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Centro de Estudos e Formação (Tribunal de Contas de Portugal) ORGANIZAÇÃO DAS ISC DA CPLP 10 ANOS DE COOPERAÇÃO 1995-2005 Lisboa 2005

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Centro de Estudos e Formação(Tribunal de Contas de Portugal)

ORGANIZAÇÃO DAS ISCDA CPLP

10 ANOS DE COOPERAÇÃO

1995-2005

Lisboa2005

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GA

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ISC

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CP

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nos de Cooperação

Lisboa2005

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ORGANIZAÇÃO DAS ISC DA CPLP

10 ANOS DE COOPERAÇÃO

1995-2005

Lisboa2005

Centro de Estudos e Formação(Tribunal de Contas de Portugal)

Organização das Instituições Supremas de Controlo daComunidade dos Países de Língua Portuguesa

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2

Direcção

Presidente do Tribunal de Contas de Portugal

Alfredo José de Sousa

Coordenação

Director-Geral do Tribunal de Contas

José F. F. Tavares

Subdirectora-Geral do Tribunal de Contas

Helena Abreu Lopes

Auditora-Coordenadora do Departamento de

Consultadoria e Planeamento

Eleonora Pais de Almeida

Concepção da capa, paginação e

composição gráfica

Lúcia Gomes Belo

Execucão gráfica da capa

Grafiletra - Artes Gráficas, Lda.

Montagem e encadernação

Afonso Rebelo

Augusto A. Maris dos Santos

EdiçãoOrganização das Instituições Supremas de Controle (ISC) da

Comunidade dos Países de Língua PortuguesaCentro de Estudos e Formação

(Sede: Tribunal de Contas de Portugal - www.tcontas.pt)

Tiragem

300 ex.

Depósito Legal

229311/05

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SUMÁRIO

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 5

Nota de apresentação .......................... 8

Cronologia ............................................ 11

Organização das Instituições Supre-mas de Controlo da Comunidade dosPaíses de Língua Portuguesa................. 15

· Memorandum de Entendimentos.......... 17· Estatuto ............................................ 23· Logotipo ........................................... 35· Língua Portuguesa na INTOSAI ........... 39

Encontros e Assembleias Gerais .......... 43

· I Encontro ........................................ 45· Tema ............................................. 47· Conclusões e Recomendações ......... 49

· II Encontro ....................................... 51· Temas ............................................ 53· Conclusões e Recomendações ......... 55

· III Encontro ...................................... 61

· Tema ............................................. 63· Conclusões e Recomendações ......... 65

· IV Encontro ...................................... 69

· Tema ............................................. 71· Conclusões e Recomendações ......... 73

· V Encontro/I ASSEMBLEIA-GERAL..... 79· Tema ............................................. 81· Conclusões e Recomendações ......... 83

· II ASSEMBLEIA-GERAL ..................... 87· Tema ............................................. 89· Conclusões e Recomendações ......... 91

· III ASSEMBLEIA-GERAL .................... 95· Tema ............................................. 97· Conclusões e Recomendações ......... 99

Reuniões da Comissão Mista e doConselho Directivo ............................... 103

Relatório das Actividades deCooperação 1995-2005......................... 167

Cerimónia Comemorativa do XAniversário da Organização dasISC da CPLP .......................................... 183

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NOTA DE APRESENTAÇÃO

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 9

A Organização das Instituições Su-premas de Controlo da Comuni-dade de Países de Língua Portugue-

sa completou o primeiro decénio de existên-cia no dia 29 de Junho de 2005. Trata-se deum significativo marco na história desta Or-ganização, que nos proporciona ocasião opor-tuna para uma observação retrospectiva so-bre a actividade desenvolvida no seu âmbi-to.

Assim, a presente publicação visa reu-nir e divulgar um conjunto de elementos in-formativos que são testemunho da históriadestes dez anos da Organização.

A verdade é que, desde o estabeleci-mento do Memorandum de Entendimentosentre os Tribunais de Contas dos Países deLíngua Portuguesa, em 1995, até à realiza-ção da Sessão Comemorativa deste ano de2005, podemos identificar uma dinâmica em-preendedora que se reflectiu não apenas naárea técnica e profissional (embora se possaafirmar que, neste âmbito, tenham de factosido concretizadas várias actividades de co-operação de reconhecida utilidade para to-

das as instituições membros desta Organiza-ção), mas também em outras acções no senti-do do aprofundamento e da afirmação da nos-sa Organização, que decerto contribuírampara uma estruturação mais sólida dos laçosque nos unem, incluindo aqui mesmo elemen-tos de ordem cultural.

Deste modo, entendeu-se que deve-riam ser reunidos neste volume alguns docu-mentos mais significativos produzidos ao lon-go destes dez anos, tais como o referidoMemorandum de Entendimentos, autênticoponto de partida da actividade de coopera-ção no âmbito da Organização dos Tribunaisde Contas da CPLP, e o Estatuto da Organiza-ção, que determinou o seu desenvolvimentoorganizativo.

As Conclusões e Recomendações apro-vadas em todos os Encontros e AssembleiasGerais consideram-se também dignas de des-taque, até mesmo pelo seu interesse técnicomuito directamente ligado às actividades deque nos ocupamos. Do ponto de vista dos as-pectos ligados ao aprofundamento da Orga-nização, optou-se por incluir as principais De-

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10 Nota de Apresentação

Lisboa, 1 de Julho de 2005

O Presidente do TC de Portugal

Alfredo José de Sousa

cisões da Comissão Mista e do ConselhoDirectivo. Entendeu-se que seria também deregistar na memória da Organização um re-latório com as actividades de cooperação de-senvolvidas pela Secretaria-Geral e pelo Cen-tro de Estudos e Formação, nos últimos dezanos.

Destacam-se as referências ao logotipoda Organização e ao seu autor, ÓscarNiemeyer, bem como as palavras que teve agentileza de nos dirigir, que não hesitamosem considerar elemento fundamental destapublicação.

E, por se tratar de uma Organização queradica na partilha do nosso património comumque é constituído pela Língua Portuguesa,com toda a riqueza cultural que lhe está as-sociada, esta publicação não poderia deixarde aludir à aceitação da Língua Portuguesacomo língua da INTOSAI.

Todos estes elementos nos parecem óp-timos testemunhos dos primeiros dez anos devida da Organização. Tenho a certeza queexprimirei o sentimento comum ao afirmar odesejo de que os dez anos que comemora-

mos venham a corresponder apenas a um pri-meiro período de muitos outros marcados poractiva cooperação e solidariedade entre osTribunais de Contas e os povos dos Países deLíngua Portuguesa.

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CRONOLOGIA

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 13

- REUNIÃO DA COMISSÃO MISTA DE COOPERAÇÃO TÉCNICA, CIENTÍFICA E CULTURAL

- REUNIÃO DA COMISSÃO MISTA DE COOPERAÇÃO TÉCNICA, CIENTÍFICA E CULTURAL

1995

1997

. Glossário de termos comuns das ISC da CPLP- II ASSEMBLEIA-GERAL

- II ENCONTRO- REUNIÃO DA COMISSÃO MISTA DE COOPERAÇÃO TÉCNICA, CIENTÍFICA E CULTURAL

- III ENCONTRO. Logotipo da Organização (Autoria: Arquitecto Oscar Niemeyer)

- REUNIÃO DA COMISSÃO MISTA DE COOPERAÇÃO TÉCNICA, CIENTÍFICA E CULTURAL

- III ASSEMBLEIA-GERAL

28 e 29 DE JUNHO - LISBOA (PORTUGAL)

21 a 24 DE OUTUBRO - MAPUTO (MOÇAMBIQUE)

- V ENCONTRO/I ASSEMBLEIA GERAL . Estatuto da organização das ISC da CPLP

1998

2000

- REUNIÃO DA COMISSÃO MISTA DE COOPERAÇÃO TÉCNICA,CIENTÍFICA E CULTURAL

- IV ENCONTRO

22 e 23 DE JUNHO - LISBOA (PORTUGAL)

2001 15 a 17 DE JULHO - PONTA DELGADA (PORTUGAL)

2002

2004

20 DE MARÇO - LISBOA (PORTUGAL)

26 a 28 DE JULHO - FORTALEZA-CEARÁ (BRASIL)

1996 18 a 25 DE OUTUBRO - PRAIA (CABO VERDE)

11-16 OUTUBRO - XVIII CONGRESSO DA INTOSAI (BUDAPESTE). Instituição da Língua Portuguesa como Língua da INTOSAI

. Criação da Organização dos Tribunais de Contas dos Países de Língua Portuguesa- I ENCONTRO

. Memorandum de Entendimentos

1999 11 DE NOVEMBRO - LISBOA (PORTUGAL)

03 a 07 DE SETEMBRO - BRASÍLIA (BRASIL)

06 a 08 DE NOVEMBRO - LUANDA (ANGOLA)- REUNIÃO DO CONSELHO DIRECTIVO DA OISC/CPLP

- REUNIÃO DO CONSELHO DIRECTIVO DA OISC/CPLP2003 04 DE NOVEMBRO - BRASÍLIA (BRASIL)

- REUNIÃO DO CONSELHO DIRECTIVO DA OISC/CPLP

- REUNIÃO DO CONSELHO DIRECTIVO DA OISC/CPLP

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ORGANIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES SUPREMAS DECONTROLO DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE

LÍNGUA PORTUGUESA (OISC/CPLP)

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MEMORAN-DUMDEENTENDIMENTOS

MEMORANDUM DE ENTENDIMENTOS

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 19

P or ocasião do I Encontro dos Tribu- nais de Contas dos Países de Lín- gua Portuguesa realizado em Lis-boa, nos dias 28 e 29 de Junho de 1995,

§ a Comissão Instaladora do Tribunalde Contas de Angola,

§ o Tribunal de Contas da União, do Brasil,§ o Tribunal de Contas de Cabo Verde,§ o Tribunal de Contas da Guiné-Bissau,§ o Tribunal Administrativo de Moçam-

bique,§ o Tribunal de Contas de Portugal, e§ o Supremo Tribunal de Justiça de São

Tomé e Príncipe,

a seguir designados “Tribunais”.

Considerando que é do interesse dosTribunais estabelecer e desenvolver relaçõesde cooperação técnica, científica e culturalna área de controle e fiscalização do uso dosrecursos públicos, na linha de Acordos e Pro-tocolos de Cooperação bilaterais já existen-tes, com base nos princípios internacional-mente reconhecidos de igualdade, benefíciorecíproco, respeito mútuo pela soberania eda não-ingerência nos assuntos internos decada Instituição;

Considerando que a concretização dos

objectivos delineados neste “Memorandum deEntendimentos”, como protocolos de coope-ração entre instituições, proporcionará o in-tercâmbio de informações e experiências, con-correndo para a integral cooperação dos Tri-bunais de Contas dos Países de Língua Portu-guesa;

Acordam o seguinte:

ARTIGO PRIMEIRO

1. Os Tribunais estabelecerão entre si, numabase de igualdade, relações de coopera-ção técnica, científica e cultural na áreade controle e fiscalização do uso dos re-cursos públicos.

2. As formas e condições de cooperação pre-vistas no número anterior serão objeto deacordos ou programas especiais que con-cretizarão o presente Memorandum.

ARTIGO SEGUNDO

A cooperação consistirá, nomeadamen-te, no desenvolvimento das acções seguintes:

a) intercâmbio permanente de documenta-ção, experiências e assistência técnicana área das suas atribuições;

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20 Memorandum de Entendimentos

b) realização de cursos de formação eaperfeiçoamento profissional dirigidosao pessoal técnico;

c) promoção de estudos sobre temas deinteresse para a sua actividade, visan-do sobretudo o desenvolvimento demétodos e sistemas de controle finan-ceiro e operacional;

d) actualização permanente do Glossá-rio comum de forma a padronizar alinguagem técnica praticada entre to-das as Instituições;

e) aperfeiçoamento da contribuição detodas as Instituições ao controle ex-terno exercido pelos Parlamentos dosseus Países;

f) desenvolvimento de esforços no sen-tido de a língua portuguesa se tornarlíngua oficial da INTOSAI.

ARTIGO TERCEIRO

Os Tribunais concordam em estabele-cer uma Comissão Mista de Cooperação Téc-nica, Científica e Cultural, composta por in-tegrantes a serem designados pelas respec-tivas Instituições.

ARTIGO QUARTO

1. À Comissão Mista compete, em especial:

a) acompanhar e dinamizar a execução dopresente Memorandum e de outros acor-dos concluídos ou a serem concluídosentre os Tribunais;

b) analisar e propor medidas para superaras dificuldades resultantes da aplicaçãodeste instrumento;

c) submeter propostas à alta administraçãodos Tribunais de Contas referentes ao de-senvolvimento das relações técnicas,científicas e culturais entre as Institui-ções.

