orientaÇÕes para o encerramento de mandato

37
Estado do Rio Grande do Sul Tribunal de Contas do Estado ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO 2 2 0 0 1 1 1 1

Upload: trinhnhu

Post on 07-Jan-2017

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

EEssttaaddoo ddoo RRiioo GGrraannddee ddoo SSuull TTrriibbuunnaall ddee CCoonnttaass ddoo EEssttaaddoo

OORRIIEENNTTAAÇÇÕÕEESS PPAARRAA OO EENNCCEERRRRAAMMEENNTTOO DDEE MMAANNDDAATTOO

22001111

Page 2: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

CIP – CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO R585r

Rio Grande do Sul. Tribunal de Contas do Estado. Orientações para o encerramento de mandato. – Porto Alegre, 2011 44 p.

1. Contas – Administração Pública – Fiscalização - RS

CDU 336.126:351.94 (816.5) Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca do Tribunal de Contas do Estado do RS

Page 3: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul

Conselheiros

Presidente: Cezar Miola

1º Vice-Presidente: Algir Lorenzon

2º Vice-Presidente: Marco Peixoto

Corregedor-Geral: Iradir Pietroski

Auditores Substitutos de Conselheiro:

Heloisa Tripoli Goulart Piccinini

Rozangela Motiska Bertolo

Cesar Viterbo Matos Santolim

Pedro Henrique Poli de Figueiredo

Alexandre Mariotti

Procurador do Ministério Público de Contas: Geraldo da Camino

Adjuntos de Procurador: Daniela Wendt Toniazzo

Ângelo Gräbin Borghetti

Fernanda Ismael

Chefe do Gabinete da Presidência: Ana Lucia Xavier

Diretor-Geral: Valtuir Pereira Nunes

Diretor de Controle e Fiscalização: Victor Luiz Hofmeister

Diretor Administrativo: Tarcisio Dal Ri

Diretor da Escola de Gestão e Controle Francisco Juruena: Sandro Trescastro Bergue

Coordenador da Consultoria Técnica: Eduviges Rogério de Souza

Page 4: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

Dez Mandamentos do Bom Administrador Público

1 – Planeje

2 – Cumpra o planejado

3 – Cumpra a lei

4 – Seja prudente

5 – Aprenda com a experiência

6 – Seja transparente

7 – Documente seus atos

8 – Mantenha assessoria técnica competente

9 – Seja eficiente e eficaz

10 – Seja ético – tenha sempre em vista o interesse público; sem isso, todos os demais mandamentos não têm sentido.

Fonte: Tribunal de Contas da União

Page 5: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

Siglas A seguir são apresentadas as siglas adotadas no trabalho:

ADCT Ato das Disposições Constitucionais Transitórias

AC Ativo Circulante

APE Auditor Público Externo

BAM Boletim de Administração Pública Municipal da Fiorilli

CF Constituição Federal

DF Distrito Federal

DOU Diário Oficial da União

EC Emenda Constitucional

FPM Fundo de Participação dos Municípios

ICMS Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de

Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal de Comunicação

IN Instrução Normativa

IOB Informações Objetivas

LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias

LOA Lei Orçamentária Anual

LRF Lei de Responsabilidade Fiscal

MCI Manifestação Conclusiva da Unidade de Controle Interno

NDJ Nova Dimensão Jurídica - Editora

RCL Receita Corrente Líquida

RGF Relatório de Gestão Fiscal

RITCE Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado

RPPS Regime Próprio de Previdência Social

RREO Relatório Resumido da Execução Orçamentária

RS Rio Grande do Sul

RVE Relatório de Validação e Encaminhamento

SIAPC Sistema de Informações para a Auditoria e Prestação de Contas

SIAPES Sistema Informatizado de Auditoria de Pessoal

SISCOP Sistema de Controle de Obras Públicas

TCE Tribunal de Contas do Estado

Page 6: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 7

1. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL: VEDAÇÕES IMPOSTAS PARA O

ÚLTIMO ANO DE MANDATO................................................................................. 8

1.1 - DESPESAS COM PESSOAL...........................................................................10

1.2 RESTOS A PAGAR............................................................................................14

2 - LEI DE CRIMES FISCAIS: PUNIÇÕES PELO NÃO-CUMPRIMENTO DA

LRF NO ÚLTIMO ANO DE MANDATO................................................................17

3 - ENCERRAMENTO DE MANDATO: PROCEDIMENTOS

ADMINISTRATIVOS.................................................................................................18

4 - A FISCALIZAÇÃO EXERCIDA PELO TCE/RS.....................................................21

4.1- PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GESTÃO FISCAL.........................................21

4.2 - MOTIVOS PARA A EMISSÃO DE PARECER PELO NÃO

ATENDIMENTO ÀS NORMAS DA LRF...........................................................22

4.3 - PRESTAÇÃO E TOMADA DE CONTAS ANUAL ........................................26

4.3.1 - RESPONSABILIDADE PELA ENTREGA..........................................................28

ANEXOS.......................................................................................................................29

Principais Atividades da LRF e sua Fundamentação Legal.......................29

Casos de Alerta.....................................................................................................31

Telefones Úteis do Tribunal de Contas do RS ..............................................37

Page 7: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

7

INTRODUÇÃO

Os encerramentos de exercícios financeiros trazem consigo uma série de

providências a serem adotadas pelos mandatários e profissionais que lidam com

a Administração Pública.

Quando tratar-se do último ano de mandato dos prefeitos e da legislatura

dos vereadores, certamente irá exigir, ainda, maiores cuidados.

O Tribunal de Contas do Estado do RS, investido nas suas prerrogativas

constitucionais e legais, mas principalmente, imbuído em suas atribuições de

natureza preventiva e de orientação, edita este Manual com o objetivo de

colaborar com os Administradores Municipais nos assuntos atinentes ao último ano

de mandato. Nessa linha, será promovida no decorrer deste exercício uma série

de encontros abordando a matéria aqui tratada, pois muitas são as providências

a serem observadas para que, no futuro, não venham a serem questionados os

resultados apresentados e os atos praticados pelos governos que se vão...

Não há como se esgotar o assunto, pode-se apenas delinear,

resumidamente, as principais providências a serem adotadas pela Administração

Municipal, até 31 de dezembro de 2012 por ocasião do encerramento de todo e

qualquer exercício financeiro e, de forma especial, por se tratar do último ano de

mandato dos Prefeitos Municipais.

Page 8: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

8

1. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL: VEDAÇÕES IMPOSTAS PARA O ÚLTIMO ANO DE MANDATO

A Lei Complementar Federal nº 101, de 04 de maio de 2000, mais

conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), instituiu uma nova cultura

administrativa, pois, além de conter novos instrumentos de controle, ampliou a

responsabilidade do administrador na gestão dos recursos públicos.

A LRF veio reforçar a necessidade de planejamento das ações do

administrador, que deve agir preventivamente e não apenas corretivamente,

com vistas a alcançar o equilíbrio das contas públicas, por meio do cumprimento

de metas de resultados entre receitas e despesas e da obediência a diversos

limites e condições, em especial no que tange à renúncia de receita, geração de

despesas com pessoal, dívida consolidada, operações de crédito e inscrição em

Restos a Pagar.

Esse novo comando legal consagra, em seu teor, inúmeras situações que

impõem vedações de variadas naturezas administrativas e jurídicas.

Tratando-se de encerramento de mandato, estão expressamente vedadas

as seguintes ocorrências:

- ato que resulte em aumento da despesa com pessoal, expedido nos cento e

oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou

órgão referido no art. 20 (art. 21, parágrafo único);

- contratar operação de crédito por antecipação de receita – ARO (art. 38, inciso

IV, alínea “b”);

- contrair, nos dois últimos quadrimestres do mandato, obrigação de despesa que

não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a

serem pagas no exercício seguinte, sem que haja suficiente disponibilidade de

caixa para este efeito (art. 42).1

Importa referir que, no caso de a ultrapassagem dos limites estabelecidos para a

despesa com pessoal e/ou dívida consolidada ocorrer no 1º quadrimestre do

1 Segundo o parágrafo único do art. 42 da LRF: “Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício”.

Page 9: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

9

último ano de mandato do titular do Poder ou órgão, aplicam-se, de imediato, as

restrições previstas na LRF, quais sejam:

a) despesa com pessoal:

Art. 23, § 3º: - [...] enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá:

I – receber transferências voluntárias;

II – obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;

III – contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das despesas com pessoal.

