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1 2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO DE CONTAS CRUZ MARTINS & PEGA MAGRO (SROC) 2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS SUMÁRIO POLITICAS CONTABILISTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS CONTABILISTICAS E ERROS ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS (CIRCULAR 6/2011) VIATURAS LIGEIRAS DE PASSAGEIROS MAIS E MENOS VALIAS; TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA; OUTRAS TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS DESPESAS NÃO DOCUMENTADAS; DESPESAS DE REPRESENTAÇÃO; AJUDAS DE CUSTO PAGAMENTOS A OFF-SHORES; DISTRIBUIÇÃO A SP ISENTOS;BÓNUS/ REMUNERAÇÕES VARIÁVEIS ATRIBUÍDAS A GESTORES BENEFÍCIOS FISCAIS/AGRAVAMENTO TRIBUTAÇÃO JUROS DE SUPRIMENTOS 2 Cruz Martins & Pêga Magro, SROC.

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2011

ASPECTOS PARTICULARES

ENCERRAMENTO DE CONTAS

CRUZ MARTINS & PEGA MAGRO (SROC)

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

SUMÁRIO

� POLITICAS CONTABILISTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVASCONTABILISTICAS E ERROS

� ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS (CIRCULAR 6/2011)

� VIATURAS LIGEIRAS DE PASSAGEIROS

MAIS E MENOS VALIAS; TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA;

� OUTRAS TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

DESPESAS NÃO DOCUMENTADAS; DESPESAS DE REPRESENTAÇÃO;

AJUDAS DE CUSTO PAGAMENTOS A OFF-SHORES; DISTRIBUIÇÃO A SP

ISENTOS;BÓNUS/ REMUNERAÇÕES VARIÁVEIS ATRIBUÍDAS A GESTORES

� BENEFÍCIOS FISCAIS/AGRAVAMENTO TRIBUTAÇÃO

� JUROS DE SUPRIMENTOS

2Cruz Martins & Pêga Magro, SROC.

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

SUMÁRIO

� DERRAMA ESTADUAL

� DUPLA TRIBUTAÇÃO ECONÓMICA DOS LUCROS DISTRIBUÍDOS

� LIMITAÇÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS

� REGIME ESPECIAL TRIBUTAÇÃO DOS GRUPOS DE SOCIEDADES

� EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

� PERCENTAGEM DE ACABAMENTO

� IMPARIDADES EM DIVIDAS A RECEBER

� PROVISÕES

� IMPOSTOS DIFERIDOS

3Cruz Martins & Pêga Magro, SROC.

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

POLITICAS CONTABILISTICAS,

ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS CONTABILISTICAS

E ERROS

4Cruz Martins & Pêga Magro, SROC.

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

� NCRF 4 - POLITICAS CONTABILISTICAS, ALTERAÇÕES NASESTIMATIVAS CONTABILISTICAS E ERROS

� critérios para a selecção e alteração de políticascontabilísticas,

� alterações nas estimativas contabilísticas, e

� correcção de erros.

5Cruz Martins & Pêga Magro, SROC.

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

NCRF 4 - POLITICAS CONTABILISTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS CONTABILISTICAS E ERROS

Políticas contabilísticasprincípios, bases, convenções e regras

�Aplicação consistente;

�Alterações nas políticas contabilísticas, se:

• Exigida por Norma ou Interpretação;

• DF proporcionarem informação fiável e mais relevante;

• Alteração de política, deve ser aplicada • De acordo com a Norma que a determinou;• Retrospectivamente.(se Norma for omissa, e

alterações voluntárias)– Contas reexpressas (excepto, se impraticável)

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

NCRF 4 - POLITICAS CONTABILISTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS CONTABILISTICAS E ERROS

Estimativas contabilísticas - alterações

Alterações nas estimativas contabilisticas se ocorrerem,

� alterações nas circunstâncias em que a estimativa se baseou;

� novas informações ou mais experiência.

A revisão de uma estimativa não se relaciona com períodos anteriores e não é a correcção de um erro.

� Vida útil de um activo;

� Imparidades.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 7

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

NCRF 4 - POLITICAS CONTABILÍSTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS E ERROS

Estimativas contabilísticas - alterações

�Reconhecimento prospectivo

� O efeito deve ser reconhecido nos resultados do:

� período da alteração, se a alteração afectar apenas esseperíodo; (ex. estimativa de incobráveis) ou

� período da alteração e futuros períodos, se a alteração afectarambos. (ex. estimativa da vida útil de um activo)

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9SNC

Erros de Períodos Anteriores

� Omissões e declarações incorrectas, de um ou maisperíodos anteriores decorrentes da falta de uso, ou usoincorrecto de informação fiável que:

• estava disponível quando as demonstrações financeirasdesses períodos foram autorizadas para emissão; e

• poderia razoavelmente esperar-se que tivesse sidoobtida e tomada em consideração na preparação eapresentação dessas demonstrações financeiras.

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

NCRF 4 - POLITICAS CONTABILÍSTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS E ERROS

10SNC

Erros de Períodos Anteriores

A correcção é excluída dos resultados do período em que o erro é descoberto.

A informação sobre períodos anteriores é reexpressa. (excepto, se impraticável).

A correcção de erros materiais de período anterior é excluídodos resultados do período sendo efectuada directamente emresultados transitados (SNC-ME).

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

NCRF 4 - POLITICAS CONTABILÍSTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS E ERROS

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11SNC

Divulgações:

� a natureza do erro de um período anterior;

� a quantia da correcção para cada linha afectada da demonstração financeira;

� se a reexpressão retrospectiva for impraticável, as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e descrição de como e desde quando o erro foi corrigido.

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

NCRF 4 - POLITICAS CONTABILÍSTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS E ERROS

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

NCRF 4 - POLITICAS CONTABILÍSTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS E ERROS

EXEMPLO 1

A empresa MicroCentro, Lda, adquiriu em Janeiro de N umequipamento básico por 3.000 €, tendo sido atribuída uma vida útilde 5 anos e um valor residual de zero euros. A empresa utiliza ométodo da linha recta no cálculo das depreciações do exercício.

No exercício de N+3, antes do reconhecimento da depreciaçãodesse exercício, a empresa procedeu a uma revisão da sua vidaútil, tendo estimado uma vida útil remanescente de 3 anos, ouseja até ao exercício de N+6.

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

RESOLUÇÃO

� De acordo com o disposto no SNC, SNC-PE e SNC-ME o efeitode uma alteração numa estimativa contabilística, deve serreconhecido prospectivamente incluindo-o nos resultados do:

� a) Período de alteração, se a alteração afectar apenas esseperíodo; ou

� b) Período de alteração e futuros períodos, se a alteraçãoafectar ambas as situações.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 13

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

EXEMPLO 2

A empresa MicroCentro, Lda, adquiriu em Janeiro de N umaviatura ligeira por 30.000 €, tendo sido atribuída uma vida útil de 5anos e um valor residual de zero euros. A empresa utiliza ométodo da linha recta no cálculo das depreciações do exercício.

No exercício de N+3, antes do reconhecimento da depreciaçãodesse exercício, a empresa procedeu a uma revisão da sua vidaútil, tendo estimado uma vida útil remanescente de 3 anos, e umvalor residual de 5.000 euros.

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

RESOLUÇÃO

� Obviamente que a atribuição de um valor residual zero ao fimde 5 anos :

� Foi um erro e deve ser tratado como tal

� Caso o efeito seja material deve ser levado a ResultadosTransitados e as contas reexpressas.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 15

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Materialidade

� A informação é material se a sua omissão ou inexactidãoinfluenciarem as decisões económicas dos utentes tomadas nabase das demonstrações financeiras.

� A materialidade depende da dimensão do item ou do errojulgado nas circunstâncias particulares da sua omissão oudistorção. Por conseguinte, a materialidade proporciona umpatamar ou ponto de corte a partir do qual se entende que oserros são susceptíveis de alterar o comportamento dosutilizadores das demonstrações financeiras.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 16

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

MAIS E MENOS VALIAS

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 17

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Activos fixos tangíveis (circular n.º 6/2011)

� Os activos fixos tangíveis devem ser contabilisticamente

mensurados no reconhecimento inicial pelo seu custo.

� Também para efeitos fiscais devem ser valorizados ao custo

(conforme artigo 2.º, n.º 1, alínea a) do Decreto Regulamentar

n.º 25/2009, de 14 de Setembro).

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 18

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Activos fixos tangíveis (circular n.º 6/2011)

No entanto, o custo pode ser diferente para efeitos contabilísticos

e fiscais decorrentes das componentes admitidas no normativo

contabilístico (§§ 17 a 23 da NCRF 7) e no fiscal (artigo 2.º, n.º 2 a

6 do Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de Setembro).

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 19

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Activos fixos tangíveis (circular n.º 6/2011)

Aquisição com pagamento diferido

No caso de aquisição de um activo fixo tangível compagamento diferido para além das condições normais decrédito, a diferença entre o equivalente ao preço a dinheiro e opagamento total é reconhecida como juro durante o período decrédito (a não ser que esse juro seja reconhecido na quantiaescriturada do item de acordo com a NCRF 10 – Custos dosEmpréstimos Obtidos), sendo o activo mensurado peloequivalente ao preço a dinheiro.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 20

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Activos fixos tangíveis (circular n.º 6/2011)

Aquisição com pagamento diferido

Neste caso, as depreciações são efectuadas com base neste

valor do equivalente ao preço a dinheiro. O juro é reconhecido

como gasto nos respectivos períodos, conforme decorre da

utilização do método do custo amortizado.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 21

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Activos fixos tangíveis (circular n.º 6/2011)

Aquisição com pagamento diferido

Exemplo

� Determinada entidade efectua a compra de uma máquina aofornecedor Y no valor de 1.000.000 euros com um período devida útil de 10 anos.

No entanto admita-se que as condições normais de crédito sãode 30 dias, mas acordamos com o fornecedor Y a pagar a trêsanos. Considerando um custo de financiamento da entidade de5%, a 3 anos.

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTASActivos fixos tangíveis (circular n.º 6/2011)Aquisição com pagamento diferido

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 23

Débito Crédito

AFT

Fornecedores de

Investimentos

863,837 €

863,837 €

Gastos depreciação

Dep. acumuladas

86,383 €

86,383 €

Gastos Financeiros 43,192 €

Fornecedores de

Investimentos 43,192 €

Exemplo

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Activos fixos tangíveis (circular n.º 6/2011)

Modelo de Revalorização

� Como fiscalmente se adoptou, para os activos fixos tangíveis,

o modelo do custo, os efeitos de qualquer revalorização

efectuada e não suportada por diploma legal não têm

qualquer consequência de natureza fiscal.

� Tal significa que o acréscimo de depreciações não é

considerado gasto para efeitos fiscais.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 24

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Activos fixos tangíveis (circular n.º 6/2011)

Modelo de Revalorização

� Recorde-se que ao adoptar as NCRF pela primeira vez, as

empresas puderam optar por mensurar os seus activos fixos

tangíveis pelo custo ou pelo modelo da revalorização

(conforme NCRF 3, não aplicável às microentidades).