2. A Comissão Mista reunir-se-á, em princí-pio, anualmente, em local a ser previa-mente escolhido.

ARTIGO QUINTO

1. Os trabalhos da Comissão Mista são coor-denados por uma Secretaria-Geral, comsede num dos Tribunais, a eleger por umperíodo de três anos.

2. O Tribunal que tiver a sede da Secretaria--Geral designará o Secretário-Geral.

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 21

ARTIGO SEXTO

1. É instituído o Centro de Estudos e Forma-ção para, em articulação com a Secreta-ria-Geral, promover a elaboração de es-tudos, a realização de cursos de formaçãoe a edição de publicações de interessecomum, nomeadamente, compêndios dosactos normativos fundamentais dos Tribu-nais.

2. O Centro de Estudos e Formação tem asua sede no Tribunal para o efeito desig-nado.

ARTIGO SÉTIMO

As modificações a este Memorandumpodem ser efectuadas por consentimento en-tre os Tribunais, mediante comunicação porescrito aos demais, com antecedência de seismeses, e entrarão em vigor a partir da suaaprovação.

ARTIGO OITAVO

As despesas decorrentes deste Memo-randum correrão, em princípio, por conta decada um dos Tribunais.

Lisboa, 29 de Junho de 1995

ARTIGO NONO

O presente Memorandum entrará emvigor na data de sua assinatura, podendo serdenunciado por qualquer dos Tribunais, pormeio de prévia notificação aos demais, comantecedência de seis meses.

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22 Estatuto

22

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ESTATUTO

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 25

CAPÍTULO IDO NOME E DA FINALIDADE

Artigo 1º

O Tribunal de Contas de Angola, o Tribunal de Contas da União, do

Brasil, Tribunal de Contas de CaboVerde, o Tribunal de Contas da Guiné-Bissau, oTribunal Administrativo de Moçambique, o Tri-bunal de Contas de Portugal e o Supremo Tribu-nal de Justiça de São Tomé e Príncipe, Institui-ções signatárias do Memorandum de Entendi-mentos entre os Tribunais de Contas dos Paísesde Língua Portuguesa, firmado na Cidade de Lis-boa em 29 de Junho de 1995, acordam em insti-tuir a ORGANIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕESSUPREMAS DE CONTROLE (ISC) DA CO-MUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA POR-TUGUESA, daqui em diante designada ORGA-NIZAÇÃO.

Artigo 2º

A ORGANIZAÇÃO é uma associação au-tónoma e independente, criada para fomentar odesenvolvimento e o aperfeiçoamento de suasInstituições Membros, mediante a promoção deacções de cooperação técnica, científica e cul-tural no campo do controle e da fiscalização douso dos recursos públicos.

Artigo 3º

A ORGANIZAÇÃO promoverá, entre ou-tras, as seguintes atividades, sempre no inte-resse das Instituições Membros:

a) permuta permanente de documentação,experiências e assistência técnica;

b) intercâmbio de pessoal técnico para arealização de estágios, seminários e cur-sos de formação, treinamento e aprimo-ramento profissional;

c) estudos sobre temas específicos, visandosobretudo o desenvolvimento e aperfei-çoamento de métodos e sistemas de con-trole financeiro, contábil, patrimonial eoperacional;

d) difusão de informações e trabalhos técni-cos;

e) consultas e pesquisas junto a organismosinternacionais, entidades fiscalizadorassuperiores e a outras entidades especia-lizadas sobre matérias afins;

f) atualização permanente do Glossário co-mum de forma a padronizar a linguagemtécnica praticada pelas Instituições Mem-bros;

g) melhoria da contribuição prestada por to-das as Instituições ao controle exercidopelos Parlamentos dos seus Países;

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Estatuto26

§ 1º. A Organização está também aberta aoingresso da Instituição Suprema de Controloque venha a ser criada em Timor Leste;

§ 2º. Podem, ainda, aderir à Organização,com o estatuto de observador, entidades li-gadas ao controle externo, designadamente,associações.

CAPÍTULO IVDA ESTRUTURA DA ORGANIZAÇÃO

Artigo 6º

A ORGANIZAÇÃO dos Tribunais de Contasda Comunidade dos Países de Língua Portu-guesa tem a seguinte estrutura:

a) a Assembleia Geral;b) o Conselho Directivo;c) a Secretaria-Geral;d) o Centro de Estudos e Formação.

CAPÍTULO VDA ASSEMBLEIA GERAL

Artigo 7º

A Assembleia Geral é o órgão supre-mo da ORGANIZAÇÃO, na qual estão repre-sentadas todas as Instituições Membros.

h) desenvolvimento de esforços no sentidode a Língua Portuguesa se tornar idiomaoficial da INTOSAI;

i) realização de seminários e conferênciasem áreas de interesse comum.

CAPÍTULO IIDOS PRINCÍPIOS

Artigo 4º

A ORGANIZAÇÃO é regida pelos seguintesprincípios:

a) respeito pela independência de cada Ins-tituição e pelo ordenamento jurídico quea rege;

b) igualdade entre as Instituições Membros;c) busca de benefício mútuo;d) livre ingresso e desligamento de seus in-

tegrantes.

CAPÍTULO IIIDO INGRESSO NA ORGANIZAÇÃO

Artigo 5º

A ORGANIZAÇÃO está aberta ao in-gresso de outras entidades que venham a sercriadas para substituírem as mencionadas noart. 1º no desempenho das tarefas de institui-ção suprema de controle.

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 27

Artigo 8º

À Assembleia Geral compete:

a) apreciar temas técnicos selecionadospela Secretaria Geral com base em pro-postas das Instituições Membros paraserem debatidos em congressos, semi-nários e outros eventos similares;

b) aprovar Resoluções sobre os temas de-batidos nos congressos, seminários e ou-tros eventos e sobre outros assuntos deinteresse técnico comum;

c) atribuir tarefas ao Conselho Directivo, àSecretaria Geral e ao Centro de Estudose Formação;

d) aprovar emendas ao presente Estatuto e a ou-tros instrumentos que venham a reger o fun-cionamento da ORGANIZAÇÃO;

e) escolher a sede da Assembléia Geral,reuniões e demais eventos da ORGANI-ZAÇÃO;

f) aprovar o ingresso de instituições na OR-GANIZAÇÃO;

g) resolver questões não previstas no pre-sente Estatuto;

h) escolher a sede do Centro de Estudos eFormação e da Secretaria Geral;

i) eleger as Instituições Membros audito-rasdas contas da ORGANIZAÇÃO, ou de ou-

tros Organismos que solicitem auditori-as;

j) aprovar o plano de actividades, o orça-mento e as contas da ORGANIZAÇÃO.

Artigo 9º

À Assembleia Geral compete ainda dis-cutir e baixar resoluções sobre matérias téc-nicas e administrativas abordadas e aprova-das durante as suas reuniões.

Artigo 10º

A Assembleia Geral pode reunir extra-ordinariamente, por convocação do Presiden-te de uma das Instituições Membros ou do Se-cretário Geral, desde que haja anuência demais da metade das Instituições Membros.

§ único: A Assembleia Geral Extraordinária épresidida pelo Presidente do Tribunal de Con-tas do País anfitrião ou, no caso de não ocor-rer em país a que pertença uma das delega-ções participantes, pelo Presidente que hou-ver feito a convocação.

Artigo 11º

1. A Assembleia Geral reúne ordinariamen-te, de 2 em 2 anos, sob a presidência do

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Estatuto28

dirigente da Instituição Membro do Paísanfitrião.

2. A Instituição anfitriã deverá apresentaragenda preliminar dos trabalhos que se-rão desenvolvidos pela Assembleia Geral.

3. Por ocasião das reuniões da AssembleiaGeral poderão ser organizados congres-sos, seminários ou outros eventos para trocade idéias e de experiências.

Artigo 12º

Cada Instituição Membro é representa-da na Assembleia Geral pelo número de dele-gados que julgar conveniente, tendo cada de-legação direito a apenas um voto na tomadade decisões.

§ único: As resoluções da Assembleia Geralsão aprovadas por maioria absoluta de votos.

CAPÍTULO VIDO CONSELHO DIRECTIVO

Artigo 13º

O Conselho Directivo é responsávelpela coordenação geral das ações de coope-ração entre as Instituições Membros da OR-GANIZAÇÃO e exerce as competências pre-vistas no presente Estatuto.

Artigo 14º

O Conselho Directivo é composto por 3 Insti-tuições membros da ORGANIZAÇÃO:

a) a Instituição onde vai realizar-se a pró-xima reunião da Assembleia Geral Or-dinária, que o preside;

b) a Instituição Sede da Secretaria-Geral;c) a Instituição Sede do Centro de Estudos

e Formação.

§ único: No caso de a Instituição prevista naalínea a) coincidir com as das alíneas b) ouc), a Assembleia Geral designa uma outra,segundo o critério da rotatividade, por ordemalfabética dos Estados respectivos.

Artigo 15º

Ao Conselho Directivo compete, em espe-cial:

a) promover a consecução dos objetivos daORGANIZAÇÃO;

b) acompanhar e dinamizar a execução deacordos concluídos ou a serem firmadosentre as Instituições;

c) submeter propostas à Assembleia Geralreferentes ao desenvolvimento de suasrelações técnicas, científicas e culturais.

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 29

Artigo 16º

Ao Conselho Directivo compete ainda:

a) apreciar questões administrativas ligadasao funcionamento da ORGANIZAÇÃO,bem como autorizar as despesas que nãodevam ser suportadas pelos seus mem-bros, ouvida a Secretaria Geral, nos ter-mos deste Estatuto;

b) apreciar questões concernentes ao rela-cionamento da ORGANIZAÇÃO com aCPLP, INTOSAI, EUROSAI, AFROSAI,OLACEFS e outros organismos interna-cionais, assim como com Entidades Fis-calizadoras Superiores de outros países,nomeadamente as do MERCOSUL;

c) acompanhar o cumprimento das decisõesda Assembleia Geral;

d) avaliar o desenvolvimento das ativida-des de cooperação entre as InstituiçõesMembros;

e) propor à Assembleia Geral programas deatividades de cooperação bienais;

f) propor à Assembleia Geral emendas aopresente Estatuto e a outros instrumentosque venham a reger o funcionamento daORGANIZAÇÃO;

g) avaliar o funcionamento da Secretaria--Geral e do Centro de Estudos e Forma-

ção e aprovar medidas para o aperfeiço-amento de seus desempenhos;

h) propor à Assembleia Geral a aprovaçãodo plano de actividades, dos orçamentose das contas da ORGANIZAÇÃO;

i) aprovar os orçamentos e as contas daOrganização, ad referendum da Assem-bleia Geral, caso esta não reúna no pra-zo previsto neste Estatuto;

j) autorizar uma co-participação das despe-sas relativas à organização da AssembleiaGeral, das reuniões do Conselho Directivoou de outros eventos, com aplicação dasreceitas da ORGANIZAÇÃO;

k) promover a realização de auditorias con-juntas.

Artigo 17º

1. O Conselho Directivo reúne, em princípio,anualmente, na sede da Secretaria-Geral,do Centro de Estudos e Formação ou nasede da Instituição organizadora da As-sembleia Geral.

2. As reuniões do Conselho Directivo são con-vocadas pelo seu Presidente, por sua iniciati-va ou por solicitação de algum dos membros.

3. As reuniões do Conselho Directivo serãopreparadas pela Secretaria-Geral, órgãoexecutor das deliberações do Conselho.

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Estatuto30

Artigo 18º

Cada Instituição é representada no Con-selho Directivo pelo número de membros de-signados que julgar conveniente, tendo cadadelegação o direito a apenas um voto na to-mada de decisões.

