orientação para reintegração do empregado

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  • 7/24/2019 Orientao Para Reintegrao Do Empregado

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    Boletim

    Manual de Procedimentos

    Veja nos PrximosFascculos

    Acmulo de funo

    Operadores deteleatendimento/telemarketing

    Quebra-de-caixa

    Legislao Trabalhistae Previdenciria

    Fascculo No30/2014

    Aviso Importante

    Este fascculo contm folha extra do Calendrio Mensal de Obrigaese Tabelas Prticas IOB referente ao ms de Julho/2014.

    Trabalhismo

    Reintegrao do empregado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

    IOB SetorialSadeTerapeuta ocupacional - Atividades na empresa - Assistncia sadedo trabalhador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

    IOB Perguntas e RespostasReintegrao do empregadoCTPS - Anotao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Empregada gestante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11Verbas rescisrias - Compensao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

  • 7/24/2019 Orientao Para Reintegrao Do Empregado

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    2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

    Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

    Editorao Eletrnica e Reviso:Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

    Telefone: (11) 2188-7900 (So Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

    Todos os direitos reservados. expressamente proibida a reproduo total ou parcial desta obra, por qualquermeio ou processo, sem prvia autorizao do autor (Lei no9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

    Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

    letimI

    OB

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Legislao trabalhista e previdenciria :

    reintegrao de empregados.... -- 10. ed. --

    So Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2014. --

    (Coleo manual de procedimentos)

    ISBN 978-85-379-2206-4

    1. Previdncia social - Leis e legislao -

    Brasil 2. Trabalho - Leis e legislao - Brasil

    I. Srie.

    CDU-34:368.4(81)(094)

    14-07255 -34:331(81)(094)

    ndices para catlogo sistemtico:

    1. Brasil : Leis : Previdncia social : Direito

    previdencirio 34:368.4(81)(094)

    2. Leis trabalhistas : Brasil 34:331(81)(094)

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    Calendrio de Obrigaes e Tabelas Prticas - Tributrio EXTRA

    Anexo Edio n 30/2014 CT 1

    Mantenha esta folha encartada noCalendrio Tributrio Federal/Trabalhista e Previdencirio para Julho/2014

    TRIBUTRIO FEDERAL/TRABALHISTA E PREVIDENCIRIO

    AGENDA DE OBRIGAES FEDERAIS PARA JULHO/2014 RETIFICAO

    Posteriormente ao envio dos Calendrios de Obrigaes e Tabelas Prticas Tributrio Federale Trabalhista e Previdencirio para o ms de Julho/2014, foi publicada a Instruo Normativa RFB n1.478/2014, alterando a Instruo Normativa RFB n 1.110/2010, que, dentre outras disposies, prorro-gou para o dia 08.08.2014 a entrega da Declarao de Dbitos e Crditos Tributrios Federais (DCTF),com informaes sobre fatos geradores ocorridos no ms de maio/2014, ao qual estava prevista para odia 21.07.2014.

    Foi determinado ainda, que as pessoas jurdicas e os consrcios que no tenham dbitos a declarara partir dos meses de janeiro, fevereiro, maro ou abril/2014, devero apresentar a DCTF relativa ao 1ms em que no tiveram dbitos a declarar at o dia 31.07.2014 (arts. 2 e 3 da IN RFB n 1.478/2014).

    Em razo dessa alterao, solicitamos aos Clientes que anotem na pg. 6 da Agenda de Obrigaesdos mencionados Calendrios, a seguinte excluso, a fim de mant-los atualizados:

    EXCLUIR

    21

    Segunda-feira DCTF MensalEntrega da Declarao de Dbitos e Crditos Tributrios Federais (DCTF),com informaes sobre fatos geradores ocorridos no ms de maio/2014 (arts.

    2, 3 e 5 da IN RFB n 1.110/2010).

    Internet

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    Manual de Procedimentos

    Legislao Trabalhista e Previdenciria

    Boletim

    30-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascculo 30 CT

    Reintegrarsignifica restabelecer

    o status anterior, ou seja,reconduzir o empregado funo

    ou ao cargo que exercia na empresaantes da ruptura contratual havida. Em

    outras palavras, o empregado reintegradorecupera o seu antigo emprego, voltando

    o contrato de trabalho a fluir comose a ruptura no tivesse

    ocorrido

    TrabalhismoReintegrao do empregado SUMRIO 1. Introduo

    2. Situaes que impedem a resciso contratual 3. Ruptura contratual - Circunstncias impeditivas -Verificao

    4. Reintegrao - Definio 5. Efeitos da reintegrao do empregado 6. Converso do direito de reintegrao em indenizao 7. A reintegrao do empregado e a compensao das

    verbas rescisrias pagas 8. Jurisprudncia

    1. INTRODUOA legislao trabalhista no contm dispositivos

    disciplinando a reintegrao de empregado ao

    seu antigo cargo ou funo exercidos naempresa, mesmo porque, quando

    ocorre a reintegrao, esta se veri-

    fica, via de regra, por determi-

    nao judicial em decorrncia

    de uma resciso contratualeivada de vcios, embora a

    reintegrao possa, tam-

    bm, ser determinada pelo

    prprio empregador quando

    este constata que a resciso

    ocorrida foi indevida em virtude

    da inobservncia de alguma garantialegal da qual o empregado gozava ou,

    ainda, de algum ato discriminatrio cometido pelo

    superior hierrquico do trabalhador demitido.

    Neste texto, abordamos as consequncias trazi-das ao contrato de trabalho em virtude da reintegra-o do trabalhador.

    2. SITUAES QUE IMPEDEM A RESCISOCONTRATUALO empregador tem o poder de comando da

    empresa e nesta condio lhe assegurado o poderpotestativo de rescindir o contrato de trabalho dosseus empregados sem estar obrigado a justificar asua deciso. Entretanto, este poder no ilimitado,

    posto que em determinadas situaes a prpria leiveda a resciso contratual.

    So circunstncias impeditivas da resciso con-

    tratual arbitrria ou sem justa causa as estabilidadeslegais e convencionais concedidas ao trabalhador.

    A estabilidade, qualquer que seja, representauma das maiores conquistas dos trabalhadores aolongo do tempo e consiste no direito de permanecerno emprego, desde que haja a ocorrncia das hip-teses reguladas em lei, documento coletivo de traba-lho, regulamento interno da empresa ou no prpriocontrato de trabalho. adquirida pelo empregado apartir do momento em que seja legalmente vedada

    sua dispensa sem justa causa.

    2.1 Estabilidades legais

    As estabilidades legalmenteconcedidas aos empregadosso:

    a) membros da ComissoInterna de Preveno deAcidentes (Cipa) - conforme

    determina o art. 10, inciso II,alnea a, do Ato das Dispo-

    sies Constitucionais Transit-

    rias da Constituio Federal/1988(ADCT/CF/1988), vedada a dispensa

    arbitrria ou sem justa causa do empregadoeleito para cargo de direo de Cipa, titularese suplentes, desde o registro de sua candida-tura at 1 ano aps o final de seu mandato;

    b) gestante - com base no mesmo dispositi-vo constitucional citado na letra a (ADCT/CF/1988, art. 10, inciso II, alnea b), tambm vedada a dispensa arbitrria ou sem justacausa da empregada gestante, desde a confir-

    mao da gravidez at 5 meses aps o parto;Nota

    A Lei Complementar n 146/2014 estendeu esta estabilidade a quemdetiver a guarda do filho em caso de falecimento da genitora.

