organização administrativa de cooperativas e associações 8

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rasil – Associativismo e Cooperativismo Organização administrativa de cooperativas e associações Adriana Ventola Marra Aula 8

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Organização administrativa de cooperativas e associações

Adriana Ventola Marra

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Meta

Apresentar a estrutura organizacional e o processo

de tomada de decisão em uma cooperativa e em uma

associação.

Objetivos

Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:

1. diferenciar a estrutura organizacional das

associações da estrutura organizacional de uma

sociedade empresária;

2. identificar a assembléia geral de cooperativas e

associações e suas modalidades;

3. reconhecer o funcionamento dos demais órgãos

obrigatórios das cooperativas e das associações.

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137Estrutura organizacional

Você já viu que as cooperativas e associações são autogestionárias. Por meio da

definição de autogestão, verificamos que a administração dessas organizações é

realizada por todos os seus membros, ou seja, os associados participam de todas

as decisões em igualdade de condições. Vimos, também, que elas são sociedades

de pessoas, isto é, o que é mais importante é a figura do associado e não o capital

que ele possui na sociedade.

Agora ficou fácil!

A administração de uma cooperativa ou associação é de total responsabilidade de

seus associados. Eles são os “manda-chuvas”. Só que para viabilizar esse processo é

necessária uma estrutura onde as atividades são divididas, organizadas e coordenadas,

ou seja, uma ESTRUTURA ORGANIZACIONAL.

Para se estabelecer a estrutura organizacional de qualquer empresa, é necessário:

• definir qual o principal objetivo dessa organização;

• determinar as atividades que serão atribuídas a cada pessoa ou grupo de pessoas;

• definir responsabilidades, isto é, as obrigações das pessoas na realização de tarefas;

• estabelecer até onde cada um tem autoridade em função de sua responsa-

bilidade.

Quem comanda e decide os rumos de uma cooperativa

ou associação?

Quem toma as decisões nestas organizações?

Vamos pensar um pouco!

ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL

Composição de toda empresa ou organização

que é dividida em órgãos ou departamentos

posicionados hierarquicamente. Cada

órgão e cada departamento têm uma

responsabilidade específica.

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139Com todos esses passos, é possível determinar a estrutura organizacional de uma

entidade.

Deve fi car claro que é na estrutura organizacional que conseguimos visualizar a

autoridade e as responsabilidades das pessoas, como indivíduos e como integrantes

de grupos dentro das empresas. A estrutura organizacional é representada por um

gráfi co, denominado ORGANOGRAMA.

Um exemplo de organograma de uma empresa comercial é representado inicialmente

pela fi gura de seu Diretor-Presidente, seguida de seus gerentes e funcionários, como

mostra a Figura 8.1.

ORGANOGRAMA

Gráfi co que representa a estrutura formal da empresa, ou seja, a disposição e a hierarquia dos órgãos.dos órgãos.

É importante ressaltar que o organograma varia de empresa para empresa em

função de suas atividades e de sua estrutura hierárquica. Embora essa hierarquia

possa variar um pouco na empresa comercial ou sociedade empresária, as decisões

são tomadas pela fi gura de seu presidente e diretores.

No caso específi co de uma cooperativa ou associação, a Assembléia Geral é o

seu principal órgão, aquele que bate o martelo na hora das decisões. A estrutura

organizacional dessas organizações é formada basicamente pela Assembléia

Geral, pelo Conselho de Administração e pelo Conselho Fiscal, que têm funções

e atribuições especifi cadas no Estatuto Social. Esses órgãos são compostos por

associados eleitos ou por todos os membros de forma democrática.

Figura 8.1: Organograma de uma empresa comercial.

Presidência

Vice-presidência

Diretoria de Recursos Humanos

Diretoria de Marketing

Diretoria de Produção

Diretoria Financeira

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139Essa forma de tomar as decisões garante a autogestão e o processo participativo,

pois são todos os integrantes da organização que decidem e defi nem o plano de

atividades. Eles decidem quem vai administrar e em que período. Agora veja a

Figura 8.2 que representa o organograma de uma cooperativa:

Figura 8.2: Organograma de uma cooperativa.

