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Escola Secundária de Peniche Projecto Educativo de Escola 2009/2012

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Documentos Orientadores - Projecto Educativo

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Page 1: Documentos Orientadores

Escola Secundária de Peniche

Projecto Educativo de

Escola

2009/2012

Page 2: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 1

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

I - INTRODUÇÃO

“Falar de projectos é abrir campos novos, na ordem do possível, é falar do que está por

inventar, para criar, que não é dado. É dizer que não há modelo, e que é possível transformar o

existente” (Anita Weber, 1990)."

O projecto educativo é o instrumento organizacional de expressão de vontade colectiva da

escola-comunidade educativa, é um documento que dá um sentido útil à participação, é a

corporização operativa da autonomia da escola comunidade. Assim, projecto educativo,

comunidade educativa, direcção, participação, autonomia, são conceitos que se relacionam

intimamente e são a arquitectura conceptual de uma nova concepção de escola. (Formosinho,

1991).

A defesa do princípio de que as escolas deverão pautar a sua actuação tendo em conta a

elaboração (execução e avaliação) de um projecto educativo próprio constitui uma das ideias

básicas que diversas reformas educativas, desenvolvidas a partir da década de oitenta em vários

países da Europa, têm utilizado para responder às mudanças a introduzir na administração dos

sistemas educativos. Um princípio que é agora retomado pelo Decreto-Lei 75/2008, no seu artigo

9º.

Este Projecto Educativo de Escola (PEE) surge da necessidade de mudança e adaptação à

constante evolução da sociedade em que a Escola está inserida, tendo em conta que a filosofia

que lhe subjaz, advinda dos princípios constantes da Lei de Bases do Sistema Educativo,

permanece actual e pertinente. Daí, de certo modo, ser reafirmada nos artigos 3.º e 4.º do

Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, sendo inequívoca a ascensão de um ideal de cidadão

livre, responsável, autónomo, solidário, com espírito crítico, defendendo os princípios de vivência

democrática, respeitando os outros e a si próprio, empenhado na transformação progressiva do

meio social envolvente.

Por outro lado, o Projecto cumpre um requisito basilar – o de ser um instrumento gerador de

condições propícias à melhoria da eficiência e eficácia da Escola, apto a responder de forma

inovadora e consistente aos imperativos de uma sociedade da informação e do conhecimento.

Assim, constituindo-se como documento orientador, o PEE apresenta-se, também, como um

quadro de referência permanente de toda a comunidade educativa, marcante para a asserção da

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Projecto Educativo 2009/2012 2

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

identidade e da cultura próprias desta Escola, que importa reforçar, com base na activa

colaboração entre todos os actores intervenientes no processo educativo.

Torna-se, por isso, necessário conciliar a participação e o envolvimento de todos, preparar e

introduzir medidas de auto-regulação e propiciar uma constante avaliação de todo o processo

para que seja possível alcançar um nível elevado de qualidade e modernização.

Este projecto educativo tem, na sua génese, o debate e a reflexão dos diferentes agentes da

comunidade educativa, é por isso um projecto de inspiração colectiva que vai ao encontro de

expectativas globais.

1. Objectivos Gerais

A grande finalidade da Escola é a valorização do indivíduo integrado no todo social, de modo

a que a aprendizagem resulte de um diálogo permanente entre a cultura científica, a cultura

humanista e a cultura de cidadania.

Esta finalidade constitui o referencial dos Objectivos Gerais deste Projecto Educativo:

Promover o sucesso educativo;

Valorizar a qualidade do saber científico;

Valorizar a cultura do esforço e do trabalho;

Promover a consciencialização dos deveres de cidadania;

Desenvolver a capacidade crítica, do saber pensar, estar e ser;

Desenvolver a capacidade de criar e manter relações humanas baseadas no respeito e

dignidade próprias e dos outros;

Contribuir para a diminuição da pobreza e da exclusão social.

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Projecto Educativo 2009/2012 3

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

II - IDENTIDADE

1. Breve Resenha Histórica

A história da Escola Secundária de Peniche tem na sua génese o ensino técnico, instituído no

século XIX para promover a industrialização e o desenvolvimento económico e social do país. A

Escola Rainha D. Maria Pia era uma escola de desenho industrial, criada em 1887, para a educação

técnica dos dois sexos, e teve com primeira directora a artista de Caldas da Rainha, Maria Augusta

Bordalo Pinheiro. Já em plena República, o nome da instituição seria alterado para Escola de

Desenho Industrial Josefa de Óbidos (portaria de 3 de Outubro de 1912), mas só em 1918, no

quadro da reforma de João de Azevedo Nunes, sofreu alterações estruturais. Passou a definir-se

como escola de artes e ofícios com a especialização em ensino de rendas, e tornou-se uma escola

de frequência exclusiva para o sexo feminino. A instituição, a funcionar num edifício da rua

Marquês de Pombal, viveu um período conturbado nos anos vinte, situação que pouco mudou no

decorrer da reforma de 1930-31, da autoria de Gustavo Cordeiro Ramos. Manteve-se a oferta

formativa centrada no ensino feminino, com os cursos de Rendeira e Costura e Bordados. Por

imperativos de uniformização, passou a designar-se escola industrial Josefa de Óbidos.

A Reforma de 1948 teve como consequência a criação, em Peniche, do Ciclo Preparatório,

que só passou a funcionar em 1953, depois da Câmara Municipal de Peniche adquirir e adaptar as

instalações de uma fábrica que era propriedade da empresa «La Paloma». Em 1952 viria a

ministrar o Curso Complementar de Aprendizagem e Comércio – passou a designar-se Escola

Industrial e Comercial - e em 1955 o Curso de Formação de Serralheiro, recuperando a frequência

mista. As transformações económicas, sociais e demográficas e a pressão das elites locais

convenceram o governo de Salazar da necessidade de construir em Peniche uma escola técnico-

profissional de raiz. O novo edifício da escola, inaugurado a 13 de Dezembro de 1959, permitiu a

concretização plena do plano formativo previsto no decreto-lei n.º 37029/1948, de 25 de Agosto.

