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Presidente da RepúblicaFernando Henrique Cardoso

Ministro de Estado do Planejamento e OrçamentoAntonio Kandir

INSTITUTO BRASILEIRO

DE GEOGRAFIA E

ESTATÍSTICA - IBGE

PresidenteSimon Schwartzman

Diretor de Planejamento e CoordenaçãoNuno Duarte da Costa Bittencourt

ÓRGÃOS TÉCNICOS SETORIAIS

Diretoria de PesquisasLenildo Fernandes Silva

Diretoria de GeociênciasTrento Natali Filho

Diretoria de InformáticaFernando Elyas Nóbrega Nasser

Centro de Documentação e Disseminação de InformaçõesDavid Wu Tai

Ministério do Planejamento e OrçamentoInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE

Contagem da População1996

Rio de Janeiro1997

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE

Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - CEP 20021-120 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

ISBN 85-240-0642-0 CD-ROM

© IBGE 1997

PRODUÇÃO

Centro de Documentação e Disseminação de Informações-CDDI/IBGE

PROJETO EDITORIAL

Divisão de Editoração-DIEDI/Departamento de Editoração e Gráfica-DEDIT/CDDI

CAPA

Renato J. Aguiar - Divisão de Criação - DIVIC/CDDI

Foto da Capa

Antônio José Scorza

Apresentação

Com a publicação destes resultados definitivos, o IBGE cumpre mais uma etapa do processode realização da Contagem da População de 1996.

A operação censitária é tarefa complexa e árdua, que o IBGE vem realizando há mais de 50 anos,garantindo o atendimento às necessidades nacionais de informações, bem como às recomendaçõesinternacionais e o respeito à comparabilidade histórica.

Estes resultados estão disponíveis em um volume que contém uma análise inicial enfocando,de modo sintético, as características gerais da população e as características relacionadas àmigração e educação. Além disso, o volume apresenta tabelas-resumo com os totais populacionais enúmeros de unidades domiciliares em nível municipal e vem acompanhado por um CD-ROM quecontém 11 tabelas gravadas a partir de um plano tabular sobre as variáveis investigadas.

Simon Schwartzman

Presidente do IBGE

Plano de Divulgação

Contagem da População 1996

Meio Impresso

volume 1 Resultados relativos a sexo da população e situação da unidade domiciliar.

volume 2 Resultados relativos à população e aos domicílios

CD-ROM

Contagem da População 1996

Sistema de recuperação da Contagem da População de 1996 a nível municipal

Microdados

Internet

Tabelas selecionadas

Banco de dados SIDRA 97

Sumário

Os Recenseamentos

Contagem da População 1996

Fundamento Legal

Obrigatoriedade e Sigilo das Informações

Data de Referência

Âmbito

Base Operacional

Divulgação dos Resultados

Conceituação das Características Divulgadas na Contagem da População de 1996

População

Situação do Domicílio

Unidades Domiciliares

Domicílio Particular Permanente

Chefe do Domicílio

Idade

Migração

Freqüência à Escola

Anos de Estudo

Análise dos Resultados

População

Migração

Educação

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Tabelas de Resultados

1 - População nos anos de 1940/1996, segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação e asituação da unidade domiciliar - Brasil

2 - População residente, por sexo, segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação e asituação da unidade domiciliar - Brasil

3 - Unidades domiciliares, por sexo do chefe da unidade domiciliar, segundo as Grandes Regiões,as Unidades da Federação e a situação da unidade domiciliar - Brasil

4 - População residente, por sexo, segundo os municípios e a situação da unidade domiciliar

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

Maranhão

Piauí

Ceará

Rio Grande do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

Paraná

Santa Catarina

Rio Grande do Sul

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

5 - Unidades domiciliares, por sexo do chefe da unidade domiciliar, segundo os municípios e asituação da unidade domiciliar

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

Maranhão

Piauí

Ceará

Rio Grande do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

Paraná

Santa Catarina

Rio Grande do Sul

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Cartogramas

Densidade demográfica

Brasil

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

Maranhão

Piauí

Ceará

Rio Grande do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

Paraná

Santa Catarina

Rio Grande do Sul

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás e Distrito Federal

ConvençõesConvenções

- Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento; e... Dado numérico não disponível.

Os Recenseamentos

A história dos Recenseamentos Gerais no Brasil teve o seu início no século passado,precisamente no ano de 1872. A partir de 1940 o IBGE passou a realizar sistematicamente, a todoinício de década, um novo Censo Demográfico, sendo o último realizado em 1991.

A crescente demanda por informações detalhadas em níveis municipais, necessárias aoplanejamento e avaliação de políticas públicas, tornaram as estimativas de população para essas unidadespolítico-administrativas fator preponderante de controle e análise das ações de planejamento.

Assim, a realização da Contagem da População de 1996, primeira operação censitária comestas características levada a efeito para o conjunto do País a meio de década, vem de encontro aessas necessidades trazendo como principais objetivos subsidiar a atualização das estimativas depopulação em nível municipal, possibilitando aos usuários dispor de projeções precisas no períodointercensitário, além de gerar informações para auxiliar na atualização da Base OperacionalGeográfica para o Censo do Ano 2000. Finalmente, a inclusão de quesitos sobre educação permiteque se tenha um perfil atual do quadro educacional do País, com ênfase à população que freqüentaescola em cursos regulares.

Contagem da População 1996

Fundamento LegalA realização da Contagem da População 1996 obedeceu às mesmas determinações da Lei no 8.184 de

10 maio de 1991.

Obrigatoriedade e Sigilo das InformaçõesA Contagem da População 1996 manteve o caráter obrigatório e confidencial atribuído às

informações censitárias, que se destinam exclusivamente a fins estatísticos e não poderão ser objetode certidão e nem terão eficácia jurídica como meio de prova.

Data de ReferênciaA investigação das características das pessoas, residentes nos domicílios particulares e

coletivos, tem como data de referência a noite de 31 de julho para 01 de agosto de 1996. Deacordo com esse critério, as pessoas nascidas após 31 de julho não foram incluídas napesquisa, sendo no entanto incluídas as pessoas falecidas após aquela data que residiam nodomicílio na data de referência.

ÂmbitoNa Contagem da População de 1996 foram recenseadas todas as pessoas residentes no

Território Nacional na data de referência, inclusive as que se encontravam temporariamente ausentesdo País na referida data.

A população indígena que vivia em postos da FUNAI, em missões religiosas ou em outrasáreas foi recenseada, porém os aborígenes que viviam em tribos arredias ao contato, conservandoseus hábitos primitivos de existência, não foram incluídos na Contagem.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Base OperacionalA base operacional, construída para o Censo Demográfico de 1991, foi atualizada para

subsidiar as atividades de coleta de dados e divulgação de resultados da Contagem da População1996, sendo um completo sistema composto pela base cartográfica atualizada e adequada àsoperações estatísticas (Mapas Municipais Estatísticos - MME - e Mapas Estatísticos de Localidades -MEL), e pelos arquivos contendo informações de referência territorial para os setores censitários,distritos, municípios, bairros e outras estruturas territoriais de interesse.

Os arquivos de referência territorial, incluindo o de descrições de perímetro de setorescensitários, foram construídos utilizando-se modernos recursos de informática, e diversos ambientescomputacionais, de modo a agilizar as operações de coleta e divulgação, bem como garantir maiorconsistência das informações cadastradas.

O setor censitário, unidade territorial estabelecida para fins de controle cadastral de coleta, éconstituído por área territorial contínua e, no seu estabelecimento, consideram-se as divisas dasestruturas territoriais para as quais são divulgadas as informações e as necessidades operacionais dacoleta. O número de setores censitários estabelecidos para cada Unidade da Federação varia deacordo com os parâmetros acima mencionados.

Estabelecida esta malha territorial, o domicílio é associado ao setor censitário, e todos os dadossão utilizados em nível do setor ou agregados em unidades hierarquicamente superiores, comodistritos, municípios, mesorregiões e microrregiões geográficas, Unidades da Federação ou outrasestruturas territoriais.

No que diz respeito à divulgação de resultados, atendendo à demanda de diversos segmentosda sociedade, a base operacional foi construída de modo a permitir a apuração de dados agregadospara outras unidades territoriais, além das tradicionalmente divulgadas.

Divulgação dos ResultadosEmbora a população residente, por sexo, tenha sido divulgada preliminarmente, para todos os

municípios brasileiros – inclusive os instalados em janeiro de 1997 – os resultados definitivos só estãopublicados para os 4 974 municípios existentes na data de referência da Contagem. Para aquelesinstalados em 01 de janeiro de 1997, os resultados definitivos estão disponíveis na INTERNET,permitindo ao usuário conhecer as parcelas das populações cedidas pelos municípios de origem nacriação destes novos municípios.

Conceituação das Características Divulgadasna Contagem de População de 1996

PopulaçãoA População foi constituída pelas pessoas residentes no domicílio, ou seja, aquelas que

tinham o domicílio como local de residência habitual, quer estivessem presentes ou ausentes na datade referência. Os moradores habituais do domicílio que estavam ausentes na data de referênciaforam recenseados, desde que sua ausência não tenha sido superior a 12 meses em relação àqueladata.

Essa população, formada pelos moradores presentes e moradores ausentes, corresponde àPopulação residente ou População de direito.

Os dados apresentados para o total da população dizem respeito às pessoas residentes nosdomicílios particulares – permanentes e improvisados – e domicílios coletivos.

Situação do DomicílioSegundo a localização do domicílio, a situação pode ser Urbana ou Rural, definida por lei

municipal em vigor em 01 de agosto 1996 . Na situação Urbana consideram-se as pessoas e osdomicílios recenseados nas áreas urbanizadas ou não, correspondentes às cidades (sedesmunicipais), às vilas (sedes distritais) ou às áreas urbanas isoladas. A situação Rural abrange apopulação e os domicílios recenseados em toda a área situada fora dos limites urbanos, inclusive osaglomerados rurais de extensão urbana, os povoados e os núcleos.

