alexandro afonso - dicas

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Pessoal, eu estudei para este concurso para poder dar melhor qualidade de vida à minha família. Portanto eu não vou poder ficar aqui escrevendo sempre o que eu fiz ou deixei de fazer senão não cumpro meu objetivo. Mas como eu fui muito ajudado nesta “saga”, decidi tentar ajudar no que for possível até a posse, que deve ser em janeiro, e pretendo deixar alguns relatos do que eu fiz. Vi muita gente estudando “errado” ou usando métodos de outras pessoas cegamente, sem raciocinar sobre eles e sem questionar se era o melhor para si mesmo. Então a minha maior preocupação é em mostrar que não se deve aceitar nada sem questionar, o que é bom pra um nem sempre é bom pra outro. No final das contas você é que tem que saber o que é bom pra você. Eu estou salvando estes textos em um arquivo e quando terminá-los colocarei tudo no 4shared. Então se você precisa ficar perguntando demais o que deve fazer para efetivamente fazer o que te falarem que deve fazer, você está utilizando pouco do teu potencial e poderia ter um desempenho muito melhor. Logo, o ideal é perguntar o que se deve fazer, ouvir o que dizem, descartar o que não te interessa e aproveitar a parte que lhe caiba. Pegue esta parte, modifique-a para ficar do jeito que melhor lhe aproveite e seja feliz. Vamos lá... Preciso Estudar! Antes de “começar com isto” devemos fazer algumas perguntas básicas: Estudar quanto? Estudar como? Estudar quando? Estudar o que? Quanto estudar Quando eu comecei, em um curso pacotão, a pergunta que mais me preocupava era: quanto devo estudar? Então pesquisei sobre pessoas que já haviam passado em concurso e encontrei o depoimento do Alex Meirelles, uma entrevista do Deme e o livro do Willian Douglas. Todos eles, para mim, diziam, em linhas gerais, que a resposta era “muito”. Enquanto estudava e, principalmente, agora que passei neste concurso acabei descobrindo que “muito” não era a resposta correta. A resposta correta é: o quanto você precisar. (pelo amor de Deus, lembre-se que estas conclusões são minhas, não são absolutas, são apenas minhas, então não cabe discussão, você deve tirar suas próprias conclusões) E aqui temos um divisor de águas. Muitas pessoas precisam estudar muito e muitas pessoas precisam estudar “pouco”. Ou seja, não há resposta correta para todos, isto não é absoluto, assim como tudo na vida. Eu precisei estudar relativamente pouco, mas não tão pouco assim. Enquanto vi pessoas fazerem mais de três mil horas líquidas na preparação, eu mal cheguei a fazer mil horas líquidas.

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Page 1: Alexandro Afonso - Dicas

Pessoal, eu estudei para este concurso para poder dar melhor qualidade de vida à minha família. Portanto eu não vou poder ficar aqui escrevendo sempre o que eu fiz ou deixei de fazer senão não cumpro meu objetivo. Mas como eu fui muito ajudado nesta “saga”, decidi tentar ajudar no que for possível até a posse, que deve ser em janeiro, e pretendo deixar alguns relatos do que eu fiz. Vi muita gente estudando “errado” ou usando métodos de outras pessoas cegamente, sem raciocinar sobre eles e sem questionar se era o melhor para si mesmo. Então a minha maior preocupação é em mostrar que não se deve aceitar nada sem questionar, o que é bom pra um nem sempre é bom pra outro. No final das contas você é que tem que saber o que é bom pra você.

Eu estou salvando estes textos em um arquivo e quando terminá-los colocarei tudo no 4shared.

Então se você precisa ficar perguntando demais o que deve fazer para efetivamente fazer o que te falarem que deve fazer, você está utilizando pouco do teu potencial e poderia ter um desempenho muito melhor. Logo, o ideal é perguntar o que se deve fazer, ouvir o que dizem, descartar o que não te interessa e aproveitar a parte que lhe caiba. Pegue esta parte, modifique-a para ficar do jeito que melhor lhe aproveite e seja feliz.

Vamos lá... Preciso Estudar! Antes de “começar com isto” devemos fazer algumas perguntas básicas: Estudar quanto? Estudar como? Estudar quando? Estudar o que?

Quanto estudar Quando eu comecei, em um curso pacotão, a pergunta que mais me preocupava era:

quanto devo estudar? Então pesquisei sobre pessoas que já haviam passado em concurso e encontrei o

depoimento do Alex Meirelles, uma entrevista do Deme e o livro do Willian Douglas. Todos eles, para mim, diziam, em linhas gerais, que a resposta era “muito”.

Enquanto estudava e, principalmente, agora que passei neste concurso acabei descobrindo que “muito” não era a resposta correta. A resposta correta é: o quanto você precisar. (pelo amor de Deus, lembre-se que estas conclusões são minhas, não são absolutas, são apenas minhas, então não cabe discussão, você deve tirar suas próprias conclusões)

E aqui temos um divisor de águas. Muitas pessoas precisam estudar muito e muitas pessoas precisam estudar “pouco”. Ou seja, não há resposta correta para todos, isto não é absoluto, assim como tudo na vida. Eu precisei estudar relativamente pouco, mas não tão pouco assim. Enquanto vi pessoas fazerem mais de três mil horas líquidas na preparação, eu mal cheguei a fazer mil horas líquidas.

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Nota: Qualquer um que diga que estuda 15 horas em um dia está enganando a si mesmo. Isso é o bruto, não o líquido. E se considerar “horas reais de estudo”, que é o tempo que você realmente está aprendendo isto aí cai muito mais. Ou seja, nem toda hora bruta é hora de estudo (hora líquida), e nem toda hora de estudo (hora líquida) é hora de real aprendizado.

Quanta informação há embutida nesta frase! Leia de novo que muitas respostas estão

aí: Nem toda hora bruta é hora de estudo (hora líquida), e nem toda hora de estudo (hora

líquida) é hora de real aprendizado. A pergunta inicial era: quanto deve-se estudar? E a resposta não poderia ser mais aberta: a quantidade de horas de real aprendizado

que você necessitar para fazer o máximo possível de pontos na prova. Agora vou colocar um exemplo para explicar o que é esta “hora de real aprendizado”. Ex: você tem que estudar o simples nacional e substituição tributária. Só que

substituição tributária você já domina e o simples nacional você nunca viu. Os professores dizem que substituição tributária “cai muito”, então você acaba priorizando...

Em 3 horas livres (3 horas brutas de estudo) você conseguiu ficar na frente do livro,

exercícios, etc. umas 2 horas, supondo. Então você tem 2 horas líquidas de estudo. Mas neste tempo todo você só viu de novidade que tem um produto X que está sujeito

a substituição tributária que você não sabia que assim o era. Portanto as tuas “horas de estudo real” não chegou a 10 minutos. Você perdeu 3 horas quando poderia perder apenas 10 minutos. Agora o outro caso, se tivesse escolhido estudar o simples nacional. Você nunca o

tinha visto. Mesmo caso, 3 horas brutas, 2 horas líquidas. Mas nestas 2 horas líquidas você viu apenas coisas que nunca tinha visto. Portanto

você estudou 2 horas de real aprendizado. Este é um caso clássico! Muita gente acha que tem que virar doutor em um assunto

pra passar em concurso... Não precisa. Em 3 horas da sua vida você poderia ter estudado 10 minutos ou 2 horas de real

aprendizado. Qual escolher? Tem que questionar o tempo todo! Nunca deixe de questionar. Muita gente, mas muita gente mesmo, acabou não dando atenção devida ao IPVA,

ITCMD e a lei das taxas e emolumentos neste concurso. Alguém sequer viu a lei das taxas e emolumentos (são duas)? São muito pequenas, ótima relação custo x benefício. Garantiu ao menos uma questão da P3 para mim porque eu as li duas vezes.

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E o lado “B” do regulamento? Aquele que não caiu em 2006, alguém o leu? Eu li inteiro, duas vezes. Não caiu bastante, é verdade, mas se caísse não ia me pegar desprevenido. Se a gente estuda tanto, para que se limitar no conteúdo do que vai estudar?

Não sei se consegui passar a mensagem... Por que estudar tanto uma coisa só (ICMS)

se o edital não é feito só disto? Se você estudou mais de 1000 horas líquidas poderia ter distribuído elas de forma melhor. De um modo que você estivesse balanceado em todos os pontos do edital, ou seja, de modo que nada pudesse te surpreender.

Eu estudei de um jeito que estava preparado para tudo que viesse. Do jeito que veio para nós ou do jeito que veio no AFR-RJ, com um monte de obrigações acessórias. Para não dizer que estudei tudo, eu não vi aquele artigo que fala sobre as multas no RICMS. E foi porque não deu tempo. Como eu disse, comecei a estudar muito mais perto do edital do que a maioria (um mês antes).

Então esqueça o negócio da fila, você falhou porque estudou errado. É hora de rever

teus métodos, rever como estuda e o que estuda. E depois de fazer isto tem que controlar, o tempo todo, a sua performance, o quanto você conhece, quanto sabe e o quanto acerta em exercícios e até esperar o quanto você acertará na prova com o conhecimento que adquiriu. Afinal, o teu objetivo é acertar muitas questões na prova e não aprender a matéria.

Agora lembrando: Amigo é o que te critica. Aquele que te adula não quer te ajudar, quer tirar algo de você. (exclusos pais, mães,

avôs e avós, etc. rs) Se você acumular muitas horas de real aprendizado, meu amigo, é porque você está

sabendo muito mesmo! Aí ninguém te segura, você vai é passar entre os 10 primeiros. Agora se está acumulando apenas horas líquidas de estudo sem se preocupar com as

horas de real aprendizado, então vai ficar com dor de corno por ter se dedicado tanto a uma coisa e esta coisa ter te traído (não aprovação).