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    30-02 CT Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascculo 30 - Boletim IOB

    Legislao Trabalhista e Previdenciria

    Manual de Procedimentos

    c) dirigente sindical - o art. 543, 3, da CLTveda a dispensa do empregado sindicalizadoou associado a partir do registro da candidatu-ra a cargo de direo ou representao sindi-

    cal ou de associao profissional e, se eleito,ainda que suplente, at 1 ano aps o final domandato, salvo se cometer falta grave devida-mente comprovada nos termos da lei;

    d) membros do Conselho Curador do FGTS - en-quanto representantes dos trabalhadores, efeti-vos e suplentes, assegurada a estabilidade noemprego, desde a nomeao at 1 ano aps otrmino do mandato de representao, somentepodendo ser demitidos por motivo de falta gra-ve, regularmente comprovada por meio de pro-cesso sindical (Lei n 8.036/1990, art. 3, 9);

    e) decenal - aos empregados admitidos como nooptantes pelo regime do FGTS anteriormente Constituio Federal/1988 confere-se a estabi-lidade no emprego, desde que contassem com10 ou mais anos de servio na mesma empresaem 05.10.1988 (Lei n 8.036/1990, art. 14);

    f) membros do Conselho Nacional de Previdn-cia Social (CNPS) - enquanto representantesdos trabalhadores em atividade, titulares e su-plentes, assegurada a estabilidade no em-prego, desde a nomeao at 1 ano aps o

    trmino do mandato de representao. Somen-te podero ser demitidos por falta grave, regu-larmente comprovada em processo judicial;

    g) acidente do trabalho - segurado que sofreuacidente do trabalho tem garantida, pelo pra-zo mnimo de 12 meses, a manuteno do seucontrato de trabalho na empresa, aps a ces-sao do auxlio-doena acidentrio, indepen-dentemente de percepo de auxlio-acidente(art. 118 da Lei n 8.213/1991);

    h) diretores de sociedade cooperativa - os em-

    pregados de empresas que forem eleitos di-retores de sociedades cooperativas criadaspelos mesmos gozam das mesmas garantiasasseguradas aos dirigentes sindicais, mencio-nadas na letra c (Lei n 5.764/1971, art. 55, aqual define a poltica nacional de cooperativis-mo e d outras providncias);

    i) representantes dos empregados na Comissode Conciliao Prvia (CCP) - veda-se a dis-pensa dos representantes dos empregadosmembros da CCP, titulares e suplentes, at 1ano aps o final do mandato (que de 1 ano,

    permitida uma reconduo), salvo se comete-rem falta grave, apurada nos termos da lei;

    j) mulher em situao de violncia domstica e fa-

    miliar - por fora da Lei n 11.340/2006, foram cria-

    dos mecanismos para coibir e prevenir a violncia

    domstica e familiar contra a mulher, e, entre as

    medidas de assistncia e proteo asseguradas,

    foi determinado que, para preservar a integridade

    fsica e psicolgica da mulher em situao de vio-lncia domstica e familiar, o juiz lhe assegurar,

    entre outros, a manuteno do vnculo trabalhis-

    ta por at 6 meses, quando for necessrio o seu

    afastamento do local de trabalho.

    2.2 Estabilidades convencionaisConfere-se estabilidade no emprego ou no ser-

    vio quando referida estabilidade estiver prevista emdocumento coletivo de trabalho, regulamento internoda empresa ou no prprio contrato de trabalho.

    Entre as estabilidades concedidas por meio dedocumento coletivo de trabalho, as mais comuns so:

    a) gestante com prazo superior ao legalmenteprevisto;

    b) retorno de frias;c) proximidade de aposentadoria;d) retorno de afastamento por doena.

    2.3 Dispensas motivadas por ato discriminatrio -VedaoA Constituio Federal, em seus arts. 3, IV, 5,

    XLI, e 7, I, e XXXI, determina que:a) constituem objetivos fundamentais da RepblicaFederativa do Brasil promover o bem de todos,sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, ida-de e quaisquer outras formas de discriminao;

    b) a lei punir qualquer discriminao atentatriados direitos e liberdades fundamentais;

    c) a relao de emprego ser protegida contradespedida arbitrria ou sem justa causa, nostermos de lei complementar, que prever inde-nizao compensatria, dentre outros direitos;

    d) proibida qualquer discriminao no tocantea salrio e critrios de admisso do trabalha-dor portador de deficincia.

    A Lei n 9.029/1995 probe a adoo de qualquerprtica discriminatria e limitativa para efeito de acesso relao de emprego, ou sua manuteno, por motivode sexo, origem, raa, cor, estado civil, situao fami-liar ou idade, ressalvadas, neste caso, as hipteses deproteo aos menores, aos quais se probe o trabalhonoturno, perigoso ou insalubre caso ainda no tenhamcompletado 18 anos e qualquer trabalho a menores de

    16 anos, salvo na condio de aprendiz.Embora no haja legislao concedendo esta-

    bilidade provisria de emprego aos trabalhadoresacometidos do vrus HIV ou neoplasia maligna (cncer),

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    30-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascculo 30 CT

    Legislao Trabalhista e Previdenciria

    Manual de Procedimentos

    com base nos dispositivos anteriormente mencionados,observa-se a existncia de decises judiciais mandandoreintegrar o trabalhador dispensado, por presumir serdiscriminatria a resciso contratual de empregados

    portadores do HIV ou de neoplasia maligna.Nesse sentido, dispe a Smula TST n 443:

    SMULA N 443. DISPENSA DISCRIMINATRIA. PRE-SUNO. EMPREGADO PORTADOR DE DOENAGRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO REIN-TEGRAO.

    Presume-se discriminatria a despedida de empregadoportador do vrus HIV ou de outra doena grave que sus-cite estigma ou preconceito. Invlido o ato, o empregadotem direito reintegrao no emprego.

    Ademais, a Lei n 12.984/2014 determina queconstitui crime punvel com recluso, de 1 a 4 anos, emulta negar emprego ou trabalho, bem como exone-rar ou demitir de seu cargo ou emprego, o portador doHIV e o doente de Aids, em razo da sua condio deportador ou de doente.

    3. RUPTURA CONTRATUAL - CIRCUNSTNCIASIMPEDITIVAS - VERIFICAO

    Antes de proceder resciso do contrato detrabalho, necessrio que a empresa verifique aexistncia das circunstncias impeditivas ruptura

    do contrato, mencionadas no item 2 e respectivossubitens, sob pena de vir a ser compelida a reintegraro empregado indevidamente dispensado.

    4. REINTEGRAO - DEFINIOReintegrar significa restabelecer o statusanterior,

    ou seja, reconduzir o empregado funo ou ao cargoque exercia na empresa antes da ruptura contratualhavida. Em outras palavras, o empregado reintegradorecupera o seu antigo emprego. O contrato de traba-lho volta a fluir como se a ruptura no tivesse ocorrido.

    4.1 Diferena entre reintegrar e recontratarAlguns doutrinadores usam o termo recontratao

    como sinnimo de reintegrao. Entretanto, os men-cionados termos (recontratao e reintegrao) noexpressam a mesma condio legal.

    Recontratar contratar novamente, ou seja, narecontratao firma-se um novo contrato de trabalho,cujos direitos trabalhistas passam a ser adquiridos peloempregado a partir da nova contratao, o que valedizer que, a partir da data da nova admisso, comea

    a contagem de perodos de frias, 13 salrio etc. J nareintegrao ocorre o restabelecimento do contrato detrabalho que existia antes da ruptura havida, ou seja, aresciso contratual ocorrida considerada nula.

    5. EFEITOS DA REINTEGRAO DO EMPREGADO

    5.1 Contrato de trabalho

    A reintegrao torna nula a resciso contratual

    havida, voltando o contrato de trabalho a fluir nova-mente como se a ruptura no houvesse ocorrido.Portanto, todo o perodo no qual o trabalhador esteveafastado em decorrncia da resciso anulada contado como tempo de servio para todos os efeitostrabalhistas e previdencirios.