� Por forma a evitar custos para as empresas na recolha de

informação necessária, foi permitido o uso do “justo valor”

como ponto de partida do modelo do custo.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 25

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Activos fixos tangíveis (circular n.º 6/2011)

Modelo de Revalorização

� Consequência contabilística: a revalorização é feita por

contrapartida resultados transitados na data da transição

� Consequência fiscal: as depreciações do valor adicional não

são aceites

� Reserva de revalorização e respectiva anulação não são

consideradas fiscalmente

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 26

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Activos fixos tangíveis (circular n.º 6/2011)

Alteração do método de depreciação

A revisão de uma estimativa não se relaciona com períodos

anteriores. Por isso, ainda que um sujeito passivo, por razões que

considere devidamente justificadas, tenha decidido, na data da

transição, alterar o método de depreciação que vinha

adoptando, devia tê-lo feito prospectivamente e não

retrospectivamente (cf. § 31 da referida NCRF 4).

Se o fizer retrospectivamente a variação patrimonial positiva

gerada correspondente a anulação das depreciações aceites

fiscalmente será considerada para efeitos fiscais.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 27

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Activos fixos tangíveis (circular n.º 6/2011)

Reserva criada por força do antigo art.º 58 A

� De acordo com o preceituado na redacção do antigo artigo

58.º-A do Código do IRC (actual artigo 64.º), o adquirente de

um imóvel podia contabilizá-lo pelo valor patrimonial

tributário definitivo (VPT), se este fosse superior ao valor do

contrato.

� Com esta prática, era reconhecida uma reserva de

reavaliação e o sujeito passivo tinha a possibilidade de

calcular as depreciações com base nesse valor, apurando

gastos contabilísticos e fiscais superiores aos que apuraria se

tivesse contabilizado o imóvel pelo valor do contrato.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 28

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Activos fixos tangíveis (circular n.º 6/2011)

Reserva criada por força do antigo art.º 58 A

� Na transição para o SNC o sujeito passivo teve que anular a

reavaliação efectuada, uma vez que o normativo

contabilístico não prevê a revalorização para o VPT.

� Assim, a quantia escriturada do imóvel é reduzida por

contrapartida da reserva que antes fora constituída.

� Ambos os movimentos devem ser efectuados por

contrapartida de resultados transitados (conforme NCRF 3).

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 29

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Activos fixos tangíveis (circular n.º 6/2011)

Reserva criada por força do antigo art.º 58 A

� A anulação das depreciações em excesso e da reserva de

reavaliação não deve ser considerada como um ajustamento

de transição relevante para efeitos fiscais

não concorre para a formação do lucro

tributável.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 30

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Activos fixos tangíveis (circular n.º 6/2011)

Reserva criada por força do antigo art.º 58 A

Note-se contudo, que quando for efectuada a venda do activo,

as depreciações que foram anuladas na transição e que foram

aceites fiscalmente nos períodos de tributação anteriores a 2010

devem ser consideradas no cálculo da mais-valia ou menos-

valia fiscal.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 31

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Activos fixos tangíveis (circular n.º 6/2011)

Quotas de depreciação inferiores à mínima

� O n.º 2 do artigo 18.º do Decreto Regulamentar n.º 25/2009permite a utilização de quotas inferiores à mínima quando aDirecção-Geral dos Impostos conceda previamenteautorização, mediante requerimento em que se indiquem asrazões que as justificam.

� A expressão quando a Direcção-Geral dos Impostos concedapreviamente autorização deve entender-se no sentido de quea apresentação do requerimento deve ser prévia ao registoda primeira depreciação ou amortização inferior à quotamínima.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 32

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Viaturas ligeiras - cálculo de mais e menos valias

Para as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujo valor de

aquisição exceda o limite estabelecido, o cálculo da mais-valia

ou menos-valia fiscal é efectuado também de acordo com o

disposto no n.º 2 do artigo 46.º do Código do IRC devendo

considerar-se, na respectiva fórmula de cálculo as

depreciações praticadas.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 33

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Viaturas ligeiras - cálculo de mais e menos valias

� Por força da alínea l) do n.º 1 do artigo 45.º do Código do IRC:

Não são dedutíveis as menos-valias realizadas relativas a

barcos de recreio, aviões de turismo e viaturas ligeiras de

passageiros ou mistas, que não estejam afectos à exploração

de serviço público de transportes nem se destinem a ser

alugados no exercício da actividade normal do sujeito passivo,

excepto na parte em que correspondam ao valor fiscalmente

depreciável nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º ainda

não aceite como gasto.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 34

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Viaturas ligeiras - cálculo de mais e menos valias

No caso de, na transmissão de uma viatura, se apurar umamenos-valia fiscal, deve ser aplicado o disposto na alínea l) don.º 1 do artigo 45.º do Código do IRC, a parcela da menos-valiafiscal passível de ser deduzida como gasto é a proporcional aovalor fiscalmente depreciável, ou seja:

mv fiscal dedutível =mv fiscal x valor limite / valor de aquisição

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 35

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Viaturas ligeiras - cálculo de mais e menos valias

Exemplo

� Em Janeiro de 2010, um sujeito passivo de IRC adquiriu, por €

50.000,00, uma viatura ligeira de passageiros, depreciando-a

pelo método das quotas constantes, à taxa de 25%.

� Em Dezembro de 2011 a viatura é alienada por € 35.000,00.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 36

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Cálculo de mais e menos valias – viaturas

Exemplo

Em 2010

� Depreciação contabilística: 50.000,00 x 25% = 12.5000,00

� Depreciação fiscal: 40.000,00 x 25% = 10.000,00

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 37

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Cálculo de mais e menos valias – viaturas

Em 2011:

� Valor de realização: € 35.000,00

� Menos valia contabilística e também menos valia fiscal [ainda

sem a restrição prevista no art.º 45.º, n.º 1, alínea l)]:

� 35.000,00 – (50.000,00 – 12.500,00) = 2.500,00

Menos valia fiscal dedutível [art.º 45.º, n.º 1, alínea l)]

� 40.000,00 / 50.000,00 x 2.500,00 = 2.000,00

� Parcela da menos valia a acrescer: € 500,00

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 38

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Viaturas ligeiras de passageiros

Tributação autónoma

Depreciação

Valor residual

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 39

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

� O Orçamento do Estado para 2011 conferiu nova redacção ànorma agravando as taxas de tributação autónoma.

� Assim, actualmente são tributados autonomamente à taxade 10 %:

� os encargos efectuados ou suportados por sujeitos passivosnão isentos subjectivamente e que exerçam, a título principal,actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola,relacionados com viaturas ligeiras de passageiros ou mistascujo custo de aquisição seja igual ou inferior ao montantefixado nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º, motos oumotociclos, excluindo os veículos movidos exclusivamente aenergia eléctrica

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 40

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas- encargos com viaturas

� A taxa de 20% é aplicada:

� aos encargos efectuados ou suportados pelos sujeitospassivos mencionados no número anterior, relacionadoscom viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujo custo deaquisição seja superior ao montante fixado nos termos daalínea e) do n.º 1 do artigo 34.º do Código do IRC, queconsta da Portaria n.º 467/2010, de 7 de Julho.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 41

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Limites aplicáveis às viaturas ligeiras de passageiros ou mistas

(alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º do CIRC):

Tipo de viatura Para períodos de tributação iniciados

Antes de 2010-01-01

A partir de 2010-01-01

A partir de 2011-01-01

A partir de 2012-01-01

Ligeiras de passageiros ou mistas movidas exclusivamente a energia eléctrica

29.927,87 40.000,00 45.000,00 50.000,00

Outras ligeiras de passageiros ou mistas

29.927,87 40.000,00 30.000,00 25.000,00

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC.

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas- encargos com viaturas

O Orçamento do Estado para 2011 agravou significativamente o

valor das tributações autónomas incidentes sobre viaturas.

� 1) Os encargos relacionados com viaturas ligeiras de

passageiros ou mistas, motos ou motociclos, excluindo os

veículos movidos exclusivamente a energia eléctrica, passam

a ser sujeitos a tributação autónoma independentemente de

serem ou não fiscalmente dedutíveis em sede de IRC

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 43

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas- encargos com viaturas

� 2) A base tributável passa a incidir sobre os encargos

efectuados ou suportados por sujeitos passivos não isentos

subjectivamente e que exerçam, a título principal, actividade

de natureza comercial, industrial ou agrícola

� 3) Deixa de existir a distinção de taxas para os veículos com

menor impacto ambiental, sobre os quais incidiu uma taxa de

5% até 2010.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 44

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Conceito de encargos relacionados com viaturas ligeiras depassageiros, motos e motociclos:

� depreciações,

� rendas ou alugueres,

� seguros,

� manutenção e conservação,

� combustíveis e

� impostos incidentes sobre a sua posse ou utilização.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 45

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Exclusão de Tributação Autónoma

Estão excluídos os encargos relacionados com viaturas ligeirasde passageiros, motos e motociclos:

� afectos à exploração de serviço público de transportes,destinados a serem alugados no exercício da actividade normaldo sujeito passivo,

� bem como as depreciações relacionadas com viaturasrelativamente às quais tenha sido celebrado o acordo previstono n.º 9 da alínea b) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS(utilização de viatura tributada em IRS –utilizador) .

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 46

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Dúvidas:

� Serviços de transporte de passageiros prestados pelos hotéis eagências de viagens como sejam transferes e pequenoscircuitos turísticos, prestados exclusivamente aos seus clientese realizados em veículos ligeiros de passageiros de suapropriedade:

� Considera-se que tais serviços se encontram no âmbito daactividade normal do sujeito passivo, porquanto a utilização dasviaturas relaciona-se directamente com a actividade por elesdesenvolvida, sendo esses serviços cobrados e facturados aosclientes, pelo que não há sujeição a tributação autónoma.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 47

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Exemplo: Comparação 2010-2011

� Viatura ligeira de passageiros adquirida em 2010 por 60.000 esobre a qual foi praticada a taxa de depreciação de 25%.

� Tributação autónoma incidente sobre este facto em 2010:

� Encargo fiscalmente dedutível x 10% = 10.000 (40.000 x 25%) x

10% = 1.000

� Tributação autónoma incidente sobre este facto em 2011:

� (60.000 x 25% )x 20% = 15.000 x 20% = 3.000

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 48

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Exemplo: agravamento das taxas de tributação autónoma

� Admita-se uma dada empresa que possui no seu activo umaviatura ligeira de passageiros adquirida em 2011 por 40.000 esobre a qual foi praticada a taxa de depreciação de 25%.

� O sujeito passivo apresenta prejuízo fiscal no período esuportou também encargos dedutíveis com despesas derepresentação no valor de 5.000.

� Tributação autónoma incidente sobre estes factos em 2011:

(10.000 x 30% = 3.000) + (5.000 X 20% = 1.000) = 4.000

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 49

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Influência das políticas contabilísticas:

É muito importante que cada empresa defina uma adequadapolítica de depreciações dos activos que possui mas narealidade, quantas o fazem?