Tem que se separar do teu passado e procurar o melhor para o teu futuro. Ficar sem contato social? Esquecer dos filhos, da esposa, dos pais? Só depois do

edital. E olhe lá. Antes do edital não há a mínima necessidade disto. Mas esta é uma opinião pessoal minha, não cabe discussão porque opinião é igual gosto, cada um tem a sua.

Depois escrevo sobre as outras 3 perguntas. Se ficou alguma coisa mal explicada, pode mandar MP. Respondo assim que puder. Por último, como eu disse no começo, não tenho intenção de virar guru de concurso,

só estou retribuindo a ajuda que recebi. Assim que tomar posse quero usar 100% do meu tempo para o trabalho e para a minha família.

Abração!

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Como estudar Plantando bananeira? Mais uma coisa que não tem muito que falar, é extremamente pessoal. Eu vou

explicar o que eu fiz. Não deve funcionar para a maioria, mas serve para refletir sobre como você estuda.

Tem várias formas de se aprender algo. Lendo um livro, tendo aulas, fazendo exercícios, dando aulas, fazendo uma pesquisa e um trabalho, comentando provas, etc. Mas qual destes é mais efetivo e qual deles faz com que as informações fiquem bem retidas?

Para mim a resposta foi: nenhum. Sozinho nenhum dos métodos funcionou bem. Minha sorte foi que eu percebi isto

com apenas duas semanas (em fevereiro) de estudo. Claro, eu estudo desde os seis anos, mas não para concurso. Na escola, colégio e faculdade a coisa é muito mais fácil. Fiz faculdade de engenharia e, mesmo assim, a faculdade era mais fácil. O motivo é óbvio: o professor só cobra o que ele deu em aula, do jeito que ele deu em aula e o conteúdo é pequeno.

No concurso, apesar de se ter noção do que será cobrado e como será cobrado, o conteúdo é muito grande e tem que ser despejado de uma vez só, praticamente não tem intervalos entre as provas. Então antes de começar a estudar tem que encontrar a forma que você melhor consiga reter as informações que recebe.

O que mais funcionou comigo foi: Ler um livro > Assistir aulas > Fazer exercícios > Comentar exercícios Depois do edital eu abandonei, pelo menos, a última parte. Mas aqui eu vou ter que

parar, é necessário entender o porquê de algumas coisas. Curva do conhecimento: o colega Seu Madruga fez uma análise perfeita deste ponto.

“DEPOIMENTO DO SEU MADRUGA

BRUNA FALANDO: Como disse por MP ao colega Seu Madruga (campeão, mandou bem!!! ) , tenho confortado colegas com palavras que não me confortam, tentando dar esperanças que não tenho....tem horas que cai a ficha: com meus 220 ptos, vou bater na trave, mas nem na melhor das hipóteses vai dar, tendo em vista o ranking em menos de 24h após os gabaritos... Agora bateu a dúvida...Até onde a teoria da fila se aplica à realidade? Será mesmo que, se mantivermos o ritmo de estudos focados na Sefaz-SP, realmente passaremos no próximo - que há de se realizar por volta de 2011?

Seu Madruga falando:

Bruna, já acendi umas velas aqui em casa pra sua nota. nos últimos meses antes da prova, eu percebi claramente uma teoria. Essa fila na verdade é uma curva. É muito rápido ascender até um nivel básico. Demora um pouco até o intermediário. E com esforço chega-se no avançado.

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creio q tanto eu como vc, bruna, estamos num nível avançado. mas o grande problema é o q vem depois do avançado. eu reparava como concurseiros novos q tinham acabado de chegar no nível avançado estavam melhor preparado do q muitos q já eram avançados há tempos. no meu entendimento hoje, permanecer por muito tempo no modo avançado pode ser prejudicial, se vc não souber transformar todo esse tempo em vantagem. como se fosse uma curva num gráfico entre nível de conhecimento e tempo de estudo, ela é crescente até o avançado. Daí pra frente, ela pode continuar ascendendo levemente, pois é muito difícil ganhar mais conhecimento qdo já se tem muito. Mas pode se tornar descendente também. Quem chegou mais recentemente ao nível avançado se deu muito melhor do q aqueles q já estavam no avançado há muito tempo, pois é extremamente desgastante manter um nível de conhecimento elevado qdo não há esperança, qdo não há edital em vista, quando só há boatos desfavoráveis. e nós dois viemos de uma geração perdida, em termos de concurso. Quem nasceu para concurso entre 2006-2008, nasceu num período sombrio, de poucas oportunidades. Quem chegou ao avançado em 2007 perdeu muito em comparação a quem chegou no avançado no final de 2008 por exemplo, isso é claro, se vc não soube transformar todo esse tempo em vantagem. Basta ver a sala da receita. Quantos ali já não se estragaram, desistiram, mudaram de área, por ter chegado ao pico muito antes do sol nascer. Não tem como, bruna. É desumano e degradante. Toda decisão q for tomada por vc daqui pra frente deve ser bem ponderada. Mas no seu caso, não vale a pena desistir, de modo algum. já falei para outras pessoas por MP. A gente tem um ativo intangível gerado internamente. E nós q estamos sabemos q ativo intangível gerado internamente não se registra. E talvez por causa disso a gente pensa q ele não vale nada, ou não sabemos quantificar exatamente. mas pare e pense. NENHUM dinheiro no mundo consegue comprar esse ativo intangível, q é todo esse conhecimento. jogar no lixo isso tudo é jogar uma coisa preciosíssima... UM PECADOOO. por tanto, firme no propósito. esses são tempos de reavaliar, traçar novas estratégias, novos planos. Tantos para os q vão ficar, como os q serão aprovados. É um tempo de mudança. E toda mudança implica em transformação. força brunaaaaaaaaaaaaa. ” COMENTÁRIO DE ALEXANDRO: O que o Madruga falou é a pura verdade. Respondendo a pergunta, não acredito nesse negócio de fila. Respeito muito o WD, tenho o livro dele, li o que me interessava, me ajudou muito, mas não concordo com a fila. Esse negócio de acreditar nessa bendita fila te coloca uma barreira sem limites. Aqui vou emprestar palavras de um grande amigo, Angra. Colocar uma meta faz com que você se limite. E nós não temos este limite, somos ilimitados. Então seu objetivo deve ser 100% da prova. Não interessa se você consegue ou não, este tem de ser o objetivo, ou seja,

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não há um patamar pra se apoiar, você tem sempre de escalar. Ninguém passa em concurso por estudar a mais tempo, este não é o critério de desempate. Portanto a teoria da fila falha aqui. Colocar exceções a esta "regra" para fazê-la valer também não é interessante. Dizer que há "fura-filas" e coisas do tipo é, no mínimo, suspeito. O que acontece é que temos de olhar para as coisas como elas são. Sem teorias magníficas. Concurso público é colocar X no lugar certo, nada mais do que isso. Então tem que saber o que você precisa fazer para colocar estes "X"s no lugar certo. O pessoal não percebeu ainda, mas uma nota de 6,5 na escola nunca foi uma nota alta. Por que ninguém questiona essa nota de corte? O que faz com que as pessoas tenham um rendimento tão "baixo"??? A resposta que encontrei para isto foi que em um intervalo de menos de 48 horas você tem que despejar conhecimento de 19 matérias diferente em todo o seu conteúdo. Isto é que cria a dificuldade. Aprender, conhecer, saber, todo mundo sabe! Mas soltar tudo numa hora só é muito difícil. Visto isto, tem que se criar maneiras para conseguir puxar da memória todo este conhecimento de uma única vez.

Quem não leu ainda, leia. Vale a pena. De qualquer modo, vou colocar uma descrição rápida para continuar o pensamento

aqui. A curva do conhecimento tem cara de uma curva exponencial. Quanto mais você

aprende sobre algo mais tempo você vai precisar para aprender mais um pouco. Olhe a curva do aprendizado abaixo. É um exemplo, totalmente hipotético e sem base, só para passar melhor a idéia.

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Veja que até os 60% usou-se aproximadamente 8 horas. Depois para avançar apenas

20% e chegar a 80% usaram-se mais 9 horas, totalizando 17 horas. Para sair dos 80% e chegar aos 100% seriam necessárias mais 21 horas, totalizando 38 horas.

Isto é o que o pessoal conhece por “ganho marginal”. Chega um ponto que, com tempo curto, não vale a pena continuar estudando uma mesma matéria para avançar até os 90% ou 100%. Porém, se você tem todo o tempo do mundo, que é o que se terá até o próximo concurso, você pode avançar tranquilamente até os 100%. Então sua meta é 100%, sempre. Você só irá restringi-la se tiver um fator de limitação, que no meu caso foi o tempo.

Ainda tem mais uma coisa para comentar sobre este ponto. Como se deve chegar nestes 100%. É “de uma vez”? A resposta para mim foi não. Para mim foi bastante útil avançar até os 60% em todas as matérias e depois começar a avançar cada uma delas até os 80%. Só consegui passar dos 80% nas matérias da P3, que tinham maior peso. As matérias da P1 eu só cheguei aos 60% (no total) e as matérias da P2 idem. Na P2 como tinha matéria da P3 que eu tinha passado dos 80%, eu acabei deixando de lado algumas matérias. Fora que pelo conhecimento de resultados passados eu sabia que pouquíssimas pessoas iriam estudar tudo da P2, então foi a prova que eu menos dei atenção, tirando as matérias da P3, claro.