    5.2 Anotaes na Carteira de Trabalho ePrevidncia Social (CTPS)

    Considerando que, quando da resciso contratual,a empresa procedeu anotao da baixa no registro

    de empregado constante da Carteira de Trabalho ePrevidncia Social (CTPS), embora no haja disposi-tivo legal determinando o procedimento a ser obser-vado, entendemos que, para regularizar a situao, aempresa deve anotar na pgina da CTPS onde constao registro, prximo ao campo relativo baixa, a expres-so Videfls ..... e, na parte de Anotaes Gerais,na folha mencionada, apor informao esclarecendo anulidade da baixa anteriormente efetuada.

    No registro de empregados (ficha, livro ou sistemainformatizado), tambm dever ser efetuada anotao

    relativa anulao da resciso contratual.

    5.3 Remuneraes e demais vantagens relativas aoperodo de afastamentoConsiderando que a ruptura contratual havida

    foi anulada com a consequente reintegrao dotrabalhador ao emprego, as remuneraes e demaisvantagens (prmios, gratificaes, anunios, quin-qunios etc.) a que o trabalhador tem direito, relativasao perodo de afastamento das atividades, devem serpagas pelo empregador.

    Dessa forma, tendo ocorrido reajustamentosalarial para os empregados da empresa em geral, oreintegrado far jus correo respectiva.

    No que tange correo monetria dos valoresdevidos, quando a reintegrao se d por ordemjudicial, na prpria sentena o juiz normalmente jdetermina o reajustamento, definindo o ndice. Se areintegrao ocorreu por iniciativa do empregador,tais valores tambm devem ser corrigidos; entretanto,considerando a inexistncia de dispositivo legal

    definindo o ndice a ser aplicado nesta situao, podea empresa, antes de definir-se por adotar este ouaquele ndice, consultar o sindicato representativo dacategoria profissional respectiva.

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    30-04 CT Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascculo 30 - Boletim IOB

    Legislao Trabalhista e Previdenciria

    Manual de Procedimentos

    5.4 Contagem das friasO perodo em que o trabalhador esteve afastado das atividades em virtude da resciso contratual anulada

    at a sua volta ao servio normalmente computado nos perodos aquisitivos e concessivos de frias.

    ExemploD

    Empregado admitido em 20.02.2011, eleito como representante dos empregados na Cipa, para o exerccio de mandatono perodo de 1.01 a 31.12.2012, foi dispensado sem justo motivo em 24.02.2013. Intentou ao na Justia do Trabalhoem maro/2013, pleiteando a sua reintegrao ao emprego, uma vez que goza de estabilidade at dezembro/2013. Em02.05.2013, por ordem judicial, foi reintegrado na empresa. Para efeito de contagem de frias, temos:

    Dados fictcios:- resciso contratual sem justo motivo ocorrida em 24.02.2013;- perodo de estabilidade de emprego: 1.11.2011 (registro da candidatura) at 31.12.2013 (1 ano aps o final do

    mandato);- data da reintegrao: 02.05.2013.

    Contagem dos perodos aquisitivos e concessivos:Perodos aquisitivos Perodos concessivos

    20.02.2011 a 19.02.2012.......................... 20.02.2012 a 19.02.201320.02.2012 a 19.02.2013.......................... 20.02.2013 a 19.02.201420.02.2013 a 19.02.2014.......................... 20.02.2014 a 19.02.2015

    Observe-se que o perodo de afastamento das atividades em virtude da resciso contratual anulada (25.02.2013 a1.05.2013) no acarretou qualquer alterao na contagem das frias, as quais foram apuradas como se a ruptura con-tratual no tivesse ocorrido.

    Portanto, as frias relativas ao 1 perodo aquisitivo (20.02.2011 a 19.02.2012), se no tiverem sido concedidas, devemser pagas em dobro, uma vez que o perodo concessivo referente s mesmas (20.02.2012 a 19.02.2013) j se esgotou.Observe-se que, quando da resciso contratual (24.02.2013), o empregador j no contava com tempo hbil para con-

    ceder referidas frias no prazo legal. As frias relativas ao 2 perodo aquisitivo (20.02.2012 a 19.02.2013) podiam serpagas de forma simples, desde que gozadas integralmente at 19.02.2014. As frias relativas ao 3 perodo aquisitivopodem ser concedidas de forma simples at 19.02.2015.

    5.5 13 salrio - Contagem de avos

    Da mesma forma que nas frias, o perodo em que o trabalhador esteve afastado das atividades em virtudeda resciso contratual anulada at a sua volta ao servio normalmente computado no clculo do 13 salrio.

    ExemploD

    Considerando o mesmo exemplo do subitem 5.4, ou seja, empregado admitido em 20.02.2011, eleito como representante

    dos empregados na Cipa, para o exerccio de mandato no perodo de 1.01 a 31.12.2012, foi dispensado sem justo motivoem 24.02.2013. Intentou ao na Justia do Trabalho em maro/2013, pleiteando a sua reintegrao ao emprego, umavez que goza de estabilidade at dezembro/2013. Em 02.05.2013, por ordem judicial, foi reintegrado na empresa. Paraefeito de clculo do 13 salrio, temos:

    Dados fictcios:

    - data de admisso: 20.02.2011;- resciso contratual sem justo motivo ocorrida em 24.02.2013;- perodo de estabilidade de emprego: 1.11.2011 (registro da candidatura) at 31.12.2013 (1 ano aps o final do

    mandato);- data da reintegrao: 02.05.2013;- 13 salrio devido relativo ao ano de 2013 = 13 salrio integral, ou seja, 12/12 (1.01 a 31.12.2013) da remunera-

    o devida em dezembro/2013.Observe-se que o perodo de afastamento das atividades em virtude da resciso contratual anulada (25.02.2013 a1.05.2013) no acarretou qualquer alterao na contagem dos avos de 13 salrio devido no ano de 2013, ou seja, o 13salrio foi apurado como se a ruptura contratual no tivesse ocorrido.

  • 7/24/2019 Orientao Para Reintegrao Do Empregado

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    30-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascculo 30 CT

    Legislao Trabalhista e Previdenciria

    Manual de Procedimentos

    5.6 Contribuio previdenciria e depsitos do FGTS

    Na reintegrao, os pagamentos efetuadosrelativos aos salrios e demais verbas devidas corres-pondentes ao perodo do afastamento das atividades

    sofrem a incidncia das contribuies previdenciriasnormais, observadas as competncias corresponden-tes, estando tambm sujeitos aos depsitos do FGTS.

    5.7 GFIP/Sefip - Retificao

    O Manual da GFIP/Sefip, verso 8.4, em seuCaptulo I, item 1.2, e IV, item 8.11, determina que:

    a) as informaes prestadas incorretamente de-vem ser corrigidas por meio do prprio Sefip,conforme estabelecido no Captulo V do men-

    cionado Manual;b) quando a sentena judicial determinar a reinte-grao do empregado (no convertida em inde-nizao), o trabalhador deve ser informado emGFIP/Sefip com cdigo 650, Caracterstica 3;

    c) deve ser transmitida uma GFIP/Sefip com cdigo

    650 (modalidade branco), Caracterstica 3, para

    cada competncia do perodo compreendido en-

    tre o desligamento anulado e o efetivo retorno ao

    trabalho. Nos campos Perodo Incio e Perodo

    Fim, deve-se repetir a competncia do movimen-

    to. Alm disso, a GFIP/Sefip, onde consta o desli-

    gamento anulado, deve ser retificada.