Unidades DomiciliaresConsiderou-se como Domicílio a moradia estruturalmente independente, constituída por um ou

mais cômodos, com entrada privativa. Por extensão, edifícios em construção, embarcações, veículos,barracas, tendas, grutas e outros locais que estavam, na data de referência da Contagem, servindo demoradia, também foram considerados como domicílios. As Unidades domiciliares são compostaspelos domicílios particulares e unidades de habitação em domicílio coletivo.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Domicílio Particular PermanenteConsiderou-se como Particular permanente aquele domicílio que na data de referência da

Contagem, abrigava uma, duas ou, no máximo, cinco famílias ou até cinco pessoas sem laçosde parentesco e/ou dependência doméstica e que foi construído com a finalidade exclusiva deservir de moradia.

Chefe do Domicílio

Considerou-se como Chefe do domicílio a pessoa, homem ou mulher, responsável pelo domicílio.

Idade

Os resultados referem-se à Idade em anos completos na data de referência da Contagem. Aindagação sobre a idade foi formulada através de dois quesitos: um solicitando o dia, o mês e o anode nascimento e outro a idade presumida, para os que não sabiam a data de nascimento.

Migração

Foi considerada Migrante a pessoa residente no domicílio, com quatro anos ou mais deidade, nascida anteriormente a 01/09/91 e que nesta data não residia no município onde foirealizada a entrevista .

O corte em 01/09/91 para efeito de coleta da informação, se dá em função da data dereferência do Censo Demográfico de 1991, o que permitirá avaliar o movimento migratório nesteintervalo de 5 anos.

Freqüência à Escola

A investigação de Freqüência à escola estendeu-se a todas as pessoas com 4 (quatro) anosou mais de idade.

Considerou-se como freqüentando escola a pessoa que na data de referência da Contagemestava estudando em curso regular para a conclusão de um grau do Sistema de Ensino Brasileiro(primeiro grau, segundo grau, superior ou mestrado/doutorado).

Foi também considerada como freqüentando escola a pessoa que na data de referência daContagem estava estudando em curso pré-escolar, curso de alfabetização de adultos ou pré-vestibular.

Quanto aos cursos supletivos (primeiro e segundo graus), foi considerada como freqüentandoescola a pessoa que na data de referência estava estudando em estabelecimento de ensinoautorizado a ministrar estes tipos de cursos, sendo eles seriados ou não.

Não foi considerada como freqüentando escola a pessoa que na data de referência daContagem estava:

• freqüentando curso de extensão cultural ou formação profissional que não caracterizasse aconclusão de grau de ensino do País, tais como: idiomas, datilografia, informática, cursos porcorrespondência, etc.; e

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

• assistindo às aulas através de rádio ou TV, com vistas à prestação de exame supletivo de primeiroou segundo graus.

Anos de Estudo

A classificação de anos de estudo foi obtida através da última série concluída com aprovação,do grau regular mais elevado, para aqueles que estavam freqüentando ou que haviam freqüentadoescola. A cada série concluída atribuiu-se um ano de estudo.

Análise dos Resultados

A Contagem da População realizada em 1996, de caráter censitário, abordou, além do volumee estrutura etária da população brasileira, características relativas aos temas Migração e Educação,investigadas para todas as pessoas com mais de quatro anos de idade, à época do recenseamento.

Os comentários apresentados referem-se ao plano tabular que está disponível no CD-ROM,anexo a esta publicação, e constituem uma primeira análise sobre seus resultados, ressaltandoalguns aspectos relacionados aos temas investigados.

População

Evolução da População Total do País

A população do Brasil atingiu, em 1o de agosto, um total de 157 079 573 habitantes. A série decensos brasileiros, que cobre um período de 124 anos, mostrou que a população vemexperimentando sucessivos aumentos em seu contingente, tendo crescido nove vezes ao longo doatual século, embora a velocidade deste crescimento venha diminuindo progressivamente nas últimasdécadas. (Tabela 1 e Gráfico 1). A taxa média geométrica de crescimento anual no período 1991-1996 foi de 1,38%, uma das mais baixas já observadas, refletindo a continuidade do declínio dafecundidade durante os anos 90. Este declínio é generalizado no País, exprimindo-se na quedarelativa e, em diversos casos, na redução absoluta do número de nascimentos.

A maior aceleração de aumento da população brasileira ocorreu durante a década de 50.Naquele período, a população cresceu a uma média de 3,0% ao ano, correspondendo a umacréscimo relativo de 34,90% no efetivo populacional. Nessa época, enquanto a mortalidadeacentuava seu processo de declínio, a fecundidade mantinha-se em patamares extremamenteelevados. Posteriormente teve início um processo de desaceleração do crescimento em função deuma queda inicialmente tímida da fecundidade, o que fez com que a taxa de crescimento fosseinferior a 2,5% ao ano na década de 70. Na década de 80, em consonância com a transição paraníveis de fecundidade mais baixos, intensificou-se o declínio na taxa, de crescimento (1,9% ao ano),até chegar ao período 1991-1996, com uma taxa ligeiramente inferior a 1,4% ao ano.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Tabela 1- População nas Datas dos Recenseamentos Gerais e Taxa Média

Geométrica de Crescimento Anual

1872/1996

Datas dosRecenseamentos Gerais

População Residente

Taxa MédiaGeométrica de

Crescimento Anual(%)

Variação da Taxa deCrescimento

(%)

01/08/1872 9 930 478(1)

> 2.01

31/12/1890 14 333 915(1) > - 1.49

> 1.98

31/12/1900 17 438 434(1) > 46.97

> 2.91

01/09/1920 30 635 605(1) > - 48.80

> 1.49

01/09/1940 41 165 289 > 60.40

> 2.39

01/07/1950 51 941 767 > 25.10

> 2.99

01/09/1960 70 070 457 > - 3.34

> 2.89

01/09/1970 93 139 037 > - 14.19

> 2.48

01/09/1980 119 002 706 > - 22.18

> 1.93

01/09/1991 146 825 475 > - 28.50

> 1.38

01/08/1996 157 079 573

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1872 a 1991 e Contagem da População de 1996.

(1) População Presente.

Evolução da População das Grandes Regiões

As Regiões mais PopulosasAs Regiões mais Populosas

As três regiões mais populosas continuam sendo Sudeste, Nordeste e Sul. Entre as duas

regiões menos populosas, Norte e Centro-Oeste, manteve-se a mudança de posição observada em

1991. A Região Centro-Oeste, que desde o final da década de 40 apresentava o menor volume

populacional, passou à frente da Região Norte entre 1960 e 1980. Em conseqüência das alterações

político-administrativas ocorridas no período 1980-1991, ela volta a ocupar a última posição, e

permanece nesta posição no período mais recente (1991-1996) (Tabela 2).

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Tabela 2 - População Residente, segundo as Grandes Regiões1940/1996

Grandes RegiõesPopulação Residente

1940 1950 1960 1970 1980 1991 1996

BRASIL 41 165 289 51 941 767 70 070 457 93 139 037 119 002 706 146 825 475 157 079 573

Norte 1 467 940 1 834 185 2 561 782 3 603 860 5 880 268 10 030 556 11 290 093

Nordeste 14 426 185 17 992 094 22 181 880 28 111 927 34 812 356 42 497 540 44 768 201

Sudeste 18 304 317 22 549 386 30 630 728 39 853 498 51 734 125 62 740 401 67 003 069

Sul 5 722 018 7 835 418 11 753 075 16 496 493 19 031 162 22 129 377 23 516 730

Centro-Oeste 1 244 829 1 730 684 2 942 992 5 073 259 7 544 795 9 427 601 10 501 480

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1940 a 1991 e Contagem da População de 1996.

O Crescimento das Grandes RegiõesO Crescimento das Grandes Regiões

As maiores taxas de crescimento, no período 1991-1996 ocorreram nas Regiões Norte e Centro-Oeste

(2,44 e 2,22% ao ano, respectivamente), onde em algumas subáreas observou-se a presença de contingentes

migratórios atraídos não só por uma expansão retardatária da fronteira, como também pelo poder de atração

do entorno de Brasília e Goiânia. O crescimento destas duas regiões é atualmente bastante inferior ao que se

verificava nos anos 60 e 70, quando ambas recebiam importantes correntes migratórias atraídas pela

expansão da fronteira agrícola. As demais regiões apresentaram valores inferiores a 1,5%, sendo observado

na Região Nordeste o menor valor (1,06%).

O mais significativo declínio da taxa de crescimento no período 1991-1996, foi registrado na

Região Nordeste. Além da manutenção dos tradicionais fluxos de saída da região, teve forte impacto

na redução do crescimento a intensificação do declínio da fecundidade, que nesta região vem

ocorrendo com atraso em relação ao processo ocorrido anteriormente no Centro-sul. As Regiões Sul

e Sudeste já apresentam taxas consistentemente declinantes, consolidando a tendência a padrões

mais estabilizados de crescimento populacional (Tabela 3 e Gráfico 1). As migrações para a Região

Sudeste vêm perdendo gradualmente intensidade.

Tabela 3 - Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual, segundo as Grandes Regiões1940/1996

Grandes RegiõesTaxa Média Geométrica de Crescimento Anual (%)

1940/50 1950/60 1960/70 1970/80 1980/91 1991/96

BRASIL 2,39 2,99 2,89 2,48 1,93 1,38

Norte 2,29 3,34 3,47 5,02 3,85 2,44

Nordeste 2,27 2,08 2,40 2,16 1,83 1,06

Sudeste 2,14 3,06 2,67 2,64 1,77 1,35

Sul 3,25 4,07 3,45 1,44 1,38 1,24

Centro-Oeste 3,41 5,36 5,60 4,05 3,01 2,22

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1940 a 1991 e Contagem da População de 1996.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Brasil Norte Nordeste0

1

2

3

4

5

6

Sudeste Sul Centro-Oeste

1940/50 1950/60 1960/70 1970/80 1980/91 1991/96

(%)

Gráfico 1Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual

1940/1996

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1940 a 1991 e Contagem da População de 1996.