Aos cursos de Formação de Serralheiro, Aprendizagem em Regime de Aperfeiçoamento de

Serralheiro (de frequência nocturna) e Formação Feminina, que substituíra os cursos de costura e

bordados e de rendeira, o ministério da educação nacional acrescentou os cursos Geral de

Comércio, Formação Electromecânica, Aperfeiçoamento Electromecânico e Secção Preparatória

aos Institutos. Mais tarde, foram criados os cursos Geral de Formação Feminina, Geral de

Administração e Comércio, Geral de Mecânica e Geral de Electricidade (decreto-lei n.º 47857/67,

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Projecto Educativo 2009/2012 4

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

de 10 de Março), Complementar de Electrotecnia, Mecanotecnia e Contabilidade e Administração

(circular n.º 3/72, de 30 de Junho).

Em 1979, a Escola Industrial e Comercial de Peniche deu lugar à Escola Secundária de

Peniche, perdendo então a sua matriz identitária de escola técnico-profissional. Passou a

ministrar o ensino básico e secundário até 1999, quando se tornou uma instituição de vocação

centrada no ensino secundário.

2. O meio

O meio envolvente caracteriza-se pela dicotomia entre a cidade e o campo. A economia do

concelho estrutura-se por isso em torno do sector primário, com a agricultura e as pescas, e do

sector industrial, com a indústria alimentar. No sector terciário predominam as actividades

turísticas e de lazer ligadas ao mar. Com poucas excepções, as actividades económicas são

desenvolvidas no contexto de unidades familiares (agricultura) ou de pequenas unidades

empresariais (73% das empresas empregam menos de 20 trabalhadores) e algumas artesanais. O

desenvolvimento económico e social de Peniche, caracterizado pela «ausência de dinamismo»,

depende por isso da qualidade do projecto formativo das instituições educativas locais e da sua

capacidade para valorizar os recursos humanos. Persiste uma estrutura social caracterizada por

baixos níveis de instrução ao nível do primeiro ciclo do ensino (53,1% - Censo 2001), com a

existência ainda de algumas bolsas de analfabetismo (14,9% segundo o censo de 2001).

Estes dados são confirmados por informações recolhidas na própria escola. No inquérito

realizado aos alunos que se matricularam no 10.º ano, no ano lectivo de 2007/2008, tornou-se

evidente que 55% dos pais e encarregados de educação são trabalhadores por conta de outrem

(operários, empregados e administrativos) e que possuem habilitações inferiores ao ensino

secundário (58%). Os alunos que vêm para a Escola Secundária de Peniche procuram

maioritariamente os cursos de prosseguimento de estudos (70%) e depois os cursos profissionais

(30%). Segundo o mesmo inquérito, dos 219 alunos que se matricularam no 10.º ano, 47% (103)

concluíram o 9.º ano com média de nível 3, 37% (81) com nível 4 e 10% com (21) nível 5 (14 não

responderam). Parece assim evidente que a maioria dos alunos que procuram a Escola Secundária

de Peniche ambicionam prosseguir estudos para o nível superior. Infelizmente, os dados

estatísticos sobre acesso ao ensino superior parecem desmentir tais expectativas iniciais. Estes

revelam que dos 351 alunos inscritos para exame, apenas 102 (53%) apresentaram candidatura

na primeira fase de exames de 2009; na segunda fase, dos 245 inscritos, apenas 33 (25%)

apresentaram candidatura. Em ambas as fases, a taxa de colocação dos alunos que se

candidataram ao ensino superior foi elevada: 91% e 85% respectivamente. Há naturalmente

razões para esta discrepância entre a procura de cursos científico-humanísticos e a posterior

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Projecto Educativo 2009/2012 5

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

apresentação de candidaturas ao ensino superior, considerando ainda que Peniche dispõe de uma

Instituição Superior de Ensino Politécnico. Importa, pois, no âmbito da equipa de avaliação

interna, pôr em marcha mecanismos de estudo e soluções que dependam da própria instituição

educativa.

Outros dados são relevantes para compreender a população jovem de Peniche, o seu

percurso e expectativas, carecendo por isso de uma atenção no âmbito deste PEE. Com efeito,

existe uma proliferação de jovens em situações de «risco» ligadas à toxicodependência e /ou

inadaptação, isto é, «não cumpriram a escolaridade obrigatória, não têm emprego, não estão

inscritos em ATL, etc.»1. O desemprego, a pobreza e a exclusão social e a ausência de ofertas

culturais são problemas sociais que a escola, só por si, não pode resolver, e que condicionam a

concretização do Projecto Educativo. A realidade sociológica de Peniche exige, por tudo isto, um

PEE que seja pelo menos capaz de reflectir a dimensão educativa das diferentes problemáticas e

intervir no quadro da sua missão formativa e social.

1 Cf. Diagnóstico Social de Peniche, Câmara Municipal de Peniche, p. 53. Veja-se também a Carta

Educativa de Peniche, Câmara Municipal de Peniche, 2008.

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Projecto Educativo 2009/2012 6

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

3. População escolar

3.1 Alunos

Os alunos matriculados na Escola Secundária de Peniche pertencem ao ensino diurno, pois

não houve inscrições para o ensino recorrente nocturno. Estão divididos entre os Cursos

Científico-Humanísticos e os Cursos Profissionais. Os dados referem-se ao ano lectivo 2009/2010,

que inclui, excepcionalmente, uma turma de Curso de Educação e Formação de nível 3 (9.º ano).

Tipo Curso N.º alunos

10.º 11.º 12.º

Cie

ntí

fico

- H

um

anís

tico

s Artes Visuais 29 16

Ciências Socioeconómicas 28 25 17

Ciências e Tecnologias 90 68 90

Línguas e Humanidades 57 34 41

Total 204 127 164

Pro

fiss

ion

ais

Técnico de Apoio Psicossocial 19

Técnico de Instalações Eléctricas 17 19 19

Técnico de Informática de Gestão 12

Téc. de Gestão e Progr. Sist. Informáticos.