E como eu fiz isto? Agora voltemos lá atrás no texto. Ler um livro > Assistir aulas > Fazer exercícios > Comentar exercícios

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O melhor exemplo que eu tenho é contabilidade. É uma matéria grande, cheia de peculiaridades e com muita coisa pra guardar.

Bom, eu li o livro do Ferreira, quando terminei de ler o livro fiz um curso e depois desci a mão nos exercícios. Muitos mesmo.

Quando eu acabei de ler o livro eu acertava entre 40% e 60% dos exercícios que fazia. Depois do curso eu passei a acertar entre 60% e 80% variando bastante. Depois dos exercícios eu passei a acertar entre 80% e 100%. Tudo isto eu media fazendo exercícios, mas para medir eu fazia poucos, por volta de 20 a 30.

A fase “exercícios” era uns 150 ~ 200 exercícios e não só 20 ou 30 como quando eu ia medir o conhecimento adquirido. Também eu procurava não me enganar, tudo que eu acertava na sorte, chutando, eu considerava errado. Afinal, chute não é conhecimento adquirido. Outra coisa, eu queria ter feito mais provas passadas, mas contabilidade pegou-nos de surpresa com as mudanças na lei que fizeram muitos exercícios ficarem obsoletos.

Ainda, em contabilidade eu não cheguei até a fase de comentar provas passadas porque o edital saiu pouco depois de eu terminar um curso de contabilidade geral. Eu consegui chegar nesta fase só em economia, mas infelizmente esta matéria saiu do edital (rs).

Esta foi a melhor forma que eu encontrei de progredir na curva do conhecimento. Há mil e uma formas de se fazer isto, porém você tem que descobrir o que é melhor para você. Tem gente que faz aulas de primeira, sem saber a matéria, tem gente que só estuda por livros, tem gente pra tudo neste mundo. Você é que sabe o que é melhor para ti.

E depois que você aprendeu a matéria? Como fazer para manter este conhecimento

num estudo de longo prazo? A resposta para mim foi: conhecer minha memória. Faça isto, conheça sua memória. Bom, eu percebi que a minha memória funcionava como no gráfico “curva do

esquecimento”.

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Depois que eu cheguei aos 100% foi muito rápido perder 20% e cair até os 80%.

Usando os números do exemplo gráfico e partindo dos 100%, supõe-se que você perca 20% em 15 dias (chegando a 80% do conhecimento). Depois disto para perder mais 20% precisa de mais 20 dias, totalizando 35 para perder 40% (chegar a 60% do conhecimento). Então para perder mais 20% e chegar a 40% do conhecimento você precisará de mais 44 dias, totalizando 79 dias para se perder 60%.

Perceba que a cara desta curva é, também, exponencial. Quanto mais você avança na % de conhecimento perdido mais tempo você precisa para esquecer.

Não vou entrar no mérito desta questão, isto foi o que aconteceu comigo. Eu não estudei nada sobre isto. É apenas uma constatação.

Por sorte eu percebi isto rápido. Ao final do primeiro curso que fiz, comércio internacional, eu estava a 80% em qualquer tipo de prova. Um mês depois eu estava a 50% apenas. Aí percebi a necessidade de fazer revisão do que já tinha estudado junto com o aprendizado de novas matérias. Para isto eu aprendia as matérias na semana e revisava no fim de semana.

Sem maiores complicações, eu fazia isto de uma forma que eu pudesse ver apenas o que eu tinha esquecido. Quando você faz um exercício você sabe o que você esqueceu, então é só estudar aquilo que esqueceu. Nunca perdi tempo estudando o que eu já sabia ou o que eu não tinha esquecido, usava este tempo para aprender coisas novas ou relembrar o que já estava falhando na memória. Não tem mágica não, é o jeito que eu arrumei de otimizar o aprendizado e a fixação das matérias. Para cada pessoa vai ser de um jeito diferente.

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Então, mais uma vez, isto não é absoluto. É só o que eu fiz. E quando eu terminava a revisão no fim de semana quando ainda não tinha edital,

nem previsão dele, eu parava de estudar e ia fazer outra coisa. Depois do edital eu aproveitava o tempo ganho com o método e partia pra cima de outra coisa.

O gráfico “Curva do aprendizado + Curva do esquecimento” mostra como funciona

quando você une as duas coisas. É uma visão bem simplista, eu sei, mas foi assim que funcionou comigo em linhas gerais. Cada revisão para voltar aos 100% tinha uma curva mais acentuada, ou seja, chegava mais rápido nos 100% de novo, e fazia com que a matéria ficasse mais bem fixada na memória e a curva do esquecimento era alongada até chegar ao ponto de você conseguir lembrar-se de quase tudo por mais de um mês.

Eu não consegui chegar a este ponto, não deu tempo, mas para o próximo concurso o que não falta é tempo. A não ser que você vá prestar outro concurso.

Por fim, só as matérias da P3 eu cheguei a cobrir tudo que o edital pedia e isso

aconteceu exatamente 2 semanas antes da prova. Este é o fator temporal, que eu vou comentar na próxima pergunta: “quando estudar”. Claro que eu queria ter chegado nos 100% do edital em mais matérias, mas eu tinha o fator limitativo tempo e procurei avançar o máximo para conseguir a maior quantidade de pontos final.

Abração!

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Obs: sinto que ficou muitos pontos em aberto, por favor comentem o que ficou mal

explicado.

Quando estudar Neste tópico temos muitas perguntas, não só uma. Quando começar a estudar? Quando terminar de estudar? Quando começar a revisar? E não há resposta definitiva para nenhuma destas perguntas. Explico: a curva de aprendizado e esquecimento de cada pessoa é diferente. Tem

muita gente que aprende rápido (não são gênios, só aprendem rápido) ao mesmo tempo em que tem muita gente que demora muito a esquecer (por que não as chamam de gênios também?).

Aqui a coisa começa a ficar complexa, não tão simples e óbvio quanto os tópicos anteriores. Em primeiro lugar você deve conhecer a si mesmo. Ninguém pode te ajudar, nem o Papa. Você deve saber quanto tempo leva pra aprender algo e quanto tempo leva para esquecer algo. Eu fiz inúmeros testes (sou engenheiro de pesquisa e desenvolvimento e já fui engenheiro de testes de caminhões e ônibus) para saber quais eram meus limites. Tudo isto em uns 2 meses. Foram duas matérias que usei para testar. Como eu fiz? Uma premissa básica da engenharia experimental é estabelecer critérios rígidos e pré-definidos para cada tipo de teste. Vamos lá.

Primeiro testei a curva do aprendizado. Foi com Direito Administrativo e Comércio Internacional. Eu percebi que levaria em torno de 30 horas para aprender tudo que precisava em cada uma das matérias, variando algumas horas. E percebi também que dependia da complexidade e quantidade de matéria, claro.

Depois testei a curva do esquecimento. Uma vez conhecida a cara da curva, você só precisa de dois pontos. O 100% eu já tinha, então estabeleci 30 dias para testar de novo. E pronto, deu 50%. Ou seja, eu levei 30 dias para esquecer 50% da matéria.

Onde eu quero chegar com isto? Na minha estratégia de aprendizado e revisão. Sabendo a minha curva de aprendizado eu poderia estabelecer o que estudaria e o que não estudaria. E sabendo a minha curva de esquecimento eu poderia estabelecer quando e como faria a revisão. Por quê?

Porque eu estava limitado pelo tempo. Não adiantaria começar algo que não conseguiria terminar e não adiantaria estudar muito e não conseguir lembrar. Como eu disse, talvez este seja o único “segredo” para diferenciar quem vai passar e quem não vai passar. Estudar e aprender todo mundo faz. E pra lembrar-se de tudo ao mesmo tempo em dois dias seguidos e sem intervalo?

É por isto que concurso público é difícil e é por isto que você pode ter bom resultado em um concurso e mal resultado em outro. É só errar o ponto que você está fora. “O ponto” vou explicar o que é.

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Veja a “curva do aprendizado + curva do esquecimento / várias matérias para estudar”.

Vamos supor que você esteja estudando 5 matérias (caso totalmente hipotético, visto

que o nosso certame tinha 19). Você definiu a sua meta (vou explicar como chegar nela no próximo tópico).

Meta: 80% só nestas 5 matérias. Bom, o gráfico já começa com a matéria A com o estudo terminado (100%), a matéria

B quase terminando (90%), a matéria C no meio do estudo (65%), a matéria D no começo do estudo (25) e a matéria E ainda sem estudar (0%).

E você estipulou que só vai revisar quando chegar em 45% do conhecimento. Esta revisão vai ser feita de uma vez para chegar aos 100% de novo. Então o que acontece?

Com 65 dias você terá: Matérias : % de conhecimento A : 65% B : 45% C : 48% D : 55% E : 66% Olhe bem, na média você tem 55%. Muito longe da tua meta (80%).

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Aí continua estudando de acordo com a sua estratégia, no dia 105 você terá: Matérias : % de conhecimento A : 79% B : 92% C : 95% D : 80% E : 45% Na média: 78%. Perto da sua meta, mas com uma variação enorme entre as matérias.

Você está desbalanceado. Continuando, dia 130. Matérias : % de conhecimento A : 64% B : 65% C : 70% D : 79% E : 92% Na média: 74%. Veja que você se afastou da meta, mas diminuiu a variação entre as

matérias. Continuando, dia 170. Matérias : % de conhecimento A : 85% B : 86% C : 91% D : 100% E : 64% Na média: 85%. Olhe só, você pulou 11% na média e a variação diminuiu

drasticamente. Você está bem. E finalmente, dia 180. (apenas 10 dias depois). Matérias : % de conhecimento A : 85% B : 85% C : 86% D : 91% E : 100% Na média: 89%. É aqui que você é aprovado. Variação ridícula, boa média, perfeito!