Participação da População das Grandes Regiões no Total do PaísParticipação da População das Grandes Regiões no Total do País

A participação relativa da população das Grandes Regiões no total do País (Tabela 4 e Gráfico 2)ilustra de outra forma as constatações anteriores e revela que o Sudeste e o Nordeste sempreapresentaram as maiores proporções de população. Entretanto, os percentuais observados em 1996são os mais baixos registrados em todo o período de estudo, sendo a série declinante da RegiãoNordeste claramente mais consistente.

Tabela 4 - Participação Relativa da População das Grandes Regiões no Total do País

1940/1996

Grandes RegiõesParticipação Relativa (%)

1940 1950 1960 1970 1980 1991 1996

BRASIL 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Norte 3,57 3,53 3,66 3,87 5,56 6,83 7,19

Nordeste 35,04 34,64 31,66 30,18 29,25 28,94 28,50

Sudeste 44,47 43,41 43,71 42,79 43,47 42,73 42,66

Sul 13,90 15,09 16,77 17,71 15,99 15,07 14,97

Centro-Oeste 3,02 3,33 4,20 5,45 5,72 6,42 6,69

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1940 a 1991 e Contagem da População de 1996.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

1940 1950 1960 1970 1980 1991 1996

(%)

Gráfico 2Participação Relativa da População

no Total do País - 1940/1996

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1940 a 1991 e Contagem da População de 1996.

A Região Sul, que possui o terceiro maior contingente populacional do País, manteve

praticamente a mesma participação nacional (15,0%). As Regiões Norte e Centro-Oeste

continuaram aumentando sua participação relativa no total do País desde a década de 40,

quando a expansão alcançou duas regiões, com especial ênfase nas décadas de 60 e 70.

Crescimento das Áreas Urbanas e Rurais

Evolução do Crescimento Urbano e RuralEvolução do Crescimento Urbano e Rural

Em 1996 a população urbana era 3,6 vezes maior que a população rural, confirmando

uma tendência iniciada na década de 60, quando o efetivo urbano ultrapassou o rural (Tabela

5). É a continuação de um fenômeno que teve início na Região Sudeste na década de 50, e

que somente atingiu as demais Regiões na década de 70, quando a população urbana na

Região Sudeste já era 2,7 vezes maior que a população rural. Na década de 80 acentuaram-se

ainda mais os diferenciais nos quadros urbano e rural. A população urbana continuou

crescendo significativamente em todas as regiões, inclusive naquelas onde as atividades

rurais exerciam ainda forte influência, como o Norte, o Centro-Oeste e mesmo o Sul do País.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Tabela 5 - População Residente, por Situação do Domicílio, segundo as Grandes Regiões

1960/1996

Grandes RegiõesPopulação Residente

1960 1970 1980 1991 1996

URBANA

BRASIL 31 303 034 52 084 984 80 436 409 110 990 990 123 082 167

Norte 957 718 1 626 600 3 037 150 5 922 574 7 039 327

Nordeste 7 516 500 11 752 977 17 566 842 25 776 279 29 192 696

Sudeste 17 460 897 28 964 601 42 840 081 55 225 983 59 825 958

Sul 4 360 691 7 303 427 11 877 739 16 403 032 18 158 350

Centro-Oeste 1 007 228 2 437 379 5 114 597 7 663 122 8 865 836

RURAL

BRASIL 38 767 423 41 054 053 38 566 297 35 834 485 33 997 406

Norte 1 604 064 1 977 260 2 843 118 4 107 982 4 250 766

Nordeste 14 665 380 16 358 950 17 245 514 16 721 261 15 575 505

Sudeste 13 169 831 10 888 897 8 894 044 7 514 418 7 177 111

Sul 7 392 384 9 193 066 7 153 423 5 726 345 5 358 380

Centro-Oeste 1 935 764 2 635 880 2 430 198 1 764 479 1 635 644

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1960 a 1991 e Contagem da População de 1996.

No período 1991-1996, o incremento relativo das áreas urbanas foi mais importante nas

Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Na Região Sudeste, o nível de urbanização já se encontra

em patamar consideravelmente elevado, de tal forma que os acréscimos relativos são bem menos

expressivos.

A diminuição do volume da população rural, ocorrida entre 1991 e 1996, foi da ordem de 1,8

milhão de pessoas. Desde o Censo de 1980, o contingente de população rural é inferior ao observado

no Censo de 1960. Essa redução deveu-se às perdas populacionais rurais ocorridas em todas as

Grandes Regiões, à exceção da Região Norte que apresentou um incremento de cerca de 3,5%.

Em termos absolutos, a maior perda populacional rural ocorrida no período 1991-1996 foiobservada na Região Nordeste, que experimentou um decréscimo de 1,1 milhão de habitantes.

UrbanizaçãoUrbanizaçãoA população urbana brasileira continua crescendo. O acréscimo de 12,1 milhões de habitantes

urbanos se reflete na taxa de urbanização, que passou de 75,59%, em 1991, para 78,36%, em 1996

(Tabela 6). Esse incremento se explica basicamente por três fatores: o crescimento vegetativo nas

áreas urbanas; da migração da zona rural para zonas urbanas, sobretudo dentro dos próprios

estados; e, em pequena escala, da incorporação do setor urbano de áreas que em Censos anteriores

eram consideradas rurais.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Tabela 6 - Proporção de População Urbana, segundo as Grandes Regiões1960/1996

Grandes RegiõesProporção de População Urbana (%)

1960 1970 1980 1991 1996

BRASIL 44,67 55,92 67,59 75,59 78,36

Norte 37,38 45,13 51,65 59,05 62,35

Nordeste 33,89 41,81 50,46 60,65 65,21

Sudeste 57,00 72,68 82,81 88,02 89,29

Sul 37,10 44,27 62,41 74,12 77,21

Centro-Oeste 34,22 48,04 67,79 81,28 84,42

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1960 a 1991 e Contagem da População de 1996.

O nível de urbanização nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul atingiu patamares já bastanteelevados. Nas duas últimas regiões, o crescimento urbano coexiste com uma atividade agrícolaproporcionalmente muito forte que, porém, se modernizou nas últimas décadas e favoreceu oprocesso de expulsão populacional do campo, inclusive em áreas que, até os anos 60 e 70,representavam espaços de expansão da fronteira agrícola. Nas Regiões Norte e Nordeste, onde os níveisde urbanização ainda são relativamente baixos, o incremento vem se dando gradualmente.

Vale a pena observar que, embora possua o segundo mais baixo nível de urbanização do País,a Região Nordeste deteve o maior aumento relativo da taxa de urbanização, 7,52%.

As Unidades da Federação

Os Estados mais PopulososOs Estados mais Populosos

Os Estados mais populosos do Brasil em 1996 eram, por ordem de grandeza, São Paulo, MinasGerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e Paraná. Esses seis estados concentravam, emconjunto, 60,71% da população total brasileira. Os cinco primeiros estados mantêm essa posição desde1940, à exceção do Paraná, que, a partir de 1950, ocupa a posição que anteriormente pertencia ao Estadode Pernambuco.

No período 1991-1996, o estado de maior crescimento populacional, em termos absolutos, foiSão Paulo (2 531 961 habitantes), seguido de Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, Pará, Paraná, RioGrande do Sul e Goiás. Em conjunto, esses oito estados respondem por 66,76% do aumento total etodos eles apresentaram maior crescimento populacional nesse último período, demonstrando umincremento populacional inferior ao observado no período 1980-1991.

Crescimento das Unidades da FederaçãoCrescimento das Unidades da Federação

As taxas de crescimento diminuíram em todos os estados das Regiões Nordeste e Sudesteentre 1991 e 1996. O mesmo fato ocorreu nas Regiões Norte, Sul e Centro-Oeste, à exceção dosEstados do Acre, Amapá, Tocantins, Paraná e Goiás, que experimentaram aumento em seu ritmo decrescimento (Gráfico 3). No caso específico do Paraná, houve uma recuperação dos níveis decrescimento, que há duas décadas mantinham-se baixos, em função da migração de paranaensespara a chamada fronteira oeste.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

As menores taxas de crescimento do período 1991-1996 foram observadas nos Estados da

Paraíba (0,66%) e Piauí (0,71%). Nestes dois estados, as taxas de crescimento vêm declinando

desde a década de 70.

As maiores taxas de crescimento no último período intercensitário, por sua vez,

corresponderam a dois estados da Região Norte: Amapá (5,67%) e Acre (3,03%).

RO AM PA APRR TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG ES RJ SP PR SC RS MS MT GO DF0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

1980/91 1991/96

(%)

Gráfico 3Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual Para

as Unidades da Federação - 1980-1996

AC

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1980 e 1991 e Contagem da População de 1996.

População dos Municípios das Capitais e Regiões Metropolitanas

Municípios das CapitaisMunicípios das Capitais

A participação relativa da população das capitais brasileiras no País apresentou uma suave

redução em relação ao Censo de 1991, passando de 24,08% para 23,72%. Como a população rural

também declinou, pode-se dizer que o crescimento foi proporcionalmente mais elevado em

municípios de base urbana, em áreas específicas do interior ou dos aglomerados metropolitanos.

Embora as capitais da Região Sudeste ainda concentrem cerca de 50,0% da população das

capitais brasileiras, essa participação vem também declinando ao longo do tempo, cedendo

importância às capitais das demais regiões.