� Porque é que a esmagadora maioria das empresas deprecia asviaturas em 4 anos?

� A resposta parece simples. As empresas limitam-se a seguir ocritério fiscal porque este lhes parece mais favorável.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 50

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Com o SNC e as normas fiscais adoptadas

� As empresas estão obrigadas a cumprir os normativoscontabilísticos que lhes forem aplicáveis.

� E só depois é que devem proceder às eventuais correcçõesfiscais a que estiverem obrigadas.

� A taxa de depreciação a aplicar a um dado activo deve estarrelacionada com a vida útil estimada.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 51

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

§ 6 da NCRF 7 (politica contabilística):

� A vida útil é o período durante o qual uma entidade espera queo activo esteja disponível para uso.

� Este conceito é igualmente aplicável nas microentidades poisos conceitos subjacentes à NCM são os mesmos do SNC eencontra-se claramente expresso no § 7.13 da norma.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 52

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Ponto de vista fiscal (artigo 3.º do Decreto Regulamentar n.º25/2009, de 14 de Setembro):

� Considera que a vida útil de um elemento do activo depreciávelou amortizável é, para efeitos fiscais, o período durante o qualse deprecia ou amortiza totalmente o seu valor.

� Naturalmente que este diploma estabelece limites mínimospara a vida útil fiscal do activos, mas identifica-se umasimilitude de conceitos nas duas normas.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 53

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

� Questão

Será que as alterações introduzidas pelo Orçamento do Estadopara 2011 no cálculo das tributações autónomas vão obrigar asempresas a repensar a sua política de depreciações?

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 54

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Depreciação praticada

Depreciação aceite

Acréscimo lucro tributável

Tributação autónoma

9,000 7,500 1,500 1,800

9,000 7,500 1,500 1,800

9,000 7,500 1,500 1,800

9,000 7,500 1,500 1,800

36,000 30,000 6,000 7,200

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 55

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Influência da diferença de estimativa da vida útil da viatura:

� Exemplo para viatura adquirida em 2011 por € 36.000,00, semcontabilização de valor residual e com período de vida útil estimado de4 anos:

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Depreciação praticada

Depreciação aceite

Acréscimo lucro tributável

Tributação autónoma

6,000 5,000 1,000 1,200

6,000 5.000 1,000 1,200

6,000 5,000 1,000 1,200

6,000 5,000 1,000 1,200

6,000 5,000 1,000 1,200

6,000 5,000 1,000 1,200

36,000 30,000 6,000 7,200

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 56

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Influência da diferença de estimativa da vida útil da viatura:

� Exemplo para viatura adquirida em 2011 por € 36.000,00, semcontabilização de valor residual e com período de vida útil estimado de6 anos:

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Influência das políticas contabilísticas:

� Pela comparação destes exemplos verifica-se que não existemdiferenças, a final, no montante global das tributaçõesautónomas devidas, contudo, registam-se diferençastemporais, quanto ao seu pagamento.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 57

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Depreciação

praticada

Depreciação aceite

Acréscimo

lucro tributá

vel

Tributação

autónoma

Diminuição

colecta IRC

Tx 10%

Agravamentofiscal

Diminuição

colecta IRC

Tx 15%

Agravamentofiscal

9,000 7,500 1,500 1,800 750 1,050 1,125 675

9,000 7,500 1,500 1,800 750 1,050 1,125 675

9,000 7,500 1,500 1,800 750 1,050 1,125 675

9,000 7,500 1,500 1,800 750 1,050 1,125 675

36,000 30,000 6,000 7,200 3,000 4,200 4,500 2,700

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 58

Poupança ou Agravamento Fiscal – Interioridade

Exemplo para viatura adquirida em 2011 por € 36.000,00, sem contabilização de valor residual e com período de vida útil estimado de 4 anos:

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Nas sociedades que usufruem da redução de taxa associada àinterioridade o facto de ter viaturas ligeiras de passageirasafectas à actividade agrava o pagamento final do IRC

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 59

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Depreciação

praticada

Depreciação

aceite

Acréscimo lucro

tributável

Tributação

autónoma

Diminuição colecta

IRCTx 12,5%

Agravamento

fiscal

Diminuição colecta

IRCTx 25%

PoupançaFiscal

9,000 7,500 1,500 1,800 937,5 862,5 1,875 75

9,000 7,500 1,500 1,800 937,5 862,5 1,875 75

9,000 7,500 1,500 1,800 937,5 862,5 1,875 75

9,000 7,500 1,500 1,800 937,5 862,5 1,875 75

36,000 30,000 6,000 7,200 3,750 3,450 7,500 300

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 60

Poupança ou Agravamento Fiscal – Regime Geral

Exemplo para viatura adquirida em 2011 por € 36.000,00, sem contabilização de valor residual e com período de vida útil estimado de 4 anos:

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31

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Depreciação praticada

Depreciação aceite

Acréscimo lucro

tributável

Tributação autónoma

Diminuição colecta IRC

Tx 25%

“Custo”Fiscal

20,000 7,500 12,500 4.000 1,875 2,125

20,000 7,500 12,500 4,000 1,875 2,125

20,000 7,500 12,500 4,000 1,875 2,125

20,000 7,500 12,500 4,000 1,875 2,125

80,000 30,000 50,000 16,000 7,500 8,500

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 61

Poupança ou Agravamento Fiscal – Regime Geral

Exemplo para viatura adquirida em 2011 por € 80.000,00, sem contabilização de valor residual e com período de vida útil estimado de 4 anos:

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Valor de aquisição

Depreciação contabilística

Depreciação aceite

fiscalmente

ReduçãoIRC

Tributação autónoma

“Custo Fiscal”

30,000 7,500 7,500 1,875 750 1,125

50,000 12,500 7,500 1,875 2,500 (625)

75,000 18,750 7,500 1,875 3,750 (1,875)

100,000 25.000 7,500 1,875 5,000 (3,125)

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 62

Tributação autónoma - Encargos com viaturas

Simulação para vários valores de aquisição “taxa IRC 25%” e lucro tributável positivo

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Influência das políticas contabilísticas:

� Existência de valor residual

� De acordo com o § 6 da NCRF 7, o valor residual de um activo éa quantia estimada que uma entidade obteria correntementepela alienação de um activo, após a dedução dos custos dealienação estimados, se o activo já tivesse a idade e ascondições esperadas no final da sua vida útil.

� Como é evidente, para muitos activos será difícil estimar comfiabilidade o seu valor residual, sobretudo por não existir ummercado activo, mas não é este o caso das viaturas.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 63

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Influência das políticas contabilísticas:

� Existência de valor residual

� E do ponto de vista fiscal?

� Somos de opinião que será aceite o critério contabilístico,naturalmente dentro dos limites fiscalmente aceites no artigo2.º do Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de Setembro:

� Para efeitos de cálculo das quotas máximas de depreciação ouamortização, os elementos do activo devem ser valorizados,entre outros, ao custo de aquisição ou de produção

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 64

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Influência das políticas contabilísticas:

� Existência de valor residual

� Artigo 3.º do Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 deSetembro:

� A vida útil de um elemento do activo depreciável ouamortizável é, para efeitos fiscais, o período durante o qual sedeprecia ou amortiza totalmente o seu valor, excluído, quandofor caso disso, o respectivo valor residual.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 65

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Depreciação praticada

Depreciação aceite

Acréscimo lucro tributável

Tributação autónoma

9,000 7,500 1,500 1,800

9,000 7,500 1,500 1,800

9,000 7,500 1,500 1,800

9,000 7,500 1,500 1,800

36,000 30,000 1,500 7,200

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 66

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Influência da contabilização do valor residual

� Exemplo para viatura adquirida em 2011 por € 36.000,00, semcontabilização de valor residual e com período de vida útil estimado de4 anos:

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Depreciação praticada

Depreciação aceite

Acréscimo lucro tributável

Tributação autónoma

7,500 7,500 0 1,500

7,500 7,500 0 1,500

7,500 7,500 0 1,500

7,500 7,500 0 1,500

30,000 30,000 0 6,000

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 67

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Influência da contabilização do valor residual

� Exemplo para viatura adquirida em 2011 por € 36.000,00, comcontabilização de valor residual de € 6.000 e com período de vida útilestimado de 4 anos:

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Depreciação praticada

Depreciação aceite

Acréscimo lucro tributável

Tributação autónoma

15,000 7,500 7,500 3,000

15,000 7,500 7,500 3,000

15,000 7,500 7,500 3,000

15,000 7,500 7,500 3,000

60,000 30,000 30,000 12,000

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 68

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Influência da contabilização do valor residual

� Exemplo para viatura adquirida em 2011 por € 60.000,00, semcontabilização de valor residual e com período de vida útil estimado de4 anos:

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Depreciação praticada

Depreciação aceite

Acréscimo lucro tributável

Tributação autónoma

10,000 7,500 2,500 2,000

10,000 7,500 2,500 2,000

10,000 7,500 2,500 2,000

10,000 7,500 2,500 2,000

40,000 30,000 10,000 8,000

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 69

IRC tributações autónomas - encargos com viaturas

Influência da contabilização do valor residual

� Exemplo para viatura adquirida em 2011 por € 60.000,00, comcontabilização de valor residual de € 20.000 e com período de vida útilestimado de 4 anos:

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Influência das políticas contabilísticas:

� Existência de valor residual

� Note-se contudo que a contabilização do valor residualinfluencia o cálculo das mais valias fiscais devidas em funçãode uma futura transmissão da viatura.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 70

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

OUTRAS TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 71

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Despesas não documentadas - n.º 1 do artigo 88.º do CIRC:

� As despesas não documentadas são tributadasautonomamente, à taxa de 50%, sem prejuízo da sua nãoconsideração como gastos nos termos do artigo 23.º domesmo Código.

� Esta taxa é elevada para 70% nos casos em que tais despesassejam efectuadas por sujeitos passivos total ou parcialmenteisentos, ou que não exerçam, a título principal, actividades denatureza comercial, industrial ou agrícola.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 72

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Despesas não documentadas - n.º 1 do artigo 88.º do CIRC:

� Atenção à necessidade de efectuar uma correcta distinçãoentre as despesas não documentadas e os encargos que nãose encontrem devidamente documentados e que estejam aafectar o resultado líquido do período.

� Despesas não documentadas - não têm qualquer suportedocumental

� Encargos não devidamente documentados - têm umdocumento emitido por entidade externa, mas não reúne todasas condições legais exigidas

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 73

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Despesas de representação - n.º 7 do artigo 88.º do CIRC:

� São tributados autonomamente à taxa de 10 % os encargosdedutíveis relativos a despesas de representação.

