinoBarbosa voltou a exibir-seno seu boan estilo nazista.Suas palavras se asseme-lhaan muitíssimo às doschefes hitlerlstas no apogeudo poder e da glória. Dl-zlam eles que a guerraconstituía uma necessidadepara o gèaiero humano, uma"medida saneadora". O rj-dículo Ârdovino, nazista se-mlcolonial, declarou ao"Jornal do Brasil" (13.IXIque "não há nenhum malnisso" — o lançamento dasbombas — "pois o gás atédesinfeta as narinas, infe-tadas pelo ar viciado da Ci-dade".

AR1X)VIN0, contra quem

havia sido ordenadaprisão, encontrava-se fugi-do, refugiado nuan sitio desua propriedade, em Petró-polis. Reapareceu agora.de-pois de relaxada a ordemde prisão.

APESAR do seu exlbicio-

nismo, m u 11 a genteainda não sabe perfeita-mente quem é esse Ardovi-no. Vamos dar a palavra aomarechal Henrique Telxei-ra Lott. O "Marechal daLegalidade", eaíí sua primei-ia entrevista' após sair daprisão, narrou o fato de terIdo à sua casa para pren-dê-lo o chamado "chefe dopoliciamento ostensi-vo". Atendido pelo filho domarechal, pois era madru-naua e êste dormia, Ardo-vino ameaçou arrombar a

porta do apartamento deLott. O marechal acordarae ouvindo o diálogo, dissepara seu filho:

Mande esse patife em-bora.

Ârdovino desistiu e foiembora mesmo.

E o marechal Ixilt acres-centou um episódio que rc-trata bem o serviçal dc La-cerda:

Não gosto de falar sõ-bre subordinados — disseLott — mas este TeaaentcÂrdovino é um homem quejá üometeu tantas arbitra-riedudes que deveria perdera cidadania. Em outro paísestou certo de que isso acon.teceria. Aliás, esse mesmoÂrdovino foi surrado, certavez. em Copacabana, c co-mo não se conformasse com

o corretivo, provocou séria.irruaça, utilizando paraisso soldados sob sua res-ponsabilidade. Por ai se vêquem êle é. •

Ârdovino teve o cinismode declarar ao "Jornal doBrasil" que vai voltar ao"policiamento osten-slvo". quer dizer, a um car-go inexistente, segundo opróprio chefe de policia,mus com poderes, que lheconcede Lacerda, para es-pancar, prender, lançarbombas de gás c... aumen-tar suas propiledades ensPctrópolis.

Se no governo da Guana-bura estivesse um represen-tante do povo carioca, oshabitantes do Rio poderiamdizer-lhe como disse o ma-renhi] Lpl.t:

— Mande tsse patife cm»bora.

Page 2: OS COMUNISTAS E 0 NOVO GOVERNO - marxists.org · Ia» j* nào fasem o 0,ue nurmn Viiema» na época da ... !ae realisar em virtude da tentativa golpista que tu-nmltuou a vida do país,

«•9

Trabalhadoresas Campanhas

ReiniciamSalariais

Oaapole da luto tgÊgSom iratrtvam paim ntnoMro impo ««acionário «at«•ri.r.dína implantar usasSitad-tfa de upa. latcJ»».no Pai*, rentena* de milha-rat oe trabalhadores «***<•«-nam. em todo o territórionacional, a canipanha nelaelevação dot «eus talirtos,qua havia *ldo int«**rrompi«da.

Ot i# a*etl tswarv-, ea-rtocaa, mm tmtem Stimêi-dm da i-tsarUr.tt m *"*t deseu Sindicato para debatere aprovar a labela de au*mento «alertai a aer an,***armada aoa Itajiga**'!*** ro-mo ba** para ¦ renovaçãodo acordo que to «-tinguiu.-.o dia JI do rnã* passado.rrunir-K-io tm aatemoieia

gr») na noít* 4o «ila H «*>corrtntt. no AutomóvelClube áo Bra»H o no*o «••Uno dot banranos deveravigorar detde «d» l * docorrente.

Ot lidere* banrarw* «I*nham promovendo intensarantpanha de mobill-açAooa ¦ ¦'.**•*¦ obieiivamto a a»«•tnstura de um acordo ca«pai dt lhe* aatrgurar um

Ferroviários daLeopoldlna Dizem oQue Querem de JG

Ot 18 mil ferroviirioi <ULeoj .-¦!-¦ que durante 12dia* sustentaram uma greveheróica em deleta da lega-lidado democrática, exigindoo rei peno a Córulitulçio Fe-dertl c o cmpouamtnto dopresidente Joáo Goulart, en-vlaram. através do seu Sin-dicato. um oficio ao novopresidente da República, ti-tuando a poslç&o da corpo-ração face ao novo governo.

O DOCUMENTO

O oficio, aislnido pelo pre-sidente do Sindicato, o com-bttivo lider DemtttOclide.sBatista, é o seguinte:

"Os ferroviários da E.F.Leopoldlna, que se mantive-ram duran'c 12 dias na vi-giila democrá*Ica, em defe-sa da legalidade e das fran-qulas constitucionais, atra-vés do seu Sindicato de tias-se vem dizer a V. Excia. oque concretamente esperamde vosso Governo, e que fun-damentalmente te contube-taneta nos seguintes pontos :

li Continuação da poli-tica externa do ex-preslden-te Jânio quadros;

2i Manutenção «Ja atualpolítica ferroviária daR.FJJBã-;

3) Revisão da politicaecontalco-ilnanceira do ex--preetdsnte Jânio Quadros."

rnovosRUMOS

Rscebemos e agrade-cetnot:"Dois câmara-dat da Capi-tal" (S.Paulo) - 15.000,00Amigo de Co-pacabana 500,00

POUTICA IXTIINA

Etdartcendo aa ratdet pe*taa qual» defendem ot trespontos acima mencionado*.o documento salienta: "A

politica externa detenvolvt-da pelo ex-presidente Jinio("ruadros veio ao encontro daopinião pública bratllelra.que de ha muito reclamavaa retlitaçio da uma poUticaexterna «oberana a indepen-dente, capar de ai tua r bemo Brasil no conceito interna-cional. Por tua razão, naopinião dos ferroviários daLeopoldlna, at impõe a con-tinuaçio da politica de rela-cot* com todos oa paise*.de defest «io principio daautodeterminação dot povo.*.t da coexistência pacificaentre at naeoet."

POUTICA RWOVlAtlA

"Oa ferroviários da Le«poidlna — prossegue o do-cumento enviado ao presi-dente Joio Ooultrt — seopuseram, no pissado. acriação da Rede FerroviáriaFederal SA.. e tudo fite-ram para evitar a tua con-cretlzaçír por entender quea R.F.r£ A. seria contráriaao desenvolvimento nacional.No entanto, presentemente,os ferroviários esperam queseja mantida a atual políti-ca ferroviária quo vam aen-do orientada pela Ride Ftr-rovtãrta, -rattoda para oa In-teréasea da twaao paia. Ttiattamittraçio tom potilbi-llsedo a pttaa r**cuptraçãodas ferrovias nacionais, tor-nando algumas de deflcitá-rias a auto-suficientes. Opagamento do pessoal vemtendo feito rigorosamente em«Ita. Aa dividas antigas qaea empresa tinha eom oIAPFESP vém sendo salda-daa eom regularidade. Dívi-dat com fornecedores tom-bém estão sendo pagas,além de estar a atual admi-

ntitração voltada para o in-centlvo a Indústria lerro-vlirla nacional."Oa ferroviário» da Leo-poidlna. que em outras ad-ministra***** da RTTJJA.ja foram levadot a paralisarmentalmente ot lerviço».como única solução para re-ceber oa teus vencimentosem atraso - 14 greves noano de 1W0 - nio desejammait recorrer a tal si*te-ma, e por esta ratão, e titn-da como solução contráriaao empregultmo que Jácampeou igualmente naR.FJ7JS.A.. é que solicitam deV. Excia a continuação daatual política admtnlstrati-va ferroviária."

POUTICA ICONÔMICA

"Ent«n«letn os ferroviáriosda Leopoldlna — conclui odocumento — que urge umarevisão na política econflml-ca e financeira do Oovêrno.com relação ás Instruçõesoriginárias da SUMOC e eomos compromissos assumidoslunto ao Fundo MonetárioInternacional. Na opiniãodos ferroviários, paralela-mente a revisão e mudançada atuai politica econômico--financeira, torna-se necea-sátia a imediata realizaçãoda reforma agrária em nos-so pais, a limitação da re-messa de lucros para o ex-te rior. e a aprovação da leianti t rui te, fundamental-mente."

V* CilMfrts BofnMl I

CONCORDATA — A partir da Lei 3.736, de 11-3-iO. ocrédito reconhecido ao empregado pela Justiça do Traba-lho pode, perante ela, ser executado, embora a empresa teache em concordata. Recentemente, quando do julgamen-to do agravo número 23.784, o Ministro Hthnemann Oul-moraes, que anteriormente aquele diploma legal votava emsentido contrário, salientou que a referida Lei 3.736 con-feriu aos créditos dos empregados um privilégio quase ab-soluto, colocando-os à frente dos demais créditos privile-glados, alterando, para esse efeito, o artigo 103 da Lei deFalências Ac. STF — Pleno (Coníl. Jurisd. 3.591), RelatorMinistro Vlctor Nunes, julgado em 19-5-61, "EmentárioTrabalhista", setembro — 1961.

CONBÓCIC — O reclamante pediu equiparação de aeussalários aos de um colega empregado de outra empresa,pertencente ao mesmo grupo comercial. O Tribunal Regio-nal, julgando procedente a reclamação, salientou que astres empresas em causa conjugaram os seus serviçoi pas-sando a explorá-los em comum, sendo Inegável a existén-cia de empregadora única. — Recurso de revista a que senega provimento. As empresas que te contorclaram para aexploração em comum de seus negtjclos, valem para ot em-pregados que nelas trabalham como uma só empregadora.Ac. TST, segunda Turma (Proc. 3.740-60), Relator Minis-tro Délio Maranhão, julgado em 12-1-61.

INSALUBRIDADE — A declaração de lnsalubridade iatribuição especifica da Divisão de Higiene e Segurançado Trabalho (Decreto 38.712, de 28-1-56). A etta devem otInteressados socorrer, e não a médicos particulares. Ac.TST, segunda Turma (Proc. RR 4.864-60), Relator Minis-tro Téllo Monteiro, julgado em 4-5-61.

PRÊMIO PRODUÇÃO — O salário-prémlo pode ter co-mo fundamento razoes diferentes, Pode ser uma razão pu-raramente aleatória, por. exemplo, os lucros da empresa;nesse caso, nào se incorpora ao salário. Em outros casos,quando s~ subordina ao esforço do empregado, sem dúvidac salário. Como não existe disposição expressa na Conso-lidação, a respeito de salárlo-prêmio, parece de todo ra-zoável considerá-lo incluído entre as comissões, percenta-gens e gratificações, a que se refere o artigo 467, parágra-fo Io. da Consolidação, que não faz distinções. A jurlspru-déncia tem estendido, reiteradamente, que tais comissõesou percentagens só se incorporam ao salário, quando ha-bituals. Ac. STF, 2a Turma. (Rec ext. 45202), Relator Mi-nistro -Victor Nunes, publicado em audiência de 34-5-61.

TRANSFERÊNCIA — Servente de fabrica de tecidos nãopode sei transferido para o cargo de servente de pedreira.Se é certo, «uie, em tese, pode admltlr-se transferência pa-ra funções compatíveis com as que vinham sendo realiza-cias pelo empregado, também parece certo que o caso nãoé de transferência para funções compatíveis, pois tó a de-slgnação "servente" irmana o servente de fábrica do ser-vento de pedreira. Trata-se de funções bastantes diversase oue não podem considerar-se compatíveis entre si. Otrabalho no interior de uma fábrica de tecidos é com-pletamente diferente do serviço executado em uma pedrei-ra. Ac. TST — Pleno (Proc. 1.335-59), Relator MinistroAquino Porto, julgado cm 20-4-61.

reforço tub-tancial not MUIesiariot. A Ptr* torta t o R**ptrtamtma d-* latalM»..»an gindir»i<i i» haviam re».luado taiudc* «obre o* ni*vota da remuntraeàn du*«Muraria* «obre a elevaçãodo cuilo ds vida ne*te« ul»lime» II me»*» e «Abre o*lucro* auferido» pelo* ban*CO* Depoi* dè**** r;«lll*..-concluíram o* liderei poraurvícntar ã aprmaçao dacltune um pedido de aumen-to na «cguinte ba»*: 1» au»mento de *-o" sabre lodo*os salário*, alé a importan*... a. rn jflarMjj

-ii au.mento de sa-* toore aquantia que exceder a lm-portinria bate dr 10 milrrurelro*' 3« aumento de300 eruiriro! por ano drserviço.

SAI-ATIIROS

O Slndlctlo do* Traba-Ihidores na Indústria doCalçados da Ouanabaracujo prcildrnte. ir. JoioOullherme. ettéve enearcerado, durante o periodo emque os golpistas tentaramreviver o fascismo. tamb'.ttivoltou i atividade normai.convocando ot 20 mil tauo-telrot, cariocas para o inicioda campanha pelo reajus-tamento taltritl.

A asaembéla geral da cor*poraçáo terá realizada rs19 horas do dia 14 do cor-rente, para decidir o quan-to de aumento será pleltea-do dot empregadores. Et*..-bora salientando que cai**»exclusivamente k assem-bléla decidir tôbrc a pro-potta a ser encaminhadaaoa pttrões, o tr. Joáo Oul-*lherme, presidente do Sin-dicato, assinala que um nu-mento Inferior a 50% nâorestabelcrerá. sequer, o an-tlgo poder de compra doisapateiros.

MOTORISTAS

Os empregados nas cm-presas de ônibus e lotaçóoda Ouanabara foram dotmais sacrificados com a on-da de violências que dura:.-te mais de 10 dias abaloua Guanabara. O acordo sa-latia! firmado com os ex-pregadores, extinto desde odia 26 de agosto passado.ainda não foi renovado. Asnegociações que vinham se

uui.ò («aram tu*pentat.purqut* M ifatwlltaduree <**•tavam ..i*didot de fr«*õrltni•» ¦ * ««de ao *cu «-ii.-aicato • •<¦• iraballtadoietji haviam decidido, em at***mblei4 geral, pleitear «to*nupit •..::-¦.-. de ombu* e Io*taçòe* a «*gutnie tabela desalário nowtttl - saiariudiano de Cri I.000M; uo*tidorf. «l-.parhanir». CO*toradorr». m--*toret, lubri-fkadon • lavadores — au*rntnto Misrial de M O«indiiu- ¦ rrinn-iuu a cam>panha Ma renovação doacôrdi.

IM SAO PAUtO

Logo que (oi ratlabtltcldoo rlima da logalldade tmin -1 Poli, o» ini-lalurtir."»dt não Paulo, oue Uvtrama -.lu tede invadida e ocupa*da pela polícia a «erviço dognipe. voltaram i t-scle datua entidade, onde reaiita*ram uma assembléia.mon*.tro, dando inlelo à campa»nha paio i-ealuitamento aa»larial. A auembltne. quecontou com a i>r<-»ença domit.governador do -Utiido.'.utiiriiou o* lideres da cor»

INOUAOIAMINTO

Por outro lado. ot man»limos, portuário* e feriuvli«noa, »; ¦ lutarem decidida-menir nn defesa da legnll»dade e pela iwtue do oresi.dente Joio Oouiert. oro*movendo grevet de grandemonta em todo o oali. vol-tam á ¦ .impunha oelo «.um*prirneiito do Plano de Cie*.-altlcacao de Cargos c da Le;da Paridade Uma roml-uiods representante* das tré*combativa* categorias *eprepara para ir a Bimilis.apresentar ao presidenteJoão Goulart as relvlndiu-c«!*es do< trabalhadores querepresentam.

dimento» com ot emprega-dores, tendo em visto a at<nlnatura de um acãrdc ouedetermine a elevação dosMlártos na base da elevacái*do custo da vida a«*ii>u.*(l<*pelo Denarlamenlo (nter-sindical de E*tati*ttca. • umabono dt Natal na bate de340 horaa.

Outras categorias profls-slonau de Sáo Paulo. Oua-r.abara, Minas Oeralt. Et-tido do Rio. etc., reiniciama campanha pelo reajusta-mento salarial, que fora In-terromplda durante o etta-do de litlo nio declarado,que aboliu as libenlidessindicai* e democrátleai eminúmeras regiór* do ptls.

TENÓRIO: «NA FEDERAÇÃOINTERVENTOR NÃO ENTRA»

? f»*Al*aia,.-.v

Agindo á sombra do regi.me d- exceçAo que se Ins.taurou nn pais, logo apósa renúncia do ex.presidenteJânio Quadros, os pelegoDeocleciano de Holanda Ca.vslcanti e Ary Camplstaconseguiram que o ministroprovisório do Trabalho,' sr.Segadas Viana, anulasse nelelçfto do' Md^r sindicalLuis Tenório de Lima. presi.dente dH Federação do* Tra.balhadorc» nn Indústria deAlimetitaç.io do Estado dcSâo Paulo.

REAÇÃO

Logo i,.i« tivemos conheci-iiirnt» .1 ¦ violação às liber.(laf/e.- sindicais perpetradapelo sr. -Segadas Viana, os

SINDICATOS, RECOMENDAM: VIGILÂNCIA E LUTA

PELAS REIVINDICAÇÕES DOS TRABALHADORES"Relações com todas as

nações, autodeterminaçãodos povos, reforma agrária,protstiulmento da luta pe-lat resoluçòe» dos Conirtt-sot t Conferência slndleaise respeito total ás Ijberda-das democráticas e tindi-cait", tait tio, tm síntese,os principais item do mani-festo à Nação divulgado pormait da 40 entidade* tindi-cait da Ouanabara, no «uaits analisam aa eontoattln-ciai da crua polMeo-mlUtarque abalou o pais not dl-tlmot dlai dt agitto t notprtmtlrot dlt* do atoai mis.

em aeu pronunciamento,os trabalhadorti guapabari-not afirmam:

"A crlte poliUeo-militarqua eclodiu com a- rsnón-cia do ag-presldenta da Re-publica, «xnente nao lavouo paia a uma ditadura faceà ação corajosa a patrióticada ofaaae optrirla, da maio-ria dtmoeritiea aaa forcasArmadas, da brava Juvsn-tuo** estudantil a da imprtn-ta tm iam, notatJamanteda Ouanabara, qua/nio gecurvou aot método» fatcit-tat da policia do tr. CarlosLaotrda.

"O Congrttto Nacional in-terprttanrlo a vontade dopovo bratifalro, ao raJeitaro impedimanto formuladoptlot minlttros milltaras àinvestldura do tr. Joio Oou-lartt na pretldêncla fca Rs*.pública, dou uma dtmons-tração efetiva de respeito aomandato que lhe for outor-gado pelo eleitorado.

"Constituiu, esta fase, umaexpressiva vitória da gran-de maioria do povo brasilei-ro, que derrotou uma mino-ria reacionária interessadana aplicação de uma políti-ca antinaclonal e de escra-vização.*."Os trabalhadores estãoconscientes de que contri-buíram decisivamente, comsuas greves e outras formasde luta, para o vitorioso en-caminhamento da crise queabalou a Nação, dentro doclima de respeito ao Con-gresso Nacional e das liber-dndes democráticas e sindi-cais."

VIGILÂNCIA E LUTA

Após se referir à necessi-dade de um pronunciamen-to do povo brasileiro sobreo novo regime adotado peloCongresso, o documento as-sinala a necessidade da vi-gllãncla dos trabalhadorescontra novas manobras gol-

Í.istas e da intensificação da

uta contra qualquer retro-cesso político e social.

Nesse sentido assinala omanifesto:"Considerando a atual mo-diflcação na estrutura poli-

tica c que a crise ainda nãoestá definitivamente supe-rada, os trabalhadores, de-pois de examinarem detida-mente esses acontecimentos,resolveram permanecer «rigi-lantst, analisando tm tuasreuniões, ot efeitos da atualcrise brasileira, no sentidode não permitir nenhum re-troceato político ou social econtinuar pugnando por:

1) relações com todas asnações;

3) autodeterminação dospovot;

3) reforma agrária;4) slndicaliaação para os

trabalhadores do campo;5) desenvolvimento eco-

nòmlco que determine o ba-rateamento do custo de vida;

I) respeito e acatamentoaos direitos e conquistas dostrabalhadoras;

7) continuar lutando pe-lat resoluções de nossos Con-grassos e Conferências Sin-dicftli;

8) liberdade para todosot presos — civis e miliu-res — que lutaram pelo res-peito à Constituição;

8) respeito total ás li-berdades democráticas e sin-dlcais."

GRATIDÃO"Finalieando, os trabalha-

dores, ao mesmo tempo emque manifestam aua revoltae repúdio pelas arbitrarieda-des cometidas pelo governodo sr. Carlos Lacerda, sãogratos ao Congresso Nacio-nal, aos srs. governadoresdos Estados, aos LegislativosEstaduais e Municipais, àsForças Armadas que se co-locaram ao lado da legalida-de democrática, á classe es-tudantll, a Imprensa faladae escrita e a todos aquelesque direta ou Indiretamentecontribuíram, com sua ine-quivoca maturidade políticapara que não fosse implan-tada no pais uma ditadura."Rio de Janeiro, 7 de se-tembro de 1961. — Confe-deração Nacional dos Tra-balhadores nas Empresas dcCrédito — Federações Na-cionais dc TrabalhadoresFerroviários, de Estivadores,de Portuários, de Gráficose de Arrumadores •— Uniãodos Portuários do Brasil —Federação Interestadual do.sProfessores — Federaçãodos Trabalhadores nas Em-presas de Crédito dos Esta-dos da Guanabara, Rio deJaneiro e Espirito Santo —Federação dos Trabalhadoresna Indústria do Vestuáriodos Estados da Guanabarae Rio de Janeiro — Federa-"ão dos Trabalhadores Me-talúrgicos dos Estados daGuanabara e Rio de Janci-ro — Sindicatos Nacionais

de Trabalhadores Aeroviè-rios, Aeronautas, Marinhei-ros, Taifelros, Fogulstas, Oíi-ciais ds Náutica e Motorls-tas da Marinha Marcante —Sindicatos de Trabalhadoresda Ouanabara: Metalúrgicos,Têxteis, Alfaiates, Eletrlcis-Ias, Sapateiros, Curtume,Bancário», Energia Elétricae Produção do Gás Bebidas,Marmorittai, Rodoviários,Autônomos, RodoviáriotAnexos, Ttigo, Estivadores,Conferên tes, Estiva, Estiva'de Minério, Marceneiros, Re-.flnação e Destllaçáo de Pe-tróleo, Professores, Múaicos,Hoteleiros, Vendtdores e Via-..antes. Gráficos, Empregadosde Edifícios, Pedreiros, Ope-rários Navais e Ferroviáriosda Leopoldlna."

lideres sindicais paulistas teum:..ram, decidindo proles,lar veementemente contra otio ministerial que determi.tiOj. no último dia i a In..evençao na Federação pre.¦.iili-K. por Tenório de Lima.que é um dos mais queridosHirls-mtC!. sindicais de SfloI'.i; .o Da G-isnahira e deo.iiios Estados surgem pro.vmi.v exigindo a anulação•1c ato arbitrário do minis.«ro golpista.

FORA O INTERVENTOR

C«a dirigentes sindicaispaulistas decidiram impedir.. or todos os meios, alé mes.•po pela força, a posse do in-lervcntor ministerial na Fe.dernçáo de Alimentação. Opresidente da entidade. LuisTenóno de Lima. declarou,textualmente: «Na Federa-çâo. interventor não entrade fotma nenhuma. Os dlrl.çentes sindicais e os traba.lhadores paulistas saberãolepehr os interventores e de-fender a6 liberdades sindi.r-.-.is e o direito k livre esco.lha oos seus dirigentes.>

ANULAÇÃO

Procurado pelos lideres¦.iroicais, o novo ministro doT'ubalho, sr. Franco Monto.,ro, declarou que a interven.«...o não se consumirá. O tr.João Goulart, pretidente daRepública, também aategu.;óu aos dirigentes sindicaispaulistas que a medida de.tei minando a intervenção naFederação dos Trabalhadoresna Indústria de Alimentaçãoda São Paulo será sustada.'Js dirigentes sindicala, con-tudo. continuam vigilantes,decididos a uma ação maiserérgicg, em defesa dos di-reitos sindicais,

UI» «i* ÍOflatlfg, ttmono Ua 15 a ?1 cio lelembro (fe \H\ m»

A LUTA CONTINUA

Robirt* MtrtMA classe trabalhadora do hrasil, tm dis* de tenmUvm

do golpe "miliur fascista, que t* «uredeu a renuncia do

e«t-pre«iden-a janto Quadros, deu uma ilcmoiutracao d*««ria imporiáneia na vida de no**a pátria Hua ação. am»da qua não an toda a sua amplitude, foi um filar fun»dajntntal para a derrota daa golpista*. m«*smo ittet dis-pondo de um dispositivo militar que vinha tendo montadoa exercitado h* lonio tempo. Contavam com uma enormarede de propaganda • algum traidore* no movimento mudlcal, Tudo lato com a aasitUncik <¦ a ortcniaçio do p* - -Mal «Ja Embaixada norts*amtrieana, tiravét dot ««ompo*nenle* da eomit*ã<* Militar Hra»ii-i-»i»«i»* Umdot. do Pon>to IV. dot adido* irabaihuia* e membro* da CI08L*0R!T,ligado* e dependeniss d**eta tonbauaiU

Foram derrotados, nem puderam consumar o crimeque pretendiam contra o povo do Rio Orande do Sul, Han-ta Catarina. Paraná a Ooia». onde »e eontUtuiu o grandacentro de resistência a dtfeta da legtlidade contUluiiunaLcom aa fârçat do lll Exército e de forcai militart* etta-dual*. o povo a a classt trabalhaoura, em plena rnobilua-ção. Ot covardet lolplitas, conduzido» pelos ministro* ml-lltare* a o agents norte-americano Cario* Lacerda, lanes-

e interditando Mdw da sindicatos, prendendo dirlfentti õmilitante* e pondo am circulação pelegoa a alcaguro».agrupadoi nat dlrcç<kt reunia* de certas **onfedere«-Aea.ftdcraçtet e tindicatos.

At fievcs desenctdeadaa em viriii localidade» do pais,principalmente, at dos glorlosot ferrovlirioi da E. W. Leo-poidlna, estivadorti o portuário», dirigida» por autenticasorganuaçoes tlndicali, foram decisivas para a derrota doagolpista*. A posse do presidente Joio Goulart, como a ra-jelçáo pelo Congresto Nacional do teu Impedimento, mi-tido pelo» reacionário» ex-mlnlttrot mllitaret. o>vtu-*# ãluta comblmda da grande maioria dat* forçai armada*, doextraordinário vigor dai manifestações dot ettudantss •das grevet dos trabalhadorea e a mobilização dot aindi-cotos.

Entretanto, a vitoria não foi completa, porque oa eie-mentos conservadores e reacionários, conseguiram mano-brar, apavorados e temerosos dos conseqüências do golpearmado que estiverem preparando ha multo tempo o dt»sencadetdo depois da renúncia de Jinio. Assim, o Congres.to Nacional votou a chamada emenda parlamentar, tem.nenhuma consulta ao povo brasileiro, que te encontravaem luta contra a odiosa e feros ameaça de ter massacradopelos «gente» de conhecidos truttet e monopólios norte--americano*, os eternos golpista e llbertlctdas de nossa na-çio.

A luta nâo cessou. Continua viva. O processo de apa-zlguamento da "familia bratllelra" náo deve enganar aninguém. A crise econômica e flnnncclrn vai se refletir,como Já acontecia, nas costas do povo. As emissões estãoaUnglndo cifras incalculáveis. Os gastos com a aventuragolpista arrasaram ainda mait o orçamento Ji inflado-nado do ptis. Os aumentos dot artigo» de primeira neces-sldade são enormes. Ot salários e os vencimentos ficaram,assim, ainda mais redutidos de teu minguado valor.

Ainda mais: os golpistas, os agentes e Instrumentosdot imperialistas, continuam em grande parto ocupandoos postos, como o criminoso Carlos Lacerda. Militar et obaderneiros dispõem de mandos ou ameaçam de forma In-solente como fez o almirante Silvio Heck em seu discursodo dis 8 do corrente. Os aicagüetes e tiras, disfarçados em"dirigentes" sindicais, ainda estão na direção de certas or-ganlzações operárias e o aparelho policial da reação aindaestá nas mão* do Lacerda. Szeno. Ardovlno e Borer.

Os trabalhadores, os estudantes, o povo, os nacionalis-tas e democratas, civis ou militares, náo podem ensarilharas armas. Agora é que a batalha pela democracia e pelaIndependência de nossa pátria deve tomar mais vulto.

As nossas organizações sindicais tém que fazer um exa-mr de sua atuação. As deficiências do movimento sindl-cal. ainda náo libertadas de anos c anos da tutela minis-terialista e de pclegos e traidores, com uma insuficienteorganização de base, Uto é. nos locais de trabalho, nãopermitiram que se conquistasse a vitória completa sobreos golpistas e imperialistas e se abrisse o caminho para aimplantação de um governo que libertasse o pais. defini-tivamente, das forças elos trustes e monopólios imperialls-tas. dos inimigos de nossa soberania, independência e pro-gresso e bem-estar de nosso povo.