33 19

Técnico de Recepção 15

Técnico de Secretariado 16

Técnico de Turismo 23

Total 73 54 65

CEF - 9.º Técnico de Instalações Eléctricas 20

Total alunos matriculados em 2009/2010 707

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Projecto Educativo 2009/2012 7

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

3.2 Adultos e formandos

A escola dispõe também de adultos que frequentam cursos de Educação e Formação de

Adultos (EFA) e adultos em formação ou em processo de Reconhecimento, Validação e

Certificação de Competências (CNO):

Cursos Alunos

EFA 12

Processo RVCC:

Adultos inscritos 142

Em acolhimento 13

Em Diagnóstico 78

Encaminhado Processo RVCC 9

Encaminhado 77

Em Reconhecimento 86

Certificação pedida 1

Certificados 122

Desistentes 27

Transferidos 58

Suspensos 68

Total 681

3.3 Pessoal docente

Departamentos Docentes

Ciências Sociais e Humanas 31

Matemática e Ciências Experimentais 38

Línguas 24

Expressões 11

Total 104

3.4 Pessoal não docente

Categorias

Assistentes operacionais 26

Administrativos 8

Total 34

3.5 Pessoal técnico-pedagógico

Categorias

Psicólogo 1

Professora da Educação Especial 1

Coordenadora da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos

1

Total 3

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Projecto Educativo 2009/2012 8

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

III - OFERTAS EDUCATIVAS

1. Ofertas Curriculares

A Escola oferece quatro Cursos Científico-Humanísticos para alunos que visam o

prosseguimento de estudos:

a) Curso de Ciências e Tecnologias

b) Curso de Línguas e Humanidades

c) Curso de Artes Visuais

d) Curso de Ciências Socioeconómicas

As ofertas curriculares dos Cursos profissionais entroncam nas seguintes áreas

profissionalizantes:

a) Gestão e Administração.

b) Electricidade e Energia.

c) Turismo e Lazer.

d) Indústrias Alimentares.

e) Ciências Informáticas.

f) Trabalho social e orientação.

Cursos de Educação e Formação2

a) Técnico de Acção Educativa

b) EFA escolar

2 Poderão abrir outros cursos no quadro da nova candidatura ao POPH, a definir no início de 2010.

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Projecto Educativo 2009/2012 9

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

2. Ofertas não Curriculares

2.1 Centro Novas Oportunidades

Missão

Constitui-se como uma alternativa em termos formativos, sendo um projecto criado

para pessoas que têm percursos académicos por concluir, quer ao nível do ensino básico,

quer ao nível do ensino secundário. A sua principal missão consiste em participar na

construção e no desenvolvimento de uma comunidade inclusiva, apoiando e promovendo

oportunidades de acesso ao saber e à aprendizagem ao longo da vida, isto através de

ofertas que articulem educação, formação e certificação, respondendo às mais variadas

situações e necessidades.

É um percurso formativo relativamente flexível, que permite adaptar as actividades a

cada um dos adultos envolvidos; permite igualmente flexibilidade de horário, o que

garante uma grande abrangência em termos de público-alvo; não é uma oferta formativa

escolarizada no sentido académico do termo, ou seja, as actividades propostas não são

esquematizadas e pensadas como as da via curricular dita normal, são sugeridas de

acordo com o que os adultos trazem em falta, o que permite actividades dirigidas às

necessidades de cada um.

Como está exposto no PEI, a valorização da estima e dignidade sociais são um dos

objectivos a atingir pelas Novas Oportunidades, não deixando de se manter em constante

diálogo com os tecidos empresarial e formativo da região, de forma a que, entre todas as

entidades, através da formalização de parcerias interessantes e enriquecedoras, se

consiga dar igualmente resposta às necessidades locais e regionais. As estratégias do

Centro Novas Oportunidades sofrerão os devidos ajustamentos sempre que necessário,

observando-se as necessidades de todos os grupos profissionais e sociais através do

respeito pela igualdade de género e de oportunidades.

Âmbito de Intervenção:

A Escola Secundária de Peniche deve continuar a apresentar-se como

estabelecimento de ensino de referência em termos de formação e educação. Elevado

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Projecto Educativo 2009/2012 10

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

número de adultos, alunos da antiga Escola Comercial e Industrial, residentes no concelho

e em concelhos limítrofes, regressam à Escola, em busca de educação/formação.

Assim, podemos dizer que a área de intervenção e a influência do Centro de Novas

Oportunidades se estende a toda a Região Oeste.

Objectivos

São objectivos do Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Peniche:

a) Enriquecer as ofertas formativas do estabelecimento de ensino em que se insere;

b) Sensibilizar a comunidade - destinatários adultos ou não - para a importância da

formação ao longo da vida;

c) Identificar e valorizar as competências pessoais adquiridas;

d) Desenvolver métodos, pedagógicos ou outros, que evidenciem aptidões e

competências adquiridas que poderão funcionar como ponte para um contributo

válido dos adultos, designadamente nos domínios profissional e pessoal;

e) Promover o envolvimento dos adultos nos respectivos percursos formativos,

garantindo a elevação da confiança e da auto-estima;

f) Criar condições para que os adultos se tornem aprendentes activos através da

adopção de práticas que se ajustem à variedade de percursos de vida que os

utentes do Centro Novas Oportunidades trazem;

g) Privilegiar a mediação por parte de técnicos, professores e outras estruturas de

apoio no sentido de desenvolver nos utentes a capacidade de gestão eficaz das

suas próprias aprendizagens;

h) Dar resposta eficaz às solicitações de pessoas academicamente menos

qualificadas, através do processo de Reconhecimento, Validação e Certificação das

Competências (RVCC) que foram adquirindo ao longo da vida, por vias formal ou

informal;

i) Encaminhar os interessados para outras ofertas educativas e formativas,

existentes na Escola Secundária de Peniche (Cursos EFA e Cursos Profissionais) e

que asseguram cobertura das diferentes áreas de formação;

j) Adoptar e desenvolver metodologias e instrumentos coerentes e objectiváveis

para o processo de Reconhecimento e Validação de Competências, apelando aos

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Projecto Educativo 2009/2012 11

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

profissionais e formadores para todo o profissionalismo, formação e experiência

consolidadas no domínio do desenvolvimento do processo de RVCC escolar;

k) Prosseguir com a divulgação, através de folhetos e/ou acções de esclarecimento,

junto de diferentes entidades, como, por exemplo, Sindicatos, PSP, GNR,

Autarquia, Hospital e Centro de Saúde, Juntas de Freguesia, Bombeiros, Empresas;

l) Consolidar a expansão e a diversificação da oferta de educação e formação,

através de Formações Modulares Certificadas.