� Para este efeito, consideram-se despesas de representação,nomeadamente, as despesas suportadas com recepções,refeições, viagens, passeios e espectáculos oferecidos no Paísou no estrangeiro a clientes ou fornecedores ou ainda aquaisquer outras pessoas ou entidades.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 74

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Despesas de representação - n.º 7 do artigo 88.º do CIRC:

É necessário distinguir:

� Despesas de representação

e

� Despesas de deslocação, que só devem incluir as despesas detransportes, refeições e alojamento suportadas com o pessoalao serviço da empresa.

� O gasto das despesas de deslocação é aceite fiscalmente natotalidade, sem tributação autónoma.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 75

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Ajudas de custo - n.º 9 do artigo 88.º do CIRC:

São tributados autonomamente, à taxa de 5%, os encargosdedutíveis relativos a despesas com ajudas de custo e comcompensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador,ao serviço da entidade patronal:

� não facturadas a clientes, escrituradas a qualquer título,excepto na parte em que haja lugar a tributação em sede de IRSna esfera do respectivo beneficiário,

� bem como os encargos não dedutíveis nos termos da alínea f)do n.º 1 do artigo 45º suportados pelos sujeitos passivos queapresentem prejuízo fiscal no exercício a que os mesmosrespeitem.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 76

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Ajudas de custo - n.º 9 do artigo 88.º do CIRC:

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 77

Não facturadas a clientes

Dedutível/Não Dedutível

Tributaçãoautónoma

Lucro Sem mapa

Não dedutível Não

LucroCom mapa

Dedutível 5%

PrejuízoSem mapa

Não dedutível 5% ou 15% ?

PrejuízoCom mapa

Dedutível 15%

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Ajudas de custo - n.º 9 do artigo 88.º do CIRC:

� O conceito de ajudas de custo encontra-se definido noDecreto-Lei n.º 106/98, de 24 de Abril.

� É imprescindível que a sociedade possa comprovar osencargos efectivamente suportados respeitantes a ajudas decusto através do mapa itinerário, sendo necessário dar aconhecer:� o nome do beneficiário,

� o local e a data da deslocação,

� tempo e objectivo de permanência,

� bem como o montante diário que lhe foi atribuído, de modo aaferir se o mesmo excede os limites legais de sujeição a IRS, bemcomo o valor facturado.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 78

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Ajudas de custo - n.º 9 do artigo 88.º do CIRC:

� Dúvida frequente:

� Aplicação desta tributação autónoma a entidades sem finslucrativos:

� Só se aplica quanto aos encargos com ajudas de custo e coma compensação pela deslocação em viatura própria dotrabalhador, ao serviço da entidade patronal, suportados noâmbito de uma actividade de natureza comercial desenvolvidaa título acessório.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 79

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Pagamentos a off-shores – n.º 8 do artigo 88.º do CIRC

De acordo com o n.º 1 do artigo 65.º do Código do IRC:

� Para efeitos de determinação do lucro tributável, não sãodedutíveis as importâncias pagas ou devidas, a qualquertítulo, a pessoas singulares ou colectivas residentes fora doterritório português e aí submetidas a um regime fiscalclaramente mais favorável, salvo se:

� o sujeito passivo puder provar que tais encargos correspondem aoperações efectivamente realizadas;

� não têm um carácter anormal ou um montante exagerado

� Tais importâncias são acrescidas no campo 746 do Quadro 07da declaração periódica de rendimentos modelo 22.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 80

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Pagamentos a off-shores - n.º 8 do artigo 88.º do CIRC

� Adicionalmente, estas despesas estão também sujeitas atributação autónoma num regime semelhante ao das despesasnão documentadas que já abordámos.

� As taxas aplicáveis são, respectivamente, 35% ou 55%, sobreas despesas correspondentes a importâncias pagas oudevidas, a qualquer título, a pessoas singulares ou colectivasresidentes fora do território português e aí submetidas a umregime fiscal claramente mais favorável, tal como definido nostermos do Código do IRC, salvo se o sujeito passivo puderprovar que correspondem a operações efectivamenterealizadas e não têm um carácter anormal ou um montanteexagerado.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 81

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Lucros distribuídos a sp isentos - n.º 11 do artigo 88.º do CIRC

� Estão sujeitos a tributação autónoma, à taxa de 20%, os lucrosdistribuídos por entidades sujeitas a IRC:

� a sujeitos passivos que beneficiam de isenção total ou parcial,abrangendo, neste caso, os rendimentos de capitais,

� quando as partes sociais a que respeitam os lucros nãotenham permanecido na titularidade do mesmo sujeitopassivo, de modo ininterrupto, durante o ano anterior à datada sua colocação à disposição e não venham a ser mantidasdurante o tempo necessário para completar esse período.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 82

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Indemnizações – a) n.º 13 do artigo 88.º do CIRC

� São tributados à taxa de 35% os gastos ou encargos relativosa indemnizações ou quaisquer compensações devidas:

� não relacionadas com a concretização de objectivos deprodutividade previamente definidos na relação contratual,

� quando se verifique a cessação de funções de gestor,administrador ou gerente,

� bem como os gastos relativos à parte que exceda o valor dasremunerações que seriam auferidas pelo exercício daquelescargos até ao final do contrato, quando se trate de rescisão deum contrato antes do termo.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 83

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Bónus e remunerações variáveis– b) n.º 13 do artigo 88.º do CIRC

� Estão sujeitos a tributação autónoma, à taxa de 35%:

� Os gastos ou encargos relativos a bónus e outrasremunerações variáveis pagas a gestores, administradores ougerentes quando:

� estas representem uma parcela superior a 25 % daremuneração anual e possuam valor superior a € 27.500.00

salvo se:

� o seu pagamento estiver subordinado ao diferimento de umaparte não inferior a 50 % por um período mínimo de três anose condicionado ao desempenho positivo da sociedade aolongo desse período.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 84

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Bónus e remunerações variáveis– b) n.º 13 do artigo 88.º do CIRC

� A aplicação desta norma tem levantado algumas dúvidasquanto a alguns conceitos que a mesma encerra e suainterpretação no âmbito fiscal.

� Tais conceitos são:

� Conceito de gestor,

� Remuneração variável,

� Desempenho positivo da sociedade

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 85

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Bónus e remunerações variáveis– b) n.º 13 do artigo 88.º do CIRC

Conceito de gestor:

� artigo 24.º da Lei Geral Tributária: “administradores, directorese gerentes e outras pessoas que exerçam, ainda que somentede facto, funções de administração ou gestão em pessoascolectivas”.

� gestor aquele que desempenha funções de administração ougestão em pessoas colectivas

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 86

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Bónus e remunerações variáveis– b) n.º 13 do artigo 88.º do CIRC

Conceito de remuneração variável :

� o legislador optou por uma definição abrangente

� incluem-se todas as remunerações com carácter acessóriocujo pagamento ou colocação à disposição esteja, de algumaforma, ligado ao desempenho individual ou de uma equipa, oumesmo ao da empresa.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 87

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

TRIBUTAÇÕES AUTÓNOMAS

Bónus e remunerações variáveis– b) n.º 13 do artigo 88.º doCIRC

Conceito de desempenho positivo da sociedade:

� A estrutura conceptual do Sistema de NormalizaçãoContabilística indica-nos que o lucro é frequentemente usadocomo medida de desempenho.

� Parece pois que que o resultado líquido do período é amedida adequada para aferir o desempenho positivo dasociedade, assegurando a satisfação de critérios deobjectividade e comparabilidade.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 88

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Bónus e remunerações variáveis– b) n.º 13 do artigo 88.º do CIRC

Dúvida frequente:

� Qual a interpretação a dar quanto ao limite de € 27.500,00fixado na norma, isto é, a tributação autónoma incide apenassobre o excesso deste limite ou sobre a totalidade do bónus?

Exemplo:

� Uma dada sociedade pagou em 2011, um bónus a umadministrador, no valor de € 40.000,00, o qual representacerca de 40% da sua remuneração anual.

� Este bónus cumpre as condições de incidência, estando porisso sujeito a uma tributação autónoma de 35%, dado que foipago na totalidade no mesmo período.

� Cálculo da tributação autónoma: 40.000,00 x 35% = 14.000,00

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 89

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

AGRAVAMENTO

DAS

TAXAS DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 90

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Agravamento das taxas de TA

� Nota muito importante e aplicável a todas as tributações

autónomas incluídas no artigo 88.º do CIRC:

� Todas as taxas de tributação autónoma são agravadas em 10%para sujeitos passivos que apresentem prejuízo fiscal noperíodo de tributação a que respeitem quaisquer dos factostributários que lhes dão origem.

� A utilização de benefícios fiscais como a majoração dasamortizações na interioridade pode transformar-se emagravamento fiscal.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 91

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Agravamento das taxas de TA

Exemplo 1:

� Admita-se que a empresa do interior não utiliza beneficiosfiscais e apresentava um lucro de 4.000 euros.

� As despesas sujeitas a tributação autónoma são de 20.000euros (10%).

� A tributação de IRC seria 4.000X15%= 600 euros

� Tributação autónoma 20.000X10%= 2.000 euros

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 92

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Agravamento das taxas de TA

Exemplo 2: agravamento das taxas de tributação autónoma

� Admita-se uma dada empresa que possui prejuízo fiscal de1.000 euros e está a utilizar beneficios fiscais de 5.000 eurosrelativos à majoração das amortizações. As despesas sujeitasa tributação autónoma são de 20.000 euros.

HIP A utilização de beneficios fiscais

� IRC (-1000+5000)X90%=3600 e 3600X15%= 540 euros

� Tributação autónoma 20.000X20%= 4.000 euros

Total 4.540 euros

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 93

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Agravamento das taxas de TA

Exemplo 3

� Admita-se uma dada empresa que possui prejuízo fiscal de1000 euros e está a utilizar beneficios fiscais de 5000 eurosrelativos à majoração das amortizações. As despesas sujeitasa tributação autónoma são de 20.000 euros.

HIP B não utilização de beneficios fiscais

� IRC 4.000X15%= 600 euros

� Tributação autónoma 20.000X10%=2.000 euros

Total 2.600 euros

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 94

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

SUPRIMENTOS

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 95

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

SUPRIMENTOS

� OE 2011: Os juros de suprimentos passaram a ser tributadosem IRS à taxa liberatória de 21,5%

� A tributação dos juros de suprimentos à taxa liberatória de21,5% implica que deve ser efectuada alguma reflexão sobre omodo de financiamento das empresas, considerando queesses juros, se contidos no limite da alínea j) do n.º 1 do artigo45.º do Código do IRC, são aceites para efeitos dedeterminação do lucro tributável deste imposto

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 96

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

SUPRIMENTOS

� Dentro do limite da alínea j) do n.º 1 do artigo 45.º do Código doIRC, a atribuição de juros de suprimentos por empresaslucrativas permite uma economia fiscal pela diferença entre ataxa do IRC e respectiva derrama e a taxa liberatória

� Nos casos normais, a economia será de:

2011 26,5% - 21,5% = 5%

2012 26,5% - 26,5% = 0

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 97

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Distribuição de lucros Pagamento de juros de suprimentos

Resultado antes Imposto 100 100

Juros suprimentos - 100

Lucro tributável 100 -

IRC+derrama 26,5 -

Resultado liquido 73,5 -

Distribuição de lucro 73,5 -

IRS sobre lucros

distribuídos 25%X73,5 18,4

IRS juros suprimentos

25%X100 25

Total de impostos 44,9 25

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 98

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

SUPRIMENTOS

� Taxa máxima para os efeitos previstos na alínea j) do n.º 1 doart. 45.º do Código do IRC: Portaria n.º 184/2002, de 4 de Março.