Não podemos, por isso, parar um só Instante. Assem-bléias c reuniões para esclarecer os' trabalhadores. Lutaspara a conauista imediata de salários capazes de entren-tar as conseqüências da alta constante do cuatovde rida.Castigo e punição para os golpistas, sem nenhum perdão,apaziguamento ou anistia aos criminosos de Aragarçat eJacarèacanga. Exigência para que o Congresso Nacionalvote, com a mesma rapidez com que aprovou a emenaaparlamentarista, os projetos de limitação de lucros e daremessa de dinheiro do povo brasileiro para o estrangelio.lei de greve, revogação dos acordos militares que estãopermitindo a existência de centenas de espiões ianques ernnosso país. Medidas que façam reverter para nossa pátriaas mais importantes indústrias de base. E aprovação dasurgentes reformas de que carecemos, como a reformaEg

No E6tado da Guanabara, que tem sido o centro daconspiração e da reação, impõe-se à luta pela ampla apro-vacão do Impedimento e expulsão do "governador Lacer-da e à liquidação de seu grupo e seu aparelho golpistas.

Tudo Isso exige a maior mobilização e unidade daclasse trabalhadora e do povo. As lutas que se travaramdurante os dias da tentativa golpista provaram que somosos mais fortes e que ainda estão longe de ser mobilizadastodas as fôrças e reservas do povo e dos trabalhadores.

Esta é nossa tyefa no momento. Agora é ir paradiante. Corrigir nossas debilidades, nossas deficiências,nossa organização, confiando nas forças invencíveis dopovo.

Aeronautas: Novos LíderesApresentam Programa Novo

A nova diretoria ds Sin-dicato Nacional dot Aero-nautaa, encabeçada pelo co-'mandante Paulo , SantanaMachado foi empossada natarde do dia P «Jo corrente,em .solenidade que contoucum a presença dot maisdestacados dirigentes sindl-

que haverão de levá-los ásua Central Bindlcal. comoa nossa já hoje vitoriosaComissão Permanente dasOrganizações Sindicais daGuanabara."DIFESA DAS UMRDADIS'

o comandante Paulo San-tana Machado declarou, em

cais da Guanabara e do pais, seu discurso que a posiçãodentre oa quais oe líderes , de sua entidade é de defesoOswaldo Pacheco, presiden- ,te da Federação Nacional :dos Ettlvadores; José Pauloda Silvo, presidente da Uniãodos Portuários do Brasil; Ro-berto Morena, do Sindicatodos Marceneiros; Othon Ca-nedo Lopes, do Sindicato Na-cional dos Aeroviários, e ou-tros.CENTRAL SINDICAL

O novo presidente da en-tldade, depois de salientar adedicação dos seus anteces-sores à causa dos aeronau-tas e dos trabalhadores detodo o pais, declarou, tex-tualmente, o seguinte :

— "Continuaremos o ca-minho aberto por nossos an-tecessores e, com o apoio in-dispensável do movimentosindical brasileiro, marcha-remos para novas e maio-res conquistas. Mas, paraconvertê-laà em realidade,torna-se necessário que con-tlnuemos a obter o apoiointegral dos companheirosaeronautas em particular, ea decisiva solidariedade dostrabalhadores em geral. Naafirmação desse nosso prin-cipio baseamo-nos no fatode que está iniciada umanova fase histórica da tra-

jetória do movimento sindi-cal brasileiro. Os trabalha-dores, através de suas enti-rin'!es sindicais: passarem a.ser parie intetmlfi e in-destrutivel de organismos

intransigente dos conquistasdot trabalhadores brasilei-roí, de respeito aos direltoBconstitucionais, o que slgnl-fica liberdade de reunião,liberdade de associação e odireito constitucional e de-mocrátlco de greve.PROGRAMA

Dentre os pontos do pro-grama de reivindicações enu-merados pelo novo presiden-te do Sindicato, Nacional dosAeronautas, encontram-se osseguintes:

1) aprovação da lei quetramita no Congresso Na-cional, e que dispõe sobre aelevação do seguro de vidado aeronauta e de todos osque se utilizam do transpor-te aéreo;

2. inicio imediato de umavigorosa campanha de au-mento salarial, capaz de fa-zer face à elevação do custoda vida;

3) defesa do direito a es-tablüdade no emprego;

4) defesa do direito de gre-ve e revogação do decreto9 070;

5) luta contra a monopo-lização particular da avia-ção comercial brasileira;- 8) defesa intransigente dasresoluções dos conclaves dostrabalhadores, notadamentedas Conferências e dos Con-greesn;: rins aeronautas e dosaeroviários;

7) continuação da campa-

nha pela criação do Minis-tério dos Transportes, emconformidade com o desen-voívlmento econômico dopais; j

8) luta efetiva para con-solidar as conquistas con-substanciadas no decreto50 880, que regulamentou aprofissão de aeronauta;

9) evitar que a Lei deAposentadoria Especial doAeronauta seja interpretadacontra os Interesses daclasse;

10) luta para que sejaaprovada pelo Congresso Na-cional uma lei especial de

amparo à mulher aeronauta;11) defesa da unidade, 11-

berdade e autonomia sindl-cais;

12) melhorar o órgão óJedivulgação da «-lasse, colo-cando-o a altura do nivelpolítico, Intelectual e profis-slonal dos aeronautas e ae-roviarlos;

14) criação do ContelboTécnico, composto de repre-sen tantes das associações jaexistentes, destinado a as-sessorar a Diretoria do Sin-dicato nas questões técnico--profissionais e administra-tivos.

Uma coletânea das obras de Lénin dedicadas àquestão agrária

A ALIANÇA 0PERARI0-CAMP0NESA"No Brasil, em nossos dias, a questão agrária é temade debate diário na imprensa, nas ruas e nos lares.Já nâo se encontra, a bem dizer, quem nao seja a fa-vor de uma reforma agrária em nosso pais. Mas, se naàcôrdo quanto à necessidade de uma reforma, quandose trata de saber qual o tipo de reforma agrária que épreciso pôr em prática, e qual o caminho a seguir pararealizá-la. as divergências e interrogações aparecem.Para resolvê-las, não há sem dúvida depoimento mais

essencial que o de Lênin."

É este depoimento que o leitor encontra em

A ALIANÇA OPERARIO-CAMPONESABrochura c/ 649 páginas — CrS 600,00

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Page 3: OS COMUNISTAS E 0 NOVO GOVERNO - marxists.org · Ia» j* nào fasem o 0,ue nurmn Viiema» na época da ... !ae realisar em virtude da tentativa golpista que tu-nmltuou a vida do país,

- Ho dt JomIío, Mmana de 15 a 21 de ictcmbro d« 1961 \

Kubitschek: «Jango, RenuncieU - Brizola: «Jango, o Povo te Esperaf»

3 -

Derrota do Anticomunismo

AS HORAS DRAMÁTICASDE JANGO EM PARIS

Paul Gréqor.

(Franco Soir, 2.IX.I96I)Nata de Redação de Franee 8olr: "Paul ihiaor, lar-nalhta e etcntor, corretpondente na > •-¦¦ d* véu**; •¦ .1. i.. ,'i.v:•...- t também «j. •.<«. da aviador Bur-foi de Carvalho (d ¦•¦ ¦•¦¦'•¦ da Partida Trabalhitlai,7k* ....-«..j.»';•'.-- Q~ÚC£-iitt!Í<!(!it" Coiitiirt em tuaviagem à A.ta. Viveu fie cada hora da permantim-idramática em Pari- de J ¦ • <¦' "¦'•¦¦ - 'winiiênriiidurante a qual o vicc-nretidetite da Reailhlka hrofi-teira decidiu retornar a teu pnit « enlrtntar a vlolfn-cia de certot políticos e de certa* ehele* militarenbraaleirot."

üm** adveiw»rio« de»ltal*que se rtvutkitnt a viver nu

?u lempn«COUIART. NAO TENHASMEDO DE PAUVR\i

Oouluil liu.ta ainda, Cor-¦¦>•¦... sente •,¦!. éle estoure*ve *¦ Iht* mostra •:..-. van-

DATA: terça-feirs. 79 denr•.--.. de 1061. Um dn ma-nlià.

A CKNA: apartamentonumero 308 de uit «rondeliotel p..:. ..-ii . As •..;.¦:.-• ¦*.«•> aberta* sobre a* ar-voreii. )à tocadas pelo outo-no. .ta Avenida Ocorge V.Fa* multo calor. Nos clnzel-io». ponta* de charutos e deInúmeros cigarros quelmtimnlndn.

Três I...U.. I.. de fisiono-min fatmadu, olhos lunduspela falia de sono: JoãoGoulart, o senador brasilei-ro Uttrros tle Carvalho e cupioprío. sentado a um can-to. testemunho silenciosode um drama que se desen-rola.

Pela décima ver. em duoshoras o telefone sóa: •• umatelefonista do serviço inter-nacional:

Mantenha o fone. 11-gação com o Brasil...

Jango segura o fone. Bar-ros de Carvalho toma a ex-tensão. Ap.uço ateus ouvi-dos. Não obstante as inter-xupções c o "fadlne" da rá-dlotelcfonla, as vozes sãonítidas. As telefonistas secomunicam de um a outrolado do Atlântico, numa dis-tàncla de 20 mil quilômetros.o interlocutor ainda não es-tnva na linha. Quem chama

-o vice-presidente do Brasil?í>e que cidade lhe queremíalar? Rio de Janeiro. Bra-sitia? Subitamente uma vozressoa nos fones. E' o go-•vernador do Estado do RioGrande do Sul. Leonel Briz-zola, que é também cunha-do de Goulart. Fala da ca-pitai do seu Estado. PortoAlegre. Revela tensão, pres-ea. Insistência: ,t„

Goulart, diz êle, emtorno do palácio do «ovèrnoacaba de ser colocada umabateria dn canhões. Estounoul apenas com algunsfuncionário"! leais e minha.família... Minha mulher e«neus dois filhos. Os gene-rais ameaçam bombardeaaro edifício caso eu não re-cue. files querem que eu tedeclare destituído de todosos poderes de vlce-presi-dente.

Gottlart inclina a cabeça,busca palavras que nãovêm. Seu corpo, baixo eatlético, parece dobrar-se aopeso do fone. Depois, êlefala com voz entrecortada:

Não, não. Leonel, nãoquero... espera.

Leonel Driuola corta-lhea palavra:Eu nao cederei. Onu-! ut. it.ui qcdercl Jamais.Tamn pior para minha fa-tmlla. Mas e necessário quetu regresses, deixes Parisimediatamente. Vem! O po-vo brasileiro le espera. ti«Vste esperamos A Con^iliil-cfto rei de II o chefe '••»Estado desde n r*"-'-'"Na deQundios. V* "

«GOUlARr, O POVOISTA CHEGANDO»

Jau-«• ergue a rabeca:Eu não quero que os

brasileiros se matem mu-tunmcntc. eu quero refle-Mr...

A voz de Brlzola faz vi-brar o* fones:

Goulart, escuta-me. Opovo btasllclro vai Irvtin-tar-sc. Os militares refleti-rão. êlcs recuarão se tu vol-tas. Eles o sabem perfeita-mente. Goulart o povo estáchegando e começa a en-eher o palácio do governo.A multidão começa a Jun-tar oedras. VI padres, viburgurics que gritam:Abaixo a ditadura! N*«oabandones o povo brasilei-ro. Goulart: êle te será fiei!

Interrupção brusca. Aeotniinleacao se desfaz. Avoz próxima da telefonista-parisiense pergun*-'

Termin*—'.Não. não terminou. No

quarto de hotel, Goulart calsobre uma poltrona. Sente--se que êle luta contra o pá-nlco. Seus olho» negros per-correm sem ver as pare-des do quarto. Mas outroator do drama se levanta.Bate com dois dedos bron-zeados as costas de Jango deum homem com aparênciade Índio de cabeleira bran-ca. Barros de Carvalho, ve-lho politico, antigo chefe doPai tido Trabalhista, par-? ido pelo qual Jango foieleito, trava um copo-a--corpo, como um boxeur quequer arrancar sua vitória:

Tens medo da guerracivil, Jango? Tens medo desangue? Eu não. Conheciprisões e perseguições. Di-go-te que nossa causa valeuma guerra civil. Queresque o Brasil se torne umacolônia? Acusam-nos de co-munlstas. a ti e a mim. nor-que estivemos na Chinapara vender nosso café enosso cacau mais caro doque alhures... Responde, a

-KurrnT-—Nào lenha» medo tio

pitlavii1.. Jango O povo c-tá com mo. Vai» ver. êle seit"-; ntara...

!..•-• o • in 10. Nâo >«!ouve kciiàt' d lu.ttti dOi voi*culos que sobom o descemprin Avenida George V. Aferiil* como •» $*r r.-íflo aovelho s*-i"*-''ir, oi noticias

. - ..Ml ¦...••¦ mi IX .ti . .ir." •-•» po,' jornalistasamigos.

Actil e ali oi sindicatosoperário» se agitam, asso-rincões estudantis se moni-íestain. Alguns homens pe-dem a Rreve geral. Os tra-mlhndo.es das transportes

param, paral'sa-se o deslo-i-amento de Ironas roman-dadas por militares hostisa Ooulart.

Passam-se vinte e quatrohoras. Ouarla-feira. 30 deagosto, de manhã cedo. Nãodormimos ainda. O telefonechama novamente: PóitoAlegre. Eslido do Rio Gran-do do Sul. chama Paris.Franco, ft Leonel Brirolaoutra vez.

«GOULART, EUTE REPITO: VEM»

file está bastante anima-do. sua voz c agressiva co-mo nunca:

Jango, diz êle. os ml-ütares não atiraram con-tra nós. Diante do entusias-mo popular, o III Exércitoaderiu ã nossa causa. Êlerepresenta 60 por cento dosefetivos de infantaria. Te-nho noticias do Rio de Ja-nelro. O marechal Denys re-correu ao pustch, mas éle. acada minuto, se encontramais isolado. Digo-te pelaúltima vez: vem! Os ope-rários te esperam.

Obrigado, respondeGoulart. E desliga.

Êle não se decidiu ainda.Barros de Carvalho sllen-cia. Jango levanta-se e sedirige & janela para Isolar--se, para olhar sem ver asfolhas verdes c amareladasda Avenida George V.

A campanhla sobressaltaa todos. E' a mesma tele-fonista parisiense:Do Rio de Janeiro que-rem falar com o vice-pre-sidente Goulart.

Rim, responde êle.E' o Kubitschek quem

fala.Pus-me ã escuta nova-

mente junto à extensão do|telefone, onde se encontrao velho senador Barros deCarvalho. E' mesmo Jusce-jUno Kubitschek, o simpátifco ex-presidente.

Sua voz é nausada, sonora, quente, inteligente, agradável mesmo. E' como se es

Josué AlmeidaO PREÇO DO GOLPE

Revelou o sr. Clemente Marlanl, aotransmitir o cargo de ministro da Fazendaao sr. Valter Moreira Sales, que nos 13dias em que a Nação esteve à mercê dasanha golpista, foram emitidos nada me-nos de 52 bilhões e 500 milhões de cruzei-ros. Para que se tenha uma idéia do querepresenta essa massa de papel-moeda novo,lançado em circulação, diremos que é quasetanto quanto o governo inflacionista do sr.Juscelino Kubitschek emitiu em 1960 lanorecorde de emissões) e pouco menos do dò-bro emitido pelo governo do sr. Jânio Qua-dros nos meses em que existiu. Computadasas emissões feitas desde fevereiro, teremosque o papel-moeda em circulação cresceude mais de 80 bilhões de cruzeiros, sendoque só a partir de 25 de agosto tal aumentoíoi da ordem de mais de 207o.

Por força do hábito, da experiência naprópria carne, sabem todos o que significa-rà o impacto dessa emissão maciça sobre aeconomia nacional e, em particular, sobreo custo de vida. Todavia, a simples refe-réncia às emissões está longe de dar umavisão completa do quadro, ou de exprimiro preço que o pais vai pagar pela desvaira-da tentativa de alguns chefes militares rea-cionários de "salvar a pátria do perigo co-munista". Às emissões devem-se acrescen-lar outros fatores negativos, como a quedanas arrecadações de impostos (federais, es-taduais e municipais), a diminuição na pro-ciuçâo (sobretudo industrial), a redução queíaltalmente sofreu o comercio exterior, in-clusiye pela paralisação dos portos e de todaa nossa marinha mercante, a sustação de ne-pócios em face da total Insegurança no fu-turo que caracterizou aqueles dias, etc. Ain-da que não seja possivel, senão depois depassados alguns meses, avaliar-se o montan-te dos prejuízos sofridos pela economia na-cional, nâo será exagerado desde já esti-ir.nr-sc tais perdas.eiií dezenas de bilhõesde cruzeiros. Com o grau de relativo de-senvolvimento já alcançado pela economiadn pais, qualquer abalo ria profundidadedeste por que ela passou só pode refletir-seem cifras muito elevadas.

Numa primeira aproximação, o aspectoque mais salta à vista é o da elevação docisto de vida, que deverá acentuar-se so-bvmaneira nos próximos dias e meses. Háouem afirme oue es emi'

"es feitos enh'e 25de agosto c 7 de setembro serão reabsor-

vidas pela Caixa de Amortização, isto étomarão às fontes de onde saíram. De tmaneira, seu efeito inflacionárlo seria irnimo. Entretanto, cumpre não perdervista uma série de aspectos, que os defeisores dessa idéia simplista omitem, ptmotivos óbvios, e entre eles : 1) uma graide parte daquele dinheiro foi realmente gata em fins totalmente improdutivos, cono deslocamento de tropas, belonaves de eivado custo de operação, etc, o que, evidetemente, nâo estando previsto no orçameito, só pode ter sido pago com créditos (ilgaisi suplementares; 2) uma grande pardos bilhões de cruzeiros entesottrados pparticulares só retornará aos bancos, onestavam depositados, depois de certo tenpo, que será maior ou menor conformegrau de segurança e estabilidade do nó'governo e a confiança que êle desperte ipúblico: 3) ainda em relação a esses bilhõen tesourados, uma parte, definitivamennão voltará aos bancos, pois é uma canteristica de períodos críticos como aqu<em que viveu o país que as coletividaaumentam suas despesas de consumo — ada que deformado, mais de certos artido que de outros —, de tal modo que a pipança se reduz; 4) a experiência brasira desautoriza qualquer previsão otimi:em relação ao retorno do papel-moedatido, inclusive porque, dispondo de maismerário em máos, os bancos podemgeralmente o fazem — ampliar sua fajde empréstimos; 5) é geralmente no fimsegundo semestre de cada ano que mse torna a demanda de dinheiro, sejamotivos de ordem natural (safras de catoutras), seja pelo próprio movimentoeconomia tcampanhas salariais, comproísos, públicos e particulares, etc.).

De tal maneira, o mais certo é que asautoridades consigam retirar da circulação,fazendo retornar ao Banco do Brasil, ape-nas uma parte, dificilmente estimável do to-tal lançado nos dias do golpe, mas relati-vãmente pequena.

Por fim, convém assinalar que esta é,apenas uma faceta do problema, cuja gra-vidade e complexidade so pode acentuar--se com a anunciada manutenção da poli-tica econômico-flnanceirá, E, como quer nuevenha a ser contada depois a história, nãoresta dúvida oue precisamente tal poütleaé uma das principais com.nonentes da si-ttiação por que passou o pais.

*... . no quarto vulnlio,"i..r--. n u.' lesplraçio:

—- «¦.•..,:¦¦ .ir- éle, |*|oamor de Deu», nào volte noBrasil' i¦¦... • t•¦• a mal» ter»rivel das guerra» clvl», piordo que nu E»p»nlia. Lem-ru.¦¦ -« de :¦••<-¦ ¦.»¦¦ !.•'¦..:«>PMHttriáf. 1033, 1935, lem-ore-se dos piUionelros de-•.-r-ui..-. .i» . ••iitnui.-.. lem-iu• •«• do fogo que devoraraa i.iii .i do Rio, Ooulart, vo-ei deve renunciar, você nàopode desejar Uso.

Eu escuto e olho JangoTodo o horror da gueira ri-vil parece refletlr-«e emseus olhos. Êle procura ps-lavras para responder.

Mas um clario passa di-ante de mim. E' o braço deCarvalho, do velho boxeurque não abandona a lutaaté o fim. Êle arranca o le-lefone da mão de Ooulart.pAe a mfto sAbre o fone cdiz & meia voe:

Jango, meu filho, hãmomentos em que não senode '(«cuor dlan»o do snn-ruc. Do contrário, nos 11-ou,*l*-,«n«« "ora sempre.«ATÉ LOGO»

Tira a máo do fone, dizseu nome oo aparelho e fo-Ia coro Kubitschek:

Juscelino. o presidentenão ouer sangue. 8e voeisvoltarem à legalidade. l«to

arnntorerá^Jíímijn^

I

ene «jrirr* e at «Idades ar-dtrao *e tentarem reprimirot o|>erários do Ura«il.

A tft :.: K61I o.... .......palavra, entiega o fone aGoulart. No«*a re«piracàoesla ¦;,.¦!... Jnr.^o fala:

Obrigado por «eu tele-fonema. Juscelino — dlx éleeom vos fria. — Dica a seusumixos que n&o abdicareiQuero tomar o prímrltnaviào para o Brasil. SereiPresidente, com ou »emKuerro nvíl. E" meu direito,e meu dever. Até logo...ORLY: A SORTE

. ESTA IANCADAJango desliga «* fas um

sinal:Reservem-me dois lu-

gares, depressa!Duas horas mais tarde.

Orly. Acabam de chamar ospassageiros para N. Iorque.Os quatro reatores doBoeing já funcionam. Oou-lort envelheceu dez anos emdois dlos: náo diz uma pn-lavro. Barros de Corvnlhoparece retuveneseldo. 8eurosto de índio Irradia áidéia de qup a luta começa.

Trornmos as últimas des-pedidas, á brasileira, semfalar mais. Os dois homensdesaparecem no aV-áo. anorta se fecha, ouve-se o es-trondo dos reatores. A sorte

rftiédlMláiMMMai

Os comunistas e o novo Governe(ConclutAo da /.' PiÍjíiíiíi

nal, apesar das vacilações de seus setores mais rea-cionários, cm eoiuliròes de opor-.se vitoriosamente ásexigências dos ministros das pastas militares, negan-do-se a aceitar o impedimento do presidente Goulart.

FOI NESTAS condições que forças da burguesia, teme-

rosas de um caminha que poderia levar, através dacrescente pressão de massas, às reformas radicais re-clamadas pelo progresso da nação, preferiram a conti-Ilação com os setores mais reacionários; das classesdominantes e com os generais golpistas, já impotentese virtualmente derrotados. As costas do povo, enten-deram-se o sr. João Goulart e os setores mais reacio-nários do PSD e da UDN, estes últimos interessados emalcançar maior participação no poder. O mesmo Par-lamento, que se reabilitara diante da nação ao opor-seàs exigência*; dos ministros militares, conciliava com osgolpistas, temeroso do povo que se levantava paraapoiá-lo. e aceitara a modificação da Constituição quefoi a emenda parlamentarista.

AS FORÇAS patrióticas e democráticas não puderam

impedir a conciliação, nen vencer as vacilações daburguesia. Mas o processo democrático não pôde tam-bém ser interrompido no pais. Klevou-se com o embatedas últimas semanas a consciência política das massas,que adquiriram também riquíssima experiência. O an-ticomunismo foi batido e perdeu posições importantes.A nação pôde verificar mais uma vez de onde vem operigo que a ameaça. Da luta em defesa da legalidadeparticiparam ativamente os comunistas, convencidos deque através das formas democráticas é possivel avançarno sentido da emancipação econômica e social do povo,enquanto de outro lado estava o reacionarismo antico-munista que deseja alcançar seus objetivos rasgando- aConstituição e impondo, pela força das armas, o arbi-trio e a estupidez retrógrada a serviço dos monopóliosianques e de seas agentes em nosso pais.

A LUTA em defesa das liberdades democráticas e dalegalidade constitucional prossegue e exige uma

crescente vigilância, assim como a organização e uni-dade de todas as forças patrióticas e democráticas. Oprocesso democrático não foi barrado, mas as forçasreacionárias, graças à conciliação alcançada, conservama maior parte de suas posições, não foram desarmadase preparam-se ativamente para novas Investidas. Onovo governo, presidido pelo sr. Tancredo Neves e queinclui em suas fileiras desde elementos que participamda Frente Parlamentar Nacionalista até conhecidosagentes do imperialismo ianque, como o sr. MoreiraSal les, é um governo que reflete interesses contradito-rios, embora seja em sua essência a expressão no poderda conciliação com o imperialismo e com as forçascontrárias à completa emancipação nacional.

NESTAS condições, os comunistas prosseguem sua luta

pela formação de um governo nacionalista e demo-crálicM), único capaz de enfrentar com êxito a soluçãodos problemas do povo e de imprimir um rumo inde-pendente e progressista ao desenvolvimento da nação.

SOMOS favoráveis à realização do plebiscito, reco-

nhecendo a significação democrática de uma con-sulta que permita ao eleitorado decidir a respeito dasmodificações introduzidas na Constituição da Repúblicapelo Congresso Nacional. Não é essa, porem, a questãodecisiva do momento. O principal agora é mobilizarmassas para que exijam do novo governo c do CongressoNacional o desarmamento dos golpistas, sua destituiçãode todos os postos de mando e a punição de todos aque-les, como o sr. Lacerda e seus apaniguados, que come-leram violências e crimes contra o povo. Cabe-nostambém mobilizar massas para que exijam o imediatoestabelecimento de relações diplomáticas com a UniãoSoviética e demais paises do campo socialista. O com-bate à carestia tle vida ocupa um lugar importante namobilização de massas, visando a exigir do novo go-vêrno uma política financeira livre das imposições doFundo Monetário Internacional e que assegure a ele-vacão do salário real rins trabalhadores, o imediato con-gelamento de preços dos artigos de consumo popular cmedidas práticas contra a inflação. Cumnre-nos aindamobilizar massas para exigir a defesa rias empresasestatais, a susoensão imediata ria remessa rie lucros parao Exterior, a liberdade e autonomia sindicais, a reformaagrária e garantias para a livre organização dos traba-lhariores do catnoo.

PARTICIPANDO juntamente com o povo em todas aslutas por suas reivindicações, pelo bem-estar, o

progresso e a independência da nação, os comunistascontinuam batendo-se pela mais ampla solidariedarie aopovo cubano c tudo fazem pela salvaguarda da pazmundial, fi indispensável igualmente intensificar a co-leta de assinaturas tendo em vista solicitar dentro domenor prazo possível, ao Superior Tribunal Eleitoral, oregistro do Partido Comunista Brasileiro.

Povo*®(Conclusão di, I' Paginai

sua luta polo "impeach-ment" do líder terrorista.

A Fronte do ResistênciaDemocrática, constituída pc-Ias entidadas estudantis, or-ganizações «indicais, políti-cas c outras associações pa-tr-ótlcas vni promover rio-nnngo próximo, às 19 ho-

ras, um grande comício poloImpedimento de Lacerda.Na ocasião falarão ao povoprôceres de diversos parti-dos políticos, deputados es-taduais, dirigentes operáriose estudantis e oradores po-pulares, Em princípio a con-centração está programadapara o Largo do Machado.

Almir Mato*

Apesar da ruiiirmitoiixaçÃQ í*ii|ki«mpeio* Krupofi puliiuvi dominante*, ioui..:..!•. ao povo !¦... ..i-iiu uma vitoria...!..... ...*..... ....... ........I....1 e radicai, averdade ¦ que muitos rrnuliado» po»iii>vm, a eurlo e a longo prato, emergem daciue política iniciada eom a ienuneir>. ouir, «Janto Qu«dro*

Um déue* rentiltado* e u que »e refereao completo t:.«. « do anlii-omum«>iiio.Não lia n. •. . ¦.,:. de lembrar que. «ilmulde . .i.'.,n. toda a ¦¦ i« :¦:•¦-.. maquinava»i ..-.-... se !¦•• rm nome ao aiiHcomuiiw-mo. Foi è«e, exatamente e«e, o ;:raw.pargumento Invocado pelos mlnUtros inili-tule* no primeiro maiiilmio em que "ve-lavam" a c¦ ¦ do ir. João Ouuit.il, carl-• it.niirt.tc ,.|.:....- .«,. como um '«(.fllte(lO • ¦ rr.it.i ::¦ • ...'.:......•...... A»*.m > UII10foi esse. sem nenhuma ..!*..... ¦¦ o pre-texto alegado paia ¦».. preparativos daguerra rlvll por parte dos chefes do aolpc.Donys, Heck. Mon e Cordeiro de Farias.Cnm •¦••¦.» esfarrapada e suja bandrlra pie-tendiam encobrir o rrime contra a Cons*i.'mi .in e contra o povo.

O Ii.um. .. porem, (oi total Aj provo-cações anticomunistas caluun uo va/io.sendo repelidas praticamente por tiKla anação, f -.r fato, de profunda ; açãopolitlcu. encerra rxpcriéncii.* e conclusõesdo mais alto Interesse paru a luta do iio.i*jopovo por sua libertação.