Metas a atingir

O Centro procurará criar e formar recursos materiais e humanos cada vez mais

conscientes das necessidades formativas, recorrendo ao quadro de pessoal afecto à

equipa técnico-pedagógica constituída de acordo com o previsto no Despacho nº

18229/2008, de 8 de Julho de 2008.

As actividades planeadas não prevêem a exclusão de nenhum grupo, etnia ou

indivíduos com características particulares.

As instalações do Centro continuarão a situar-se no piso do rés-do-chão da escola, a

fim de permitir o acesso a pessoas com deficiência.

A coordenação da equipa será assumida por um Coordenador Pedagógico, nomeado

pelo Director, de acordo com as atribuições previstas na lei. Além da coordenação da

equipa, deverá zelar para que o processo técnico-pedagógico decorra dentro dos

parâmetros de diversificação e inovação que anteriormente se fixaram. A dinamizarão da

equipa orientar-se-á no sentido de garantir que as metas físicas não serão esquecidas,

embora se tenha a consciência de que, por inerência, os processos são demorados e as

metas físicas, muitas vezes, ficam aquém das expectativas. Como tal, é compromisso da

equipa manter as metas acima dos 30%.

Assegurar-se-á, ainda, que tudo esteja arquivado e disponível para que, a nível

externo, as tutelas possam ter acesso ao Dossiê Técnico-Pedagógico integralmente

constituído, sempre que necessário. Será este o documento através do qual se poderá

aferir o funcionamento e alcance do Projecto.

Haverá também um processo de avaliação interna que resultará de uma apreciação

dos inquéritos de opinião apresentados aos adultos no final dos respectivos processos

formativos.

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Projecto Educativo 2009/2012 12

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

O Centro utilizará um inquérito dirigido ao processo de RVC de nível básico e

secundário. Periodicamente, estes dados são analisados e discutidos. Os dossiês dos

adultos ficarão em arquivo durante cerca de cinco meses, de forma a que se mantenha o

contacto com os adultos após a conclusão da sua certificação. Ao fim desse tempo, o

Centro contactará os adultos no sentido de perceber o impacto que teve a nova

qualificação na sua vida pessoal e profissional, ficando depois em condições de receber o

respectivo dossiê (caso eles não precisem dele antes, claro).

A par disto, o centro está obrigado a preencher o Roteiro de Auto-avaliação dos

CNO's, disponibilizado pela ANQ através da plataforma SIGO. Nesta altura, o Centro dará

continuidade ao projecto de auto-avaliação (CAF) sob a orientação da Universidade

Católica.

O Centro procurará aumentar o número de protocolos em 10%.

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Projecto Educativo 2009/2012 13

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

IV - SERVIÇOS TÉCNICO-PEDAGÓGICOS

1. Serviço de Psicologia e Orientação

OS Serviços de Psicologia e Orientação têm um papel central na escola pública, orientando

vocações ou contribuindo para a reformulação dos projectos formativos individuais no ensino

secundário. Contribuem também para dar resposta a problemas individuais, do foro psicológico

ou outros que caibam nas competências técnicas da Psicologia, que possam contribuir

negativamente para o desempenho pedagógicos dos alunos. Constituirão, nestes termos, uma

área de intervenção estratégica que será objecto de metas e estratégias definidas neste Projecto

Educativo.

2. Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos

2.1 Espaços

A Biblioteca Escolar funciona em espaço específico organizada em áreas funcionais

adequadas:

Às funções e objectivos decorrentes da sua integração na rede RBE e por inerência aos

ideários internacionais por estes subscritos e relativos ao papel e missão das bibliotecas

escolares.

À execução dos objectivos e campo de acção definidos no Regulamento Interno de Escola

enquanto serviço técnico-pedagógico.

2.2. Normas de Funcionamento

As normas específicas de utilização do espaço são definidas no documento “Normas de

Funcionamento da Biblioteca Escolar” (NFBE) a aprovar em Conselho Pedagógico.

Page 15: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 14

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

2.3. Serviços e Recursos Educativos

A Escola, para além dos cursos de formação curricular, promove a existência de projectos,

dinâmicas e iniciativas no âmbito de actividades de apoio ao currículo formal com vista a

facilitar a existência de aprendizagens diversificadas bem como acesso a recursos

documentais e tecnológicos complementares ao estudo em sala de aula.

Para dinamizar esta oferta a escola dispõe de serviços a prestar pela Biblioteca Escolar,

pela Sala de Estudo e pela Oficina TIC.

Actividades extracurriculares como contributo para a formação global dos alunos em

áreas consideradas importantes, tais como, a leitura, as literacias, educação ambiental,

educação para a saúde, o espírito de solidariedade e o apoio às aprendizagens.

Integrados na oferta extracurricular, a Escola apoia e desenvolve iniciativas e projectos a

dinamizar pela Biblioteca Escolar.

2.4. Objectivos

Desenvolver capacidades e competências no domínio do saber, valorizando o

conhecimento, o raciocínio e a comunicação;

Utilizar métodos de aprendizagem participativos e activos, conducentes à autonomia e à

criatividade;

Promover a melhoria das condições de apoio ao processo de ensino/aprendizagem dos

alunos estrangeiros;

Contribuir para a qualidade das aprendizagens/ resultados académicos.

Articular a sala de aula com a biblioteca;

Contribuir para a Integração da escola na comunidade escolar e na realidade social

envolvente;

Aprofundar o relacionamento dos encarregados de educação com a escola;

Promover a formação pessoal, social, cívica e estética.

Âmbito Administrativo - Escolar

Gestão das Instalações e Equipamentos:

Alargar, o período de funcionamento da Biblioteca, para o período nocturno.