As três maiores capitais brasileiras situam-se nas Regiões Sudeste e Nordeste: São Paulo, Rio

de Janeiro e Salvador. No período 1991-1996, estas capitais concentraram 47,25% da população total

residente em capitais.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Tabela 7 - População Residente e Taxa de Crescimento, segundo os Municípios das Capitais

1970/1996

MunicípiosPopulação Residente Taxa de Crescimento (%)

das Capitais1970 1980 1991 1996 1970/80 1980/91 1991/96

Porto Velho 84 048 133 898 287 534 294 334 4,77 7,19 0,48

Rio Branco 83 977 117 103 197 376 228 990 3,38 4,86 3,07

Manaus 311 622 633 392 1 011 501 1 157 357 7,35 4,35 2,78

Boa Vista 36 464 67 047 144 249 165 518 6,28 7,21 2,84

Belém 633 374 933 287 1 244 689 1 144 312 3,95 2,65 1,15

Macapá 86 097 137 451 179 777 220 962 4,79 2,47 4,28

Palmas - - 24 334 86 116 - - 29,31

São Luís 265 486 449 432 696 371 780 833 5,41 4,06 2,36

Teresina 220 487 377 774 599 272 655 473 5,53 4,28 1,84

Fortaleza 857 980 1 307 611 1 768 637 1 965 513 4,30 2,78 2,17

Natal 264 379 416 898 606 887 656 037 4,66 3,47 1,60

João Pessoa 221 546 329 942 497 600 549 363 4,06 3,81 2,03

Recife 1 060 701 1 200 378 1 298 229 1 346 045 1,24 0,71 0,74

Maceió 263 670 399 298 629 041 723 230 4,24 4,22 2,88

Aracaju 183 670 293 131 402 341 428 194 4,79 2,92 1,27

Salvador 1 007 195 1 501 981 2 075 273 2 211 539 4,08 2,98 1,30

Belo Horizonte 1 235 030 1 780 855 2 020 161 2 091 448 3,73 1,15 0,71

Vitória 133 019 207 747 258 777 265 874 4,56 2,02 0,55

Rio de Janeiro 4 251 918 5 090 700 5 480 768 5 551 538 1,82 0,67 0,26

São Paulo 5 924 615 8 493 226 9 646 185 9 839 436 3,67 1,16 0,40

Curitiba 609 026 1 024 975 1 315 035 1 476 253 5,34 2,29 2,38

Florianópolis 138 337 187 871 255 390 271 281 3,11 2,83 1,24

Porto Alegre 885 545 1 125 477 1 263 403 1 288 879 2,43 1,06 0,58

Campo Grande 140 233 291 777 526 126 600 069 7,60 5,51 2,71

Cuiabá 100 860 212 984 402 813 433 355 7,76 5,96 1,50

Goiânia 380 773 717 526 922 222 1 004 098 6,54 2,31 1,75

Brasília 537 492 1 176 935 1 601 094 1 821 946 8,15 2,84 2,66

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1970 a 1991 e Contagem da População de 1996.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Regiões MetropolitanasRegiões Metropolitanas

As regiões metropolitanas brasileiras reuniam, em 1996, um conjunto de 47 298 604 habitantes,que correspondiam a 30,11% da população total do País. Essa participação era da ordem de 29,90%,em 1991. Houve, nesses aglomerados metropolitanos, um acréscimo de 3,4 milhões de habitantesno último período intercensitário. O ritmo de crescimento populacional, nestas regiões, noperíodo 1991-1996, foi de 1,53% ao ano, pouco superior ao crescimento médio do País, o quedemonstra que as regiões metropolitanas, com algumas exceções, não são mais pólos deintenso crescimento populacional.

Tabela 8 - População Residente e Taxa de Crescimento, segundo as Regiões Metropolitanas1991/1996

RegiõesPopulação Residente

Taxa de Crescimento (%)Metropolitanas

1991 19961991/96

BRASIL 43 902 370 47 298 604 1,53

Belém 1 332 840 1 485 569 2,23

Fortaleza 2 307 017 2 582 820 2,32

Recife 2 919 979 3 087 967 1,14

Salvador 2 496 521 2 709 084 1,68

Belo Horizonte 3 436 060 3 803 249 2,09

Vitória 1 064 919 1 182 354 2,15

Rio de Janeiro 9 814 574 10 192 097 0,77

São Paulo 15 444 941 16 583 234 1,46

Curitiba 2 057 578 2 425 361 3,40

Porto Alegre 3 027 941 3 246 869 1,43

Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 1991 e Contagem da População de 1996.

No período 1991-1996, as taxas de crescimento de todas as regiões metropolitanasacompanharam a tendência geral do Brasil e das Unidades da Federação, sendo comparativamentemenores que as do período 1980-1991, excetuando-se a Região Metropolitana de Curitiba. NoNordeste, a Região Metropolitana de Fortaleza apresentou ainda um crescimento expressivo (2,32 %ao ano). No período 1991-1996, foi criada a Região Metropolitana de Vitória, que apresentou umcrescimento para o período de 2,15% ao ano.

Estrutura por Sexo e Idade

Razões de SexoRazões de Sexo

Em 1996, para cada 100 mulheres havia 97,26 homens, como resultado de um excedentede 2 184 491 mulheres em relação ao número total de homens. Com este resultado, manteve-se atendência histórica de predominância feminina na composição por sexo da população brasileira.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Por outro lado, cenários opostos podem ser observados ao se analisar o indicador segundo as

situações de residência urbana e rural. Enquanto nas áreas urbanas registrou-se um número médio

de 94,25 homens para cada 100 mulheres, no contexto rural do País esta relação se inverte, ao ser

revelada a existência de 108,97 homens para cada grupo de 100 mulheres (Tabela 9).

Tabela 9 - Razões de Sexos, por Situação do Domicílio, segundo as Grandes Regiões1980/1996

Razões de Sexos (%)

Grandes Regiões Total Urbana Rural

1980 1991 1996 1980 1991 1996 1980 1991 1996

BRASIL 98,74 97,50 97,26 95,19 94,26 94,25 106,56 108,30 108,97

Norte 103,53 103,33 102,93 95,69 96,69 96,89 112,13 113,73 113,79

Nordeste 95,85 95,71 95,84 90,41 90,62 91,04 101,71 104,12 105,53

Sudeste 98,94 97,00 96,51 96,80 95,23 94,91 109,94 111,10 110,90

Sul 100,34 98,47 98,18 95,57 94,89 95,10 108,79 109,52 109,40

Centro-Oeste 103,34 100,79 100,16 97,69 96,58 96,75 118,51 121,36 120,95

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1980 e 1991 e Contagem da População de 1996.

É importante assinalar que, ao se comparar as razões de sexo derivadas do Censo Demográfico de

1991 com as oriundas do Levantamento Censitário de 1996, constatou-se que a tendência ao crescimento

do excedente feminino foi bastante suavizada no transcurso dos cinco anos considerados.

As Unidades da Federação que compõem as Regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram, de

modo geral, um número maior de homens em suas composições populacionais, determinando cifras

relativas às razões de sexo superiores a 100%. Essas unidades atraíram, nas últimas décadas, um

efetivo maior de homens, em função de um amplo conjunto de atividades ligadas à infra-estrutura de

ocupação da fronteira agrícola.

Estrutura EtáriaEstrutura Etária

Até o início dos anos 80, a estrutura etária da população brasileira, revelada pelos

Censos Demográficos, vinha mostrando traços bem marcados de uma população

predominantemente jovem, fruto da longa trajetória de altos níveis da fecundidade no País.

Muito embora a fecundidade tenha experimentado declínios paulatinos, desde meados da

década de 60 - momento em que se introduz no Brasil os métodos anticonceptivos orais -, a

base da pirâmide etária da população manteve-se alargada até 1980, como resultado do

elevado número de mulheres em idade fértil ainda procriando.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

A intensificação da prática anticonceptiva no País, quer seja através de métodos reversíveis (como apílula anticoncepcional), ou mediante a esterilização feminina, contribuiu sobremaneira para acelerar o ritmode declínio da natalidade ao longo dos anos 80 (Gráficos 4 e 5).

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

-2,5 -1,5 -0,5 0,5 1,5 2,5

Homens Mulheres

Gráfico 4Composição Etária, segundo Idades Individuais

1980

Fonte : IBGE, Censo Demográfico de 1980.

10

20

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50

60

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80

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-2,5 -1,5 -0,5 0,5 1,5 2,5

Homens Mulheres

Gráfico 5Composição Etária, segundo Idades Individuais

1991

Fonte : IBGE, Censo Demográfico de 1991.

Neste sentido, os resultados acentuaram o estreitamento na base da pirâmide etária, intensificando oprocesso de redução do peso relativo do contingente de jovens na população total (Gráfico 6).

0

10

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50

60

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80

90

-2,5 -1,5 -0,5 0,5 1,5 2,5

Homens Mulheres

Gráfico 6Composição Etária, segundo Idades Individuais

1996

Fonte : IBGE, Contagem da População de 1996.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

No País como um todo, a contribuição do segmento de jovens de 0 a 14 anos de idade, no total dapopulação declinou de 34,73%, em 1991, para 31,62%, em 1996, ao passo que o grupo de idosos de 65anos e mais, no mesmo período, seguiu sua lenta trajetória ascendente (4,83%, em 1991, contra 5,37%,em 1996). Da mesma forma, elevou-se a participação do contingente em idade potencialmente ativa (grupode 15 a 64 anos de idade). Em 1991, estas pessoas correspondiam a 60,45% da população total, passandoa representar 63,01%, em 1996, como mostram os resultados ilustrados na Tabela 10.

Conjugado à redução da mortalidade, o declínio generalizado da fecundidade contribuiu deforma decisiva para que as mudanças na composição por idade da população fossem observadas emtodas as Unidades da Federação. Tais alterações caracterizam o início do processo deenvelhecimento da população brasileira.