Um aspecto a salientar e que o nulfigrudo anticomunismo t .. falência Ua tática aque recorrem ns forças mais reaclonãnus lò-da vez que, para servir no Impirlali* no uusuprimir as llbcrdndes democráticas, nrtl-culnm ns quartelndns ou os golpes rcuclo-nnrlos. A fabricação previa de um "perigocomunista" c os ntnques . t .t« m..:.. . ..vanguardn uo prolctnrlndo tém um objeü-vo: cindir a.< .».,us que podr.u c devemopor-sc ^«» golpes reacionários e nntinti-clonnls, criando um nmblentc de descon-flnnça e discriminação contra a mais lu-clda e combativa dessas forças até o pontode desfigurar o caráter da luta nos oihusde uma boa parte da população e. assim,*£zcr de um supoj>to perigo a Justificativara a consumação do perigo e do crimevvriadclro. Tal c qual se verificou agotu

Brasil. O perigo real. que todos viam.a Implantação de uma dltadurn ml-

ar ultra-reaclonáiia. «,ue começava porrtar" a posse do presidente <•.. Repúblicaos termos de uma Constituição que nada

em de revolucionária c menoj ainda deomunlsla. Safadamente, no en into, osmulos dessa frustrada ditadura logo agi-aran o espantalho do "perigo coniun1 .ta".rctendlam, como conseguir;-:n fazer de

outras vezes, intimidar as camadas po-pulares menos esclarecidas e ns grupos re-íresentativos da burguesia, desviando atra-'és dessa manobra o curso natural dn luta- ampla e unitária por seu caráter de-nocrátlco e patriótico. Mas o ardil fracas-

u, e com éle a grosseira tática do anti-

n

comunUmo eomo elemento da diví*ão daatín<irntr» força» de ria-, que podem t> de*ven uiui'M* m iim ta»t« frente paro *dtftta de objtuvi» demot-fàitro* do *euInler&M edmum. O antiromunumo r a.«.'..•> de in...!.. geral, outr^ram com «= ¦••«iiiinia un rude golpe, Milhór» de oranuei*.tm, .••»- i-i«. ¦ - na» > ¦ ¦¦i.«r. e no* «i>. h *.puueram convanccr*W, graça» a :í...i-¦¦-••• ••experiência poittira (le«M>« dia», de que oanucomunlimo nao pav... inr»iiQ ae unwchantagem «- uma vil manobra do* piorasinimigo, do povo,

Ma* lia ainda, ligado a tes. um outroasiKxto a .¦¦¦... e que enquanto ost"ii«. !.i- ..ii...!,-....i.i a derrota do anil-comuiiidiio e se cobriam ne vergonha eoprobrlo. o* ¦.:..>.:¦.•¦. -c impunham aoncoiiinv inrii.u e 80 .,..;*.«. de toda* as.i.:... fórç;.* verdadeiramente nacionaise dtmoer.it rsi .. .t.« firmemente ualuta contra o kuIih*. 1'oram o« romunUtas.em -... .;. »n. o *** partido* e a opiniãopublica M- achavam ainda perplexos, os pti-metro* a Indicar que a única *olução :¦ --t-vel paia a erine era o cumprimento daf.jmtituii- ......-.1,1., -r na Presidênciada República o sr João Ooulart. A « •»elartvldente atitude, que exigia o respeitoa ConlUtUiÇ&O, o "frlado de Hão Paulo"chamou de "habi issimn manobra" e a elan^ibuiu n êsito do movimento pela po»»edt-.)....-« Foram o» comunista», também, o*pr.mriro* a «..inciar o jugo dos fóiçrsroncll:ad(ii que para Impedir uma vitóriademocrática de i.tals largo alcance, trama-ra n a» t.conct tí;s do povo a emenda par-Inmenlnrlila. A»? m como foram os comu»nlstss a fôrçr. quj não vacilou um st< ins-ie*tle em lançar todo o piso de sua In-íicuncin no selo do movimento operãrlo teitudantil, do .al:'ectualldadc e das orga-nlzaçóci po*u:nr-.i, no sentido de barrai ogoipe c r-mp'» r os golpistas. Na atum;."odos comu: • re tnltou, bem nítido cmarcante, o een Ido de unidade — mar-chnndo no Indo v-s < ¦¦ u.u-. forças antigo!-p st...*,, no mesmo tem h> cm que criticandoas v.icllnções c n ni>'tulação dai grupospolitlros que tendiam no comptomtsso e én-fim o impuseram, n.ravés da reformacoiHtit.uclonal. Por tudo leo. deram os co-munistas uma Importante contribuição àfrente demoeràtlc- e pntrlrVIca que se for-nou no pais. oferecendo um magníficoexemplo de lucdrr. política e de fidelidadenos i.ntcro&Jirs do povo c da >.trla.

Re :t solurão para a cr S9 nf o foi n nuemais convinha no Brasil c rcu no o. não háduvida, entretanto, de que se verificou —mais em té'mos oerm?nen'?,i dn nie Ime-dlalos — um seinvel avanço do mo. mentonnclonalsta e dn luta democrática. Tixa-mos aqui. rapidamente, nren's dois n:ie-ctos: a drrro'a do áhticomUD'fmo e o crsi-einento da autoridade c do prestigio dosoomunistos. São aspectos que íe ligam in-scparàvelmcntc, mostrando com toda arlnrezn cotno sáo favoráveis, rm nosso pais.as condições para a unidade e a a«*áo dasamolas forças que aspiram á librr-!-;>. aefetiva lndcpendcnc'a nacional e às trans-

.fornin«-ôcs social1; prorresivas e-ieicias re-Ia esmagadora maioria do povo brasileiro.

MEAÇAS DE HECK PROVAM:OLPISTAS TÊM QUE SER PUNIDOS

ao

discurso pronunciadoalmirante Silvio Heck,

ei.xar o Ministério daMiBnha, após o.fracasso dogol !, não é somente umdevoro. E' multo mais do

sso: é uma plataformaforças que não consc-m implantar, agora, a

ditAura militar rcaciona-na nas ameaçam voltar àcar i.

ex-ministro Heck, ,1áde^s de empossados o pre-

te da República e oeiho de Ministros, temudácia de justificar a

queda.<gtil

sldiCoiaconButa golpista dos minis-tro:verBn a rasgar a Constitui-çaosr,estiamumto

militares, que se atre-"vetando" a posse do)ão Goulart, impondo oo de sítio de fato eçando arrastar o país aguerra civil. E isso é fei-m o maior cinismo,

minar os seus anos de vida.seria fazer dos restos desua esfarrapada '•bandeirr"ura confortável pijama deaimirante de reserva.

Mrt.-r o pior em tó;la essahiiíúr.a é que o sr. Hecknão passa de um porta-voz,falando cm nome de um sru-po de impehitentes golnis-tas, inconformados, lnclusl-ve, com a conciliação ropre-sentada pelo parlamentar!?-mo. E é esse grupo, mais tal-vez do que o próprio sr.Heck, que tem de sor puni-do, tem de ser expulso dospostos de comando em quecontinuam, como criminososa serviço dp Interesse dosgrupos econômicos contra-rios ao Brasil e ao nosso po-vo.

Não pode haver contem-plaçào cem csíc grupcihoreacionário e nnunacionp.l,que v. rias vcjcó j.t con^pi-nu contra o p vo brasileiro,c. agora, através tio sr. Keck,ameaça aberta c lasòlehte-mente voltar à car.^a. Êsseé o sen! ido do discurso deHeck ao falar cm "expeota-tiva do que esta por vir" eotn "transferência do campoele luta".

A consolidação c o avançoda democracia em nossopais exigem como obictivoindeclinável e imediato, aexemplar punição dos ban-dos golpistas, que otispmutilizar criminosamente asarmas ' da nação para assuas aventuras contra opovo.

ch« indo o sr. Heck ao pon-to s dizer que a trindadegol jta se achava no "de-sen enho de uma de suasma altas missões constitu-cio Is". Como se vê, ou osr. eck não sabe o que éml.1 io constitucional ouper i — éle e os que es-cre ram o seu discurso —que o povo brasileiro podeser ludibriado com artifi-cio; de semântica tão gros-selt ; e pueris.

C nais grave no discursonãc , entretanto, o cinismo.E' facilidnde com que osr. r-ck lança ameaças e sedec ra disposto, em nomenão e sabe de quem, a rea-ditt a sua fracassada quar-tela i contra a Constituiçãoe o ovo. "Deixo, porem, ocan , setn abandonar a lu-ta i na expectativa rioqucKstá por vir" — diz oex-iHnistro da Marinha, EmaiH "Eu, por mim. apenastranHlro o campo da luta".

QiK é que "está por vir"?Um Bõvo golpe contra itConAtuição, uma nova teu-taliw de quartelada paradepoB o presidente da Re-públfc, cuja posse foi "ve.iadaP por Heck. Denys,MosjVCordciro e Lacerda?

E mnal é o "campo riIutaRpara onde se transft ¦re oBr. Heck? A sua luta —de Bi almirante que nãodei.-Mi um só momento úcpistM a terra firme — foiconBa a legalidade consti-tucBnal. contra uma legíti-máBxlgêncla de toda a na-çãwEssa, naturalmente, é alutar que ele ameaça conti-nifif em "outro campo".

Üsse, o sr. Heck que levaa essa "luta" a bandeira

pjSV ele mantida k«frente doMinistério da Marinha. O

.é que èlc só levamesmo a "bandeira", porquerie prestígio, autorldndo cfórea. que õle já tinha mui-to pouco, não leva coisa ai.guma.

Nes.sa altura, o mais sen-sato para o sr. Heck serianue êle acabasse com os sn-nhos rio "campo de luta" o,sêndn realista, compreendes-se que o melhor, para ter-

Foro de Rumo»,*/.'

Paulo Moita Lin:

Utilizando, cum insofismável finalidade colpisla, a in-flucncia dos postos de mandu de qur disminliam, algunsdos eternos inimigos do desenvoii ..ítiitn «te nossa sis-Ipma democrático levaram o Urasii, íríamente, à fronte!-r:> da truerra civil.

XXXO ultimatum. de sabor fasclstn, mandado ao Congres-

so, om forma de veto à investidura dn sr. João Goulartna Presidência da República, constituiu o primeiro passopara o estabelecimento de unia ditadura rie direita. Osresponsáveis pela tremenda aventura lançaram as cartasna mesa. Logo depois desse gesto rie áventurismo verifl-cou-se porém, que o golplsmo .se arrícavn a perder a pa-rada, o que afinal se confirmou.

X X xSem dúvida, destacaram-se na resistência ao golpealgumas forças representativas de nossa consciência de-

mocrática: os militares, homens ria estatura moral deI.ott c Machado, que dentro de suas áreas ergueram-seem defesa da legalidade democrática; governadores cimoBrlzola c Mauro Teixeira: os bravos ferroviário" da '.?o-poldina e os representantes de oulros «elot-es da '•l?*.-.-operária qup desfraldaram a bandeira da grevn nolitiea;os iornais rio Rio e dos principais centro; eionòm'"ps eoolttlcbs do país, que resoondj^anri com nre.steza o com-bntividade ao áventurismo jro oista: os estu^anlcs e ou-iros setores do novo que no Rio r noutras-elde.ties saíram-à rua nnra Combater o golnt«mo, cm qtiatnittr terreno.

X X j:A vitoria conseguiria contra o golnlsmn não foi isola-

damente desta ou daquela coletividade, dos representan-tes desta ou dnquela tendência nolitiea existente no qua-dro da realidade nacional, nem foi, isoladamente, uma vi-tórla deste ou daquele líder, mllHnr ou civil, projetado nacrista dos accftitei-.linenlos om virtude rie corajosas toma-das rie posição. A vitoria foi do novo brasileiro em seuconjunto. Assim aconteceu na vida civil, como na vidamilitar, onde a nrã<i ontrlótica rio r'ri"ials, sargentos, ca-bos e soldados, em rWr<:n dn legalidade, constituiu de-monstro tão do homogeneidade jamais observedn «—- nos-sa história.

X X XComo resultado da fragorosa derrota dos golpistas aí

lemos rumos diferentes, traçados ao exercício da demo-cracia e ao funcionamento de nossas Instituições políticas.Resta portanto oue o impulso da trrantle vitória não sofraamortecimento. A fim de que o Hrastl consiga construir,em beneficio tlc seu desenvolvimento democrático, aluu-ma coisa de solido c rio duradouro, ê nreciso que comecema trabalhar em torno de um nrotrramn patriótico, as di-versas correntes c inrültliçõcs interessadas em nossa rom-plein libertação ecònímica, cm nosso nrosrcso social onotifico, na sustentação dus liberdades democráticas e naluta por melhores condições de vida dn povo. Nesse sen-t:.'n. abrem-sc á vida política brasileira perspectivas am-pias.

Page 4: OS COMUNISTAS E 0 NOVO GOVERNO - marxists.org · Ia» j* nào fasem o 0,ue nurmn Viiema» na época da ... !ae realisar em virtude da tentativa golpista que tu-nmltuou a vida do país,

-4 NOVOS R Li MOS Rio d* Jorttiro, wroono d* 15 o 21 d» fittmbro d* 19Ó1 —'

NflAfttUA ~ tdo Oormm.poi iWniei WttiB o «MaMltt

i..*w-,È ikf>«** da dtrfrio «%»js..»i.. «to ronunetar, « amW.•tM* aqui era Ao > «>*•polltteo e. naéuela hora,n«tn o mais aaaltedo ousaisia teria rapas da ajtrmar«ju* a cri** oa ¦¦wórtv» tualer um «ti-afOcho unskauik»,Ko saguão da Oásaan fer*viam «it boatoa d» fteha-mento «i«» r««agra*»o, átm»qut o* miniaim* mlluara»u luvism «om unir ado avãrlos drputado» da qut não«•oneotdavam cotn a poso*dt João Ooulart Alamortm*dos. diverto* deputado* doPIO começavam a cabalaptla daerttaeao do "Impoa.chamem", pois qu*. attrma*vam, tra prtftrível

"lalvtralguma coisa do rtgimt*..

Naquele ambiento qua*edt terror, è convocada umasoasão noturna na Câmaradoa Depuutloa. sabendo.»»,eom antecedência, que Iriafalar tm nomt do PTB o »*uttòar, o deputado Almino Aí-íoosu. loa to«#>. diu «ir*.», oparlamtntar amaaoot n s tmana o Inicio da contra*ofensiva tm dtfesa do man*dato d* Jango. chamando aCâmara a tuna posição brio.aa dt defesa das intüiulçòeita contra a farsa qut st ar*Uculava nos bastidores. Comgrande habilidade o parla*mtnlar do Amaxoiias foi pro-Ttxando deputados de dlver-aot partidos a pronuncia*mentos antlgolpc. ralem-brando a ajuda do PTB aposse da Jusctllno, e Invo-eando a pregação legalistadfc UDN. «Mas. nâo obstantea interpelação direta, mu.doa at conservaram ot lide.res mait categorizados doPSD. como o maquiavélicoAlkimln. e seu corresponden.ta na UDN. o deputado Pr.•Tro Alp!r... De qualquer for.ma. no entanto, ficou levan.tada a resistência na Cama-ra a qualquer proposiçãopelo Impedimento do \ice.presidente eleito.

JMNSAGiM Di IOTTA sessão noturna ia mar-

ehando para o seu término

t JOÃO DE MERITI:POPULAÇÃO EM PISO

DOUTRA 0 tOUESAO JOÃO DE MERITI

(do Correspondente) — Con-vocando o povo a tomar po.sírAo em defesa da legalida.de. com a poste do tr. JoAoGoulart na Presidência daP.? pública, as associações dcciasse, os partidos políticos ccri sentes estudantis lança,ram vibrante manifesto nos

. diá* que se seguiram â re.núncia de Jãnl0 Quadros, as.sinado em primeiro lugar pe.lo Chefe do Executivo local.sr. Arte Teodoto. O do.cumonto ámvtm'im.4m.mto do

implantar ao pait una «ta-dura militar, lamsTaaandu asoberania popular. - Atender.do ã cáenocaçao, detonvol.veu.sc em todo o municípioamplo movimento em favorda legalidade, dettacando.seat seguintes iniciativat: atocívico na Câmara de verea-dores, passeata popular, doiscomidos na Praça da Matriz,com o comparecimento emambos, de mala de 5 mil pet.soas, fundação do Comitê deHaaèstència Contra o Golpe eda> apoio aos irmãos do RioOrande do Sul, oorrdciot.re.lãmpago em todo o rhunid-pio, abrangendo as localida-des de Engenheiro Belfort.S. Mateus, Tomasinho Éden,Vila Norma (onde, atra-vés de uma estação de rádio,o$ patriotas dirigiram a pa.lavra a mais de 10 mil pes.soas), Largo do Respeito,Vila Tirodentes, AgostinhoPorto, Coelho da Rocha, Vi.lar dos Teles, Jardim Me.?rópole, Parque Araruama,Vila Rosaly, etc. Foram dis.tribuidos cerca se 17.000 vo.Jantes, contendo o manifestodos partidos políticos e dasassociações de classe, bemcomo a proclamação de LuísCarlos Prestes indicando aposte de João Goulart comoa solução para a crise. Otpatriotas de S&o João de Me.ritl deram, assim, valiosacontribuição à causa da le-galidade.

«Voa** Dura*-*»» • Crita

A Dança doo Golpe e a

Parlamento EntreDefesa da Constituição

QUattaV) o «Jeaiuuik» BocaiúvaCanlia poda a palavra parauma reoauiueaçao ur-r»»"té. onlto, diante «Jo pim»rio mai* do qu* atento, s Is.tnoaa mtnaatjew da Lou ««povo braatltlro. en» qu* roo*clamava o repudio as mano-urA ditatorial* da Denjr»«• «eu* Mrtairoif. A* paUvra»do antigo candidata a Prr-«idenela d* Republica mdl-caram aos partameotare»qu* a opinião publica náoarallarta uma capitulação equr o Ksírclto náo estavacotio atras de mlnutru da

d* '«««so. tu uma cot* apa*tt*» — a atfvint* declara-«ao da Dtnys: toni-ii»».minha palavra d* h«mr* <»¦marerlial do «tumiu que uteatral Machado tope* . - ¦ta com o gurirn.r. Menos dr41 honu depois o "DianaOficiar já dava o derretodt Bomtaçáo dt Cordeiro dePartas pata o contando doTerceiro Hdrclto.A BflflflWUM* 00• lãtPUCHflUNI •

A poti«*áo firme * «sumidaOuerra. U pela* duas ho* por t|sutUl dtputadM doroa d* nunhã4jp%mp\t*m+*—f& » owtn»» de WiV-irm*"dunavam o Palario do Con-grasso, o* parlamentaresafirmavam com segurança:"8e não fecharem o Con.grasso iuus madrugada,náo o conseguirão mau -

UM OOMiNOO CINXINTOApesar da extrema gra vi-

dade da situação, náo fun-«-tonou a Câmara naqueledomingo cheio de terríveisIndagações. E foram oa pró-prios deputados do PTD queriseram com aue se descon-vocasse a sessão Já maresda.Eis a raiáo de tão estranhadecisão: tvttar a qutda dtSérgio Magalhães da presi-dtnclt da Câmara, tramada' pela liderança do PSD e eomanuência da UDN. «Tomo sasabe. na véspera o depu-tado trabalhista carioca ha-via divulgado uma vigorosanota dt protesto contra atrama golpista, em que aflr.mava preferir a guarra civila uma capitulação, t que ar-qulvarla qualquer propotlçAnde emenda á Constituição.Pegaram os rãhulai do PSDe da UDN nessa parte finaldas declarações do presiden-te em exercício da Câmara,mostrando como um attnta-do ao regimento Intemo. Di.ante da borrasca que iriacair no plenário, tornandodifícil a posição de SérgioMagalhães, suspendeu.se aconvocação da sessão, psradeixar á Mesa a descobertade uma solução de contornoda crise. Afinal, tudo sere.nou com uma Nota assinsdapelo* membros da Meta queproclamavam, ao mesmotempo, a firme posição tolado da legalidade e o res-peito rigoroso ãs normas re-glmentais. Venceu-se, as-sim, mais uma sórdida ma-nobra dos liderados de Alki.min que buscavam, a todotranse, uma solução que dei-

o poso*? con o PSD.

MACHADO lOPMtA partir de domingo a Oã-

mora. como o resta do pais,postou a ser sacudida pelasboas novas do Mo Orandedo Sul. A "Cadeia da Lega-lidade", a cada Instante,transmitia as Informaçõessôbre a resistência gaúcha ea disposição do governadorBrisola de não capitular an-te o grupelho golpista. Nasala da bancada do PTB,foi colocado um potente apa-rêlho de recepção e o depu-tado Joaê Silveira organlaouum serviço de divulgaçãodas informações das emls-«Aras do Palácio Piratini.distribuindo cópias datilo-grafadas com o resumo dasnoticias mais importantes.

Na segunda-feira, trava-,-se, então, uma discussãoacossa em tomo da seguin-te questão: de que lado estáo m Exército? Através devários porta-voses, e, es-pecialmente, do renitentegolpista Mendes de Morais,o marechal Denys procuraquebrar o ánlmo de resistèn.cia dos parlamentares, di-zendo que Machado Lopesestava com êle e que as ln-formações de Brizola eramfalsas. Uma Comissão deDeputados vai ao Minlsté-rio da Guerra para apuraro assunto, pedindo provaspara a alegação da "fldeli-dade* de Machado Lopes aodispositivo golpista. No final

íuri Gaqárín

MINHA VIDAE MEU VÔOAO COSMO

billaou a* lideranças dátstspartido* para qualquer ma*nobra aberta de declaraçãodo impedimento dt Jango.No PSD é lançado um mani*fatio ptla postt «it Jangocasa quaranta assinaturas,ou seja. mais ou menos umterço da bancada. Deve-teaos seguintes parlamentar»*táo Un por tan te pronuncia*menia: Jota Jóflly. ValdirPiras, Armando Carneiro.Vitimo de Carvalho. Hum-btrto Lucena. Cld Carvalho.Armando Stomi. Vasconr*.los Torna a Andrade UmaPilho. Jà na UDN. dottacam-•at na oposição ao golpeOabrtcl Passos. AaauctoCardoso. José Sarney. fiei-xas Doria e Perro Costa.

O "bilhitUnho" dos mlnu*tros militares de veto a Jan-go t qu* o "untoto" Maxilltencaminha ao Congressochega num momento sm queo Parlamento Já vê a potsi.bllldade dt resistir t dtderrotar ot «trê» mosquetti.ros" 'do golpe. Se houvessesido remetido 48 horas an-tas, certamente, teria tra-sido pânico e tensão. Na-quele Instante foi recebidocom chacotas, pois o IIIExército havia dado suapalavra. Ko entanto, o hi.lhetlnho dos ministros mill.uras Iria tornar-se o ponto«le partida para o golpe que

o PSD e a UDN tramavamna sombra, com a assistênciado teórico da direita do PTB— Santiago Dantas.

Insulado o Congresso Na-cional para apreciar a Men-«agem do presidente provjsó-rio, JUnitri Masilli, propõeMoura Andrade a constitui-ção de uma Comissão Espe-ciai do senadora* t dtpv-tado* pare estudá-la t oft-recer ao plenário qualquersugottèo. Viu-st logo queo Tmpoachonvant" talavalassa****», aaaa cjaa iriam tra-sar a Emenda Parlamoata-

eomo a grande sohteAopare a cria*. O*

chamado* Jurista* do PSD,qu* nada mal* são do que osespecialista»* am dar tintasjuridlcaa às manobra* maissujas do partido majoritário,elaboram um tortuoso pa.recer, recusando a declara-çáo do impedimento de Jan-go, mat apontando o cami-nho do golpe branco dareforma constitucional, as-sim eomo os meios para ob-tê-la tm menos de « ho-re*.

O lidar do PTB na Cama-ra, deaojooo d* um pronun.ciamento do Parlamento pelaposte de Janfo, realiza en-tão um jogo complicadoapresentando uma emendaao relatório, na qual st de-clarava, taxativamente, odireito liquido e certo do sr.João Goulart de assumir aPresidência e com os "po-deres que o povo lhe ha-via outorgado». Os próceresdo PSD, sob a direção dcAmaral Peixoto, não recu.sam a emenda, depois de ton.gas conversações, mas acres,centam-lhe um período emque se previa a adoção doparlamentarismo. Vota oCongresso o relatório, emque trazia implícita o re-púdlo às manobras dos gol.pistas militares, mas quecontinha a «sugestão» doparlamentarismo.

O 11X0 PSD — UDN

No dia trguintt, o roloromprettor ou bloco pana*mr-ntar PKD-UON. qur **»formou naturalmente pataimpedir a vitoria toniplrta•In ITR, .io..ir a hora «I* ra.!»•"». ia de Janto, fas pa**sar uma dratiira reformavio regimento intemo da ««".»•• a fim d** que o riu

não pude**? lançar mão anlegitimo recurso da ..:,»!n>-cão. Apesar da lula Ingente<t> Aurélio Viana kyi-wlltuei. Kalvador lA*a«.r«*.Ilelu» Ramos, rotupleia-oe,

de v•.-.»¦• a ¦¦•¦ -'"ihirt «<*"Operação Rolha", que iriaabrir caminho para t Refor.ma da Coixtituleáo.

Chega-se oo dia primeirodt <-un.il; e a Cauiata èconvocada para votar umareforma parlamentarista,rulus retoques finais eramdado* peU trt-ie figura dodeputado Néluun Carneiro,qut prestou***, ao papel de"patrocinador" da inuecoro-sa manobra articulada pelotrtunvlrato AlkUntn • PedroAitixo t Santiago Dantas.Protesta o PTB com veemén-cia e Aurélio Viana levantasucessivas qutttões de or-dem sem obter resultado. Amaioria deseja, a lodo custo,votar em poucas horas aemenda parlamentarista,náo obstante náo estar elaainda sequer pronta e serimpoulvel a qualquer depu-tado um exame sereno doque Ia j>c votar. Aviões daFAB são .i'--|..i. ii.nio- para oRio i' Sáo Paulo a fim detrsscr parlamentares do PSDe da UDN, alguns, como omagnata Edllberto Ribeirode Castro, que so havia pisa.do cm Brasília raríssimas vé-ses. chegam eufóricos psravotar o parlamentarismo.Um observador mais atento.Ironicamente observa: vejacomo os mais ferrenhos pre-sldenclalistas e capitães daindiistria como Lafer, OlavoFontoura, Bagueira Leal.Mauricio Andrade viraram"parlamentaristas"... A pa-lavra.de.ordem do PSD dsrtapelo Amaral Peixoto é cia-re: o parlamentar do PSDou vota pela emenda ouperde a legenda! Na UDNot pruridos da legalidadesão veneldos com a observa-ção: a reforma da constitui-ção ou a guerra civil.

Nada disto bastava. Erapracáto "furar" o PTB. Os-valdo Uma é tntão lançadopara íaztr abrir uma grandedissidência nas fileira* tra-balhlstas. Para Isso tudo va*le. Como Nelson Omegna,especula-se com as suas di-vergéncias com Jango. Comoutros, é o mesmo fantasmada guerra civil ou do fecha-mento do Congresso. Paraoutros, é a defesa das exce-léncias teóricas do parla-mentarismo.

A CONSUMAÇÃODO GOLPE

A batalha no plenário éardorosa e emocianante. OPTB e Aurélio Viana levamo debate para o terrenoconcreto da absurda e ile-gal tramitação de uma re-forma constitucional em 24horas. A obstrução é difi-cil, pois estava em vigor oregime da "rolha" e o presi-dente Sérgio Magalhães nãoaceita várias questões deordem. Quando é iniciada avotação, descobre Hélio Ra-mos que ia ser votada umaemenda diferente da que ti-nha sido posto em discus-são. Era o escândalo com-pleto. Pressionado pelo de-poimento de Breno da Sil-veira, que havia eventual-mente ocupado a Presiden-cia no inicio da discussão,e que insistia em que ou.tra era a emenda, SérgioMagalhães determina o rei-

ilFÉÍLJfilIflles ií MM

110

Toda uma tábua, de letras e sinais do começoate o fim, desde as graúdos às mais miúdas.Pesquisavam insistentemente ge havia qualquer es-trebiamo oculto, punham à prova a visão à noite,examinavam detidamente o fundo do olho. Aconte-•seu que não apenat uma vet, como era comum, massete visto* tive que irj^jscjüi-íar-tr depois de cada

jrtw r«eom«<r6T3 tocio: novamente a tábua de letrase sínaU. a análise do sentido das cores; olhe com oolho direito, agora com o esquerdo, olhe para cá,agora para lá... Km resumo, o médico trabalhavasegundo a fórmula: "Medir sete veies antes de cor-tar". Procurou, procurou, mas nada encontrou emmeus olhos.

Procederam a verificações quanto a capacidadede trabalhar um condições difíceis. Mandavam efe-tuar operações aritméticas com cifras que inicial-mente deveriam ser procuradas numa tábua espe-ciai. Com isto comprovava-se a rapidez no trabalho,as respostas corretas. A primeira vista a solução datarefa era simples. Mas logo ligava-se o alto-falanteno qual uma voi monótona começava a buscar asolução. Entretanto, em lugar de ajudar, a voz Im-pedia a concentração. A atenção começava a dis-trair-se e era necessário impor-se o prosseguimentodo trabalho, sem prestar atenção no "amipo presti-moto . Era difícil. No entanto, isto eram apenas asrirei; os espinhos viriam depois.

