os 100 pensadores essenciais da filosofia

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OS PRÉ-SOCRÁTICOS 1)TALES DE MILETO (620 A.C.- ?540 A.C.) O primeiro cientista natural e filosofo analítico da história intelectual do ocidente O seu método foi a grande inovação. Procurou dar conta da natureza do mundo sem apelar para a vontade dos deuses antropomórficos. Em vez disso, buscou explicar os diversos fenômenos observáveis construído em um princípio comum, uma ideia que ainda é pertinente para o método cientifico moderno. Segundo sua metafísica (Conhecimento da causa primária e princípios elementares, a essência do mundo, o que é a realidade) a água era o primeiro princípio da vida e do mundo material. Vendo a água podia se transforma em vapor, por evaporação, quanto em sólido, por congelamento, e que toda vida requeria e era sustentada por umidade, Tales postulou que ela era o único princípio causal subjacente ao mundo natural. 2)PITÁGORAS DE SAMOS (570 A.C. – 480 A.C.) O número é a natureza última da realidade. Crença na numerologia, a natureza última da realidade é o número, e esse de alguma forma possuía uma dimensão espacial e era o constituinte último dos objetos. Essa ideia se desenvolveu a partir de sua teoria da música, com a qual ele provou que os intervalos entre os tons musicais poderiam ser expressos como razões entre os quatro primeiros números inteiros (os números 1 a 4). Como parte do ensinamento religioso de Pitágoras consistia que a música tem poder especial sobre a alma, por ser inspirada na própria tessitura (motivo de ser, que dá significação a algo) do universo, a crença de que o número é a natureza se seguiu imediatamente a essa formulação. 3)XENÓFANES DE CÓLOFON (570 A.C. - ? 475 A.C.) Se os cavalos pudessem pintar, pintariam seus deuses como cavalos Crítica aos deuses antropomórficos de Homero, tinham todos os traços imorais e infames dos seres humanos imperfeitos e

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Page 1: Os 100 Pensadores Essenciais Da Filosofia

OS PRÉ-SOCRÁTICOS

1)TALES DE MILETO (620 A.C.- ?540 A.C.)

O primeiro cientista natural e filosofo analítico da história intelectual do ocidente

O seu método foi a grande inovação. Procurou dar conta da natureza do mundo sem apelar para a vontade dos deuses antropomórficos. Em vez disso, buscou explicar os diversos fenômenos observáveis construído em um princípio comum, uma ideia que ainda é pertinente para o método cientifico moderno. Segundo sua metafísica (Conhecimento da causa primária e princípios elementares, a essência do mundo, o que é a realidade) a água era o primeiro princípio da vida e do mundo material. Vendo a água podia se transforma em vapor, por evaporação, quanto em sólido, por congelamento, e que toda vida requeria e era sustentada por umidade, Tales postulou que ela era o único princípio causal subjacente ao mundo natural.

2)PITÁGORAS DE SAMOS (570 A.C. – 480 A.C.)

O número é a natureza última da realidade.

Crença na numerologia, a natureza última da realidade é o número, e esse de alguma forma possuía uma dimensão espacial e era o constituinte último dos objetos. Essa ideia se desenvolveu a partir de sua teoria da música, com a qual ele provou que os intervalos entre os tons musicais poderiam ser expressos como razões entre os quatro primeiros números inteiros (os números 1 a 4). Como parte do ensinamento religioso de Pitágoras consistia que a música tem poder especial sobre a alma, por ser inspirada na própria tessitura (motivo de ser, que dá significação a algo) do universo, a crença de que o número é a natureza se seguiu imediatamente a essa formulação.

3)XENÓFANES DE CÓLOFON (570 A.C. - ? 475 A.C.)

Se os cavalos pudessem pintar, pintariam seus deuses como cavalos

Crítica aos deuses antropomórficos de Homero, tinham todos os traços imorais e infames dos seres humanos imperfeitos e não deveriam receber veneração. Xenófanes observou que os deuses de Homero eram simplesmente reflexo da cultura homérica. E observou que outras culturas construíam os seus deuses a suas semelhanças, por isso a frase se os cavalos pudessem pintar, pintariam seus deuses como cavalos. Xenófanes tinha vago conceito de divindade, não a semelhança ou pensamentos humanos, mas como “causadora de todas as coisas pelo pensamento em sua mente”. Propôs que a causa primeira do mundo seria a lama. Xenófanes havia percebido resíduos fósseis de criaturas marinhas enterrados e concluiu que talvez o mundo secasse periodicamente, voltando ao estado original lamacento, aprisionando e preservando os seres da terra do mesmo modo que fazia antes da inversão do processo. Também preocupou-se com o pensamento construído numa base segura, para ele mesmo que chegássemos a verdade, não há jeito de saber com certeza se as coisas são como pensamos que são. No entanto isso não torna a investigação filosófica inútil, porque expor erros em nosso pensamento pode, pelo menos,

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nos dizer o que não é a hipótese correta, mesmo que não nos mostre qual é estas.

4)HERÁCLITO (?600A.C. - ?540A.C.)

A guerra e a luta entre opostos são a condição eterna do universo

Buscando compreender a estrutura básica do universo, Heráclito pensava que os três elementos principais da natureza eram o fogo, a terra e a água. No entanto, o fogo é o elemento primário, que modifica os outros dois. Espelhando os conceitos orientais de yin e yang, Heráclito acreditava que o dinamismo entre os opostos era a força motora do universo. Luta e oposição são tão necessárias quanto boas, pois o conceito de tensão universal assegura que, enquanto os opostos podem passar por períodos alternantes de dominância, nenhum deles nunca extinguirá ou dissipará o outro por completo. Essa tensão assegura que a mudança seja contínua, que tudo esteja num estado de fluxo. Não existe permanência no universo, apenas a condição permanente de mudança, resultante das transformações do fogo. Isso implica que, enquanto nada permanece imutável no universo, o próprio universo é eterno. O universo “ sempre foi, e agora sempre será um fogo perpétuo.”

OS ELEÁTICOS

5)PARMÊNIDES DE ELEIA (510 A.C. – 440 A.C.)

Não pode se conhecer aquilo que não é – isso é impossível.

Parmênides tenta provar que a mudança é impossível e que a realidade é única, indivisível e homogênea. Parmênides distingue entre uma investigação sobre o que é e uma investigação sobre o que não é. A última, diz ele, é impossível. A essência desse argumento é que para pensar sobre algo que não é -digamos um unicórnio, por exemplo- deve haver alguma ideia presente na mente, presumivelmente a de um unicórnio. Mas pensar sobre um unicórnio significa que o unicórnio (ou ideia de unicórnio) existe na mente e, portanto, não se pode dizer, de fato, que o unicórnio deixa de existir completamente O argumento se volta para duas questões complexas. Qual a diferença entre existir no mundo e existis na mente? Quais as conexões entre pensamentos, palavras e coisas?.