Page 16: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 15

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

Âmbito Pedagógico

Gestão de Currículos, Programas e Actividades Educativas:

Valorizar a concepção e implementação de projectos diferenciados de acção pedagógica,

de acordo com os diferentes planos de estudo e problemas específicos dos alunos através

de serviços e recursos como a Biblioteca Escolar, Sala TIC;

Orientação e Acompanhamento dos Alunos;

Contribuir para a formação do aluno enquanto cidadão capaz de apresentar uma atitude

crítica e responsável perante a sociedade;

Implementar uma cultura de exigência e rigor nas aprendizagens académicas orientada

para a excelência de resultados;

Sensibilizar a comunidade escolar para a problemática dos direitos de autor e propriedade

intelectual.

Gestão dos Espaços Escolares

Motivar para a utilização dos espaços pedagógicos alternativos em complemento a

actividades curriculares e de tempos livres;

Promover regras de utilização de espaços comuns orientadas para o respeito pelo outro e

pela noção de propriedade comum.

Formação e Gestão do Pessoal Docente

Estruturar a elaboração do plano de formação tendo em vista um ensino orientado para

os valores, autonomia e cidadania;

Promover um plano de formação que contemple as temáticas específicas ao serviço

lectivo atribuído ambicionando o aperfeiçoamento científico e técnico;

Alargar a formação prioritária a funções técnico - pedagógicas, não lectivas ou

equiparadas a lectivas de forma a melhorar a eficiência dessas mesmas funções e um

aperfeiçoamento dos quadros de pessoal da escola;

Valorizar e facilitar o acesso a eventos formativos como congressos e conferências nas

áreas de formação ou prioritárias ao estabelecimento.

Formação e Gestão do Pessoal não - Docente

Estabelecer como prioritária a formação técnica ligada ao desempenho de funções

específicas: biblioteca e atendimento ao público.

Page 17: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 16

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

V - ÁREAS DE INTERVENÇÃO ESTRATÉGICA

O Projecto Educativo define um conjunto de áreas de intervenção estratégica, para as quais

se estabelecem metas e estratégias. Neste quadro, e atendendo à avaliação dos últimos anos,

considera-se que o trabalho pedagógico a desenvolver no 10.º ano é estruturante no conjunto do

Projecto Educativo. A orientação estratégica definida neste projecto para as diferentes áreas

estabelece por isso a prioridade do 10.º ano e, por extensão, os diferentes anos curriculares. No

final apresenta-se um quadro/síntese com as metas quantificáveis para cada uma das áreas de

intervenção.

1. Objectivos Gerais

Reforçar a dimensão autonómica da escola como condição essencial de promoção do

sucesso educativo;

Aprofundar o papel das estruturas intermédias na gestão científica e pedagógica;

Promover a educação como factor de formação integral do indivíduo;

Promover a cultura de cidadania, formando cidadãos activos e conscientes dos direitos e

deveres dos indivíduos no conjunto da comunidade política e social;

Aumentar o sucesso escolar, promovendo ofertas educativas diferenciadas que garantam

a qualidade das aprendizagens e a aquisição das competências necessárias para a inserção

no mercado de trabalho;

Promover o desenvolvimento de pedagogias activas e de experimentação que fomentem

a autonomia e o espírito crítico dos alunos;

Aprofundar as relações da Escola com a comunidade, envolvendo os pais e encarregados

de educação nas actividades da escola;

Garantir a existência de condições para o funcionamento de uma escola inclusiva;

Fomentar a auto-avaliação reflexiva e sistemática, promovendo o trabalho cooperativo e

o envolvimento das estruturas intermédias;

Assumir responsabilidades culturais e de desenvolvimento social e humano no contexto

local;

Page 18: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 17

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

3. Áreas de Intervenção

3.2. Prestação do Serviço Educativo: Desenvolvimento e Organização

Curricular

Meta: Garantir a eficácia dos processos de organização e gestão

Objectivo Geral: Promover uma cultura organizacional geradora de dinâmicas que fomentem o

sucesso educativo

3.2.1. Estratégias

Promover a articulação com o ensino básico, estabelecendo canais de informação que

facilitem as opções dos alunos e das famílias;

Optimizar os recursos humanos existentes na Escola;

Fomentar processos cooperativos de trabalho docente;

Promover as práticas de supervisão e acompanhamento pedagógico;

Diagnosticar necessidades de formação para docentes e funcionários;

Promover parcerias técnicas e pedagógicas com instituições externas;

Abrir a escola à comunidade local;

Reunir com os pais e encarregados de educação dos alunos do 9.º ano;

Planificar conteúdos e avaliar de forma sistemática as estratégias e resultados no quadro

das estruturas intermédias;

Garantir condições para o desenvolvimento do trabalho cooperativo ao nível das

estruturas intermédias e dos conselhos de turma;

Promover o desenvolvimento de actividades extracurriculares;

Adaptar os horários à especificidade pedagógica dos cursos;

Estimular a intervenção autonómica dos conselhos de directores de turma;

Estabelecer critérios pedagógicos para a distribuição de serviço;

Distribuir cargos de gestão pedagógica seleccionando, sempre que possível, docentes com

perfis adequados ao cargo;

Constituir as turmas segundo preceitos pedagógicos que promovam a intervenção

prioritária no 10.º ano, salvaguardados os preceitos da legislação em vigor;

Solicitar ao conselho pedagógico a definição de critérios para a constituição de turmas e

elaboração de horários que cumpram as metas e estratégias estabelecidos neste projecto

educativo;

Fazer o tratamento estatístico e avaliação sistemática dos resultados escolares;

Page 19: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 18

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

Estimular as dinâmicas organizativas desenvolvidas pelos directores de turma;

Ajustar os serviços administrativos às necessidades de organização pedagógica.

3.3. Realização do Processo de Ensino-Aprendizagem: Dinâmicas e

Avaliação das Aprendizagens

Metas: Reduzir o insucesso escolar; reduzir o abandono escolar.

3.3.1. Objectivos:

Estimular novas dinâmicas de ensino-aprendizagem;

Promover a avaliação reflexiva e sistemática das aprendizagens.

