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Orientadores de estudos: Alexandro Muhlstedt; Augusto Martins Érika Gomes da Rosa

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Orientadores de estudos:

Alexandro Muhlstedt; Augusto Martins

Érika Gomes da Rosa

PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO

A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

Alexandro Muhlstedt (Turma 1)

Érika Gomes da Rosa (Turma 2)

Augusto Martins (Turma 3) Orientadores de Estudos – CEP

Julho 2014

O ENSINO MÉDIO: QUESTÕES CONTEXTUAIS

O Censo Demográfico (IBGE, 2010) mostrou 10.357.874 de jovens 15 a 17 anos

3.289.510 encontravam-se, em 2012, ainda no Ensino Fundamental

Aproximadamente 6 milhões estavam no Ensino Médio

Próximo a 1 milhão encontrava-se totalmente fora da escola

O ENSINO MÉDIO: QUESTÕES CONTEXTUAIS

As condições estruturais O ensino médio como “educação básica” As especificidades do ensino médio noturno As várias juventudes que estão na escola Os sentidos da escola para os jovens

O ENSINO MÉDIO: QUESTÕES CONTEXTUAIS

Desafio da universalização do Ensino Médio

Contenção do abandono escolar e qualificação da permanência (compreender as razões do abandono)

O trabalho docente e a formação de professores para o ensino médio

JUVENTUDE E ESCOLA

Reconhecimento da experiência juvenil como sendo portadora de um sentido próprio Juventude - juventudes (no plural) Investigar as razões da permanência e do abandono escolar e repensar os modos de organizar os tempos-espaços-saberes

OS PROFESSORES ENQUANTO SUJEITOS

“Crise da docência” Ausências: o saber sobre os alunos, debate atualizado sobre currículo, TIC e educação, formas atuais de produção do conhecimento, da ciência e da tecnologia, as políticas para o ensino médio Identidade docente, linguagens e juventude(s) A natureza sempre coletiva do trabalho docente: organização do trabalho pedagógico e gestão democrática da escola

NOVAS DCNEM PARECER CNE/CEB 05/2011 E RESOLUÇÃO 02/2012

O trabalho como princípio educativo A pesquisa como princípio pedagógico O principio da diversidade de sujeitos A possibilidade de diferentes arranjos curriculares Compreensão de currículo e de projeto político pedagógico Indicativos para a gestão da escola e para a formação e trabalho docente

DISCIPLINAS E INTEGRAÇÃO CURRICULAR

Integração ente um núcleo de disciplinas do currículo obrigatório com atividades e opções do próprio interesse do estudante

A necessidade de superação da excessiva disciplinarização, das hierarquias e fragmentações e do ensino com base na repetição

O princípio pedagógico específico do ensino médio não deve ser buscado na preparação para o mercado ou para o vestibular, mas no método de estudo e pesquisa que conduz à autonomia de estudos, à autonomia intelectual e moral

PERSPECTIVAS

O reconhecimento e efetivação do ensino médio como “educação básica” Os sentidos da escola a partir de seus sujeitos Novos arranjos curriculares: a reorganização dos tempos e espaços e ressignificação do conhecimento escolar A organização coletiva do trabalho pedagógico Os sentidos da avaliação para o ensino médio

O PACTO

O Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio foi instituído pela Portaria Ministerial nº 1.140 (22/11/2013) O curso privilegia a articulação entre teoria e a prática no processo de formação docente (conhecimentos científicos e didáticos) Considera a escola como lócus de formação continuada e (re)construção coletiva do projeto político-pedagógico (concepções de juventude e direito à qualidade social da educação)

OBJETIVO DO PACTO

Promover a valorização da formação continuada dos professores e coordenadores pedagógicos que atuam no Ensino Médio público, nas áreas rurais e urbanas.

LDB nº 9394/96 e DCNEM - Resolução CNE/CEB nº 2/12

ÁREAS DE

CONHECIME

NTO

PRINCÍPIOS

Linguagens

Matemática

Ciências da

Natureza

Ciências

Humanas

Trabalho:

princípio educativo

Pesquisa: princípio

pedagógico

Direitos Humanos:

como princípio

norteador

Sustentabilidade

socioambiental como

meta universal

DIMENSÕES:

Trabalho, Ciência,

Cultura e

Tecnologia: como eixo integrador

entre os conhecimentos de

distintas naturezas

- a formação humana integral

reconhecendo os estudantes

do ensino médio no contexto

das múltiplas juventudes.

