orientaÇÕes para o perÍodo de isolamento social · uma emoção que pede recolhimento e encontra...

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INSTITUTO DE PSICOLOGIA VILA GUILHERME Equipe especializada em avaliação e intervenção comportamental

ORIENTAÇÕES PARA O

PERÍODO DE ISOLAMENTO

SOCIAL

Divulgação e compartilhamento permitido citando as autoras.

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ORIENTAÇÕES PARA O PERÍODO DE ISOLAMENTO SOCIAL

1) Manutenção da Rotina Diária: deve-se manter a rotina o mais próximo possível da

rotina normal da família (os dias de escola e de trabalho), o que significa manter os

horários de dormir e acordar, do banho, das refeições, atividades escolares no horário

em que se estaria na escola e os fins de semana para atividades mais livres. Essa

manutenção da rotina permite que, além de facilitar a adaptação quando as atividades

forem retomadas, a prevenção de dissonâncias cognitivas e estados emocionais

decorrentes dessas que são comuns a uma situação de isolamento, tais como: perda de

noção do tempo/ espaço, despersonalização e desrealização, irritação, depressão,

comportamentos compulsivos dentre outros.

2) Estratégias para manutenção da rotina: quadro de rotina simples (manhã, tarde e

noite) ou semanal (com todos os dias da semana, incluindo os finais de semana). Aqui

incluir os dias em que as atividades fundamentais citadas abaixo. O quadro de rotina

pode ser estático (impresso ou escrito/desenhado) em que não é possível se fazer muitas

alterações ou dinâmico em que as atividades são móveis. Recomenda-se o modelo

dinâmico, pois permite algumas flexibilizações sejam feitas ocasionalmente, apenas

destacando que as flexibilizações devem ser ocasionais e relativas a atividades extras

ou a horários das atividades fundamentais, mas não se deve pular ou eliminar uma

atividade fundamental.

arquivo disponível ao final do doc

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3) Atividades fundamentais: autocuidado (vestir-se, higiene pessoal, alimentação) devem

estar incluídos na rotina; atividades de movimento duas vezes ao dia por

aproximadamente uma hora cada– essas atividades devem ser em intensidade

moderada a vigorosa para melhor atender às necessidade de movimento da criança

(sugestões de atividades estão listadas abaixo); atividades escolares: mesmo que ainda

não haja muitas atividades de mesa no currículo atual, deve-se utilizar o horário que

a criança estaria na escola para fazer atividades comuns à rotina da escola (desenho,

pintura, pontilhados, recortes/ colagem etc); brincar livre e junto com os pais: estar

com brinquedos ou materiais não estruturados (massinha, papel, tinta, madeira etc) e

brincar com esses somente sem a presença de eletrônicos; comunicação entre amigos e

familiares: diariamente é importante que se faça ligações para amigos ou familiares,

para manutenção de vínculo e de contato social que são importantes.

4) Atividades opcionais: uso de eletrônicos, festinhas de aniversário virtuais,

comemoração de datas festivas como páscoa, cozinhar junto com adulto, fazer a

limpeza de cômodos da casa, cuidar de plantas ou animais. Passeios rápidos de carro e

caminhadas breves nas proximidades de casa devem ser avaliadas caso a caso e seguir

as determinações do Ministério da Saúde.

5) Manejo de comportamento: com a manutenção da rotina, o comportamento tenderá em

geral manter-se mais equilibrado. Entretanto, momentos de oscilação de humor são

esperados e fazem parte da dinâmica do dia-a-dia, por isso, ter combinados ajuda na

expressão das emoções sem prejuízo da confiança relações interpessoais ou da

autoconfiança da criança.

5.1. Combinados: regras da casa ou de comportamento, assim como a rotina, são

fundamentais às crianças por oferecerem clareza e previsibilidade na rotina, isso além

de aumentar a confiança da criança nos seus cuidadores, proporciona organização

interna e, consequentemente, autoconfiança. E a falta de clareza nas regras e

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combinados gera o

oposto disso. Da

mesma forma que o quadro de rotina, as regras da casa e dos comportamentos

adequados, devem estar visíveis se possível combinado uma palavra ou frase curta com

uma imagem correspondente para que a criança não-alfabetizada possa associar a

regra à imagem.