3.3.2. Estratégias

Diversificar metodologias de Ensino/Aprendizagem;

Promover a participação dos pais e encarregados de educação em todas as fases do

processo educativo;

Promover a responsabilidades dos alunos face ao processo educativo;

Estimular o mérito e o trabalho no quadro de uma realização mais vasta do indivíduo;

Fomentar a frequência de aulas de apoio educativo.

Promover o rigor e a transparência da avaliação, publicitando os seus critérios em

diferentes suportes públicos;

Estabelecer critérios pedagógicos para a organização dos horários das turmas;

Estimular a reflexão crítica sobre os resultados escolares a partir de referenciais internos e

externos;

Diversificar modalidades de apoio e de complemento educativo;

Promover a leitura e a reflexão crítica;

Estimular as dinâmicas de conselho de turma na planificação de actividades e de

estratégias;

Promover a informação e a orientação escolar e profissional;

Promover o uso proficiente e crítico das novas tecnologias;

Incentivar o desenvolvimento de metodologias experimentais nas áreas didáctico-

pedagógicas;

Estimular o desenvolvimento de actividades de enriquecimento curricular e

extracurricular;

Promover o intercâmbio com outras instituições de ensino;

Patrocinar o contacto com outras instituições sociais, culturais e desportivas;

Page 20: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 19

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

Patrocinar o envolvimento dos alunos em projectos nacionais e internacionais;

Promover a formação contínua dos docentes e assistentes operacionais.

3.4. Realização do Processo de Ensino-Aprendizagem: Apoios Educativos

Meta: Promover o sucesso educativo e a igualdade de oportunidades.

3.4.1. Estratégias

Fomentar a frequência das aulas de apoio educativo;

Articular os horários do apoio educativo com os horários dos alunos;

Proceder ao levantamento das dificuldades de aprendizagem em cada turma;

Avaliar de forma sistemática e reflexiva as actividades de apoio educativo;

Dinamização de actividades de pesquisa e investigação no contexto da Biblioteca Escolar e

do Centro de Recursos;

Desenvolver projectos de apoio específicos no âmbito de disciplinas com maiores taxas de

insucesso, em especial na Matemática.

3.5. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Serviços de

Psicologia e Orientação

Meta: Potenciar o papel estratégico dos Serviços de Psicologia e Orientação.

3.5.1. Estratégias

Desenvolver programas de acompanhamento psicológico e motivacional dos alunos.

Desenvolver projectos de orientação vocacional no início (10.º) e no fim do ciclo

formativo (12.º);

Desenvolver e implementar programas de organização e metodologias de estudo;

Colaborar com as diferentes estruturas intermédias no combate ao insucesso e ao

abandono escolares;

Colaborar na definição do perfil sócio-educativo dos alunos;

Participar nas estruturas e mecanismo de informação e articulação com o ensino básico;

Colaborar com os serviços de educação especial;

Criar um gabinete com os meios e as condições necessárias ao atendimento

personalizado.

Page 21: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 20

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

3.6. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Educação Especial

Meta: Desenvolver as competências escolares adequadas às características dos alunos e

promover o desenvolvimento da sua autonomia e da sua plena integração escolar e social.

3.6.1. Estratégias

Organizar internamente a estrutura da educação especial;

Criar uma sala destinada ao apoio pedagógico personalizado com materiais didácticos e

recursos adequados;

Proceder ao levantamento de todas as barreiras físicas e arquitectónicas para os alunos

portadores de deficiência motora ou redução de mobilidade, nomeadamente para os

alunos que se deslocam em cadeira de rodas;

Sensibilizar o corpo docente sobre as problemáticas das Necessidades Educativas

Especiais, nomeadamente através de reuniões e outras acções de informação;

Proporcionar ao corpo docente formação sobre algumas problemáticas integradas na

educação especial, como a dislexia e a síndrome de asperger;

Proporcionar formação especializada à técnica de educação especial;

Fazer a articulação com os departamentos de educação especial do ensino básico.

3.7. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Educação para a

Saúde

Meta: Contribuir para o desenvolvimento de comportamentos saudáveis.

3.7.1. Estratégias:

Desenvolver programas de informação e sensibilização;

Estabelecer ou aprofundar protocolos com diversas instituições, como o Instituto

Português da Juventude, o Instituto da Droga e da Toxicodependência e outras que se

revelarem pertinentes;

Estabelecer protocolos com as Instituições de Saúde do concelho;

Promover actividades de natureza curricular e extracurricular em articulação com os

conselhos de turma;

Promover uma alimentação saudável;

Estimular a frequência das actividades de Desporto Escolar.

Page 22: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 21

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

3.8. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Educação para a

Cidadania

Meta: Desenvolver a consciência cívica e de participação activa.

3.8.1. Estratégias

Promover a participação dos alunos nas estruturas de representação da escola;

Promover o associativismo como espaço de intervenção cívica autónoma, definidora da

liberdade individual e da responsabilidade colectiva;

Promover acções de voluntariado e solidariedade social;

Promover acções de sensibilização e conhecimento das realidades e dos problemas sociais

do concelho;

Desenvolver a consciência ambiental;

Estimular a intervenção cultural dos alunos, apoiando projectos individuais e de grupo;

Estimular a criatividade e a sensibilidade estética;

Apresentar um programa cultural rico e diversificado;

Valorizar o papel do Desporto Escolar na educação para os valores.

3.9. Abertura ao Exterior

Meta: Aprofundar as relações e contactos com a comunidade exterior, num contexto de

globalização.

3.9.1. Estratégias

Envolver os pais e encarregados de educação, juntamente com a Associação de Pais, em

actividades da escola;

Criar canais que divulguem de forma sistemática as actividades da escola e os resultados

escolares;

Criar quadros de mérito que valorizem o esforço individual numa dimensão de partilha

comunitária;

Reforçar as parcerias com a Câmara Municipal de Peniche e a Escola Superior de Turismo

e Tecnologia do Mar;

Promover parcerias com associações e instituições locais e regionais para o

desenvolvimento de actividades comuns, de natureza cultural e educativa;

Estabelecer intercâmbios com escolas da União Europeia;

Incentivar a participação em projectos nacionais e internacionais;

Page 23: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 22

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

Alargar actividades extracurriculares à participação da comunidade local;

Apoiar instituições e associações locais que solicitem colaboração;

Aprofundar o relacionamento entre instituições através do Desporto Escolar.