Page 14: Alexandro Afonso - Dicas

Eu falei da variação porque é ela que pega um concurseiro bem preparado de

surpresa. É ela que faz você correr o risco de ser eliminado em uma matéria que obriga um corte pelos mínimos.

Focar algumas matérias e esquecer-se de outras é aumentar a variação interna. Você não fará prova de apenas uma matéria. A mesma coisa para quem não estuda todo o conteúdo cobrado no edital, o examinador não cobrará apenas o que você quer estudar.

Então quando estudar? A resposta é: conhecer tuas curvas e fazer uma estratégia para chegar até o dia da

prova com conhecimento das matérias que você planejou do jeito que você planejou para atingir sua meta.

Eu fiz minha meta: P1: 60% P2: 60% P3: 80% Média: 69% Tem variação de nível de prova? Tem. Mas você vai subir e descer junto com a maré,

ela carrega a todos. Não se preocupe com o nível da prova. Meu resultado foi: P1: 66% P2: 61% (os recursos vão me ajudar, não atrapalhar) P3: 85% Média: 73,8% Os gráficos são apenas exemplos. O teu trabalho será manipular estas “curvas” para

que consiga o maior rendimento possível. Não é necessário, nem eficiente, deixar perder 60% do conhecimento para fazer uma revisão do assunto. Quanto mais perto uma revisão da outra, melhor a manutenção do conhecimento. O difícil é balancear tantas matérias ao mesmo tempo, isto é que faz a diferença entre os aprovados e os não-aprovados.

Daqui pra frente eu vou falar como estabeleci esta meta e como me planejei para

atingi-la sabendo “o que estudar”.

Análise do estudo para concurso – o que estudar

Em primeiro lugar, ninguém “nasce” com o edital ou quando começa a estudar para um concurso. Temos experiências de vida diversas e baseados nestas diversas situações que vivemos acabamos por ser diferentes uns dos outros, cada um com sua peculiaridade. Portanto, antes de ler este texto, entenda claramente que ele só se aplica plenamente a mim e qualquer pessoa que tentar aplicar o mesmo procedimento, sem ajustes, vai, inevitavelmente, falhar em seu propósito.

Então, a primeira dica é das mais óbvias: conheça a si mesmo. Se quiser passar esta parte, passe, mas acho isto mais importante do que o resto. Eu dividi o texto em títulos para que as pessoas leiam só o que lhes interessa.

Page 15: Alexandro Afonso - Dicas

Outra coisa, eu gosto de dar ênfase ao que é importante, então repito alguma palavras várias vezes para que fique salientado. Isto não é um livro mesmo.

Antes de começar, eu coloquei bastante coisa pessoal aqui. Sei que isto pode me prejudicar, mas acredito que este fator seja muito pequeno frente a ajuda que pode proporcionar aos que não passaram ainda.

Quem eu sou? Para ajudar nesta parte, vou explicar como eu cheguei neste mundo dos concursos e o

que fiz para me conhecer. Só estou escrevendo isto sobre mim para dar um exemplo real do que você deve avaliar ou relembrar para se conhecer. Eu não gosto de abrir minha vida, porém não vejo mal nisto. Se puder ajudar ao menos uma pessoa, então terá valido a pena.

Eu nasci e cresci em Diadema, aquela cidade que ficou conhecida pelos maus exemplos como o “Rambo” e toda a violência deste período (principalmente no final da década de 90).

Quando minha família se mudou para esta cidade ela era muito pouco habitada. A rua da minha casa era de barro, terra vermelha mesmo, e existiam poucos comércios no bairro. Eu, quando criança, brincava na rua, jogava bola, subia no “morrinho” e meus amigos eram todos dali mesmo. Minha família era de classe C e a maioria dos meus amigos C e D. Ou seja, classe social baixa. Os pais deles eram, na maioria, analfabetos.

Nenhum bom exemplo tinha ali. Um dos meus amigos, o Rondão, foi morto ainda adolescente porque deu de virar assaltante e foi assaltar casas do próprio bairro. Aí os próprios “bandidos” terminaram com ele. Para minha sorte, minha mãe nunca trabalhou e sempre se dedicou à nossa educação, coisa mais preciosa que eu recebi desta vida e o máximo de amor que uma pessoa pode dedicar a outra. Não fosse ela ter esquecido de si mesma, eu teria passado por coisas não muito legais e seria muito mais difícil ter sucesso em qualquer coisa.

Por falar nisto, este é o principal motivo para eu prestar este concurso. Permitir que minha esposa seja mãe em tempo integral, assim como minha mãe foi para mim. Não ligo muito para outras coisas.

Os meus outros amigos, com as mesmas oportunidades que eu, hoje têm profissões parecidas com a que seus pais tinham. São vigias noturnos, motoboys, etc.

Eu só contei isto para mostrar que não existe aquele mito de que uns podem mais e outros podem menos. Balela! Mentira! Fraqueza! Covardia!

Todos os meus amigos me viram estudando, minha mãe me forçava a isto. E eu convidei todos para estudar em casa e aprender o que eles não aprendiam na escola. Nenhum deles queria. Fazer o que, cada um segue o que quer... E recebe o que colheu. Por isto, meus amigos, nada do que vocês fazem passará em vão. O resultado virá um dia, não importa quando, ele virá.

Bom, meu pai perdeu o emprego quando eu tinha 10 anos. Então ele comprou uma lanchonete em Santo Amaro e nosso padrão de vida caiu absurdamente. De um dia pro outro precisávamos comer várias vezes por semana ovo e banana, que era o mais barato na época e não havia recursos suficiente para comer carne todos os dias.

Aí tem gente que acha que sofre, eu inclusive. Quando penso que estou sofrendo lembro do meu pai trabalhando na lanchonete das 5 da manhã até as 2 da madrugada e

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dormindo a tarde num sofá do lado de dentro, num local escondido, para agüentar ficar acordado até as 2hs. Fazendo rolo com carro para ganhar um pouquinho mais...

Tudo isto para garantir que a família tenha o mínimo necessário, sem nenhuma regalia. Ele fez muito, eu tento fazer o melhor, mas nunca vou alcançá-lo no esforço. O velhinho é fera.

Esforçou-se tanto que tirou a gente daquela situação, o cara é bom demais. Até hoje não é “rico”, mas já tem grande fortuna de outra forma. Então, pra mim, passar em concurso não é o maior feito da vida, é um intermediário. O maior feito é cuidar da família.

Legal, nesta época meu pai me incentivou a fazer uma escola técnica. Como eu estudava em escola pública e tinha que passar no vestibulinho para entrar, não tinha muita chance. Meu irmão já tinha entrado, e para isto ele tinha feito um curso preparatório durante o último ano do ensino fundamental (que se chamava ginásio). Este curso era pago e no ano que eu precisava fazer as contas em casa ficaram ainda mais apertadas, se é que aquilo era possível.

Tinha uma bolsa para este cursinho, você fazia uma prova e o que você conseguisse em porcentagem de acerto ganharia como bolsa. Só que a cada duas questões erradas uma seria anulada. Se deixasse em branco não contava.

Então meu pai chegou para mim e disse que eu precisava conseguir pelo menos 50%, senão ele não poderia pagar e eu não faria. Eu tinha 13 anos e já estava sentindo a pressão por resultados. Hahahaha

Tinha feito, como já disse, escola pública e, por mais que eu fosse estudioso, não me sentia preparado para conseguir os 70% da prova que me garantiriam 55% de bolsa.

Fui lá fazer e coloquei na cabeça que eu não erraria nada do que fizesse e o que eu ainda não sabia por não ter aprendido na escola deixaria em branco para não perder pontos a toa.

Para não se alongar, consegui 55% de bolsa e tive a segunda melhor bolsa. Tinha muita gente que estudava em escola particular desde pequeno e fazia Kumon, etc. Destes todos só uma menina conseguiu me superar (japonesa).

Aqui vai a outra dica, não importa se você fez o melhor colégio, a melhor faculdade, o melhor do que quer que seja! Conhecimento tem em livros, e custa pouco. Não pense que você tem vantagem em um concurso por sempre ter estudado nos melhores lugares, esqueça isto. Não faz a mínima diferença. Em concurso público sério e concorrido não importa de quem você é filho nem a cor do teu sangue.

Fiz o curso preparatório e prestei para quatro escolas. Eu era dos mais estudiosos da sala, não queria perder aquela oportunidade. Destas quatro escolas eu passei em primeiro na Antártica, que é a que eu queria, em segundo na ETE Lauro Gomes (mesma pontuação do primeiro, colocação decidida na idade, ele era mais velho), em décimo oitavo na Federal de São Paulo e no Liceu que eu não lembro a colocação, mas passei também.

Na Antártica e ETE Lauro Gomes, que eram as que eu queria, eu fiz a maior nota do vestibulinho, pelo que me lembro.

Era justo, eu tinha estudado muito mais do que a maioria. Sempre tive facilidade para aprender, mas eu sempre estudei muito também, minha mãe me forçava e eu agradeço a ela por isto.

Feito isto, me formei na Antártica e comecei a trabalhar com 18 anos. Um pouco tarde se comparar com minha mãe e meu pai (14 e 13 anos). Trabalhando eu entrei na FEI para o curso de engenharia mecânica e me formei lá no curso noturno, que tinha aula aos sábados também.

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Por incrível que pareça, o mais difícil para me formar na faculdade foi pagar as mensalidades. Meu pai não podia me ajudar e eu ganhava pouco. Se me recordo bem, ganhava uns 200 ou 300 reais a mais do que o valor da mensalidade. Só que eu também tinha que me locomover, comer, etc. Tinha dia que chegava a noite com fome e não podia comprar comida porque senão não pagava a faculdade. Hahaha. Eee dureza!