    O Manual de Orientaes , Retificao de Dados,Transferncia de Contas Vinculadas e Devoluo deValores Recolhidos a Maior, aprovado pela CircularCaixa n 462/2009, na verso 1.04, apresentada pelaCircular Caixa n 618/2013, determina que, havendo ocancelamento da resciso, a empresa deve preenchero formulrio RDF, campos 1 a 15 com a identificao doempregador e da guia paga, 19 a 24 com o motivo dadevoluo e dados do trabalhador e 28 a 31, com osvalores de depsito ou remunerao pleiteados e, emseu Captulo IV (Retificao de Dados com Devoluode FGTS - RDF), informa que so passveis de devolu-o, solicitada por meio da RDF, adiante reproduzida, osvalores recolhidos indevidamente ao FGTS em virtude,entre outros, de cancelamento da resciso contratual.

    Dessa forma, dever a empresa observar as deter-minaes contidas tanto no Manual da GFIP/Sefip, ver-so 8.4, como no Manual de Orientaes, verso 1.04,anteriormente mencionados, em relao s retificaesde dados motivadas pela reintegrao do trabalhador.

    Nota

    A Circular Caixa n 462/2009, em vigor desde 28.12.2009, estabeleceo Manual de Orientaes como instrumento disciplinador dos procedimentosreferentes retificao de dados e transferncia de contas vinculadas, bemcomo devoluo de valores recolhidos a maior, junto ao FGTS.

    Visando atualizar a verso apresentada pela citada Circular Caixa n462/2009, que continua vigente, foi publicada a Circular Caixa n 618/2013- DOU 1 de 21.03.2013, que informa estar disponvel no siteda Caixa, no en-dereo www.caixa.gov.br, opo download- FGTS, o Manual de Orientaes- Retificao de Dados, Transferncia de Contas Vinculadas e Devoluo deValores Recolhidos a Maior, na nova verso 1.04, que entrou em vigor na data

    de sua publicao (21.03.2013).

    5.8 Cadastro Geral de Empregados eDesempregados (Caged)

    Conforme informaes constantes do Manual doCaged, disponvel no site do MTE, na hiptese deocorrer a prestao de informao indevida no Caged,a empresa dever proceder a retificaes de declara-es anteriores por meio do arquivo Acerto, o qualdeve ser entregue junto com o movimento mensal.

    Esclarece ainda o mencionado Manual que, para tanto,

    no menu principal do Aplicativo do Caged Informatizado(ACI), existe a opo Acerto, e, para cadastrar as movi-

    mentaes no informadas ou informadas incorretamente,

    deve ser escolhida a opo Cadastro de Acertos, cli-

    cando no boto Incluir, aps o que aparecer a tela para

    preenchimento dos dados do movimento. Em seguida,

    escolha a opo Gerar Arquivo Acerto.

    Ressalta ainda o Manual em comento que spodero ser enviados acertos referentes aos ltimos36 meses.

    6. CONVERSO DO DIREITO DE REINTEGRAOEM INDENIZAO

    Quando o pedido de reintegrao se d via judi-cial, pode ocorrer de o julgador do feito, ao verificar ograu de incompatibilidade entre as partes (emprega-dor e empregador) que inviabilize o convvio harmo-nioso e salutar, determinar a converso do pedido dereintegrao em indenizao.

    Nesse sentido, estabelece o art. 496 da CLT aseguir reproduzido.

    Art. 496 - Quando a reintegrao do empregado estvel fordesaconselhvel, dado o grau de incompatibilidade resultantedo dissdio, especialmente quando for o empregador pessoafsica, o tribunal do trabalho poder converter aquela obriga-o em indenizao devida nos termos do artigo seguinte.

    Veja Smulas do TST acerca do assunto no item 8.1.

    7. A REINTEGRAO DO EMPREGADO E ACOMPENSAO DAS VERBAS RESCISRIAS PAGASTodo o perodo no qual o trabalhador esteve afas-

    tado em decorrncia da resciso anulada contadocomo tempo de servio para todos os efeitos traba-

    lhistas e previdencirios.Dessa forma, as remuneraes, ms a ms, frias,

    13 salrio e demais vantagens (prmios, gratifica-es, anunios, quinqunios etc.) a que o trabalhador

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    30-06 CT Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascculo 30 - Boletim IOB

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    Manual de Procedimentos

    tem direito, relativas ao perodo de afastamento dasatividades, devem ser pagos pelo empregador.

    Tendo ocorrido reajustamento salarial para os

    empregados da empresa em geral, o reintegrado tam-

    bm far jus correo respectiva. Sobre os valorespagos incidiro normalmente as contribuies previden-

    cirias, bem como sero devidos os depsitos do FGTS

    respectivo, acrescidos dos encargos legais pertinentes.

    No que tange correo monetria dos valoresdevidos ao empregado, quando a reintegrao seder por ordem judicial, na prpria sentena o juiznormalmente j determina o reajustamento, definindoo ndice. Se a reintegrao ocorrer por iniciativa doempregador, tais valores tambm devem ser corri-gidos. Entretanto, considerando a inexistncia de

    dispositivo legal definindo o ndice a ser aplicadonesta situao, pode a empresa, antes de definir-sepor adotar este ou aquele ndice, consultar o sindicatorepresentativo da categoria profissional respectiva.

    Considerando que por ocasio da ruptura contra-tual o empregador efetuou o pagamento das verbasrescisrias ento apuradas, tais como: frias ven-cidas e proporcionais, aviso-prvio, 13 salrio etc.,entendemos que, mediante acordo entre as partes, osvalores pagos podero ser compensados quando dospagamentos dos direitos trabalhistas de mesmo ttulo.

    Assim, por exemplo, quando do pagamento dasfrias individuais do empregado, sero descontados osvalores pagos a este ttulo (frias) por ocasio da resci-so ocorrida. Da mesma forma, quando do pagamentodo 13 salrio, os valores recebidos por ocasio daresciso sob esta denominao sero compensados.

    Os valores pagos sob a rubrica de aviso-prvioindenizado podero ser descontados das remunera-es mensais a serem pagas ou ainda de forma par-celada mediante acordo entre as partes, utilizando-seno acerto os critrios de razoabilidade e bom senso.

    Em relao ao saldo da conta vinculada do Fundode Garantia do Tempo de Servio (FGTS) sacadopelo trabalhador reintegrado, embora no haja pre-viso legal expressa determinando o procedimento aser observado, entendemos que tal valor dever serdevolvido pelo empregado empresa, cabendo aesta atualizar o montante devolvido e efetuar o dep-sito do mesmo na Caixa Econmica Federal (Caixa).A Caixa dever ser consultada com relao aosprocedimentos a serem observados na efetivao dorespectivo depsito. Da mesma forma, a multa res-

    cisria (40% sobre o total dos depsitos efetuados)tambm dever ser devolvida ou, na impossibilidadede devoluo, descontada na remunerao, de formaparcelada, mediante acordo entre as partes.

    Quanto ao seguro-desemprego, a ResoluoCodefat n 619/2009 estabelece que as parcelas domencionado benefcio, recebidas indevidamentepelos segurados por qualquer dos motivos previstos

    na Lei n 7.998/1990, devero ser restitudas medianteGuia de Recolhimento da Unio (GRU) para depsitona conta do Programa Seguro-Desemprego, cujosvalores sero corrigidos pelo ndice Nacional dePreos ao Consumidor (INPC), a partir da data dorecebimento indevido at a data da restituio.

    O pagamento da GRU dever ser efetuado naCaixa.