§ 4o As restrições do § 3o aplicam-se imediatamente se a despesa total com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de Poder ou órgão referidos no art. 20.

b) excesso na dívida consolidada:

Art. 31, § 1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:

I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária;

II - obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho, na forma do art. 9o.

§ 2o Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também impedido de receber transferências voluntárias da União ou do Estado.

§ 3o As restrições do § 1o aplicam-se imediatamente se o montante da dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.

Merecem especial atenção, entretanto, as situações que envolvem as

Despesas com Pessoal e os Restos a Pagar.

DISPONIBILIZAÇÃO EM TEMPO REAL LEI COMPLEMENTAR Nº 131/2009

Acrescenta dispositivos à Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a

fim de determinar a disponibilização, em tempo real, de informações

pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Prazo Data Final Municípios com mais de 100.000 hab. 1 ano 27/05/2010 Para Municípios entre 50.000 e 100.000 hab. 2 anos 27/05/2011 Para Municípios que tenham até 50.000 hab. 4 anos 27/05/2013

Page 10: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

10

DECRETO Nº 7.185, DE 27 DE MAIO DE 2010

Dispõe sobre o padrão mínimo de qualidade do sistema integrado de

administração financeira e controle, no âmbito de cada ente da Federação, nos

termos do art. 48, parágrafo único, inciso III, da Lei Complementar nº 101, de 4 de

maio de 2000.

PORTARIA Nº 548, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2010

Estabelece os requisitos mínimos de segurança do sistema e requisitos

contábeis do sistema integrado de administração financeira e controle utilizado

no âmbito de cada ente da Federação, adicionais aos previstos no Decreto nº

7.185, de 27 de maio de 2010.

1.1 - DESPESAS COM PESSOAL

Limites estabelecidos na LRF:

Executivo Municipal*

Limite Para Emissão de Alerta – LRF, inciso II do § 1º do art. 59 48,60% Limite Prudencial – LRF, Parágrafo único do art. 22 51,30% Limite Legal – LRF, alínea “b” do inciso III do art. 20 54,00%

(*) Os percentuais serão calculados com base na RCL- Receita Corrente Líquida.

Legislativo Municipal*

Limite para Emissão de Alerta - LRF, inciso II do § 1º do artigo 59 5,4% Limite Prudencial – LRF, Parágrafo único do artigo 22 5,7% Limite Legal – LRF, alínea “a” do inciso III do artigo 20 6,0% (*) Os percentuais serão calculados com base na RCL- Receita Corrente Líquida.

Conforme já referido, o aumento de despesa com pessoal nos últimos 180

dias do final de mandato (entre 5 de julho e 31 de dezembro) foi vedado pelo art.

21 da LRF.

Page 11: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

11

O TCE/RS manifestou-se sobre a matéria por meio do Parecer nº 51/20012,

aprovado pelo Tribunal Pleno à unanimidade, em sessão de 01-08-2001:

[...] Será, portanto, essencial para a prática, pelo gestor público, de atos que impliquem em aumento das despesas com pessoal, no período previsto no parágrafo único do art. 21 da LRF, que tais atos consistam em mera concretização de anterior comando legal, além de necessários ao cumprimento, pelo administrador, de seu dever de não paralisar a administração pública (grifamos).

Considerando que não há como esgotar a matéria, são elencadas, no

referido Parecer, a título exemplificativo, algumas situações entendidas como

praticáveis no período de vedação previsto no já citado dispositivo legal, mesmo

que impliquem em aumento de despesas com pessoal por “[...] se tratarem,

apenas, de meros atos vinculados do gestor público, porque voltados para a

concretização de anterior comando legal”.

Despesas com pessoal que podem ser assumidas pelo titular de órgão ou

Poder, nos 180 dias anteriores à vedação posta no parágrafo único do art. 21 da

LRF, mesmo que impliquem em aumento desta despesa, segundo consta no

Parecer nº 51/2001:

1) Provimento de cargos efetivos vagos, preexistentes, quer em substituição de servidores inativos, falecidos, exonerados, ou seja qual for a causa da vacância;

2) Provimento de cargos efetivos vagos, seja qual for a causa da vacância, inclusive por vagas que venham a ser concretizadas no período de vedação, desde que a respectiva autorização legislativa para sua criação tenha sido encaminhada, pelo titular de Poder ou órgão competente, ao Poder Legislativo, antes do início daquele prazo e, isto, porque a demora, aqui, cabe ao Legislativo, não se podendo, por isso, imputar ao administrador ilegitimidade para a prática de tais atos;

3) Nomeação para cargos em comissão pré-existentes que vagarem, no período;

4) Nomeação para cargos em comissão cujas vagas venham a ser concretizadas no período de vedação, desde que a iniciativa legislativa para sua criação tenha sido exercida pelo respectivo titular de Poder ou órgão e encaminhada ao Poder Legislativo antes do início daquele prazo, pelas razões expostas no nº 2, supra;

5) Contratação temporária de pessoal, porque autorizada pela própria Constituição Federal, no inciso IX do art. 37, sempre que necessário para

2 Ver Decisões nos Processos nºs 5010-02.00/01-6 e 4971-02.00/01-6.

Page 12: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

12

‘atender a necessidade temporária de excepcional interesse público’, devendo estar caracterizada a emergência legitimadora desta forma de contratação;

6) Designação de funções gratificadas e suas substituições, bem como atribuição de gratificações de representação, criadas por legislação anterior ao período de vedação;

7) Designação de funções gratificadas ou suas substituições, bem como atribuição de gratificações de representação, quando sua instituição for concretizada posteriormente, desde que o respectivo projeto de lei para sua criação tenha sido encaminhado pelo Poder ou órgão, a quem cabe sua iniciativa legislativa, ao Poder Legislativo, antes do início do prazo excepcionado pela LRF;

8) Realização de concurso público, até porque esta é a forma constitucional regular de provimento de cargos públicos (inciso II, art. 37 da Constituição Federal);

9) Concessão de vantagens, inclusive as temporais - ex facto temporis - reguladas em lei editada anteriormente ao período de vedação, porque estes são benefícios pessoais do servidor, já adquiridos;

10) Concessão de promoções, reguladas em lei editada anteriormente ao período de vedação, que deverão ser concedidas nos termos, na forma e segundo os requisitos específicos previstos na respectiva legislação reguladora preexistente ao período de vedação. A efetivação de promoções, em muitas situações, é, inclusive, indispensável à continuidade dos serviços públicos como, por exemplo, para fins de provimento de comarcas ou regionais de órgão, caso do Poder Judiciário, Ministério Público, do próprio Tribunal de Contas, e outros;

11) Honorários, seja em função da participação do servidor como membro de banca de concurso, ou de sua gerência, planejamento, execução ou outra atividade auxiliar a ele correlata, em razão de que esta é remuneração a ele devida por exercício de atividade extra cargo indispensável à prestação dos serviços públicos e/ou sua continuidade. [...];

12) Pagamento de honorários a servidor por treinamento de pessoal (inciso IV, art. 85, e inciso III, art. 121 do Estatuto do Servidor Público do RS), [...]. A única exigência para pagamento destes honorários no período referido será sua devida motivação, que deverá deixar clara a indispensabilidade da realização destas despesas no período excepcionado;

13) Pagamento de honorários a servidor por atuação como professor em cursos legalmente instituídos (inciso IV do art. 85 e inciso IV do art. 121 do Estatuto do Servidor Público do RS), pelas mesmas razões constantes do item anterior e nas mesmas condições nele elencadas;

14) Concessão de revisão salarial geral anual aos servidores públicos, prevista no inciso X do art. 37 da Constituição Federal, desde que existente política salarial prévia;

15) Não é admissível, contudo, a concessão de reajustes salariais setorizados por categorias, instituído no período de vedação;

16) Concessão de aumentos salariais previstos em norma legal editada anteriormente ao período de vedação, com repercussão, nele,

Page 13: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

13

de parcelas determinadas na respectiva lei reguladora. (grifamos)

A realização dos atos administrativos relacionados às despesas elencadas

fica condicionada, entretanto, à observância do contido no caput do art. 169 da

Constituição Federal e de seu parágrafo único, o que significa a existência de

"prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa

de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes", e de "autorização específica na

lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades

de economia mista", bem como aos limites de despesa com pessoal previstos no

art. 20, atentando, ainda, ao disposto no art. 42, ambos da LRF.