� No caso de PME's, o spread passa a ser de 6 p.p. a acrescer àtaxa EURIBOR a 12 meses do dia da constituição da dívida.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 99

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

DERRAMA ESTADUAL

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 100

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Derrama estadual (artigo 87.º-A do Código do IRC)

� As novas regras de cálculo da derrama estadual sãoaplicáveis, exclusivamente, aos dois períodos detributação iniciados em ou após 1 de Janeiro de2012.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 101

Redacção anterior

OE 2012 OE 2012

Base de incidência: lucro

superior a

€ 2 000 000 € 1 500 000 € 10 000 000

Taxa 2,5 % 3 % 5 %

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Derrama Estadual

Exemplo:

Uma empresa apura no ano um lucro tributável de

€ 12 000 000.

� Em 2012

� A derrama estadual a apurar ascenderia a € 355 000,que corresponde a:

� € 8 500 000 x 3% + € 2 000 000 x 5%

� Em 2011: € 10 000 000 x 2,5% = € 250 000

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 102

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Derrama estadual (Pagamentos adicionais por conta)

� As novas regras de cálculo da derrama estadual sãoaplicáveis, exclusivamente, aos dois períodos detributação iniciados em ou após 1 de Janeiro de2012 (artigo 105.º-A do Código do IRC)

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 103

Redacção anterior

OE 2012 OE 2012

Base de incidência: lucro

superior a

€ 2 000 000 € 1 500 000 € 10 000 000

Taxa 1,5 % 2,5 % 4,5 %

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Pagamentos adicionais por conta

Exemplo:

Uma entidade que apurou em 2011 um lucro tributávelde € 12 000 000

� O montante dos pagamentos adicionais por conta aefectuar em 2012 ascenderá a € 302 500, quecorresponde a

€ 8 500 000 x 2,5% + € 2 000 000 x 4,5%

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 104

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

NOVAS REGRAS

DE ELIMINAÇÃO DA DUPLA TRIBUTAÇÃO ECONÓMICA

DOS LUCROS DISTRIBUÍDOS

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 105

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Dupla tributação económica dos lucros distribuídos (artº51º)

� O OE para 2011 alterou substancialmente o regime deeliminação da dupla tributação económica dos lucrosdistribuídos

� As alterações efectuaram-se:

� Ao n.º 1 do artigo 51.º do CIRC, eliminando-se a possibilidadede beneficiarem do regime as participações com custo deaquisição não inferior a € 20.000.000,00

� À parte final do n.º 10 do artigo 51.º do CIRC, que previa umaexcepção à exigência de tributação efectiva quando abeneficiária dos lucros fosse uma SGPS

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 106

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Dupla tributação económica dos lucros distribuídos (artº51º)

Condições de aplicação do artigo 51.º do CIRC (eliminação dadupla tributação):

� Participação directa no capital da sociedade que distribui oslucros não inferior a 10 %, e

� Participação seja detida de modo ininterrupto, durante o anoanterior à data da colocação à disposição dos lucros ou, sedetida há menos tempo, desde que a participação seja mantidadurante o tempo necessário para completar aquele período

� Lucros tenham sido sujeitos a tributação efectiva

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 107

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Dupla tributação económica dos lucros distribuídos (artº51º)

Isenção sobre lucros distribuídos (Directiva 90/435)

� DETENÇAO DIRECTA DE UMA PARTICIPAÇÃO NO CAPITALNÃO INFERIOR A 10 %

E

� PERMANÊNCIA NA TITULARIDADE, DE MODO ININTERRUPTO,DURANTE UM ANO.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 108

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Dupla tributação económica dos lucros distribuídos (artº51º)

� Deixaram de beneficiar do regime de eliminação da duplatributação económica sobre lucros distribuídos, as entidadesque detenham participações, no capital da sociedade quedistribui os lucros, inferiores a 10%, independentemente docorrespondente valor de aquisição ser ou não superior a 20milhões de euros

� Foi também revogada a possibilidade da eliminação parcial(50%) da dupla tributação económica, pelo que os dividendosauferidos de participadas detidas em menos de 10% passam aser integralmente tributados

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 109

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Dupla tributação económica dos lucros distribuídos (artº51º)

As SGPS e SCR e ICR deixam de beneficiar de um regime maisfavorável:

� O requisito de participação mínima de 10% passa a ser-lhesaplicável

� Deixam de poder deduzir os rendimentos recebidos quandoprovenham de lucros que não tenham sido sujeitos atributação efectiva

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 110

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Dupla tributação económica dos lucros distribuídos (artº51º)

Conceito de tributação efectiva

� O conceito de tributação efectiva foi definido e esclarecidoatravés da circular n.º 24/2011, de 11 de Novembro:

� “deve ser interpretado no sentido de exigir que os rendimentosprovenham de lucros que tenham suportado IRC, ou outroimposto sobre lucros idêntico ou análogo, e que dele não seencontrem excluídos nem isentos”

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 111

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Dupla tributação económica dos lucros distribuídos (artº51º)

Algumas situações

� Participações em cadeia

� Para efeitos do cumprimento do requisito, a tributação poderáser verificada na esfera da entidade que distribui os lucros ou,anteriormente, na esfera de uma afiliada

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 112

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Dupla tributação económica dos lucros distribuídos (artº51º)

Algumas situações

� SGPS

� Considera-se que não foram sujeitos a uma tributação efectiva,designadamente os rendimentos que provenham de lucros quetenham origem exclusivamente em mais-valias que tenhambeneficiado da exclusão de tributação consagrada no n.º 2 doartigo 32.º do EBF

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 113

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Dupla tributação económica dos lucros distribuídos (artº51º)

Algumas situações

� Prejuízos fiscais

� Os lucros devem considerar-se efectivamente tributados

quando não exista encargo de imposto em resultado, por

exemplo, da dedução de prejuízos fiscais ou de deduções à

colecta, uma vez que esses lucros provêm de rendimentos que

são integrados no lucro tributável

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 114

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Limitação de Beneficios Fiscais

(CIRC artº 92)

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 115

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Limitação de benefícios fiscais (artº92 CIRC)

� Com o OE 2011 foi novamente alterado o artigo 92.º do CIRClimitando-se ainda mais a usufruição de determinadosbenefícios fiscais

� Assim, o IRC liquidado não pode ser inferior a 90% daquele queseria apurado caso o sujeito passivo não usufruísse debenefícios fiscais

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 116

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59

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Limitação de benefícios fiscais (artº92 CIRC)

A limitação aplica-se a todos os benefícios fiscais, com exclusão dos quesão expressamente referidos na norma

� Os benefícios fiscais excluídos para efeito de aplicação destalimitação são:

� Benefícios de carácter contratual;

� SIFIDE II;

� Benefícios fiscais aplicáveis às Zonas Francas;

� Benefícios fiscais que operem por redução de taxa;

� Benefícios fiscais relativos à criação de emprego;

� Benefícios fiscais aplicáveis às SGPS, às SCR e ICR;

� Benefício fiscal referido no artigo 42.º do EBF

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 117

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Limitação de benefícios fiscais (artº92 CIRC)

Diferenças em 2011 face ao ano anterior:

� Agravamento de tributação na medida em que a limitaçãoquanto aos benefícios abrangidos é agora de 10% do impostoliquidado (antes era 25%)

� Deixa de se aplicar ao artigo 19.º do EBF (criação de emprego)

� Os incentivos à interioridade passam a estar abrangidos naparte não respeitante à redução de taxa

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 118

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60

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTASLimitação de benefícios fiscais (artº92 CIRC)

Caso prático

Um sujeito passivo de IRC apresenta em 2011, lucro tributável e

matéria colectável de € 100.000,00 tendo uma dedução à

colecta de € 10.000,00 relativa ao SIFIDE II, bem como uma

dedução ao rendimento de € 40.000,00 referente a um donativo e

respectiva majoração (artigo 62.º do EBF)

Liquidação com benefícios Liquidação “sem” benefícios

12.500 X 12,5% = 1.562,50 12.500 X 12,5% = 1.562,50

87.500 X 25% = 21.875,00 127.500 X 25% = 31.875,00

IRC liquidado = 13.437,50 IRC liquidado = 23.437,50

23.437,50 X 90% = 21.093,75

consequência:

acréscimo de 7.656,25 (21.093,75 – 13.437,50 ) no campo 371 doQuadro 10 da declaração modelo 22

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 119

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTASLimitação de benefícios fiscais (artº92 CIRC)

Caso prático

Um sujeito passivo de IRC apresenta em 2011, lucro tributável de20.000,00 e matéria colectável nula (por ter direito a deduzirprejuízos de € 30.000,00), havendo lugar a uma dedução aorendimento de € 20.000,00 referente ao benefício deremuneração convencional do capital social e outra de €30.000,00, relativa ao artigo 19.º do EBF (criação de emprego)

Liquidação com benefícios Liquidação “sem” benefícios

10.000 X 12,5% = 1.250,00

IRC liquidado = 0,00 IRC liquidado = 1.250,00

1.250,00 X 90% = 1.125,00

consequência:

acréscimo de 1.125,00 no campo 371 do Quadro 10 dadeclaração modelo 22

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 120

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61

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Regime especial de

tributação dos grupos de sociedades

(RETGS)

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 121

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Regime especial tributação grupos de sociedades (RETGS)

Artºs 69, 70 e 71 CIRC

Entidades residentes integrantes de um grupo económico poderão aderir ao RETGS, sendo assim globalmente tributadas pela soma algébrica dos respectivos resultados, positivos e negativos, quando:

� Uma empresa (dominante) detenha, pelo menos, 90% do capital de outra(s), desde que tal participação lhe confira mais de 50% dos direitos de voto;

� As sociedades do grupo sejam residentes em Portugal e estejam sujeitas ao regime geral IRC, à taxa normal mais elevada.

� A sociedade dominante detenha a participação na sociedade dominada há mais de 1 ano;

� A sociedade dominante não seja dominada por outra sociedade residente em território português;

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 122

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Regime especial tributação grupos de sociedades(RETGS) Artºs 69, 70 e 71 CIRC

� A opção pelo RETGS é:

� Efectuada em Março (3º mês) do ano a que respeita; e

� Comunicada à DGCI por Comunicada à DGCI por transmissão electrónica de dados.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 123

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Regime especial tributação grupos de sociedades (RETGS)

Artºs 69, 70 e 71 CIRC

Relativamente a cada um dos períodos de tributação abrangidospela aplicação do regime especial, o lucro tributável do grupo écalculado pela sociedade dominante, através da soma algébricados lucros tributáveis e dos prejuízos fiscais apurados nasdeclarações periódicas individuais de cada uma das sociedadespertencentes ao grupo.