Tinha vergonha de levar lanche de casa. Fazer o que, preferia não comer e dizer que não estava com fome. Cada besteira que a gente faz e pensa... No dia da prova do concurso eu levei a farofada, sentei na guia e mandei bala. Que se lasque, o importante é comer e não ficar dependendo de comércios lotados no dia da prova. Mas na faculdade eu tinha vergonha! Rsrsrs

Bom, me formei a pulso. E aqui termina a parte do estudo antes dessa loucura de estudar para concursos. Resumi uma grande parte, senão cansa. E ninguém está interessado na minha vida. Só coloquei para vocês entenderem como cheguei à conclusão de que aprendo rápido e demoro a esquecer. Você deve avaliar isto, é importantíssimo.

Tem mais uma coisa interessante relacionado com seleção de pessoal, que é outra coisa que todos devemos aprender antes de prestar concursos. Quando eu estava querendo sair de uma empresa que trabalhei, entrei no processo seletivo de algumas empresas. Entre elas a X e a Y. Não vou colocar os nomes por motivos óbvios. Ambas da indústria automotiva, empresas renomadas e que vou fiscalizar para pagar imposto certo, se Deus quiser.

A X foi a primeira que eu fiz os testes. Fiquei na dinâmica de grupo. Eu sempre fui engenheiro de sangue. Aí quando um cara lá de administração falou que a gente devia pegar um carro de série e vender como um fora de estrada (crossfox, palio adventure, etc) eu disse que não podia porque o chassi não era projetado para aquilo. E efetivamente não é! É só capinha de plástico para ficar parecendo fora de estrada! Frescurinha!!! (desculpe-me, eu sou engenheiro automotivo, rsrsrs)

Só que ali não estava sendo avaliado conhecimento em engenharia. As avaliadoras eram formadas em recursos humanos e não entendiam nada do que eu estava falando. Estavam querendo saber se eu “sabia trabalhar em grupo”. Não vou entrar no mérito dos critérios de seleção. Uma coisa é certa, faltou inteligência para mim... Mas eu aprendi, tem que se adequar a situação e fazer exatamente o que o avaliador quer.

Concurso público é a mesma coisa, o importante não é saber a matéria!!!!!!! O importante é colocar X no lugar certo. Para isto, leiam as técnicas de chute do Madruga. Muito bom o texto. Se eu tivesse lido antes, na P1 teria feito 71 pontos ao invés de 66.

Este ponto que eu acabei de citar é onde eu vou fundamentar toda a minha explicação de como eu passei neste concurso. Como podem ver, eu já tinha experiência passada em seleção. Era outro tipo de seleção, mas os conceitos que eu usei para passar foram os mesmos.

Bom, na empresa Y foi diferente. Eu já tinha aprendido a lição e agi conforme o figurino. Ficavam querendo que a gente “trabalhasse em grupo” e eu falava um monte de besteira (sem fundamentação alguma) bonita que agradava aos avaliadores e me faziam passar, é o que importa. A minha única dificuldade foi no último dos 5 testes. Entrevista com o chefe da área + teste de inglês.

Eu tinha feito o básico do curso de inglês, 1 ano apenas, e tinha dificuldade acima do meu normal para aprender aquilo. Sempre tive facilidade em aprender, mas inglês não ia...

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Bom, aí eu lancei mão do plano B. Tentar adivinhar o que iam me perguntar. Fiz uma pesquisa na internet sobre a empresa, sobre a área, sobre tudo que tinha relação com aquela unidade de negócios.

No caminho da portaria até a área eu fui observando tudo que tinha. Era uma fábrica de cabinas e eu fiquei olhando o processo produtivo, percebi que eles pegavam chapas, soldavam umas peças e colocavam na linha principal. Aí vi que as chapas tinham um brilho estranho, diferente de chapas nuas, e tive que entrar na sala.

Sentaram quatro pessoas na minha frente, todos são meus amigos hoje, fizeram umas perguntas, me entregaram três folhas com uma troca de e-mails e me pediram pra dizer o que estava escrito ali.

3 folhas! E eu não sabia inglês. Só que antes de sair de casa eu tinha colocado na minha cabeça que eu ia passar, não

importa o que viesse, eu ia passar. Então peguei a folha e identifiquei três palavras que eu sabia o que significava. Ink,

surface, oil. Fiz a correlação com o que eu tinha visto lá fora e chutei uma história. Um chute

dirigido. “Vocês estão querendo comprar uma impressora a jato de tinta para imprimir em chapas, mas como elas são oleadas e tem superfícies curvas estão tendo problemas.”

Mais genérico impossível. Só que eles acharam que eu sabia inglês. É o que interessa. E pronto, passei. Ou seja, não importa o quanto você sabe nem o quão bom é, importa saber analisar o

seu examinador. Parece estranho, mas para você ganhar tem que analisar seu examinador e entender o que ele quer ouvir, ler, etc.

Aqui, finalmente, eu poderia dizer como sou para analisar minhas fraquezas e tirar o

máximo de proveito do que eu tenho de melhor. Fiz isto porque gostei desta parte do livro do William Douglas.

Então no começo do meu estudo sério (final de abril) fiz uma lista do que achava de

mim mesmo. Vamos lá: Facilidades: Aprendo rápido. Demoro a esquecer. Condição financeira boa. Esposa me apóia. Psicológico forte e bem calejado (nada mais me derruba). Dificuldades: Preguiçoso para começar. Desorganizado. Pouco tempo para estudar. Não tenho carro. Trabalho 8 horas por dia. Não tenho lugar para estudar.

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Visto isto, procurei formas de eliminar as minhas dificuldades, reduzi-las ou tirar proveito delas (é, dá pra fazer isto).

Arranjei um lugar para estudar, coloquei uma rotina de 3 horas de estudo em casa,

pelo menos, por dia e arranjei um jeito de aproveitar as 3 horas de deslocamento diário em ônibus e a pé.

O jeito de aproveitar estas 3 horas foi ouvindo coisas no MP3. O que eu mais ouvi foi o CTN. Também ouvi muito umas aulas de direito administrativo. É muito tempo que pode ser revertido em tempo de estudo. O que era uma dificuldade virou uma facilidade.

E quanto a preguiça? Aprendi a lidar com isto quando comecei a trabalhar. Coloquei na minha cabeça que se eu começar algo tenho que fazer o melhor, ou seja, a dificuldade é começar, então quando decidi realmente começar esta dificuldade foi superada. Penso que se eu sair de casa de manhã para trabalhar, então farei o meu melhor. Sair de casa para ficar enrolando eu realmente não entendo. Que fique em casa então.

Dá pra entender porque eu disse lá em cima que isto só se aplica a mim mesmo. Estas

facilidades e dificuldades só eu tenho, cada um tem que analisar a si mesmo antes de entrar nesta de estudar pra concurso. Tem que maximizar o seu potencial, é muito importante isto.

Também acho muito importante você analisar sua vida e ver o que você quer para ela. Tem que saber o que significa para você passar em um concurso antes de passar nele.

Por exemplo, se eu penso em dar uma vida melhor para minha esposa e família, não

posso abandoná-los durante o estudo. Este tempo não dá pra recuperar, não faz sentido fazer isto. Portanto sempre que minha esposa pedia mais atenção eu deixava o estudo de lado e ficava com ela. Às vezes até dois dias por semana, o que não é normal para quem está estudando forte. Mas eu sempre pensei assim: concurso tem um monte pra passar, tempo com a família se passar não recupera.

Depois do edital é outra história, esta época é tempo de cachorro louco. Tem que abandonar tudo e focar, é só 2 meses. No meu caso, minha esposa esteve ao meu lado o tempo todo depois do edital. Ela até me ajudou porque fazia tudo por mim, minha única preocupação era trabalhar e estudar.

Aqui termino essa parte do “quem eu sou”. Descubra quem você é, caso contrário

você nunca descobrirá como melhorar teu rendimento. Outra coisa muito importante, se você tem o psicológico fraco, e se abala

constantemente, trabalhe isto, mas trabalhe sozinho porque uma vez aprendido nunca mais se esquece. Se alguém o fizer por você logo precisará de ajuda novamente.

A teoria do único inimigo

Bom, que concurso público é uma disputa ninguém duvida, mas é uma disputa contra quem ou o que? Será que você está disputando contra seu amigo que senta ao teu lado? Será que está disputando contra a comunidade nipônica? Será que é contra o examinador?

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Será que é contra você mesmo? Estranho disputar consigo mesmo e perder. Correr sozinho e chegar em segundo? Muito estranho, não bate com a realidade. Ninguém corre sozinho e chega em segundo...

Entendo a intenção da teoria do único inimigo (você mesmo), é uma boa intenção, mas não concordo. Para mim é enxergar a realidade através de um vidro embaçado. Tudo fica difícil de perceber, distorcem-se as informações.

Temos que ver as coisas como elas são, sem teorias magníficas. Caso nos apeguemos a estas teorias, difícil será encarar a realidade quando ela vir. Estamos disputando contra muitas pessoas, é realmente uma disputa que poucos obterão êxito. Mas isto não significa de forma alguma que você deve se isolar e disputar sozinho, muito pelo contrário!

Você tem que fazer com que tudo e todos sejam teus aliados pelo simples motivo de que assim outros o farão.

Se ainda não concorda, vou dar um exemplo bem simples. Suponha que tenha um grupo onde cada pessoa detém uma, e apenas uma, informação. São elas (as informações): A, B, C, D e E.