Os médicos eram numerosos, e cada um tão ri-goroto como um promotor. Não havia recurso de ape-lação: os candidatos a cosmonautas voavam pelascomissões numa roda viva. Eram postos à margempelos terapeutas e neuropatólogos, cirurgiões e larin-gologlstas. Mediam-nos de alto a baixo e de lado alado, pereutiam-nos por todo o corpo, giravam-nosem aparelhos especiais... Objeto de especiais aten-ções era o nosso coração. Por éle. os médicos liam tó-cia uma biografia de cada um de nós. E era impns-

Hif.,. da ¦-»•'•¦•'«". piovo*«ando i- ¦ «i-¦- da maioriat <«i<;«u- tu* tiuotiiurr* aoK«»lpe HOMOi I'¦«•'.«¦iiiini-.rn.it. -..ui ¦ qu* o •'.-.-ttur oa txlsttneta de uma te*íjuuiia ernentU parlamenta,mia foi o «overnador deMinai, qur Havia chegado aCapital «u Republica naque*I* manha o «enhor M*ga*Iháes Puno ao tomar ro*nheelaieiiiii de qut a refor*ma eonttintrional rslabelt*• i- a »«'• >" do |i*r,.in.Mi.'-runtii tutumáilcsment*no* BitadiK. pó* a bóra nomundo, nmmgulndo um ve*

tfPH ntiusttdui. oa

mental enlre as v*n*« |»r.'."••' puliiictiPouco a pouco ficou evi*

de»i* qut o rnterio nredo.mininto teria a d* forma*«;a«« d> um .;-i. ..-.. .i, .(-«it,•¦¦-•¦» uaciunal", dando*»? a«ad* partido uma falia oobolo, • flm dt evitar gtan-«rs pruie*io» Ruredem.*!* o*rtitruçulué ridículo*. Umparlamentar ronvlria n* ami*«•:•'¦> para tomar uísque em«*a»a do *eii rolrga AntônioCarlos Magalhat*. que •»-..versariava no dia. Um vln*te r»ru» na esparrela r arerta hora entra o rx.preil*

romandame* do PSD roíite*gulram «. <¦ o deputado Nel*•on Caniriro re«Jlglr*se ou*ira propoiçáo. conttndn asexl|êneln> do governantedu altet .i- Ma*, como náoqueriam atrasar a votação, ecomo a* i-otsas estavam nabase do val».|udo. Ideallsa-ram a ati<a manobra de. naconfusão, ftter p**«ar tatopor lebre

•NfCHIAIIOS 211 VOTOS

A aprovação da tmendaexigia qur votassem tini 311deputados. Tsl "quorum" eraapertado, mas como o P8De a UDN davam tudo. pou-cas eram as esperanças dequt êlt não seria alcançado.Como a obstrução continua-va. determinaram os lide-res dos dou partidos queseus liderados não se afãs-tassem, sob nenhum pretex-to do Palácio do Congresso.Vla.^e. a«lm, pelas como-das poltronas dezenas depe.ssedist.i. e udcnlstas dor-mlndo a >ono solto, esperan-do a chamada das campai-nhas que anunciariam a vo-tação. Esta só teve início Iapelas três horas da madru-Rada. pondo um ponto finalna batalha parlamentar.Resultado: 334 votos pelaemenda r 34 contra. Entreesses encontravam-se cincopessedlstas: José Jóflly, Ar-mando Carneiro. Vuconce-los Torres. Andrade Limari lho e Vllmar Dias.Do PSP «etc rebelaram-secontra o golpe branco: Nel-va Moreira, Abraão Moura.Sousa Leão. Lourival Batls-ta. Adão Pereira Nunes, Sil-vio Braga e Amaral Ourgel.Entre os udcnlstas não hou-ve um só voto contra, masJosé Sarney e Seixas Dórlaabstiveram-se, fazendo de-claraçõe* de voto e OabrielPasso* afirmou que votavapela emenda, tando em vis-ta a anuência do tr. JoãoGoulart Dentro da bancadatrabalhista votaram pelosim, entro outros: BatistaRamos, Nelson Omegna, Pa-dre Nobre, Oabriel Oonçal-ves, Osvaldo Lima Pilho. Odeputado Lycio Hauer, ape-sar de ter participado devários aspectos da obstru-ção, não apareceu para vo-lar. pois se encontrava gra-vemente enfermo.

FORMAÇÃO DOMINISTÉRIO

Com a votação da emendaparlamentarista, as aten-çôos de todos voltaram-separa a chegada de Jango aBrasília e para a composiçãodo novo governo. No sàba-do à noite, no dia 2, nomesmo momento em que erapromulgado solenemente oAto Adicional, começaram aser divulgadas noticias deque Jango havia se empos-sado em Porto Alegre e quenão aceitava o parlamenta-rismo. Êste foi o último mo-mento de abalo da Câmara.Lá pelas quatro horas damadrugada, Doutel de An-drade conseguiu falar pelotelefone com Jango, que des-mentiu as informações daRádio Guaíba. Sentiu.se, en-tão, que a grande batalhademocrática'chegara ao seufim e que restava tão.sò.mente resolver a Inglóriadivisão do espólio governa-

-drn:r KubltwrtelrrV«rhi-rBr-elarações sáo formuladas no«tntlao dt que todos os pre*sentes estavam Irmanado*no propuslto de fazer de fu*Isno dr tal mlni-tro de Es*lsdo.„ Foi um corre-corre,pou a metade do* preientrade n*d* sabia, enquanto aoutra metade era rompoitade uns 10 quase-mlnlitro*.

Na sala do rafe ria Cama*ra rnnu.irani.-r os rlubesdos "3J.7". Tais clube* nas-ceram do raciocínio simplistade um dn* 'neoparlameit.tarittaa". Dizia êle: "ora.se rstamoi no parltmrnta-ritmo * te somos 327 depu-tsdot, cada grupo de 32.7deputado dá um mlnlttro.El* ai o parlamentarismoconseqüente".

O OOIPE DO TANCRIOO

Naquela üituação amhl.gua e em que todos espe-ravam uma palavra do Jan.go. viu-se qut era impre.v.elndivel conhecer-se a opi-nlão do maior Interessado ea quem caberia fazer a Indi-ração do primeiro-ministro.Dcridiii-.ir. então, a ida doavião presidencial a Monte.videu ou a Porto Alegra, le-vando Amaral Peixoto. Al-mino Affonso. e outros lide-re* partidários Por razõesaté hojt não esclarecidas o

REFÚILrCAPOPULARDA IUMARIA

A Republica Popular úiBulgária viu passar, a 9 desetembro último, o seu 17°aniversário. E' oportuno,pois. ressaltar o profundosignificado da revolução ns-cional que culminou com aqueda da realeza e a pro-clamaeão d a República,cuja direção passou ãs mãosdo proletariado. A históriada Bulgária encerra episó-dlos de luta Incessante e deindlscritívels sofrimentosdo povo. Submetida pelosromanos, subjugada por bi-/àncios, torturada pelosturcos durante cinco *é-culos, dominada pela Ale-manha, sobreviveu a todasessas calamidades. Situada-uma região que já foi a

mais turbulenta da Euro-pa. a nova Bulgária constl-tui hoje um exemplo de or-dem, progresso e de povoamante da paz. Com poucomais de 110 mil qullôme-tros quadrados e menos deoito milhões de habitantes,a República Popular da Bul-gária constrói os seus na-vios, exporta material elé-tricô, máquinas, ferramen-tas, produtos químicos, ex-trato de rosa, conservas,verduras, flores, etc. Ao en-sejo da data magna do po-'vú búlgaro, os trabalhado-res brasileiros saúdam fra-ternalmente os seus Ir-mãos daquele pai.s — hojeuma nação rica e feliz —augurando-lhes novos êxl-tos om seu caminho de pase de progresso.

J.11sivel ocultar o que quer que fosse. Um instrumentalcomplexo localisava tudo, até mesmo os mínimos de-feitos «ie nossa saúde.

A comissão era dirigida por um médico experi-ente, Evgueni Alexéievitch, homem de grande erudi-ção e saber. Belo, de olhos atuiu, bem-humorado,imediatamente captou as simpatias de todo o nossogrupo, e mesmo aqueles que náo haviam passado noexame de saúde saíam com a melhor das impres-soes sôbre êle,

— Não se zanguem com a medicina, meninos, pi-lheriava éle ao examinar-nos; continuem a voar,mas náo na estratitfera superior.

A teleçáo foi rigorosa. De uma dezena de homensrestava apenas um. Mas este mesmo náo estava can-vencido de que pastaria pela próxima comissão in-cucada ao despedir-se de Evgueni Alexéievitch. Êleme aconselhou a preparar-me para esta comissão.

-Estava vencida a primeira etapa, e eu tinha es-peranças. Voltara ao regimento e pastei os diasaguardando. O tempo corria rapidamente. Como an-tes, pela manhã eu ia para o aeródromo, voava tó-bre as montanhas e o mar, dava plantão, ia esquiarnas horas livres, deixava Lêna aot cuidado* do vlil-nho, e juntamente com Valia dava umas voltas pelapista da guarnlção, como antet redigi aa "Folha Ml-lilar", brincava com minha filha, lia at tragédias deShakespeare, os contos de Tohékhov, reiia, pela se-Riinda vez, o romance de Victor Hugo "Os Homens doMar".

Cansei de esperar uma segunda chamada. Eradifícil, porque esperava sozinho. Eu tinha guardadosilêncio sôbre a minha primeira visita á junta medi-ca, dizendo que se tratava de uma comissão comumpara assunto de serviço. A consciência me doía —pois nada ocultávamos um ao outro. Mas aquele eraum assunto muitíssimo invulgar e, por enquanto, omelhor era guardar silêncio. Assim havia aconselha-

tal avigo. conitêtunáo to*do* ut piano*, nào foi •«Brasília, partindo direta*mente itti Rio oQOtn nm uni.ro psususln» a bordo «=¦Tincndo Neve*.

Com a rheiad* de -• *.Goulart a Bnuilia a oa*talha pelo* cargo» anuiue.. -i..- -.-.; dranutávie, Reúne.•ta o PHD t apus ti.« .«»«•-»air*at adota a seguinie de-i*i*ão: o primriro-muiUUüdeve »er membro do Con*ti"«. NnüüiibI ou pttiidtn*tt dt Partido, a i»..- * peque-na. i-oiiiriitavi**t que «¦. 1*1.?!?a_g.lü<c*-l"*r """' d*W almirante e tar tle Ni-leroi. Amaral Peixoto tur*giu ai*!m ii.mu randldtto »primelro-minUiru impuitupelo PSD Jango queria, noentanto, um homem dr *uaconfiança t por isso enviouuma Itila Iripllre ao agrupa*mento majoritário, na qualev Ideniemi-iite .<• pulei iaatlr o nome de Tanrredo.(lexle que Moura Audradrestava formalmente vetado• tm viits de tuas atitudesindependentes e contra ogolpe» e ptla inexprtssivi*ua ir do nome dc Capancma.

Vencida a parada do prt-meiro.mlnlstro. com a vota-çáo interna no P8D proTrancredo Neves, começa alufa-lufa da composição do-ablnete de ministros. Reú-nc-se a UDN a fim de rajel-tar oa dois ministérios quelhe ofereciam: Relações Kx.leriore» e Mina* o Knergis.A alegai;.'»!» du ntrtido briga.rieiristax ara dr que es*asduas pastas só traziam ônuse nenhum resultado eleito-ral. Impllcltamtnle, tssu.mlndo til atitude, vetarama volta dr Afonso Arüios aoItamarati. Antt a recusaudenista. Tanrredo resolveentregar-lhes o MinistériomsU cobiçado, o da Vlaçãoe Obras Públicas, com o queenche de contentamento osliderados de Herbert Levi.

íà no PTR •< potttot* *aaMtjtMHa» «Uiquanta Aimi» ,¦no Affonso racua* o Mtnto*urio ita Justiça t procuraUter rom qut a bancada ••-,•uma uma po*»c«v> nollUrade prinrlpto*. por «ras, ou*tr«*l parlamentar** do PTHwlaiiam o seu 'rabalho, '«¦•-v iintir.»»!.. Uotodsmt a i *taraoü e potictV*

«n RitnUirw militares *àeeu úmido» por Krutl. Morti.is -.> >- é aprt-senMtio tomoa ...: . -..<¦•.... úi* <« Min!*,terto da Ps»*naa t a ju*lí-Inativa deu* euulha no *igumenlo de que êle seria aúnico homem d* «onlisncadu* banqueiro» dot »•¦->'•¦>i ...ui. tendo portanto ax,r «. * indicada para gsran*ttr que os empréstimos obti*Kit* por Manam nào srism. •„.. .-ij... Na Cámar*. poi*tanto, todos eram unanimei:Moieu* Salte» foi indicadopela Embaixada norte-sma.tirana.

—mu õ upuuu iimutiu li-i.(....'.•-• Náo por •«»•«>,no dia d* pusst do pir>i-oente e dos ministros anie oCongresso, nrnhum nomr lmal* ovaiionsdo do qur o naOsbrirl r.i > • Torii* tair... que o seu nomr riapivifrrldo itrrbia uma arla-ii..-iju eiuurdri-edura. iraa homenagem ao homem it-slmenle leprtseniatlvn doParlamento, das baulltatlontra o impcdim*nto dtJango t da» grandes • *.»•«»naclonall*ta«. e antl*Morei.u Saltes por excelènrlt.

Rscolhldo o Ministério, tofiraram em Brasília osdeputados e senadores quest Julgam com chanrt rieainda conseguiram tlgumapoilçáo ttctindarla. Mas. anova capital não ficou dt-ttrta. Multo ao contrário.Foi inundada ràpidamenitpelos eterno* cândida tot àariireçóei de empresas ula.tsU. dc autarquias e outrospostos. Nesses muitos psn-sam • em torno dtlts «gemcom rapldtz. Ttrmlnou. as.•im. melancólicamcnte noP*rI*m*nto a crise poluir*.mas, os deputado» mais ar-guias não escondem a suapreocupação diante da quevirá agora eom a luta dopovo pelos s*us problemas,reivindicações * •xigénclsspolíticas.

Em Liberdade Jornalistas PresosPelos Golpistas em PernambucoREC1PB — Apot vária*

dias de detenção no Portedai Cinco Pontas, de ondeforam condutidot em avlõeida PAB para o presidio dailha de Fernando de Noro-nha, foram finalmente 11-bortadoa ao dia • do cor-rente pela policia ptrnam-bucana os jornalistas DavidCapistrano t Aluizio Fal-cão, presos Juntamente comvários lideres sindicais du-rante a crise que ameaçouo pais com a implantação dcum regime de exceção. Da-vici Capistano é diretor dosemanário democrata "AHora" e, pelo seu passadode luta em favor das cau-sas populares, foi o mais vi-sado pelo» golpistas, tendosido transpoitado para Fer-nando de Noronha amarra-do e dentro de um sacocompletamente vedado. Aluí-zio Falcão é diretor da Di-visão de Divulgação e Re-creaçâo do Departamentode Documentação e Culturada Picfeitura do Recife. Aoserem soltos declararam osconhecidos homens de im-prensa: "Os democrataspresos vieram da prisão ain-da mais convencidos dosprincípios que defendiamantes dela. Reafirmamosnossa posição contra o gol-pismò e de defesa da letra-

.lidade democrática. Protes-tamos contra a prisão ile-gal e agradecemos a solida-riedade que temos recebido".Juntamente com os jorna-listas estiveram encarcera-dos os dirigentes sindicaisGilberto Azevedo e JoséRaimundo da Silva, da Fe-dera ção dos Bancários; JoãoBarbosa de Vasconcelos, pre-sidente do Sindicato dos Co-

mtreiàrios: Agenor Duarte* Luia Serafim, do Wndita-to dos Músicos.

NOVft lATâIA MNFEMieiABA ULTABS. Paulo — (da Sucursal» '

—Adiada em face dos áltl.mos acontecimentos que en.volveram o pais a I Confe.réucla Estadual da Uniãodos Lavradore* e Trabsih*.dores Agrícolas do Brisili ULTAB) terá sua data mar.cada em reunlno da comisião •preparatória do conclave arealizar-se amanhã nestacapital. Várias assembléiasdc preparação da Confe-rência foram realisadas emcidades do interior, dests-cando-se, pelo número delavradores presentes, a* quttiveram lugar em Marllla,Presidente Prudente, Oetu-Una, Juquiá, e Sertãozinho.Mais de duas centenas dedelegado.- já estão creden-ciados paia o grande de-bate do.i, problemas campo-neses, aevendo êste númeroelevar-se ainda considera-velmente. No processo depreparação da Conferênciaforam criadas novas asso-cia ções de trabalhadoresagrícolas nos seguintes mu-nicipios: Birígui e Andra.dina (na Noroeste); OuroVerde (na Alta Paulista) ;Ourinhos, Xavante, SaltoOrande, Palmital. Paragut-çu Paulista, Presidente Pru-dente e Presidente Berna-de« (na Sorocabana): Getu-lina, Mecedônia e Ouarantdo Oeste (na Araraquaren-se): e Sertãotinho (na Mo-giana).

112do Evgueni Alexéievitch, o comandante do regimen-to.

E os dias se passavam. Já me parecia que se ha-viam esquecido de mim, que eo nao passara. Minhaestatura não é alta, tinha aparência débil, não no-dia me vangloriar de meus músculo*. E, no entanto,juntamente comigo Unham sido examinados polajunta rapam vigorosos, de elevada estatura, em-bros de carregadores, vendendo saúde... Como pediaeu competir eom eles? Tentava osquoeer-me de mtapedido, da comissão, ma* não podia.

Valia cuidava de nossa filha, vivia muito ocupa-da com os encargos do Conselho Feminino, sonhavaem poder ingressar no Instituto de Medicina. A neito,quando nos encontrávamos em casa, ela át vêiet meolhava de maneira estranha, eom um olhar Inter-rogativo, como te tentasse advinhar o que te passa-va em minha alma.

— Será que náo estás doente, lura? indagavaela, e, como todos os médicot, aconselhava-me amedir a temperatura.Eu punha o termômetro, mas a coluna de mer-curto persistia em ficar nos 36,6. E no entanto euestava enfermo, de uma doença que não tem deno-minação na medicina: a atração pelo Cosmos eonti-nuava a inquietar-me. Mas sabia que desta doençanenhum medico poderia curar-me.E quando finalmente havia perdido as esperan-ças, quando me parecia qu>> nâo restava mais ne-nhum recurso, chegou um dia uma etrta., Chama-vam-me novamente à inhta médios E fui mais umavez sem diier nada a Valia para onile nem para queme rhamavam.E as coisas recomeçaram. A exiirência do mé-«lico era açora duas vôübh mninr. Toda- as análises«•ram iioaí. nada *» mo-iirii-ara ei*i meu organismo,r.vjrueni .Alexéievitch estava contenteesperançoso. Continua

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Page 5: OS COMUNISTAS E 0 NOVO GOVERNO - marxists.org · Ia» j* nào fasem o 0,ue nurmn Viiema» na época da ... !ae realisar em virtude da tentativa golpista que tu-nmltuou a vida do país,

— Mo dt Je-ii.ro, tdmona d. 15 o *?i de ralembre de 1961

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NuVOS "tfUMOS3 -

Proletariado Fluminense LiderouLuta Pela Legalidade no E. do Rio

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Ma*» tir mwau mil ope.rortoe dacUraram*»e emgreve no Kotado do Riu du*rante oe duu em que o pau«eteve atAM-o-iu pelo tan*'a.ma do golpe militar O*iretelhadorte lideraram a• •«¦•¦•uri* democrática e•foram (ator d», uno do mo*«intento pela legalidade na

umm. Altui du*

rar do qual oa ora4ore« de*umi ria tam e tntenlo gui*nuia doa ministra» mima*re« e doe polllleo* fllofa».cujtaa e mu irem a pa»»e,-nu proleiao»*»». do vice-•pre«(d»nte João Ooulari.um doi oradorot mal» aplaudido* na ocariio foi o pre.»ldenie do LegUlalIvo flu*

•ferroviários. niariUmo* e«jpmnoè navais tratego*ria* que paralUaram sua*atividade* durante toda acriaei rruurant oa braço.»apõe a palavra«de.ordrmde greve geral até que fo*-ae dada po»*e a Janto o«trabalhadore» do» oeguln-tet mdiiii metalúrgico» drNiterói e Roo Ooucalo. ope-.••nm da coiiiirucáo civil eempregado» na* empresasdo fabrico de vidro r fábrl-caa de sabão da» duas cida-dei. trabalhadorei da fá-brlca de cimento Mauá. dalatina de Açúrar de Nite-rói e da fábrica de sordl-nhax de são Oonçalo. Aclasse operaria eatéve àfrente de todos oi comitêsde defesa da democraciainstalados no E«tado do Rioe de todo» os comido» rpawentax realtiado» no»dia* de transe.

Logo no sábado i26 dengòitoi. dia imediato ao darenúncia do ir, Jfcnto Qua-dros. cinco mil trabalhado-re* na grande maioria fer-rovlarin* e operários na-vai.», marcharam em oa.»-'um até a AssembléiaLegislativa, onde foi reali-•ado um comício no decor-

mm-ftm. W WeWBW ama*aa continuou em pawea*ta pela» rua» princlpela daNiterói

No meruno dii. U II lio-ta», efrtuau-r*. com a pre*»rnva de milharei dr pei-Mtêi. grande comício naPraça Martlm Afonso. Po-ram oradorea divertoa ti*dere« xlndlcaU e o depu-tado federal Tenório Cavai-«mui. Na aeguuda-fcira 'Jld» agosto- nova paaieatafoi realtuda. Deita feila.compareceu um contlngen-te de aiwnximadamente do*ae mil trabalhadorei Quar-(a-feira, dia 30. verificava--ie uma dai maiores mant*'citações pooulare* là re-gislradai no Eitado vlitnho*uma caudal de vinte milpessoas, na quase totallda-de trabalhadores e estu-dentei, exigindo na* rua*,em ,:'uea.a que durou vá-ria* hora*, o respeito à le-galldade constitucional ex-presso na entrega da preii-dènria da Republica a Jan-go e repudiando a tantatl-va de Implantação de umregime de eaceçle. obletiveda* forca» oue tramavam o"impedimento" do substi-luto legal do ureildente querenunciara. Ae fingi d*

Piu*eaia foi reeliiado umvibrante comício no qualusaram da palevra nadsmeno» de duie ria» dapu*lado» e.unusi. flumineniei.A CONDUTA00 M. NCANHA

Na seata-lelra. I* de ie-

nirui.u calculando errônea*mente que o bando golputaconsumaria a »ua tentaiivade lUfocar a demoeraria, ..governador do E»wdo doRio desencadeou violem*.!*tur \âü aoi movimento»iwpulares de lula pela pre*»rrvaçio da legalidade.¦,.».HMilflnn.l | -Unim-r**,.

roíKreiuava. Uma niulndu*calculada em quinar millic.twas percorria aa runde Nilerúl portando falxi»e cartaiei legalUtai. O au-ge do entuilaimo dos par-ticipantr* da marcha foibrtucameiite cortado: pelo-toes da policia Militar doEstado, a mando do gover-nidor Celio Peçanha. apn-receram Inoplnadaminle e.investindo a tiros contra o»populatei. duuolveram imanifestação ordeira e pi*ciftca. Vária» prUôei foramefetuadu na ocasião e maisde d.tiis df/rnu de manl-fe.ttantet foram ferido*.

Na terça-feira, 5 do cor-rente, quando a situação iaestava ctaramelte definidaem favor dai forças lega-li*ia». realizou-se granderomiclo na praea do Rlnk.So entio a policia do ir.Celio Peçanha u«»»ou irespeitar o direilo de ma-ni'estação do povo.

O expoito dá bem umamedida do comportamentoadotado pelo ir. Celio Pi-çanha durante a criee. DeInicio apresentou-se numaatitude de reserva ante osaconteclmeitos. eomo quemolha nara ver de que ladofiea. In meio aoa aeontoei-

Um livro OportunoroMAnea de maia

«le m TM****** de eicriteaale LAnl» «Abre o problemaagrário. "»*• seu» mali di-verso» aspectos, acaba deaer editada pela Vffórie. Otitule nin dia tudo: AfiançaOptrêrio-Cmnponeê*, que étitulo do original rueso or-«anlaado pelo Instituto deMarxlsmo-Leninlano. delioiaeri. Nio aa trata aó «aOueeUo pottÉicc da smttmentra opera****** e erimitOM-mi Neatee tnbeJboa de dl-•»*o*aa* époetvs e diferentestdturseeea da vida e da ati->?Idade de Linin, aio minu-elooenistite diacutidoa inú-meree probiemas eeonomi-oaa e políticos, estratégico* etAtteoe, que enfrentaram oeoomuniataj niaso*. tantoamtee eomo depoia da revo-

Ooaao é asMttã, mutto depolénáee aa otieontra ai,eom oa mais emineates teé-

dae

per Man ea iwtaapios auedeverient ortonUr a luta doscomunittas neata questãoimsportantiMima. oa comu-niattu ma»os se defrontavamcom aa particularidades deaeu paia, do im tempo, ecom problema» coneretoa,depoia de. vitória da revolu-çio na lúuta. Doai» forma,oa petaoifalo» marxlstu fo-ram e*rin**t*dlnàriamenUenetaoeeidoa na baee mm-ma doa pc4eraiea» travadaspor Lénin e atoa eompa-nheiraa aatdm como d»aplic-aeao prática daquelesprincipio*.

A simples formulação dealgumas perguntai, da gran-de atualidade para nós.mostra o valor deita cole-tánoa. Senio veiamos.

Qual a posição doa ea-munistas em face da peque-na e da grande proprieda-de rural*

Tem o proletariado Inte-roam na revohieão agrária?Por quét

Aa tnaiw*e*ma/*Aos no re-

gave de i>roprvtdad> tarri-tortal sio transformaçõesrevoluciona ria»?

Devem oa comunistasapoiar a pequena proprle-dadeí *kn

que condições** possível proceder-se à

revolução agrário, aam adsstnsição do latifúndio ae-mtíeudal?

Tópicos Típicos

Durante toda a crise provoaada pele vete de Denys.Heck a Mem a posse do praaidente João Goulart, o jornalque teve a atuação mais sórdida talvet tenha sido "O Gle-be". Admito que o órgão do rebelado dos irmãos Marinhenio tenba assumido uma posição tio francamente reacie-nária quanto a do "Estado de Sáo Paulo" e da "Tribunada Imprensa", porque a franqueia não fas parte des seushábitos; mos dificilmente se pede concluir que aquele* doi*jornais o tenham exeedldo ne afã de prestar serviço* aoimperialismo. O estilo de "O Globo" é mais discreto apenasporque pretende ser mais eficiente

P-roe-tMMMto dar sempre um certo ar de isenção, "0Otobo", nio obstante tenha sido uma de suai edições pro-videneialmante apreendida durante a crise, apoiou o go--remador responsável pela censura, isto é, beijou o chicoteda agressão. Pê-lo como quem pretende estar acima daspaixões partidárias e dos interesses particulares, alegando— vejam que poderoso argumento! — que na pessoa dosr. Carlos Lacerda não se deveriam confundir o governa-dor e o jornalista; e o jornalista não deveria pagar pelosmio* do governador ..

O estile solene e pedante dos editoriais do jornal queescolhe "O Rei dos Viralatas" visa disfarçar a falta de se-riedade do seu pensamento. Lembro-me de três editoriaispublicados durante a campanha eleitoral de 1995: no pri-

. meiro, o jornal que promove a escolha da "A Mãe de Ano"defendia a candidatura do sr. Etelvino Lins e ridiculariza-va os partidários do sr. Juscelino Kubitschek por seremcapazes de imaginar que o general Juarec Távora se pu-desse decidir a aceitar o lançamento da sua candidatura;no segundo, já o general Juarez Távora tinha lançado asua candidatura, o vespertino de Ibrohlm Sued via a can-ditadura do general Távora marchar para o fracasso, en-calhada ante a indiferença do povo; no terceiro, poucosdia» antes das eleições, quando o sr. Etelvino já retirara asua candidatura, o órgão que patrocina a eleição da "Se-iihorita Tijuca" rejubilava.se em face daquilo que julga-va serem as possibilidades de vitória do sr. Juares. "Mu-dar para servir", deveria ser seu lema.

•Quem melhor falou a respeito de "O Globo" e de seudiretor foi o jornalista Carlos Lacerda, que aquele vesper-tino agora defende das acusações lançadas contra o gover-nador Lacerda. Na "Tribuna da Imprensa" de 18-5-1950,Lacerda chamou "o ignóbil Roberto Marinho de *0 Glo-bo' de "vendido à Prefeitura". Em 7-11-50, disso que "O'Globo' é o respeitoso da imprensa brasileira". E que "tãobaratas foram as bofetadas que o sr. Benjamim Vargasdeu no sr. Roberto Marinho que è!e está ansioso por vol-tar à senzala". E em 23-11-50: "O Globo", caDitãnea daf""»a de pitatas oue fazem do destino do seu pais um mo-tivo para se vender".

asealartadee aa-riertaaa levara cabo a nrelueio agráriasòalnhoa?

O movimento comporeipor st m é um movimentosocialleU?

Deve admitir--* a divisãoda grande propriedade or-ganisada em bases capita-listas?

Quaia o* alimentos fun-damentaia do programaagrário dos comunistas riu-sos antes da revolução?

Rm que circunstância»devem os comunistas apoiara burguesia rural?

Estes e muitos outros pro-bletnas são exaustivamentedebatidos por Lénin nosseus trabalhos fundamen-vais, que estão reunidosneste volume, dedicados áquestão agrária. Alguns dês-tes problemas parecem jáhoje indiscutíveis em todoo mundo. Mas não é assim.Entre nós, por exemplo, ain-da há quem pretenda a re-forma agrária conservandoo latifúndio semlfeudal.Como é possível o campo-nê* sobreviver em seu pe-daço de terra, fazé-lo me-dianamente rentável, quan-do o latifundiário perma-neoe com o ?eu poder eco-nômico intacto? E isto ain-da hoje se discute entre nós,quando Lénin, antes mes-mo da revolução socialistana Rússia, já afirmava que"para um marxista o movi-mento camponês não é deforma alguma um movimen-to socialista, mas um mo-vimento democrático" e que"este movimento absoluta-mente não é dirigido con-tra as bases do regime bur-gués. contra a economiamercantil, contra o capital.Pelo contrário, orienta-secontra as velhas relaçõespré-capitalistas, feudais, nocampo, e contra a grandepropriedade territorial, prin-cipal sustentáculo de todasas sobrevivências do regi-me de servidão".