Tabela 10 - Grandes Grupos Populacionais, por Grupos de Idade, segundo as Grandes Regiões e a Situação do Domicílio1980/1996

Grandes Regiões Grandes Grupos Populacionais (%)

e 0 a 14 anos 15 a 64 anos 65 anos e mais

Situação do Domicílio 1980 1991 1996 1980 1991 1996 1980 1991 1996

BRASIL 38,24 34,73 31,62 57,74 60,45 63,01 4,01 4,83 5,37

Norte 46,16 42,54 39,09 51,02 54,45 57,58 2,81 3,01 3,33

Nordeste 43,46 39,40 35,55 52,18 55,54 58,95 4,35 5,06 5,50

Sudeste 34,15 31,22 28,42 61,66 63,64 65,81 4,19 5,14 5,78

Sul 36,28 31,93 29,52 59,89 63,10 64,85 3,84 4,97 5,63

Centro-Oeste 40,47 35,28 32,02 56,96 61,45 64,23 2,57 3,27 3,75

urbana 35,41 32,93 30,13 60,47 62,19 64,44 4,12 4,88 5,43

Norte 43,82 40,48 37,20 53,16 56,31 59,25 3,02 3,21 3,55

Nordeste 40,44 36,82 33,33 55,15 58,16 61,19 4,41 5,02 5,48

Sudeste 32,64 30,48 27,81 63,06 64,31 66,34 4,30 5,21 5,85

Sul 34,07 31,46 29,12 61,96 63,63 65,37 3,97 4,90 5,51

Centro-Oeste 39,09 34,79 31,63 58,25 61,91 64,62 2,66 3,30 3,75

rural 44,16 40,30 37,04 52,05 55,04 57,82 3,79 4,66 5,14

Norte 48,74 45,52 42,22 48,73 51,77 54,81 2,54 2,71 2,97

Nordeste 46,54 43,38 39,71 49,16 51,49 54,74 4,30 5,13 5,55

Sudeste 41,41 36,64 33,46 54,91 58,71 61,34 3,68 4,65 5,20

Sul 39,93 33,25 30,87 56,44 61,59 63,09 3,62 5,17 6,04

Centro-Oeste 43.82 37,41 34,13 53,83 59,48 62,15 2,36 3,11 3,72

Fonte : IBGE, Censos Demográficos de 1980 e 1991 e Contagem da População de 1996.

Neste contexto, vale a pena destacar o aumento de quase dois anos experimentado pela idademediana da população, em um prazo tão curto de tempo (Tabela 11). Em 1991, a idade que dividia apopulação em dois blocos de 50% cada era 21,7 anos. Já os resultados de 1996 mostraram que aidade mediana no Brasil alcançou o patamar dos 23,2 anos.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Tabela 11 - Idade Mediana da População Residente, por Sexo, segundo as Grandes Regiões1980/1996

Idade Mediana

Grandes Regiões Total Homens Mulheres

1980 1991 1996 1980 1991 1996 1980 1991 1996

BRASIL 19,2 21,7 23,2 18,9 21,2 22,6 19,4 22,2 23,8

Norte 15,6 17,2 18,5 15,8 17,3 18,6 15,4 17,0 18,5

Nordeste 16,7 18,7 20,4 16,2 18,0 19,7 17,1 19,4 21,1

Sudeste 21,3 24,0 25,3 21,0 23,4 24,6 21,5 24,6 26,0

Sul 19,9 23,6 25,2 19,7 23,1 24,5 20,0 24,1 25,8

Centro-Oeste 17,9 20,9 22,4 18,1 20,8 22,3 17,7 20,9 22,6

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1980 e 1991 e Contagem da População de 1996.

No que tange aos diferenciais entre os sexos, a idade mediana calculada para os homens foi de22,6 anos, enquanto que a referente às mulheres foi de 23,8 anos. Com algumas exceções, estecomportamento diferencial da idade mediana de homens e mulheres foi também evidenciado nasUnidades da Federação, provavelmente explicado pela maior expectativa de vida das mulheres.

As idades medianas mais elevadas foram observadas no Centro-sul do País, contrastandosignificativamente com as relativas aos estados do Norte. Coube ao Estado do Rio de Janeiro a maiordas idades medianas (27,4 anos) e ao Estado do Amapá a menor delas (17,7 anos).

A relação entre a população que, em termos etários, pertenceria à condição de inativa (grupos0 a 14 anos e 65 anos e mais de idade) e o contingente potencialmente ativo (15 a 64 anos de idade)permite calcular um indicador “Razão de Dependência” que denota, em linhas gerais, o peso dosjovens e dos idosos sobre o segmento populacional que, em princípio, poderia estar exercendoalguma atividade produtiva e seria responsável por seu sustento.

Assim, para o total do País, chegou-se a uma proporção de 58,69% de jovens e idosos emrelação às pessoas em idade ativa. Em 1991, esta mesma relação alcançava 65,43%. A partir destesresultados pode-se constatar o impacto do processo de estreitamento na base da pirâmide etária,principal fator responsável pela diminuição da Razão de Dependência no Brasil, no transcurso dessescinco anos (Tabela 12).

Tabela 12 - Razões de Dependência, por Situação do Domicílio, segundo as Grandes Regiões1980/1996

Razões de Dependência (%)

Grandes Regiões Total Urbana Rural

1980 1991 1996 1980 1991 1996 1980 1991 1996

BRASIL 73,18 65,43 58,69 65,37 60,79 55,16 92,11 81,68 72,95

Norte 95,98 83,65 73,67 88,11 77,59 68,77 105,23 93,16 82,45

Nordeste 91,63 80,06 69,64 81,33 71,93 63,42 103,42 94,22 82,68

Sudeste 62,19 57,13 51,96 58,59 55,49 50,74 82,11 70,34 63,01

Sul 66,98 58,47 54,20 61,39 57,15 52,97 77,17 62,37 58,51

Centro-Oeste 75,55 62,72 55,68 71,66 61,53 54,76 85,78 68,13 60,89

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1980 e 1991 e Contagem da População de 1996.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

As diferenças observadas nas Razões de Dependência referentes às áreas urbana e rural, em

1991, são bastante significativas. Enquanto na área urbana o peso dos jovens e idosos sobre a

população com idades entre 15 e 64 anos correspondia a 55,16%, nas áreas rurais este indicador

alcançou 72,95%.

Os estados brasileiros que formam as Regiões Norte e Nordeste apresentaram Razões

de Dependência extremamente elevadas. Destaca-se o Estado do Amapá, cuja cifra

ultrapassou 100%, revelando a supremacia numérica dos jovens e idosos em relação à

população potencialmente ativa.

Em contrapartida, os estados das Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentaram as mais

reduzidas Razões de Dependência, tanto em 1991 como em 1996, com destaque para os Estados do

Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal, onde os indicadores demonstraram a existência de certo

equilíbrio entre os jovens e idosos e o grupo de pessoas potencialmente ativas.

Chefe de Domicílio por Sexo

A determinação da chefia de domicílio por sexo é uma questão que vem sendo acompanhada

com renovado interesse nos censos e pesquisas contínuas, em face da evolução que vem ocorrendo

nesse indicador, associado às mudanças nos padrões e arranjos familiares.

A proporção de chefes de domicílio do sexo feminino elevou-se de 18,1% para 20,8%, entre

1991 e 1996, para todo o Brasil. A tendência foi semelhante em todas as regiões, ficando a maior

proporção de chefes mulheres na Região Nordeste, com 21,9%. Em relação às Unidades da

Federação, a maior proporção encontra-se no Distrito Federal, com 26,7% de chefes mulheres,

seguindo-se o Estado do Rio de Janeiro, com 26,1%. Esses dois estados tiveram suas posições

invertidas em relação ao censo anterior. Já as menores proporções são encontradas nas Unidades

Federativas da Região Sul (Tabela 13).

Tabela 13 - Proporção de Chefes de Domicílio, por Sexo, segundo as Grandes Regiões1980/1996

Proporção de Chefes de Domicílio (%)

Grandes Regiões Homens Mulheres

1980 1991 1996 1980 1991 1996

BRASIL 85,35 81,88 79,19 14,65 18,12 20,81

Norte 87,75 84,48 81,39 12,25 15,52 18,61

Nordeste 83,42 80,54 78,08 16,58 19,46 21,92

Sudeste 85,11 81,40 78,60 14,89 18,60 21,40

Sul 87,95 83,97 81,45 12,05 16,03 18,55

Centro-Oeste 86,83 83,05 80,02 13,17 16,95 19,98

Fonte : IBGE, Censos Demográficos de 1980 e 1991 e Contagem da População de 1996.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Envelhecimento Populacional

Um importante indicador que está relacionado à estrutura etária de um povo é o que relaciona a

população idosa com o contingente de crianças. Trata-se de uma derivação do índice de

envelhecimento populacional, que se presta a significativos estudos comparativos.

O entendimento desse índice traduz-se da seguinte forma: quanto maior sua magnitude, mais

elevada é a proporção de idosos - no caso, a população de 65 anos e mais - em relação à proporção

de crianças - no caso, a população de menos de 15 anos de idade.

O Brasil como um todo possui um índice de 16,97%. Índice que está em ascensão, visto

ter sido de 13,90%, em 1991. Quando se estabelecem comparações regionais, percebe-se

inicialmente que o índice está subindo em praticamente todas as regiões, o que reflete a

influência da continuada queda da fecundidade e, simultaneamente, do aumento consistente da

esperança média de vida (Tabela 14).

Tabela 14 - Proporção de População de menos de 15 anos e de 65 anos e mais e Relação Idoso/Criança, segundo as Grandes Regiões

1980-1996

Proporção de População (%) Relação

Grandes Regiões Menos de 15 anos 65 anos e mais Idoso/Criança (%)

1980 1991 1996 1980 1991 1996 1980 1991 1996

BRASIL 66,23 57,45 50,18 6,95 7,98 8,52 10,49 13,90 16,97

Norte 90,47 78,13 67,88 5,51 5,52 5,79 6,09 7,07 8,52

Nordeste 83,29 70,95 60,30 8,34 9,11 9,34 10,02 12,84 15,48

Sudeste 55,39 49,05 43,18 6,80 8,08 8,78 12,27 16,47 20,33

Sul 60,57 50,59 45,51 6,41 7,88 8,68 10,58 15,57 19,08

Centro-Oeste 71,04 57,41 49,85 4,51 5,31 5,84 6,35 9,26 11,71

Fonte : IBGE, Censos Demográficos de 1980 e 1991 e Contagem da População de 1996.

Os níveis mais elevados são encontrados nos estados pertencentes à Região Sudeste,

destacando-se o comportamento do Rio de Janeiro, com uma relação idoso/criança de 25,79%.

