origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

24
Origem de defeitos superficiais em tarugos de aço ao carbono e baixa liga Eng. Jorge Madias

Upload: jorge-madias

Post on 25-Jul-2015

262 views

Category:

Engineering


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Origem de defeitos

superficiais em tarugos de aço

ao carbono e baixa liga

Eng. Jorge Madias

Page 2: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Tópicos • Introdução

• Estudo macro

• Estudo metalográfico

• Porosidade superficial

• Trincas transversais

• Dupla pele

• Incrustações de escória

• Corteça do tarugo

• Conclusões

Page 3: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Introdução • A qualidade superficial dos tarugos e blocos incide

decisivamente sobre a qualidade dos produtos

laminados

• Para aumentar a produtividade e baixar os custos,

permitindo o carregamento a quente e minimizando as

etapas de inspeção, sem ter risco de reclamos externos,

é preciso assegurar tarugos livres de defeitos

• Isto é mais complexo quando para satisfizer a demanda

o lingotamento deve ser feito a alta velocidade, condição

em que o relacionamento entre a qualidade superficial, a

interna e s de forma fica mais crítico

Page 4: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Introdução • A determinação da origem dos defeitos na usina,

visando sua minimização, inclui

– a observação da freqüência, localização,etc.

– o estudo a olho nu e com microscópio estéreo

– a metalografia com distintos reagente

– a informação de rotina dos processos

– antecedentes própios e de terceiros

– acompanhamentos de corridas na aciaria e laminação

– modelamento físico ou matemático

– albumes de defeitos proporcionam informação limitada, mas de

interesse

Page 5: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Estudo macro • Limpeza superficial permete ver defeitos não visiveis

com carepa e até imaginar o mecanismo de formação

Page 6: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Estudo metalográfico • Um erro comum quando se tiram amostras para estudo de defeitos

é escolher aquelas mais espetaculares, ainda não sejam as mais

típicas ou as mais representativas

• São importantes os cuidados para a não contaminação das

amostras

• No laminador, é interessante tirar amostras de cortes de tesoura,

para determinar se o defeito está presente já nesse estado da

deformação

• As menores temperaturas da ponta e da cola aumentam os

problemas de dutilidade, e a menor redução permite observar com

mais facilidade a estrutura remanente da solidificação e estabelecer

a posição do defeito no tarugo

Page 7: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Estudo metalográfico Tipo de observação

Informação obtida

Observação sem ataque

Localização, penetração, direção, oxidação interna, solda

parcial, carepa, inclusões, incrustações de matérias estranhas.

Ataque com Nital 2%

Descarbonetação, bandeado, crescimento de grão,

segregação, estruturas de transformação, localização dos

cantos do tarugo, linhas de fluência do material.

Ataque com reagente de Oberhoffer

Segregação, estrutura de solidificação, localização dos cantos

do tarugo, trincas de médio caminho, linhas de fluência do

material

Ataque com cromato sódico alcalino

Penetração de oxigênio

Ataque com reagente de Béchet - Beaujard

Formação de gancho. Tamanho de grão austenítico. Estrutura

de solidificação

Observação no microscópio eletrônico de varredura e

análise EDS

Tirar dúvidas sobre carepa. Definir a origem das

macroinclusões. Incrustações de materiais estranhos.

Observação de fraturas no fio-máquina ou barras. Copos de

hidrogênio

Page 8: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Porosidade superficial (pin holes) • A presença de poros superficiais é comum para todos os

aços lingotados com óleo

• Os “pin-holes” podem dar lugar a defeitos superficiais de

importância no produto laminado

– Se têm uma penetração importante

– Se há muita quantidade em uma região localizada

Page 9: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Porosidade superficial • Evolução no reaquecimento do tarugo

Page 10: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Porosidade superficial • No produto laminado os pin holes vão se deformando

• Na observação metalográfica aparecem enchidos de

carepa e com dimensões internas maiores que es

externas, com descarbonetação e às vezes oxidação

interna

Page 11: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Porosidade superficial • Lubrificação com óleo

– não só é importante assegurar que a adição de óleo esteja dentro de valores

normais, mas também é importante verificar que a distribuição do azeite seja

homogênea na seção transversal

– A distribuição homogênea do azeite é favorecida por ranhuras de lubrificação

estreitas e utilização de uma vedação ou gasket que impede um excesso de

óleo nos cantos

• Lubrificação com pó fluxante

– Não é usual ter porosidade superficial

– Às vezes ocorre, relacionada por exemplo com excesso de humidade no pó

fluxante

Page 12: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Trincas transversais • As trincas transversais, ainda às vezes não sejam

observadas na inspeção visual dos tarugos, dão sempre

lugar a defeitos superficiais de importância no produto

laminado.