5.2. Preferências: faz-se uma lista de preferências da criança (comestíveis, passeios,

brincadeiras, atividades com os pais, brinquedos, usos de eletrônicos) que servirá de

recompensa para seu seguimento das regras da casa ou para os comportamentos

desejados. Lembrar de 1. Sempre cumprir o combinado, caso contrário, essa tática

perde o efeito, ou seja, se a criança cumprir parcialmente, a recompensa também é

parcial, mas deve existir; 2. Colocar as recompensas em graus de intensidade de

preferência e escolher as de maior preferência para os fins de semana em que a criança

cumpriu a maior parte das regras; 3. Permitir a escolha de acordo com a idade da

criança (no caso do Rapha, dar 3 opções no máximo), pois a escolha em si já é um evento

que se torna reforçador.

Além disso, podemos pensar em algumas estratégias de prevenção de comportamentos

inadequados em casos especiais como por exemplo, crianças dentro do espectro autista.

Fonte: Instituto Farol – Curso de Prevenção de Comportamentos inadequados e

agressivos.

Adicional

Estratégias de Prevenção de comportamentos inapropriados

a) controlar o ambiente;

ex.: fechar a porta do quarto na hora da estimulação, tirar um pote de biscoito da visão

etc.

b) fazer aproximações sucessivas;

ex.: fazer as coisas aos poucos. Ir alterando de 5 em 5 min o hs do almoço, ou de dormir

c) responder a sinais precoce do problema;

perceber se a criança está dando sinais de que vai ter um comportamento inadequado

e responder a isso antes que o inadequado aconteça.

d) mudar a forma como responde a criança

ex.: dar escolhas antes de dizer não;

e) se antecipar a fatores ambientais

ex.: sono, fome, sensibilidades, cansaço ou doenças. Antecipar o almoço ou o lanche

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f) usar

antecedentes

visuais ou auditivos.

ex.: usar calendários de transições, colocar um imagem com x vermelho no pote de

biscoito antes do almoço e tirar na hora do lanche.

6) Higiene do sono: nosso relógio biológico precisa de mais ou menos ajuda para

adormecer. Para crianças que tem dificuldade em “desligar”, higiene do sono deve

ainda ser mais criteriosa. Essa higiene consiste em aumentar a preparação do

ambiente que sinalizará ao cérebro que está chegando a hora do sono. Naturalmente,

a produção de melatonina (hormônio do sono) já se inicia quando o sol se põe,

entretanto, devido ao uso de eletrônicos que contém luz branca, o cérebro retarda a

produção do hormônio do sono.

1) Restringir o uso de todo e qualquer eletrônico no período da noite ou até, no mínimo,

2 horas antes do horário da criança dormir;

2) Deve-se evitar atividades físicas no período da noite, dando preferência às atividades

sensoriais (dicas abaixo), contação de histórias, jogos de tabuleiro e brincadeiras de

faz-de-conta. Vale a ressalva que as atividades físicas devem fazer parte da manhã e

da tarde, pois isso é parte fundamental para o equilíbrio hormonal;

3) Alimentos de fácil digestão e com baixo índice glicêmico (pouco açúcar e derivados).

7) Manejo de emoções: as emoções fazem parte da nossa evolução e são reações

programadas biologicamente e que tem a função de aprender sobre o ambiente que

vivemos para melhor nos adaptarmos a ele. Em outras palavras, não se reprime emoções,

mas se aprende a maneja-las. Essa aprendizagem não é natural, então precisamos

ensinar às crianças desde o básico (reconhecer e nomear as emoções até o mais complexo

que é como lidar com cada uma delas). Seguem algumas recomendações básicas:

7.1. Nomeação: diante de uma emoção forte da criança (raiva, choro, alta excitação de

alegria, medo etc), deve-se dar o nome para a criança: “nossa! Quanta alegria você parece

estar sentindo”, “você grunhindo, parece que está com raiva”. A nomeação é a base da

educação emocional e é comum vermos famílias não se preocuparem com isso por

acreditam que isso se aprende automaticamente, mas não se aprende. O que mais há em

consultórios de psicologia são adolescentes ou adultos que não sabem dizer o que estão

sentindo.

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7.2. Validação:

todas as emoções são válidas ou importantes. Não tem emoção feia, má ou boba. Quando

a criança estiver sob forte emoção, deve-se dar a ela um espaço para sua expressão e

quando ela quiser falar, ouvir o que tem a dizer. Não se deve dizer que a criança está feia

porque está brava ou boba porque está com medo. Ouvir que está feia ou que é boba

quando está emocionada afeta a maneira como a criança se vê e um autoconceito distorcido

de si pode acarretar sintomas de ansiedade, depressão ou desvios de conduta futuramente.