Ressalta-se, por oportuno, que os Administradores devem observar também

as limitações e vedações impostas pela legislação eleitoral em vigor, cujas

dúvidas, neste sentido, deverão ser solvidas junto à Justiça Eleitoral.

No já referido Parecer nº 51/2001, foram arrolados, ainda, alguns exemplos

de despesas que não se caracterizam como de despesa com pessoal e,

portanto, não se enquadram na vedação do parágrafo único do art. 21 da LRF:

a) diárias, ajudas de custo (de caráter indenizatório), despesas com estagiário, contratos de terceirização de mão-de-obra [3] - consoante entendimento já consolidado pelo Colendo Pleno deste Tribunal;

b) auxílio-funeral, por tratar-se de despesa com seguridade social, de caráter eventual, não incluível no caput do art. 18 da LRF;

c) indenização pelo uso de veículo particular, de caráter evidentemente indenizatório de despesa feita pelo servidor, às suas custas, em proveito do Estado;

d) despesas de custeio, como ‘despesas gerais, comunicação, energia elétrica, água, material de expediente, material de limpeza e higiene’ [...]

No último ano de mandato, o titular de Poder ou órgão que apresentar

excesso na despesa com pessoal deverá tomar as providências no sentido de

adequá-la ao patamar fixado pela LRF, sob pena de sofrer, de imediato, as

sanções previstas na Lei (art. 23, § 3º).

3 A questão envolvendo os contratos de terceirização deve ser verificada,

fundamentalmente, do ponto de vista da legalidade de sua implementação, visando determinar em que situações poderia ser empregada.

Page 14: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

14

1.2 RESTOS A PAGAR

Do Artigo 42 da LC Federal nº 101/2000

Ao final do exercício, as despesas empenhadas e não pagas inscritas

como Restos a Pagar, conforme disposto no art. 36 da Lei Federal nº 4.320/64,

buscou-se, junto ao SIAPC, o valor dos empenhos efetuados nos meses de maio a

dezembro de 2008, identificando, dentre os mesmos, aqueles que não haviam

sido liquidados, e, dentre os liquidados, aqueles que não haviam sido pagos

durante o exercício de 2008, os quais são demonstrados no quadro a seguir, com

as respectivas disponibilidades financeiras, para possibilitar a verificação do

cumprimento do disposto no art. 42 da LC Federal nº 101/2000.

Na análise da tabela retromencionada, o Executivo não atende aos

preceitos inscritos no art. 42 da LC Federal nº 101/2000, haja vista que não há

suficiente disponibilidade financeira para as despesas empenhadas nos últimos

dois quadrimestres do mandato, nos recursos relacionados, que não foram

pagas dentro do mesmo.

Do Equilíbrio Financeiro - § 1º do art. 1º da LC Federal nº 101/2000

Restos a Pagar Recurso Processados Não

Processados Total

Disponibilidade Financeira

Insuficiência

0001 43.914,22 0,00 43.914,22 44.244,35 0,000001 5.200.901,79 765.601,66 5.966.503,45 0,00 5.966.503,450020 2.064.473,34 0,00 2.064.473,34 39.451,20 2.025.022,140031 317.156,78 0,00 317.156,78 317.156,78 0,000040 866.294,99 56.252,55 922.547,54 99.670,23 822.877,310400 592.462,06 0,00 592.462,06 57.425.313,50 0,001325 3.706.494,77 0,00 3.706.494,77 2.968.750,00 737.744,774300 25.038,01 0,00 25.038,01 3.318,69 21.719,32

Page 15: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

15

Em R$ Restos a Pagar com Insuficiência Financeira

Exercícios Anteriores Exercício Atual Recurso Processados Não Processados Processados Não Processados

CGC

(1) 0001 0,00 0,00 2.183,57 0,00 08537127000156 0001 1.152.348,00 0,00 5.743.276,03 850.601,66 88488366000100 0020 0,00 0,00 2.261.507,62 0,00 88488366000100 0040 0,00 0,00 877.912,05 56.252,55 88488366000100 1119 35.842,68 0,00 0,00 0,00 88488366000100 1269 0,00 0,00 21.466,89 0,00 88488366000100 1325 0,00 0,00 737.744,77 0,00 88488366000100 4300 0,00 5.501,04 21.719,32 0,00 88488366000100 4935 0,00 0,00 16.130,32 0,00 88488366000100

Subtotal 1.188.190,68 5.501,04 9.681.940,57 906.854,21 TOTAL 11.782.486,50

Insuficiências Financeiras pertencentes aos Órgãos da Administração Indireta: (1) Escritório da Cidade de Santa Maria

INSUFICIÊNCIA FINANCEIRA Exerc

Valor* (R$) Relativo Base Fixa**

Evolução Anual (%)

Valor* (R$) Relativo Base Fixa**

Evolução Anual (%)

2004 17.091.344,86 100,00 - 9.913.529,82 100,00 - 2005 16.747.085,74 -2,01 -2,01 11.099.973,09 11,97 11,97 2006 22.771.714,92 33,24 35,97 19.326.472,34 94,95 74,11 2007 28.424.560,87 66,31 24,82 18.142.179,80 83,00 -6,13 2008 27.433.324,83 60,51 -3,49 11.782.486,50 18,85 -35,05

(*) Valores indexados pelo IGP-DI/FGV Médio, tomando-se como base o exercício de 2008. (**) Base fixa: exercício de 2004. Tendo por base os valores atualizados monetariamente, observa-se que a Insuficiência Financeira existente no encerramento do exercício 2008, no valor de R$ 11.782.486,50, é 18,85 % superior em p.p (pontos percentuais) à apresentada no encerramento do exercício de 2004, demonstrando uma situação de DESEQUILÍBRIO FINANCEIRO durante esta gestão, desatendendo ao disposto no § 1º do art. 1º da LC Federal nº 101/2000.

No acompanhamento do equilíbrio financeiro de que trata o § 1º do artigo

1º da LRF, bem como na verificação do cumprimento do art. 42, os

Administradores devem observar que os Restos a Pagar serão suportados somente

pelos recursos financeiros a eles vinculados.

Segundo consta em Instrução Normativa para verificação do limite das

disponibilidades financeiras, observadas as respectivas vinculações para inscrição

em Restos a Pagar, serão considerados os seguintes procedimentos:

Page 16: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

16

Disponibilidade de Caixa*

(-) Restos a Pagar Processados de Exercícios Anteriores*

(-) Restos a Pagar do Exercício*

(-) Restos a Pagar Não Processados de Exercícios Anteriores*

(=) Valor da Disponibilidade Financeira existente ou inexistente para a

cobertura de RPNP do Exercício*

(*) Por recurso vinculado

No caso da verificação do cumprimento do artigo 42 da LRF o cálculo da

disponibilidade financeira para a cobertura das despesas realizadas nos oito

últimos meses de mandato será:

=> Saldo de Restos a Pagar Processados e Não Processados (por recurso

vinculado), relativos a empenhos emitidos entre 01/05 e 31/12

=> comparado à Disponibilidade Financeira (por recurso vinculado) em 31/12.