A pessoa que tem a informação “A” pensa que pode tudo, é o rei do mundo, tudo está a teus pés, afinal ela tem a primeira informação, estudo no melhor colégio, etc.

Já a pessoa que tem a informação “B” sabe que sua informação é pouco para o que vão lhe cobrar. Então ela passa sua informação para as pessoas que tem as informações A, C, D e E. Por sua vez, a pessoa que tem a informação A não a passa para ninguém.

A pessoa da informação A, neste momento, tem a informação A e B. 40% do total. B só tem a sua, 20% do total.

Aqui é que muda as coisas, as pessoas que tem as informações C, D e E não são como a A, percebem o benefício, e passam sua informação para B, mas não passam para A porque A é chato.

Logo, B terá as informações B, C, D e E, ou seja, 80% de tudo. Ainda, quando você ensina aprende muito mais do que quando é ensinado. Então é

muito melhor para você que ajude os outros iguais a ti o máximo que puder porque a grande maioria não vai hesitar em te ajudar quando precisar. Eu posso te garantir isto! Experiência própria! Não fosse o pessoal do fórum e do grupo de e-mail, que um pessoal formou e me chamou, eu não teria chance nenhuma neste concurso.

Resumindo, não concordo que a luta seja consigo mesmo, mas se agarrar a isto e não querer ajudar ninguém é besteira. Você pode até conseguir, mas vai ser mais difícil. E não se preocupe porque outros o farão enquanto você terá de estudar duas vezes mais para aprender a mesma coisa. É como os Gnus na África quando vão atravessar um rio cheio de crocodilos (estou escrevendo isto porque vi ontem na TV), se um apenas tentar atravessar será muito fácil ele ser pego por um crocodilo, mas se todos se jogarem de uma vez a chance de sucesso do grupo aumenta absurdamente. Lógico que alguns ficarão, mas a maioria vai passar. Se não se juntarem é mais fácil que ninguém passe.

Entendido isto, percebi que a intenção da teoria é boa já que ela diz que não se deve esconder material dos amigos e que é bom ajudar aos outros, mas a motivação é falha e isto gera incertezas nas pessoas. O fato pelo qual você deve ajudar o máximo que puder é que você será o maior beneficiado com isto. Podemos dizer que isto é um egoísmo altruísta! (?¿?¿?¿?¿?)

Essa doeu os olhos, mas não encontrei melhor expressão, dada tamanha ambigüidade. Por fim, é isto.

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A teoria das filas

Quando eu comecei a estudar para concurso e comecei a ler o livro do WD fiquei realmente incomodado com esta história das filas. Para falar a verdade, me serviu de incentivo. Derrubar teorias é muito legal, sempre gostei disto. A coisa era simples, se eu passasse no meu primeiro concurso a teoria estaria por terra porque tem muita gente na fila antes de mim.

Explico: eu sempre quis ser “cientista” e, para mim, uma teoria para ser válida deve ser testada e comprovada. Como já disse, respeito o autor, suas dicas me ajudaram muito, tirei proveito de muita coisa, mas com isto não concordei. Colocar exceções para fazê-la válida não pode. (eu sou chato com essas coisas, ou é ou não é)

Então esta teoria, a meu ver, cria duas situações. Para aqueles que não passaram, reconforta. Para aqueles que estão estudando pela primeira vez, cria uma barreira.

Duas situações ruins. Na primeira, pode até te fazer continuar no estudo se não passar, mas não te incentiva

a procurar teu erro. Afinal, é só ficar na fila que uma hora você passa... (?¿?) Na segunda, te incentiva a não estudar com afinco. Afinal, tem muita gente na fila

antes de você... (?¿?) Indico sim o livro do WD, foi fundamental para mim, o livro é muito bom! Mas,

como toda literatura, leia questionando e veja se aquilo se aplica a você. Este texto também! Se você não está questionando pare e comece a questioná-lo. Tudo que está escrito aqui só serve plenamente para mim, você vai ter que criar o seu próprio método. Aliás, questione tudo na tua vida! Mas não seja chato(a). Questione e converse consigo mesmo.

Objetivo: passar

Até aqui foi só historinha, vamos ao que importa. O que eu fiz para passar? Primeiro: o que você quer? Respostas possíveis: quero um salário alto; quero estabilidade; quero X ou Y. Segundo: o que você precisa para isto? Respostas possíveis: ser diretor de uma empresa grande; passar em um bom concurso. Terceiro (optou pelo concurso): como passar? Resposta óbvia: ficando entre as vagas. Quarto: como ficar entre as vagas? Resposta óbvia: acertando muitas questões na prova. Já temos uma coisa importante. Para passar em concurso tem que acertar muitas

questões na prova. Parece besta? Sim. Mas quando você começa a estudar acaba esquecendo-se disto. Ainda não apareceu uma resposta “muitas horas de estudo”...

Quinto: como acertar muitas questões na prova?

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Resposta óbvia: sabendo qual é a resposta certa. Paremos de novo aqui. Saber a resposta certa não significa fazer doutorado no tema!

Você só tem que saber acertar o que vão te perguntar!! Sexto: como sabemos qual é a resposta certa? Resposta óbvia: há várias formas de fazer isto. Uma delas é estudando a matéria.

Outra é chutando certo. Para chutar bem você precisa saber o mínimo das questões, mas para acertar muito você não precisa saber a matéria toda!!!

Cheguei onde eu queria. Eu não estudei toda a matéria, não era necessário. Meu

objetivo era fazer 65% em uma prova média e 70% em uma prova “fácil”. Estudei para passar destes limites.

Para isto eu não estudei estatística (tempo precioso da P1 jogado fora), inglês (só queria 50%), informática (tive uma lan house), direito civil, comercial, penal e administração. Revisei por cima direito administrativo e constitucional. Falar que não estudei auditoria é mentira, mas estudei antes do edital e só fiz uma revisão na semana da prova.

A maioria das matérias que deixei de lado achei que dava pra tirar 50%, é por isto que eu não estudei. Alguma coisa a gente tem que arriscar também! Se eu não acreditasse que poderia fazer os 50% teria estudado e não teria passado porque não teria tempo para estudar e fazer 85% na P3.

Mas por que eu fiz isto? Era a minha estratégia para conseguir os 65% em prova difícil e 70% em prova fácil. E de onde eu tirei estes 65% e 70%? Não sei se você está entendendo o que eu quero passar... Você tem que questionar

tudo! Não pode aceitar nada do que eu ou outra pessoa escreva ou te fale passivamente, a não ser que seja um professor especialista em uma certa matéria, aí a coisa muda.

Então vamos lá, vou explicar de onde tirei aqueles percentuais. Eu peguei os resultados do último concurso e analisei-os na forma gráfica, que é

quando você enxerga a situação. Aqui está:

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AF R -S P 2006

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1

11

21

31

41

51

61

71

81

91

101

111

121

131

141

151

161

171

181

191

201

211

221

231

241

251

261

271

281

291

301

311

321

331

341

351

P 1

P 2

P 3

Total

Este gráfico não tem os que ficaram pelos mínimos, só tem os aprovados. Mas já dá

para tirar algumas conclusões. De forma resumida, são elas: P1 não aprova ninguém. P2 muito menos P3 é que o bixo pega. Veja que a maioria do pessoal que ficou entre os 100 primeiros teve um rendimento

na P3 de 65% para cima. Já na P1 teve gente que foi muito bem, mas quase ficou de fora porque teve uma má

P3 (posições entre 210 e 260). E a P2 era café-com-leite para a aprovação. Só não podia ficar pelo mínimo. Não me

pergunte o porquê de ter um monte de gente com menos de 50% na P2 que foi aprovado, estes dados foram difíceis de serem achados e acredito que não são as notas oficiais, mas podem ser usados para formular a estratégia. Lembre-se dos objetivos. Não temos intenção de questionar resultados passados porque isto não te aprova.

Esta é uma análise bem superficial para pegar o jeito da coisa. Então a estratégia deveria ser: P3 foca tudo! P2 foca só as matérias que tem na P3. P1 se vira pra fazer 50% porque 40% tiram muitos pontos para concorrer. E o objetivo realista (o meu) deveria ser: P1 = 60% P2 = 60% P3 = 80%

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Claro que depende do nível da prova, mas este objetivo considera uma prova no mesmo nível. Se vier prova mais fácil sua nota deve ser maior porque a prova será mais fácil para você também. É como uma massa que tem movimento externo (candidatos contra a prova) variável, mas movimento interno (entre os candidatos) quase nulo. Em outras palavras, todo mundo sobe ou desce junto.

Como eu me sentia seguro em informática e para fazer o mínimo em inglês, só estudei português e RL por cima porque para mim não seria tão difícil fazer 50% ou chegar em 60%.

Concentrei-me em Legislação Tributária (que eu pensava que seria a grande diferença), Direito Tributário (pra gabaritar) e Contabilidade Avançada e de Custos.

Por fim, minha nota provisória foi: P1 = 66% P2 = 61% P3 = 85% Percebam que uma boa estratégia e um bom conhecimento do que você precisa fazer

te leva à aprovação mesmo que você não tenha todo o tempo do mundo ou não tenha estudado toda a matéria. Obviamente que se você tem tempo, sua meta deve ser maior, sempre maior! Até chegar aos 100% da prova. É o que eu chamo de “metas móveis”. Eu usei isto também, para se ter uma idéia a minha primeira meta em contabilidade (maio) era fazer 40%, quando chegou a semana da prova a minha meta era 80%.

Tudo isto é baseado na minha experiência profissional em planejamento de projetos.

Metas impossíveis causam insatisfação e metas baixas, acomodação. Portanto conforme o projeto anda as metas devem andar também de modo a ficar sempre um pouco a frente, mas não tanto que chegue a ser impossível.