Lucro tributável do Grupo = Somatório dos lucros tributáveis +Somatório dos prejuízos fiscais individuais

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 124

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Regime especial tributação grupos de sociedades (RETGS)

� Foi alterada a Lei das Finanças Locais, no sentido deestabelecer que, quando seja aplicável o RETGS, a derramaincide sobre o lucro tributável individual de cada uma dassociedades do grupo, e não sobre o lucro apurado pelo grupo

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 125

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Regime especial tributação grupos de sociedades (RETGS)

Exemplo

� O Grupo XYZ, tributado ao abrigo do RETGS, apurou o seu

resultado fiscal conforme seguidamente se ilustra:

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 126

Sociedade Resultado Fiscal (€)

A 120 000

B 250 000

C (50 000)

D (40 000)

TOTAL 280 000

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Regime especial tributação grupos de sociedades (RETGS)

Supondo uma taxa de derrama de 1,5%:

� A derrama calculada com base nas regras vigentes até 31 de

Dezembro de 2011: € 4 200 (= € 280 000 x 1,5%)

� A derrama calculada com base nas regras vigentes a partir de 1de Janeiro de 2012: € 5 550 (= € 370 000 x 1,5%)

� Aumento: € 1 350 (+32%)

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 127

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Regime especial de tributação dos grupos de sociedades(RETGS)

Não podem fazer parte do Grupo sociedades que:

� Estejam inactivas há mais de 1 ano ou tenham sido dissolvidas;

� Estejam em processo de recuperação de empresa ou falência;

� Registem prejuízos fiscais nos 3 exercícios anteriores (salvo,no caso das sociedades dominadas, se detidas pela sociedadedominante há mais de dois anos);

� Estejam sujeitas a taxa de IRC inferior e não renunciem à suaaplicação;

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 128

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65

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Regime especial de tributação dos grupos de sociedades(RETGS)

Não podem fazer parte do Grupo, sociedades que (cont)

� Adoptem um ano fiscal diferente do da sociedade dominante;

� Não assumam a forma de sociedade por quotas, anónimas, emcomandita por acções ou entidades públicas empresariais;

� O nível de participação exigido (90%) seja obtidoindirectamente através de uma entidade que não reúna osrequisitos legalmente exigidos para integrar o grupo.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 129

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Regime especial de tributação dos grupos de sociedades(RETGS)

Obrigações declarativas e de pagamento

� A sociedade dominante deve apresentar a Mod. 22, em quedetermine o lucro tributável do grupo e o respectivo imposto;

� Cada uma das sociedades do grupo, incluindo a sociedadedominante, deve apresentar a sua declaração de rendimentosonde seja determinado o imposto como se aquele regime nãofosse aplicável.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 130

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Regime especial de tributação dos grupos de sociedades(RETGS)

Pagamento do IRC (artigo 115.º)

� Incumbe à sociedade dominante

� Qualquer das sociedades do grupo é solidariamenteresponsável, sem prejuízo do direito de regresso pela parte doimposto que a cada uma efectivamente respeite

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 131

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Regime especial de tributação dos grupos de sociedades(RETGS)

Pagamentos por conta (artigo 105.º, n.ºs 5, 6 e 7):

� No primeiro exercício de aplicação do regime, são efectuadospor cada uma das sociedades do grupo, sendo o total destasimportâncias tido em consideração para cálculo do imposto apagar ou a recuperar pela sociedade dominante

� Nos exercícios seguintes, terão por base a colectacorrespondente ao lucro tributável do grupo

� No exercício seguinte àquele em que terminar a aplicação doregime, os pagamentos por conta a efectuar por cada uma dassociedades do grupo terá por base o imposto que lhes teriasido liquidado relativamente ao exercício anterior, caso nãoestivessem abrangidas pelo regime

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 132

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Regime especial de tributação dos grupos de sociedades(RETGS)

Pagamentos por conta (artigo 105.º, n.ºs 5, 6 e 7):

� No primeiro exercício de aplicação do regime, são efectuadospor cada uma das sociedades do grupo, sendo o total destasimportâncias tido em consideração para cálculo do imposto apagar ou a recuperar pela sociedade dominante

� Nos exercícios seguintes, terão por base a colectacorrespondente ao lucro tributável do grupo

� No exercício seguinte àquele em que terminar a aplicação doregime, os pagamentos por conta a efectuar por cada uma dassociedades do grupo terá por base o imposto que lhes teriasido liquidado relativamente ao exercício anterior, caso nãoestivessem abrangidas pelo regime

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 133

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Regime especial de tributação dos grupos de sociedades(RETGS)

Dispensa retenção na fonte (artigo 97.º, n.º 1, e):

� Rendimentos obtidos por sociedades abrangidas pelo regimeespecial de tributação dos grupos, desde que reunidas asseguintes condições:

� A sociedade devedora dos rendimentos esteja sujeita aoregime especial;

� Os rendimentos respeitem a períodos de aplicação doregime;

� Tratando-se de lucros distribuídos devem reportar-se aresultados obtidos na vigência do regime.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 134

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IRC: Regime especial de tributação dos grupos de sociedades(RETGS)

Conclusões:

� O actual regime está em vigor desde 1 de Janeiro de 2001, veiosubstituir a tributação dos grupos de sociedades pela

aplicação do regime de tributação pelo lucro consolidado.

� Ao contrário do regime de tributação pelo lucro consolidado,não obedece a quaisquer normas de consolidação de contas,designadamente a eliminação dos resultados internos geradosdentro do grupo.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 135

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTASIRC: Regime especial de tributação dos grupos de sociedades(RETGS)

Conclusões (cont):

� Em 2011 deixou de ser possível corrigir a soma algébrica doslucros tributáveis e dos prejuízos fiscais, apurados nasdeclarações individuais de cada uma das sociedades do grupo,pela parte dos lucros distribuídos entre as sociedades do grupoque se encontre incluída nas bases tributáveis individuais

� Continuam a existir algumas vantagens fiscais, principalmente,

� comunicação dos prejuízos fiscais entre as sociedadespertencentes ao grupo,

� dispensa de retenção na fonte sobre rendimentos obtidos deque seja devedora sociedade do mesmo grupo abrangidapelo RETGS.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 136

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Método da Equivalência Patrimonial

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 137

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Método da Equivalência Patrimonial

� Pressupostos para adopção do MEP

Influência significativa - o poder de participar nas decisões

relativas às políticas financeira e operacional da participada.

Presume-se que há influência significativa se o investidor detém,

directa ou indirectamente, 20% ou mais dos direitos de voto.

Qualquer excepção a esta regra deve ser claramente demonstrada

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 138

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Método da Equivalência Patrimonial

� Pressupostos para adopção do MEP

A existência de influência significativa por parte de um investidoré geralmente evidenciada por uma ou mais das seguintes formas:

� Representação no órgão de direcção ou órgão de gestãoequivalente da investida;

� Participação em processos de decisão de políticas, incluindo aparticipação em decisões sobre dividendos e outrasdistribuições;

� Transacções materiais entre o investidor e a investida;

� Intercambio de pessoal de gestão; ou

� Fornecimento de informação técnica essencial.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 139

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Método da Equivalência Patrimonial

EXEMPLO

Uma empresa participou, em 2010, na constituição de outra, tendosubscrito uma participação de 40%.

O capital social da participada é de 100.000,00 €.

Esta participada registou resultados negativos, em 2010, nomontante de 10.000, 00 €, não tendo qualquer transação comercialcom as detentoras do capital.

A participada obteve, em 2011, um resultado líquido positivo nomontante de 18.000,00 €.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 140

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Método da Equivalência Patrimonial

Aquisição da participação financeira

� D 4121 – Participações de capital - MEP 40.000,00 €

� C 12 – Depósitos à ordem 40.000,00 €

Cálculo da participação financeira:

� % Detida: 40%

� Capital Social participada: 100.000,00 €

� Participação financeira: 100.000,00 € X40% = 40.000,00 €

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 141

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Método da Equivalência Patrimonial

Reconhecimento dos resultados (lançamento de 2010)

� D 6852 – Aplicação MEP 4.000,00 €

� C 4121 – Participações de capital - MEP 4.000,00 €

Cálculo da parte dos resultados da participada:

� % Detida: 40%

� Resultado líquido: 10.000,00 €

� Parte dos resultados da participada: 10.000,00 € *40% =4.000,00 €

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 142

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Método da Equivalência Patrimonial

Reconhecimento dos resultados em 2011

� D 4121 – Participações de capital - MEP 7.200,00 €

� C 7851 – Aplicação MEP 7.200,00 €

Cálculo da parte dos resultados da participada:

� % Detida: 40%

� Resultado líquido: 18.000,00 €

� Parte dos resultados participada: 18.000,00€*40%=7.200,00 €

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 143

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PERCENTAGEM DE ACABAMENTO

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 144

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PERCENTAGEM DE ACABAMENTO (NCRF 19)

� Contrato de construção é um contrato especificamentenegociado para a construção de um activo ou de umacombinação de activos.

� Os contratos de construção são podem ser:

� (i) contratos de preço fixado;

� (ii) contratos de «cost plus» - Margem sobre custo;

� (iii) Contratos combinados dos dois tipos de contratosreferidos acima (por exemplo um contrato de “cost plus”com preço máximo).

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 145

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PERCENTAGEM DE ACABAMENTO (NCRF 19)

� Contrato de preço fixado é um contrato de construção em que

a entidade contratada acorda um preço determinado

� Contrato de « cost plus» é o contrato de construção é

reembolsada por custos estimados ou de outra forma definidos

acrescidos de uma percentagem destes custos ou uma

remuneração fixada.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 146

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74

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PERCENTAGEM DE ACABAMENTO (NCRF 19)

Estimativas fiáveis

� A determinação dos resultados de contratos de construção

cujo ciclo de produção ou tempo de execução se inicie num

período e tenha conclusão em período diferente, é efectuada

com base no critério da percentagem de acabamento, sempre

que o desfecho do contrato pode ser fiavelmente mensurado

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 147

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PERCENTAGEM DE ACABAMENTO (NCRF 19)

Determinação da % acabamento

� A percentagem de acabamento no final de cada período de

tributação corresponde à proporção entre os gastos

suportados até essa data e a soma desses gastos com os

estimados para a conclusão do contrato

Custos incorridos/custos incorridos+custos conclusão contrato

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 148

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75

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PERCENTAGEM DE ACABAMENTO (NCRF19)

� O método da percentagem de acabamento é aplicado numabase acumulada em cada período contabilístico às estimativascorrentes de rédito do contrato e custos do contrato

� Por isso, os efeitos de uma alteração na estimativa no rédito docontrato e nos custos do contrato, ou os efeitos de umaalteração na estimativa do desfecho de um contrato, sãocontabilizados como uma alteração na estimativa contabilística(aplicando a NCRF 4)

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 149

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PERCENTAGEM DE ACABAMENTO (NCRF 19)

Não existem estimativas fiáveis (lucro nulo):

� O rédito somente deve ser reconhecido até ao ponto em queseja provável que os custos do contrato incorridos serãorecuperáveis;

� Os custos do contrato devem ser reconhecidos como umgasto no período em que sejam incorridos.