    Constatado o recebimento indevido e a obriga-o de restituio pelo trabalhador por ocasio doprocessamento de novo benefcio, o MTE promover

    a compensao, nas datas de liberao de cadaparcela, dos valores devidos ao Errio Pblico como saldo de valores do novo benefcio. O prazo para otrabalhador solicitar o reembolso de parcelas restitu-das indevidamente ser de 5 anos, contados a partirda data da efetiva restituio indevida.

    Para maior compreenso do tema, reproduzimosadiante algumas decises judiciais.

    Reintegrao - Nulidade da dispensa - Trabalhar inapto parao exerccio das suas funes - 1- Restou demonstrado, nosautos, que o autor foi dispensado quando se encontrava

    incapacitado para exercer a funo para a qual foi contra-tado, qual seja, dirigir veculos pesados. 2- Assim, reputa-senula a dispensa imotivada levado a efeito pela reclamada,j que o contrato de trabalho do obreiro estava suspenso(artigos 471 e 476 da CLT). 3- Nulo o ato da demisso, deveo reclamante ser reintegrado ao emprego, fazendo jus asalrios e seus consectrios legais at sua efetiva reinte-grao, inclusive dcimo terceiro, frias acrescidas de umtero e FGTS, devendo ser excludo eventuais perodosde afastamento pelo INSS. 4- Recurso obreiro provido notpico. (TRT - 2 Regio - RO 00042002820085020442(00042200844202000) - (20110793514) - 4 Turma - RelJuza Maria Isabel Cueva Moraes - DOE SP de 22.06.2011)

    Molstia profissional - Dispensa - Nulidade - Cabimento

    da reintegrao - Assentada a persistncia de seqelada molstia adquirida em virtude da atividade exercida nar, exsurge a nulidade da dispensa, fazendo jus o autor garantia de emprego e consequente reintegrao, naltima funo desempenhada, de auditor de qualidade I,compatvel com a seqela de que portador, observadoo patamar remuneratrio percebido por ocasio do desli-gamento, bem como ao pagamento das parcelas salariaisvencidas e vincendas, abrangendo todas as verbas ineren-tes ao contrato de trabalho, at que ele seja efetivamentereintegrado, inclusive as vantagens concedidas cate-goria profissional desde o afastamento, deduzindo-se osvalores recebidos por ocasio da resilio contratual cujanulidade ora se declara, sob pena de multa diria equi-valente a 1/30 do salrio do autor, devendo a r proceder

    s devidas retificaes em CTPS, sob pena de faz-lo asecretaria da vara do trabalho. Recurso ordinrio do recla-mante que se prov, no particular. (TRT-02 Regio - Proc.01169.2007.041.02.00-6 - (20111129308) - Rel. Juiz CelsoRicardo Peel Furtado de Oliveira - DJe de 05.09.2011)

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    30-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascculo 30 CT

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    Valor de verbas resilitrias - Deduo - No caso de rece-bimento de verbas rescisrias e posterior reintegrao dotrabalhador, h que se deduzir aqueles ttulos pagos noTRCT, que somente seriam devidos na hiptese de rescisocontratual, sendo que tal deduo deve observar o critrio

    histrico. (TRT-17 Regio - AP 165600-65.2000.5.17.0005- Rel. Des. Jos Luiz Serafini - DJe de 19.01.2011 - pg. 39)

    Reintegrao de empregado - Verbas rescisrias - Deduode valores - O princpio que rege a deduo de parcelasrecebidas indevidamente o do enriquecimento semcausa. Tal autorizao, ao contrrio da compensao, nodepende de que conste do ttulo judicial, pois na prpriareintegrao deferida j est implcita tal determinao, poisretorna as partes ao status quo ante e, tambm, por questode lgica, uma vez que se o reclamante recebeu verbas porter sido dispensado, deve devolv-las se a dispensa deixarde existir, por serem indevidas. (TRT-17 Regio - AP 77400-38.2007.5.17.0005 - Rel. Des. Claudio Armando Couce deMenezes - DJe de 16.12.2010 - pg. 22)

    Reintegrao - Salrio de perodo de afastamento - Com-pensao do que foi pago a ttulo rescisrio: se a empresavai pagar os salrios correspondentes ao perodo de afasta-mento entre o ato de dispensa e a reintegrao, justo quecompense o que pagou a ttulo rescisrio (aviso prvio, etc...).(TRT-2 Regio - RO 02930464687 - (02950259744) - 4 Turma- Rel. Juiz Jose de Ribamar da Costa - DOESP 14.07.1995)

    Compensao - Anulada a resciso contratual determi-nada a reintegrao do reclamante no emprego, compagamento dos direitos vencidos e vincendos, relativosao perodo de afastamento, admite-se a compensaodas verbas rescisrias pagas, para que no haja enri-quecimento sem causa por parte do empregado. (TRT-3Regio - RO 4415/89 - 1 Turma - Rel. Juiz Renato Moreira

    Figueiredo - DJMG 08.06.1990)Reintegrao - Compensao na condenao dos valoresrescisrios pagos - Devida a compensao to somenteentre as parcelas trabalhistas de mesma natureza, evi-tando-se o enriquecimento sem causa do empregado. Asparcelas indenizatrias em decorrncia da ruptura do con-trato de trabalho, com a anulao do ato demissrio, socompensadas das verbas salariais devidas ao empregado.(TRT-7 Regio - EDcl 00047/2008-013-07-00-7 - Rel. Des.Manoel Arzio Eduardo de Castro - DJe 25.05.2009 - pg. 7)

    Anulao da dispensa - Parcelas pagas a ttulo de verbasrescisrias - Compensao -Reconhecida a estabilidadedo reclamante e anulada sua dispensa, com a determina-o de sua reintegrao ao emprego, com o pagamento de

    verbas vencidas e vincendas, deve ser deferido pedido decompensao, expressamente formulado na defesa, dosvalores pagos ao obreiro, a ttulo de parcelas rescisrias,a fim de que se evite o enriquecimento sem causa desteltimo. (TRT-8 Regio - RO 7103/2003 - 1 Turma - Rel. JuizMrio Leite Soares - J. 02.12.2003)

    I - Pagamento das verbas rescisrias - Reintegrao -Devoluo dos valores pagos por ocasio da rescisocontratual - Compensao - Impossibilidade - Deduo -Possibilidade - Aviso prvio - Enriquecimento sem causado obreiro - Incontroverso o fato de que o empregadorpagou todas as verbas rescisrias por ocasio da demis-so do obreiro. Deferida pela r. Sentena a reintegraodo obreiro ao quadro funcional da empresa, no se afigura

    justo a no-devoluo da verba referente ao aviso-prvioindenizado. Embora no seja possvel a compensao dosvalores recebidos quando da resciso contratual, por ser talinstituto matria de defesa, possvel a deduo, sob penade enriquecimento sem causa do obreiro em detrimento do

    empregador. Ausente nos autos informao quanto rein-tegrao do obreiro aos quadros da empresa, o que impeo deferimento da deduo dos valores percebidos peloempregado, a ttulo de aviso prvio indenizado, a ser des-contado mensalmente do seu salrio, em parcelas limitadas

    a 10% (dez por cento), sujeito condio de ser ele reinte-grado... (TRT-14 Regio - RO 00640.2006.003.14.00-6 - RelJuza Maria Cesarineide de Souza Lima - DOJT 09.01.2007)

    Reintegrao - Cabimento da compensao das verbaspagas ou liberadas resciso contratual desconstituda - Se,reconhecendo a estabilidade dos reclamantes, o comandodecisrio descaracteriza suas rescises contratuais e deter-mina a reintegrao ao trabalho, correto o entendimento deque as verbas pagas em razo das dispensas desconside-radas - inclusive os depsitos do FGTS j movimentados -sejam compensados dos haveres reconhecidos e julgadosna reclamao. O FGTS verba indenizatria, disponvel aoempregado a partir da dispensa injusta; descaracterizada adespedida e determinada a reintegrao, deixam de existir

    razes para que a indenizao se efetive, justificada, assim,sua devoluo, via compensao, obrigatria, porm, arecomposio do status quo ante, relativamente ao FGTS.(TRT-15 Regio - Proc. 8124/91 - 4 Turma - Rel. Juiz SylmarGaston Schwab - DOESP 01.09.1992, pg. 105)