A diferença é que aqui você não depende de outras pessoas nem de política para implantar o projeto. As coisas acabam ficando mais fáceis porque você só tem uma pessoa para motivar: você mesmo.

Para concluir, vejam o resultado provisório extra-oficial (ranking do concurso).

AF R S P -2009

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1

20

39

58

77

96

115

134

153

172

191

210

229

248

267

286

305

324

343

362

381

400

419

438

457

476

495

514

533

552

571

590

609

628

647

666

685

704

723

742

761

780

799

818

837

856

875

894

P 1

P 2

P 3

Geral

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Conclusões: P1 não aprova ninguém P2 é café com leite P3 o bixo pega Estas são exatamente as mesmas conclusões do estudo em cima do concurso anterior.

Ou seja, as coisas não mudaram. Se me permitem, a meta que estabeleci para passar com segurança (sem depender de

anulações) em uma prova “fácil” se cumpriu. (69%) Se a P3 fosse “difícil”, 65% passaria com segurança. Os termos estão entre parêntesis porque uma coisa só é difícil quando você não sabe,

então fácil e difícil não são termos absolutos. Por último: o que estudar? Aquilo que te faça atingir teu objetivo. Quem tem que definir o objetivo é você. Se

pedir pra outra pessoa ela pode superavaliar ou subavaliar teu potencial e prejudicar a tua performance. Como eu disse: você deve conhecer a si mesmo, é a primeira coisa a ser feita. Sem conhecer a si mesmo você não pode chegar ao teu limite nem ultrapassá-lo.

Junto com os outros textos, acredito que já expliquei o esqueleto da minha

preparação, o preenchimento fica por conta de cada um e do concurso que estão tentando. Qualquer dúvida é só colocar no tópico do fórum que a gente vai discutindo e preenchendo as lacunas. Se para estudar eu precisei de ajuda, aqui não será diferente.

E depois que passar, sejam pessoas humildes de coração. Assim faremos não só os

FISCOS cada vez melhores, mas também um mundo cada vez melhor. Abração e sejam felizes. O que estudei, que cursos fiz e que livros li: Vou colocar na sequência, sem cortar o que era pro AFRSP e o que era pro AFRFB. Comércio Internacional: Livro 1 – Rodrigo Luz – Livro bom Livro 2 – Rodrigo Luz – Livro bom Curso – Central de Concursos – Curso ruim (não lembro o professor), e não

recomendo Central de Concursos, ver no final o porquê. Economia: Livro 1 – Viceconti e Silvério das Neves – Ótimo livro.

Page 26: Alexandro Afonso - Dicas

Estatística: Só estudei o que teve no edital de 2005 de auditor da receita Curso – Central de concursos – Curso bom (não lembro o professor), mas não

recomendo Central de Concursos, ver no final o porquê. Matemática Financeira: Curso – Central de concursos – Curso bom (não lembro o professor), mas não

recomendo Central de Concursos, ver no final o porquê. Curso – Eu vou passar – artigos do Sérgio Carvalho. euvoupassar.com.br , ótimo.

Melhor relação custo x benefício que encontrei. Estes artigos, por exemplo, foram gratuitos. Raciocínio Lógico: Curso – Eu vou passar – Sérgio Carvalho (TCU). Ótimo. Curso – LFG reta final – curso bom. Simulados – Opus PI – fórum concurseiros – Perfeito. Inglês: Traduzi um texto e li alguns outros, eu já tinha uma bagagem para atingir minha meta

de 50%. Informática: Eu tive uma lan house, então aquelas coisas que perguntam como abinhas, coisas do

Excel, etc. eu já sabia. Não fiz cursos. Provas – programa superprovas. Atualidades: Continuei a ler jornal como sempre fiz (UOL). Português: Livro – Décio Sena – As últimas do português, são 5 livros, só comprei o que eu

estava falho. Muito bom, todos. Curso – Central de concursos – Interpretação de textos e gramática. Curso bom (não

lembro a professora) e ótimo (não lembro o professor), mas não recomendo Central de Concursos, ver no final o porquê.

Direito Administrativo: Livro 1 – Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo – Livro bom Livro 2 – Gustavo Barchet (ESAF) – Livro bom Curso – Central de Concursos – Curso ótimo (Prof. Glauco), mas não recomendo

Central de Concursos, ver no final o porquê. Direito Constitucional: Livro 1 – Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo – Livro bom Livro 2 – Gustavo Barchet (ESAF) – Livro bom Curso – Central de Concursos – Curso ótimo (Prof. Silas), mas não recomendo

Central de Concursos, ver no final o porquê.

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Direito Civil e Comercial: Nunca vi mais gordo. Direito Penal: Sinopse Jurídica da Saraiva. Achei bom, mas não consegui ler muito. Direito Tributário: Livro 1 – Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo – Livro bom > ótimo. Tem um

caderno de questões com quase 500 questões, para mim foi perfeito este livro. Livro 2 – Ricardo Alexandre – Livro ótimo. Só li o que ele disponibilizou no curso

LFG reta final, mas percebi que é muito bom. Curso – LFG reta final – Ricardo Alexandre. Foi o único curso que fiz, muito bom! Legislação específica: Livro 1 – Ricardo Ferreira – Livro bom. Livro 2 – Pedro Diniz teoria – Livro bom. Livro 3 – Vilson Cortez – Livro bom. Livro 4 – Pedro Diniz exercícios – Ótimo! Tem também o do Rosa que, infelizmente, não consegui a tempo. Foi a matéria que eu mais comprei livros, tinha os 4 citados. Curso – LFG reta final – Vilson Cortez. “Muito ótimo” (pra dar ênfase). Perfeito, esse

cara detona. Fundamental! Assisti a todas as aulas do começo do ano também (~54 horas) porque foi disponibilizado no reta final. Melhor curso que fiz, entre todos.

Contabilidade: Livro 1 – Ricardo Ferreira – Contabilidade básica. Livro bom. Curso – Central de Concursos – Contabilidade geral - Curso bom (Prof. Junior), mas

não recomendo Central de Concursos, ver no final o porquê. Curso – Central de Concursos – Contabilidade avançada – Não gostei porque o

professor tinha muito pouco tempo para ensinar muita coisa (não lembro o professor), e não recomendo Central de Concursos, ver no final o porquê.

Curso – Ponto dos Concursos – Luiz Eduardo Santos – Curso online AFRFB2009 Contabilidade decifrada – curso bom, principalmente pelos comentários das questões. Só fiz os exercícios.

Curso – LFG Reta Final – Prof. Sérgio Adriano (demolidor). Ótimo curso!!! Me nivelou com a galera em contabilidade avançada e parte de custos.

Curso – LFG Reta Final – Prof. Silvio Sande. Ótimo curso!!! Me nivelou com a galera em contabilidade de custos.

Livro 2 – Contabilidade de custos – Viceconti e Silvério das Neves. Muito bom! Pouca gente conhece este livro, mas ele é muito bom mesmo.

Auditoria: Livro 1 – Ricardo Ferreira – Livro bom. Não há necessidade de outros cursos ou

livros nesta matéria. Gabaritei. Administração:

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Provas Comentadas – Fórum concurseiros – ótimas. E bom senso + conhecimento prévio. Não estudei nada além disto.

Como eu usei a “planilha maluca” Vou considerar uma pessoa que não saiba nada das matérias ou uma pessoa que

tomou pau e está pensando em focar única e exclusivamente o AFR-SP. Caso você esteja focando outro concurso qualquer altere as matérias, os pesos e escolha por onde vai começar. Eu comecei pelas matérias de maior peso, que são as matérias da P3. Porém contabilidade da P3 precisa da contabilidade da P2, é pré-requisito. Por outro lado, legislação e direito tributário não devem ser divididos em “o que cai na P2 e o que cai na P3” porque ambas podem ser estudadas por um livro só para o que pede o edital nas duas provas. Ainda, utilize isto apenas como exemplo! Se você não fizer a tua própria planilha estará usando conhecimento de outra pessoa e tua chance de sucesso se diminui. Não pode ter preguiça, é isso que você escolheu como chave do sucesso.

Ainda antes de começar, eu não estou dizendo para fazer as coisas desta maneira!!! Estou só explicando como é que eu fiz. Você sempre deve analisar o que lê e ver se serve pra você!

Vamos lá. Em primeiro lugar, eu coloquei as matérias e sua respectiva quantidade de exercícios

com peso. Depois defini meu objetivo baseado na minha experiência comigo mesmo (objetivos por matéria - conhecer a si mesmo) e no que precisava pra passar (objetivo geral - análise dos concursos anteriores). Então escolhi a sequência do que estudaria por livros. Defini que as matérias da P1 eu não estudaria por livros e só faria cursos ou livros de exercícios comentados (ex: livro do Décio Sena, as últimas do português).

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Do lado esquerdo estão as informações sobre as matérias e do lado direito, no quadro “Aprendizado”, está um cronograma visual baseado em cores. Os números representam as semanas. Eu consigo ler um livro de 300 ~ 400 páginas por semana, você deve se programar de acordo com o que consegue e não consegue. Veja que auditoria está junto com direito administrativo. Fiz isto porque auditoria é uma matéria muito curta.

Importante! Não estabeleça uma meta que não possa cumprir. De nada adianta enganar a si mesmo.

Importante 2! Sem edital nem autorização você não tem necessidade de ter pressa. Uma semana para ler um livro basta. Não fiquei contando horas que eu precisava estudar naquela semana, meu objetivo era apenas ler um livro (eu estava estudando para a Receita). Se eu terminasse antes do fim da semana o resto era lazer.