Cabe destacar que os órgãos, representados na Figura 8.2, só podem ser

compostos por associados eleitos. Contudo, essas organizações normalmente têm

outros órgãos (por exemplo: uma gerência de produção na área produtiva ou uma

assistência técnica, para assessorar os cooperados). Esses últimos visam atender

às necessidades produtivas da organização e, de acordo com suas necessidades,

outras pessoas poderão ser contratadas. Essas pessoas serão funcionárias da

entidade. Esses funcionários são trabalhadores com carteira assinada, que

recebem salário e têm todos os seus direitos trabalhistas assegurados. Em

algumas associações e cooperativas também temos a fi gura do voluntário, aquele

que vai trabalhar por vontade própria, normalmente envolvido em ações sociais,

mas que não possui nenhum vínculo empregatício.

Temos, como exemplo, o organograma da Cotrisul, Cooperativa Triticola

Caçapavana (Figura 8.3), que é uma cooperativa de grãos no Rio Grande do Sul.

Veja mais detalhes no site www.redeagro.com.br/cooper/Organ.htm .

Figura 8.2: Organograma de uma cooperativa.

Assembléia Geral

Conselho de Ética Conselho Fiscal

Diretoria

Diretor Vice-presidente

DiretorDiretor

Secretário

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Assembléia Geral

Auditoria ConselhoFiscal

Conselho de Administração

Diretoria Executiva

Comercial Administrativo Produção Técnico

Compra vendaPRCD. a Gric. e Indust

Insulm CISBens de Fornec. e Consumo

Financeiro Estoque Cooperativa Assistência Técnica

Beneficiamento de Sementes

Organização e Fechamento do quadro Social

Estoque Associados

Unidades

Expedição

Beneficiamento

Manutenção e Conservação

Caixas Matriz e Unidades

Conta Corrente Associado

Contas a Pagar/Receber

Contabilidade

Escrita Fiscal

Capital Associado

Controles Diversos

Recursos Humanos

Departamento de Pessoal

Secretaria

CPD

Limpeza

Figura 8.3: Organograma em uma cooperativa.

Atende ao Objetivo 1Atividade 1

Quais as principais diferenças entre a estrutura organizacional de uma associação

ou uma cooperativa e a estrutura de uma sociedade empresária?

O termo sociedade empresária foi mantido, pois esta é a denominação jurídica

correta e esse termo foi devidamente explicado na Aula 3.

Jurídico

Estrutura organizacional desejada cooperativa tritícola caçapavana Ltda.

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Assembléia Geral: o coração das organizações associativas

A Assembléia Geral, ou seja, a reunião de todos os membros (Figura 8.4), é o

órgão máximo das cooperativas e associações. É nela que são tomadas as principais

decisões dessas organizações. É evidente que as decisões devem seguir o que manda

a legislação do país e o que está escrito nos estatutos. Desta forma, a assembléia

pode deliberar sobre todo e qualquer assunto de interesse dos associados.

Fonte: www.sxc.hu

Figura 8.4: Assembléia Geral.

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143Fazem parte da Assembléia Geral todos os membros associados. Utilizando

procedimentos democráticos, todos os membros têm direito a debater, colocar

propostas e votar sobre quaisquer questões que os mesmos julgarem relevantes.

As decisões tomadas pela assembléia devem ser acatadas por todos, mesmo os que

discordaram ou que estavam ausentes. Este é o princípio da gestão democrática.

Existem dois tipos de assembléias: a ordinária e a extraordinária. Vejamos cada

uma delas:

• Ordinária quer dizer comum; logo, uma assembléia é ordinária quando ela

já está programada para acontecer e vão ser tratados assuntos de origem

obrigatória. Elas acontecem sempre uma vez ao ano, no primeiro trimestre

(até 31 de março), após o término do EXERCÍCIO SOCIAL do ano anterior.

Nessas assembléias, a administração apresenta os relatórios sobre a sua gestão

no ano anterior, bem como o BALANÇO PATRIMONIAL e o demonstrativo das

sobras ou perdas apuradas no período.

• São consideradas Extraordinárias as Assembléias Gerais aqueles que não têm

um período predeterminado para ocorrer. Podem ser realizadas sempre que os

associados e a administração julgarem necessário. Durante uma Assembléia

Extraordinária, pode-se resolver quaisquer assuntos de interesse dos membros.