3.10. Ambiente de Trabalho e Equipamentos

Meta: Aprofundar as relações interpessoais e garantir o conforto dos espaços de

aprendizagem.

3.10.1. Estratégias

Promover acções de formação sobre relações interpessoais;

Promover acções de sociabilidade entre a comunidade educativa;

Promover uma cultura de escola, assente numa identidade colectiva interiorizada e

sentida por todos os membros da comunidade educativa;

Criar condições de conforto para o desenvolvimento das actividades curriculares e

extracurriculares.

3.11. Monitorização e Avaliação Interna

Meta: Fomentar a avaliação reflexiva e sistemática das actividades escolares.

3.11.1. Estratégias:

Monitorizar o percurso dos alunos que entram para o 10.º ano;

Participar nas actividades de informação desenvolvidas nas escolas básicas;

Monitorizar o percurso dos alunos que concluem o ensino secundário;

Monitorizar o grau de empregabilidade dos alunos que concluem o ensino profissional;

Monitorizar os programas e os resultados do abandono e do insucesso escolares;

Avaliar os resultados escolares;

Avaliar as actividades de supervisão e acompanhamento pedagógico;

Avaliar anualmente a concretização do Projecto Educativo;

Avaliar a importância atribuída pelos alunos às aprendizagens escolares em face das suas

expectativas;

Avaliar a importância atribuída pelas famílias às aprendizagens escolares em face das suas

expectativas;

Participar em projectos nacionais sobre avaliação nas escolas.

Page 24: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 23

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Referenciais Metas Indicadores Anuais de Medida

Resultados escolares – transição/conclusão

- 10.º Ano - Aumentar a taxa de transição para 80%. - 11.º Ano - Aumentar a taxa de transição para 90%. - 12.º Ano – Aumentar a taxa de conclusão entre 5 a 10%.

Taxas de transição/conclusão por ano de aprendizagem. Método de comparação: diferença entre as taxas de conclusão/transição anuais e a taxa de referência de 2008/2009.

Resultados escolares – avaliação externa

- Aproximar os resultados das provas de avaliação externa dos resultados nacionais.

Médias dos resultados dos alunos, por disciplina, nas provas de avaliação externa. Método de comparação: diferença entre as médias das classificações internas e as médias nacionais nas diferentes disciplinas.

Resultados escolares – Cursos Profissionais

- Obter, em cada curso, taxas de conclusão entre 80% e 100%. - Melhorar as taxas de conclusão dos módulos previstos para cada ano de formação.

Taxas de conclusão por curso. Método de comparação: diferença entre o número de alunos que inicia e o número de alunos que conclui o curso, excluindo os que anulam a matrícula ou são excluídos por faltas. Taxas de Conclusão dos módulos em cada ano de formação. Método de comparação: evolução das taxas de conclusão, por ano, entre 2009/2012.

Abandono escolar e

Diminuir a taxa de abandono: 10.º ano – 5 a 10% 11.º ano – 0 a 5% 12.º ano – 0 a 1%

Percentagem de alunos excluídos por faltas ou que anularam a matrícula a todas as disciplinas. Evolução anual das taxas de abandono

Ensino Profissional: Módulos em atraso e assiduidade

Profissional – 3% de módulos em atraso por ano lectivo. 6% no final do 3.º ano.

Percentagem de módulos em atraso por curso e ano lectivo. Percentagem de abandono no final do 3.º ano de formação dos cursos profissionais.

Page 25: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 24

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VI - AVALIAÇÃO DO PEE

O Projecto Educativo será a concretização de um conjunto mais vasto de projectos e

actividades que incluem o Plano Anual de Actividades, o Plano de Acção da Biblioteca

Escolar/Centro de Recursos e de outros projectos, incluindo a actividade dos clubes. Ainda assim,

o seu grau de concretização ao nível das metas será aferido em diferentes momentos:

a) Anualmente:

• Dados estatísticos;

• Actas e relatórios de actividades;

• Relatórios de actividades das estruturas de gestão intermédia;

• Questionários e inquéritos.

a) No final do triénio:

• Entrevistas e questionários à comunidade educativa;

• Análise dos relatórios e sugestões anuais de melhoria.

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Projecto Educativo 2009/2012 25

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VII - FORMAÇÃO E ACTUALIZAÇÃO DE

PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS

Na impossibilidade de se proceder a um levantamento rigoroso e exaustivo das necessidades

de formação, indicam-se algumas áreas prioritárias:

Docentes:

• Didáctica do Ensino Profissional

• Directores de Turma (Liderança, comunicação e gestão de conflitos)

• Indisciplina

• Educação Especial

• Avaliação e supervisão pedagógica

• Didácticas específicas

• Formação EFA

• Formação para Validação de Competências em Portefólio

• Competências TIC

Assistentes operativos:

• Relacionamento interpessoal

• Intervenção Pedagógica

Page 27: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 26

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VIII - CONCLUSÃO

O Projecto Educativo que aqui se apresenta pretende desenhar as traves mestras das

decisões de natureza gestativa e pedagógica para o próximo triénio. Tanto quanto possível,

restringiram-se ao mínimo as dimensões teórico-conceptuais, valorizando-se o conhecimento

empírico das realidades e a definição de metas e estratégias. Para poder cumprir a sua missão, a

escola pública não carece apenas de um instrumento de gestão objectivo, que estabeleça metas

mensuráveis num dado contexto espácio-temporal. As escolas são feitas de pessoas e para

pessoas: carecem por isso da edificação de uma cultura própria, de um património identitário

interiorizado pelos diferentes actores e parceiros sociais. Os Projectos Educativos não podem, só

por si, edificar essa identidade colectiva. Exigem um esforço de toda a comunidade educativa para

transformar a instituição numa referência educativa e cultural no meio em que está instituída.