As estimativas atualmente disponíveis sugerem que esse índice deverá continuar crescendo no

Brasil, a partir, principalmente, da diminuição da proporção de população jovem.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

MigraçãoOs dados da Contagem da População revelam uma redução generalizada na migração em

todas as Grandes Regiões, na comparação da movimentação de 1986 para 1991 com amigração ocorrida de 91 para 96. Este fenômeno é particularmente relevante na Região Sul,onde os quase 510 mil emigrantes do período 1986-1991 reduziram-se a 287 mil, no períodoseguinte. O Estado do Paraná é o principal responsável por esta mudança de comportamento,revertendo a tendência observada desde o início dos anos 70 e passando a reter importantescontingentes populacionais que, anteriormente, dirigiam-se, especialmente, para as frentesagrícolas das Regiões Norte e Centro-Oeste (Gráfico 12).

A Região Nordeste é a que mais envia população para o Sudeste. Cerca de 836 mil pessoasque estavam no Nordeste, em 1991 já se encontravam no Sudeste cinco anos depois. Emcontrapartida, aumentou o fluxo de pessoas da Região Sudeste para o Nordeste, sugerindo ummovimento de retorno dos nordestinos para seus estados de origem. Mas, não obstante o ligeirodeclínio, a migração nordestina para as Regiões Norte e Centro-Oeste continua expressiva (cerca de380 mil pessoas), tendo durante a década de 90, se concentrado em áreas do Pará, Tocantins e nosentornos de Brasília e Goiânia (Gráfico 10).

As Tabelas 15 e 16 mostram a dimensão dos fluxos de entradas e saídas dos migrantes inter-regionais.

Tabela 15 - Migrantes por Região de Origem/Destino - 1986/1991

Região de Origem Região de Destino 1991

1986 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Total

Norte - 72 913 73 280 29 176 95 364 270 733

Nordeste 216 995 - 917 464 21 562 198 428 1 354 449

Sudeste 78 931 218 206 - 170 416 203 018 670 571

Sul 41 428 9 410 310 580 - 148 294 509 712

Centro-Oeste 71 162 36 304 125 607 64 110 - 297 183

TOTAL 408 516 336 833 1 426 931 285 264 645 104 3 102 648

Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 1991.

Gráfico 7Entradas de Migrantes nas Grandes Regiões

1986 - 1991

Norte13%

Nordeste11%

Sudeste46%

Sul9%

Centro-Oeste21%

Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 1991.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Tabela 16 - Migrantes por Região de Origem/Destino - 1991/1996

Região de OrigemRegião de Destino 1996

1991Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Total

Norte - 60 965 78 955 22 978 86 628 249 526

Nordeste 182 999 - 835 562 24 914 194 097 1 237 572

Sudeste 54 995 262 331 - 156 372 153 307 627 005

Sul 20 799 17 592 176 532 - 71 852 286 775

Centro-Oeste 60 059 43 403 128 850 50 454 - 282 766

TOTAL 318 852 384 291 1 219 899 254 718 505 884 2 683 644

Fonte: IBGE, Contagem da População de 1996.

Gráfico 8

1991-1996Entradas de Migrantes nas Grandes Regiões

Norte12%

Nordeste14%

Sudeste46%

Sul9%

Centro-Oeste19%

Fonte: IBGE, Contagem da População de 1996.

A Região Sudeste permanece como o maior pólo de atração de fluxos migratórios oriundos de

outras regiões do País. Desde a década de 80, porém, estes contingentes vêm se reduzindo. Entre

1986 e 1991 esta região recebeu 1 427 mil pessoas de outras partes; entre 1991 e 1996 este número

caiu para 1 220 mil. A população nordestina contribui com o maior volume deste fluxo e nos anos 90,

embora a redução dos fluxos tenha sido generalizada, coube a maior proporção de redução àqueles

provenientes da Região Sul. O Estado de São Paulo manteve-se como o principal receptor de

correntes migratórias provenientes das diversas regiões do País. Por outro lado, embora apresentando

um saldo migratório positivo, o estado vem se caracterizando, na Região Sudeste, por ser o que mais

registra o movimento de migração de retorno, especialmente para o Nordeste (Gráfico 11).

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

As Regiões Norte e Centro-Oeste, que apresentam as mais elevadas taxas de crescimentodemográfico há várias décadas, têm parte significativa de seus respectivos crescimentos explicadapela presença de correntes migratórias inter-regionais. A tendência à redução do deslocamento demigrantes para essas regiões já era observada na década de 80, tendo continuado nos anos 90. Osestados de Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são atualmente os que mais sentem osreflexos da redução destas correntes migratórias, enquanto Tocantins, Pará, Amapá e Goiás, nadécada de 90, assumem papel de receptores de população migrante para algumas de suas áreas emprocesso de expansão demográfica e econômica (Gráficos 9 e 13).

.

1991-1996

Gráfico 9Saídas da Região Norte, segundo as Regiões de Destino

1986-1991 e 1991-1996

0

10 000

20 000

30 000

40 000

50 000

60 000

70 000

80 000

90 000

100 000

Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

N d

e P

esso

aso

1986-1991

Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 1991 e Contagem da População de 1996.

Norte0

100 000

200 000

300 000

400 000

500 000

600 000

700 000

800 000

900 000

1 000 000

Sudeste

1986-1991 1991-1996

Gráfico 10Saídas da Região Nordeste, segundo as Regiões de Destino

1986-1991 e 1991-1996

N d

e P

esso

aso

Sul Centro-Oeste

Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 1991 e Contagem da População de 1996.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Norte0

50 000

100 000

150 000

200 000

250 000

300 000

Nordeste Sul Centro-Oeste

1991-1996

Gráfico 11Saídas da Região Sudeste, segundo as Regiões de Destino.

1986-1991 e 1991-1996N

de

Pes

soas

o

1986-1991Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 1991 e Contagem da População de 1996.

N d

e P

esso

aso

Norte Nordeste Sudeste Centro-Oeste0

50 000

100 000

150 000

200 000

250 000

300 000

350 000

Gráfico 12Saidas da Região Sul, segundo as Regiões de Destino

1986-1991 e 1991-1996

1986-1991 1991-1996

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1991 e Contagem da População de 1996.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

N d

e P

esso

aso

Norte Nordeste Sudeste Sul 0

20 000

40 000

60 000

80 000

100 000

120 000

140 000

Gráfico 13Saídas da Região Centro-Oeste, segundo as Regiões de Destino

1986-1991 e 1991-1996

1986-1991 1991-1996

Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 1991 e Contagem da População de 1996.

Em linhas gerais, os resultados de 1996 revelam o aprofundamento de algumas tendências

observadas na década passada e o surgimento de novos padrões localizados de distribuição espacial

da população. O processo de redução da intensidade das migrações inter-regionais teve

prosseguimento na década de 90. Embora os principais fluxos de origem/destino não tenham

substancialmente se alterado seu impacto e relevância demográfica são atualmente menos

importantes do que eram nas décadas anteriores.

Por outro lado, a mobilidade intra-regional e, sobretudo, a dinâmica migratória dentro de

algumas Unidades da Federação vêm se consolidando como um fenômeno expressivo em diversos

espaços regionais, favorecendo o crescimento de pólos municipais ou sub-regionais de atração. A

redução do ritmo de crescimento demográfico em todo o País, fruto do intenso e generalizado declínio

da fecundidade, obriga a formulação de novas hipóteses sobre a contribuição da componente

migratória para a taxa de crescimento. Assim, por exemplo, municípios que estejam crescendo a uma

taxa em torno de 3,00% ao ano, provavelmente terão metade deste crescimento determinado por

contingentes migratórios.

Neste contexto, é interessante ressaltar a situação da Região Nordeste. Os dados de 1996 revelam

que esta região passou a apresentar a mais baixa taxa de crescimento do País. Em parte, este

comportamento reflete a aceleração na queda da fecundidade local que se observa desde meados da

década de 80 e, mais intensamente, nos primeiros anos da década de 90, fazendo com que o crescimento

vegetativo regional tenda a ser ainda mais baixo do que se previa anteriormente. Associado ao baixo

crescimento natural, o saldo migratório negativo da região, que ainda é alto, contribuiu para reduzir sua taxa

de crescimento aos valores observados na contagem de 1996. Em sentido oposto (as migrações elevando

as taxas de crescimento por gerarem saldo positivo), podem ser citadas as Regiões Norte e Centro-Oeste,

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

com destaque para esta última, onde a taxa de fecundidade já se encontra em patamares bastante baixos

e, por conseguinte, o crescimento vegetativo é menos intenso.

A Contagem da População de 1996 pesquisou todas as pessoas maiores de 4 anos de idade

que residiam no município de residência atual em 01/09/91. Para aquelas pessoas que residiam em

outro município, investigou-se a Unidade da Federação de residência naquela data.

No presente texto, a questão migratória foi analisada sob a ótica dos chamados saldos e fluxos

diretos, ou seja, aqueles deduzidos da informação diretamente prestada pela pessoa recenseada,

tendo como referência o período compreendido entre 01/09/91 e 01/08/96. Os fluxos calculados são o

resultado final do deslocamento das pessoas da Unidade da Federação de residência anterior para a

de residência atual (onde as pessoas foram recenseadas em 1996). Portanto, não foram

consideradas, para estes cálculos, as pessoas que em 01/08/96 residiam em município diferente

daquele onde foram entrevistadas, porém na mesma Unidade da Federação.

EducaçãoA contagem populacional de 1996 confirma que a população brasileira continua aumentando

paulatinamente sua educação, sem ainda atingir, no entanto, os níveis considerados adequados parao exercício pleno da cidadania e produtividade em uma sociedade moderna.