CAPÍTULO VIIDA SECRETARIA GERAL

Artigo 19º

À Secretaria Geral compete, especialmente:

a) preparar as reuniões do Conselho Direc-tivo e executar suas deliberações;

b) desempenhar as funções de contato entreas Instituições integrantes da ORGANIZA-ÇÃO no que concerne à cooperação mú-tua e ao intercâmbio de informações, ex-periências e assistência técnica;

c) receber sugestões e propostas dos mem-bros da ORGANIZAÇÃO, tomando asprovidências necessárias à sua divulga-ção, discussão, aprovação e execução;

d) manter as Instituições Membros integran-tes da ORGANIZAÇÃO informadas dasatividades de colaboração planejadas edesenvolvidas;

e) organizar as reuniões e os eventos da

ORGANIZAÇÃO, proporcionando apoioadministrativo e técnico às atividades a de-senvolver durante esses eventos, sempreque tal apoio seja requerido pela Institui-ção anfitriã;

f) coordenar a escolha dos temas técnicos adiscutir durante os congressos, semináriose outros eventos da ORGANIZAÇÃO;

g) elaborar, com base em sugestões das Ins-tituições Membros, propostas dos progra-mas de atividades de cooperação bie-nais a serem submetidas a discussão doConselho Directivo;

h) elaborar e submeter à aprovação doConselho Directivo os projectos de orça-mento a aprovar pela Assembleia Geral;

i) arrecadar as receitas e realizar os paga-mentos referentes às despesas autorizadas;

j) elaborar e apresentar ao Conselho Di-rectivo os relatórios financeiros e as con-tas de gerência anuais que hão-de sersubmetidas à aprovação da AssembleiaGeral;

k) promover e acompanhar a realização dasacções previstas nos programas de acti-vidades de cooperação aprovados;

l) divulgar os resultados, decisões e reco-mendações dos eventos da ORGANIZA-ÇÃO e das reuniões dos seus órgãos;

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 31

m) manter contatos com a CPLP, INTOSAI,EUROSAI, AFROSAI, OLACEFS e outrosorganismos internacionais e divulgar asatividades desenvolvidas pela ORGANI-ZAÇÃO;

n) manter contatos com organismos inter-nacionais, entidades fiscalizadoras su-periores, outras entidades e especialis-tas para promover consultas sobre ma-térias técnicas do interesse das Institui-ções membros;

o) manter actualizado o site da ORGANI-ZAÇÃO na INTERNET;

p) executar outras tarefas em virtude de de-cisões tomadas nas reuniões do ConselhoDirectivo ou da Assembleia Geral.

Artigo 20º

A Assembleia Geral elegerá a Institui-ção-Membro que sediará a Secretaria-Geralpor um período de dois anos, renovável.

§ 1º. No caso de a Assembleia Geral não reu-nir no período previsto neste Estatuto, o man-dato da Instituição eleita para sede da Secreta-ria-Geral fica automaticamente prorrogado atéa realização da próxima Assembleia.

§ 2º. O Presidente da Instituição eleita parasede da Secretaria-Geral designa o Secretá-rio Geral, destina dependências e proporcio-na os meios materiais e pessoal para o funcio-namento da Secretaria-Geral.

§ 3º. A cada Assembleia Geral o SecretárioGeral deverá apresentar relatório deatividades do seu período de gestão.

CAPÍTULO VIIIDO CENTRO DE ESTUDOS E

FORMACÃO

Artigo 21º

O Centro de Estudos e Formação visapromover, em articulação com a Secretaria-Geral, a elaboração de estudos, a promoçãode cursos de formação e a edição de publica-ções de interesse comum.

Artigo 22º

A Assembleia Geral elegerá a Instituição-Membro que sediará o Centro de Estudos e For-mação por um período de dois anos, renovável.§ 1º. No caso de a Assembleia Geral não reu-nir no período previsto neste Estatuto, o man-dato da Instituição eleita para sede do Centro

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Estatuto32

de Estudos e Formação fica automaticamen-te prorrogado até a realização da próximaAssembleia.§ 2º. A cada Assembleia Geral o represen-tante do Centro de Estudos e Formação de-verá apresentar relatório de atividades do seuperíodo de gestão.

CAPÍTULO IX

DOS CONGRESSOS, SEMINÁRIOS EOUTROS EVENTOS

Artigo 23º

As Instituições Membros da ORGANI-ZAÇÃO realizam congressos, seminários eoutros eventos similares, em especial, porocasião das reuniões da Assembleia Geral.

Artigo 24º

Os temas técnicos a debater nos eventos aque se refere o artigo anterior são selecio-nados a partir de sugestões encaminhadaspelas Instituições Membros à Secretaria-Ge-ral. A seleção é feita em três fases:

a) primeira fase: a Secretaria-Geral solici-ta aos Presidentes das Instituições Mem-bros propostas de temas técnicos a se-rem debatidos pela Assembleia Geral;

b) segunda fase: a Secretaria-Geral enca-minha aos Presidentes relação conten-do todas as propostas apresentadas, so-licitando a indicação de prioridades atra-vés da atribuição de uma numeração (onúmero 1 correspondendo ao te-ma quea Instituição Membro desejar debaterprioritariamente);

c) terceira fase: a Secretaria-Geral faz umlevantamento dos temas que receberemmaior adesão e os indica para serem dis-cutidos durante o evento, comunicandoo resultado às Instituições Membros.

CAPÍTULO XDAS FINANÇAS DA ORGANIZAÇÃO

Artigo 25º

Constituem receitas da ORGANIZAÇÃO:a) o produto das quotas das Instituições

Membros;b) os donativos, bem como os legados e he-

ranças em dinheiro aceites pela ORGA-NIZAÇÃO;

c) os subsídios do Estado ou de outras enti-dades públicas ou privadas;

d) as contribuições voluntárias dos Mem-bros ou de outros parceiros para o de-senvolvimento das Instituições Membros;

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 33

e) o mais que lhe for atribuído por lei, regu-lamento ou contrato.

§ Único: Os montantes das quotas referi-das na alínea a), bem como o prazo depagamento e a sua periodicidade são fi-xados pela Assembleia Geral, sob pro-posta do Conselho Directivo e notifica-dos pela Secretaria-Geral a todos osMembros.

Artigo 26º

As receitas da ORGANIZAÇÃO destinam-seà cobertura dos encargos inerentes à sua ac-tividade e fins próprios, sem prejuízo do dis-posto no artigo seguinte.

Artigo 27º

As Instituições Membros que tiverem a seucargo a Secretaria-Geral e o Centro de Estu-dos e Formação suportam os encargos comos recursos humanos, materiais e instalaçõesnecessários ao seu funcionamento.

Artigo 28º

As despesas relativas à realização da Assem-bleia Geral, da reunião do Conselho Diretivoe de outros eventos são suportadas pela Insti-tuição Membro do País anfitrião.

§ único: O Conselho Diretivo pode autorizaruma comparticipação naquelas despesas, poraplicação das receitas próprias.

CAPÍTULO XIDA VIGÊNCIA DESTE ESTATUTO

Artigo 29º

1. O Estatuto da ORGANIZAÇÃO entra emvigor imediatamente após sua aprovaçãopelas Instituições mencionadas no Artigo1º, convocando-se, em seguida, a Assem-bleia Geral.

2. As disposições deste Estatuto em matériaorçamental e financeira entram em vigorapós estarem reunidas as condições neces-sárias, mediante declaração da Assem-bleia Geral nesse sentido, sob proposta doConselho Directivo.

CAPÍTULO XIIDisposição Transitória

Artigo 30º

Ficam mantidas as atuais sedes da Secreta-ria-Geral e do Centro de Estudos e Formaçãoaté à próxima Assembleia Geral ordinária, arealizar-se em 2002.

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34 Estatuto

34

Geral e do Centro de Estudos e Formação atéà próxima Assembleia Geral ordinária, a rea-lizar-se em 2002.

O presente Estatuto foi aprovado no V Encon-tro, realizado em Portugal, na cidade de Pon-ta Delgada, em 16 de Julho de 2001, estandoas Instituições membros representadas por:

Tribunal de Contas de AngolaConselheiro Presidente Julião António

Tribunal de Contas da União do BrasilMinistro Presidente Humberto Guimarães

Souto

Tribunal de Contas de Cabo VerdeConselheira Presidente Edelfride Barbosa

Almeida

Tribunal de Contas da Guiné-BissauConselheiro Presidente Caetano Intchamá

Tribunal Administrativo de MoçambiqueConselheiro Presidente António Luís Pale

Tribunal de Contas de PortugalConselheiro Presidente Alfredo José de

Sousa

Supremo Tribunal de Justiça deSão Tomé e Príncipe

Conselheiro Bartolomeu Amado Vaz

seguindo autenticado com as assinaturas doPresidente da sessão em que foi aprovado edo Secretário-Geral da Organização:

O Presidente do Tribunal de Contas dePortugal,

Conselheiro Alfredo José de Sousa

O Secretário-Geral,Ministro Luciano Brandão Alves de

Souza

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LOGOTIPO

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 37

O logotipo de autoria do renomado Arquiteto brasileiro OscarNiemeyer foi adotado como símbo-

lo permanente da Organização, nos termosda seguinte Moção:

O Tribunal de Contas da União (Brasil), oTribunal de Contas de Cabo Verde, o Tribu-nal Administrativo de Moçambique e o Tri-bunal de Contas de Portugal, reunidos noIII Encontro dos Tribunais de Contas dos Pa-íses de Língua Portuguesa, realizado emMaputo, Moçambique, no período de 21 a24 de Outubro de 1997,

Resolvem:

1) aprovar moção de reconhecimento eagradecimento ao consagrado arquitetobrasileiro Oscar Niemeyer pela criaçãoe oferta do Logotipo alusivo ao referidoIII Encontro;

2) comunicar ao referido profissional que namesma oportunidade decidiu-se adotar oLogotipo como símbolo permanente daOrganização que congrega os Tribunaisde Contas Lusófonos.

Maputo, 24 de Outubro de 1997

ANTÓNIO LUÍS PALE, Presidente do Tri-bunal Administrativo de Moçambique

HOMERO SANTOS, Presidente do Tribu-nal de Contas da União

ANILDO MARTINS, Presidente do Tribunalde Contas de Cabo Verde

ALFREDO JOSÉ DE SOUSA, Presidente doTribunal de Contas de Portugal

O ilustre Autor do logotipo agradeceunos seguintes termos:

«Gostaria de agradecer a homenagemrecebida aos integrantes da associação dosTribunais de Contas da área lusófona.

Sempre tive interesse pela atuação co-rajosa e integradora dessa Comunidade, ten-do em vista as notícias que me dá o titular desua Secretaria-Geral, um amigo muito queri-do que me honrou com a tarefa de concebero seu logotipo.

A idéia de que parti, bastante conformeao espírito destes povos de língua portugue-sa, é a do enlace permanente. Enlace comuma essa gente que não teme defender a inde-pendência, a liberdade e o compromisso. Po-

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38 Logotipo

38

vos irmanados pela língua, aproximado pelos“mares salgados”, sempre dispostos à açãointegrativa, proporcionando ao novo milênioo exemplo da união lúcida, refletida, assenta-da na emoção da fraternidade.

Que juntos vocês prossigam nesse can-to pela liberdade, rejeitando reciprocidadessilenciosas e disseminando a ação pela Paz.

Rio de Janeiro, 19 de Junho de 1998»

OSCAR NIEMEYER

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LÍNGUA PORTUGUESA NA INTOSAI

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 41

P or ocasião da realização do XVIII Congresso da INTOSAI (Budapeste,11-16 de Outubro de 2004), o Conse-

lho Directivo decidiu apreciar o pedido da or-ganização das Instituições Supremas de Con-trolo (ISC) da Comunidade dos Países de Lín-gua Portuguesa (CPLP), bem como a informa-ção do Secretário-Geral da INTOSAI e,

. considerando que o Português é LínguaOficial de 8 Países na América, África, Ásiae Europa, sendo falado por mais de 200milhões de pessoas;

. considerando que o Português é língua ofi-cial e de trabalho de 19 Organizações in-ternacionais;

. considerando os objectivos da INTOSAI, oConselho Directivo tomou a resolução se-guinte:

RESOLUÇÃO DO CONSELHO DIRECTIVO DA INTOSAI

INSTITUIR A LÍNGUA PORTUGUESACOMO LÍNGUA DA INTOSAI, FICAN-DO O ÂMBITO DA INTERPRETAÇÃO EDA TRADUÇÃO DE DOCUMENTOS PA-RA A LÍNGUA PORTUGUESA DEPEN-DENTE DAS DISPONIBILIDADES FI-NANCEIRAS EXISTENTES.

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ENCONTROS/ASSEMBLEIAS-GERAIS

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I E N CO N T R

O

I ENCONTRO

PORTUGAL - Lisboa - 28 e 29 de Junho de 1995

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TEMA

CRIAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DOSTRIBUNAIS DE CONTAS DA COMUNIDADE DOS

PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 49

CONCLUSÕES

A Comissão Instaladora do Tribunal deContas de Angola, o Tribunal deContas da União, do Brasil, o Tribu-

nal de Contas de Cabo Verde, o Tribunal deContas da Guiné-Bissau, o Tribunal Adminis-trativo de Moçambique, o Tribunal de Contasde Portugal e o Supremo Tribunal de Justiçade São Tomé e Príncipe, adiante designados“Tribunais”, reunidos em Lisboa, nos dias 28e 29 de Junho de 1995, aprovam as seguintesConclusões:

1. A realização do I Encontro dos Tribu-nais de Contas dos Países de LínguaPortuguesa permitiu a todas as Instituiçõesum maior conhecimento mútuo, constitu-indo por isso um factor de enriquecimentoe um ponto de partida para a sua aproxi-mação e desenvolvimento conjuntos.

2. Com base no conhecimento mútuo entre-tanto adquirido e tendo em vista o desen-volvimento da cooperação futura, é apro-

vado o “MEMORANDUM DE ENTENDIMENTOS”,que faz parte integrante destas Conclu-sões.