    Compensao - Mantida a reintegrao do obreiro, fazjus a empresa compensao dos crditos referentes sparcelas j pagas a ttulo de resciso contratual. (TRT-17Regio - RO 01559.2001.004.17.00.9 - Rel. Juiz MarcelloMaciel Mancilha - J. 14.08.2003)

    Recurso do reclamado - Reintegrao - Correta a sentenade piso que deferiu o pedido de reintegrao do obreiro, combase no art. 118, da Lei n 8.213/91. Recurso do reclamante- Compensao - Verbas rescisrias - O reclamante no pode

    ser obrigado a restituir de uma s vez os valores recebidos emrazo de sua dispensa, se esta configurou-se como um ato ile-gal e arbitrrio. (TRT-17 Regio - RO 2063/1999 - (9109/2000)- Rel. Juiz Helio Mrio de Arruda - DOES 10.11.2000)

    Execuo - Ttulo executivo - Limite - O ttulo executivo o que estabelece o limite da execuo. Assim, se a deci-so exequenda determina reintegrao no emprego, estaimplica o pagamento das parcelas vencidas e vincendas,bem como a restaurao de todos os direitos decorrentesda despedida anulada. Juros de mora - Valores recebidospelo exequente e destinados compensao - Emborano havendo qualquer mora imputvel ao exequente,e nem previso de juros de mora, na Legislao Traba-lhista, sobre crdito a ser restitudo pelo obreiro, atravs

    de compensao com valores que tem a receber, esta medida que se impe para evitar o enriquecimento semcausa, vedao contida no art. 884, CC. (TRT-22 Regio- AP 01742-2003-001-22-00-0 - Rel. Des. Francisco MetonMarques de Lima - DJe 14.05.2009)

    Apesar do nosso posicionamento, tendo em vistaa inexistncia de dispositivo legal expresso que disci-pline o assunto, o que pode acarretar entendimentosdiversos dos anteriormente mencionados, o empre-gador dever acautelar-se diante da ocorrncia con-creta da situao ora retratada, podendo por medidapreventiva verificar o posicionamento do sindicato da

    categoria profissional respectiva, bem como do MTEacerca do tema, lembrando que caber Justia doTrabalho a deciso final da controvrsia, caso sejaproposta ao nesse sentido.

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    30-08 CT Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascculo 30 - Boletim IOB

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    8. JURISPRUDNCIA

    8.1 Smulas do TST

    SMULA N 28. Indenizao

    No caso de se converter a reintegrao em indenizaodobrada, o direito aos salrios assegurado at a data daprimeira deciso que determinou essa converso.

    SMULA N 244. GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISRIA(redao do item III alterada na sesso do Tribunal Plenorealizada em 14.09.2012)

    I - O desconhecimento do estado gravdico pelo empre-gador no afasta o direito ao pagamento da indenizaodecorrente da estabilidade (art. 10, II, b do ADCT).

    II - A garantia de emprego gestante s autoriza a reinte-grao se esta se der durante o perodo de estabilidade.Do contrrio, a garantia restringe-se aos salrios e demais

    direitos correspondentes ao perodo de estabilidade.III - A empregada gestante tem direito estabilidade provi-sria prevista no art. 10, inciso II, alnea b, do Ato das Dis-posies Constitucionais Transitrias, mesmo na hiptesede admisso mediante contrato por tempo determinado.

    SMULA N 396. Estabilidade provisria. Pedido de reinte-grao. Concesso do salrio relativo ao perodo de estabi-lidade j exaurido. Inexistncia de julgamento extra petita

    I - Exaurido o perodo de estabilidade, so devidos aoempregado apenas os salrios do perodo compreendidoentre a data da despedida e o final do perodo de esta-bilidade, no lhe sendo assegurada a reintegrao noemprego.

    II - No h nulidade por julgamento extra petita da deci-so que deferir salrio quando o pedido for de reintegra-o, dados os termos do art. 496 da CLT.

    8.2 Acrdos

    Reintegrao ao emprego - Efeitos - A reintegrao aoemprego produz o efeito de retroagir o contrato data dodesligamento, de forma que este no sofra soluo de con-tinuidade. Desta forma, so devidos os salrios vencidos.(TRT-2 Regio - RO 01614-2006-049-02-00-8 - 6 Turma- Rel Juza Ivani Contini Bramante - DOE/SP 31.10.2008)

    Reintegrao - Efeitos - A reintegrao possui efeitos extunc. Portanto, o direito percepo dos salrios retroage data da dispensa at a data do trnsito em julgado, acres-cido do perodo de estabilidade, se assim determinado pelacoisa julgada. (TRT-17 Regio - AP 01058.1995.004.17.00.3- Rel. Juiz Geraldo de Castro Pereira - DOES 16.01.2003)

    Reintegrao - Efeitos - Reintegrado o empregado, tem-seque cabvel o deferimento dos salrios vencidos e demaisparcelas inerentes ao contrato, diante do fato de que o efeitoprtico da reintegrao exatamente o retorno ao statusquo ante, ou seja, a plena vigncia do contrato de trabalho.(TRT-21 Regio - RO 00058-2007-019-21-00-8 - (70.365) -Rel Juza Joseane Dantas dos Santos - DJ/RN 28.11.2007)

    Estabilidade gestante - Transcurso do prazo estabilitrio

    - Entendendo a autora que detm direito estabilidade ges-tacional, deveria ter ajuizado a sua reclamatria dentro doperodo estabilitrio e postulado sua reintegrao. Mas no ofez. Somente ajuizou sua ao mais de uno aps a dispensa,quando j ultrapassado em dois meses o perodo destinado

    estabilidade, visando obteno da indenizao, impedindoa reclamada de cumprir, a tempo e modo, sua obrigaolegal de reintegrar a gestante. Assim, de acordo com o lastrode razoabilidade da norma ora examinada, no h comointerpret-la seno no sentido de que a obreira incorreu em

    abuso de direito, buscando transformar a estabilidade provi-sria no emprego em vantagem pecuniria. (TRT-2 Regio- RO-RS 00723-2007-002-02-00-5 - 11 Turma - Rel JuzaMaria Aparecida Duenhas - DOE/SP 11.11.2008)

    Reintegrao no emprego - Molstia profissional - Incon-troverso o nexo causal entre a doena da reclamante eas atividades exercidas na reclamada, diante de todos osaspectos abordados no trabalho pericial, que diagnosticouque a reclamante portadora de DORT, por conta deleses por esforos repetitivos. O laudo informa, ainda, queautora nas suas atividades, digitava de forma contnua. Aprova pericial no foi infirmada por qualquer outro meio deprova. Igualmente, os exames mdicos comprovam que poca da dispensa, a recorrida j se encontrava doente.