PROPOSTA

Metodologia

Participação de todos os professores das redes públicas estaduais do

Ensino Médio

Utilização de material pedagógico digital disponibilizado nos tablets, computadores (formato de e-books)

Formação no “chão da escola”: valorização dos saberes produzidos no cotidiano escolar e construção de caminhos para a autonomia docente e escolar

PROPOSTA DO CURSO Etapa I Temáticas conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio Eixo: Sujeitos do Ensino Médio e Formação Humana Integral Elaboração do material do Pacto: participação de 20 universidades – autores e diálogo com as escolas Concepção: escrita dialogada e partir das necessidades identificadas quanto à formação de professores em atuação no ensino médio

PROPOSTA DO CURSO Etapa II Áreas do Conhecimento e Organização do Trabalho Pedagógico Eixo central: sujeitos do ensino médio e formação humana integral 1. Contextualização e contribuições da área 2. Os sujeitos alunos do ensino médio e os direitos à aprendizagem e desenvolvimento na área 3. Trabalho, Cultura, Ciência e Tecnologia na área 4. Possibilidades de abordagens pedagógico-curricular na área Em todos os Cadernos: Saiba Mais; Em outras palavras..; Reflexão e Ação, Imagens, vídeos, links Etapa III Componentes curriculares

CRONOGRAMA PNEM

CARGA HORÁRIA PENEM – 200horas

• 50 horas presenciais e 50 horas de estudos

As atividades do curso estão focadas no

professor e foram organizadas em momentos

distintos, porém articulados entre si, utilizando-

se a hora-atividade.

FUNCIONAMENTO, NORMAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PNEM

• O PNEM contém 06 Cadernos de Formação, embasados Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio;

Cada caderno no final de cada tópico de estudo contém o quadro de “Reflexão e Ação”, Onde são propostas atividades, as quais serão avaliados. Estas atividades permitirão que os professores se reúnam e reflitam sobre questões da escola e fatos concretos, valorizando as experiências vivenciadas no curso e em sala de aula.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO As atividades coletivas e individuais terão Peso 3 e serão avaliadas a partir dos

seguintes critérios: Integral, suficiente, insuficiente ou não realizou as atividades.

A frequência terá Peso 3, e será avaliada a partir dos seguintes critérios: integral, parcial

ou ausência. O professor deverá ter frequência mínima de 75% no curso.

Os atestados médicos serão contabilizados aqui (Curso 100% presencial)

A participação terá Peso 4. O professor será avaliado pelo orientador de estudos no que

se refere à participação nos debates durante os encontros presenciais, à entrega das

atividades coletivas e individuais nos prazos e às postagens realizadas no Portal

EMdiálogo.

As três notas acima deverão somar no mínimo 7,0 por mês, tanto para a aprão quanto

para a continuidade no curso, atribuídas na plataforma do SISMÉDIO.

Caberá ao orientador de estudos fazer o acompanhamento da frequência, constando a

assinatura dos participantes em cada um dos dos encontros.

REGISTRO DAS AVALIAÇÕES

O professor deverá apresentar registros das reflexões realizadas durante suas leituras, nas discussões com o grupo na escola, bem como desenvolver pelo menos uma das atividades

propostas no material de estudo no contexto da sala de aula. Todo esse processo será orientado

e acompanhado pelo orientador de estudo.

Portal EMdiálogo

http://www.emdialogo.uff.br/

CERTIFICAÇÃO E PAGAMENTO BOLSAS

• A certificação e o pagamento de bolsas são condicionados à avaliação (com base em critérios de frequência e desempenho) e aprovação dos participantes no SISMédio;

• A certificação será emitida pela Universidade Federal do Paraná, por etapa, com carga horária de 100 horas cada.

CADERNO I Tópico 1: Ensino Médio: Um

balanço histórico institucional

Orientadora de estudos: Érika Gomes da Rosa

• 1824 - Princípio da liberdade de ensino, sem restrições, e a intenção de “instrução primária gratuita a todos os cidadãos” (Art. 179);

• 1834 – Ato Adicional (emendou a Constituição), reforma que deixava o ensino elementar, secundário e de formação dos professores a cargo das províncias;

• 1837 – Primeiros liceus provinciais: 1ª organização do ensino público;

• 1872 – Brasil contava com uma população de 10 milhões de habitantes e apenas 150.000 alunos eram matriculados em escolas primárias. O índice analfabetismo era 66,4%

• 1879 - Reforma de Leôncio de Carvalho que propunha dentre outras coisas o fim da proibição da matrícula para escravos;

Estatística (IBGE) em 2012 e divulgada 09/2013

A taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais foi

estimada em 8,7%, o que corresponde a 13,2 milhões de

analfabetos no país.