Todo mundo tem medo e fica com raiva e a criança só vai aprender a respeitar as demais

pessoas se for respeitada.

7.3. Expressão e conscientização: cada emoção exige um tipo de expressão. A tristeza é

uma emoção que pede recolhimento e encontra expressão no choro ou no abraço. A raiva

é uma emoção de ação, pede movimento vigorosos ou gritos. Aqui vale ter um espaço para

a criança se expressar, um canto com almofadas e bichos de pelúcia para que bata neles

quando estiver zangado ou os abrace quando estiver triste. O medo é uma emoção que

dispara imagens mentais que o intensificam, então falar sobre o medo, brincar com ele,

dizer que o zumbi ou monstro que a criança está com medo está com mal hálito e dente

sujo “eca que nojo, monstro! Vai escovar esse dente! Vai ficar com dor de dente, hein,

monstro?”. Após a expressão adequada de cada emoção, voltar a criança ao evento que

desencadeou a emoção e então conversar a respeito. É importante lembrar: no pico da

emoção, não se pensa com clareza, o cérebro que planeja e que comanda a linguagem

(córtex pré-frontal) está inativo, então não adianta falar muito, esperar a emoção esfriar

para então conversar.

7.4. Sempre agir assim? Não. Assim como nos adultos, as emoções tem intensidades

diferentes e todas essas recomendações dizem respeito a explosões emocionais, aquelas

em que se vê que a criança está claramente fora de si. Emoções de baixa intensidade

podem acontecer o tempo todo, para essas, estratégias lúdicas são as mais indicadas.

Exemplo: A criança ficou um pouco brava por não achar um brinquedo, cruza os braços e

faz grunhidos. Ao ver isso, ao invés de criticar que ficou bravo de novo, é só olhar pra ele

e dizer “ouvi um leão aqui! Roaarrr! Eu sou uma leoa e vou morder esse leão! Nhac nhac

nhac” e fazer cócegas nele. Com a tristeza, dar um abraço apertado e fazer o som de pum

e dizer “não abraça a mamãe forte que a mamãe solta pum”. Em ambos os exemplos, a

ideia é provocar o riso, pois muitas vezes essas “pequenas emoções” são tensões devido a

um acúmulo de frustrações (tédio, privação em casa etc) e o riso cumpre a função de aliviar

a tensão.

ANEXO

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DICAS DE

ATIVIDADES

Todas as atividades abaixo podem ser adaptadas a qualquer idade e adicionadas de elementos lúdicos para maior engajamento, por exemplo: o circuito pode ser um treino de

habilidades do personagem favorito; o brinquedo favorito pode participar da brincadeira etc.

MOVIMENTO:

1) Andar em cima de almofadas;

Fonte: @tempojunto

2) Jogar bola, atirar bola num cesto/ bacia, fazer boliche com blocos ou garrafas de boliche

chutando a bola com o pé;

Fonte: @pinterest

3) Caminhar sobre uma linha;

Fonte: @tempojunto

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4) Pular de diversas formas: com os dois pés juntos, alternando os pés, com um pé só. Aqui

dá para se jogar amarelinha ou elástico que já tem essa função;

Fonte: @pinterest

5) Pular no sofá ou na cama e saltar no chão forrado de almofadas;

6) Levar alguns sacos de feijão e arroz para dentro de uma caixa e depois empurrar ou

puxar a caixa para um lugar marcado;

7) Rolar no chão de um lado para outro;

8) Enrolar a criança num cobertor e depois puxar, enrolando-a;

9) Pedir para a criança puxar cadeiras, fazendo um túnel, e depois passar por baixo ou por

cima;

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10) Corrida de batata: jogo com duas pessoas (crianças a partir de 5 anos)- cada jogador tem

um certo número de batatas (ou balões com água) e devem colocar uma batata entre os joelhos

ou entre as coxas e andar o mais rápido que puder em direção a um ponto de chegada e deixá-

la em uma tigela ou cesta. Se a batata cair no caminho, você precisa voltar ao início e tentar

novamente. O vencedor é aquele que ficar sem batatas primeiro.