Uma questão recorrente é o tratamento a ser dado às despesas realizadas

pelo Município, mas que serão cobertas por valores a serem repassados pela

União e/ou Estado.

Nesses casos, a linha adotada pelo TCE/RS, amparada na Informação da

Consultoria Técnica nº 22/20044, tem sido a de considerar como se

“disponibilidades financeiras fossem” os valores resultantes dos débitos da União

e/ou do Estado para com os Municípios, desde que “decorrentes de convênios,

contratos ou ajustes”. Para tanto, devem ser prestadas informações adicionais e

procedidos alguns ajustes quando do encaminhamento dos dados e documentos

que compõem a Prestação de Contas de Gestão Fiscal do Administrador.

As formas de como proceder a esses ajustes corretamente constam em

Instrução Normativa.

4 Processo nº 5073-02.00/04-0. Tribunal Pleno, sessão de 07-07-2004.

Page 17: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

17

2 - LEI DE CRIMES FISCAIS: PUNIÇÕES PELO NÃO-CUMPRIMENTO DA LRF NO ÚLTIMO ANO DE MANDATO

Muito embora a aplicação da Lei Federal nº 10.028/2000, mais conhecida

como a Lei de Crimes Fiscais, seja de alçada do Ministério Público Estadual,

entende-se oportuno apresentar as punições previstas nessa lei, aos gestores que

não atenderem às normas da LRF:

Infração Referência Artigo no Código Penal

Pena

Inscrever a Despesa em Restos a Pagar sem prévio empenho e/ou superando limite legal.

artigos 60 da Lei 4.320/64 e 42 da LRF

359 –B Detenção de 06 meses a 2 anos

Assumir obrigações nos oito últimos meses do mandato sem cobertura de caixa.

art. 42 da LRF 359 –C Reclusão de 1 a 4 anos

Ordenar despesa não autorizada por lei.

arts.15,16 e 17 da LRF

359 –D Reclusão de 01 a 04 anos

Deixar de cancelar o montante de restos a pagar inscrito em valor superior ao permitido em lei.

art.42 da LRF 359 –F Detenção de 06 meses a 02 anos

Aumentar despesa com pessoal nos últimos 180 dias do mandato.

art. 21, parágrafo único, da LRF

359 –G Reclusão de 01 a 04 anos

Page 18: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

18

3 - ENCERRAMENTO DE MANDATO: PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

Ultimamente, tem sido comum a adoção do que vem sendo chamado de

"governo de transição", isto é, da formação de uma equipe de profissionais

composta por representantes dos "atuais governos" e dos "governos futuros".

Este "governo de transição", normalmente, estará encarregado de passar

aos novos dirigentes as mais variadas informações de ordem econômico-

financeiras, além de patrimoniais, e que diminuirão, sensivelmente, as atribulações

de início de mandato.

Na grande maioria dos Municípios, essas providências ficam a cargo dos

serviços de Contabilidade e do Controle Interno. Entretanto, os mesmos

dependem de informações dos mais variados setores da Administração Pública

Municipal para a consecução de seus trabalhos. Justamente por isto, devem

articular-se o quanto antes com esses setores para que possam realizar suas

tarefas a contento.

Na esfera estadual, a Lei Estadual nº 10.683, de 4 de janeiro de 1996 (Anexo

IV deste Manual), estabelece a obrigatoriedade e fixa normas aos gestores da

administração pública quanto à prestação de contas de seus antecessores. Essa

norma é um bom modelo a ser reproduzido no âmbito de cada Município, pois

garante a obtenção de informações e a entrega da documentação ao Tribunal

em tempo hábil.

A seguir, são elencados5, resumidamente, alguns procedimentos

entendidos como pertinentes no último ano de mandato do gestor público

municipal:

a) designação de servidor, por Portaria, para preparar o ato de assunção do

cargo;

b) estabelecer data limite para emissão de empenho; data além da qual não se

realizarão despesas, não se emitirão cheques e não se realizarão pagamentos,

salvo nos casos estritamente necessários e inadiáveis, com prévia e expressa

5 Procedimentos elaborados pela Direção de Controle e Fiscalização em julho de 2004.

Page 19: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

19

autorização do prefeito ou de servidor por ele designado;

c) elaboração do competente Termo de Conferência de Caixa, a ser lavrado ao

final do expediente do último dia útil do mês de dezembro, contendo informações

sobre a composição dos valores encontrados em dinheiro, em cheques e demais

documentos, devendo ser assinado pelo tesoureiro, sendo recomendado que

este documento seja firmado, também, por outro(s) agente(s) público(s), tais

como o Prefeito Municipal, o Contador, o Secretário da Fazenda, ou outro

designado para tanto;

d) elaboração do Boletim de Caixa e Bancos, relativo ao último dia útil do mês de

dezembro, com o saldo que será transferido para o exercício seguinte, devendo

ser assinado pelo tesoureiro, sendo recomendado que este documento seja

firmado, também, por outro(s) agente(s) público(s), tais como o Prefeito Municipal,

o Contador, o Secretário da Fazenda, ou outro designado para tanto;

e) elaboração do Demonstrativo das Disponibilidades, relativo ao último dia útil do

mês de dezembro, consignando os valores de Caixa, Bancos Conta Movimento e

Bancos Conta Vinculada;

f) apresentação dos extratos bancários de todas as contas correntes (movimento

e vinculadas), acompanhados das respectivas conciliações dos saldos bancários

em confronto com os saldos contábeis, se for o caso;

g) elaboração do Demonstrativo das Dívidas do Município, por qualquer forma

assumidas, constando: títulos (Restos a Pagar; Serviços da Dívida a Pagar;

Depósitos; Débitos de Tesouraria e Dívida Fundada Interna), nome do credor,

natureza, data do vencimento e respectivos valores;

h) elaboração do Demonstrativo dos Créditos do Município, constando: natureza

do crédito, nome do devedor, data do vencimento e respectivo valor;

i) relação dos Convênios, constando: órgão concessor, objeto e valores

individualizados, do convênio, do quanto foi recebido pela Prefeitura Municipal,

do quanto foi executado, bem como daquilo que já foi objeto ou não de

prestação de contas;

Page 20: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

20

j) relação dos Contratos e Termos Aditivos, dentro dos prazos de vigência

respectivos, constando: contratado, objeto, valor, forma de pagamento e prazo

de vigência inicial e final;

l) relação dos Bens Patrimoniais, móveis e imóveis, discriminando para os móveis:

descrição do bem, número do registro patrimonial, quantidade, localização e

valores unitário e total; para os imóveis, discriminando: descrição do bem,

documento de propriedade, localização e valor;

m) quando houver estoque de materiais: Relação dos Materiais no Almoxarifado,

com as seguintes informações: descrição dos materiais, unidades respectivas,

quantidade em estoque e valores unitário e total.

n) protocolar o último empenho do exercício ao final do expediente

Page 21: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

21

4 - A FISCALIZAÇÃO EXERCIDA PELO TCE/RS

4.1- PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GESTÃO FISCAL

Os procedimentos adotados pelo Tribunal de Contas do Estado do RS para

fiscalização, no âmbito municipal, de que trata a LRF, estão disciplinados em

Resolução.

Normas Disponíveis em www.tce.rs.gov.br

>Consultas

> Legislações

> Atos Normativos TCE-RS

Os documentos que integram a Prestação de Contas de Gestão Fiscal dos Chefes

dos Poderes Executivo e Legislativo são:

Relatório de Validação e Encaminhamento – RVE;

Relatório de Gestão Fiscal – RGF;

Manifestação Conclusiva do Controle Interno – MCI.

Esses documentos devem ser entregues segundo a sua exigibilidade:

quadrimestral ou semestral.

4.1.1 – RESPONSABILIDADE PELA ENTREGA

No momento da entrega dos documentos que integram a Prestação de

Contas de Gestão Fiscal (PCGF) referente ao 2º semestre ou 3º quadrimestre do

último ano de mandato surgem, freqüentemente, os seguintes

questionamentos:“quem assina esses documentos? o gestor que deixou o cargo

ou aquele que está à frente da Entidade no momento da entrega?”