    Estabilidade provisria. A estabilidade reconhecida temamparo no entendimento sedimentado atravs do incisoII da smula 378, do CLT, que excetua, no que toca aospressupostos para sua concesso, o caso de constataoaps a dispensa, de doena profissional, que guarde rela-o de causalidade com a execuo do contrato, hiptesepresente nos autos. Recurso a que se nega provimento.(TRT-2 Regio - RO 01408-2004-053-02-00-5 - 10 Turma- Rel Juza Marta Casadei Momezzo - DOE/SP 08.07.2008)

    Estabilidade provisria do cipeiro - Converso da reinte-grao em indenizao - Possibilidade - A garantia cons-titucional concedida ao membro da CIPA tem por objetivoassegurar o livre exerccio das atribuies pertinentes fiscalizao da regularidade de conduta do empregador,relativamente ao cumprimento das normas de Higiene eSegurana do Trabalho. Expirado o perodo da estabili-dade, lcita a converso da estabilidade em indenizaocorrespondente, por aplicao analgica do disposto noartigo 496 da CLT e da Smula 396, itens I e II do C. TST.(TRT-2 Regio - RO 02281-2005-022-02-00-4 - 10 Turma -Rel Juza Cndida Alves Leo - DOE/SP 11.11.2008)

    Recurso ordinrio - Reintegrao ou indenizao - Docu-mentos que comprovam que poca da dispensa estavao reclamante acometido de doena profissional, aliados concluso do laudo pericial no sentido de que ele porta-dor de molstia profissional, fazem reconhecer o direito estabilidade prevista no artigo 118, da Lei n 8.213/91, que,

    em razo do tempo decorrido para a reintegrao, ficaconvertida em indenizao... (TRT-2 Regio - RO 02892-2003-201-02-00-6 - 10 Turma - Rel Juza Marta CasadeiMomezzo - DOE/SP 18.03.2008)

    Reintegrao - Dispensa imotivada - Empregado portadordo vrus HIV - Direito potestativo de resilio contratualencontra limites nos princpios da funo social do contratoe da dignidade da pessoa humana - O que se verifica,modernamente, uma autntica mitigao do direito potes-tativo de resilio contratual, em homenagem ao princpioda funo social do contrato e prpria moralizao dasrelaes jurdicas no Estado Democrtico de Direito, queprivilegia a dignidade do ser humano. Devida a reintegra-o, pois ao mais fraco deve ser assegurado um standard

    mnimo de direitos e de proteo jurdica, que possibiliteuma vida digna. H que se observar que a propriedade temfuno social, nos termos do comando constitucional. (TRT--2 Regio - RO 02172-2004-066-02-00-0 - 10 Turma - RelJuza Marta Casadei Momezzo - DOE/SP 15.01.2008)

  • 7/24/2019 Orientao Para Reintegrao Do Empregado

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    30-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascculo 30 CT

    Legislao Trabalhista e Previdenciria

    Manual de Procedimentos

    SADE

    Terapeuta ocupacional - Atividadesna empresa - Assistncia sade dotrabalhador

    1. INTRODUO

    Terapia ocupacional uma rea do conhecimentovoltada aos estudos, preveno e ao tratamento de

    indivduos portadores de alteraes cognitivas, afeti-vas, perceptivas e psicomotoras, decorrentes ou node distrbios genticos, traumticos e/ou de doenasadquiridas, atravs da sistematizao e utilizao da

    atividade humana como base de desenvolvimento deprojetos teraputicos especficos.

    O terapeuta ocupacional um profissional dotadode formao nas reas de sade e sociais. Suainterveno compreende avaliar o cliente, buscandoidentificar alteraes nas suas funes prxicas,considerando sua faixa etria e/ou desenvolvimentoda sua formao pessoal, familiar e social. A basede suas aes compreende abordagens e/ou con-

    dutas fundamentadas em critrios avaliativos comeixo referencial pessoal, familiar, coletivo e social,coordenadas de acordo com o processo teraputicoimplementado.

    Recurso ordinrio - Reintegrao - Empregado portador deAIDS - Responsabilidade social da empresa - Impossvelcolher prova mais robusta da discriminao contra o aid-tico do que sua dispensa imotivada, especialmente quandoo exame demissional o considera apto para o trabalho. a

    segregao silenciosa de quem busca livrar-se de um pre-sumido problema funcional lanando o empregado portadordo vrus HIV conta do Poder Pblico e sua prpria sorte.Como participante de sua comunidade e dela refletindosucessos e insucessos, ganhos e perdas, segurana e risco,sade e doena, a empresa consciente de suas responsabi-lidades sociais atualmente j assimila o dever de colaborarna luta que amplamente se trava contra a AIDS e, atravs desuas lideranas, convenciona condies coletivas em quese exclui a exigncia de teste HIV por ocasio da admissono emprego ou na vigncia do contrato, e veda a demis-so arbitrria do empregado que tenha contrado o vrus,assim entendida a despedida que no esteja respaldada emcomprovado motivo econmico, disciplinar, tcnico ou finan-ceiro. E isso sob o fundamento de que a questo envolve a

    vulnerabilidade da sade pblica, no podendo a categoriaeconmica furtar-se responsabilidade social que inega-velmente detm. Alm do mais, a inviolabilidade do direito vida est edificada em preceito basilar (artigo 5, caput,da Constituio Federal). Recurso a que se d provimento.(TRT-2 Regio - RO 00168-2005-253-02-00 - (20060877078)- 11 Turma - Rel p/o Ac. Juza Wilma Nogueira de AraujoVaz da Silva - DOESP 09.01.2007)

    Reintegrao - Consequncias - O efeito e conseqnciaimediata da reintegrao do empregado no emprego orestabelecimento do estado anterior em que se encontravaa relao contratual. Restabelecido o vnculo, induvidosoque todas as obrigaes contratuais ressurgem, taiscomo o pagamento de salrios, ms a ms, 13 salrios,concesso de frias, recolhimento previdencirio e todosos demais, emergentes da continuidade do vnculo, por-quanto estes emergem da legislao que regula a relaocontratual existente entre as partes. (TRT-5 Regio - AP01331-2001-463-05-00-4 - (000482/2008) - 4 Turma - RelJuza Conv. La Nunes - DJ 14.02.2008)

    Acidente do trabalho - Doena ocupacional - Reintegraoao emprego - Demonstrado o nexo causal entre a doenaadquirida pelo empregado e o trabalho prestado ao ru,

    resta caracterizado o acidente de trabalho nos moldesda legislao vigente, fazendo jus o autor ao pedido dereintegrao no emprego e ao pagamento dos salriosdesde a data do afastamento at a reintegrao. Recursono-provido. (TRT-4 Regio - RO 01374-2006-332-04-00-3

    - Rel Des Maria Beatriz Condessa Ferreira - J. 16.07.2008)Sem ttulo reintegrao - Portador do vrus HIV - Discrimi-nao presumida - Princpios constitucionais - Conven-es 111 e 159 da OIT - discriminatria a dispensa deempregado portador do vrus HIV por empregador quetem cincia dessa circunstncia quando comunicado daresciso. No se exige prova de qualquer outra atitudediscriminatria, pois a possibilidade de rever a inteno dadispensa cria a presuno de que houve discriminao noato da dispensa. A reintegrao no emprego medida quese impe como forma de assegurar o respeito dignidadehumana e ao valor social do trabalho, fundamentos doEstado Democrtico de Direito e princpios constitucionaisde observncia obrigatria. Da mesma forma, atende-se

    Conveno 111 da OIT, ratificada pelo Brasil, que contm ocompromisso de abolir qualquer prtica tendente a destruirou alterar a igualdade de oportunidade ou tratamento emmatria de emprego ou profisso. O empregado portadordo vrus HIV enquadra-se, ainda, na definio de pessoadeficiente, para efeito de aplicao da Conveno 159 daOIT, tambm direcionada eliminao de desigualdades,no que se refere a emprego. Recurso provido para determi-nar a reintegrao do autor no emprego, com pagamentode salrios e vantagens do perodo de afastamento. (TRT--9 Regio - ACO 00188-2006-025-09-00-7 - Rel. MarleneT.fuverki Suguimatsu - J. 15.04.2008)