Escolarização

A escolarização das crianças de 7 a 14 anos, correspondente ao primeiro grau eobrigatória por lei, é da ordem de 90% em todo o País, com algumas variações significativaspor sexo e região (Tabela 17). Apesar de ser uma proporção muito expressiva, ainda existemcerca de 2,7 milhões de crianças nesta faixa etária fora das escolas. De uma maneira geral,as mulheres são mais escolarizadas hoje no Brasil do que os homens, e a Região Sulapresenta os níveis de escolaridade mais altos, em um patamar acima de 96% para o grupode 7 a 9 anos, em contraste com 86% para a Região Nordeste.

Nos últimos anos tem havido uma grande expansão da escolaridade de crianças de 4 a 6anos de idade, que já atinge 55,4% da população. O crescimento da pré-escola está associado,em parte, à presença cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho, que necessitam, poristo, enviar as crianças mais cedo à escola. Mas a pré-escola facilita, também, o processo dealfabetização, e o melhor aproveitamento escolar no primeiro grau. Chama a atenção a altaescolaridade desta faixa etária na Região Nordeste, de 58,6%, só comparável à do Sudeste, de58,8%, o que pode ser explicado, em parte, pela existência de programas socioeducativosinfantis de tipo compensatório na região.

Um dos principais resultados da contagem populacional na área educativa é a velocidadeem que está aumentando a escolarização dos jovens entre 15 e 17 anos de idade. De 1980 a1991 a escolarização deste grupo passou de 48,8% a 55,3%, uma expansão de 6,5%; em 11anos; em 1996 a escolarização deste grupo já havia atingido 66,8%, um aumento de 11,5pontos percentuais em cinco anos. Este dado mostra que o sistema educacional brasileirocontinua expandindo sua cobertura e retendo os jovens na escola por mais tempo, expansãoesta que terá impacto, nos próximos anos, na educação de terceiro grau. Hoje, somente 25,8%dos jovens entre 18 e 24 anos de idade freqüentam escola, e não necessariamente no nível quelhes corresponderia pela idade, que seria o nível superior. O fato de que a escolarização dejovens nesta faixa seja maior no Nordeste (25,7%) do que no Sul (23,1%) reflete o fato de que adefasagem escolar na Região Nordeste é muito maior do que no Sul, e não significa, por isto,que a escolarização deste grupo de idade no Nordeste seja maior.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Tabela 17 - Taxas de Escolarização das Pessoas de 4 a 25 Anos de Idade por Sexo,segundo Grandes Regiões e os Grupos de Idade - 1996

Grandes Regiõese

Taxas de Escolarização (%)

Grupos de Idade Total Homens Mulheres

BRASIL

4 a 6 anos 55,4 54,6 56,3

7 a 9 anos 91,4 90,7 92,1

10 a 14 anos 89,5 88,9 90,1

15 a 17 anos 66,8 65,5 68,0

18 a 24 anos 25,8 24,7 26,8

Norte

4 a 6 anos 47,8 46,7 48,8

7 a 9 anos 84,4 83,5 85,3

10 a 14 anos 85,2 84,6 85,8

15 a 17 anos 63,6 63,2 64,0

18 a 24 anos 27,3 25,9 28,7

Nordeste

4 a 6 anos 58,6 57,2 60,1

7 a 9 anos 86,0 84,6 87,5

10 a 14 anos 86,0 84,4 87,5

15 a 17 anos 64,2 62,3 66,0

18 a 24 anos 25,7 23,8 27,5

Sudeste

4 a 6 anos 58,8 58,4 59,2

7 a 9 anos 95,5 95,2 95,8

10 a 14 anos 92,5 92,4 92,6

15 a 17 anos 70,4 69,2 71,5

18 a 24 anos 26,3 25,9 26,8

Sul

4 a 6 anos 46,7 46,2 47,2

7 a 9 anos 96,3 96,0 96,5

10 a 14 anos 91,1 91,4 90,7

15 a 17 anos 63,5 62,9 64,0

18 a 24 anos 23,1 22,2 23,9

Centro-Oeste

4 a 6 anos 50,4 49,7 51,2

7 a 9 anos 93,6 93,1 94,1

10 a 14 anos 91,4 91,1 91,7

15 a 17 anos 68,3 67,2 69,5

18 a 24 anos 26,5 25,0 27,9

Fonte: IBGE, Contagem da População de 1996.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Defasagem

Uma criança está defasada em sua educação se ela não freqüenta a série que corresponderiaa sua idade cronológica, ou seja, a primeira série do primeiro grau para os 7 anos, a segunda sériepara os 8 anos, e assim sucessivamente. A proporção de crianças em um grupo dado que seencontram fora das suas séries esperadas nos dá um índice de defasagem, que permite examinar ograu de ineficiência e atraso do sistema educacional (este índice se refere somente às crianças emescolas).

No Brasil, os índices de defasagem já começam altos aos 7 anos de idade, com cerca de 14%das crianças desta idade ainda em pré-escolas. A defasagem aumenta progressivamente com aidade, chegando a quase noventa por cento para os jovens de 18 anos de idade. As comparaçõesentre região, por um lado, e sexo, por outro, mostram diferenças muito significativas. No Nordeste,quase um terço das crianças de 7 anos matriculadas estão no pré-escolar (a retenção de crianças nopré-escolar em Pernambuco, por exemplo, é de 40% aos 7 anos de idade, e aos 8 anos 22% dascrianças ainda continuam na pré-escola), enquanto que no outro extremo, na Região Sul, a proporçãoé só de 1,4%. Em relação às diferenças de gênero, estes dados confirmam não só que as mulherestêm maior escolarização do que os homens, mas que seu nível de escolaridade é mais alto. Assim, jáa partir dos 8 anos de idade, as mulheres apresentam menos 8 pontos percentuais de defasagem doque os homens, diferenciais que crescem na faixa etária de 12 a 13 anos, sobretudo nas regiõesdesenvolvidas do Sul e do Sudeste.

Tabela 18 - Índice de Defasagem entre a Idade Pontual e a Série Escolar Correspondente às Pessoas de 7 a 18 Anosde Idade que Freqüentam Escola, por Sexo, segundo as Grandes Regiões - 1996

GrandesÍndice de Defasagem (%)

Regiões 7Anos

8Anos

9Anos

10Anos

11Anos

12Anos

13Anos

14Anos

15Anos

16 Anos

17Anos

18Anos

HOMENS

BRASIL 14,7 40,9 52,3 60,6 65,5 70,9 74,8 77,6 79,8 81,4 82,8 89,8

Norte 18,3 59,6 70,3 77,4 81,9 85,7 88,0 89,3 90,6 91,1 92,0 95,7

Nordeste 28,3 63,3 73,1 79,4 83,4 85,0 87,7 89,2 90,1 90,8 91,4 94,7

Sudeste 10,0 27,5 40,3 50,1 55,2 62,4 67,1 70,8 74,1 76,0 77,9 87,3

Sul 1,8 23,2 32,7 40,8 46,9 56,4 61,8 65,7 67,8 70,6 72,9 83,2

Centro-Oeste 7,7 36,4 48,5 57,7 63,4 71,1 76,0 79,3 81,3 82,7 84,0 89,6

MULHERES

BRASIL 13,0 35,5 45,2 52,9 57,9 62,4 65,8 68,5 71,4 73,2 75,3 86,4

Norte 16,7 52,6 63,3 70,9 75,7 80,2 82,8 84,4 85,8 87,1 88,1 94,4

Nordeste 24,4 55,6 65,5 72,7 77,5 80,2 83,0 84,5 85,8 86,6 87,8 93,8

Sudeste 8,9 23,2 32,8 41,2 45,9 51,3 55,1 58,9 63,3 65,2 68,0 82,3

Sul 1,4 18,7 26,2 32,6 37,6 43,7 48,2 51,2 54,5 58,0 61,6 77,7

Centro-Oeste 6,4 29,8 40,1 48,5 54,1 61,1 66,1 69,5 72,5 74,8 77,3 85,8

Fonte: IBGE, Contagem da População de 1996.

Uma outra maneira de examinar a eficiência do sistema educacional é comparar as médias deanos de estudo concluídas com aprovação pelas pessoas nas diferentes faixas de idade. Aos 10 anos,que corresponderia ao antigo curso primário de 4 anos, os alunos estão em média na segunda série. Aos14 anos, quando seria de se esperar que todos tivessem completado os 8 anos de escolaridade do

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

primeiro grau, a media brasileira, para as pessoas que estão matriculadas, é de cerca de 5 anos. Osanos de escolaridade dos matriculados continuam aumentando paulatinamente, chegando próximo a7 para a faixa dos 18 anos, mas a esta altura, como mostra o Tabela 19, um grande número deestudantes já abandonou a escola, com escolaridade insuficiente. As diferenças observadas entre asregiões e entre homens e mulheres são semelhantes às anteriores.

Tabela 19 - Médias Ponderadas de Anos de Estudo Concluídos com Aprovação, pelas Pessoas 7 a 19 Anos de Idade que Freqüentam Escola, por Sexo, segundo as Grandes Regiões - 1996

GrandesMédias Ponderadas

Regiões 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19Anos Anos Anos Anos Anos Anos Anos Anos Anos Anos Anos Anos Anos

HOMENS

BRASIL 0,22 0,76 1,38 1,98 2,62 3,26 3,92 4,58 5,27 5,98 6,68 6,90 7,04

Norte 0,20 0,54 1,00 1,47 1,99 2,51 3,09 3,69 4,33 5,05 5,79 6,23 6,58

Nordeste 0,18 0,52 0,94 1,38 1,84 2,33 2,86 3,43 4,04 4,68 5,38 5,77 6,07

Sudeste 0,20 0,86 1,60 2,31 3,06 3,79 4,51 5,23 5,94 6,70 7,40 7,57 5,66

Sul 0,32 1,00 1,78 2,54 3,32 4,05 4,79 5,53 6,33 7,13 7,76 7,93 8,00

Centro-Oeste 0,25 0,81 1,47 2,13 2,80 3,45 4,11 4,76 5,45 6,19 6,85 7,07 7,21

MULHERES

BRASIL 0,25 0,84 1,52 2,19 2,90 3,63 4,36 5,11 5,84 6,60 7,28 7,37 7,41

Norte 0,23 0,64 1,17 1,71 2,32 2,92 3,59 4,26 4,98 5,69 6,45 6,80 7,04

Nordeste 0,22 0,62 1,13 1,64 2,20 2,80 3,43 4,10 4,78 5,47 6,16 6,46 6,69

Sudeste 0,22 0,93 1,72 2,50 3,31 4,12 4,92 5,71 6,45 7,26 7,94 7,98 7,95

Sul 0,35 1,09 1,91 2,73 3,56 4,38 5,20 6,04 6,85 7,67 8,26 8,32 8,25

Centro-Oeste 0,29 0,92 1,64 2,36 3,11 3,83 4,55 5,29 6,01 6,75 7,38 7,52 7,60

Fonte: IBGE, Contagem da População de 1996.