3. É acolhido por todas as Instituições o Glos-sário de termos comuns utilizados noâmbito do controlo externo, elaboradoem 1992 pelos Tribunais de Contas da Uniãodo Brasil e de Portugal, o qual será objectode aprovação e de permanente actualiza-ção e aperfeiçoamento por todas as Institui-ções.

4. A curto prazo, em momento consideradooportuno, os Tribunais formularão umpedido conjunto no sentido de a língua por-tuguesa ser considerada língua oficial daINTOSAI.

5. A Comissão Instaladora do Tribunal deContas de Angola; o Tribunal de Contasda União, do Brasil; o Tribunal de Contasde Cabo Verde; o Tribunal de Contas daGuiné-Bissau; o Tribunal Administrativo de

TEMA: CRIAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

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50 I Encontro

Moçambique e o Supremo Tribunal de Jus-tiça de São Tomé e Príncipe, congratulan-do-se com a realização deste I Encontroem Portugal, aproveitam esta oportunida-de para agradecer ao Tribunal de Contasde Portugal, em especial ao seu Presiden-te, Prof. Doutor António de Sousa Franco,o acolhimento caloroso que lhes foi dispen-sado durante a sua estada em Lisboa.

6. Os Tribunais felicitam-se pela realizaçãodeste I Encontro e pelo clima amistoso ede compreensão que o caracterizou e con-sideram de grande interesse a continuaçãoda realização destes Encontros, pelo quedeliberaram realizar o II Encontro dosTribunais de Contas dos Países de Lín-gua Portuguesa no segundo semestre doano de 1996 em Cabo Verde (Cidade daPraia).

7. É designado, ao abrigo do artigo 5º do“MEMORANDUM DE ENTENDIMENTOS”, o Tribunalde Contas da União, do Brasil, para sededa Secretaria-Geral.

8. É designado, ao abrigo do artigo sexto do“MEMORANDUM DE ENTENDIMENTOS”, o Tribunalde Contas de Portugal para Sede do Cen-tro de Estudos e Formação.

Os Tribunais de Contas do Brasil e de Portu-gal ficam incumbidos de, conjuntamente,transmitir à INTOSAI a súmula das conclu-sões deste I Encontro.

Lisboa, 29 de Junho de 1995

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II ENCONTRO

CABO VERDE - Praia- 18 a 25 de Outubro de 1996

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53

TEMAS

TEMA I

OS TRIBUNAIS DE CONTAS EAS PRIVATIZAÇÕES

TEMA II

GARANTIAS DE INDEPENDÊN-CIA DOS TRIBUNAIS DE

CONTAS

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 55

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

TEMA I: OS TRIBUNAIS DE CONTAS E AS PRIVATIZAÇÕES

Apresentados os trabalhos relativos aoTema I, “Os Tribunais de Contase as Privatizações”, e discutidas as

conclusões e recomendações neles contidas,os representantes da Comissão Instaladora doTribunal de Contas de Angola, Tribunal de Con-tas da União (Brasil), Tribunal de Contas daRepública de Cabo Verde, Tribunal de Con-tas da República da Guiné-Bissau, TribunalAdministrativo de Moçambique, Tribunal deContas de Portugal e Supremo Tribunal de Jus-tiça de São Tomé e Príncipe, reunidos emCabo Verde, no período de 27 a 31 de Outu-bro de 1996,

Considerando que:

1. o processo de privatização possui particu-laridades de ordem histórica, cultural, po-lítica e económica que o tornam diferen-ciado em cada país, existindo razões dis-tintas que fundamentam os respectivos pro-

cedimentos, tais como: necessidade de re-duzir o papel do Estado como fonte dos in-vestimentos de que a economia necessita etornar o sector privado o principal veículopara o desenvolvimento económico,incrementando e dinamizando sua partici-pação no conjunto da economia e principal-mente naquelas áreas em que devem pre-valecer os princípios constitucionais do exer-cício da livre iniciativa e da concorrência;

2. em se tratando da transferência de patrimó-nio público a particulares, o controle dos Tri-bunais de Contas sobre o processo deprivatização torna-se indispensáveis para as-segurar a transparência de suas operaçõese a defesa do interesse colectivo;

3. o controle dos processos de privatizaçãopelos Tribunais de Contas nem sempre seapresenta claramente definido na legislaçãocorrespondente, podendo daí resultar con-trovérsias com as entidades envolvidas;

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56 II Encontro

4. o nível de comprometimento dos Tribunaiscom a privatização depende, fundamen-talmente, do ordenamento jurídico decada país, observados os pressupostos dalegalidade, da isonomia, da legitimidadee da isenção;

5. ainda que não esteja expressa em lei afaculdade dos Tribunais de Contas de fis-calizar as acções de privatização, devemestes exercer o competente controle quan-do da elaboração de parecer sobre as con-tas do Estado ou no exercício de fiscali-zação dos actos envolvendo despesas pú-blicas ou no julgamento das contas das en-tidades beneficiárias de receitas da alie-nação das empresas;

6. asistemática de controle adoptada nos pro-cessos de privatização depende muito dograu de participação do Tribunal de Con-tas, podendo ser prévia, concomitante ouposterior a cada uma das fases ou grupode fases do processo, o que propicia a ve-rificação dos aspectos de legalidade, eco-nomia, eficiência e eficácia.

Concordaram em aprovar as seguintes reco-mendações:

1. os Tribunais de Contas devem acompa-

nhar os processos de privatização a partirda fa-se de avaliação das empresas até àaplicação das receitas obtidas com asprivatizações;

2. o âmbito do controle dos processos deprivatização, a delimitação dos poderes doórgão de controle externo, bem como o de-ver de cooperação das entidades fiscaliza-das devem ser objecto de lei expressa, emcritérios e procedimentos fixados de acor-do com as competências de cada Tribunal,observados os princípios da legalidade,igualdade. moralidade, publicidade e am-pla competição ou concorrência;

3. os Tribunais de Contas, no uso de suascompetências legais, devem divulgar osresultados das acções de controle dos pro-cessos de privatização com a consequenteindicação, entre duas, das receitas arre-cadadas, das despesas efectuadas e dodestino dado aos montantes líquidosauferidos dos processos, com o objectivode manter a sociedade permanentementeinformada sobre o seu desenvolvimento;

4. a Secretaria-Geral da Comissão Mista dosTribunais de Contas deve elaborar um sis-tema de informações, implementar inter-câmbio dinâmico de experiências e pro-

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 57

mover treinamento de pessoal, com vistaao aperfeiçoamento do controle dos pro-cessos de privatizações.

Cidade da Praia, 30 de Outubro de 1996.

Presidente da Comissão Instaladora doTribunal de Contas de Angola

Carlos Menezes Pataca

Presidente do Tribunal de Contas da UniãoMarcos VInicios Vilaça

Presidente do Tribunal de Contas de CaboVerde

Anildo Martins

Presidente do Tribunal de Contas daRepública da Guiné-BissauNicandro Pereira Barreto

Presidente do Tribunal Administrativo deMoçambique

António Luís Pale

Presidente do Tribunal de Contas de PortugalAlfredo José de Sousa

Presidente do Supremo Tribunal de Justiça deSão Tomé e Príncipe

José Paquete D’Alva Teixeira

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58 II Encontro

Apresentados os trabalhos relativosao Tema II, “Garantias de Inde-pendência dos Tribunais de Con-

tas”, e discutidas as conclusões e recomen-dações neles contidas, os representantes daComissão Instaladora do Tribunal de Contasde Angola, Tribunal de Contas da União (Bra-sil), Tribunal de Contas da República de CaboVerde, Tribunal de Contas da República daGuiné-Bissau, Tribunal Administrativo deMoçambique, Tribunal de Contas de Portu-gal e Supremo Tribunal de Justiça de São Tomée Príncipe, reunidos em Cabo Verde, no perí-odo de 27 a 31 de Outubro de 1996,

Considerando que:

1. a apreciação independente, genérica e pe-riódica da correcção da actividade finan-ceira pública é, simultaneamente, pressu-posto e corolário do Estado de Direito de-mocrático e consubstancia uma autênticagarantia dos cidadãos em geral e dos cida-dãos contribuintes em particular;

2. o Tribunal de Contas é o órgão indepen-dente de controle e fiscalização da acti-vidade financeira do Estado, estando to-dos os seus organismos sujeitos a sua ju-risdição, controle e fiscalização;

3. os trabalhos de apreciação de contas rea-lizados pelos Tribunais de Contas têm comoobjectivos fundamentais a melhoria da efi-ciência e eficácia na utilização dos recur-sos públicos existentes e a indispensáveltransparência das contas públicas, confor-me as exigências da modernização e de-mocratização dos Estados;

4. constituem garantias de independência dosTribunais de Contas a consagração naConstituição do Estatuto dos seus juízes, dasua autonomia funcional e institucional,bem como de poderes jurisdicionais;

5. a autonomia funcional pressupõe uma ade-quada afectação de recursos humanos, fi-nanceiros e materiais, e a autonomiainstitucional implica a desvinculação emrelação aos órgãos e entidades sujeitos aoseu controle sem subordinação a determi-nações do Poder Executivo, nos termos daConstituição e da lei;

6. a independência implica também que osTribunais de Contas:

a) possuam autonomia administrativa, de-vendo as despesas de sua instalação efuncionamento constituir encargo do Es-tado através do respectivo orçamento;

TEMA II: GARANTIAS DE INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 59

2. deve ser garantido que os Tribunais de Con-tas se submetam apenas à Constituição eà lei, sem subordinação a determinaçõesdo Poder Executivo;

3. deve ser assegurada na constituição e nalei a competência organizacional, de ges-tão, regulamentar e administrativa, bemcomo a autonomia económico-financeirados Tribunais de Contas como meios de pre-servar a sua independência;

4. a independência funcional e administrati-va dos Tribunais de Contas pressupõe, tam-bém, a remessa directa ao Parlamento doseu orçamento para aprovação;

5. os Tribunais de Contas, enquanto órgãosindependentes de fiscalização da utiliza-ção dos dinheiros públicos, devem ter apossibilidade de dar conhecimento à opi-nião pública dos resultados das suas acti-vidades, assegurando, assim, a sua credi-bilidade.

Cidade da Praia, de 30 de Outubro de 1996.

Presidente da Comissão Instaladora doTribunal de Contas de Angola

Carlos Menezes Pataca

b) elaborem o projecto do seu orçamentoanual a ser aprovado pelo Parlamento;

c) definam os parâmetros da sua organi-zação e funcionamento;

d) possam sugerir providências legislativaspara o seu funcionamento;

e) administrem os seus recursos humanos,materiais e financeiros.

7. a credibilidade das decisões dos Tribunaisde Contas, perante os organismos fiscali-zados e os cidadãos, constitui uma alavan-ca essencial de toda a actividade do con-trole financeiro, pelo que cada relatóriodeve espelhar e traduzir com o maior rigortécnico-científico as realidades apresenta-das.

Concordam em aprovar as seguintes reco-mendações:

1. a existência dos Tribunais de Contas e suascompetências devem estar fixadas na LeiFundamental, que estabelecerá os princí-pios estruturais do seu estatuto, incluindo asua independência, bem como as prerro-gativas dos seus juízes, a disciplina dos cri-térios do seu recrutamento e a duração domandato;

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60 II Encontro

Presidente do Tribunal de Contas da UniãoMarcos Vinicios Vilaça

Presidente do Tribunal de Contas de CaboVerde

Anildo Martins

Presidente do Tribunal de Contas da Repú-blica da Guiné-Bissau

Nicandro Pereira Barreto

Presidente do Tribunal Administrativo deMoçambique,

António Luís Pale

Presidente do Tribunal de Contas de PortugalAlfredo José de Sousa

Presidente do Supremo Tribunal de Justiçade São Tomé e Príncipe

José Paquete D’Alva Teixeira

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III ENCONTRO

MOÇAMBIQUE - Maputo - 21 a 24 de Outubro de 1997

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63

TEMAS

TEMA I

OS TRIBUNAIS DE CONTASE O SISTEMA DE CONTROLO

INTERNO

TEMA II

OS TRIBUNAIS DE CONTAS NAMELHORIA DA ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 65

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

TEMA I: OS TRIBUNAIS DE CONTAS E O SISTEMA DE CONTROLO INTERNO

Apreciados e discutidos os trabalhosrelativos ao Tema I “Os Tribunaisde Contas e o Controlo Interno”,

os representantes do Tribunal de Contas daUnião (Brasil), Tribunal de Contas da Repúbli-ca de Cabo Verde, Tribunal Administrativo deMoçambique, Tribunal de Contas de Portugal,reunidos em Maputo, Moçambique, no perío-do de 21 a 24 de Outubro de 1997,

Considerando que:

1. a função do controlo das finanças públicas,quer interno quer externo, evoluiu em to-dos os Estados democráticos, na sequên-cia das recomendações dos diversos con-gressos da INTOSAI no sentido de, paraalém dos tradicionais controlos de regula-ridade e conformidade legal, privilegiar ocontrolo da boa gestão financeira orien-tado por critérios de economia, eficácia eeficiência das despesas públicas;

2. sendo o controlo interno indissociável dossistemas de gestão administrativa e finan-ceira, o controlo externo a realizar comindependência pelos tribunais de contas eentidades congéneres deve incidir tambémsobre a adequabilidade e confiabilida-de dos sistemas de controlo interno;

3. para assegurar a racionalidade e a eficá-cia dos sistemas de controlo e das finan-ças públicas, torna-se necessário organi-zar um Sistema Nacional de Controlo Inter-no, que preveja a articulação dos váriosórgãos de controlo interno entre si e esta-beleça uma relação de complementarida-de entre estes e os tribunais de contas;

4. a existência de um sistema articulado decontrolo interno, cuja fiabilidade seja cer-tificada pelos tribunais de contas atravésde auditorias, possibilita a dispensa decontrolos “a priori” e “a posteriori” pe-

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66 III Encontro

los Tribunais de Contas, e entidades con-géneres;

5. um sistema articulado de controlo interno eexterno, evita a duplicidade, por vezes si-multânea, de ambos os controlos e aumen-ta a eficácia dos Tribunais de Contas namedida da eficácia do próprio sistema decontrolo interno.