• 1891 – Constituição Republicana – separa a igreja do Estado;

Paralelo ( 2 sistemas)

Educação para o “povo” e para as classes superiores.

1915 – Exames vestibulares para ingresso ensino superior;

Caráter aristocrático – Pobres e mulheres raramente tinham acesso a esse tipo de ensino.

1930 – ESTADO NOVO REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Golpe civil militar coloca Getúlio Vargas na Presidência por 15 anos.

http://pt.slideshare.net/liea/o-estado-novo-62818

Diante da nova ordem produtiva, o mundo passava por um amplo processo de transformação, exigindo uma nova escola, capaz de introduzir o ensino técnico e profissional, capaz de garantir a mão de obra qualificada, para atuar em favor do crescimento da indústria e gerar riqueza para a burguesia capitalista, uma vez que a escola teria o desafio de instruir os trabalhadores

Neste período o ensino ficou assim composto:

I – 5 anos de curso primário (de 7 a 11 anos) II – 4 anos de curso ginasial (12 a 15 anos) III – 3 anos de colegial (16 a 18 anos), podendo ser na modalidade clássico ou científico (que acabou concentrando 90% dos alunos desse nível).

CONSTITUIÇÃO DE 1937

Preparação de um maior contingente de mão-de-obra para as novas atividades abertas pelo mercado. Neste sentido a nova Constituição enfatiza o ensino pré-vocacional e profissional.

As conquistas do movimento renovador, influenciando a Constituição de 1934, foram enfraquecidas nesta nova Constituição de 1937. Marca uma distinção entre o trabalho intelectual, para as classes mais favorecidas, e o trabalho manual, enfatizando o ensino profissional para as classes mais

desfavorecidas.

1942 – MINISTRO GUSTAVO CAPANEMA – LEI ORGÂNICA

O Decreto-lei 4.048, de 22 de janeiro, cria o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI.

Decreto-lei 6.141, de 28 de dezembro de 1943, regulamentando o ensino comercial (observação: o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC só é criado em 1946, após, portanto o Período do Estado Novo

FIM DITADURA VARGAS À DITADURA CIVIL MILITAR: DOS ANOS 1950 A 1980

• Grande expansão do Ensino Médio;

• Equivalência do cursos do Ensino Médio e técnicos, possibilidade de transferência e acesso ao superior (LDB nº 4024/61);

• Lei nº 5692/71 – obrigatoriedade do ensino de oito anos (funde primário ao ginasial);

• Nova nomenclatura – 1º grau (8 anos) e 2º grau (3 anos);

• Profissionalização compulsória do Ensino Médio;

• Educação subordinada ao mercado de trabalho com base na teoria do capital humano.

CONSEQUÊNCIAS

Consequências da profissionalização compulsória conferida pela Lei nº 5692/71:

• Empobrecimento dos currículos escolares;

• Esvaziamento dos conteúdos da formação geral;

• Descaracterização e desqualificação do Ensino Médio;

• Melhor estrutura física e humana nas Escolas técnicas federais – educação de elite / dualidade invertida;

DA REDEMOCRATIZAÇÃO AO PERÍODO ATUAL

• Constituição de 1988

• LDB 9394/96 – Ensino Médio ganha uma identidade própria como etapa final da Educação Básica. Esta passou a constituir desde a educação infantil, ensino fundamental (1º grau), ensino médio (2º grau) e EJA. Possibilidade de se articular de forma integrada em um mesmo curso, com a profissionalização;

• Desescolarização do ensino técnico e o predomínio do modelo de competências para ajustar a educação escolar às demandas do mercado (Decreto nº 2208/07);

DA REDEMOCRATIZAÇÃO AO PERÍODO ATUAL

• Formação Humana Integral (Decreto nº 5154/04) – reintegra o ensino técnico ao médio;

• Educação profissional integrada à EJA - PROEJA (Decreto nº 5.840)

• FUNDEB – recursos para o ensino médio integrado e Educação de Jovens e Adultos;

• Programa Brasil Profissionalizado – fortalecimento das redes estaduais de educação profissional e tecnológica, modernização e expansão das redes públicas de ensino médio integrado à educação profissional;

REFLEXÃO AÇÃO

A partir da reconstrução histórica identifique em grupo os desafios que permanecem para o ensino médio na

realidade brasileira e levantem possibilidades de explicação para eles.

ENCONTRO DE 02/08/14

Cada professor fará de sua turma um diagnóstico levantando os seguintes dados: perfil social, cultural e econômicos. OBS: Turma de Ensino Médio. O professor deve postar as observações no portal Emdiálogo e no blog: estudocente.wordpress.com Apresentação: Um integrante de cada grupo apresentará no dia 02/08.