Tratando-se da PCGF, a responsabilidade pelo encaminhamento das

informações e relatórios exigidos pelo TCE/RS será sempre do Administrador (ou

Substituto legal) que está à frente da Entidade por ocasião do vencimento do

prazo de entrega. É ele, também, quem assina e quem responde por eventuais

Page 22: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

22

atrasos ocorridos, muito embora a responsabilidade pela gestão recaia sobre

aquele que efetivamente administrou a Prefeitura ou a Câmara.

No caso das Contas de Gestão Fiscal relativas ao Exercício de 2012 :

Assinatura e remessa dos documentos e informações

Data Limite Para entrega

Administrador Municipal em

2012

Administrador Municipal em 2013 em 2013

1º Quadrimestre 31-05-2012 X 1º Semestre 31-07-2012 X 2º Quadrimestre 28-09-2012 X 2ºS ou 3ºQ/2012 31-01-2013 X Exercício de 2012 Responsabilidade pela Gestão

x

Os Administradores devem ter presente que “deixar de divulgar ou de

enviar ao Poder Legislativo e ao Tribunal de Contas o relatório de gestão fiscal,

nos prazos e condições estabelecidos em lei” constitui infração administrativa

contra a lei de finanças públicas (art. 5º, inciso I, da Lei Federal nº 10.028, de 19-

10-2000), sendo que a mesma será processada e julgada pelo Tribunal de

Contas.

Atenção: incorrer em infração administrativa sujeita o agente que lhe der causa à multa de até 30% (trinta por cento) dos seus vencimentos anuais.

4.2 - MOTIVOS PARA A EMISSÃO DE PARECER PELO NÃO ATENDIMENTO ÀS NORMAS DA LRF

A partir da análise das informações encaminhadas, o TCE/RS emite parecer

pelo “atendimento” ou “não atendimento” das normas da Lei Federal

Complementar nº 101/2000 (LRF).

Segundo consta em Resolução, poderão ensejar a emissão de Parecer pelo

não atendimento as seguintes ocorrências:

I - a não apresentação dos documentos referidos no art. 2º, nos prazos fixados no art. 3º, ambos da presente Resolução;

II - a assunção de obrigação sem autorização orçamentária, com fornecedores de bens e serviços, para pagamento a posteriori;

Page 23: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

23

III - ultrapassado o limite da despesa com pessoal, a não eliminação do percentual excedente, em pelo menos um terço, no primeiro quadrimestre seguinte ao da ocorrência;

IV - captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido;

V - a não liquidação integral do principal, juros e outros encargos incidentes sobre operação de crédito por antecipação de receita orçamentária, até o dia 10 (dez) de dezembro de cada ano, segundo dispõe o inciso II do art. 38 da Lei Federal Complementar nº 101, de 2000, bem como a realização de operação de crédito por antecipação de receita orçamentária no último ano de mandato do Prefeito Municipal e a contratação de nova operação de crédito por antecipação de receita orçamentária, enquanto a anterior de mesma natureza não estiver integralmente resgatada, vedações contidas nas alíneas “a” e “b” do inciso IV do art. 38 da Lei Federal Complementar nº 101, de 2000;

VI - a assunção, nos dois últimos quadrimestres do mandato, de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem a suficiente disponibilidade de caixa para esse fim, conforme vedação contida no art. 42 da Lei Federal Complementar nº 101, de 2000;

VII - ultrapassado o limite de endividamento público, de que trata o inciso II do art. 3º da Resolução do Senado Federal nº 40, de 20 de dezembro de 2001, a não eliminação gradual do percentual excedente, nos termos do art. 31 da Lei Federal Complementar nº 101, de 2000;

VIII - a falta de publicação e divulgação dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária (RREO) e Relatórios de Gestão Fiscal (RGF) no jornal local ou no Diário Oficial do Município, no mural e via Internet;

IX - gastos totais do Poder Legislativo Municipal acima dos limites legais de que tratam os incisos I a IV do art. 29-A da Constituição Federal;

X - despesa com a Folha de Pagamento do Poder Legislativo Municipal, incluído o gasto com subsídio de seus vereadores, acima do limite legal estabelecido no § 1º do art. 29-A da Constituição Federal;

XI - a não apresentação, pelo Poder Executivo Municipal, de informações consolidadas, na hipótese da existência de entidades da administração indireta municipal, fato que contraria o previsto na alínea “b” do inciso I do § 3º do art. 1º da Lei Federal Complementar nº 101, de 2000;

XII - o não encaminhamento, ou o encaminhamento fora do prazo, das contas do Município pelo Poder Executivo Municipal ao Poder Executivo da União, conforme determinado no § 1º do art. 51 da Lei Federal Complementar nº 101, de 2000;

XIII - a não realização das audiências públicas de que trata o § 4º do art. 9º da Lei Federal Complementar nº 101, de 2000, bem como a falta de avaliação do cumprimento das metas fiscais estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias;

XIV - a não utilização do plano de contas único, instituído por este Tribunal de Contas por meio da Resolução nº 581, de 2001, cuja utilização, por todas as entidades municipais regidas pela Lei Federal nº 4.320, de 1964, é obrigatória desde 01-01-2002; ou

Page 24: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

24

XV - constatação de situação de desequilíbrio financeiro das contas públicas.

XVI – a falta de disponibilização das informações na internet, em tempo real, conforme determina o art. 48, Parágrafo Único e art. 48-A, ambos da LC Federal nº 101/2000, com as alterações introduzidas pela LC Federal nº 131/2009;

XVII – a falta de assinatura do responsável pelo Controle Interno, nos termos do disposto no inciso I, do art. 4º da Instrução Normativa TCE nº XX/2011 e no Parágrafo Único do art. 54 da LC Federal nº 101/2000.

Destaca-se que:

Em 2004, encerramento de mandato dos Prefeitos Municipais, dos 95 Chefes

do Poder Executivo que receberam Parecer pelo não atendimento às normas da

LRF, somente 2 atenderam o art. 42, ou seja, 93 infringiram o citado dispositivo.

Em 2008, encerramento de mandato dos Prefeitos Municipais, dos 87 Chefes

do Poder Executivo que receberam Parecer pelo não atendimento às normas da

LRF, somente 20 atenderam o art. 42, ou seja, 67 infringiram o citado dispositivo.

Em 2008, quatro (4) Legislativos Municipais receberam Parecer pelo não

atendimento das normas da LRF em função da inobservância do art. 42 (Restos a

Pagar), Equilíbrio Financeiro, publicação do Relatório de Gestão Fiscal e entrega

do Relatório de Validação e Encaminhamento.

Em 2009, 51 Chefes do Poder Executivo receberam Parecer pelo não

atendimento às normas da LRF, em função de Desequilíbrio Financeiro, excesso

na Despesa com Pessoal e não realização de Audiência Pública.

Em 2009, um (1) Legislativo Municipal recebeu Parecer pelo não

atendimento das normas da LRF em função da inobservância do Desequilíbrio

Financeiro.

Até 12-08-2011 foram apreciados aproximadamente 81 % dos 992 processos

de Prestação de Contas de Gestão Fiscal – Exercício de 2010.

Do total analisado, 14 Poderes Legislativos (3,5 %) e 19 Poderes Executivos

(4,7 %) receberam Parecer pelo não atendimento da Lei de Responsabilidade

Fiscal.