Concordam em aprovar as seguintes reco-mendações:

1. que os respectivos Governos instituam nosdiversos departamentos ministeriais, ór-gãos de controlo interno, da respectivaentidade financeira;

2. que, nos casos em que tais órgãos de con-trolo interno existam, seja articulada e har-monizada a sua actuação criando-se umverdadeiro Sistema Nacional de Con-trolo Interno;

3. que sejam criadas condições legislativase/ou administrativas para assegurar a com-plementaridade articulada entre o sis-tema de controlo interno e o sistemade controlo externo a realizar pelos tribu-nais de contas e entidades congéneres;

4. que essa articulação se consubstancie nodever legal dos órgãos de controlo in-

terno remeterem com antecedência aostribunais de contas e entidades congéne-res os programas anuais e plurianuais dassuas acções, bem como os respectivos re-latórios de auditoria, e ainda na possibili-dade de realizarem a seu pedido acçõesde controlo.

Maputo, 24 de Outubro de 1997

Presidente do Tribunal de Contas da UniãoHomero Santos

Presidente do Tribunal de Contas deCabo Verde

Anildo Martins

Presidente do Tribunal Administrativo deMoçambique

António Luís Pale

Presidente do Tribunal de Contas dePortugal

Alfredo José de Sousa

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 67

Apreciados e discutidos os trabalhosrelativos ao Tema II “Os Tribunaisde Contas na Melhoria da Admi-

nistração Pública”, os representantes do Tri-bunal de Contas da União (Brasil), Tribunal deContas da República de Cabo Verde, TribunalAdministrativo de Moçambique, Tribunal deContas de Portugal, reunidos em Maputo,Moçambique, no período de 21 a 24 de Outu-bro de 1997,

Considerando que:

1. as múltiplas necessidades colectividades aque os Estados têm de fazer face impõema adopção de critérios e métodos de ges-tão mais aptos a obter o máximo de benefí-cios na aplicação dos recursos públicoscom o mínimo de custos;

2. os Tribunais de Contas e entidades con-géneres são um importante instrumento dareforma administrativa na medida em queo controlo por eles exercido constitui umagarantia de que os recursos públicos sãoaplicados de forma adequada;

3. os Tribunais de Contas e entidades congé-neres exercem, através dos controlos pré-vio, concomitante e sucessivo, bem como

da divulgação das suas decisões, importan-te efeito pedagógico e dissuasor no senti-do da melhoria do funcionamento da Ad-ministração;

4. os Tribunais de Contas e entidades congé-neres avaliam a gestão pública segundo cri-térios de economia, eficiência e eficácia,privilegiando a utilização de métodos mo-dernos de auditoria.

Concordam em aprovar as seguintes reco-mendações:

1. Que nos relatórios de auditoria sejam fei-tas recomendações aos serviços de Admi-nistração Pública para que estes adoptemas medidas correctivas das irregularidadese ineficiências constatadas.

2. Que os Tribunais de Contas e entidades con-géneres verifiquem periodicamente, desig-nadamente nos seus relatórios anuais, ograu de acatamento das recomendaçõesfeitas à Administração.

3. Que na elaboração de projectos de legis-lação relacionada com a sua competênciaseja possibilitada aos Tribunais de Contase entidades congéneres a emissão de pa-

TEMA II: OS TRIBUNAIS DE CONTAS NA MELHORIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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68 III Encontro

receres técnicos que contribuam para o seuaperfeiçoamento;

4. que os Tribunais de Contas e entidadescongéneres colaborem nas acções de for-mação/treinamento dirigidas aos funcioná-rios da Administração Pública a pedido des-ta no sentido da melhoria dos respectivosprocedimentos administrativos;

5. que os técnicos dos Tribunais de Contas eentidades congéneres participem com re-gularidade nas acções de formação/treina-mento levadas a cabo pela própria Admi-nistração Pública.

Maputo, 24 de Outubro de 1997

Presidente do Tribunal de Contas da União,Homero Santos

Presidente do Tribunal de Contas de CaboVerde, Anildo Martins

Presidente do Tribunal Administrativo deMoçambique, António Luis Pale

Presidente do Tribunal de Contas de Portu-gal, Alfredo José de Sousa

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IV ENCONTRO

BRASIL - Brasília - 03 a 07 de Setembro de 2000

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71

TEMAS

TEMA I

OS TRIBUNAIS DE CONTASFACE AO DESENVOLVIMENTO DASTECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO ECOMUNICAÇÃO E SUA APLICAÇÃONOS SISTEMAS DE GESTÃO FINAN-

CEIRA

TEMA II

AS RELAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES SU-PREMAS DE CONTROLO (ISC) COM O

PARLAMENTO

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 73

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Apreciados e discutidos os trabalhosrelativos ao Tema I, os representan-tes do Tribunal de Contas da União

(Brasil), Tribunal de Contas da República deCabo Verde, Tribunal de Contas da Guiné-- Bissau, Tribunal Administrativo de Moçambi-que, Tribunal de Contas de Portugal e Supre-mo Tribunal de Justiça de São Tomé e Prínci-pe, além dos observadores de Timor Leste, reu-nidos em Brasília, Brasil, no período de 03 a07 de Setembro de 2000,

Considerando que:

1. o aparecimento das novas tecnologias deinformação e comunicação obriga as insti-tuições superiores de controle a uma mu-dança de procedimentos, sob pena de per-da de eficiência e eficácia de suas ações;

2. a utilização dessas novas tecnologias pa-ra fins de controle deve ser bem planifi-cada e preparada, de forma a contemplar

a avaliação da eficácia dos sistemas, dasua segurança, da integridade dos dados eda conformidade de suas atividades coma legislação vigente;

3. as novas tecnologias trazem possibilidadesde execução de novas tarefas que vêmsubstituir as antigas, com elevados ganhosde produtividade;

4. a qualidade da Administração Pública ouda gestão de qualquer entidade varia namesma razão da qualidade de seus siste-mas de informação, de comunicação, dosdados e do nível de qualificação dos seusrecursos humanos e materiais;

5. o uso de tais sistemas permitirá identificarfalhas e irregularidades assim que re-gistradas, diminuindo o período decorridoentre a impropriedade cometida e a açãofiscalizadora.

Concordam em aprovar as seguintes reco-mendações:

TEMA I: OS TRIBUNAIS DE CONTAS FACE AO DESENVOLVIMENTO DAS TECNO- LOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E SUA APLICAÇÃO NOS SISTEMAS DE GESTÃO FINANCEIRA

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74 IV Encontro

1. que as ISC atuem junto aos Parlamentosno sentido de solicitar providências comvistas à definição de um quadro legislativoe regulamentar aplicável aos documen-tos emitidos por meio magnético, inclu-indo a assinatura digital e a faturaeletrônica;

2. que as ISC promovam a massificação dastecnologias de informação e de combateà “info-exclusão”, intensificando os esfor-ços de intercâmbio e cooperação com osparceiros internacionais, em geral, e, emparticular, entre os sete, e a observânciado “Guião para o desenvolvimento dasEstratégias das TI nas Instituições Supre-mas de Controlo da INTOSAI;

3. que as ISC realizem investimentos na for-mação e capacitação de seus profissio-nais, objetivando adequá-los às novasmetodologias de trabalho, inclusive nodesenvolvimento de auditorias assistidaspor computador;

4. que as ISC se preparem para desenvol-ver auditorias informáticas como meio decertificação dos sistemas de informaçãoe de comunicação das entidades sujeitasa seu controle.

Brasília, 06 de Setembro de 2000.

Ministro Adhemar Paladini GhisiTribunal de Contas da União

Ministro Marcos Vinicios VilaçaTribunal de Contas da União

Ministro Luciano Brandão Alves de SouzaTribunal de Contas da União

Juíza-Conselheira Edelfride Barbosa AlmeidaPresidente do Tribunal de Contas de

Cabo Verde

Juiz-Conselheiro Octávio Inocêncio AlvesPresidente do Tribunal de Contas da

Guiné-Bissau

Juiz-Conselheiro António Luís PalePresidente do Tribunal Administrativo de

Moçambique

Juiz-Conselheiro Alfredo José de SousaPresidente do Tribunal de Contas de Portugal

Juíza-Conselheira M.ª Alice Vera Cruz deCarvalho

Supremo Tribunal de Justiça de São Tomé ePríncipe

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 75

Apreciados e discutidos os trabalhosrelativos ao Tema II, "As relaçõesdas ISC da CPLP com o Parla-

mento", os representantes do Tribunal de Con-tas da União (Brasil), do Tribunal de Contasde Cabo Verde, Tribunal de Contas da Guiné--Bissau, do Tribunal Administrativo de Mo-çambique, do Tribunal de Contas de Portu-gal e do Supremo Tribunal de Justiça de SãoTomé e Príncipe, além dos observadores doTimor Leste, reunidos no IV Encontro, emBrasília, no período de 4 a 6 de Setembro de2000, considerando que:

1. as Instituições Superiores de Controlo (ISC)desenvolvem actividades que demons-tram como as entidades públicas, pormeio dos seus diversos órgãos e agentes,vêm aplicando os recursos públicos arre-cadados e que esses trabalhos podem re-velar irregularidades, indicar o nome degestores públicos improbos, apontar defi-ciências em aspectos operacionais de ór-gãos ou programas públicos ou simples-mente fazer ressaltar os aspectos positi-vos e negativos de determinada gestão;

2. do relacionamento entre as ISC e o Parla-mento resulta para este o apoio técnico quepotencia um maior e mais eficaz controloda gestão financeira da coisa pública;

3. o estreitamento das relações das ISC como Parlamento, seja mediante a cooperaçãopermanente, o assessoramento em momen-tos específicos, ou ainda por intermédio dofornecimento regular de informações, con-fere aos corpos legislativos melhores con-dições para o desempenho mais eficientee eficaz das suas funções, quer quanto aocontrolo e avaliação da actividade orça-mental (tendo como objectivo melhorar aeficácia da despesa pública, como formade limitar os adiantamentos e os défices),quer quanto à produção de leis que discipli-nem a aplicação dos recursos públicos oua responsabilidade financeira;

4. à medida que a qualidade do trabalho dasISC aumenta, maiores serão também assolicitações de colaboração por parte doParlamento, o que por outro lado implicauma independência das ISC a diferentes

TEMA II: AS RELAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES SUPREMAS DE CONTROLO (ISC) COM O PARLAMENTO

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76 IV Encontro

formações dos trabalhos realizados, querpontual, prevendo-se a curto e médio pra-zo acções concretas de colaboração,designadamente ao nível das Comissões eSubcomissões, por forma a que os pedidosdo parlamento possam ser anualmente con-siderados nos Planos de Acção das ISC’s.Assim se visará a melhoria da eficácia dadespesa pública;

II. que essas acções de colaboração não seatenham apenas à etapa da execuçãoorçamental, mas possam abranger tambémo exame dos projectos de orçamentos pú-blicos, mediante a análise crítica dos valo-res orçados e dos programas que se pre-tendam executar;

III. que o Parlamento garanta a independên-cia das respectivas ISC, designadamente oseu autogoverno, através de adequadas ini-ciativas legislativas, a fim de propiciar aconcretização rigorosa e isentas das ac-ções de cooperação encetadas;

IV. que a lei consagre prazos de actuação ade-quados à estrita observância do princípioda actualidade do controlo, notadamenteno que respeita à elaboração de instrumen-tos de assessoria ao Parlamento tão impor-tantes como são os casos de Pareceres so-

níveis, para a qual necessitam do apoiodo próprio Parlamento;

5. no sentido de tal independência se enqua-dra a consagração das ISC ao nível da leiconstitucional e que a independência ape-nas existente no plano legal é insuficiente,sendo necessário que exista também doponto de vista funcional e que se eliminemeventuais interferências que possam pre-judicar o funcionamento normal das ISC;

6. um reforço das missões de controlo e ava-liação exercidas pelo Parlamento, desig-nadamente pelas suas Comissões, com acolaboração das respectivas ISC, poderádar o impulso necessário a reformas finan-ceiras mais profundas, relativamente aopróprio funcionamento do Estado e que talcooperação se constituirá num importanteinstrumento no combate à corrupção e noaperfeiçoamento das instituições públicas.