Neste tipo de assembléia, são decididos os seguintes aspectos: reforma do

estatuto, FUSÃO, INCORPORAÇÃO ou desmembramento (dividir os negócios

da entidade), mudanças na organização, o fim da organização, entre outros

assuntos.

Resumindo, as principais atribuições da Assembléia Geral são as seguintes:

• dar posse aos membros eleitos da Diretoria;

• cassar os cargos, ou seja, impedir que os membros eleitos continuem exercendo

seus cargos, se necessário;

• aprovar normas e o planejamento geral da organização;

• criar comissões para estudos e atividades especiais;

• aprovar a admissão de novos associados;

• aprovar as contas da administração;

• alterar ou reformar o Estatuto e indicar os locais das reuniões da assembléia.

EXERCÍCIO SOCIAL

Período de tempo correspondente a um ano, ou seja, o período de 01/01 a 31/12.

BALANÇO

PATRIMONIAL

Relatório contábil onde são demonstrados os bens, os direitos e as obrigações da entidade, avaliados em moeda, referentes a determinado exercício social.

FUSÃO

Neste caso, trata-se da reunião de duas ou mais organizações, que terminam sua existência, formando uma nova, sob denominação diferente.

INCORPORAÇÃO

Reunião de duas ou mais organizações, onde apenas uma se extingue, passando a existir sob a denominação da primeira.

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Atende ao Objetivo 2Atividade 2

Responda:

a. Qual o órgão de maior poder em uma associação e em uma cooperativa?

b. Cite as diferenças entre as Assembléias Ordinária e Extraordinária.

Outros órgãos importantes

Além da Assembléia Geral, existem dois outros órgãos obrigatórios para a

existência de uma cooperativa e uma associação: o Conselho de Administração

e o Conselho Fiscal. Pode existir também o Conselho de Ética, mas é um órgão

facultativo, ou seja, não é obrigatório. Vejamos cada um deles:

Conselho de Administração e Diretoria

O Conselho de Administração e a Diretoria são responsáveis pelo gerenciamento

da organização (Figura 8.5). Eles coordenam todas as atividades necessárias para

o alcance dos objetivos organizacionais. Para tanto, suas principais atividades

são: a administração financeira, a negociação de contratos, a divulgação de seus

produtos e/ou serviços, a compra de matérias-primas, as negociações de venda

de produtos e/ou serviços, entre outras. Ressalte-se que essas atividades devem

estar previstas no Estatuto Social da organização, pois o que não é previsto em

Estatuto deverá ser decidido em Assembléia Geral.

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Só os membros eleitos pela Assembléia Geral, dentre os associados/cooperados,

podem fazer parte do Conselho de Administração e Diretoria. Eles não podem

possuir um MANDATO superior a quatro anos e com renovação obrigatória de

no mínimo 1/3 (um terço) dos membros por eleição após esse período, o que

quer dizer que, a cada nova eleição, apenas 2/3 podem se candidatar novamente

aos cargos.

Para entendermos melhor este assunto, vejamos um exemplo:

Em uma determinada associação, dois grupos de seis pessoas candidatam-se,

formando chapas, para a administração da mesma. Cada grupo; portanto, é

uma possibilidade de Diretoria. Depois que cada grupo expõe suas idéias aos

associados, é realizada uma eleição em uma Assembléia Geral Extraordinária.

O grupo eleito poderá administrar a associação por no máximo quatro anos.

Após este período, deverá haver uma nova eleição em que apenas quatro dos

seis membros (aqueles que cumpriram os quatro anos na última eleição) podem

concorrer novamente aos cargos.

O número de pessoas que faz parte da administração depende de cada associação

ou cooperativa, variando conforme seu estatuto, ramo de atividade e tamanho. Em

geral, este órgão é dividido em Diretoria Executiva e Conselho de Administração,

Fonte: www.sxc.hu

Figura 8.5: Reunião de Diretoria.

MANDATO

Autorização que os associados conferem aos membros da Diretoria e de outros órgãos para praticarem em seu nome certos atos durante determinado tempo. Funciona como uma procuração, delegando poderes para administrar a entidade.