Page 13: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Trincas transversais • Evolução durante a laminação

Page 14: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Trincas transversais • As trincas transversais podem originar-se no molde ou durante o desempeno.

• Quando as trincas estão em qualquer dos cantos do tarugo, o mecanismo de

formação proposto é esforços de tração causados por exemplo colamento do veio ao

molde

• Quando as trincas se encontram só nos cantos ou as faces correspondentes ao raio

interno, é provável que tivessem sido geradas por esforços de tração no desempeno.

• O problema se agrava se a temperatura dos cantos no desempeno corresponde a

uma zona de baixa dutilidade do aço, por exemplo, entre 700 e 900° C

• Conhecer a curva de dutilidade do material às temperaturas de desempeno

• Dispor da medição on-line de temperatura do tarugo ou de um modelo da

transferência de calor e solidificação no lingotamento contínuo, para estimar essa

temperatura

Page 15: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Trincas transversais • Aços com elementos microligantes que podem precipitar nitretos ou

carbonitretos a temperaturas elevadas (B, Nb, Ti) são

particularmente sensíveis

• Aumentar a velocidade de lingotamento ou diminuir a vazão

específica de água no resfriamento secundário, podem contribuir à

ter melhores propriedades a quente no desempeno

Dutilidade a

quente de aço

baixo carbono

ao boro

Page 16: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Dupla pele • Produzida pelo o colamento da superfície solidificada do

veio contra o molde, sem chegar a produzir uma

perfuração do veio

• Promovida por

– altas velocidades de lingotamento

– sobreaquecimento elevado

– parâmetros de oscilação inadequados

• Pode dar lugar à formação de escamas durante a

laminação a quente

Page 17: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Dupla pele

Page 18: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Incrustações de escória • A incrustação de

escória é um defeito

superficial ou sub

superficial que pode

implicar

– Uma perfuração do veio

– O sucateado do tarugo

envolvido

– Necessidade de amolado

do tarugo

– Defeitos superficiais no

produto laminado

Page 19: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Incrustações de escória • Lingotamento com válvula aberta

– os óxidos formados por reoxidação de aço vão se acumulando ao nível

do menisco e são eventualmente arrastados sobre a superfície ou perto

da superfície do veio

– Dada certa quantidade de óxido sobrenadante, a tendência ao arraste

estará determinada pela viscosidade, a tensão interfacial com o aço

líquido e a turbulência no molde

– Escórias líquidas formarão uma película fina e contínua sobre o veio,

entanto que compostos muito viscosos, serão arrastados

– A composição da escória no molde está determinada

• pelo aço que a origina; existe certa relação entre a relação Mn/Si

no aço e a relação MnO/SiO2 na escória de molde

• Pela incorporação de alumina decorrente da injeção de arame de

alumínio

– Teores elevados de SiO2 ou Al2O3 conduzem ao arraste

Page 20: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Incrustações de escória

• Lingotamento com

válvula submersa – Pode ter lugar o arraste de

pó fluxante em condições de

• Alta turbulência no menisco

• Mudança das propriedades

do pó devido à reações com

o aço

• Baixa tensão interfacial

entre o pó fundido e o aço

líquido

• Pó inadequado às

condições de lingotamento

Page 21: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Corteça do tarugo • A casca do tarugo é uma região onde

interage a qualidade interna,

superficial e de forma,

particularmente no lingotamento a

alta velocidade

• A espessura da capa formada

durante a solidificação no molde, e

sua uniformidade, tem grande

influência sobre o comportamento do

aço na laminação, particularmente

nos aços de baixa dutilidade a quente

• Pesquisas recentes na Comunidade

Europeia aprofundam nesta direção,

utilizando uma variedade de

ferramentas

Page 22: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Corteça do tarugo

• 9SMn28 Ori Martin, 60% redução

960 oC Extração de 13 mm

Page 23: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Conclusão • A boa qualidade superficial dos tarugos e blocos é

importante para obter produtos laminados com baixo

nível de refugo

• As ferramentas da metalografia e o modelamento

podem ser utilizados para definir a origem dos defeitos

de definir as ações necessárias para diminuir sua

ocorrência

• Nas condições de alta demanda, o lingotamento a alta

velocidade propõe desafios importantes para o aciarista

• A relação entre defeitos superficiais, internos e de forma

e maior e os diversos fatores que dão origem aos

defeitos estão exacerbados

Page 24: Origem de defeitos superficiais em tarugos de aços ao carbono e de baixa liga

Jorge Madias [email protected]