Page 25: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

25

PODER EXECUTIVO PODER EXECUTIVO

70%

91% 87%95%

81% 85%79%

93%82%

90% 95,3%

30%

9% 13%5%

19% 15%21%

7%18%

10% 4,7%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

Não-Atendimento 30% 9% 13% 5% 19% 15% 21% 7% 18% 10% 4,7%

Atendimento 70% 91% 87% 95% 81% 85% 79% 93% 82% 90% 95,3%

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*

PODER LEGISLATIVO

64%59%

78%

98% 95% 95% 97% 99% 99% 100% 96,5%

36%41%

22%

5% 5% 3% 3,5%

0%1%1%2%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

Não-Atendimento 36% 41% 22% 2% 5% 5% 3% 1% 1% 0% 3,5%

Atendimento 64% 59% 78% 98% 95% 95% 97% 99% 99% 100% 96,5%

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*

Page 26: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

26

4.3 - PRESTAÇÃO E TOMADA DE CONTAS ANUAL

Para fins de exame das contas anuais dos Prefeitos Municipais, deverão ser

entregues no TCE/RS, até 31 de março do exercício seguinte, os documentos

relacionados no art. 113 do RITCE.

Art. 113 - [...]

I – Relativamente à gestão econômico-financeira e patrimonial:

a) a) relatório circunstanciado do Prefeito sobre a sua gestão, quanto às metas atingidas, conforme consta na Lei Orçamentária Anual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e no Plano Plurianual, bem como informações físico-financeiras sobre recursos aplicados na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino - MDE, no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação-FUNDEB e em Ações e Serviços Públicos de Saúde-ASPS;

b) relatório ou parecer do responsável pelo Sistema de Controle Interno, de modo a evidenciar a consistência dos sistemas de controle interno atinente à administração do executivo municipal;

c) declaração firmada pelo contador, ratificada pelo Prefeito, informando da realização de conciliações bancárias e seus respectivos resultados;

d) balanço geral do exercício anterior, nos termos da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, compreendendo os balanços orçamentários, financeiro e patrimonial, e a demonstração das variações patrimoniais;

e) Leis e Decretos de abertura de créditos adicionais e de operações de crédito, inclusive antecipações de receitas orçamentárias (ARO), com respectivo mapa de créditos;

f) Plano Plurianual;

g) Lei de Diretrizes Orçamentárias;

h) Lei Orçamentária Anual.

II – Relativamente à gestão dos recursos vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino:

a) relatório e parecer do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, acerca da alocação e da aplicação dos recursos vinculados a esse Fundo.

b) relatório e parecer do responsável pelo Sistema de Controle Interno relativamente à gestão dos recursos vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino.

III – Relativamente à gestão dos recursos vinculados às ações e serviços públicos de saúde:

a) relatório e parecer do Conselho de Saúde de que trata o art. 77, § 3º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;

b) relatório e parecer do responsável pelo Sistema de Controle Interno relativamente à gestão dos recursos vinculados às ações e serviços públicos de saúde.

Page 27: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

27

Parágrafo único - Havendo disposição legal que determine a correção monetária dos valores constantes na Lei Orçamentária Anual referida na alínea “h” do inciso I deste artigo, desde sua edição até o início de sua vigência, deverá ser demonstrado o valor total do orçamento corrigido, por elemento de despesa, em uma nova coluna do anexo 4 da Lei nº 4.320/64.

Já os documentos que integram a Tomada de Contas de Exercício ou Gestão do Poder Legislativo Municipal e dos Órgãos da Administração Indireta Municipal, relacionados no art. 115 do RITCE, têm prazo de até 180 dias após o encerramento do exercício ou da gestão para serem encaminhados ao TCE.

Entretanto, para fins de agilização dos julgamentos e correção dos

desvios em tempo hábil, solicita-se que essa documentação seja remetida

ao TCE-RS com a maior brevidade possível, pois quanto antes forem

encaminhados os documentos, antes o TCE/RS poderá contribuir para o

aprimoramento da gestão.

A documentação a ser encaminhada está relacionada no art. 115

do RITCE:

Art. 115 - Para os fins previstos no artigo anterior, os administradores dos Legislativos Municipais e os administradores das autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas, sociedades controladas e/ou fundações, instituídas ou mantidas pelo Estado ou pelos Municípios, e demais entes, entregarão ao Tribunal de Contas, nos termos do art. 95 deste regimento, os seguintes documentos, relativos ao exercício anterior:

I - Para os administradores das Câmaras Municipais:

a) relatório minucioso sobre suas contas de exercício ou gestão, devendo necessariamente constar as metas físico-financeiras, previstas e alcançadas conforme prenunciado na Lei Orçamentária Anual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Plano Plurianual, bem como demais informações financeiras relativas à execução orçamentária;

b) relatório e parecer do responsável pelo Sistema de Controle Interno, de modo a evidenciar a consistência dos sistemas de controle interno atinente a administração do legislativo municipal.

II - Para os demais administradores:

a) relatório minucioso do administrador sobre suas contas, abrangendo as metas físico-financeiras previstas e as alcançadas no exercício ou gestão em exame;

Page 28: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

28

b) demonstrações financeiras previstas na Lei nº 6.404/76, no caso de sociedades de economia mista e demais entidades revestidas de tipo jurídico de sociedades comerciais, ou balanço geral referido na alínea “d” do inciso I do art. 113, nos demais casos de entidades da administração indireta;

c) cópia do ato(s) de nomeação da(s) comissão(ões) inventariante(s), bem como da(s) ata(s) de encerramento do(s) inventário(s) de bens e valores, evidenciando eventuais diferenças e as respectivas providências adotadas;

d) cópia dos pareceres ou decisões dos órgãos que devem se manifestar sobre as contas, tais como assembléias, conselho de administração, diretorias, conselhos fiscais, conselhos curadores, comissões de controle e outros órgãos;

e) parecer da auditoria independente, para as entidades da administração indireta estadual e municipal, quando por força de lei, estão obrigadas a contratar empresa de auditoria independente;

f) relatório e parecer da auditoria interna, devendo ser emitido pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado, quando se tratar de órgãos da administração direta e indireta estadual;

g) relatório e parecer do responsável pelo Sistema de Controle Interno, de modo a evidenciar a consistência dos sistemas de controle interno atinentes a administração indireta municipal.

4.3.1 - RESPONSABILIDADE PELA ENTREGA

Diferente do que acontece com a Prestação de Contas de Gestão Fiscal, a

responsabilidade pela entrega e assinatura dos documentos da Prestação ou da

Tomada de Contas é sempre do Administrador que esteve à frente da entidade

no período a que se referem às contas. Esse entendimento tem por base o

disposto no RITCE, caput do art. 93:

Art. 93 – É pessoal a responsabilidade do administrador relativamente aos atos e fatos de sua gestão.

Page 29: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

29

ANEXOS

Principais Atividades da LRF e sua Fundamentação Legal

ATIVIDADE ONDE ESTÁ PREVISTO NA LRF 1. Elaboração do novo conteúdo da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, além do disposto no § 2º do art. 165 da CF.

Art. 4º, inciso I.

2. Preparação do Anexo de Metas e Riscos Fiscais.

Art. 4º, §§ 1º, 2º e 3º.

3. Formulação do novo conteúdo da Lei Orçamentária Anual – LOA.

Art. 5º.

4. Elaboração do Anexo de compatibilidade da Lei de orçamento com as metas fiscais da LDO.

Art. 5º, inciso I.

5. Elaboração do documento sobre compensação de despesas continuadas e renúncia de receitas.

Art. 5º, inciso II.

6.Estabelecimento da programação financeira e cronograma de execução mensal de desembolso.

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4o, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

7. Contingenciamento de dotações para se cumprir metas fiscais e reduzir o montante da dívida consolidada.

Art. 9º.

8. Previsão criteriosa de Receitas no Planejamento.

Arts. 11 e 12.

9. Definição de metas bimestrais de arrecadação com especificação de medidas de combate à sonegação fiscal, valores e quantidades de ações ajuizadas para cobrança da Dívida Ativa.

Art. 13.

10. Estabelecimento de pré-requisitos para a renúncia de receitas.

Art. 14.

11. Compensação das despesas obrigatórias de caráter continuado.

Arts. 15 e 17.