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145propriamente dito. A Diretoria Executiva é formada necessariamente por um

presidente, vice-presidente e secretário, enquanto os demais membros do

Conselho de Administração são chamados de conselheiros.

Conselho Fiscal

Com o principal objetivo de fiscalizar as ações da Diretoria Executiva, existe o

Conselho Fiscal, independentemente da autorização ou solicitação da própria

diretoria. Este órgão tem como principal atividade a fiscalização de todas as

atividades e serviços da entidade. Para isso, confere mensalmente o saldo existente

em caixa, verifica os extratos das contas bancárias, investiga se as despesas

realizadas estavam previstas no planejamento aprovado pela Assembléia, verifica

se existem reclamações de associados, dá parecer sobre as contas da sociedade,

entre outras atividades estabelecidas pelo Estatuto Social.

Pelo menos uma vez por mês, o Conselho Fiscal reúne-se ordinariamente para

fiscalizar as contas e de forma extraordinária sempre que julgar necessário.

Contudo, em nenhuma das reuniões poderá haver menos de três membros

(SUPLENTES ou efetivos).

O Conselho Fiscal é formado por três membros efetivos e três suplentes, que

são eleitos anualmente em Assembléia Geral. Da mesma forma que no Conselho

de Administração, só é permitida a reeleição de 1/3 (um terço) dos seus

componentes.

Conselho de Ética

O Conselho de Ética realiza um trabalho conjunto com o Conselho Fiscal e viabiliza

aos membros da entidade o devido acompanhamento das ações da Diretoria

Executiva. Como o próprio nome diz, este órgão trata de assuntos referentes à

conduta de todos os membros da associação ou da cooperativa, bem como na

mediação dos conflitos que possam surgir.

Não é obrigatória a existência de um Conselho de Ética nas cooperativas e

associações, mas sua criação torna-se altamente recomendável à medida que essas

entidades aumentam de tamanho no que se refere ao número de cooperados.

Ele também é formado por membros eleitos em Assembléia Geral. O número

de conselheiros e seu mandato variam de entidade para entidade, devendo ser

estabelecidos em seu estatuto.

SUPLENTE

Substitui um membro efetivo e assume suas

funções em caso de ausência. Exemplo: deputado suplente.

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147O conselho pode ser convocado pela diretoria ou pelos associados, sempre

que estes julgarem haver casos que necessitam de averiguação. Após a devida

investigação do caso, eles devem orientar a diretoria na condução das situações.

Um exemplo em que pode ser acionado o Conselho de Ética é quando existe

um caso de desrespeito ao Estatuto ou ao Regimento Interno por parte dos

associados. Neste caso, este órgão pode recomendar punições, como a exclusão

de membros.

A CENTRALTAXI (Centraxi Coopertranspa Ltda.), Cooperativa de Transportes no

Rio de Janeiro, possui um Conselho de Ética e Disciplina, composto por sete

membros, todos Cooperados eleitos em Assembléia Geral. Sua principal função

é avaliar a entrada de candidatos para Cooperados, como também acompanhar,

orientar e fiscalizar o comportamento de cada Cooperado dentro dos padrões

éticos e disciplinares.

Site oficial: http://www.centraltaxi.com.br/diretoria.html.

Multimídia

Para finalizar esta aula, desejo relembrar a questão da participação. Sendo as

cooperativas e associações organizações de propriedade coletiva, todos devem

efetivamente participar de sua gestão, das definições do rumo a tomar e do

estabelecimento das prioridades.

Mesmo que os dirigentes eleitos para estes órgãos sejam extremamente competentes

e responsáveis, os donos, ou seja, os associados, devem acompanhar e controlar

suas ações. Disso, com certeza, depende o sucesso ou fracasso dos objetivos atuais

da entidade. Lembre-se do velho ditado: “O olho do dono é que engorda o porco.”

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Resumindo...

Atende ao Objetivo 3Atividade 3

a. Até onde vai a autonomia do Conselho de Administração, ou seja, o que limita

suas ações?

b. Qual a função primordial do Conselho Fiscal? Para exercer sua função, ele

necessita de autorização do Conselho de Administração?