11) Carrinho de mão: segurar as pernas da criança para o alto e pedir que ande com as mãos

até um ponto marcado;

Fonte: @pinterest

12) Fazer pilhas de almofadas de diversos tamanhos e pedir para que empurre as mesmas;

13) Escolher uma música animada e inventar uma coreografia ou fazer a coreografia da

mesma (se houver) com diferentes velocidades. Isso pode ser feito diante de um espelho, que

pode ser mais engraçado e estimula a imitação na criança;

14) Fazer circuitos: por exemplo pegar uma bola no sofá, pular do sofá, correr até a parede,

passar por debaixo da cadeira (ou de uma cabaninha com duas cadeiras) e jogar a bola num

balde/ bacia ou cesto;

15) Pista de obstáculos: inclua vários movimentos (pular, engatinhar, andar em uma linha

com um pé, ziguezague etc.). Por exemplo: bambolê para pular; fita adesiva para formar

linhas de várias formas para andar de maneiras diferentes; travesseiros para pular; fio

esticado entre dois objetos (por exemplo, cadeiras) para rastejar; cobertores ou tapetes para

rolar e copos ou garrafas de plástico como obstáculos para criar um caminho em zigue-zague;

16) Amarre uma linha em um balão (bexiga) e prenda com uma fita adesiva numa parede

uma altura que permita desafiar a criança a pular várias vezes para alcança-lo. Também

pode-se colocar alturas diferentes, com pontuações crescentes para os que estão mais no alto,

aumentando o desafio para as crianças, além de estimularem a contagem de pontos (de acordo

com a idade);

SENSORIAIS:

1) Areia natural ou sintética ou massinha de modelar: modelar pessoas, animais, castelo,

criar histórias;

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2) Água e sabão: criar espuma e passar de um pote (diferentes tamanhos) para outro,

utilizando utensílios domésticos como concha, peneira; fazer uma espuma espessa e brincar

no box ou no azulejo do banheiro para fazer desenhos (aqui é possível colocar um pouco de

tinta guache na água para que a espuma fique um pouco colorida; bolhas de sabão;

3) Tinta guache: pintar azulejos de parede ou do chão mesmo, ou ainda colar papeis na numa

parede para que a criança pinte;

4) Ingredientes de cozinha: grãos, farinhas etc para a criança pegar com as mãos tanto para

ajudar a preparar receitas, mas também para explorar livremente, colocar em garrafas,

colocar farinha de trigo na mão e soprar;

5) Slime: aqui pode-se tanto fabricar em casa quanto comprar pronta, a ideia é mexer com a

slime, fazer bolhas, colocar em potes para provocar o som de pum, colocar bonecos de plástico

que ficarão presos na bolha gigante etc;

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6) Materiais não-estruturados: galhos, barbante, folhas, papéis diversos. É possível construir

brinquedos ou personagens, excelente para soltar a imaginação;

7) Cabaninha: fazer uma cabana com lençol ou de outra maneira, levar almofada, pelúcias,

lanterna e contar histórias lá dentro, com muitos efeitos sonoros (chocalho, lata para som de

passos ou de cavalo etc);

8) Rede: se possível, encontrar um lugar para armar uma rede para se balançar.

Lembre-se de que todas as atividades devem ser ricas de faz-de-conta, personagens favoritos etc para que haja maior engajamento por parte da criança.

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REFERÊNCIAS

CAMINHA, M.G. (2011). Intervenções e treinamento de pais na clínica infantil. Porto Alegre: Sinopsys.

GERSHOFF, M.K. (2002). Corporal Punishment by Parents and Associated Child Behaviors and Experiences: a meta-

analytic and theoretical review. Psychological Bulletin, 128(4), 539-579.

SIDMAN, M. (2009). Coerção e suas implicações. Campinas: Livro Pleno.

SKINNER, B.F. (2003). Ciência e comportamento humano. São Paulo: Martins Fontes.

Isabela Queiroz de Oliveira – Psicóloga CRP 06/113854

Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional Pós-Graduanda em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo e Deficiências Intelectuais

Pós-Graduanda em Terapia Cognitivo-Comportamental de Crianças e Adolescentes

Roberta Alexandre Penitente CRP 06/73227

Especialista em Psicologia Clínica Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional

Pós-graduada em Educação na Perspectiva do Ensino Estruturado de Autistas

Pós-graduada em Terapia Cognitivo- Comportamental de crianças e adolescentes Pós-Graduanda em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo e Deficiências Intelectuais

Pós-Graduanda em Intervenções Precoces no Autismo