A prática revolucionária,nestes 40 e tantos anos de-pois da revolução tjolchevi-que, mostrou, nos diversospaises, que não pode ser

.diferente a solução do pro-blema agrário neste ponto.Sem a destruição do lati-fúndio semlfeudal r háreforma agrária. oque se argumente >,trário é mtstiflcaç;:.<;<.

Mas a verdade é t. •<.timia a disoutlr-seoutros aspectos do ;><¦;ma agrário. Não vame.certo, transplantar lltei.v.mente os ensinamentos le-rilnistas. Estes, porém, per-manecom de todo válidosquando se trata de princi-pios márxlstnfi que a nráti-n só tem feito conffmT. 'j-!'o t«mos pornue consli-lúlr uma cvr,cc'o.

R. P,

ilea. 8o ni».¦> tarde, quandodelineada a derrota darontplraia ditatorial. •.*¦ •dlu-te a re»prltar a liber-dade dr manifestaçãoISIUDANTII

A tnoeldadr dos escola»foi outro grande baluarteds luta pela legalidade nvKiiado do Rio. Poi calnro*a-mente apoiada pela UnlánFluminense dos Estudante»a decisão de greve geral to*niada pela UNE. o que tv-dundou na paralitacáo daiaulas nos estabelecimento»d* ensino superior de Nite-rol. Campo* e Nova Pribur-go. Na capital, os estudnn-trx participaram ativamrn-te de toda» o* manifesta*cóes de rua. promovendoelri próprio» oasseatas e ro-mirlos. distribuindo manl*festos de defesa da Consu-tulção e pela posse de Jan-go. e organizando comitê»de defena d* democracia. Oprefclde^r d* ""PE. aeadè-mico Cláudio Moacir deAievedo. cm nome da eml-dade que dirige, foi oradorem todo* oa arando» eom;-cio* antlgolplstas.

A KSISTINCIANO imitiot

Sempre com a classe op»rarta à frente a» populaçõesdo interior estiveram pre-senta na refrega que recha-cou a investida golpista daminoria reacionária e pro--Imperialismo. Em inúmerasddades, o povo organizoucomitês de resistência de-moerátlea o pela posse da-quele que a Constituiçãoconsagrava presidente legalda República.

Em Nova Iguaçu foramrealizada* grandes manl-centrações nas sedas dossindicatos operários, qu* fi-seram mais de vinte comi-cios-relámpato em portasde fabricai, além de doisgrande* eomkioa central» oPtvtfHUa pelu ruaa prin-cipal*. Oa operãrioa -da fá-brio» de pneus "Ooneral''paralisaram totalmente a*atividades daquela empresanorte-americana, tendo ha-vido greve 'indica de 10 porcento) também na fábricade produtos farmacêuticos"Bayer". ha "Forjas Brasi-leira.s" • parede de duraçãode 4 hora», com caráter deadvertência) e em váriasoutras empresas. Toda a In-dúslria de laminarão domuniciou* sofreu uma p«-ralisação ds ordem de 50por cento.

Sm São Goncalo. além doparede da fábrica de clmen-to "Mauá", que foi a pri-meira a ocorrer na históriadaquela unidade industrial,houve greve total na "Co-vibra" e na "Hime", tendo onúmero de empresas para-Usadas nareiaimente ateen-dldo a J4. A Câmara Muni-oipal local fez veementepronunciamento oela lecali-dade. Os manifestos d*. Lotte de *f*Te*tes foram lar"»-mente difundidos em SãoGoncalo e foi enorme o.número de gonealet.***» auese deslocaram pára Nitr>*qitodas a« veres em mi* fo-ram realizados comício.» nacapital.CAMPOS: GREVE GERAL

Em Campos, houve um diaem que a cidade parou com-pleUmante, tendo o comer-cio cerrado suas portas an-te a negativa dos comer-darias de comparecerem aotrabalho. Neste dia para-ram os serviços de canis e"troley-bus" e até os moto-ristas de táxis não traba-liiaram. Nos outros dias es-tiveram parados os ferio-viários (.1.300 trabalhadoresie os servidores municipais.A indústria têxtil deixoude funcionar por um dia.Durante a luta, formou-se aComissão Camplsta pela Le**galldade, com a participa-ção dos líderes sindicais, deedis municipais e do pre-feito José Alves.

Nos muncipios onde oscamponeses possuem algu-ma organização, estes esti-veram na linha dc frentedo movimento pela garantiade continuidade das con-quistas democráticas asse-guradas na Constituição.Assim foi. por exemplo, cmPedra Lisa e Japeri. muni-cipio de Nova Iguaçu.

Erii quase todas as cida-des do Interior as emissõesda "Rede da Legalidade"foram retransmitidas por

. «rviços de alto-falantes. Is-•:.. foi notado .«obretudo cm•que dc Caxias. apó>.'o fe-

'..«mento arbitrário cia Ra-dio Difusora local nor ha-ver-se incorporado às emis-sôras que prestavam o res-peito à. Constituição, Dignade resisivo em Duque deCaxias foi a Daralisaçãopnvclal dns trabalhos naF'.'b"i'ía Kp''',,'i'1' rlp Mofo-)...t |.i.-iu-.,n r,..-.'.io- P.M ...p_

ve, ainda, cm todos os lu-

gare» servido* nela btrad»de Perro Leopoldina.UOISIATIVO

Atuação destacada deve*er trcdusdi a» ea»e* dul*rgl»lalivu fluiiiiuriiM*. Nn»apitai, o» membro» da A»-'rmblelar. a começar pejoniríitiriilr riiiverám íi l*•!'.<u..ida da» protr»tii»- 'i.Ui a» tentativa» de es*maxamento da Carla Magnoe fuiatn lutadorr* Inranta-'et* pela no»*e do gr, JoioGoulart. No interior.'paru-rularmenie rm Duque dei i\i»«, Campo» e Macaé. a»i-z-mara* de vereadorea lo-ram verdadeiro* quartel»n» l-galldadt. onde só en-rontraram auorlda a» ali*lud** em favor da demo-cracla.

iir-itissAoPoi violinta a repreat-au

policial em todo o Estado.No» dtaa em que o governa-dor via a situação de umângulo em que lhe pareciaevoluir favoravelmente asforças do golpe, sua policiadc*mandou-se em arbitra-nrdades as mala condena-veis. Alem de tirotear o po-vo na passeata do dia Io dr..rtrmbro. os policiais efo-i uarim um sem número déprisões e procederam áapreensão de amplo mate-rial de propaganda legalls-to. A policia do sr. Ccl.**oPeçanha náo se pejou. In-riuslve. de maltratar os pre-»ni. como é o caso das vio-léncias cometidas contra olider ferroviário e suplentede deputado Aristóteles Ml-randa Melo. No tocante ás

repre»4lia« contra o» tra*uaihadore». varias empre*ala, como a fábrica de cl*ii.- nt" Maua. eiiào despe*tinido em nia»»a »tu» ope-• -"i"» n* a ra»áo da gre-vr proauegulr. iiirtmo a pos a;• >.>r do presidente. As en*iidade* «indirai». porem. IaKiiruUm um movliwiimpara defesa dos direitos dostrabalhadores.

COMUNISTASVarias corrente* política»tiveram d**taque ua luta

pela sobrevivência do regi*me drmocrálico. Devem*»ecitar, por exemplo, o Par-lido Socialista Brasileiro ao Partido Trabathlita Bro-¦¦ nro. ape ar du vacila-'•"<¦» iniciais deste último, tfinegável, todavia, que navanguardu da organizaçãoda resistência ao golpe ei-tiveram os comunistas que.na hora mesma em que foideflagrada a crise. Ia con-clamaram o povo a exigir,unido, a pnue do sr. JoãoGoulart e o mais irrestritorespeito às liberdade* de-tnocrátlcRs e constituído-nal*. ameaçadas pelos gol-hí.m*. O povo: »entlndo alusteza da p(.»tcio dos ro-munlita.*. prestigiou em té-da a linha a orientação pie-conlrada pelo» relutantesengatado» cm todos o» seto-re* da luta lrc*a'l»ta. As rdl--oe* extraordinária.» de NOVOS" RUMOS, rontendo n*manifesto» de Prcte* e do•Marechal Lott. esjrottiram--»e rapidamente rm Niteróie cidades do Interior Puml-nensr onde a circulação doro««o iorri>' nAo foi Impe-dida pela policia.

aiiMAKMUIIOA

l*4r«ie Rrsndãe. de o Cerrele da kitnkk" eenleu umabiuatna «ar m»r*ee ter repreduilda: "um elWiaJ de twéfelle eàsfeu numa »•!«• »• de radie eom «me netleèa alas*.mitla para .*r ilvulfado * entrega**.* ae •t»(a-*-*>aade de»Jernai* falado*, O leeuler, depeo» de ter a -tetiela — «eefalava ne entio da arma» per parte d* "*tdel Caeiro rano» ireps* de Rriiolo, orboe qae era mal» prudenl* nieir-l» fomrruu s ganhar irmp* ronirriando ram a oficialque inilrtla na leiiera da netteia. Nàe raalitlnde mais oto* arar pediu ae ericlal qee ee Ideatlflcotie, Re era de te*lado Maior et* de gaelnete de mlnlilre da Guerra, Artaalo Mmem a*ed*e * revriee *er de "Rureau da Guem Pai*t*l*|lca".

Há pequenina» nautlas «alto imperianle* netle me.m«f.lo bra«ilelra lie m»1*. Ue grave e lie Iritle. giUaoeorinw di mvir tntr, Mrapra im ¦ pira delewde *ew dl-relies, eo* ameaçai eemanlatu em perigo eesaunlila. t'e*me Já está aedlça. nie ***i* mala mide * nàe é «ala aeelu*.»o formuta. eilie élea, ea de beioae da guer» fMleeté*gira a inventar lanlas stnolra* qee eMgarlaaa a pmveearrito* nie fito* mio bora demaelade séria. A tal pente éeaetonou esti desesperado qee até em eelnnlata social ee-raenlen pele «ee Jornal qee qealqeer dia déote* «âo dltreeqae Bruveliler veie para e Ba» Grande numa nave eéoml*ta rem Tllev eu Gagérln.

K eltaem qae e eolanlota tem rasie, pels até eas avtêejMl|* ne R. G do Sei Jo foi»*» éose tal buraaa. Mas nio éper ara«e que éle* — bareaa, lorerda, Infâmias, mentira* -«•(«* tomando laNlstlr. 0 que e povo brasileira em tre*da* aa tua* camadas, ea* lédaa aa »ea» corporações, atro*vá* d* ledo» e* mui érgães oiiá fe*ende doado e asement»»oa* quo a *r. jante Quadras abandeneo o peder (aajomqual* foram a* raiar* dr *ua renúncia ninguém me ©»¦-vencera Jimai» qu* éle aào foi, prineipalaaente, em eevar-dei é demoiMirar em manlfe»iaçées pacifico*, mas ele.qainie* qua ne*ae caniciéncla demoerátlea eitá formada,qu» «abemo* gue ne»»e papel « defender per ledo» e» m»lo** mede», o* principie* qaa asaagnram ae paia, leis • res-peito aos direilo» hamano*.

Temando conhecimento dèaae Berean da Guerra Poi-rologlca náo devrme* trmé-lo (parece qae éle n*a várleenome») poi» acabou no\«a tafinele, época cm que «e ate-morlia criança» rom blcliee pepéea. Noase peve, ledes noa.atingirão* ne»»» maturidade pehtica e quando *c chega ae**e etapa oa hlehae pepAe* q oe fantasma* viram ooto.ria* da carochinha. Sabe beaa, e peve brosiletre qne nadad«v* temer e qu* éle e *é 44* *pede e deve defender neearaindrpendrnrio, no»»* liberdade, neeae direita à Demeeraeia.

OS JORNALISTAS PROFISSIONAISE SOA FEDERAÇÃO

Setembro é, tradicional-mente, o mé* dos Jornal!»-tas. A • comemora-se. In-tarnaetooalmente, o "Dia dãSolidariedade", dedicado »luta pela libertação dos pro-flssionala de imprensa pre-sos ou perseguidos pelo seuamor k liberdade a sua de-dicaçáo à paz e á emanei-pação dos povos. A 10 fes-teja-se, nacionalmente, o"Dia da Imprensa", dcsli-nado a exaltar o jurnalls-mo, que, como assinala o sr.Herbert Moses, há de ser en-tendido não apenas comoinformação, mas acima detudo como serviço, ao povoe ao Brasil. No ano em óur-so, no entanto, setembroadquire para os jornalista*;significado ainda maior, tque nele teremos, a 18, aseleições para a FederaçãoNacional de Jornalistas Pro-flsslonals e a 21 o IX Con-gresso Nacional de Joma-listas. São dois acontecimen-tos capitais para o desen-volvimento do nosso movi-mento jornalístico e de cujotratamento adequado de-penderá, nos dois anos pró-xlmos, a pujança das fôr-ças sindicais dos profissio-nais de imprensa e o seuadequado entrosamen-to com as demais orgaui-zaçóes sindicais de traba -lhadores e com as forçasprogressistas do povo brasi-leiro.

Em relação ás eleições naFederaçào é oportuno dizerque o interesse dos Joma-listas está cm preservar aatual orientação, aperfel-coando os métodos dc tra-balho da diretoria cujomandato está a terminar e,conseqüentemente, tornai.-do mais proveitoso para acategoria profissional o tra-balho da entidade. Pode-se,é natural, pretender que anossa diretoria devia ter fel-to mais e melhor. O que,no entanto, de modo algumse poderá honestamente dl-zer é que a diretoria nàose manteve fiel aos princi-pios votados no VIII Con-gresso Nacional de Jornalis-tas. reunido em Fortaleza,em setembr * de 1959, ou quenáo tenha aplicado, com ri-gor, o programa com quefoi eleita. De fato, a orien-taçào que agora desejamospreservar esforçou-se, nobiênio 1959/81, por dignifi-'car a profissão de jornalis-'a (melhores salários, mo-ralização do registro profls-sional, respeito às catego-rias profissionais, defesa domercado de trabalho, ain-paro à industria do jornal,defesa da liberdade de lm-prensa, etc.) e por ampliaro entrosamento entre osjornalistas e os demais tra-balhadores brasileiros «dc-fesa conjunta das posiçõesfundamentais dos trabalha-dores, luta por melhorescondições dc existência pa-ra os que vivem de saiu-Hn ¦ lula r>i'» pretrn ação ¦da unidade du sindicalismo

J. A. Meiplé

brasileiro, participação efo-Uva nas campanhas emprol da solução dos probl»-mas fundamentatr do pais;.

Ao abordar o problema,das eleições na Federação,cm janeiro de 1961, susten-íamos a tese de que haviacondições para a composl-cão do uma chapa unitária,apoiada pela tota.idade do.s.sindicato* filiados, a qualvitoriosa aplicasse um pro-grama capaz de satisiazeros interesses dos Jornalistase de bem tnirosá-los comos dos demais trabalhado-res. E qual há de ser esseprograma? Em suas linhasgerais pode ser definido co-mo visando: li — fortaleci-mento da Federação, atra-vés do fortalecimento dosSindicatos filiados e da pre-servaçào do conteúdo nacio-nal da entidade, de coope-ração com todos os traba-lhadores, pois só na medi-da em que os trabalhadores.se unirem, sem distinção decategorias profissionais, lo-grarào eles defender os seusinteresses; esta verdade éparticularmente s e n s i-vel em relação aos Jorna-

BANCÁRIOSRECOMEÇAMCAMPANHA SALARIAL

Pro.s.srguindo em sua cam-panha .salarial, Interrompi-da por alguns dias em vir-ttidc dos acontecimentospolíticos, quando chegou aser Impedida pela policiadc Lacerda a realização deuma assembléia no Sindi-cato, as bancários farãorealizar no dia 14 Impor-tante raunlào no AutomóvelClub, à rua do Passeio.Nessa oportunidade, os em-pregados em estabeleclmen-tos de crédito deverão apre-ciar a seguinte tabela deaumento, aprovada em Im-portante encontro da Co-missão dc Salário, repre-sentàntes sindicais nosBancos c a Diretoria doSindicato: 50r; sobre todo.sos salários até CrS 10.000,00e mais 25% sobre o exce-dente para os salários aci-ma dessa Importância, alémde CrS 200.00 por ano deserviço, com vigência a par-tir de 1" dc setembro.

Ao apresentar essa tabe-Ia à consideração dos ban-cários, a Diretoria do 8in-dlcato esclarece, em comu-nicado amplamente dlstri-buido, que ii Comissão deSalário leve em mira, pro-pondo uma tabela decres-conte, "atendei os banca-rios na razão inversa rioskcu.s salários, evitando dis-torsôes como aquela a queficavam expostos os conipa-nhelrps que percebiam sa-íários Intermediários, nlve-irando-.se nos mais novos eso dlstimcl-indo dnnneiesdn» n •¦¦.-iv.iin proventosmàls eli vários-". ¦

*mlistas que sabem, por aspe-nència própria, comu aasuas forças se muil.plicamquando unidas às doa gra-fisos; 3) — defesa da pro-tluão, com o objetive dever vitorioso no Parlamer-to o projeto 1314, » de lutar,em cada caso, na defesa dodireito ao trabalho j doexercício em toda plenitu-de da profissão; Si — unt-dade dos Jornalistas em es-cala brasilrira e mundial,dc-isa unUUàe resultandosempre vantagens psra osprofissionais; 4> — defesada Imprensa, os acontecl-mentos recentes mostrandoque há huercases pron-tos a dificultar a mis ãodos jornais e dos jor-nalistas, quer limitandodo a liberdade de imprensaou restringindo o livre aces-so às fontes d» informação,quer criando condições ma-teriais difíceis ao normalfuncionamento dos órgáosdc imprensa, especialmenteos do interior e os de opl-nião.

E.ua proposição unitária,razoável c proveitosa, me-receu a melhor comprem-sao dos deisgados presentesa reunião na qual fora for-mulada. Apsnas uma voz seíe/. ouvir em contrário, soba alegação de que a chapaimitaria era antldemocrá-tica, sendo melhor a disputapara definir os rumos acer-tados . Argumento frágildesde logo pois o que se que-ria com a unidade era or-ganizar uma chapa que atodos satisfizesse, precisa-mente como forma de de-monslrar a coesão da Fe-deração e dar a nova Dire-torta uma força tal que lhepermitisse resolver com am-pia margem de segurança,o programa esboçado. Afragilidade do argumentonào tardou a se evidenciare, sem demora, cuidaram osseus autores de substitui-lopor outro, este o verdadel-ro, o real.

Agora falam em "mudara orientação" da Federação,em "renovar a sua linha deação", em modificar porcompleto as "normas daatual diretoria", que atéhoje mereceram plena e ca-bal aprovação do Conselhode Representantes, Inclu-stve dos atuais "renovado-res". Cientes da fraglllda-de da sua posição não dc-moraram em desnudar todoo seu pensamento. Os "re-novadores" insinuam agoraa discriminação ideológica efazem promessas dc alia-etamento sedutoras. A unsdizem se preciso "mudar aorientação da Federação" oque significa proclamar odesejo de ver a Federaçãomais dócil aos manejos dosque tudo tem a recear daunidade dos trabalhadores:a outros prometem flnan-ciumento para a construçãode sedes sociais como se osdinheiro* da previdência so-dal devessem arrolar a Fe-ri cr •"¦."¦. o nvi ?s campanhasrir i*«i*»"/iH»'?de in< slnc-curas prevldenciârias.

* clara que não nos at».mortiamos oom tal» mano-bras. Em primeiro lugasconfiamos na Justou danos»» causa. In» seguidaconfiamos no bom sensodo: dirigentes sindical» doajornsllits» profissio-nais. Neatee doi» ano» domandato (que pessoalmen-te não deeeiamea ver re*cordado) puderam »Um dl-ngentAs medir o grau da fl-delldade da diretoria aoaprincípios votados no fórummáximo d» ciasse, o Con-gresso Nacional de Jorna-listai; puderam, sobretudo,apreciar a justeza tia orien-taçào que desejamos pre-servar e que eles, melhor doque ninguém, sabem ser amais «justada aos legitimo»Interesses da nossa catego.ria profissional. Da nossaparte, os que levantaram abandeira da unidade e dapreservação da presente 11-nha de açáo, não dlscrimt-namos contra ninguém. Anossa primeira decisão foiconsiderar o companheiroHenedito Ribeiro, de SãoPaulo, ex-presidente do Sin-dldato dos Jornalistas Pro-flsslonals, e seu delegado aoConselho de Representantespara encabeçar a chapa uni-tárla. Se tal náo foi possi-vel, multo embora èsst noa-so colega houvesse se Iden-ti ficado com o programa quedefendemos, o culpa nãonos cabe, e nem a éle, di-ga-se a bem da verdade.Por Isso vamos á luta tron-quilos na certeza de ven-cermos com uma chapa in-tegrada por nomes expras-sivos da nossa profissão, daqual náo estará excluídocertamente um do Estado deSao Paulo, que possa e sai-ba fazer do seu mandato naFederação um programa detrabalho proveitoso para anossa profissão.

PALESTRAS SOBREPROBLEMASNACIONAIS

Na próxima térça-fei-ra, as 18 horas, no 8°andar da A. B. I„ serãoreiniciadas as PALE8-TRÁS 3ÒBRE PROBLE-MAS. NACIONAIS, daCEDPEN.

E' a .seguinte a pro-gramaçáo do més de se-tembro:

Dia 19 — (Térça-fel-rai àg 18 horas: CUBAE NÓS ._ Lincoln Oest.

Dia 26 — (Tòi-c-i-fei-ra) às 18 horas; O CO-MÉRCIO EXTTTRlOR DOBRASIL E A CARTA pKPUNTA DEL ESTE: Jo-sé de Campos Mello.

Chamamos a atençãooara. a balestra de JU-LtAQ, nue será na sexta--feira, dia 15. ás lfi ho-rns « nvi na t»rca-feira,como a- demais.

Page 6: OS COMUNISTAS E 0 NOVO GOVERNO - marxists.org · Ia» j* nào fasem o 0,ue nurmn Viiema» na época da ... !ae realisar em virtude da tentativa golpista que tu-nmltuou a vida do país,

NOVOS RUMOS

Juraci Lançou Cães PoliciaisSobre o Povo em Praça Pública

Rio de JontUo- ••mono dt 15 o 21 dt «lembre de 1961 —

PARCEIRO DE L A C E R D A QUISDAR GOLPE BAIXO NO PIAUÍ

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Hf-j!^ ^P lfBv ^P flCar*tW*Tr!*v '-'^¦s! B

Festa Nacional da BulgáriaNos si.il''-'. do Hotel Glória, decorado*-

rom as bandeiras do Hnnll e da Bulgária,realizou.so no din <*• último, a solenidade co.memiiratlvn da fesin narlonal da RepúblicaPopular da Bulgária. Dur.mie ¦¦ ain ouvi.ram.se músicas ilplcas. búlgaras. Estiveram

presentes numerosas personalidade*, enlreas qua U ox srs. Doudln Keremldarov. encar.!¦•;:.!¦:.. de Negócios. John Dobre*»». serrclA.rio da Asi.iH-i.icAo Cultural Brasil.Bulgária,o planiMa Arnaldo Estrela, o escrilor Apa.ricio Torelly. *

Maranhão:

ESTUDANTES E TRABALHADORESFORAM ÀS RUAS CONTRA O GOLPESão Luís — ido Correspon.

dente* — Empossado o sr.João Goulart na Presidênciada República, com a dcrroiado grupo golpista que pre.tendia Implant.-.r no paisuma ditadura militar, o povomaranhense rejubila.se poressa vitória, pela qual lutoubravamente desde o primeiromomento da recente crise.

Os maranhenses decepcio.naram.se com a instituiçãodo parlamentarismo, pelaforma como se processou,aob virtual estado de sitioe consideram o fato comouma inadmissível concessãoaos inimigos da democra.cia. Contudo, revigorados pe.Is* magníficas experiênciasacumuladas durante os diasque sucederam à renúnciado' sr. Jânio Quadros, estãofirmemente dispostos a con.Mudar e aprofundar a vitó.ria, embora parcial, alcança,da pelas forças mais pro.gresslstas dc nossa Pátria.

Depois que os estudantesuniversitários, por iniciativados aoadêmicos de direito,deflagraram a greve geral

et posse do sr. Joã0 Gou.

, erguendo com desas.•-ombro a bandeira da lega.IMade, multiplicaram.se as

iniciativas das diferentes or.gani/ações populares, com omesmo objetivo. A Associa,ção dos Trabalhadores Agrl.colas do Maranhão empos.sou sua nova Diretoria nodia 26 de agosto, sob o signoda legalidade <• da reformaagrária. O padre Alipio deBarros, o deputado VeraCruz Marques, acadêmicos,dirigentes sindicais e cam-poneses. o dr. William Mo.rcira Lima e outros fizeramuso da palavra. A bandeirada legalidade foi tambémdesfraldada na posse da no.va Diretoria ria União dosFerroviários do Maranhão ena Assembléia LegislativaEstadual.VOLUNTARIADO

Aberto o voluntariado pelalegalidade, no sábado, poucashoras depois centenas deInscrições já se haviam rea.lízado, enquanto dirigentesda Associação dos Trabalha,dores Agrícolas do Maranhãoseguiam para o interior doEstado, num amplo trabalhode esclarecimento e mobili.zação dos homens do campo.A União dos Ferroviários,por sua vez. tomou todas asmedidas para a imediata de.fiagração de greve geral, ca.

ASSINATURAS DE REVISTASCHINESAS PARA 1962

VOTOS Kl•HUtauSM,Estive «un viitta * redação dr

RIMOS o ¦-. Jurandirdiretor da Agência

btanàntblo Cnltural, de SAo**•*¦*•, npre-ientanta de revlitn»editada* pela Rrpubllea 1'opuhrCttlnma rm variou Idloms». Empal-wtia com o repórter, Inror-mon n sr, Jurandir GulmarSe».qu a Agencia por rir dirigiria•caba de lançar a campanha de(Malnat-jra» daa rrrlataa chinc-aaa para 1**2.

Inieralaaonte, aaainalando o•rescwnte biterenae de.pei ladopor ea.aa pubticacoe* rm no*»npai.. iIImo o ir. Jurnn.llr Gui-taartea:

E» perfeitamente compreen-llvel our o Intereaae de todo onoaaa povo por conhecer at col-¦aa referente» a China aumentec-ada dia. K' que u ImportSnclntia Repnhllm ropular ChlitM»«•tre aa grandes nacôe* do mun-d*> * eada ver. maior. Nem pode-ria aer de outra forma, dado«ae a China é um grande pala,eom mal» de «SO milhões de hn-liKaMttis. cantando com uma cul-tom milenar, em que se destaca-ram eminentes «áblos,. políticos,ai Matai, chefes militares, etc.O mm df^einvolvimeniii ntiml.«m todo* t*n terreno*, aawmlinio mundo. Tor es»a razfl-n, torna--.•ib sempre maior o <*mn*nho emeonhecer a realidade ehlnes»:«il» IndfiMriti. ii^rloultiirii r ru-

.merelfl, mih vl.la social, urtlstiiii*» HtmArlH, sii;t polfttra int«**rnn« externa, as finança», a educa-«Crio. o rlnemn e a arte, o* es-porte», etr. Pe outro lado, todosdesejam conhecer as tradições«nine*»**-. st*us recantos pil-ores-cor, mmis monumentoa e pulado»antigos, suas Iriiihi-t. «iüis bela**rldadfii e if-ciüci K parn fjtcili-tar írkp conhecimento nada me-lhor ipui ns nntnveU rr-vlslnschinês»',.