Concordam em aprovar as seguintes reco-mendações:

I. que as ISC actuem no sentido de as res-pectivas relações com o Parlamento sereminstitucionalizadas do modo mais amplopossível, nomeadamente através de vári-as formas de cooperação, quer continua-da, como o fornecimento sistemático de in-

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 77

Juíza-Conselheira Edelfride Barbosa AlmeidaPresidente do Tribunal de Contas de

Cabo Verde

Juiz-Conselheiro Octávio Inocêncio AlvesPresidente do Tribunal de Contas da

Guiné-Bissau

Juiz-Conselheiro António Luís PalePresidente do Tribunal Administrativo de

Moçambique

Juiz-Conselheiro Alfredo José de SousaPresidente do Tribunal de Contas de Portugal

Juíza-Conselheira Maria Alice Vera Cruz deCarvalho

Supremo Tribunal de Justiça de São Tomé ePríncipe

bre as Contas Gerais do Estado, em que serevela fundamental a fixação dos prazosde apresentação da Conta por parte do Go-verno, da emissão do Parecer pela ISC e,finalmente, da apreciação respectiva peloParlamento;

V. que as ISC dirijam a realização dos seustrabalhos para as áreas ou sectores consi-derados como prioritários no quadro da suamissão principal de controlo dos dinheirospúblicos e tendo presente o princípio daoportunidade do controlo.

Brasília, 06 de Setembro de 2000.

Ministro Iram SaraivaPresidente do Tribunal de Contas da União

Ministro Adhemar Paladini GhisiTribunal de Contas da União

Ministro Marcos Vinicios VilaçaTribunal de Contas da União

Ministro Luciano Brandão Alves de SouzaTribunal de Contas da União

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V ENCONTRO/I ASSEMBLEIA-GERALPORTUGAL - Ponta Delgada - 15 a 17 de Julho de 2001

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81

TEMA

OS TRIBUNAIS DE CONTAS DA CPLP E OSDESAFIOS DAS AUDITORIAS

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 83

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

D ecorridas as apreciações ediscus sões relativamente aotema “Os Tribunais de Con-

tas da CPLP e os Desafios das Audi-torias”, os representantes do Tribunal deContas de Angola, Tribunal de Contas daUnião (Brasil), Tribunal de Contas deCabo Verde, Tribunal de Contas da Guiné-Bissau, Tribunal Administrativo deMoçambique, Tribunal de Contas de Por-tugal e Supremo Tribunal de Justiça deSão Tomé e Príncipe, reunidos na cidadede Ponta Delgada, Açores, S. Miguel, Por-tugal, nos dias 16 e 17 de Julho de 2001,

Considerando que:

1. as crescentes inquietações da Socie-dade quanto à forma com que têm sidotratados os recursos públicos e as ex-pectativas quanto à elevação da qua-

lidade de vida das populações, tem exigi-do do poder público, em especial dos ór-gãos de controle, respostas que não po-dem ser dadas com mero exame de peçascontábeis;

2. a introdução de métodos avançados de au-ditoria constitui, para as instituições, um de-safio, e uma oportunidade para a evoluçãodos nossos Tribunais de Contas no sentido dese transformarem em instituições modernasdo controlo financeiro, capazes de contro-lar com eficiência e eficácia toda a activi-dade financeira pública e serem, ainda, ins-trumentos jurídicos de primeira ordem na lutacontra a corrupção;

3. as actuais exigências da globalização ecompetitividade das economias, aliadas àsconstantes pressões da sociedade de infor-mação e comunicação e sobretudo as cadavez maiores reivindicações dos eleitores,

TEMA: OS TRIBUNAIS DE CONTAS DA CPLP E OS DESAFIOS DAS AUDITORIAS

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84 V Encontro/I Assembleia Geral

levam o Estado a exercer uma complexa ac-tividade financeira, socorrendo-se de novosinstrumentos e formas de “engenharia” finan-ceira, jurídica, orçamental, social e política,o que se traduz num permanente desafio deactualização para as instituições de contro-lo externo das finanças públicas;

4. as actividades relativas ao controlo finan-ceiro inserem-se, na maioria dos nossos pa-íses, no modelo designado por fiscalizaçãojurisdicional, exercendo a função de audi-toria um relevante papel;

5. a auditoria tornou-se, nos nossos dias, numinstrumento indispensável de controlo dasfinanças públicas pela via da certificaçãoe avaliação da eficácia, eficiência eeconomicidade no uso dos dinheiros pú-blicos;

6. a auditoria é um exame ou verificação deuma dada matéria, tendente a analisar aconformidade da mesma com determina-das regras, normas ou objectivos, condu-zido por uma pessoa idónea, tecnicamen-te preparada, realizado com observânciade certos princípios, métodos e técnicas ge-ralmente aceites, com vista a possibilitarao auditor formar uma opinião e emitir umparecer sobre a matéria analisada;

7. as instituições Supremas de auditoria damaioria dos países de língua portuguesasão de um sistema de fiscalização préviae fiscalização sucessiva consubstanciadano visto prévio e no julgamento de contasdos organismos, sendo auditoria um ele-mento novo no que carece de desenvol-vimento.

Concordam em aprovar as seguintes reco-mendações:

1. que sejam consolidadas as bases jurídicas,que possibilitem a prática de auditoria emsuas diversas modalidades;

2. que se dote os Tribunais de Contas de umalegislação actualizada, capaz de permitira sua transformação em instituições mo-dernas e eficientes, como supremos órgãosde controlo da actividade pública;

3. que se procure instituir e desenvolver aauditoria de acordo com as Normas daINTOSAI;

4. que os Tribunais de Contas providenciemum diagnóstico das respectivas deficiên-cias, conjunturais e estruturais, que limi-tam o desenvolvimento das auditorias noconjunto das acções de controle externo,

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 85

CABO VERDE - Praia, 24 de Outubro de1996

CABO VERDE - Praia, 24 de Outubro de 1996

CABO VERDE - Praia, 24 de Outubro de 1996identificando as oportunidades de melho-ria, com vista ao estabelecimento de umprograma de aperfeiçoamento nesses as-pectos;

5. que se desenvolvam planos estratégicoscom vista a objectivar o desenvolvimentoda auditoria;

6. que se criem normas e procedimentos deauditoria com uma sólida base científicaque dê credibilidade à actividade de con-trolo, alinhadas com políticas e normas in-ternacionalmente aceites;

7. que sejam desenvolvidas actividades decooperação, envolvendo os Tribunais deContas da CPLP nas áreas de (a) Norma-tização de auditorias, mediante o desen-volvimento de normas, padrões e documen-tos técnicos aplicáveis às possíveis áreasde interesses comuns e de (b) Suportetecnológico à fiscalização, mediante diag-nóstico prévio das necessidades de cadainstituição da CPLP, de forma a possibilitaro incremento no uso de recursos deinformática a serviço das auditorias;

8. que os Tribunais de Contas elaborem os seuspróprios Manuais de Auditoria e Procedi-mentos, que devem ser periodicamente

actualizados e adaptados, considerando asalterações e evoluções da própria activi-dade financeira pública;

9. que os Tribunais de Contas promovam, per-manentemente, o controlo efectivo do graude acatamento das suas recomendaçõespelos respectivos destinatários;

10. que os Tribunais de Contas desenvolvammétodos de avaliação, que permitam es-tabelecer prioridades no que se refere àsauditorias a serem executadas, favore-cendo a relação custo/benefício dos tra-balhos;

11. que se desenvolvam estratégias específi-cas de recrutamento e formação dos au-ditores, no sentido de um aumento gra-dual de disponibilização de pessoal qua-lificado, de modo a poder cobrir, cada vezmais e melhor, as necessidades nestaárea;

12. que os Tribunais de Contas sejam dota-dos de tecto remuneratório que incentiveo recrutamento e a retenção dos quadros,bem como assegure a sua necessáriaindeclinável independência;

13. que se reforce a cooperação entre os Tri-bunais de Contas, para troca de experi-

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86 V Encontro/I Assembleia Geral

ências e consolidação de conhecimen-tos no domínio das auditorias;

14. que se desenvolvam, com o apoio do Tri-bunal de Contas da União (Brasil) e doTribunal de Contas de Portugal, progra-mas de formação profissional, predomi-nantemente nos países dos tribunaisbeneficiários;

15. que o Tribunal de Contas da União (Bra-sil) e o Tribunal de Contas de Portugal sedisponibilizem, através dos organismosvocacionados dos respectivos países,para aquisição de bolsas de estudo, des-tinados aos técnicos dos nossos tribunais,em instituições de ensino daqueles paí-ses;

16. que se criem unidades de auditorias a pro-jectos financiados com fundos externos,que contem com o concurso de técnicosexpatriados;

17. que os Tribunais de Contas estabeleçamum canal formal e permanente de comu-nicação com entidades representativasda sociedade, que permita a identifica-ção de suas expectativas quanto à formada sua actuação e que possibilite, ainda,a divulgação dos resultados das auditori-

as realizadas, inclusive divulgando asboas práticas de gestão identificadas peloTribunal de Contas durante os trabalhosde fiscalização.

Ponta Delgada, 17 de Julho de 2001

Presidente do Tribunal de Contas deAngola, Julião António

Presidente do Tribunal de Contas da União(Brasil),Humberto Guimarães Souto

Presidente do Tribunal de Contas de CaboVerde, Edelfride Barbosa de Almeida

Presidente do Tribunal de Contas deGuiné-Bissau, Caetano N’tchama

Presidente do Tribunal Administrativo deMoçambique, António Luís Pale

Presidente do Tribunal de Contas dePortugal, Alfredo José de Sousa

Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiçade São Tomé e Príncipe, Bartolomeu

Josefino Amado Vaz

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II ASSEMBLEIA-GERAL

ANGOLA - Luanda - 06 a 08 de Novembro de 2002

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89

TEMAS

TEMA I

A INFLUÊNCIA DOS TRIBU-NAIS DE CONTAS NAS REFOR-

MAS ADMINISTRATIVAS

TEMA II

A BOA GOVERNAÇÃO E OPAPEL DAS INSTITUIÇÕES

SUPREMAS DE CONTROLO

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 91

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

D ecorridas as apreciações e dis- cussões relativamente aos te-

mas “Influência das ISC nasReformas Administrativas” e “Boa Gover-nação e o Papel das ISC”, os representantesdo Tribunal de Contas de Angola, Tribunal deContas da União (Brasil), Tribunal de Contas deCabo Verde, Tribunal Administrativo deMoçambique, Tribunal de Contas de Portugal eSupremo Tribunal de Justiça de São Tomé e Prín-cipe, reunidos na cidade de Luanda nos dias 6,7 e 8 de Novembro de 2002.

Considerando que:

1. o Estado assume múltiplas funções e queestas evoluem permanentemente e inte-gram novas formas de parceria com o sec-tor privado;

2. a utilidade do controlo técnico que as ISCasseguram decorre do impacto que a suaapreciação da qualidade e do rigor da ges-tão dos dinheiros públicos lograr junto dasentidades responsáveis pelo controlo polí-tico e da opinião pública;

3. as ISC dispõem de uma visão alargada so-bre as actividades e as organizações dosector público;

4. a “Boa Governação” passa pela observân-cia de princípios tão importantes como se-jam a participação de toda a sociedade, atransparência, a responsabilização, a equi-dade, a ética e a visão de longo prazo;

5. as ISC são defensoras da legalidade finan-ceira e que esta é essencial à “Boa Gover-nação”;

TEMA I - A INFLUÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS NAS REFORMAS ADMINISTRATIVAS

TEMA II - A BOA GOVERNAÇÃO E O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES SUPREMAS DE CONTROLO

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92 I I Assembleia Geral

Concordam em aprovar as seguintes reco-mendações:

1. o relacionamento das ISC com os audi-tados e, em geral, com os demais órgãosde soberania, deverá preservar a indepen-dência das ISC;

2. o parecer das ISC, na preparação da legis-lação financeira, poderá contribuir utilmen-te para a robustez e eficácia daquela legis-lação. As recomendações, em matéria deorganização e dos procedimentos da admi-nistração pública, formuladas no âmbito dasauditorias, são outra contribuição importan-te para a eficácia das reformas administrati-vas;

3. as ISC deverão constituir-se em modelos deexcelência para a Administração Pública,adoptando as melhores práticas (v.g., recru-tamento, formação, metodologias), tanto noque respeita à sua gestão interna como noque se refere à sua acção fiscalizadora;

4. as ISC deverão acompanhar as reformasadministrativas, tanto quanto possível des-de a fase inicial, conferindo eficiência eeficácia à realização das verificações quelhe incumbem;

5. as ISC deverão intensificar a verificaçãodo cumprimento da lei, reforçando a efi-cácia dos quadros legais, reguladores dagestão pública;

6. a acção das ISC deve contribuir para aprevenção da corrupção, da fraude e dodesperdício na gestão da coisa pública;

7. as ISC deverão promover a formação deseus funcionários, por forma a dotar o seuquadro de pessoal de profissionais capazesde assegurar uma prestação de serviço queresponda às necessidades e anseios dos con-tribuintes e da sociedade em geral;

8. as ISC deverão procurar alargar as suascompetências e atribuições, de modo aexercerem um controlo da “boa gestão fi-nanceira”, para além do controlo da le-galidade e regularidade das receitas e dasdespesas públicas.