Importante 3! Com autorização você precisa estar próximo do teu objetivo de nota geral ou acima. Se você não chegou nela, coooooooooooooorreeee, como diria o Vilsão. Quando eu decidi focar o AFRSP a autorização já tinha meses, eu precisei correr muito. Então pra mim foi quase como depois do edital. Isto me complicou bastante!!

Importante 4! Com edital você precisa ter passado da nota que pensou que te aprovaria. Depois do edital é quando você vai abrir vantagem, é quando vai garantir a aprovação. Veja que não falo de “tentar a aprovação”, falo de garantir a aprovação. Como eu já escrevi em outros textos, não é arrogância. É você confiando em si mesmo, isto é fundamental. Mesmo que não seja verdade, minta para si mesmo. Esta é uma mentira saudável. Quando saiu o edital eu tinha acabado a fase “livros” e estava no meio de alguns cursos, como português (gramática) e contabilidade geral/avançada. Tive que parar estes cursos para que não tomassem meu tempo no meio da semana. Em casa eu aprendia mais do que nos cursos. É importante você saber onde tem melhor rendimento e tomar decisões na hora certa. Nos fins de semana eu fiz o curso LFG reta final, que me ajudou bastante porque era um curso intensivo e só nos pontos principais, sem aquela lengalenga dos cursos extensivos.

Bom, agora que você já se planejou, cumpra seu objetivo. Para isto eu controlei quais

dias e quantas horas estudei cada coisa.

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É só olhar ali. Do dia 25 de abril, um sábado, até o dia 1 de maio, uma sexta-feira, eu

li o livro Contabilidade Básica do Ricardo Ferreira. Exatamente uma semana. Nesta semana eu usei 22,5 horas para o estudo. Depois do edital a minha média por semana era de 30 ~ 35 horas. Veja que o ritmo é outro. Não adianta querer manter um ritmo altíssimo sem edital, você não consegue manter por muito tempo.

Veja lá também que teve semanas em que eu tirei dois dias para descansar. Ninguém é de ferro. Sem edital, faça o que bem entender, desde que cumpra teus objetivos.

Vou colocar uma coisa aqui que achei interessante. A primeira leitura de todos os livros foi uma leitura rápida, sem tentar entender tudo. A explicação é porque um livro, por melhor que seja, só se completa o pensamento de cada um dos capítulos quando você lê todos os capítulos. Entender um capítulo, que seja o primeiro, sem ler os outros é bem difícil. Logo, procurei não me travar nisto, mesmo sem entender o capítulo eu passava adiante. Veja que o primeiro livro que li neste esquema foi o de contabilidade, eu só percebi isto na metade do livro. Levei 22,5 horas para terminá-lo. Já para ler o livro de auditoria, que tem quase a mesma quantidade de páginas, levei 11 horas apenas. Claro que a leitura de um (auditoria) flui melhor que a do outro (contabilidade), mas isto não justifica a metade do tempo de leitura. Esta performance melhor foi porque eu passava coisas sem entender. Quando terminei de ler o livro de auditoria eu fiz a prova de 2006 e gabaritei. Foi quando percebi esta conexão entre os capítulos que é difícil de ser quebrada.

Bom, depois de terminar cada livro, faça exercícios de cada um dos capítulos para averiguar o quanto você aprendeu. Ao ler os capítulos eu fazia exercícios no final de cada um deles, porém deixava alguns para fazer depois de terminar todo o livro.

Com isto você saberá quais matérias pode ficar só com livros e quais matérias precisarão de um complemento.

Eu precisei de complemento em contabilidade (como esta matéria é uma das mais amplas tive de fazer muitos cursos e rapidamente) e legislação. Direito tributário eu não

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precisei de complemento. Explicando: eu não considerei o curso reta final como curso (para aprender) e sim como revisão.

As matérias da P1, como já disse, não li livros didáticos, só de exercícios. Para mim é mais fácil aprender matérias de exatas em aulas do que em livros. O mesmo vale para português.

Direito administrativo e constitucional eu li os livros ao mesmo tempo em que fazia cursos. Nesta época eu estava no pacotão, nem sabia o que era um concurso e estava procurando correr atrás do prejuízo. Este, definitivamente, não é um bom método.

Ótimo, até aqui tudo bem, sem muita novidade. Agora vem o que eu acho que foi o diferencial para eu conseguir me manter focado. O controle do aprendizado. Isto deve começar depois de você ter dado o início no estudo, ou seja, depois de ter terminado de ler os livros. Esta parte serve pra você avaliar seus defeitos e trabalhar apenas em cima deles. Nada deste negócio de trabalhar suas qualidades! Qualidades já são qualidades, defeitos é que precisam virar qualidades.

Onde o número de questões está “2” é porque não fiz nenhuma. Eu só coloquei para

verificar a média da prova toda (que está logo abaixo das médias por matérias). Vou pegar a P3 como exemplo. Veja que eu pastei muito pra conseguir os 80% que

precisava! O simulado Grupo é um dado viciado porque tinha muitas questões que eu já tinha feito.

Perceba que no simulado 1 tive 65% de aproveitamento. No simulado 2 tive 73% e no simulado 3 tive 72%. Como disse nos outros textos, é muito difícil chegar nos 80%, mais difícil ainda é chegar nos 100%. Mas você deve cumprir teu objetivo (o meu era 80%).

Em cada simulado ou exercícios que fazia eu revisava sempre o que tinha errado. Isto me permitiu avançar no acerto de questões e atingir os 85% da P3 na prova.

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Digo mais uma vez, não se preocupe com o nível da prova. Todos vão subir ou descer juntos, como a maré. Se preocupe em buscar os 100% porque se fizer isto tua aprovação é certa, portanto quanto mais perto dos 100%, mais perto da aprovação.

Parece um comentário idiota, mas a gente acaba esquecendo-se disto durante a preparação. Tem que perseguir teus objetivos, sempre.

Acho que com isto eu consegui explicar as partes principais da planilha. O resto são

devaneios. Não me preocupei em apagar porque meu objetivo não era uma planilha bonita e sim passar no concurso.

Também parece um comentário besta, mas muita gente se preocupa em deixar as coisas “bonitinhas”.

Por último, a parte de controle de ciclos eu abandonei porque o método não funcionou comigo. Aí escrevi que para mim era uma cilada. Rsrsrs

E tudo é baseado num sistema de cores. Verde é bom, Amarelo é meia-boca e Vermelho é ruim.

Abraços! Se tiver algo que não expliquei ou não ficou claro, me avisem. Observação: não me preocupei em explicar o que fiz para melhorar em cada matéria

porque isto não serve de parâmetro e se eu o fizesse só estaria atrapalhando. Você deve avaliar o que rende mais.

Importante!

Fonte: Wikipédia http://en.wikipedia.org/wiki/File:PDCA_Cycle.svg Se você leu tudo até aqui, acabou de descobrir como usar uma das mais poderosas

ferramentas de gestão para o seu estudo e aprovação em concurso público.

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Estou falando do PDCA, que é um método utilizado na melhoria contínua dentro de uma empresa. As empresas que aplicam fielmente este método sem dúvidas têm um melhor posicionamento no mercado do que outras que não o fazem. Tem pessoas que conhecem apenas o termo “melhoria contínua” do qual o PDCA é uma ferramenta.

O que eu fiz foi adequar este método para atingir o objetivo da aprovação. Dê uma lida sobre o método e veja que não criei nada, só modifiquei de acordo com meus propósitos. Então quando dizem que aprendemos apenas “inutilidades de concursos” não sabem o quão enganados estão. Nas empresas por quais passei muitos achavam que isto era uma “inutilidade de gestão”... Para mim significou uma grande parte desta aprovação.

Fonte: Wikipédia http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_PDCA

Ciclo PDCA

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O ciclo PDCA, ciclo de Shewhart ou ciclo de Deming, é um ciclo de desenvolvimento que tem foco na melhoria contínua.

O PDCA foi introduzido no Japão após a guerra, idealizado por Shewhart e divulgado por Deming, quem efetivamente o aplicou. Inciamente deu-se o uso para estatística e métodos de amostragem. O ciclo de Deming tem por princípio tornar mais claros e ágeis os processos envolvidos na execução da gestão, como por exemplo na gestão da qualidade, dividindo-a em quatro principais passos.

O PDCA é aplicado para se atingir resultados dentro de um sistema de gestão e pode ser utilizado em qualquer empresa de forma a garantir o sucesso nos negócios, independente da área de atuação da empresa.

O ciclo começa pelo planejamento, em seguida a ação ou conjunto de ações planejadas são executadas, checa-se se o que foi feito estava de acordo com o planejado, constantemente e repetidamente (ciclicamente), e toma-se uma ação para eliminar ou ao menos mitigar defeitos no produto ou na execução.

Os passos são os seguintes:

• Plan (planejamento) : estabelecer uma meta ou identificar o problema (um problema tem o sentido daquilo que impede o alcance dos resultados esperados, ou seja, o alcance da meta); analisar o fenômeno (analisar os dados relacionados ao problema); analisar o processo (descobrir as causas fundamentais dos problemas) e elaborar um plano de ação.

• Do (execução) : realizar, executar as atividades conforme o plano de ação.

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• Check (verificação) : monitorar e avaliar periodicamente os resultados, avaliar processos e resultados, confrontando-os com o planejado, objetivos, especificações e estado desejado, consolidando as informações, eventualmente confeccionando relatórios. Atualizar ou implantar a gestão à vista.

• Act (ação) : Agir de acordo com o avaliado e de acordo com os relatórios, eventualmente determinar e confeccionar novos planos de ação, de forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia, aprimorando a execução e corrigindo eventuais falhas.