CHINA ILÜSIKAJDAt\ mais procurada dar* re-

vista» chinesas — dir. o »r. Ju-randlr (íulmnrães — r. sem do-vida, «China HuK.radaü, pela ri-quer.» de seu conteúdo n pela.ana beleza grAflca. K' uma revi*-tfl. mnir-uil, que aparece em 17Idiomas, Inclusive espanhol, In-iclt-*-. francês, alemão. Japonês e

Am assInatuniN deswi rovI*tapu**ii 19fil. assim como de 1-Man

, a» demais, podem ser feitas des-1 írlft JÂ. n»s se^uintpn i-ondlçr>r«:

a) As pessoas que fUerem »sassInaruraN n« período de 15 Heaefníbro a 'M) de outubro rwv*),--;«., .. riiliill.iniPTil,. os númerostjtry taVÍntíl rorreapflndernt-ejc a<çj*.itSro, novembro e deretnbrop"*"T-**o*i. álént naturalmentW*4i^. -•» »»\rnipfarrs corre^ponden-t-s e 1(102, O pre».'o desse tipod-* *v» "hiãttiru é 500 emíelron;

,l>) As pessoas que. firerem as¦ •'¦¦«?uras diira-nte o mès d*»•tiovr-mbro receberfio gratnH».-

jnen'.' o número de d-warnoii»,os »1 iiunje*re>fl *vn i M*poiiQ*r**n*|*M

18fl': e terüfl mn deaeonto Áv,30%. O prreo «erá de 150 rrn-E-gurÍM,

c* M oe**m* «ar* txmmm -o

assinaturas durante o mês dr.der.embr» lou desde agora, sr as-sim o preferirem — 12 números.Ir 1962) terão o desconto de'*A%. Isto é, a aaslnatiira anualr-jetara 400 cruzeiros. O» qne fi--erem a assinatura por 2 eumais ano* ter&o o desconto dc.10%. Isto ê. custara 700 cruzei-roa por i anos ou I 050 cruzei-ros por .1 anos. Essas ofertas »A»válida» para as renovações drassinaturas.

d> Todos os que fizerem as-sinatiiras da revista «ChinaIlustrada,, de setembro a ül rieilc-emhni. receberfio uma coleçflo.1" maravilhosas pinturas chinc-*ta*i,

sprkim; REurev»O sr. Jurandir Guimarães cJia-

ma a atenção para o semanA-rio «rnking Rewlev», esclareren-«1» o seguinte:

Bste * um aemanirlo e-U-tado em lna-les, contendo noli-claa e ponto de vista da Repn-blioa Popular Chinesa sobre pro-hlemas da atnalldnde, tio pais e.rio mundo. etc. Contém, alémdisso, artigos e documentos ten-rloos e oficiais, assim como co-mentAriiw, CAricatura*, llustrn-..'6es. mapa», etc. O preço ria as-sinnturn anual é 7,10 cruzeiro».Aos subscritores <|p «PekingRe.wiev» será oferecido comol.rlnrie um exemplar ilo livro dei-ontos «\no Temer os Fantns-mss», agora criitnilo em Inglês.

OtlXRAf* REVISTARContinuou u sr Jurandir tini-

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cruzeiro»; «Ij. Cllllic r.ipiilaire.i,em france* e japonÍK, mensal,Hsslnuturn anual rie "00 cruzei-rm; «Kl r.ipoln Cliiu», rm es-perantn, blrnensaf, J4fl eru7.eiro<<a assinatura; «Wnmr.n of Chinas,rtn inglês, himensnl, assinaturanniml ISO cruzeiros; «Chiiui Ke-e.Mistru.ve,. em espanhol r lo-glê». mensal, 300 cruzeiros a »»-tilnatiira anual; «Krer^réen», emInglês, himensnl. 1,10 cruzeiro» aassirmtnra anual: «C h I ii a ' sSpnrts». em Inglês, hlmrnsnl.1IKI ernzelro, .. nssinsturaanual.

Os assinantes de Iodas essa»revi «bar» rontarao rom um des-r-rtnttr* oV 3fl*% nn* anulnaturH**anuais para 19"? * ,1r Mr; para1 a-n. on mnls. além de valiosobetratlf*,

rsiimos«fo-r fim. esi'larec*-u n tr, »lit-

randlr (.uhtuirftps:Nan exltlr nenliunm dlfl-

r-nldadp parn os T^itore* snbs-ereverem f*«sKs revUla*. K* bn*>-tante dMjrir oh pedidos paru:Jurandir dilmirffe*, ArAiw-I»InteTeamblo Cnltural rim do»Kstnriante» n» Kl. »»1h IR. Snn'Panlo, Ou pe.dldn*. devem* -*-"1"acompnnhado* por cheque, ou »a»¦**a*--M.

s<i nAo fòssc respeitada avontade popular, com a pos.se do sr. João Goulart.

GOVERNO OMISSOO governo do sr. Newton

Belo, apavorado, ent-olheii.seinicialmente. Depois que osestudantes ganharam asruas e quando os golpistaspareciam dominar a situa.Çâo, o governador tentou,lançando mão de sua policia,impedir as manifestai***»-pela legalidade. Recuou, en.tretanto, desse propósitodeixando tal tarefa a cargodo 24" Batalhão de Caçado,res. Contudo, ante a firmezacom que estudantes, opera,rios, camponeses e o povoem geral se colocaram emdefesa da democracia amea.cada, o comando militar de.i-idiu retirar das ruas os sol-dados daquela unidade.MILHARES DE VOLANTES

Cerca de oitenta e cincomil volantes foram impres.sos e distribuídos em todo oEstado durante os dias dacrise destacando.se os quereproduziam as proclama.ç«5es do marechal Lott, deLuís Carlos Prestes, a cartado general Machado Lopesao marechal golpista OdiloDonys, os manifestos daATAM, dos universitários,ferroviários, secundarlstas,movimento nacionalista, semcontar a ampla divulgaçãodesses históricos documen.tos através da imprensa lo.cal.

Esse o sentimento e a dis.posição de luta do povo ma.ranhonse que não ensarilhouarmas com a simples possede João Goulart na Presi.dência da República, masque está firmemente dispôs,to a prosseguir em sua lutapela mais ampla democrati-/.ação de nossa pátria e peladefinitiva derrota dos inimigos do povo.

8ALVAPOR ido Corre*»poiittíiiiei - t n.|>i»i«i • fa»-'ia alKUII> ','f.'lmti. um-"li1-.-.em favor «i. lecalIfJad» e ou*¦!.•» conciliando ram o gol»ru», o «-'¦•««•( • •«'"' da Uaitia,*r, Juraci Martaltiar*. duran-tt» ut dia* rm que u ¦>-.- arrtrw ameaçado de mcnulliarna ditadura .«•.¦.• que liirquena iiiip i o Hni|ie;i'." mi-IIMr llurlth'. ¦ ... -rltViilVrll allium Imiial H [Nf*T*at> ¦»« —ainfesiaçòe* riu drleu da(•:•.-».¦.-.ui.... lovadal a rfel-to pelo- povo baiano, Paraabafar os movimento» popu-•'¦«- o «"•«-1'¦¦«¦• ¦•• baiano Ir*vou »eu u-ir">•¦ ii... policiala requinte* que nem o para--.-¦.<•'¦ Bovernador da Ouana-bara oum-u praticar. Concen-•i..!•«•¦ • ixipularc* unam dU-nolvldai em Salvador a .«-•«-'«•"•». Rás lacrimoKínco, ra-jadas de mctraltiadora« e atéa dentada» de raes policiaisamestrado*. 8itiando estu-dantes deniro de auas esco-Ias, como Já o fizera há 30anos, quando interventor,prendendo operários atemesmo nos locais de traba-lho. espancando nn* r-.r. pi-catos cidadão-., a policiabaiana logrou ser a mais ef I-ciente no cerceamento àsmanifestações do povo, deseu desejo dc ver cumpridaa Constituição. O episódioda prisão do médico HervalPina Ribeiro dá bem umamedida da truculência Jura-cislsta. Poi. aquele conhecidofacultativo, arrancado dcdentro do seu próprio con-sultórlo pelos bclegulns dapolicia quando, no exercidode suas atividades, atendiaa clientes. O lançamento damalta dc cães policiais con-tra o povo que protestavasua fidelidade à democraciacausou profunda indignaçãoe desmascarou de uma vezpor todas o caráter de Inlml-go das liberdades democra-tlcas do sr. Juraci Maga-lhàes.

COM DENIS

Ao mesmo tempo em queae declarava pelo cumpri-mento da Carta Magna Ju-racl hipotecava solldarieda-de ao golpista Denls. Emmensagem enviada ao ml-lltar conspirador confessa-va o chefe do Executivo daBahia: "Acompanho, emo-cionado, os esforços do emi-nente marechal, pela pre.servação da ordem e dasInstituições" (sic). E em ou-tro trecho: "Esteja certo deque esta mesma nação sa-berá levantar-se contraqualquer dirigente que ousetentar levar nosso país de-mocrata e cristão para oodioso campo comunista".Para a mentalidade policialdo governador baiano, aliás,todo o movimento do povona defesa da democracia epela sobrevivência da Cons-tituição não passou de "agi-tação comunista com fins de-monstradamente s u b versi-vo", como está no comu-nica do em que o govêr-no da Bahia adverte opovo de que qualquer ten-tativa sua de manifestar--se favorável à legalidade se-

Lavradores Fluminenses Vão Reunir-se

NA DATA MARCADAA II CONFERÊNCIA

ELEIÇÃO DE DELEGADOSApesar dos últimos acon-teclmentos políticos, queprejudicaram cm parte osatos preparatórios da IIConferência Estadual dosLavradores e TrabalhadoresAgrícolas Fluminenses, êsseimportante conclave deverárealizar-se na data progra-inada, ou seja nos dias 15,18 e 17 de setembro, no Gi-násio Caio Martins, em Ni-terói.

Conforme tem sido am-piamente divulgado, a IIConferência debaterá n se-guinte temãrio: a) situa-ção dos lavradores e tra-balhadores agrícolas do Es-lado do Rio de Janeiro ea luta por «uas relvind^a-ções e direitos; bl aplica-ção do Plano de Coloniza-cão e aoroveitamento dasterras devolutas e própriasHo Estfrlrj. Dortíl"la lll'"""l'08 de 1960, liberação e prote-ção das terras dishonívelse ocupadas, cadastro, crité-rio e sistema, nrocessos drdistribuição c administraçãodas torras, assistência so-r'r-1 p do ("•¦'óc*"-'1 n p^ntr**-***.tivismo: c) legislarãoB**rárla híasf.iirp fi estrut"-ra rural brasileira: ó^unidade e orgenlr-àcão doslavradores c trabalhadoresagrícolas do Estado do Riodc Janeiro, as atuais orga-nizações, as associações ci-vis r a organiaação sindicalrural.

A fim de eleger seus de-legados à Conferência Esta-dual e debater os pontosdo temãrio, reuniram-se cér-ca de 500 camponeses emDuque de Caxias. 300 emCachoeira de Macacu. 250en Casemiro dc Abreu, 50em Valença e 200 em Vassou-ras, além de outios. Quan-do estiver circulando a pre-sente edição, outros encou-tros de camponeses já se te-rão realizado com o mesmoobjetivo nos municínios rlcNova Iguaçu. Campo.-. Ca-bo Frio. Ma"p. Macac, Há-boraí. Itaguai.

Os lavradores e traba Uu.-dores agrícolas fluminensesestão contando, nara a rm-]'-."íiq r'e Sll"i Tr rjoi-rpi-fi'-.-cia, com o decidido apoindos operários o estudantestendo sido programadasmedidas práticas dc niudapelo movimento sindi.'-'.ntrave- do Comando Ifnifi-cario .Sindical c Estudantil,fi''" IVirirnii hc.rn-cpmcnle a]"ta fim rWfica. ria' !«•• ->• vi-,de nn És* 'rio rio "'n. A ITf'0:,'""*"'i;i rifivpi"í n'fif">rexoresiiva delcgeeãn an t-p-meiro Connr'f"o Nacional deLavradores c TrabalhadoresA«rrieolas, a reollr/ar-se nosdias 1, 2 e'3 rie outubro,em Belo Horizonte.

rá reprimida violentamentepel* jv ......

vio- OU A CONSTITUIÇÃON.ío permitindo a livre

retii.... de •. n. m-i.». . -pui»l ea» de repulsa ao iíoI*.'!..... ...-al.il.. O* «•'.¦.«¦dantes nu interior da tradi-cictnal Fiii-uldade de Metllei.na e tentando impedir ate

ta.« de apresentar como -¦..(.-ver*iva-i as mamfe*taçõe-i dupovu, em defesa do regimedemoeratieo. O* parlamen.tare* Hamilton Cbhim < Is-der do PTlü. Moitinho!' 1....1. Uialma tittm, He-:..¦!¦¦ Otierra, Oolivar San-lana, Henrique Uma Sun*tos, Antônio Drito e o pa*dre Palmeira, protestaram

au povo através do nervicodr alto-falantes que Instala-ram na fachada do prédio,pundrndo operários, r*lu-dantes, jornaliMa» e qurmquer que fosse que se pru-iiiii;.'U-t legalista, fechan-do ...-»...-. do Poder i.««i«-lallvo <a C&mara Munlrl-pj| de Feira de Santana levereunióe» ini|>cdidas pelo co.iivi.rt.i do batalhão local daiiollcia mllitari Juraci vio-lou oi-!¦ i».i».... constliuclo-nnis e rnmrieu crlmrs pelosquais deveria responder n •Justiça comum,

ASSEMBLÉIA «PUDIOU O

Na A • iiihlt-iri !..¦ 'i ,i.i'lv...deputados de quase todos nspsrtldo» verberaram as atl-tudes arbitrárias e condena-mm m manobras govcrnls-

,,,,„, faoatm-o sufocamenlo pelaforca das manifc*taç£r* po.pulare* i>ela pojse do sr.João Qnulart e pela f.:..uii«dr continuiditde da drmoenucia.DCT COM O GOLPE

M- -in.. de|H)ts da chegadado prt-Aidcntc Jo&o Ooularta Brasília o Departamentodos Correios e Telégrafos naBahia conUnuou a nrgar-»ea transmitir mensagens tele-gráficas de cunho legalista.Um telegrama dos jornalls-tas e gráficos baianos dlrl-gldo ao presidente da Repú-bllca, pedindo que nao f" -sem Incluídos no Oablnetedc Sua Excia. elementos quehesitaram rm assumir umaposição clara e inequívocarm defesa da Constituirão,nâo foi aceito pelo dircç&o doDCT cm 8alvador.

Ti.iu:íUNa -do uam-»*J n.Ul.U. _ T»o loto cit"*-rulou ne«te feudo • noti*«o d» irí.üll. lo du fri JÃ-llio Quadroa,.« «.i~-iai...- ar -lUil-.|.».ce. ptlUienK*. ai.t«vendo u golpe oue, a m«tr»gem <!«-----. atitude do ei*presideute, i« tramava rar**ira a legalidade, tintaramvibrante mamfetto ao po*vo. n«--«- documento, »ut».*-.(.!.. pelos dirigenlr* de to-•ia- a-, orgam^eôes . -».-.i-daiiti* rto Rftado e pelospresidentes do* sindiram*de romerriáriot, tratolha»dores na rondrurao civil,.... ...i. - panificacân, ».'¦ ¦ii. mecânica*, luiirsdore*de calcado*, carregadores pindu«tria do vr*tuarlo. o«operário* e cttudantcs eon*ii- n-.ni enérgiramenie a in-terferénria do imperlali*muamericano em i-.> -- tui*.atravé* de seu agente Car*jo* Lacerda. i>n;-> ru|o* tru-po* "JAnio aparecia eomoentrave incAmodo e hostil.deide quando, livre dor.. -r.ii:..ir.!-*ni com o» pode*ro«n«". procurou reallitarreforma* lndi«r*n*ávei, kindependência do nra*ll,rolocando um "freio na ra*nlnattem Internaeionsl que(teRradava a nos*a *oben*-nla e a* no**as riquezas" Odocumento denuncia, parti-culsrmente. o *r Cnrlos Im-rerda. "oue urdiu e conse-kuIii a deml**fio do presi-dente Oupdro*. como res-ponsãvrl dirrto nela Intran-qulllriade ora reinante. |o-rtando com o de*varlo davaidade pessoal, nelo fra-ras admlnUlratlvo de sua(te«»;1o na Ouinahara"

Ateu lendo n convocação

dt*« f»ti*rinos equ» . ... .-..-.= o í- ¦ • r.defender nas «¦-»«»-- a :•»-.:dade, rérra de I mil MàVOMpaiilr-iparam d« ntrande ra*ti.. ;¦• v.t iev« lutar ruPraça Pedro II, onde •--*¦ram da palarra e-radorei oe«•¦ía* a* eondic^-a «ruise rrtdos **..n*r .»*, ronde*nando e^éreiramefti* a im*ma -?"ii>!>*»

cotPf fSTAOUAlAproveitando a au^nria

do «ovemadar e vire.eo*vetnsdor do Kstado, o deou»ledo udmMa Milton Aeuiar.I» ¦:-. |.!-iitrn'.r da As**emb|éia l>cUiaUva. rn*salou um solpe- peranl» mteu* rolrj . virando *¦•• •mir o Rovémo do feiado 9promover, depois, o Impedi*.""!'•. do governador «• • -ripuln fiel de Lacerda, naoe*eondrndo as rruas aren*tusda* ineltnacoe-* faseuta*.o sr, Mirta-r» Aeular procuroulanear a eonfusAo no selo dapovo. vidrando os talrros daridadn, para proclamar queo inverno do Estado estavaacéfalo Interpelado pelortemitadn Jo&o ClfmaeoD'Alm"ldn da tribuna daA**embléia «Abre sua atlvi-dade colnista. o sr. MiltonAtrular. visivelmente pertur*»bado. ensaiou pilida deseul-na que rtho convenreu anlnitui-m- Em defena da or-dem e da Iciralldade. manl-fe*»prnm-«e, de orrmtn, n«itepniirto* do PSP. do PSD.do Pm e ds nroorta VTfít.eomo o *r. Nn»a-enn A**»ft-I" caindo no vf»»i*» n »»-?«¦•»-.ctr» onlMomocrática do sr.Milton A-tular.

Pará: Fábricas, Escolas e BairrosCentros da Resistência Democrática

BELÉM, setembro (doC -rrespondentei — Dias dcvibração patriótica e dc re.slsténcla dcmocrátlt-a viveua população desta capital cde outras cidades do Estado,unida na defesa da leitallda-de constitucional contra ogolpe fascista.

A renúncia do presidenteJànlo Quadros e às artlcu.lações golpistas que se con-cretlzaram no pronuncia-mento dos então ministrosmilitares Orun Moss, Denyse Silvio Heck contra a possedo sr. João Ooulart no maisalto cargo da Nação, segui-ram-se a manifestação ma-clça de entidades cm defesada democracia e a organiza-ção de Comitês de Reslstén-cia Democrática em Belém.O povo, pelas entidades detrabalhadores e --«tudantls.associações de bairros e ou-trás, c ainda através do pro.nuneiamento de personallda.des destacadas da vida doEstado, repudiou desde oprimeiro momento a ação dosgolpistas e se solidarizou como governador Aurélio do Car-mo pela sua pronta declara-ção em favor do respeito àlegalidade constitucional eda posse do presidente JoãoGoulart.

MANIFESTAÇÕESDO POVO

"Não há pretextos, não hárazões, não há argumentosque se sobreponha ao ru-mo claramente estabelecidona' Lei Magna... Fora daConstituição não pode haverlegalidade mas arbítrio, pre-potência, sacrifício de liber.dade e opressão de uns sô-bre todos... Por conseqüèn-cia, obstar o acesso do ¦ sr.João Goulart à Presidênciada República é violar as ins-titui(,'i5es democráticas quenos regem... Urge que o po-vo, nesta hora de apreensõesdemocráticas o ameaças, nãocoiísintá que se concretize ogolpe projetado- contra o sr.Goulart por aqueles gruposInteressados em deter nossoprogresso e a nossa indepen-dência econômica... Voltadopara Os princípios que nor-tearam a luta do ex-presi-dente, deve o povo transfor-mar-se no exército vigilanteria Constituição, fazendo decada casa, de cada fábrica,rlc cada escola um redutoinexpugnável onde se cultuaf s'o defende o regime cons.titiurional do pais". O vlbran-Ic manifesto, alguns trechosdo qual estão transcritos acl-ma. foi divulgado em todo oEstado do Pará. Milhares depessoas de todas as classestomaram-no em suas mãos ctransformaram-no no rotei-ro para a ação do povo emdefesa ria legalidade rifimo-erática. Dezenas de milha-res. além dc assiná-lo, leva-ram à. prática as suas reco-mcndáções.

Demonstrações popularesforam organizadas, .as énti-rincles sindicais e estudantis•¦1111 mela ram imeriinlrnienie•sua disposição de lula cm fn-vor ria posse de .Tr-iieo e con-tra o grupo golpista.

. INSISTÊNCIA

Cromação, populoso bairrodn r:ipilal paraense, deu oexemplo. Seus moradores,após uma reunião da qualparticiparam centenas depessoas, organizaram o pri-meiro Comitê de ResidênciaDemocrática na cidade.

Constituíram uma diretoria cIniciaram sua atividade emdefesa da legalidade dirigiu-do um memorial ao governa-dor do Estado, que foi entre-gue por uma comissão aochefe do executivo estadual.O comitê da Cremação rea-llzou também diversas ma-nlfestações públicas em de-fesa da posse do presidente' João Ooulart e divulgou dl-versos apelos e manifestosao povo conclamando-o aparticipar ativamente da rc-slsténcla contra o golpe.

O exemplo dos moradoresda Cremação espalhou-se rá-pldamente pela capital para-ense, onde numerosos outros 'comitês de resistência demo-erática surgiram. No bairrodo Juninas os moradorestambém se organizaram emcomitê e, além de atos ereuniões legalistas, enviaramao presidente da Câmara Fe-deral um memorial com cen-tenas de assinaturas mani-festando sua disposição delutar em defesa da Consti-tuição e pela posse do presi-dente João Goulart. Em Ma-rambála, outro populosobairro da capital paraense,os moradores enviaram umabaixo-assinado de milharesdc pessoas exigindo a ime-diata reabertura dos traba-lhos da Assembléia Legisla-tiva do Estado, que se en-contravam paralisados desdeo inicio da crise. Aliás, fo-ram em grande número ospronunciamentos de entlda-dos, associações e sindicatosdo Pará exigindo dos depu-tados que fossem para o seuposto de luto, o legislativoestadual, defender a legali-dade contra o golpe.

GREVES PELALEGALIDADE

Greves diversas de traba-lhadores registraram-se emtodo o Estado durante osdias da crise, todas elas emapoio á posse de João Gou-lart. Os estudantes, como nosdemais Estado do Brasil, de-cretaram a greve geral quefoi seguida á risca pelos uni-versitárlos e r-ela imensamaioria dos secundaristas.

A União Acadêmica Para-ense, órgão que congrega osuniversitários do Estado, de-clarou-sc em sessão perma-nente a partir do momentocm que foi conhecida a re-núncia do presidente JânioQuadros c convocou um Con-

gresso Estadual extraordimi-rio da entidade para decidirn greve geral. Através dc ma-infesto ao povo, os unlvcrsi-tários paraenses anuncia-iam sua disDOsição de lutarem defesa da Constituiçãoameaçada pelos golpistas cresolveram, além de dcfla-grar a greve geral, o scguln-te: a) — repudiar a prisão domarechal Lott: b) — tomarintransigente posição de lu-ta em defesa dos princípiosdemocráticos e constltuclo-nais que devem nortear aatitude de todos os brasilei-roí; c) solidarizar-se com aposição de luta adotada pelaUNE; e. d) — conclamar osestudantes, os operários e opovo em geral a manterem--sè vigilantes em defesa dosprincioios democráticos econstitucionais para que oespectro da ditadura não ve-nha oürlmlr a consciência dopovo livre".

Os secundarlstas. atravésde sua entidade, a UECSP.tomaram resolução idênticaà dos universitários e con-clamaram todos os estudan-tes e o povo em geral a rea-lizar manifestações conjun-tas de protesto nas ruas deBelém. As duas entidades,durante todo o tempo decrise, ornamentaram as fa-chadas de suas sedes comcartazes e faixas alusivas ádefesa da legalidade, rie de-núncias dos golnlstas e exi-gindo a posse do presidenteJoão Ooulart.

VOLUNTARIADO"Está aberto no Pará o vo-

luntariado da Legalidade" —assinado por intelectuais,parlamentares, lideres estu-dantis e sindicais, foi divul-gado, durante o auge da cri-se politico-militar que aba-lou o pais, um vigoroso ma-nifesto conclamando o povoparaense a se alistar no cor-po de voluntários da legali-dade. O movimento logo em-polgou a população de Be-lém e grande número dc pes-soas atendeu ao apelo legra-lista dos signatários do do-cumento. A solidariedade áluta de todos os brasileiroscontra o golpe milltar-fas-cistà manifestou-se assimatravés da abertura riovoluntariado, solidariedadeessa pai-licularmente ao he.róico povo gaúcho quese colocara â frente daluta contra a clique riemilitares e civis reacioná-rios que procurava mergu-

lhar o paisterrorista.

numa ditadura

NA FRENTE POLÍTICA

A batalha legalista -am-bém foi travada com lntcn-.-Idade na frente politica Di-retórios dos partidos politl-cos, deputados estaduais! en-tre os quais destacou-se so.bremancira a participação dopeteblsla Benedito Monteiroc do socialista Cléo Bernar-do), vereadores de Belém ede outras cidades pronun-ciaram-se desde os primei-ros momentos da crise emfavor da posse do presiden-te João Ooulart e contra aclique golpista que tenta-va impedir a sua posse. Ma.nifcstaçAo firme, que logo rc.'cebeu o apoio maciço da pu-pulação, foi também a dogovernador Aurélio do Car-mo, pronunclando-sc favo-ràvelmente à manutençãodas liberdades, pelo respeitoà Constituição c por uma so-lução da crise que atendes-se ao clamor da Nação pelaposse do sr. João Goulart,

NO CAMPO MILITAR

Papel destacado desempe-nharam o comandante dabase aérea do Val.de.Cãns,coronel Fausto Gerp, a maio-ria da oficialidade e a tota-lidade dos sargentos e pra-ças daquele estabelecimentomilitar, durante a crise. Co-nhecida a decisão dos minis-tros militares de impedir aposse do presidente consti-tucional, o coronel Gerp reu-niu a oficialidade e deu aconhecer sua posição: nãorespeitaria qualquer deter-minação dos responsáveispelas três armas que viessea ferir os dispositivosv daConstituição do pais. Suaatitude foi seguida pelamaioria dos oficiais e a elase seguiu a prisão daquelesque discordavam.

O comando da PrimeiraZona Aérea, entretanto, com.o apoio de outras corpora-ções da Marinha e do Exér-cito, ordenou o cerco dabase aérea e a prisão do co-ronel Gerp. JSsle, para evitarderramamento de sangue,entregou-se. Sua atuação,entretanto, alcançou a maisviva repercussão no Estado,principalmente na capital,,onde diversas manifestações'de solidariedade á oficiali-dade e aos praças legalistasda importante base aéreaforam realizadas.

BATALHA SALARIAL EMPOLGA TRABALHADORESDE SÃO PAULO: SINDICATOS EM AÇÃO COMUM

Centenas rio milhares detrabalhadores; representadospor dezenas de órgãos sinrii.chís do Estado de São Paulo,deram inicio, domingo úlli.mo. a uma campanha rei.vindicatória rie grande enver.gadura. constante rios se.guintes itens:

1' aumento geral de sala.rios; 2) elevação cio saláriomínimo; 3i abono rlc Natal.' • acordo com projeto exis.t nre na Câmara Federal: -11direito a nm mês de férias.

O salão rio Sindicato riosMetalúrgicos, ourie se rea li -¦/ou a reunião, ficou superlo.1 rio. com a presença rie rie.r/.onas'de dirlgenles sindicais,e de grande número rie ope.rários. !vn meio ^0 in)£,,sodebate em torno ''as citadasreivindicações, dosl"cou..sfa unanimidade com queos oradores, intensamente

aplaudidos, marcaram a po-sição dos trabalhadores emface da recente crise politi.co.militar, denunciando o cll.ma de terror implantado emSão Paulo contra o povo.particularmente contra os 11.deres operários, pelo govêr.no do sr. Carvalho Pinto.

A presença do ministro doTrabalho, deputado FrancoMòntoro, provocou vivo in.terèsse, tendo êste assumido,perante o movimento sindi-cal; o-solene compromisso riemanter e ampliar as liberda-ries sindicais e de encararsempre de modo favorável asreivindicações rios trabalha,dores.

Falando em nome rios sin.dlcaio.s, o sr. Francisco Fio.riann Dezen situou a posicfinrios i''."l--'hH<lores eom rela.çúo ao Ministro, de cohíian.

ça e de apoio a todas as mo.riirias que satisfaçam as ne.cessidades dos operários, emsuas lutas pela independeu,cia econômica do pais, nelofortalecimento rio regimedemocrático o pela melhoriarias conriições rie vida do po.vo brasileiro.

Os dirigentes sindicais rie.cidiram que o desenvolvi,mento da campanha s-'iefetuado através rie essep».bléias por setor, a fim ri- r>i">caria categoria profi-^1'- |trace seu plano rie h>trf e ¦ '¦.le inclua outras reivlrr"--!rões especificas. No m-A---' 1dia 8 rie ouiubro será e'-.tuada nova reunião Inlei-'-,dieal, para apreciação rio 1.-.balho até então desenvolv'---i.ftsteuma

será coordenadocomicsão de diri-ri

sindicais, eleita 11a ocasião.