A Escolaridade da População Brasileira

A melhoria progressiva da educação da população brasileira pode ser vista com clareza pelaredução progressiva do número de pessoas sem instrução ou com menos de um ano deescolaridade, que cai de 40,99% para a população acima de 60 anos a 10,11% para a população de10 a 14 anos de idade (Gráfico 14).

Gráfico 14Proporção de Pessoas de 10 Anos de Idade e Mais,

sem Instrução e Menos de 1 Ano de Estudo 1996

0

10

20

30

40

50

60

70

10 a 14Anos

15 a 19Anos

20 a 24Anos

25 a 29Anos

30 a 39Anos

40 a 49Anos

50 a 59Anos

60 Anose Mais

Grupos de Idade

Total Urbano Rural

%

Fonte: IBGE, Contagem da População de 1996.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

O nível educacional da população varia de maneira muito significativa conforme a região

e a situação rural ou urbana das pessoas. Assim, enquanto que no Sul e no Sudeste

aproximadamente 25% dos jovens de 15 a 19 tinham entre 9 e 11 anos de estudo completos,

no Norte e Nordeste esta proporção é de apenas 11% (Gráfico 15). É o Nordeste que

concentra a maior proporção de jovens menos instruídos na faixa de 20 a 24 anos : 47,5%

possuem até 4 anos de estudo, e apenas 3,2% alcançam 12 anos ou mais de escolaridade.

Embora as Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentem perfis de escolaridade mais

adequados, ainda é baixa a proporção dos jovens entre 20 e 24 anos com o segundo grau

completo (27,1%, 28,9% e 26,6%, respectivamente) (Gráfico 16). As diferenças entre o setor

urbano e o rural são muito significativas. Nas áreas urbanas, 34,2% das pessoas de 10 anos

e mais possuem escolaridade equivalente ao primeiro grau completo ou mais, número que cai

para 8,1% nas áreas rurais. Este dado deve ser visto na perspectiva de que a percentagem da

população brasileira que vive na área rural vem caindo rapidamente, passando de 24,4% em

1991 para 21,6% em 1996. Como o sistema educacional nas regiões urbanas é melhor, esta

transição demográfica deve contribuir positivamente para a melhoria da educação da

população brasileira nos próximos anos, em relação sobretudo à população mais jovem.

Tabela 20 - Proporção de Pessoas de 10 Anos ou Mais de Idade, por Classes de Anos deEstudo, segundo os Grupos de Idade - 1996

Classes de Anos de Estudo (%)

Grupos de Idade Sem Instrução eMenos de 1 Ano

1 a 3Anos

4Anos

5 a 7Anos

8Anos

9 a 11Anos

12 Anose Mais

NãoDeterminados

TOTAL 13,61 21,55 16,84 18,32 8,25 14,68 5,88 0,87

10 a 14 Anos 10,11 42,99 18,66 26,37 0,85 0,07 0 0,96

15 a 19 Anos 5,36 16,29 12,75 32,15 12,46 19,20 0,76 1,03

20 a 24 Anos 5,75 14,37 13,05 22,73 10,80 25,70 6,81 0,79

25 a 29 Anos 7,03 14,86 14,80 19,87 11,18 23,10 8,44 0,71

30 a 39 Anos 9,10 16,61 17,59 15,39 10,29 19,87 10,08 1,08

40 a 49 Anos 15,46 20,61 19,85 11,20 8,72 13,51 10,04 0,60

50 a 59 Anos 25,53 24,17 20,59 8,00 6,32 8,34 6,53 0,51

60 Anos ou Mais 40,99 22,01 17,81 5,84 4,35 5,10 3,41 0,47

Idade Ignorada 22,81 20,08 11,14 11,36 5,27 8,50 3,02 17,83

Fonte: IBGE, Contagem da População de 1996.

CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996

Gráfico 15Proporção de Pessoas de 15 a 19 Anos de Idade, por Anos de Estudo Completos,

segundo as Grandes Regiões 1996

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

SemInstrução

1 a 3 4 5 a 7 8 9 a 11 12 e Mais

Anos de Estudo

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Pro

po

rção

(em

%)

Fonte: IBGE, Contagem da População de 1996.

Anos de Estudo

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Pro

po

rção

(em

%)

Gráfico 16Proporção de Pessoas de 20 a 24 anos de Idade por Anos de Estudo Completos,

segundo as Grandes Regiões 1996

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

SemInstrução

1 a 3 4 5 a 7 8 9 a 11 12 e Mais

Fonte: IBGE, Contagem da População de 1996.

Cartogramas

BrasilDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

km

Hab/km2

0 200 400

0,1 a 2,0

2,0 a 5,0

5,0 a 25,0

25,0 a 50,0

50,0 a 100,0

1 000,0 a 12 409,2

100,0 a 1 000,0

RondôniaDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

0,9 a 2,0

2,0 a 5,0

5,0 a 25,0

25,0 a 29,5

0 50 100

AcreDensidade demográfica

1996

2,0 a 5,0

5,0 a 23,0

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

0,3 a 2,0

km

0 20 40

AmazonasDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

0,1 a 2,0

2,0 a 5,0

5,0 a 25,0

101,00 100 200

RoraimaDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

0

Hab/km2

0,2 a 2,0

2,0 a 3,7

0 20 40

Hab/km2

km

ParáDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

0,2 a 2,0

2,0 a 5,0

5,0 a 25,0

25,0 a 50,0

50,0 a 250,0

250,0 a 1 982,9

0 50 100

Hab/km2

km

AmapáDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

0,3 a 1,6

33,0 a 43,4

0 20 40

TocantinsDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

0,3 a 2,0

2,0 a 5,0

5,0 a 25,0

25,0 a 50,0

50,0 a 92,5

0 50

MaranhãoDensidade demográfica

1996

km

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

0,9 a 2,0

2,0 a 5,0

5,0 a 25,0

25,0 a 100,0

100,0 a 500,0

938,5

0 50

PiauíDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

0,9 a 2,0

2,0 a 5,0

5,0 a 25,0

25,0 a 100,0

100,0 a 363,3

0 20 40

CearáDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.40

Hab/km2

5,6 a 25,0

25,0 a 50,0

50,0 a 100,0

100,0 a 500,0

500,0 a 6 263,6

0

km

20

Rio Grande do NorteDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

4,3 a 25,0

25,0 a 50,0

50,0 a 100,0

100,0 a 250,0

250,0 a 3 861,3

0 20 40

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

ParaíbaDensidade demográfica

1996

6,0 a 25,0

25,0 a 50,0

50,0 a 100,0

100,0 a 500,0

500,0 a 3 006,00 20 40

Hab/km2

km

PernambucoDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

6,1 a 25,0

25,0 a 50,0

50,0 a 100,0

100,0 a 500,0

500,0 a 9 194,2

0 20 40

Fernando de Noronha

Hab/km2

AlagoasDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

km

0 10 20

18,4 a 25,0

25,0 a 50,0

50,0 a 100,0

100,0 a 250,0

250,0 a 1 409,8

SergipeDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

15,4 a 25,0

25,0 a 50,0

50,0 a 100,0

100,0 a 500,0

500,0 a 2 352,7

0 10 20

BahiaDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

100500

1,0 a 5,0

5,0 a 25,0

50,0 a 100,0

100,0 a 500,0

500,0 a 3 114,8

25,0 a 50,0

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

Minas GeraisDensidade demográfica

1996

100500

1,4 a 5,0

5,0 a 25,0

25,0 a 100,0

100,0 a 500,0

500,0 a 6 299,5

Espírito SantoDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

20

9,6 a 25,0

25,0 a 50,0

50,0 a 100,0

100,0 a 500,0

500,0 a 2 987,3

0 10

km

Rio de JaneiroDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

13,3 a 25,0

25,0 a 50,0

50,0 a 100,0

1 000,0 a 12 409,2

500,0 a 1 000,0

100,0 a 500,0

0 20 40

São PauloDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

4,0 a 25,0

25,0 a 50,0

50,0 a 100,0

100,0 a 500,0

500,0 a 1 000,0

1 000,0 a 10 423,10 20 40

Hab/km2

km

ParanáDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

13,3 a 25

25,0 a 50,0

50,0 a 100,0

100,0 a 500,0

500,0 a 1 000,0

1 000,0 a 12 409,20 20 40

Santa CatarinaDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

3,7 a 25,0

25,0 a 50,0

50,0 a 250,0

250,0 a 500,0

500,0 a 1 254,1

0 20 40

Rio Grande do SulDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

2,6 a 25,0

25,0 a 50,0

50,0 a 100,0

100,0 a 500,0

500,0 a 1 000,0

1 000,0 a 2 686,9

0 50 100

Mato Grosso do SulDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

0,6 a 2,02,0 a 5,0

5,0 a 25,0

25,0 a 73,9

0 50

Mato GrossoDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

0,1 a 2,0

2,0 a 5,0

5,0 a 25,0

25,0 a 50,0

100,0 a 213,8100500

Goiás e Distrito FederalDensidade demográfica

1996

Fonte: IBGE, Contagem da População 1996.

Hab/km2

km

1,2 a 2,0

2,0 a 5,0

5,0 a 25,0

100,0 a 500,0

500,0 a 1 271,5

25,0 a 100,01000 50