� Uma perda esperada num contrato de construção deve serreconhecida imediatamente como um gasto (provisão que nãoé aceite fiscalmente).

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 150

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76

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PERCENTAGEM DE ACABAMENTO (NCRF 19)

� Em termos fiscais, as regras constantes do artigo 19.º só têmaplicabilidade quando o ciclo de produção ou tempo deconstrução seja superior a um ano

� Face ao conceito de contratos de construção presente nosnormativos contabilísticos, há que afastar deste artigo asobras efectuadas por conta própria vendidas fraccionadamente

� a determinação de resultados nas obras efectuadas por contaprópria vendidas fraccionadamente é efectuada à medida queforem sendo concluídas e entregues aos adquirentes, ainda quenão sejam conhecidos exactamente os custos totais das mesmas(artigo 18.º n.º 6 do CIRC)

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 151

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PERCENTAGEM DE ACABAMENTO

� Os custos do contrato compreendem:

� Os custos que se relacionem directamente com o contratoespecífico

� Os custos que sejam atribuíveis à actividade do contrato emgeral e possam ser imputados ao contrato

� Outros custos que sejam especificamente debitáveis aocliente nos termos do contrato

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 152

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77

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PERCENTAGEM DE ACABAMENTO

� Os custos que não possam ser atribuídos ao contrato têm deter duas características:

� Não estão directamente relacionado com a actividade docontrato;

� Não possam ser imputados aos custos de um contrato deconstrução.

� Tais custos incluem:

� Custos administrativos gerais cujo reembolso não estejaespecificado no contrato;

� Custos de vender;

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 153

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PERCENTAGEM DE ACABAMENTO

Diferenças contabilidade e fiscalidade

Quando a obra tiver uma duração inferior a um ano, mas iniciar e

terminar em períodos diferentes, a contabilidade e a fiscalidade serão

diferentes uma vez que neste caso já não se aplica o art. 19 onde se

refere a percentagem de acabamento, pelo que ter-se-á que aplicar o art.

18.º que apenas exige o balanceamento entre os gastos e os

rendimentos.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 154

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Caso prático

A empresa Silva & Silva, Lda, tem como actividade principal aconstrução civil e iniciou a actividade em 1 de Janeiro de2011.

No exercício de 2011, foi-lhe adjudicado um trabalho deconstrução civil, de remodelação total e reconstrução de umamoradia, cujo orçamento aprovado pelos clientes e custosestimados são os seguintes:

Rédito /Orçamento para facturação

Custos Estimados

001. Restelo 2.000.000,00 1.500.000,00

Total Obras 2.000.000,00 1.500.000,00

Centros de custo

Previsão/Estimativa

� Contratos de construção

A obra demorou 3 anos a terminar, as informações relativasaos gastos e facturação da obra são as seguintes:

Total

2012 2013

Réditos

Prestação de serviços/Facturação 600.000,00 1.300.000,00 100.000,00 2.000.000,00

Gastos

Aluguer - obras 6.000,00 5.000,00 2.300,00 13.300,00

Subempreitada/subcontratos 360.000,00 320.000,00 50.000,00 730.000,00

Materiais incorporados 50.000,00 225.000,00 25.000,00 300.000,00

Gastos com o pessoal 120.000,00 150.000,00 30.000,00 300.000,00

Seguros directamente relacionados com a obra 4.000,00 4.000,00 2.000,00 10.000,00

Depreciações que sejam directamente

imputadas à obra 1.700,00 3.000,00 2.000,00 6.700,00

Outros gastos 20.000,00 70.000,00 50.000,00 140.000,00

Descrição

2011

� Contratos de construção

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79

Como os valores dos réditos e dos gastos se encontramregistados na contabilidade, face ao exigido pela NCRF 19qual o tratamento contabilístico a adoptar para o fecho decontas do período de relato de 2011, 2012 e 2013.

Ano 2011Gastos e Rendimentos registados durante o ano de 2011

relacionados com a obra:

Conta a débito Conta a crédito Valor (u.m.) Valor

6 x (várias rubricas)

22 ou 12 ou 11

Fornecedores ou

meios monetários

liquidos

561.700,00Vários valores registados

como gastos durante o ano

21x - Clientes C/C72x - Prestação de

serviços 600.000,00

Valor Facturado durante o

ano

� Contratos de construção

Cálculos auxiliares necessários para aplicar o método dograu de acabamento:

% de Acabamento = 561.700/1.500.000 = 37,45%

Rédito Custos

Estimados Facturado % Fact. C. incorridos Grau Acab. Diferença

Acréscimo de

rendimento

001. Restelo 2.000.000,00 1.500.000,00 600.000,00 30,00% 561.700,00 37,45% 7,45% 148.933,33

Total Obras 2.000.000,00 1.500.000,00 600.000,00 561.700,00 148.933,33

2011Centros de

custo

Previsão/Estimativa

� Contratos de construção

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80

Aplicando directamente a percentagem de acabamentosobre a estimativa de rédito.

37,45% * 2.000.000 = 748.933,33

Logo, como foi facturado 600.000,00, falta reconhecer adiferença entre 748.933,33-600.000 = 148.933,33.

� Contratos de construção

Registos contabilísticos a efectuar:

Pela aplicação do método da percentagem deacabamento deve reconhecer-se rendimentosantecipados para se balancearem os gastos com osrendimentos:

Nota: O valor registado na conta 72X releva para efeitosfiscais, logo, influencia a determinação do lucrotributável.

Conta a débito Conta a crédito Valor (u.m.) Valor

2721 - Devedores

por acréscimos de

rendimentos

72X - Prestação de

serviços 148.933,33

Pelo valor de rendimentos

antecipados a reconhecer

� Contratos de construção

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81

Ano 2012Gastos e Rendimentos registados durante o ano de

2012 relacionados com a obra:

Conta a débito

Conta a crédito Valor (u.m.)

6x (várias

rubricas)22 ou 12 ou 11 777.000,00

21x Clientes

2721-Devedores

por acréscimos

de rendimentos

148.933,33Pela regularização dos rendimentos

reconhecidos antecipadamente em 2011

21x Clientes 72x - prestação

de serviços 1.151.066,67

Pela diferença entre o valor facturado e os

rendimentos reconhecidos em 2011

(1.300.000-148.933,33)=1.151.066,67

Valor Facturado

durante o ano

(1.300.000,00)

Valor

Os Vários gastos registados durante o ano directamente

relacionados com a obra

� Contratos de construção

Percentagem de acabamento em 2012

Total de custo acumulados = 561.000 (2011) + 777.000(2012) = 1.338.700,00

% de acabamento = 1.338.700,00/1.500.000,00= 89,25%

89,25% * 2.000.0000,00 = 1.784.933,00

Valor já facturado = 1.900.000 ( 600.000 em 2011 e1.300.000 em 2012)

Diferença 1.900.000 – 1.784.933= 115 067

� Contratos de construção

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Assim, no ano 2012, temos facturação superior àpercentagem de acabamento, logo, para cumprimento dodisposto na NCRF 19 (balanceamento entre os gastos eos rendimentos de acordo com a percentagem deacabamento) vamos diferir rendimentos.

Nota: O valor registado na conta 72X releva para efeitosfiscais. Deste modo, ao creditarmos a conta 72x, estevalor de rendimento não influencia o lucro tributável talcomo não releva para efeitos do lucro contabilístico.

Conta a débito

Conta a crédito

Valor (u.m.) Valor

72x -

Prestação de

serviços

282 -

Diferimentos

Rendimentos a

reconhecer

115.066,67Pelo valor de rendimentos diferidos

(rendimentos a reconhecer)

� Contratos de construção

Ano 2013Gastos e Rendimentos registados durante o ano de 2013

relacionados com a obra:

Conta a débito Conta a crédito Valor (u.m.)

6x (várias

rubricas)

22 ou 12 ou 11

Fornecedores ou

meios monetários

liquidos

161.300,00

21x - Clientes72x - Prestação de

serviços100.000,00

Pelos Vários gastos registados durante o

ano directamente relacionados com a

obra

Pela Valor facturado no ano 2013

Valor

� Contratos de construção

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Regularização dos Rendimentos Diferidos

Nota: O valor registado na conta 72X releva para efeitosfiscais e para efeitos contabilísticos, pelo que influencia adeterminação do lucro tributável no ano 2013 comorendimento o valor de 215.066,67.

Conta a débito Conta a crédito Valor (u.m.) Valor

282 -

Diferimentos

Rendimentos a

reconhecer

72x - Prestação

de serviços 115.066,67

Pelo valor de rendimentos diferidos

(rendimentos a reconhecer)

� Contratos de construção

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Imparidades em dividas a receber

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 166

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Imparidade em dividas a receber fiscalmente dedutíveis

(art35º CIRC)

Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as seguintes perdas porimparidade contabilizadas no mesmo período de tributação ou emperíodos de tributação anteriores:

� a) As relacionadas com créditos resultantes da actividadenormal que, no fim do período de tributação, possam serconsiderados de cobrança duvidosa e sejam evidenciadoscomo tal na contabilidade;

A Administração tributária tem tido uma interpretação restritiva doconceito de “créditos resultantes da actividade normal” limitando-os aos provenientes das transacções correntes de vendas eprestações de serviços;

�Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 167

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Imparidade de dívidas a receber

Parecer nº 11/95, (do CEF) entende que os créditos provenientesde:

� Adiantamentos a fornecedores;

� Juros de mora;

� Venda de imobilizado,

não são passíveis de ajustamento por riscos de cobrança.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 168

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Imparidade de dívidas a receber

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, de 18/10/2006(Proc. Nº 0668/06):

� I – São fiscalmente dedutíveis as provisões que tiverem por fima cobertura de créditos resultantes da actividade normal queno fim do exercício possam ser considerados de cobrançaduvidosa e sejam evidenciados como tal na contabilidade.

� II – Os juros de mora resultantes de créditos decorrentes daactividade de comércio de veículos automóveis são elescréditos resultantes da actividade normal da empresa emcausa.

� III – Tais créditos (por juros de mora) constituem provisõesfiscalmente dedutíveis..

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 169

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Perdas de imparidade em créditos (artº36º CIRC)

1- Perdas por imparidade em créditos, quando:

� a) O devedor tenha pendente processo de insolvência erecuperação de empresa ou processo de execução;

� b) Os créditos tenham sido reclamados judicialmente ou emtribunal arbitral ;

� c) Os créditos estejam em mora há mais de seis meses desde adata do respectivo vencimento e existam provas de terem sidoefectuadas diligências para o seu recebimento.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 170

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Perdas de imparidade em créditos (artº36º CIRC)

2 - O montante anual acumulado da provisão para cobertura decréditos em mora não pode ser superior a :

� a) 25%, créditos em mora há mais de 6 e até 12 meses;

� b) 50%, créditos em mora há mais de 12 e até 18 meses;

� c) 75%, créditos em mora há mais de 18 e até 24 meses;

� d) 100%, créditos em mora há mais de 24 meses.