Page 7: OS COMUNISTAS E 0 NOVO GOVERNO - marxists.org · Ia» j* nào fasem o 0,ue nurmn Viiema» na época da ... !ae realisar em virtude da tentativa golpista que tu-nmltuou a vida do país,

1 31 ooielemtxo Ha IV6I or, nuMOi- sal 7 as»

PERNAMBUCANOS SOUBERAMLUTAR CONTRA O GOLPE

¦ lOirt- ida Ourreapon-drnui - Aiguau* horta oe-pote d* o fertaeaeoio arai-lar a renuncia do ar. Jânio

pilai pernambucana aa ma-mtmmm» 4» protesto toa-Um • tolp». Oa «aludam**musaram eomlciot nas sa-cadariaa da faculdade daDireito t na praça da Is*dtpetidétttia e. em seguida.AaaeanbUia UsTuiiu* A

rou greve geral Oa alunosdaa ateolaa auperlorea ao ir-tomaram a» aulas depois deo ar. Joio Ooulart tomar

O Comeu» Sindical dosTrabalhadorat. numa rtu*mào com t participação damaioria dos sindicatos, ra.aolreu permanecer em aa*aembieia permanente, publi-cou uma nota de protestocontra o golpe, conjunta,mente com a unlào dos Ea*tudantes, e deliberou que ossindicato» convocassem aa-aemblela* a fun de tomaremposição contra oa golpistas,defender a Constituição e apossa do ar. João Ooulartc promover uma campanhade esclarecimento da opiniãopublica. No «Indireto dosBancários foi Instalado o•Qua 'd General" dos tra-baliu ires na luta pela le*Kallda i - democrática. Lide-rea da .«rios partidos pro*moveram encontros com es*tudantes, dirigentes opera-rios. deputado», prefeitos, ve-readorea e Intelectuais, acer-tando medidas de resistênciaaos golpistas e de defesa daConstituição. Inúmeras per*sonalldades e organizaçõesprofissionais pronunciaram-•ae em defesa da legalidade

Osafnoffwtifft ! 6 VvQ9*fl0ftf ••asejas»»»?^ lama sVBWaagaSalraryi me» i wWmp^m)wdaa da suiteira. ea prefsi.loa do Haelfe. Caruaru, Oito*da, Pstmare* e muitos ou-iras ae pronunciaram palaposas do ar. Joio Ooularte em dfftaa ia constituição.

o Sindicato doa Jornalistas,o ciub* de Imprensa, aUnião doa Sacritores. seeaoda Ptmamboao t a Ordemdos Advogados local dramas-rararam o golpe e defen-deram rigorosamente as II-herdades dcmocriUra* aaat-furadas na Constitui?Io. rio-ladas, pisoteadas e sutpen.tas em Pernambuco ptlogrupo golpista, tendo i fren-It o governador Cld Ssm-paio. IOO T1AIÜ O POVO

Com a violenu e arbitra*ria censura imposta paioafascistas ao* jornal», esta-çoee de rádio a taievlaao ademaia meios da comunica,cio, Pernambuco por rártoadias ficou praticamente Uo-lado do pais. Oa Jornais niopublicaram nem um sim piasedital da conrocaçio de ea-aembleia sindical. Oa Jornaise emissoras de rádio at as*forcavam a fim de conven*cer a opinião pública de quensda havia de grave no pala.de que a renúncia de Jâniotinha sido um episódio ro-tlneiro e qut o pais estavaem completa canta.

Nessas condições, oa pa-triotas pernambucanos bus-ca ram outras formas da pro-paganda, a fim de eaelare-cer o poro quanto aos ver-dadelros rumos qut toma.vam os acontecimentos.

Centenas dt milhares devolantes e manifestos foram

da crias, Aa ruas da capitalficaram coberta» de Inseri-cote murais como: -fona-tiiulfio ou Revolução'', • To* •ae a Janto", T»i*oãu paraUcerda". -Abaixo oa Ool-Ítalas

a a Duadur.\ "Cldmia o Povo". Ot estudan-

toa rtatiaaram eotulderairlnúmero da comícios- relam-pago nas fila» dt onlbu* edemais coneentracoe*.

A Assembléia Ugulati*»reuniu.** em saaaâo perma-nrnte t at tornou um pon-to dt concentração do* pa-triotas, que da* galerias est-gism dos deputado* ptronun.clamemos t atliude* tm dt-feta da Constituição, llealt-fou-at uma concentração na*escadarias da Assembléia U-gUtatlva. falsndo estudan-t*«. operário», o prefeito eo vica-prtftlto da Capital.

Momentos ante* da res-lição da concentração oa po-lidais do governador CldSampaio prenderam um as.Uvador no recinto do Pati*cio Joaquim Nabuco, emflagrante desrespeito ao Po*dar Legislativo. Houve pra.testo da massa qut. índia-nada. apedrejou oa 'Uraa".<•• da arma tm punho, aa-saltaram o trabalhador e olevaram preso.

Os estudantes realizaramnova concentração no panoda Faculdade dc Direito.Apesar da*Policia Militar,embalada dt fusil t metra-lhadora. ter cercado a ra-cuidada a as vias de acessoa mesma, o comido foi rea-Usado com éalto. Oa orado-res denunciaram o ar. CldSampaio como um dos gol-pistas e violador daa liber.dadea democráticas, comoque se demonstrava no fato

^MM'JiimMm^!\^^'^mÊiíÊSmMÍ»fi-J^^'í^^ 'F£^'w- ' -í'^flfl''jÇB gsLV"* - * *^mte*21i* -«*^w*. '^nm?*mWÊEk'''b W*..¦§¦':wM ¦¦!•* ;¦ rjmtnwa «sa^^s^^Wmmw^'^*to» •.--<!vwB -slT s»>*«« ''lisassaVftta <& ^Wf*^i»/:íyvaf5a aTwk <"-»*• t s í2jbbV*sbHL ' Wk tal Lassa I' ^^jOWP' f nf afCSar r

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fk'i$MWM Mt\íy; .'^uSflrfl I

Porto parou até a de Jsstafo

d* • policia ocupar o J»< '• ¦¦-.da Faculdade rom o ulijeii-vo de impedir a realuaçãc 4*uma passeata programadade acordo com a Constitui-çáo,NOS MUNICÍPIO

Em muitos outroa muni-ciplo» rtatisaram-ae roam-fcataçta» de Droteato «mirao golpe, em drlesa da Cons-uiulcao e pela po**e de Jau-go, Em Olinda, no dia ?.o prefeito Derreto Oui-niaree* proferiu um enrrgi-co discurso eui delcaa daComUtuiçâo e da passe deJango, em Caruaru, Palma-rea, Pesqueira, Ootana t ou-tros tocaia rcaltiaram^eproie»to* contra o* golptiia*.

Comissões de prefeito*. In-dustrlals e parlamenuresforam ao comando do IVExército, expiessando a de-cUáo do poro dt ver res-peitada a Constituição coma posse dt Janto na Pre*»-déncla da Republica t fa-sendo ver ao comando queo IV Exercito devia colocar-ot contra o golpe.OttVI NO PôtTO

Mas o ponto alto da lulapela Constituição foi a gre-ve política deflagrada nazona portuária, no dia 3. a*8 horas da manhã, so vol-tando oa portuários ao tra-balho pela manhi do dia •.depois de o sr. Joio Ooularthaver tomado posse t os dl-rlgentes sindicais serem II-bertados.

Os portuários, em assem-bléla conjunta com os estl-vadores, resolveram decretara greve até que o sr. Ooularttomasse posse e os operáriose Jomsllstas fossem liberta,dos. Com, este» objetivosforjou-se a unidade das duascategorias da orla marítima

estivadores e portuáriosque em seguida conse-guiram a adesão dos mari-timos. A greve afetou osfuncionários das Docas, con-ferentes e arrumadores. numtotal aproximadamente - desete mil pessoas. Vinte ecinco navios ficaram parall-aadoa.

No decorrer da greve o' capitão dos Portos e o go-remador Cld Sampaio e seussecretários discutiram comos diretores dos Sindicatosdos Portuários e Estivado,res, em busca de uma so-luçio qut findasse a greve.Más oo trabalhadores nioaceitaram nenhuma propôs-ta conciliatória, mantendoa decisão de só voltarem aotrabalho quando o sr. JoãoOoulart tomasse posse e ospresos fossem libertados.

Apesar de pressionado pe-lo governo e oficiais da Ma-rinha de Guerra, o sr. Ci-cero Targino Dantas não ce-deu um só milímetro e afir.

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0 sr. detro Targino Dantas, pr**idtnte do Sindicato dosPortuários, falando à reportagem

mou. firmemente: Podemme fuxüar, mas tu nio trai-rei aqueles que me elege*ram para dirigir os destino*ds nossa classe. 86 ordenos volta ao trabalho depoisque Jango assumir a Presl-déncla da República e ospresos forem libertados. Ea-«a firmes* do ar. Cícero Tar-glno Dantas, seguida pelopresidenta do Sindicato doaEstivadores, ar. José Osvsl-do Oomes, na defesa daConstituição e contra os gol.pistas, foi aaudada com en.nulasmo e alegria por todosos patriota».COMÍCIO, MA lt

Pressionados pelas firmasexportadoras de abacaxi,sentindo a firmeza e a uni*dade lnquebrantáve! doatrabalhadores da Orla Ma-ritlma. os comandos milita-res nio tiveram outra sal.da: mandaram buscarapressadamente os presos naIlha de Fernando de Noro.nha que, às li horas do dia

7. foram postos em Ubtrda-de na atoa do Terceiro Dia-trito Naval, saindo ao ladodos presidentes dos «indica-toa dos portuário», estivado-rea. bancários o outros. Dt*pois da grande assembléiaresinada no Sindicato dosPortuários, em que falaramdiversos oradores, a grevefoi encerrada. Oa trabalha-dores da Orla Marítima re.tornaram ao trabalho, comgrande entusiasmo e satls*feitos por terem dado tunagrande contribuição na lutaem defesa da legalidade de*mocrâtlca.

Os trabalhadores, os estu-dantes a aa demaia forçaspatrióticas a populares dePernambuco estão vlgllan-tes e no firme propósito denio permitir que haja na*nhum retrocesso na» vitória»conquistadas. No próximodia 18 de setembro promo*verão um grande ato pó-bllco comemorando a vltó*ria e exigindo a punição dosgolpistas.

COMUNICADOA Ai.f.NTI.V INTERCÂMBIO

C I I. T I II A 1. — JL RAMJ1Kr.tlIMARAEV rua do» Estu-iltlItM. 84 Ml» 38 — SáO Pau-In, fm ¦ latlsfaçio de comu-Mirar a lodot ot ttut amlgot e.-llrnttt qur continua rtcttxndo novidade» tm livro» tovif-ii.o». em tipanhol. Ingll» *[rance*, «obre poluir», econo-ml», tlloiofl», medicina, dlrti-to. e cltncla e técnica, ttuali-.tade», lingüística, etc. direta-mrnte da Moscou. A todot eaque tollclurem, foraacsmo* r*-liclo d* todo» oa Uvrot eu*temo» »m «ttoqur. .. tmMu

Como nnipr*. atcndrrtmoscom preitsx* oa pedido» eu*not forem dirigido», pelo no*,•o ttrvlco de REEMBOLSOPOSTAL. At taxa» pottalt tfl-hr» tlvrot foram congtladaa.Pnr etta rulo, a aquIilcSorir livro* por *»te tlatcm» con-tlnua multo favorável par» to-ilo» »« leitores. Todot ot pedido»¦1c valor superior a Cr* 900,00,ile taxas pottalt, pelo Reem-tiniu,, PoiUI atmplei.serio atendido» tem a cobrinc»

Aot nonos clientes do Nor-

deatr a Nortr Su )••.•. qut toiirltam livro» pelo Rttmbdl.PosUI AÉREO, informunot quest l»x»a poatal» d(»te tervlcuforam aumentadat exagerada-menle. Por e»»a rtiko, faremo»ieme»a«a ptlo REEMBOLSOPOSTAL SIMPLES, t nlo Mr.pata ot que exprtmmentenot sutsrliem a rimtntAÉREA.

Comunlcamot tamb*m queeontlnuamoa » aceitar psdldoade aitlnaturat da» rcvltta» to-viética». Ettat rtvltu» ato *n-vladat dlrtismente dt Moscou,por via «Ire», ao* auinanttt noBr» ati. E um ttrrlço que 1*canta com cen tens» de aattnan-te*, na aua tmtnta maioria In-ttlramant* »atl»f«lto» com aexportadora iovlttlca «Mezli-dunarodnala KnIga., que rt-prtttntamo».Aprovtllamo-not dn enteio pa-ra agradecer a preferencia detodos ot nonos, amigo» c cllen-it» e colocamo-nos » tua lutei:»dlspoilcSo.

AGENCIA INTERCÂMBIOCtl.TlKAI.

Jurandir Uulnaraet

CIP SAMPAIO: GOVERNOOO GOLPE I DO IUBÔRN0

Am.rt VirtriHm

Com .'"'» reiâe, a* pemamburanos e«iio d*s**peV>-tva4o* evsni a ».„.t.,.. ,,. gr, P14 .•«,«.,.:.. » Irem* do ga.varno do Raiado

Durante a greve do* eatudania*. em junho p. p o nm~limo federa) de então murveio indebiiameme no*loa Inlemea i|«v Eaisdo. O »r, cvl hUmiaiiui tutu -w..a auionomia da l>n .íi..,i„ . vru, rornraiio. M«»curs>uliflear per i«4« o» m*|ea aquela arwirarlavude.

Agora, ao »* lnici*r*m gg arikuUvsôea gulnistaa.•bertamenle rum a propalada rentim-ia do sr. Cario* La*carda, o ar. Cid Sampaiu implorou a \ •¦>-,.¦.. ,,u, nio re*nunciasae. litu *. tomou uma attiuuc que vitsra lonalecerum dos cabeça* do gv>lpe,

Com • rrnuiui, o> >*•¦ Cld > ¦..• J... è .¦ ¦... a tolabn.rar com o» gulpuua». i>.:. porque a sua ,.. i ... em vmiurasdo r>isdo. tometeu um* s*>rie u* vkilemiss. sem que » go.varnador i-n.-r .,..,, r, ;1, i ... ,iut. siesse rtnwr taloarMtrarw«dad>*. A poUc-ie mssiiou ,.-¦¦ ilu*» ve/*> o Sitio)-cato dos fJani-ãrtos. prendeu ¦.•:..- ditigenns. ¦¦¦¦,.». quaali sa enesmiravem • Invadiu « sede da Cnlâo do* ! .¦ -i«ia.< .toa dt Pernambuco prendeiulo vãrin» Jovens, Assaltou aresidência do JontalUis Dsvid Captsirano e eawmitiu »uafilha, uma crlamn. de II »•:¦ - u> Made.

Na alustaidinlia tarlu !¦«>-¦-.•¦. lotam i'i<• - u sr.Raul Feltoas, Itiiivloiuiio páblívo. 1..1 r»«mnrailo no romu.sartado locai O gr. Osório Gome». r>»iiv<tdor. prè»u «lenitt*da Aaaemblels legislativa, foi «•¦..,: ...;- qiiehiarsm.lhe esdente», quase varavam.lhe oi olh<»». pe!o »!mp!e« falo oe de.fender a Consiliulçâu.

A polida portuária, em v.hu.i.- .» uma aimplts dia.cusaio. a**as*lnou em vis públits um operário do Slndl.rato dos Amimsdore». Auriciiliores foram pen«guldos. suasorganlucAes varejadss pela |>o!lrla e seus dlrigeniat pre.*o*. Foi no govirno do sr. Cld Sampaio que um camponêsfoi ferrado como se r»tivéa«emos sinda no tempo da ee.(Tavldão. De/enas ue casebrrs em Sanio Amaro foram des.iruldos |>ela Itndlo Palnillji do «r. Cid. o ilefen«or doai .h.i-, e lniinihlr»

O -«•,;.!..:.- úa .Siguiaiic» do ?-¦¦¦:. • 1...lu • foi pe*.loalmenle cansumi mis oficinas o jornal A Hora duranta.. crise. Pessoa* que s*lnm das oficina» j;nilicas onde é lm.presso *«ise Jornal eram revistadas. Através dc nou ofl.ciai, o governo prutbiu manlfeslaçAes públicas e ameaçoucom repressão policial.

O delegado de policia de Uaranhuns. ram o destaca,mento local, perttirnou a realização de um comício em ho.tnenagem á ,-sosse do sr. João Goulart na Presidência daRepública. Apesar de todos esses desmandos, praticadospela policia do Kstado. o gVivcrnador lenta fugir Ir sua res.ponssbllidide.

Nós. pernambucanos, operávamos que o governadorcumprisse as promcs*.u que fòz na sua plataforma dc can.didato a governador du Kstndo. Entro outra» coisas, pro.metia ele respeitar as lilierdiules democráticas para o povo.Au tomar posse, Jurou cumprir e defender a Constituição.

Ü que observamos, entretanto, <• o silêncio c a conlvén.cia do sr. Cid Sampaio em t6<Uis essas violências que a po.licia pratica contra o povo. Que autoridade moral pode teruni governador que se acomoda Irente á In tervençio federalno Estado? O mesmo governo que prometeu combater ocusto de vida passa a defender o aumento do preço do açu.rar e eleva os impostos, criando várias taxas e adicionai*que são pagos pelo povo já esfomeado. Quando candidatoo ar. Cid combatia o suborno, o empregulsmo, mas o seugoverno é uma sucessão dc escândalos, o paraíso da cor.rução.

Que tez o governador Cid Sampaio para moralizar aadministração pública nestes anos de sua gestão?

Csda dia que passa, o P'"o pernambucano vai se con.vencendo que políticos conservadores e reacionários nãosão capa/es dc governar os destinos do Estado, dc acordocom os interesses o os desejos das grandes massas popula.res. No momento oportuno dc escolher os seus governan.tes o povo saberá dar a devida resposta a homens quatraem os seus compromissos como o sr. Cid Sampaio.

A BANDEIRA DA CHANTAGEMGeneral Junot

O venenoso vespertino -A BOLA» (que assim se chama,embora use a máscara de um sinônimo, porque come bola,Botas bola, dá bola e é uma bola!) está querendo ganhar apas, depois de haver perdido a gtwrra.

Para isso, esse jornal que sempre defendeu interessesqua não são os do Brasil, vem publicando ardilosos edito,riais, pela manutenção do regime parlamentarista no nossopais.

No de hoje (9-set.), sob o titulo «A Bandeira da Paz-.,diz, entre outras coisas, que «falar em plebiscito nestemomento é falta de patriotismo», e mais: «Foi (a emendaparlamentarista) uma solução de acordo em que todos ce-deram bastante para que nio se alterasse a ordem legalpa» que fosse afastada a terrível ameaça da guerra civile pudesse ser empossado na Suprema Magistratura, aqueleqne a ela tinha direito (os gritos são nossos).

E' interessante que um jornal como «A Bola?- fale empatriotismo, pois sempre pugnou por Interesses de fora...(só se se trata de um patriotismo ás avessas!).

Quanto à posse do presidente João Goulart devemosllzer que ela se daria de qualquer maneira, isto é, com ousem parlamentarismo. E, vamos provar a nossa afirmativa,mostrando que, ao lado da lei, isto é, da Constituição, es.te vam:

a) o povo brasileiro em sua quase totalidade, princi-palmente as massas trabalhadoras;

b) a maioria absoluta do Congresso;c) a maioria dos juristas;d) a maioria das Fôryas Armadas, em especial o totér.

cito. Senão vejamos: o Exército Brasileiro é constituído de7 Divisões de Infantaria, 4 Divisões de Cavalaria, 1 DivisãoBlindada, além de outras tropas não divislonàrias.

Em defesa da Constituição se manifestaram, imediata,mento:

V) o III EXÉRCITO (Rio Grande do Sul, Paraná eSanta Catarina) formado por 3 Divisões de Infantaria (as3a„ 5o., e 6a, D. L), 3 Divis«5es de Cavalaria (as Ia., 2a. e

ta. D. C.), várias unidades não divisionárias e toda a Bri-gada Militar do Rio Grande do Sul, além da Polícia Militarde Santa Catarina;

2») todo o povo gaúcho, em pé de guerra (o Rio Gran.de possui, no III Exército, armamento e munição psra maisde trezentos mil homens);

3») a 9a. Região Militar (1 D. C, reduzida, e 1 BrigadaMista);

4') inúmeras unidades dos I, II e IV Exército, tantoassim que várias delas se recusaram a seguir para o sul(nós mesmo estivemos, inicialmente, preso em um B.C.C.,cuja oficialidade, exceção do Cmt., era toda legalista). Amaioria absoluta dos generais, em comissão no E. da Gua.nabara, dos oficiais em geral e a totalidade dos sargentos.

Dessa forma, 80% (oitenta por cento) das forças dc ter-ra estavam obedientes à lei.

Com que contavam, pois, os golpistas? A nosso ver,apenas com o general1 Cordeiro — o verdadeiro chefe dabaderna — os 3 ministros militares e a garganta (os gol.pistas estavam fazendo o papel do sapo.boü).

A vitória, portanto, teria de ser — como de fato o foi— da lei e da ordem!

Estamos com tudo. Ganhamos a guerra e nao devemos .perder a paz, acreditando em chantagens de «A Bola», «Tri-buna da Imprensa», etc. etc.

Perguntas — Por que será que «A Bola» (ou será gio-bo?), durante a crise politioo.militar, noticiou Incêndios deigrejas e conventos no sul, com estupros de freiras etc?Qual teria sido sua fonte de informação? A que credo po-lltico dizem, os defensores da democracia crlstã.ocidental,pertencer os que usam tais processos?

Responda.nos «A Bola*.

Povo Paulista Protestou Nas Ruas Contra o GolpeSão Paulo viveu intensa-

mente as grandes Jornadasdo povo brasileiro, que seergueu, com lmpressionan-te unidade, contra as ms-nobrss golpistas. Desde osprimeiros momentos da cri-se, um clima de_ terror, ja-mala presenciado no Esta-do, foi Implantado pelo go-vernador Carvalho Pinto,que se enclausurou no Pa-lácio doa Campos Elislos,isolando-se do povo e ne-gando-se a adotar posiçãodefinida contra o golpe emmarcha, ao mesmo tempoem que "em defesa da or-dem" instaurou o Estadopolicial. Depois — de ma-nelra dúbia — quando sen-tlti que não havia futuropara os que procuravam 11-quldar a Constituição e lm-plantar a ditadura, decla-rou-se "a favor da legali-dade". Mas a ditadura jáexistia de fato, desde a re-núnciá de Jãnlo Quadros.A censura ilegal ao rádio eà TV, o clima de lnseguran-ça vivido peia imprensa, asprisões em massa de diri-gentes sindicais, estudantise camponeses, a invasão desindicatos e outras entlda-des, não intimidaram, en-tretanto, a população da ca-pitai e do interior, que ma-nifestou, através de cente-nas de organizações, dasmais variadas formas —desde as greves e as pas-seatas, até aos manifestosdé repúdio aos golpistas epela posse do presidenteJoão Ooulart, sua firme de-terminação de defender aConstituição.

Ao mesmo tempo, expres-sando de maneira comoven-te o sentimento popular,soldados e oficiais do IIExército, contrariando aposição golpista assumidapelo alto comando, demons-traram a este que não es-tavam dispostos a lutarcontra seus Irmãos, farda-dos ou não, por uma causainglória. Baruerl, São Vi-cente, Itu, foram exemplosdesse- tipo. Setores impor-tantes da Força Pública, '.principalmente os oficiaisreformados, ombreados como povo, denunciaram a

conspiração. Oficiais doCPOR ficaram detidos porse negarem a pactuar como golpe^Não foram, portan-to, apenas operários, estu-dantes e camponeses queencheram as prisões do Es-tado. A* cadeias dos quar-téls também se transforma-ram em símbolo da resis-tèncla que se espraiou doRio Orande do Sul, a todasas partes do pais.

BAIXADA SANTISTA

Nos municípios da Bal-xada Santlsta também serealizaram várias manifes-tações contra o golpe.

Assim que se confirma-ram as noticias de que osministros militares "veta-vam" a posse de Jango, fo-ram decretadas greves noporto de Santos, na Facul-

. dade de Direito, na cidadee nas Indústrias petroqulmi-cas e de petróleo de Cuba-tão.

O prefeito da cidade, sr.José Gomes, colocou-se a fa-vor da Constituição e par-tlclpou de várias reuniõespolíticas que trataram dasformas de luta a seremusadas para enfrentar ogolpe.

A Câmara Municipal, quea princípio mostrava-se de-slnteressada pelo problema,após uma reunião com umacomissão de dirigentes sin-dlcais — em que foi escla-recida da verdadeira situa-ção — resolveu manter-seem sessão permanente devigília democrática.

O movimento grevista foireprimido com lnaudita"vio-' lêncla pela policia sob asordens do sr. Carvalho Pin-to (que fazia declarações defidelidade à Constituição),tendo mesmo, no caso deCubatão, invadido o Slndl-cato dos Químicos e pren-dido os seus diretores, sobforte fuzilaria. Fato inédi-to na greve dos químicos foique, presos os principais dl-retores do Sindica tu, estaprosseguiu sob a dire<;ào deuma funcionária do Sindl-cato, numa demonstraçãodo patriotismo e da disposl-

çáo de luta das mulheresdo Brasil.

Em Santos também forampresos vários dirigentes sin-dlcais mas o movimento foivitorioso, conquistando, In*clusive, a soltura dos liderespresos e airffla mais, levan-do a direção do Foro Sin-dical de Debates, uma Jun-ta Governativa compostade verdadeiros dirigentessindicais, em substituição àdiretoria que desertou daluta.

Para coroar os exemplosde luta do povo da Baixa-da, o II Batalhão de Ca-çadores, sediado em S. VI-cente, ao receber ordens dosministros golpistas, de mar-char em direção ao sul,contra o III Exército, re-solveu, pela unanimidadeda tropa — oficiais e sol-dados — negar-se a cum-prir a ordem, ficando a fa-vor da posse de Jango.

Uma comissão de diri-gentes sindicais esteve noquartel, e ali confraterni-zou com a oficialidade e to-dos os soldados.

ESTUDANTES

Apenas foi divulgada anotícia do golpe em mar-cha, a União Estadual dosEstudantes assumiu seuposto de luta, conclamandoos universitários a defen-der a Carta Magna. A en-tidade foi atendida. 30 milestudantes fizeram ouvir asua voz: "Golpe não, Cons-lituição!" Entoando o HinoNacional saíram ás ruas,avenidas e praças denun-ciando de público a tirania.Aplaudidos pelo povo, lm-provlsaram cernidos que setransformaram em vlbran-tes manifestações democrã-ticas. Assim foi em frentedo Sindicato dos Metalúrgl-cos e na Assembléia dosDeputados.

A policia foi Impotentepara sufocar as manifesta-ções, não obstante teremfechado a sede da UniãoEstadual dos Estudantesdetendo 36 líderes que lá seachavam. Tropas do Exer-cito, Força Pública e poli-ciais do DOPS cercaram e

interditaram com metra-lhadoras, a UniversidadeMackenzle, única Faculda-dé que tinha suas portasabertas, pois uma determi-nação oficial do governo fe-chara todas as casas de en-sino.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVAA Assembléia Legislativa

de São Paulo, sob a presl-dência do sr. Roberto deAbreu Sodré, teve destaca-da atuação contra o golpe.Exceção de somente doisparlamentares (srs. AntônioMastrocola, da UDN, e Ro-berto Mayer Filho, do PSP).todos os deputados manl-festaram-se pelo absolutorespeito ao artigo 79 daCarta Magna, exigindo aposse do sr. João Ooulart.Houve completa unidade detodas as Dançadas nessesentido. Na sessão realiza-da logo após os primeirosIndícios da crise, antes quea Asssembléia se declarasseem reunião permanente,usaram da palavra quaren-ta oradores, de todas aabancadas e tendências poli-ticas, não havendo porémdivergência quanto à defe-sa da legalidade democráti-ca e pela posse de Jango.

LEPERA CONCLAMADentre os discursos dou

quarenta parlamentares, su-bressaiu o do deputado Lu-clano Lepera. vlce-líder dabancada do PTB, que, alémde defender a posse do sr.João Goulart, denunciou asviolências da policia do sr.Carvalho Pinto, com a pri-são de líderes operários eestudantis, afirmando queos deputados todos deviamsair às ruas para, junta-mente com esses lideres,conclamar a classe opera-ria a cruzar os braços erealizar uma greve geral emSáo Paulo, pois, conformeacrescentou o orador, "osministros militares golpls-tas não suportarão dois diasde greve na capital".

«VIGÍLIA DEMOCRÁTICA»

Os parlamentares nãosaíram às ruas e nãn aju-daram a classe operária a

fazer a greve gerai, de acór-do com o que pretendia odeputado Luciano Lepera,mas, por decisão da prcsi-déncla, com o apoio damaioria, permaneceram emsessão permanente, numa"vigília democrática", quese prolongou desde o dia 21de agosto até 10 do corrente.Durante toda a crise, atea posse do sr. João Oou-lart, os parlamentares pau-listas nao arredaram o pédo Palácio ü de Julho, re-vesando-se dia e noite, se-guindo os acontecimentos,atendendo a comissões dcestudantes, operários, etc.

POSIÇÃO DE SODRÉ

Elogiada por todos íol n.atuação do deputado Rober-to de Abreu Sodré, que, naoobstante sei adversário pu-lltico do sr. João Goulart,manteve-se firme na defesada Constituição c tomouprovidências no sentido dalibertação de quantos erampresos pelo DOPS. O pre-sldente da Assembléia Le-glslatlva atendia aos pedi-dos dos deputados que seinteressavam pela solturados detidos, bem comuatendia às comissões quebatiam ás portas do Pala-cio 9 de Julho com Idênticoobjetivo, tomando medidas,ora pessoalmente, ora no-meando comissões parla-mentares para que se en-tendessem com as autorlda-des policiais.