Luanda, aos 08 de Novembro de 2002

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 93

Presidente do Tribunal de Contas deAngola, Julião António

Presidente do Tribunal de Contas da União(Brasil), Humberto Guimarães Souto

Presidente do Tribunal de Contas de CaboVerde, Edelfride Barbosa de Almeida

Presidente do Tribunal Administrativo deMoçambique, António Luís Pale

Presidente do Tribunal de Contas dePortugal, Alfredo José de Sousa

Presidente do Supremo Tribunal de Justiça deSão Tomé e Príncipe, Maria Alice Rodrigues

Vera Cruz de Carvalho

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94

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III ASSEMBLEIA-GERAL

BRASIL - Fortaleza - 26 a 28 de Julho de 2004

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97

TEMAS

TEMA I

A RELAÇÃO DOS TRIBUNAISDE CONTAS COM O CON-

TROLE INTERNO

TEMA II

A INDEPENDÊNCIA DOSTRIBUNAIS DE CONTAS

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 99

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

A III Assembléia Geral das ISC daCPLP, realizada em Fortaleza, de 26a 28 de Julho de 2004, analisou o

tema “A relação das ISC com o controlointerno”, cujo debate permitiu uma frutuosatroca de impressões sobre a matéria, após oque foram aprovadas as conclusões e as re-comendações seguintes:

Considerando que:

1. o controlo financeiro constitui peça-chavenum regime democrático, que tem comoum dos seus pilares a legalidade, a trans-parência e a boa gestão dos dinheiros pú-blicos, isto é, dos dinheiros dos cidadãoscontribuintes;

2. a credibilidade dos poderes públicos quan-to à utilização dos recursos da colectivi-dade depende, em grande medida, da efi-cácia do controlo financeiro;

3. o controlo interno é um instrumento indis-

TEMA I: A RELAÇÃO DAS ISC COM O CONTROLO INTERNO

pensável a uma boa gestão, devendomuniciar informação aos gestores públi-cos, visando garantir a legalidade da ac-tividade financeira, a boa organizaçãodos serviços públicos e a optimizaçãoda utilização dos recursos públicos;

4. no exercício da sua actividade de con-trolo financeiro, as ISC devem apreciar aadequabilidade e a fiabilidade dos siste-mas de controlo interno, quer ao nível dosdepartamentos governamentais quer aonível dos próprios serviços e organismos,incluindo as autarquias locais, formulan-do recomendações específicas visando àsua criação ou ao seu aperfeiçoamento;

5. as ISC devem sensibilizar os respectivosParlamentos e Governos para a necessi-dade da instituição de órgãos de controlointerno, nos respectivos departamentosgovernamentais.

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100 I I I Assembleia Geral

Recomendações:

1. recomenda-se que os órgãos de controlointerno actuem de forma coordenada entresi. As ISC devem contribuir para essa arti-culação do sistema de controlo interno edeste com as próprias ISC, sem prejuízo dasespecificidades das respectivas funções. Talarticulação permitiria uma maior coberturado vasto universo de serviços públicos a con-trolar e evitar duplicações de controlos eeventuais contradições;

2. recomenda-se que os organismos de con-trolo interno devam, nos termos da lei:

a. remeter às ISC os planos plurianuais eanuais de controlo;

b. remeter às ISC os relatórios das acçõesde controlo realizadas, sem dependên-cia de autorização prévia do Governo;

c. realizar as acções de controlo solicita-das pelas ISC, sempre que razões espe-ciais o justificarem;

3. recomenda-se que as ISC e os órgãos decontrolo interno devam partilhar as acçõesde formação permanente dos respectivosauditores;

4. recomenda-se que quer os órgãos de con-trolo interno quer as ISC devam estabele-

cer canais de comunicação permanentecom a sociedade, incluindo através de mei-os electrônicos disponíveis, estimulandoassim o controlo social da actividade fi-nanceira do Estado.

Presidente do Tribunal de Contas de AngolaConselheiro Julião António

Presidente do Tribunal de Contas da União,do Brasil

Ministro Valmir Campelo

Pelo Presidente do Tribunal de Contas deCabo Verde

Conselheira Sara Boal

Presidente do Tribunal de Contas daGuiné-Bissau

Conselheiro Alfredo Nunes

Presidente do Tribunal Administrativo deMoçambique

Conselheiro António Luis Pale

Presidente do Tribunal de Contas de PortugalConselheiro Alfredo José de Sousa

Presidente do Tribunal de Contas de SãoTomé e Príncipe

Conselheiro Francisco Fortunato Pires

Comissariado de Auditoria de MacauComissária Fátima Choi Mei Lei

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 101

ISC a consagração constitucional dos seuspoderes, a equiparação do estatuto dos seusmembros ao dos juízes do Supremo Tribu-nal e o seu autogoverno administrativo, fi-nanceiro e regulamentar;

4. a transparência das deliberações das ISCe a colegialidade da sua aprovação, bemcomo a sua divulgação perante os cida-dãos contribuintes, reforça a independên-cia da sua atuação;

5. esses são os princípios básicos da indepen-dência das ISC aprovados no XVIIINCOSAI, Seul, 2001.

Concordam em aprovar as seguintes reco-mendações:

1. que seja atribuída às ISC autonomia admi-nistrativa e financeira, bem como compe-tência para regulamentar o seu funciona-mento interno, de forma a permitir um com-pleto autogoverno;

2. que as ISC aprovem a planificação estra-tégica anual ou plurianual da sua activi-dade fiscalizadora segundo os seus próprioscritérios;

Decorridas as apreciações e discus-sões relativamente ao tema II “AIndependência dos Tribunais de

Contas”, os representantes do Tribunal de Con-tas de Angola, Tribunal de Contas da União(Brasil), Tribunal de Contas de Cabo Verde,Tribunal de Contas da Guiné-Bissau, TribunalAdministrativo de Moçambique, Tribunal deContas de Portugal e Tribunal de Contas deSão Tomé e Príncipe, reunidos na cidade deFortaleza nos dias 26, 27 e 28 de Julho de 2004,aprovam as seguintes conclusões e recomen-dações:

Considerando que:

1. as ISC constituem órgãos superiores decontrolo externo e independente da activi-dade financeira do Estado;

2. a credibilidade da fiscalização, bem comoda própria actividade financeira do Esta-do, aos olhos dos cidadãos contribuintes de-pende, em primeira linha, da independên-cia das ISC, face aos restantes poderes doEstado;

3. constituem garantias de independência das

TEMA II - A INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS

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102 I I I Assembleia Geral

3. que seja consagrada a colegialidade dasdeliberações das ISC em matéria de fisca-lização financeira, como reforço da sua in-dependência;

4. que se criem mecanismos legislativos e ad-ministrativos para reforçar a colaboraçãoentre as ISC e o Poder Legislativo, no querespeita à fiscalização da actividade finan-ceira do Estado e ao seguimento das suasrecomendações;

5. que se implementem todas as recomenda-ções da INTOSAI em matéria de indepen-dência das ISC.

Presidente do Tribunal de Contas de AngolaConselheiro Julião António

Presidente do Tribunal de Contas da União,do Brasil

Ministro Valmir Campelo

Pelo Presidente do Tribunal de Contas deCabo Verde

Conselheira Sara Boal

Presidente do Tribunal de Contas daGuiné-Bissau

Conselheiro Alfredo Nunes

Presidente do Tribunal Administrativode Moçambique

Conselheiro António Luis Pale

Presidente do Tribunal de Contas dePortugal

Conselheiro Alfredo José de Sousa

Presidente do Tribunal de Contas de SãoTomé e Príncipe

Conselheiro Francisco Fortunato Pires

Comissariado de Auditoria de MacauComissária Fátima Choi Mei Lei

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REUNIÕES DA COMISSÃO MISTA DE COOPERAÇÃOTÉCNICA, CIENTÍFICA E CULTURAL E

DO CONSELHO DIRECTIVO

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 105

CABO VERDE - Praia, 28 e 29 de Outubro de 1996

Estiveram reunidos na Cidade da Praia,República de Cabo Verde, nos dias 28e 29 de Outubro de 1996, os mem-

bros da Comissão Mista de Cooperação Téc-nica, Científica e Cultural dos Tribunais deContas dos Países de Língua Portuguesa, como objectivo de deliberar a respeito do Progra-ma de Cooperação para o Triénio de 1996/1998, bem como sobre as actividades da Se-cretaria-Geral da Comissão Mista.

Sr. Secretário-Geral iniciou a reunião so-licitando aos presentes sugestões acerca do Pro-jecto de Programa de Cooperação para 96/98que fora previamente distribuído a todos os in-tegrantes da Comissão. Esclareceu que o Qua-dro-resumo do Programa foi elaborado combase nas proposições enviadas pelos Tribunaisem resposta à solicitação da Secretaria-Geral.

Vários participantes se manifestaram,oferecendo sugestões, havendo sido aprova-das as seguintes:

1. a realização de cursos e seminários aserem ministrados por técnicos dosdiferentes Tribunais nas sedes das Ins-

tituições interessadas, conforme soli-citação do Presidente do Tribunal Ad-ministrativo de Moçambique, Conse-lheiro Dr. António Luís Pale, e do Tri-bunal de Contas da Guiné Bissau, Con-selheiro Dr. Nicandro Barreto;

2. a realização de cursos especialmen-te dirigidos aos servidores dos Tribu-nais integrantes da Comunidade,conforme proposta do Senhor Minis-tro Fernando Gonçalves, do Tribunalde Contas da União;

3. a realização de auditorias conjuntas,experiência já realizada por técni-cos dos Tribunais de Contas do Bra-sil e de Portugal, conforme lembrouo Conselheiro Dr. José Tavares, doTribunal de Contas de Portugal;

4. a necessidade de serem buscadasfontes de financiamento para fazerface às despesas com deslocamentode juízes e técnicos dos Tribunais, emviagens relacionadas com as activi-

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106 Reunião da Comissão Mista

dades de cooperação. Sugestão doPresidente do Tribunal de Contas daGuiné-Bissau, Conselheiro Dr. Ni-candro Pereira Barreto.

No curso dos debates, o Presidente doTribunal de Contas da União, Ministro Mar-cos Vilaça, formulou convite aos Presidentesdas Instituições-irmãs (Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Angola e São Tomé e Principe) no sen-tido de conhecerem o TCU, em Brasília, nopróximo ano, em datas a serem acertadas.

O convite, por todos aceite, motivoumanifestações de agradecimento de todos osPresidentes daqueles Tribunais.

A seguir, Conselheiro Dr. José Tavares,do Tribunal de Contas de Portugal, comuniouaos presentes que o Presidente do seu Tribu-nal, Conselheiro Dr. Alfredo José de Sousaconvidaria os Tribunais de Contas da CPLP aparticiparem, como observadores, do semi-nário da EUROSAI em Lisboa em 1998.

Ouvidas e discutidas as contribuiçõesapresentadas, o Sr. Secretário-Geral passoua tratar da periodicidade dos Encontros dosTribunais de Contas bem como das reuniõesda Comissão Mista e do local onde se reali-zariam os próximos Encontros. Ambas as ques-tões, aliás, esclareceu o Senhor Secretário-

Geral, já constam do Quadro-resumo das ac-tividades do triénio em referência.