Nesta aula, você viu que:

• a administração de uma cooperativa ou associação é de total responsa-

bilidade de seus associados;

• a estrutura organizacional de uma entidade é representada por um

organograma;

• a estrutura organizacional dessas organizações é formada basicamente

pela Assembléia Geral, pelo Conselho de Administração e pelo Conselho

Fiscal, que têm funções e atribuições especificadas no Estatuto Social;

• estes órgãos são compostos por associados eleitos ou por todos os

membros de forma democrática;

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Informação sobre a próxima aula

Na Aula 9, veremos a elaboração do Estatuto Social de uma cooperativa ou

associação, bem como os direitos e os deveres dos associados.

• a Assembléia Geral é o órgão máximo das cooperativas e associações;

nela são tomadas as principais decisões dessas organizações;

• a Assembléia Geral é composta por todos os membros associados;

• existem dois tipos de assembléias: a Ordinária (que acontece uma vez

por ano para a apresentação de relatórios financeiros) e a Extraordinária

(que acontece para deliberar outros assuntos e sempre que os associados

julgarem necessária);

• o Conselho de Administração e a Diretoria são responsáveis pelo geren-

ciamento da organização, coordenando todas as atividades necessárias

para o alcance dos objetivos organizacionais;

• os membros que compõem estes órgãos não podem possuir um mandato

superior a quatro anos e obrigatória a renovação de no mínimo 1/3 (um

terço) dos membros por eleição após esse período;

• o Conselho Fiscal tem como principal objetivo a fiscalização das ações

da Diretoria Executiva;

• o Conselho Fiscal é formado por três membros efetivos e três suplentes,

que são eleitos anualmente em Assembléia Geral;

• o Conselho de Ética é um órgão facultativo que trata de assuntos

referentes à conduta de todos os membros da associação ou cooperativa,

bem como na mediação dos conflitos que possam surgir.

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Atividade 1 As principais diferenças nas estruturas administrativas de uma cooperativa/

associação e de uma sociedade empresária estão ligadas ao processo de tomada

de decisões. No primeiro caso, as decisões são tomadas pela Assembléia

Geral de cooperados; no segundo, pelos diretores ou presidente que são as

pessoas que representam a maior parte do capital da empresa. Outra diferença

importante é que nas cooperativas e associações os gestores são escolhidos

entre os próprios associados por meio de eleições e nas empresas comerciais

os gestores são escolhidos pelos donos da empresa.

Atividade 2a. O principal órgão de uma cooperativa e de uma associação é a Assembléia

Geral, formada por todos os associados.

b. As Assembléias Gerais Ordinárias são aquelas que acontecem obrigatoriamente

uma vez por ano, até 31 de março, para que a administração apresente os

relatórios financeiros do exercício anterior. Já as Extraordinárias acontecem

sempre que os associados julgarem necessária para tratar de assuntos como

dar posse ou destituir a diretoria, mudar o estatuto, entre outros.

Atividade 3a. A autonomia do Conselho de Administração é limitada pelo que está escrito no

Estatuto Social, pois o que não está previsto no estatuto deverá ser decidido

em Assembléia Geral.

b. Para o desempenho de suas funções, o Conselho Fiscal não necessita de

autorização prévia do Conselho de Administração, uma vez que ele está

fiscalizando as próprias ações da administração.

Respostas das Atividades

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150 Referências bibliográficas

BENATO, J. V. A. Como organizar o quadro social das cooperativas. São Paulo:

OCESP, 2002. 125 p. (Coleção Orientação 3/2002).

BRASIL. Lei n. 5.764, de 16 de dezembro de 1971. Define a Política Nacional

de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas, e

dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder

Executivo, Brasília, DF, 16 dez. 1971. Disponível em: <http://www.ocb.org.br/>.

Acesso em: 28 dez. 2007.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2004.

CRÚZIO, Helnon de Oliveira. Como organizar e administrar uma cooperativa: uma

alternativa para o desemprego. Rio de Janeiro: FGV, 2000.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Eletrônico Aurélio Século XXI.

Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

POLONIO, Wilson Alves. Manual das sociedades cooperativas. São Paulo: Atlas, 2001.