� O registo do ajustamento (provisão) deverá respeitar o regimeda periodização económica, tal como resulta do disposto noart.º 18.º do Código do IRC.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 171

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Perdas de imparidade em créditos (artº36º CIRC)

� “o facto de um crédito se encontrar em mora há mais de 6meses não é, por si só, um factor determinante para oconsiderar de cobrança duvidosa. Assim, deve ser aceite comocusto, a constituição da provisão no exercício em que seconsiderem os créditos como de cobrança duvidosa,atendendo ao limite que compete a esse mesmo exercício.”,conforme entendimento da Administração Fiscal (Proc. N.º1333/95, de 23.10.95, da DSIRC).

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 172

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Perdas de imparidade em créditos (artº36º CIRC)

3) Não são considerados de cobrança duvidosa:a) Os créditos sobre o Estado, Regiões Autónomas e autarquiaslocais ou aqueles em que estas entidades tenham prestado aval;

b) Os créditos cobertos por seguro, com excepção da importânciacorrespondente à percentagem de descoberto obrigatório, ou porqualquer espécie de garantia real;

c) Os créditos sobre pessoas singulares ou colectivas que detenhammais de 10% do capital da empresa ou sobre membros dos seusórgãos sociais, salvo nos casos previstos nas alíneas a) e b) do n.º 1;

d) Os créditos sobre empresas participadas em mais de 10% docapital, salvo nos casos previstos nas alíneas a) e b) do n.º 1.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 173

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Créditos incobráveis aceites como gastos (artº41º CIRC)

� Os créditos incobráveis podem ser directamente consideradosgastos ou perdas do período de tributação na medida em quetal resulte de processo de insolvência e de recuperação deempresas, de processo de execução ou de procedimentoextrajudicial de conciliação para viabilização de empresas emsituação de insolvência ou em situação económica difícilmediado pelo IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas eMédias Empresas e ao Investimento, quando relativamente aosmesmos não tenha sido admitida perda por imparidade ou,sendo-o, esta se mostre insuficiente.

� Ou seja, se fosse admitida perda por imparidade e a mesmanão foi efectuada o crédito incobrável não é aceite fiscalmentenessa parte.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 174

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PROVISÕES

(NCRF 21)

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 175

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PROVISÕES

Conceito de provisão:

� Uma provisão é um passivo de tempestividade ou quantiaincerta.

� Tempestividade incerta porque se desconhece o momento exatoda ocorrência da obrigação;

� Quantia incerta porque se desconhece a quantia exatanecessária para fazer face à obrigação.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 176

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PROVISÕES

Uma provisão é reconhecida quando:

� uma entidade tem uma obrigação presente (legal ouconstrutiva), resultante de um acontecimento passado;

� em que é provável que seja necessário um dispêndio (exfluxode recursos que incorporem benefícios económicos) futuro paraa liquidação da obrigação; e

� seja possível estimar com fiabilidade a quantia da obrigação

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 177

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PROVISÕES

A recolha de informação sobre as obrigações à data do balançopodem incluir evidência proporcionada por acontecimentosocorridos após a data do balanço.

Exemplo de situações que podem levar ao reconhecimento deprovisões:

� Garantias a clientes

� Processos judiciais em curso

� Acidentes no trabalho e doenças profissionais (NCRF 28)

� Matérias ambientais (NCRF 26)

� Contratos onerosos

� Reestruturações

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 178

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PROVISÕES

Nos termos do artigo 39.º do Código do IRC, podem ser deduzidaspara efeitos fiscais, as seguintes provisões:

� As que se destinem a fazer face a obrigações e encargosderivados De processos judiciais em curso por factos quedeterminariam a inclusão daqueles entre os gastos do períodode tributação;

� As que se destinem a fazer face a encargos com garantias aclientes previstas em contratos de venda e de prestação deserviços;

� As que se destinem a fazer face aos encargos com a reparaçãodos danos de carácter ambiental

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 179

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PROVISÕES

A novidade fiscal é a aceitação dos gastos relacionados com asprovisões para garantias a clientes

� Esta provisão é calculada em função do peso que os encargosderivados de garantia a clientes,efectivamente suportados nosúltimos três períodos de tributação, representam no somatóriodas vendas e prestações de serviços, sujeitas a garantia,efectuadas durante esse período

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 180

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PROVISÕES

EXEMPLO

Uma empresa que fabrica e comercializa electrodomésticosapresenta, nos últimos três anos, os seguintes montantes devendas e de custos de garantia suportados:

Vendas sujeitas a garantia Custos de garantia

2007 € 110.000 € 3.500

2008 € 120.000 € 4.500

2009 € 170.000 € 4.000

Em 2010 registou € 170.000 de vendas sujeitas a garantia ereconheceu contabilisticamente uma provisão para garantias declientes de € 8.000

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 181

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PROVISÕES

EXEMPLO

Somatório das vendas Somatório dos custos de

com garantia garantia

400.000 € 12.000 €

� Provisão fiscalmente aceite em 2010 = 12.000 / 400.000 = 3%

� Assim, temos 170.000 * 3% = 5.100

� Provisão contabilizada = 8.000

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 182

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PROVISÕES

EXEMPLO

� Reconhecimento do gasto com provisões 8.000 €

� D 672 – Provisões – garantias a clientes

� C 292 – Provisões – garantias a clientes

Acréscimo a efectuar no Q.07 da declaração modelo 22:

� 8.000 – 5.100 = 2.900

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 183

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PROVISÕES

EXEMPLO

� Como parte da provisão não é aceite fiscalmente,

1.º Ano

Reconhecimento de impostos diferidos (taxa de IRC 25%):

� 2741 – Imp. diferidos – Ativos 725,00 €

� a 8122 – Imp. s/ rendim. – Imposto diferido 725,00 €

� Cálculo do imposto diferido

� 2.900 €X25% = 725 €

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 184

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

PROVISÕES

EXEMPLO

Impacto Fiscal

A acrescer: Linha 721 Provisões não dedutíveis ou para além doslimites legais (art.º s 19.º, n.º 3 e 39.º) ...2.900 €

A deduzir: Linha 766 Impostos diferidos [art.º 45.º, n.º 1, al.a)]h725 €

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 185

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

IMPOSTOS DIFERIDOS

(NCRF 25)

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 186

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Impostos diferidos

Os impostos diferidos, e a NCRF 25 – Impostos sobre orendimento, na parte dos impostos diferidos aplicam-se a:

� Entidades que utilizem o SNC integral, com 28 normas;

� Entidades que optem por adotar a NCRF-PE, mas que optempelo modelo de revalorização dos ativos fixos tangíveis;

� Entidades do setor não lucrativo, e que optem pelo modelo derevalorização dos ativos fixos tangíveis;

� Os impostos diferidos não se aplicam às microentidades.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 187

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Impostos diferidos (situações)

� Deveremos verificar se temos que proceder ao reconhecimentode ativos/passivos por impostos diferidos, quando estamosperante operações, tais como:

� Prejuízos fiscais, acumulados ou do período, para os quais aentidade tem perspetivas de utilizar no prazo prescrito nalegislação fiscal;

� Contabilização de imparidades em ativos;

� Contabilização de imparidades não aceites fiscalmente;

� Contabilização de gastos com provisões não aceites;

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 188

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Impostos diferidos (situações)

� Utilização do MEP nas participações financeiras;

� Reconhecimento de subsídios ao investimento no capitalpróprio;

� Opção pelo modelo de revalorização de ativos fixos tangíveis;

� Opção pelo modelo de revalorização de ativos intangíveis;

� Ajustamentos para o justo valor de ativos não aceites paraefeitos fiscais.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 189

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Impostos Diferidos

Exemplo:

Uma empresa apresenta prejuízos fiscais de 100.000 euros queprevê deduzir em anos futuros.

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 190

Conta a débito

Conta a crédito

Valor (u.m.) Valor

2741 -

Activos por

impostos

diferidos

8122- Impostos

diferidos/56 -

Resultados

transitados

25.000,00 Pelo reconhecimento do imposto diferido

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Impostos Diferidos

Exercício

Uma empresa adquiriu, em Janeiro de 2011, um equipamentobásico, e beneficiou de um projeto de investimento, tendo sidoaprovada a candidatura a este subsídio.

A empresa não tem perspetivas de não cumprir as condicionantesdo contrato (subsídio deverá ser reconhecido no capital próprio).

Os dados desta operação são os seguintes:

� Custo de aquisição do equipamento: 100.000,00 €

� Vida útil esperada: 10 anos

� Compartic.aprovada em sede de candidatura ao subsidio: 40%

� Taxa de IRC: 25%

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 191

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Impostos Diferidos

Resolução:

1) Aquisição do equipamento 100.000€

� D 433 – Equipamento básico

� C 271 – Fornecedores de investimentos

2) Reconhecimento do subsídio a receber 40.000 €

� D 278 – Outros dev. e credores–subsídios

� C 5931 – Outras Var. CP – Subsídios

(Sugestão de conta 5931 – Outras variações nos capitais próprios– Subsídios)

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 192

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Impostos Diferidos

Resolução:

3) Reconhecimento de Impostos Diferidos 10.000€

� D 5932 – Outras Var. CP – Sub. ID

� C2742 – Passivos impostos diferidos

Cálculo do valor do imposto diferido:

� Subsídio * taxa IRC: 40.000 €* 25% = 10.000 €

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 193

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Impostos Diferidos

Resolução:

4) Depreciação do ano de 2011 10.000€

� D 642 – Gastos de depreciação AFT

� C 4383 – Depreciações ac.-Eq básico

Cálculo da depreciação do equipamento:

� Custo da aquisição equipamento/vida útil: 100.000,00€ / 10 =10.000,00 €

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 194

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Impostos Diferidos

Resolução:

5) Imputação do subsídio aos rendimentos 4.000 €

� D 5931 – Outras Var. CP

� C 7883 – Imputação de subsídios rendimento

Cálculo do valor do rendimento:

� Depreciação * taxa de comparticipação: 10.000,00 €*40%=4.000,00 €

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 195

2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

Impostos Diferidos

Resolução:

Impostos diferidos do exercício 1.000€

� D 2742 – Passivos impostos diferidos

� C 8122 – Imposto S/rendimento – Imp Dif.

� D 56 – Resultados transitados

� a 5932 – Outras Var. CP – Sub. ID

Cálculo do valor do imposto diferido:

� Imputação subsídio ao rendimento * taxa IRC: 4.000,00 €* 25%= 1.000,00 €

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 196

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2011 ASPECTOS PARTICULARES ENCERRAMENTO CONTAS

João A. Cruz Martins

[email protected]

FIM

Cruz Martins & Pêga Magro, SROC. 197