12. Apuração dos Limites da Despesa de Pessoal.

Arts. 20, inciso III, alínea “b”, 21 e 22, a saber a) 48,60% da RCL (90% de 54%) - limite de alerta do TCE b) 51,30% da RCL

Page 30: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

30

(95% de 54%) - limite prudencial c) 54% da RCL - limite máximo d) Período de apuração: quadrimestral ou semestral.

13. Ajuste de Despesa de Pessoal no caso de se ultrapassar os 54% da RCL.

Art. 23. Nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos 1/3 no 1º quadrimestre.

14. Proibição para aumentar despesas de pessoal nos últimos 180 dias do mandato.

Art. 21, parágrafo único.

15. Condições para se poder receber Transferências Voluntária da União/Estado.

Art. 25.

16. Condições para concessão de auxílios, subvenções, contribuições e qualquer outra destinação de recursos para o setor privado

Art. 26.

17. Apuração dos Limites da Dívida Consolidada e Mobiliária.

Arts. 30 e 31 combinado com arts. 3º e 4º da Resolução do Senado nº 40.

18. Limites para realização de operações de Crédito.

Art. 32, inciso III, combinado com art. 7º da Resolução nº 43 do Senado Federal.

19. Operações Equiparadas a Operações de Crédito e que estão vedadas.

Art. 37 da LRF.

20. Limite de garantia e contragarantia que o Município pode conceder em operações de crédito.

Art. 40 da LRF, combinado com art. 9º da Resolução 43, do Senado.

21. Contrair, nos últimos dois quadrimestres do mandato, obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

Art. 42.

22. Preservação do Patrimônio Público: receita de capital (alienação de bens móveis, imóveis e de direitos) deve ser aplicada em despesas de capital.

Art. 44.

23. Início de novos projetos, após o atendimento dos que em andamento estão.

Art. 45.

24. Transparência Fiscal Arts. 48 e 49. 25. Elaboração das Peças Contábeis . Art. 50, inciso III e IV 26. Envio das Contas Municipais à União para fins de consolidação anual.

Art. 51

27. Ajuda do Governo Federal para melhorar a arrecadação.

Art. 64.

Page 31: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

31

Casos de Alerta

OCORRÊNCIA ARTIGO DA LRF

Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

Art. 59, § 1º, inciso I.

Executivo gastar com Pessoal mais do que 48,60% da RCL (90% de 54%) e 51,30% RCL (95% de 54%).

Art. 59, § 1º, inciso II.

Nível de endividamento de longo prazo atingir 108% da RCL (90% de 120%).

Art. 59, § 1º, inciso III, c/c Res. SF nº 40/2001, inciso II do art. 3º

Operações de Crédito excederem 14,4% da RCL (90% de 16%).

Art. 59, § 1º, inciso III, Res. SF nº 43/2001, inciso I do art. 7º

Saldo das garantias for maior que 28,8% da RCL (90% de 32%). Isto para municípios com determinadas condições especiais. Demais municípios sujeitam-se ao limite original menor, de 22%.

Art. 59, § 1º, inciso III, c/c art.9º, parágrafo único, da Res. SF nº 43/2001.

Fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou indícios de irregularidades na gestão orçamentária

Art. 59, § 1º, inciso V.

Art. 48, inciso XI, do RITCE: Compete ao Conselheiro-Relator alertar os titulares dos Poderes ou Órgãos referidos no artigo 20, quando das ocorrências previstas no § 1º do artigo 59, ambos da Lei Complementar 101/2000, podendo este alerta ser gerado automaticamente pelo Sistema de Informações para Auditoria e Prestação de Contas – SIAPC.

Page 32: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

32

Calendário de Entrega de Documentos

Com o objetivo de colaborar com os Administradores, passaram a ser disponibilizados na internet www.tce.rs.gov.br/ jurisdicionados / compromissos alertas para o vencimento de prazos para encaminhamento de informações ao TCE/RS.

EXERCÍCIO 2012

MÊS DIA PROCEDIMENTO

10

Entrega dos dados do SISCOP referentes aos meses de novembro e dezembro de 2011, pelos Órgãos e Entidades da Administração Pública Direta Municipais e Estaduais e Órgãos e Entidades da Administração Pública Indireta Municipais regidos pela Lei Federal nº 4320/64.

31

Entrega dos dados do SIAPES, relativos a atos de admissão e atos administrativos derivados de pessoal, para os Órgãos ou Entidades com entrega BIMESTRAL, ocorridos nos meses de novembro e dezembro/2011, ou SEMESTRAL, abrangendo os atos do período de julho a dezembro/2011.

30

Último dia para a publicação do Relatório de Gestão Fiscal do 3º quadrimestre ou 2º semestre – Exercício de 2011, pelos Poderes Executivos e Legislativos Municipais, pelo Poder Executivo Estadual, Assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal Militar e Ministério Público Estadual

30 Último dia para a publicação do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 6º bimestre – Exercício de 2011, pelos Poderes Executivos Municipais e Estadual.

31

Entrega do Relatório de Gestão Fiscal do 3º quadrimestre ou 2º semestre - Exercício de 2011, pelos Poderes Executivos e Legislativos Municipais, acompanhado da Manifestação Conclusiva da Unidade de Controle Interno (MCI).

31

Entrega do Relatório de Gestão Fiscal do 3º quadrimestre - Exercício de 2011, pelo Poder Executivo Estadual, Assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal Militar e Ministério Público Estadual.

31 Entrega dos dados do SIAPC – Remessa relativa ao 6º bimestre/2011.

JANEIRO

31 Entrega do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 6º bimestre - Exercício de 2011, pelo Poder Executivo Estadual.

FEVEREIRO 15

Entrega dos Demonstrativos de Exigibilidade Anual, para fins de Prestação de Contas da Gestão Fiscal/2011, pelo Poder Executivo Estadual, Assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal Militar e Ministério Público Estadual.

Page 33: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

33

12

Entrega dos dados do SISCOP referentes aos meses de janeiro e fevereiro de 2012, pelos Órgãos e Entidades da Administração Pública Direta Municipais e Estaduais e Órgãos e Entidades da Administração Pública Indireta Municipais regidos pela Lei Federal nº 4320/64.

30

Entrega dos dados do SIAPES relativos a atos de admissão e atos administrativos derivados de pessoal para os Órgãos ou Entidades com entrega BIMESTRAL, ocorridos nos meses de janeiro e fevereiro/2012.

30 Último dia para a publicação do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 1º bimestre – Exercício de 2012 pelos Poderes Executivos Municipais e Estadual.

31

Entrega do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 1º bimestre/2012, pelo Poder Executivo Estadual, bem como das Metas Bimestrais de Arrecadação para o referido exercício.

30 Entrega dos dados do SIAPC - Remessa referente ao 1º bimestre/2012.

MARÇO

31 Entrega, pelos Poderes Executivos Municipais, da Prestação de Contas Anual – Exercício de 2007.

10

Entrega dos dados do SISCOP referentes aos meses de março e abril de 2012, pelos Órgãos e Entidades da Administração Pública Direta Municipais e Estaduais e Órgãos e Entidades da Administração Pública Indireta Municipais regidos pela Lei Federal nº 4320/64.

20

Entrega dos dados do SIAPES relativos a atos de admissão e atos administrativos derivados de pessoal, para os Órgãos ou Entidades com entrega BIMESTRAL, ocorridos nos meses de março e abril/2008.

30

Último dia para a publicação do Relatório de Gestão Fiscal do 1º quadrimestre – Exercício de 2012 pelo Poder Executivo Estadual, Assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal Militar e Ministério Público Estadual e pelos Poderes Executivo e Legislativo de Municípios com 50.000 habitantes ou mais, e de Municípios com menos de 50.000 habitantes que estejam acima dos limites legais de Despesa com Pessoal ou Dívida Consolidada (Poderes Executivos e Legislativos).

MAIO

31

Entrega do Relatório de Gestão Fiscal do 1º quadrimestre/2012, pelos Municípios com 50.000 habitantes ou mais, e pelos Municípios com menos de 50.000 habitantes que estejam acima dos limites legais de Despesa com Pessoal ou Dívida Consolidada (Poderes Executivos e Legislativos), acompanhado da Manifestação Conclusiva da Unidade de Controle Interno (MCI).