    Contratos vlidos - Reintegrao - Efeitos da dispensaimotivada - Verbas trabalhistas do perodo de afastamento

    - Constatada a validade dos contratos de trabalho dosobreiros e deferidos os pleitos de reintegrao e de adim-plemento dos salrios vencidos, impe-se acrescer con-denao os demais consectrios legais, tais como friase 13 salrios. Devido, outrossim, o recolhimento do FGTSnas contas vinculadas dos obreiros, referente ao perodode afastamento. (TRT-22 Regio - RO 00513-2006-107-22-00-7 - Rel. Juiz Manoel Edilson Cardoso - DJU 24.10.2007)

    IOB Setorial

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    30-10 CT Manual de Procedimentos - Jul/2014 - Fascculo 30 - Boletim IOB

    Legislao Trabalhista e Previdenciria

    Manual de Procedimentos

    2. ASSISTNCIA SADE DO TRABALHADOR -ATRIBUIESPor meio da Resoluo n 265/2004, o Conselho

    Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito),

    considerando, entre outros fatores, a demanda deterapeutas ocupacionais que j atuam em empresas,contribuindo para preveno, manuteno e cuida-dos profissionais no campo da sade ocupacional,determinou que so atribuies do terapeuta ocupa-cional que presta assistncia sade do trabalhador,independentemente do local em que atue:

    a) promover aes profissionais, de alcance indi-vidual e/ou coletivo, preventivas aos distrbioscinticos-ocupacionais-laborais;

    b) prescrever a atividade humana como recurso

    teraputico em seus aspectos bio-psico-s-cio-cultural, atravs de procedimentos que en-volvam as atividades construtivas, expressivase laborativas;

    c) analisar a atividade laboral atravs do controleergonmico;

    d) identificar o nexo causal das demandas ocupa-cional/laborativas intercorrentes atravs de en-trevista, onde so ouvidas as queixas do traba-lhador, e anlise da atividade laboral exercida,considerando as questes sociais, psicolgicas

    e ergonmicas presentes na vida do cidado;

    e) orientar a adaptao do ferramental de traba-lho para melhorar a qualidade da atividade la-boral desenvolvida;

    f) dirigir oficinas teraputicas;

    g) prestar servios de auditoria, consultoria e as-sessoria especializada no seu campo de inter-veno profissional;

    h) participar de programas educativos preventi-vos destinados ao processo de manutenoda sade.

    3. TRABALHO EM EQUIPE - PARTICIPAOO terapeuta ocupacional dever contribuir para a

    harmonia e para a qualidade assistencial do trabalhoem equipe e a ele integrar-se, sem renunciar a sua

    independncia tico/profissional.

    4. EDUCAO DO TRABALHADOR - PARTICIPAOO terapeuta ocupacional dever ser um ente

    profissional ativo nos processos de planejamento eimplantao de programas destinados educaodo trabalhador nos temas referentes ao acidente dotrabalho, doena funcional/ocupacional e educaopara a sade.

    (Resoluo Coffito n 265/2004)

    IOB Perguntas e RespostasREINTEGRAO DO EMPREGADO

    CTPS - Anotao

    1) A empresa dever efetuar anotao na Carteira

    de Trabalho e Previdncia Social (CTPS) do emprega-

    do em caso de reintegrao?

    Sim. Considerando que quando da resciso

    contratual a empresa procedeu anotao dabaixa no registro de empregado constante da CTPS,embora no haja dispositivo legal determinando oprocedimento a ser observado, entendemos que

    para regularizar a situao a empresa deve anotar napgina da CTPS onde consta o registro, prximo aocampo relativo baixa, a expresso Videfls. ... e, naparte de Anotaes Gerais, na folha mencionada,apor informao esclarecendo a nulidade da baixaanteriormente efetuada.

    Observa-se que no registro de empregados(ficha, livro ou sistema informatizado) tambm deverser efetuada anotao relativa anulao da rescisocontratual.

  • 7/24/2019 Orientao Para Reintegrao Do Empregado

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    Legislao Trabalhista e Previdenciria

    Manual de Procedimentos

    Empregada gestante

    2) O que a empregada gestante deve fazer se fordispensada sem justa causa?

    Se a empresa no tinha conhecimento da gravi-dez, dever a empregada notific-la desse fato paraque seja providenciada a reintegrao.

    Havendo a recusa da empresa em reintegr-laou, ainda, se a empresa j possua conhecimento desua gravidez, a empregada gestante dispensada semjusta causa poder propor reclamao trabalhista naJustia do Trabalho pleiteando a sua reintegraoao trabalho, uma vez que est grvida e consequen-temente possui estabilidade provisria garantidaconstitucionalmente, no podendo ser dispensadaarbitrariamente at o 5 ms aps o parto.

    (Constituio Federal - Ato das Disposies Constitucio-nais Transitrias, art. 10, II, alnea b)

    Verbas rescisrias - Compensao

    3) Havendo reintegrao do empregado, comoproceder em relao s verbas rescisrias j pagas?

    Considerando que por ocasio da ruptura contra-tual o empregador efetuou o pagamento das verbasrescisrias ento apuradas, tais como frias vencidase proporcionais, aviso-prvio, 13 salrio etc., enten-demos que, mediante acordo entre as partes, osvalores pagos podero ser compensados quando dospagamentos dos direitos trabalhistas de mesmo ttulo.

    Assim, por exemplo, quando do pagamento dasfrias individuais do empregado, sero descontadosos valores pagos a este ttulo (frias) por ocasioda resciso ocorrida. Da mesma forma, quando dopagamento do 13 salrio, os valores recebidos porocasio da resciso sob essa denominao sero

    compensados.

    Os valores pagos sob a rubrica de aviso-prvioindenizado podero ser descontados das remunera-es mensais a serem pagas ou, ainda, de forma par-

    celada mediante acordo entre as partes, utilizando-seno acerto os critrios de razoabilidade e bom senso.

    Em relao ao saldo da conta vinculada do Fundo

    de Garantia do Tempo de Servio (FGTS) sacadopelo trabalhador reintegrado, embora no haja pre-viso legal expressa determinando o procedimentoa ser observado, entendemos que tal valor deverser devolvido pelo empregado empresa, cabendoa esta atualizar o montante devolvido e efetuar odepsito do mesmo na Caixa Econmica Federal(Caixa). A Caixa dever ser consultada com relaoaos procedimentos a serem observados na efetivaodo respectivo depsito. Da mesma forma, a multarescisria (40% sobre o total dos depsitos efetuados)tambm dever ser devolvida, ou, na impossibilidadede devoluo, descontada na remunerao, de formaparcelada, mediante acordo entre as partes.

    Quanto ao seguro-desemprego, estabelece aResoluo Codefat n 619/2009 que a restituio deparcelas recebidas indevidamente pelo segurado porqualquer dos motivos previstos na Lei n 7.998/1990dever ser efetuada mediante Guia de Recolhimentoda Unio (GRU) para depsito na conta do ProgramaSeguro-Desemprego, cujos valores sero corrigidospelo ndice Nacional de Preos ao Consumidor

    (INPC), a partir da data do recebimento indevido at adata da restituio.

    Constatado o recebimento indevido e a obrigaode restituio pelo trabalhador por ocasio do proces-samento de novo benefcio, o Ministrio do Trabalhoe Emprego (MTE) promover a compensao, nasdatas de liberao de cada parcela, dos valoresdevidos ao Errio Pblico com o saldo de valores donovo benefcio. O prazo para o trabalhador solicitaro reembolso de parcelas restitudas indevidamenteser de 5 anos, contados a partir da data da efetivarestituio indevida.

    (Lei n 7.998/1990; Resoluo Codefat n 619/2009)