DETENÇÃO DE DEPUTADOS

No dia 30 de agosto, pelamanhã, houve grande as-sembléla universitária noColégio Mackenzle. Estavamos estudantes, com o apoiode todos os seus colegas,dispostos à realização deuma passeata que se diri-gíria ao Palácio de CamposElislos, a fim de solicitar dogovernador Carvalho Pintoque assumisse uma posiçãoconcreta diante dos fatos.O policiamento diante da-quela escola atingiu ao má-ximo, com tropas de choqueda Força Pública, com doisveículos "Brucutu", além deelementos da Oaasda QM

e do DOPS, fortemente ar-mados. Em seguida, chegouum grande contingente doExército. Falaram aos es-tudantes inicialmente oodeputados Jctero de FartaCardoso, Farabulini Júniore Luciano Lepera. Logo a se-gulr chegava ao local o pre-sidente da Assembléia Le-slslatlva. deputado AbreuSodré, acompanhado doscieputados Jacob SalvadorS-.vclbel, Nunes Ferreira. SU-va Azevedo. Chaves de Ama»r...ite è Bento Dias Gonza-ga. Os policiais afirmaramque tinham ordens superlo-res p;;ra impedir, pela fór-ça, a passeata. Houve prol-biçào da saída ou entradade quàlqunr outro estudan-to no local, o que fêz osdeputados se consideraremsimbolicamente detidos. Osr Abreu Sodre c os par-lamentarcs que o acompa-nhavuni deixaram a escola,afirmando aos unlverslta-rios que iriam parlamentarno sentido da retirada da3tropoti. Permaneceram naassembléia estudantil osdeputados Luciano Lepera,Farabulini Júnior, Jétero deFaria Cardoso, Chaves deAmarante e Nunes Ferreira.

Quando esses deputadostomavam parte cm umaassembléia de lideres estu-rtantls. foram convidados

.para que se dirigissem áHeiloria do Mackenzle. Ai,os aguardava um tenente doExército, dc metralhadoraum punho que disse terordens paru impedir que osparlamentares continuas-sem enr contato cum os es-tudantes. Os parlamentaresreagiram, dizendo que ali seencontravam a convite dosestudantes e também repre-sentando a própria presl-déncla da Assembléia. Qui-seram telefonar para o Pa-láclo 9 de Julho, no que fo-ram impedidos. As 15 ho-ras, o tenente do Exercitorecebeu ordens telefônicaspara retirar a.s tropas.

A convite do depu Uí doAbreu Sodré, os estudantesdo Mackenzle, com a parll-cipação de elementos de ou-trás escolas, concentraram--se na Assembléia Legisla-Uva, à noite do mesmodaa 3».

Page 8: OS COMUNISTAS E 0 NOVO GOVERNO - marxists.org · Ia» j* nào fasem o 0,ue nurmn Viiema» na época da ... !ae realisar em virtude da tentativa golpista que tu-nmltuou a vida do país,

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« i-:-i K4..;..« cxpiodlimouma bomba na *...*¦-

<ie i.jr -..-.• a rotina oo¦ - ¦ «ii» •!..-.. .i na po.

j.u-ir.u um •enumenlu in*•«pit.ncl de ord ..« das li»b; ruadr* e i--¦> o micoúr> uma bataltu* memoriYelqut tobiluou durante I -?.i3«» uma rolei nidade intri»:.« batalha empultcnte queteve a comaan-H-la um go-vtinador que •- iu •¦ se iden-tilic.tr tít . o pt.metro mo-mcniu com os Knllmentoir a '¦.<¦¦ ii luta (.opa.o dos ;.'>:•..•: :- ir•*.!*-'i<'*t;. doa oficiai.-, eMMdadtM do : ¦ ¦•> ui i . *• ¦eito do» lavrador»*» e tra-b3ii*i.dur*"> ncricol s. Ceia-Jii.. que .i¦ .umiu (.urante oreu iiRiiM-orrcr aa mais d.-vfiázi formas, rev.: nUo cenv.innra ate «-cr.o ponto«.ailirccndcntc a r; .-«.fjd.:«tcoa«onni/açaoemiSI n*' •>oo poro, a noção de rea-panasbllldadc cor .hh.o deliderança di- (lestci « de li-deres sindicais, cs.udantU cpopula!cí. tot um; owt.ia«iu«- começou c ii 1 ¦;•¦> Ale-«¦fc r* .«f espraio i i.ndvmuito por todo o Eütado.Hora-; depois de co.ihcclda nmunida do prc.*H'ente Jà-nio Quadros n opinião pú-blk-a jà estava mobilizadapara o que desse e viesse ese iniciava a grr>nd? p-epa-ração para a lu'a legalista.

O PovoToma Posição

As noticii-s divulgadasp«so rádio, uepois daa lãhoras, provocaram os pri-m« nos sintomas do que cs-t. .a para acontecer. Pe-quenas multidões se teu-iiiaiu nos principais loj-ra-douros públicos de PortoAlegre procurando entendero lato. Jânio renunciara,cia o que se sabia no pu-m ciro instante. Logo depoisc .ivam nas ruas os jornaiscom edições extras. Narra-vam em detalhes o episó-dio, divulgavam a dectara-«São da renúncia, a viagemdo ex-presidente para Cum-bica (os boatos distam es-tar éle 14 prisioneiro), a de-cisão de empossar o sr. Ra-nierl Mazsllli... enquantoJango nâo vinha.Verificaram-se, lnlçlalmen-

te, algumas manifestaçõesisoladas exigindo a volta don ..unciante. Isto momentosd...o.s da renúncia. Lacer-cm, o calamitoso governadordr. Guanabara e traidormuitas vezes, era responsa-b'.l -ado pelo gesto do sr. Jà-nio Quadros. Comícios eramimprovisados nas praças pu-b'.icas por populares maisexaltados que denunciavama natureza golpista da re-núncia do presidente eacusavam os militares e cir-culos mais reacionários quese opunham à sua politicaexterna como autores damanobra.

As 17,30 do dia 25 de agós-to reuniam-se, simultânea-mente, o Conselho Sindicale os lepresentantes das en-tidades estudantis.iFEURGS. UEE e UGES).Os trabalhadores e estu-dantes começavam a orga-nizàr a campanha de es-clàfeòlmentò popular c to-mávám posição diante dospcòntécimentos. As notasdivulgadas pelas entidadesrevelavam a compreensãoiòt?l do momento politico ccphstituiam uma segura ori-entação para o povo: "De-vemos estar aferta — diziamos lideres sindicais. Alegalidade democrática estármeaeada. A renúncia dopresidente Quadros c um fa-to consumado. Agora é pre-ciso lutar para garantir aposse do presidente consti-túcional Snnc Goulart-'. Osestudantes, an mesmo tem-pn ov.c deploravam a rr-ní,i-("i, conclamavam osfjçn.cho." '» se unirem emtorno dn bandeira da le.cra-]iri.,fi|, e con.cltavam à re-fi^.-iT-ia contra oualduertentativa iroipista de ins-t" unir-se nr, pais unia dita-dura militar.

A posição dos trabalhado-res e estudantes estava as-sim definida e se concreli-?r,rla mais tarde, na noitetio dia 25, quando do grande

.«ii-tu-w* -«atuado no u:t ¦da Prefeitura, rom a pra-ilammio da tine t*i*\.lvrr-wiu-e.tuo.-ii.il i >.•» ea-rantir a pos** do t-ir -..'.«¦ >João Ooulart vtnie e qua*tro horas anuas de *-«¦ tou.tomar a tenuttva de culpedos ministros ntiiiu < - ca*r<«rteritada pela declaraçãodo marechal Deint de qur*'a« »'• ••¦ <>- Armada*, impe*diriam a pou* de .' • .: o»i «•:¦(¦.-.* romeeavam a seprrparar para a batalha qu«*,anteviam

Paliava ainda o pronun-et-im-wn do f-overnaflorii:.:. Para aquela >¦¦¦'<t-4-na anunciada uma p*«*leitra do chefe do Executi-vo, na «ede do PTU eaurliocorne«no«itiva «*«« antver».*-rio da morte do previdenteVar«-.i A !'.«.«¦ im nào »erealí-ou, m*** atrave* da*rmtkkora» rio-irandente»Uriiola falou ao povo-

"Et-tou com a leaalidtide. Lu-tarei com todas as minha*..¦'•.(¦ para que a Consti-tuição «ela cumpilda O RioOrandr do 8ul nAo pactua-rà com «oloe*. conlra a le-Ralldade" A mentacem doRovernador. que horas an-tes recebera o apoio ma-rico dos deputados esta-dua.s de todos os partido»,definia bem o sentimentonue dominava todos o< ::aú-rh-n. de tAda» as cidade».

O d'a 23 de ogòito ter-minava com o povo na*rua». Com o dia 26 come<*.*«*va a vigília que só ter ml-niu nuando a crise foi su-nrrada e as Rotplstas afãs-I----ÍS dos postos que ocupa-vam.

O PrimeiroDia de GuerraDurante o dia as noticias

ciam desencontrados. Jangoc-tava a caminho do Brasilura tomar posse. Anuncia-\a-se que o Congresso Jámarcara a data. Rumorestambém circulavam: os ml-

niiar para a •--¦*...» leta.)i>t* Nas ¦¦••..-¦- «;iu-ir¦nn ¦•:»<¦ t.-...-..!<- Novollsiii'• ê. Ca«ia-> Peloia».ft-o Oiande a« demflnttra*

< -. •; povo se sucediam,o* -¦'..'-•..¦.«¦¦. abandomivamet uu» de aula r oa Ira*bíiitart-ui-1 -,--i:.:.:. - em a»*sembtéias ,¦¦¦¦•• <•*•¦¦*¦- de>ua> rfi'=,i^ o->"»«>r>-vaina <•.<••-*» da errve erraidecreiada no dm 2a pei«»«..•<:... Sindical

O dia de «abado correua«»im. A noise. as confust**«»> dúvidas que persistiramdurante toda a jornada de*

¦ :<-¦ r:a-,: \]m* coover-•*» tr^fôrie*! do to^ernaOnrDrlíola com o deputadoRui Lema** trouxe a verda*de ao povo: os miuMios mi-luares haviam declarado anparlsmentar «aúrlio que nâopermitiriam a po«e do ar.Joáo Ooulart. e mata que oprenderiam quando ehc-5a**eao território nacional.

Eram 30 horas quando oeovemador. falando atrave*das principais rml**«oras doP.*tado. co-nunieou ao seupovo que o solpe contra aConsiltulcão fôra consuma-do, "So nos resta resistir.Lular para Impedir que ademocracia e as liberdadessejam banida» desta terra.A posse do presidente JoãoCoulart i* um Imoerotlvo elutaremos por ela até ofim".

Brigadaé Legalista

A partir daquele momento•'alacio Plratlnl se tram-

formava no Quartcl-Qencrolda Legalidade. O apelo dra-mátlro do governador a re-ststcncla foi entusiástica-mente acolhido pelo povo.Milhai es de pessoas apósouvirem a palavra de Brl-zola, acorreram ao PalácioPlratlnl que Já se encontra-va sob a proteçfio do ba-talháo Bento Gonçalves, daBrigada Militar do Rio

Uianae qo Sul conclamamo povo a «« unir t> so onça.i.síí! cada bairro, fábrica,escola e repsi ução deve serum Comira de RrststencíaPumocraUca".

Começava o dia 77. quan*do o povo aclamou o pro*; *i. : ¦¦: *•<•'¦ - do iiarechrtlTeixeira Lott- rra o primei-'rn proiiumiameiitoda% Pór*cas Armada* rm favor daIrtalidade

Um MovimentoIrresistível

Os lidera* sindicais, quese haviam avistado durantea noite do «abado com o tto>vernador tlriu-ola. r«*uni*ram-»*1 pela madrugada »dentro, Amanhecia o do*iniiiBO rm Porto Alentequando um a um dirir-tram-se nos «eus -.-¦-¦¦!¦ de luta,Haviam decidido construir oConando Sindlrnl Unificadopara dirlrtlr a lula dos tra*balhadorr*. contra o solpe.A ordem de «revp seral íòramantida. :¦-•::•. como a de-terminação de se orsanl-rarem milhares de comitêsde resistência democrátiraem cada local de trabalho,em todo o Estado. JontcCanpraatto. dlrlaenle doKlnrtirato dos Trabalhadoresem Enerala Elétriri. dirigiu-se à Usina do OasAmrtrorom a determinação de pa-rallsar totalmenle o serviçode ¦ in"rm elétrica da ca-pitai e localidades próxl-nasdesde que fosse necessário.Marítimos e portuários, fer-rovlárlos e estivadores semantinham de prontidão.Tudo estava preparado.

O domlnao foi de nlivlda-de febril, e também dc ex-pcctatlva. O povo se orga-nlzava em diferentes locais.Surimi naquele mesmo dia oComitê Central da Resls-tenda Democrática, orga-nlsmo que dirigiu e orien-tou durante todo o períodode crise a organização e aatividade dos comitês. Delefaziam parte líderes poliu-

t\\ i^.W d I'•' ffflrE- stmW' . I''V Ve

^p ' ff*?^- 1". t" mWMks^-- ' *^*- **" - ¦ U. 1 m^mivèi/tt *^"'w^mMm\m'*mmi mWmmWã ^sn 7 mm L_^<pl^Ifc ¦ •"" —- '¦¦' ¦ i'«< ' mÊW-'T -mrnnvf-,.,-<.^mm m *****| **b. . WtT^iss.

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jfi:'y-' \ ^BlHl** f" Jl^''''-' '\ '/"ti;'* ¦¦/*«;./'*•'.'•9" '* •'•¦ t» ^^H

Os golpistas derrotados, os soldadosvoltam aos quartéis. Terminara a grandebatalha democrática que irmanara a todos.Agora, apenas a vigilância firme contra

Grande do Sul. A corpora

quem quer que tente levantar a cabeça paraimpedir que o povo brasileiro continue aavançar no caminho da democracia e daindependência nacional.

nistros militares são contraa posse, já estão se prepa-rando para fechar a Cama-ra e o Senado e Instituiruma junta governativa

Pelo sim e pelo não, o po-vo continuava nas ruas, seaglomerava principalmentenas proximidades do Pala-cio Piratini onde o gover-nador se encontrava desdeo momento da renúncia dopiesidentc Quadros. Manl-festações e comidos eramimprovisados. Grupos delideres sindicais e estudantispercorriam os principaiscentros da capital dirigindoa palavra ao povo, orien-tando e proclamando a ne-cessidade da unidade para avitória. As escolas ficaramàs moscas, estudantes eprofessores obedeceram uná-nimes a ordem de greve ge-ral dada na noite anterior.Nas fabricas reinava o si-lcncio. os ferroviários seapresentavam para a para-llsatjão geral. Em Santa Ma-i!a, a "cidade ferroviária",já na noite do dia 25, emgrande assembléia da qualparticiparam ferroviários emilhares de pessoas, se de-cidira a paralisação geraldas atividades. Nos bairrosde Porto Alegre, o povo dis-cutia e procurava se orga-

çao, desde o primeiro mo-mento, manifestou sua ir-restrita solidariedade á lutalegalista e se colocou ao la-do do governo e do povo.

Uma grande interrogaçãodominava todos naquelesinstantes. E o III Exercito,estaria com os ministros gol-pistas ou ficaria com a le-galidade e o povo?

Durante toda a noite dosábado, dia 28, os soldadosda Brigada e o povo inicia-ram os preparativos para aresistência: barricadas fo-ram erguidas no Piratini enas suas proximidades, po-pulares se incorporaram en-tusiàsticamente ao trabalhoe pediam armas para par-ticipar da defesa contraqualquer ataque. A multi-dão vibrante não arredavapé, permanecia firme acla-mando os seus líderes. Ho-mens e mulheres, velhos csoldados se apresentavamvoluntariamente para fanero que fosse preciso.

Na praça fronteiriça aoPalácio a multidão ouviu osapelos do seu governador,dos lideres sindicais e es-tudantis. "E' necessário quenos preparemos para as ba-talhas que se avizinham. Osdirigentes sindicais do Rio

cos, sindicais e estudantis,mtlitaies c intelectuais, pro-fessóres, engenheiros, medi-cos. Em todos os setores aeatividade, o povo se apres-tava para a luta.

Espontaneamente, pode-sedizer, surgiu o movimentode voluntários. Pessoas seapresentavam e diziam;"Quero me alistar. Dêem-me uma arma. Estou pron-lo a dar a vida pela legali-dade", O movimento ganhoucorpo c logo Sc organizou.Primeiro em Porto Alegre.depois nas outras cidades.Operários e estudantes, maisuma vez, estiveram a fren-te da iniciativa. Já no do-mingo a organização dosgrupos dc voluntários setransformava numa dasatividades f u n d a mentaisdos comitês de resistência.

Horas DecisivasO golpe denunciado, uma

interrogação dominava ;itodos naquele dia 27. E o inExercito? Não se conheciaainda a decisão do generalMachado Lopes e dos seus¦subordinados. Esperava-se omelhor, mas ao mesmo lem-po todos se preparavam pa-ra o pior. Nas ruas dc Por-to Alegre, por todo o do-

mine < foram erguidas oar»rictd-t* O povo se roncen-trav» «itmile do Palácio Pi»ratio- preparando a raús»in... rxinira qualquer ala*que s greve ceral se Mfui-ria a -r-Mienria a qualquer«. a., mliiar contra o RioOmoda do Rui

Ao niiardecer, os lan»quês furaram na cidade.Mas nm te verificou ne-nliun-4 ação armada contrao povo <> m toldado* da Rn*üada •.:.¦•• foiam prole*tser i> ¦ estabelecimentos:-.::.- rm Porto Aletre.A noitr, a eapeciatlva crês.reu. :¦.... .«.a-¦• que seprcpaiava uma acuo arma-da contra o Palácio Piratl-nl. 80ttbtr«*M que o co-mudo da Rase Aérea deOrava-ai recebera ordensde bombardear o Palácio eque M (aros estacionadosnaqu-> aeroporto se prepa-ravain psia a acào, Refor-cara: •<- as defesas doOunrtel Oeneral da legali-dade. Centenas de popula-rea, trabalhadores, estudan-tea. parlamentares, homensdo governo, ae postavam aolado dos soldados do Bata-lh&o nento Oonca-*-'*'*. n**bart liidas. prontos paran-slstir ao aasalto. Ninguémdormiu na noite de domln-go em Porto Alegre.

A manha do dia 28. da se-uuiii. i-fi-ira que marcou *completa unidade de pensa-menlo e ação de todos osgaúcho*, encontrou o povofirme em seus postos de lu-ta. A cidade soube, porquen noticia correu como umralo. que o general Macha-do Inne< se dlrltle no Pala-cio Plratlnl. A vigilância re-dobrou. Por volta das 10 ho-ri».-., um eontlneente da Po-lida do Exército, tendo àfrente um Jipe. aproximou-se do Palácio. O povo ime-dlatamcntc atravancou arua com o que tinha asmáos. Postou-se para a de-fesa. O JIdc se aproximou.O oficial que nele viajava,sentindo a ameaça que pai-rava no ar. se dirigiu aospopulares. "Não façam na-da. Deixem-nos passar. Nósestamos com vocês. Estamoscom a legalidade". Foi oprimeiro encontro do povocom os soldados do III Exér-cito. Naquele momento secompreendeu que eles esta-vam pela posse de Jango;aliavam-se ao povo na lutalegalista.

Exército e Povona MesmaTrincheira

As demonstrações de ]ú-bllo foram emocionantes. Opovo e os soldados confra-ternizaram.

Logo depois, chegava aoPalácio o general MachadoLopes acompanhado de nu-merosos oficiais do IIIExército. Firmava-se, assim,o pacto legalista entre o co-mando civil e o comandomilitar. Brizola e MachadoLopes foram aclamados pe-lo povo que se concentravadiante do Piratini e logo de-pois, seguiram para o Q.O.da grande unidade.

O Povona Batalha

Os dias subseqüentes re-gistraram um esforço demobilização popular jamaisvisto no Brasil. Todos seconcentraram na grandebatalha, de organização dopovo. O Comitê Central daResistência Democrática de-:;empenhou um papel funda-mental durante os dias dacrise, o mesmo ocorrendocom o Comando SindicalUnificado.

A organização e a cons-timição de resistência dc-mocrática em todos os lo-cais e setores, foi marcadapela palavra de ordem lega-lista .que uniu todo o povouaúcho. Nos bairros, tra-balhàdores e industriais, co-merciantes e donas-de-casa,jovens e velhos se reuniam"p tomavam as medidas in-disoensáveis ã off-anizacãop. funcionamento dos comi-tes. Estes orientavam a ins-talacão de postos de alis-tamento de voluntários, re-colhiam donativos, organi-zavam serviços de enferma-sem, mobilizavam médicos eenfermeiras, entravam emcontacto com as autoridadescivis e militares e, inclusi-ve. procuravam controlar adistribuição de abasteci-mento à população.

Nas escolas, os comitês,principalmente universitá-lios, organlzavam-se e rea-

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A vitória foi Inscrita nu ruas. Estudan-tes e trabalhadores gaúchos, depoia de dezdias de ação em defesa da Constituição.

desenharam no asfalto, com boletins quelambem foram uma arma. a palavra quouniu a todos: LEOALIDADE.

•'Comovente e entusiasmadora lição deram o.s trabalhadores gaúchos. Quando a crise se aguçava, responderam ao apelo dos seus líderes e orga-nizárâm os batalhões operários. Os trarivlárlos dc Porto Alegre foram os primeiros, c quando desfilaram o fizeram ale com uma banda de música.

llzavam tarefas de acordocom a especialidade do se-tor. Assim, o comitê de re-slstêncla dos acadêmicos demedicina se concentrou naorganização de unidadesmédicas prontas para atuarem qualquer emergência: osestudantes de engenhariaorganizaram comitês diver-sos, dos qunls participaraminclusive, professores e pro-fisslonals. capazes de darassistência às autoridadescivis e militares. As estu-dantes das escolas de enfer-magem. além de colabora-rem intensamente na orga-nlzaç&o de unidades dc saú-de, participaram Rtivamen-te da camoanha de doaçãolançada pelo Banco de San-gue de Porto Alegre e se 11-(taram à seção gaúcha daCrus Vermelha oue. duran-te todo o período da crise,se manteve alerta e a postos.

Nas fábricas, os trabalha-dores, além de organizargrupos de vigilância - e departicipar ativamente dosgrupos de resistência orga-nlzados para defender o Pa-láclo Piratini, mobilizaramtodos os seus esforços qosentido de constituir unida-•ie-* capazes de entrar emação. de acordo com os co-mandos militares, no mo-mento que fosse necessário.Cnnstituiram-se assim, emPorto Alei-re e diversas ou-trás cidades do Rio Orandedo Sul. os batalhões opera-rios. reservas das tropas re-gulares.

Em Todoo Estado

A criação dos Comitês deResistência e a abertura dovoluntariado constituiramduas grandes experiênciasunitárias da luta dos tra-balhàdores e do povo gaú-cho em defesa da legalida-de. O movimento foi irre-ststivel desde o primeiromomento, e não só em Pôr-to Alegre. Em Caxias do Su'.por exemnlo. um ComitêCentral de Resistência foioreanizado imediatamenteapós a condam ac.ão dos co-mpndantes ria batalha lega-lista. O prefeito municipal''eu a sede do Executivopara a instalação do mesmoe. juntamente com os ve-readores. narticipou di suaorganização. O Comitê deC?xÍ3S dirigiu e orientou aluta do povo da cidade, pro-moveu a constituição de de-zenas de outros comitês nomunicípio e fêz um aoêlo àr-rirc-n^a^ão d.» voluntários,Em Rio Grande e Pelot~s,"""'m como em Novo Ham-burgo e outras cidades re-gistro"-se fenômeno iriênr--fio.' Comitês sur-riram ftscentenas, aos milhares emtodo o Rio Grande do Sul,aglutinando de0de trab-*-lhadores e estudantes atéin<Jí«st,r|fijs, comerciantes eli-vradores.

Os Intelectuaisr*» luta

"Os intelectuais estãoconvocados para uma reú-nião, hoje, às 15 horas, noTeatro de Equipe" — a con-vocação feita na segunda-feira, dia 28, foi atendidapor dezenas de escritores,aitistas plásticos, atores eautores, radialistas e pro-fisslonals da televisão. Dareunião surgiu imediata-mente um Comitê de Resls-tê'ic'a riemocrpf-i dlrlírVóentre outros, pelo escritorpion-Mlo Machado, nelo gia-VU.H.sta Vasco Prado, norM<Uon Mattos (teatro).Adroaldo Guerra e DarcvFagundes (rádio). JorcelvMarcmes (televisão), MiguelPe-eira (arquiteto) e De-móstenes Gonzalez (compo-sitor).

Em sua atividade, os inte-lectuals organizaram 15 ou-

tros comitês de resistência,participaram ativamente ecomandaram as trarumis-soes da Rede Nacional daLegalidade <a cadela radio-fónlca que hoje tem um lu-gar na história das lutas dopovo brasileiro), dirigiramtoda a propaganda gráficada campanha lcgalUU.executada pelos artistasplásticos da Sociedade Fran-cisco Lisboa c pelos alunosda Escola de Belas Artes, ecolaboraram a t i vãmente,viajando para o Interior, napropaganda da campanha.Mais de SOO Intelectuais cartistas estiveram nas pri-meiras linhas da batalhapopular durante toda acrise.

Os Voluntáriose os Batalhões

Seu nome? Endereço? E'motorista? Conhece enfer-magem? Tem condução pró-pria? — as perguntas eramfeitas em cada posto dosmilhares existentes em todoo território do Rio Grande.O voluntariado foi uma dasgrandes experiências dabatalha legalista do povogaúcho. Revelou o senti-mento democrático e o ama-dureclmento político de umpovo. A acorrêncla aos pos-tos foi impressionante. Mi-lhares, diariamente, se alis-tavam em Porto Alegre eoutras cidades, dispostos a*azer oualauer sacrifíc'o na-ra defender a liberdade e ademocracia no Brasil. Na ci-dade d** Santa Maria, nndea resistência democráticafoi comandada pelos brav-sferroviários, em menos de24 horas mais de 10.000 Des-soas se alistaram. O mesmoocorreu em São Leormldo.onde 8000 voluntários seorganizaram e se prenara-ram para a luta. em Caxiase Novo Hamburgo.

Em Porto Alegre, além dasdezenas de milhares de vo-luntários oue se Inscrever? mros nostos espalhados -«elacidade, replstrou-se a for-macão de batalhõps nnerá-rios. formados nor traba-lhadores de diversas c-t.e-gorías nue se organizaramcr» seus setores. A fnr-n.àeSodesses batalhões decorreuri-», uma dpcisão dn Comandopiv.rHr.gi TTntric.^o oue. nnmais pceso da crise, quando

os golpistas &e preparavampara atacar o Rio Orandedo Sul. dirigiu um drama-tico apelo aos trabalhado-res para que se preparas-sem para a luta. Em todo oEstado, o número de volun-tários subiu a 290 mil, dosquais 00 mil em Porto Ate-gre.

Os batalhões operáriosforam organizados com umarapidez lupressionante. e seapresentavam em seguida aocomando do III Exército ouao Comando -*a Brl**i*d*i Ml-lltar. üm dos momento*mais emocionantes vlVd""*pela pooula<*io de Pór*-*Alegre durante n «-nsc f"llustomente o desfile dnibatalhões oo*-ri*ríos Os e--tlvadorcs «ri.lOOi. rronvlá-rios (1.200). clc.rlcls»a.«.(600> percorreram as ruasda capital eeíicha sob «-saplausos cntustástlcos dcpovo. Os tranviárlos. os pri-mclros a se organizar embatalhão, desfilaram lnclu-s'vé com uma banda dsmúsica formada dc traba-lhadores da categoria. Ba-talhões também foram or-ganlzados por diversos co-mltês de resistência e pnrmembros de entidades e asso*clações tradicionais da v,dagaúcha.

FirmesAté o Fim

A impressionante mobili-zação popular que marcou avida gaúcha nos dias dra-mátlcos da crise provocadapelos militares golpistas, sóterminou com a posse deJango e a constituição donovo governo. Terminou de-pois que a vitória foi con-qulstada. vitória dos gaú-chos e de todo o povo bra-silelro. Mas. a experiênciados dias de luta demonstrouo amadurecimento político ea consciência do povo que,desde os primeiros momen-tos, se levantou unânime-mente em defesa das liber-dades e da Constituição. A].,tn cr-.io o dis-"" o povp'"-rador Brizola, era muitomais que uma simules defe-sa da posse do presidenteJoão Goulart, era a defesada Pberdade e do direito doBrasil progredir como na-ção independente e,livre daopressão externa.

OS HERÓIS DE GRAVATAIA ordem viera -— como

se confirmou depois — dire-tamente do Ministério daGuerra, do marechal Denys.Os aviadores da Base Aéreadc Gravatai deviam bom-bardear o Palácio Piratini.A oficialidade da base sepreparou para a missão. Emsua quase totalidade gol-pista, não teve dúvidas emcumprir a ordem.

Os sargentos e praças fo-'ram chamados então a pre-parar os aparelhos. No ini-cio, não sabiam bem paraque. Apenas desconfiavam.Depois, entretanto, lnfor-mados por um dos oficiais,se aperceberam da tragédiaque estav-v nara ser desen-cadeada. Reuniram-se e de-cldiram então impedir quese consumasse o crime. Pri-meiro, tiraram as espoletasdas bombas e se recusarama preparar ós aviões. Os ofi-ciais insistiram, houve dis-

cussao e os aviões nao par-tiram.

Esses fatos ocorreram du-rante a tarde do domingo,dia 27 de agosto. A noite,entretanto, quando tudo erasilêncio na base. os oficiaisgolpistas ressolveram reali-zar a missão de qualquermaneira. Abandonaram osseus alojamentos e se diri-giram para os aviões que.seencontravam na pista. Pre-pararam-nos e quando se;¦'¦•restavam para partir fo-ram cercados pelos sargen-tos e praças que, empu-nhando metralhadoras efuzis, impediram que levan-tassem vôo. Os oficiais ain-da tentaram resistir, masterminaram se entregando.Foram piesos e desarmadospelos sargentos e praças queocuparam a base e Impedi-rairi assim o crime ordena-do pelo irresponsável queocupava o Ministério daGuerra.