Page 34: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

34

30

Último dia para a publicação do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 2º bimestre – Exercício de 2012 pelos Poderes Executivos Municipais e Estadual.

31

Entrega do Relatório de Gestão Fiscal do 1º quadrimestre/2012, pelo Poder Executivo Estadual, Assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal Militar e Ministério Público Estadual.

31 Entrega do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 2º bimestre – Exercício de 2012 pelo Poder Executivo Estadual.

MAIO

31 Entrega dos dados do SIAPC - Remessa referente ao 2º bimestre/2012.

JUNHO 28

Entrega das Tomadas de Contas – Exercício de 2011: Poder Legislativo (Municipal e Estadual) e Órgãos da Administração Direta e Indireta (Municipal e Estadual).

10

Entrega dos dados do SISCOP referentes aos meses de maio e junho de 2012, pelos Órgãos e Entidades da Administração Pública Direta Municipais e Estaduais e Órgãos e Entidades da Administração Pública Indireta Municipais regidos pela Lei Federal nº 4320/64.

31

Entrega dos dados do SIAPES, relativos a atos de admissão e atos administrativos derivados de pessoal, pelos Órgãos ou Entidades com entrega BIMESTRAL, ocorridos nos meses de maio e junho/2008, ou SEMESTRAL, abrangendo os atos do período de janeiro a junho/2008.

30 Último dia para a publicação do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 3º bimestre – Exercício de 2012 pelos Poderes Executivos Municipais e Estadual.

30

Último dia para a publicação do Relatório de Gestão Fiscal do 1º semestre – Exercício de 2012 pelos Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios com menos de 50.000 habitantes, adequados aos limites legais de Despesa com Pessoal ou Dívida Consolidada (Poderes Executivos e Legislativos).

31 Entrega do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 3º bimestre/2012, pelo Poder Executivo Estadual.

31

Entrega do Relatório de Gestão Fiscal do 1º semestre/2012, pelos Municípios com menos de 50.000 habitantes (Poderes Executivos e Legislativos), acompanhado da Manifestação Conclusiva da Unidade de Controle Interno (MCI). Este prazo não se aplica aos Municípios que estejam acima dos limites legais da Despesa com Pessoal ou Dívida Consolidada.

JULHO

31 Entrega dos dados do SIAPC - Remessa referente ao 3º bimestre/2012.

Page 35: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

35

10

Entrega dos dados do SISCOP referentes aos meses de julho e agosto de 2012, pelos Órgãos e Entidades da Administração Pública Direta Municipais e Estaduais e Órgãos e Entidades da Administração Pública Indireta Municipais regidos pela Lei Federal nº 4320/64.

28

Entrega dos dados do SIAPES relativos a atos de admissão e atos administrativos derivados de pessoal, pelos Órgãos ou Entidades com entrega BIMESTRAL, ocorridos nos meses de julho e agosto/2012.

28

Entrega do Relatório de Gestão Fiscal do 2º quadrimestre/2012, pelo Poder Executivo Estadual, Assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal Militar e Ministério Público Estadual.

28 Entrega do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 4º bimestre/2012, pelo Poder Executivo Estadual.

30

Último dia para a publicação do Relatório de Gestão Fiscal do 2º quadrimestre – Exercício de 2012 pelo Poder Executivo Estadual, Assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal Militar e Ministério Público Estadual e pelos Poderes Executivo e Legislativo de Municípios com 50.000 habitantes ou mais, e de Municípios com menos de 50.000 habitantes que estejam acima dos limites legais de Despesa com Pessoal ou Dívida Consolidada (Poderes Executivos e Legislativos).

28 Entrega dos dados do SIAPC - Remessa referente ao 4º bimestre/2012.

30 Último dia para a publicação do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 4º bimestre – Exercício de 2012 pelos Poderes Executivos Municipais e Estadual.

SETEMBRO

28

Entrega do Relatório de Gestão Fiscal do 2º quadrimestre/2012 pelos Municípios com 50.000 habitantes ou mais e pelos Municípios com menos de 50.000 habitantes que estejam acima dos limites legais de Despesa com Pessoal ou Dívida Consolidada (Poderes Executivos e Legislativos), acompanhado da Manifestação Conclusiva da Unidade de Controle Interno (MCI).

12

Entrega dos dados do SISCOP referentes aos meses de setembro e outubro 2012, pelos Órgãos e Entidades da Administração Pública Direta Municipais e Estaduais e Órgãos e Entidades da Administração Pública Indireta Municipais regidos pela Lei Federal nº 4320/64.

NOVEMBRO

30

Entrega dos dados do SIAPES relativos a atos de admissão e atos administrativos derivados de pessoal, pelos Órgãos ou Entidades com entrega BIMESTRAL, ocorridos nos meses de setembro e outubro/2012.

Page 36: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

36

30 Entrega do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 5º bimestre/2012, pelo Poder Executivo Estadual.

30 Entrega dos dados do SIAPC - Remessa referente ao 5º bimestre/2012.

NOVEMBRO

30 Último dia para a publicação do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 5º bimestre – Exercício de 2012 pelos Poderes Executivos Municipais e Estadual.

LEI Nº 10.683, DE 04 DE JANEIRO DE 1996.

Estabelece obrigatoriedade e fixa normas aos gestores da administração

pública quanto à prestação de contas de seus antecessores.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV da Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

Art. 1º - Para cumprimento do que estabelecem os artigos 70 e 71 da Constituição do Estado, os gestores da administração pública direta, das autarquias, das fundações estaduais, das sociedades de economia mista, das empresas públicas e de outras entidades constituídas e mantidas pelo Estado, ficam obrigados a prestar todas as informações e esclarecimentos solicitados pelos órgãos fiscalizadores do Estado, referente às contas dos gestores que lhes antecederam.

Parágrafo 1º - Para o cumprimento do que estabelece o "caput", serão proporcionados ao responsável pela prestação de contas todos os meios disponíveis, considerando-se, para tanto, a infraestrutura existente na instituição ou órgão, através de seus recursos materiais e humanos.

Parágrafo 2º - VETADO

Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 04 de janeiro de 1996.

Page 37: ORIENTAÇÕES PARA O ENCERRAMENTO DE MANDATO

37

Telefones Úteis do Tribunal de Contas do RS

SETORES TELEFONE PARA CONTATO

PABX - Porto Alegre (51) 3214 9700

Assessoria de Imprensa (51) 3214 9870

Biblioteca (51) 3124 9614

Escola Superior de Gestão e Controle Francisco Juruena (51) 3214 9766

Ouvidoria (discagem gratuita) 0800 541 9800

Consultoria Técnica (51) 3214 9803 ou

3214 9805

Assessoria Técnica (51) 3214 9838 ou

3214 9839

Serviço . de Acompanhamento de Gestão – SAG

(51) 3214 9652

Serviço de Auditoria de Porto Alegre I

Serviço de Auditoria de Porto Alegre II

(51) 3214 9660

(51) 3214 9640

Serviço Regional de Auditoria – Caxias do Sul (54) 3214 1140

Serviço Regional de Auditoria – Erechim (54) 3321 5347

Serviço Regional de Auditoria – Frederico Westphalen (55) 3744 4079

Serviço Regional de Auditoria – Passo Fundo (54) 3312 1644

Serviço Regional de Auditoria – Pelotas (53) 3227 4834

Serviço Regional de Auditoria – Sta. Cruz do Sul

(51) 3713 1530

Serviço Regional de Auditoria – Santa Maria (55) 3222 9958

Serviço Regional de Auditoria – Santana do Livramento (55) 3241 3300

Serviço Regional de Auditoria – Santo Ângelo (55) 3312 5788

Sistemas de Controle Externo

SIAPC (51) 3214 9676

SISCOP (51) 3214 9667

SIAPES (51) 3214 9659

CGEX (51) 3214 9658