Carecem de um reforço das expectativas das famílias, do corpo docente e do conjunto dos

serviços e funcionários face à capacidade das instituições educativas para assumir um lugar de

centralidade num sistema que possa contribuir efectivamente para aumentar os níveis de

formação e de escolarização da população local; para se afirmar como instância produtora de

eventos e de valores culturais que lhe desenhem o perfil identitário; para, na substância,

romperem com o círculo vicioso de reprodução da rede de pobreza e exclusão social.

Naturalmente que a escola, isolada, não pode carregar tão desmesurada responsabilidade, apesar

de lhe cumprir um papel central nas dinâmicas sociais e culturais do meio em que está inserida.

Uma das virtudes eventuais deste Projecto Educativo decorre do facto de ele ter na sua

génese um amplo debate e largos contributos. Durante meses foram ouvidos diferentes órgãos de

gestão intermédia, serviços e parceiros: coordenadores de directores de turma dos cursos

científico-humanísticos e profissionais; coordenadores de departamento e representantes de

grupos de recrutamento; conselho de coordenação do ensino profissional; equipa de avaliação

interna e monitorização pedagógica; serviços de psicologia e orientação; serviço de educação

especial; coordenação da biblioteca escolar/centro de recursos; chefe de secretaria e chefe dos

assistentes operacionais e Associação de Pais e Encarregados de Educação. A todos é devida uma

palavra de sincero agradecimento. Mas o mérito putativo deste processo mais demorado de

reflexão e discussão não estará talvez na qualidade do resultado final, que é sempre provisório e

precário. Reside sobretudo na dinâmica de auto-reflexão instituída – e que se pretende continuar

Page 28: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 27

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

– reveladora eventual de mecanismos de gestação de uma consciência mais empenhada e crítica,

mas ao mesmo tempo mobilizadora.

A comissão do Conselho Pedagógico responsável pelo Projecto Educativo, constituída pelo

director da escola, pelo seu adjunto e pelo coordenador do CNO, professores Américo Gonçalves,

Miguel Santos e José Monteiro, agradece a colaboração e o esforço de todos os que se

consociaram para a sua concepção e elaboração. E espera de todos a responsabilidade e o

empenho necessários para a sua concretização.

A revisão deste PEE será realizada no final do ano lectivo de 2011/2012, cabendo ao

Conselho Pedagógico a iniciativa de a promover.

Page 29: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 28

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

IX - BIBLIOGRAFIA E FONTES

Canário, Rui et al (1992), Inovação e Projecto Educativo de Escola. Lisboa: Educa.

Costa, Jorge A. (2003), O Projecto Educativo da Escola e as Políticas Educativas Locais:

discursos e práticas. Aveiro: Universidade Edições.

Carta Educativa do Município de Peniche, Câmara Municipal de Peniche, 2008.

Diagnóstico Social de Peniche, Câmara Municipal de Peniche, 2004.

Formosinho, F (1991), Modelos Organizacionais de Formação Contínua de Professores. In

Formação de Professores: Realidades e Perspectivas. Aveiro: Universidade de Aveiro.

Fontoura, A. (2006), Do Projecto Educativo de Escola aos Projectos Curriculares. Fundamentos,

processos e procedimentos. Porto: Porto Editora.

Legislação: Decreto n.º 75/2008, de 25 de Abril.

Santos, Miguel Dias (2009), Contributos para a história do ensino técnico-profissional em

Peniche. Peniche: Escola Secundária de Peniche.

Page 30: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 29

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Índice

I - INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 1

1. Objectivos Gerais........................................................................................................................ 2

II - IDENTIDADE ................................................................................................................................... 3

1. Breve Resenha Histórica............................................................................................................. 3

2. O meio ........................................................................................................................................ 4

3. População escolar ...................................................................................................................... 6

3.1 Alunos ............................................................................................................................. 6

3.2 Adultos e formandos ...................................................................................................... 7

3.3 Pessoal docente.............................................................................................................. 7

3.4 Pessoal não docente....................................................................................................... 7

3.5 Pessoal técnico-pedagógico ........................................................................................... 7

III - OFERTAS EDUCATIVAS ................................................................................................................. 8

1. Ofertas Curriculares ................................................................................................................... 8

2. Ofertas não Curriculares ............................................................................................................ 9

2.1 Centro Novas Oportunidades ......................................................................................... 9

IV - SERVIÇOS TÉCNICO-PEDAGÓGICOS ........................................................................................... 13

1. Serviço de Psicologia e Orientação .......................................................................................... 13

2. Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos .................................................................. 13

2.1 Espaços ......................................................................................................................... 13

2.3. Serviços e Recursos Educativos .................................................................................... 14

2.4. Objectivos ..................................................................................................................... 14

V - ÁREAS DE INTERVENÇÃO ESTRATÉGICA ..................................................................................... 16

1. Objectivos Gerais...................................................................................................................... 16

3. Áreas de Intervenção ............................................................................................................... 17

3.2. Prestação do Serviço Educativo: Desenvolvimento e Organização Curricular............. 17

Page 31: Documentos Orientadores

Projecto Educativo 2009/2012 30

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

3.3. Realização do Processo de Ensino-Aprendizagem: Dinâmicas e Avaliação das

Aprendizagens .......................................................................................................................... 18

3.4. Realização do Processo de Ensino-Aprendizagem: Apoios Educativos ........................ 19

3.5. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Serviços de Psicologia e Orientação

19

3.6. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Educação Especial ......................... 20

3.7. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Educação para a Saúde ................. 20

3.8. A Escola e o Desenvolvimento Integral do Aluno: Educação para a Cidadania ........... 21

3.9. Abertura ao Exterior ..................................................................................................... 21

3.10. Ambiente de Trabalho e Equipamentos ................................................................... 22

3.11. Monitorização e Avaliação Interna .......................................................................... 22

VI - AVALIAÇÃO DO PEE .................................................................................................................... 24

VII - FORMAÇÃO E ACTUALIZAÇÃO DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS ........................................ 25

VIII - CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 26

IX - BIBLIOGRAFIA E FONTES ............................................................................................................ 28