Após terem sido exaustivamente discu-tidas as várias sugestões relativas ao assuntoem pauta, ficou assente o seguinte:

a) as reuniões da Comisão Mista serãoconcomitantes com os Encontros dosTribunais de Contas dos Países de Lín-gua Portuguesa;

b) os referidos Encontros serão anuaisaté ao ano 2000 e, a partir daí, bi-anuais;

c) a escolha dos países que sediarão osEncontros será feita com base no cri-tério de alternância: dois Encontrossucessivos em países africanos, se-guindo-se um no Brasil ou em Portu-gal. Dessa maneira, depois deste En-contro em Cabo Verde, haverá maisum em país africano, sucedido deoutro no Brasil, e assim por diante.

d) o País sede do III Encontro, em 1997,será Moçambique.

Nesse ponto, interveio o Presidente doTribunal de Contas da União, Ministro MarcosVilaça, solicitando que o Encontro do ano 2000ocorra no Brasil, tendo em vista as comemora-ções do quinto centenário do descobrimentodo país, no que teve o acatamento de todos.

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 107

Dando por encerrado esse item da pau-ta, o Sr. Secretário-Geral lembrou a necessi-dade de todos os Tribunais enviarem os no-mes de seus representantes na Comissão Mis-ta. E aqueles que já o fizeram, que na oportu-nidade deste Encontro de Cabo Verde, proce-dam à ratificação dos mesmos.

Ao término da reunião, o Senhor Secretá-rio-Geral agradeceu a colaboração recebidados integrantes dos Tribunais de Contas. Fez umapelo renovado no sentido de que se continu-em a enviar sugestões para que assim possadesimcubir-se das honrosas funções que lhe fo-ram cometidas pelo Presidente Marcos Vilaça.Enfatizou que continua à disposição dos com-panheiros para quaisquer solicitações.

No mesmo ensejo o Secretário-Geral co-municou que o Presidente do TCU colocou àdisposição da Secretaria-Geral dependências doedifício sede do Tribunal de Contas e determi-nou o apoio administrativo necessário ao desen-volvimento das ações da SG.

Dessa forma foi dada por encerrada areunião com agradecimentos do MinistroLuciano Brandão aos membros brasileiros daComissão Mista, Presidente Marcos Vilaça eMinistro Adhemar Ghisi e especialmente à ge-nerosa compreensão de todos os colegas dos

Tribunais de Contas dos Países de Língua Por-tuguesa e, em particular, ao Sr. Presidente doTribunal anfitrião, digno Conselheiro AnildoMartins.

Cidade da Praia, 29 de Ouubro de 1996.

Luciano Brandão Alves de SousaSecretário-Geral

Carlos Menezes PatacaComissão Instaladora do Tribunal de Contas

de Angola

Marcos Vinicios Rodrigues VilaçaTribunal de Contas da União (Brasil)

Adhemar Paladini GhisiTribunal de Contas da União (Brasil)

Anildo MartinsTribunal de Contas de Cabo Verde

Manuel DelgadoTribunal de Contas de Cabo Verde

Nicandro Pereira BarretoTribunal de Contas da Guiné-Bissau

Francisco Rosa CáTribunal de Contas da Guiné-Bissau

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108 Reunião da Comissão Mista

António Luís PaleTribunal Administrativo de Moçambique

Januário Fernando GuibundaTribunal Administrativo de Moçambique

Alfredo José de SousaTribunal de Contas de Portugal

José TavaresTribunal de Contas de Portugal

José Paquete D´Alva TeixeiraSupremo Tribunal de Justiça de São Tomé e

Príncipe

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 109

Em 24 de Outubro de 1997, durante arealização do III Encontro dos Tribunais de Contas dos Países de Língua

Portuguesa, estiveram reunidos em Maputo,Moçambique, os Membros da comissão Mistade Cooperação Técnica, Científica e culturaldo Tribunal Administrativo de Moçambique(Juízes-Conselheiros António Luís Pale, AntónioVictor Barros e Januário Fernando Guibunda)e dos Tribunais de Contas da União do Brasil(Ministros Adhemar Ghisi e Marcos Vilaça),de Cabo Verde (Juiz-Conselheiro Manuel Del-gado) e de Portugal (Juiz-Conselheiro AlfredoJosé de Sousa e Vice-Directora Helena Lopes).A reunião contou também com a presença dosPresidentes do Tribunal de Contas da União,Ministros Homero Santos, e do Tribunal de Con-tas de Cabo Verde, Juiz-Conselheiro AnildoMartins.

A Reunião foi dirigida pelo Presidentedo III Encontro, Dr. António Luís Pale, Presi-dente do Tribunal Administrativo de Mo-çambique. Comunicou Sua Excelência aospresentes que a Sessão se iniciaria com o re-lato do Senhor Secretário-Geral da Comissão

Mista, Luciano Brandão Alves de Souza, a res-peito das actividades desenvolvidas pela Se-cretaria-Geral nos anos de 1996 e 1997.

O Sr. Secretário-Geral fez distribuir atodos o Relatório dessas actividades, cujo tex-to passa a integrar esta Ata. Fez a seguir umasíntese das partes fundamentais do mesmoRelatório. Esclareceu que o Presidente do Tri-bunal de Contas de Portugal, Juiz-Conselhei-ro Dr. Alfredo José de Sousa, faria tambémuma exposição resumida das acções desen-volvidas pelo Centro de Estudos e Formação,sediado em Lisboa.

Destacou o Ministro Luciano Brandão aelaboração, pela Secretaria-Geral, do Antepro-jecto de Estatuto da Organização dos Tribunaisde Contas dos Países de Língua Portuguesa, Assugestões para aperfeiçoamento desse texto po-deriam ser encaminhadas antes de sua discus-são final, que propôs fosse realizada durante opróximo IV Encontro. Esclareceu que os princi-pais pontos do Anteprojecto constavam do re-sumo lido e distribuído durante a Reunião.

De sua parte, o Conselheiro Alfredo Jo-sé de Sousa descreveu as acções de forma-

MOÇAMBIQUE - Maputo - 24 de Outubro de 1997

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110 Reunião da Comissão Mista

ção e treinamento das quais participaramtécnicos de Tribunais africanos e brasileiro.Referiu-se também à realização da Reuniãoda EUROSAI em Junho de 1998, ratificandoo convite feito, durante o Encontro de CaboVerde, a todos os Tribunais de Conta dos Pa-íses de Língua para que participassem des-sa Reunião na qualidade de observadores.

Leu em seguida o Presidente AntónioLuís Pale a proposta de Moção de Reconhe-cimento e Agradecimento ao Arquiteto bra-sileiro Oscar Niemeyer pela criação e ofer-ta do Logotipo da Organização dos Tribunaisde Contas dos Países de Língua Portuguesa,o qual, a partir do Encontro de Maputo, pas-saria a ser o símbolo dos Tribunais lusófonos.

Com a palavra o Presidente do Tribu-nal de Contas de Portugal, externou sua pre-ocupação pela ausência, não justificada, daComissão Instaladora do Tribunal de Contasde Angola. Lembrou Sua Excelência que asausências do Tribunal de Contas da Guiné--Bissau e do Supremo Tribunal de Justiça deSão Tomé e Príncipe haviam sido justificadas,ao passo que nada se sabia acerca dos moti-vos impeditivos do comparecimento da Ins-tituição angolana.

Compartilhando os presentes dessapreocupação, foram apresentadas algumas

sugestões para o esclarecimento da situaçãoda Comissão Instaladora do Tribunal de Con-tas de Angola. Todos deploraram o nãocomparecimento das Instituições de Angola,da Guiné-Bissau e de São Tomé e Príncipe.

Sugeriu-se que o Senhor Secretário-Ge-ral viajasse a Angola para melhor se infor-mar. Além disso, o Presidente António Paleapresentou proposta, aceita por todos, paraque se desse conhecimento a outras entida-des públicas angolanas da existência da Or-ganização dos Tribunais de Contas dos Paí-ses de Língua Portuguesa e da importânciado papel da Comissão Instaladora do Tribu-nal de Contas de Angola nessa Organização.

A seguir, o Presidente António Pale re-lembrou o que ficou acertado, em Cabo Ver-de, a respeito dos Encontros posteriores, noque concerne a sede e periodicidade. Feztambém referência à realização do IV Encon-tro no Brasil. Com a palavra o Ministro Mar-cos Vilaça, propôs que se realizasse, por oca-sião da Assembleia da EUROSAI, em Lisboa,uma Reunião da Comissão Mista. Sugeriu fos-sem então reavaliados os critérios para reali-zação dos Encontros estabelecidos em CaboVerde, repensando-se a conveniência do IVEncontro efectivar-se ainda em 1998. O Pre-sidente do Tribunal de Contas de Portugal,

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 111

Juiz-Conselheiro Dr. Alfredo José de Sousa, ma-nifestou-se inteiramente de acordo com a pro-posição do Ministro Vilaça, assim como todosos presentes.

O Presidente António Luís Pale a tratardo Anteprojecto do Estatuto, colocando em vo-tação os seguintes pontos indicados na pro-posição lida pelo Senhor Secretário-Geral:

· aceitação da ideia de se aprovar umestatuto da Organização dos Tribunaisde Contas dos Países de Língua Por-tuguesa;

· definição de prazo para apresentaçãode sugestões e emendas;

· definição do Tribunal-Relator.

Aprova a elaboração de um estatuto, de-cidiu-se ainda que as sugestões e emendas de-verão ser encaminhadas até 30 de Abril de1998 à Secretaria-Geral e que, durante a Reu-nião da Comissão Mista em Lisboa, tambémem 1998, será então escolhido o Tribunal-Relator do Projecto, que apresentará seu tra-balho consolidado durante o IV Encontro.

Por proposta do Senhor Secretário-Ge-ral, o Presidente António Luís Pale sugeriu aratificação do Programa de Actividades de Co-operação 1996-1998 aprovado durante o IIEncontro em Cabo Verde. Foi aceita a propo-

sição, por unanimidade. Prosseguirão, dessaforma, ainda neste final de 1997, e ao longode todo o ano de 1998, as ações visando aimplementação do PAC 96/98. Encareceu ain-da Sua Excelência a necessidade de todos osTribunais participantes, que ainda não o fize-ram, enviarem à Secretaria-Geral os nomesde seus representantes junto à Comissão Mis-ta, participação essa prevista no Memorandumde Entendimentos firmado em 29 de Junho de1995 em Lisboa. A seguir, passou o PresidenteAntónio Pale a palavra ao Juiz-ConselheiroDr. Anildo Martins, Presidente do Tribunal deContas de Cabo Verde.

O Dr. Anildo Martins anunciou o próxi-mo término de sua gestão à frente do Tribunalde Contas de Cabo Verde. Manifestando-sesobre o anúncio, o Ministro Marcos Vilaça lou-vou sua atuação, registrando sua contribuiçãoà comunidade dos Tribunais de Contas dosPaíses de Língua Portuguesa, ressaltando a re-alização do II Encontro, por ele presidido. Se-guiram-se pronunciamentos dos Presidentes doTribunal Administrativo de Moçambique e doTribunal de Contas de Portugal, ambos louvan-do a fecunda atuação do dirigente da Institui-ção de Contas cabo-verdiana.

Ao término da Reunião da ComissãoMista o Senhor Secretário-Geral agradeceu a

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112 Reunião da Comissão Mista

colaboração recebida dos integrantes dos Tri-bunais de Contas. Também renovou apelo nosentido de que continuem a enviar sugestões,para que assim possa melhor desincumbir-sedas honrosas funções que lhe foram cometi-das.

Nada mais havendo a tratar, o SenhorPresidente do Tribunal Administrativo deMoçambique, Juiz-Conselheiro António LuísPale, encerrou a Reunião da Comissão Mistarealizada durante o III Encontro dos Tribunaisde Contas dos Países de Língua Portuguesa.

Maputo, 24 de Outubro de 1997.

Ministro Homero Santos

Presidente do Tribunal de Contas da União

Ministro Adhemar Ghisi

Ministro Marcos Vilaça

Tribunal de Contas da União

Juiz Conselheiro Anildo Martins

Presidente do Tribunal de Contas de

Cabo Verde

Juiz Conselheiro Manuel Delgado

Tribunal de Contas de Cabo Verde

Juiz Conselheiro António Luís Pale

Presidente do Tribunal Administrativo de

Moçambique

Juiz Conselheiro António Victor

Barros dos Santos

Tribunal Administrativo de Moçambique

Juiz Conselheiro Alfredo José de Sousa

Presidente do Tribunal de Contas de Portugal

Sub-Directora Helena Lopes

Tribunal de Contas de Portugal

Ministro Luciano Brandão Alves de Sousa

Secretário-Geral da Comissão Mista

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 113

A Reunião foi presidida pelo Juiz-Con-selheiro Dr. Alfredo José de Sousa, Presidentedo Tribunal de Contas de Portugal, que, aoiniciá-la, saudou as Delegações presentes -Delegações da Comissão Instaladora do Tri-bunal de Contas de Angola, do Tribunal deContas da União (Brasil), do Tribunal Admi-nistrativo de Moçambique, do Tribunal de Con-tas de Portugal, do Supremo Tribunal de Justi-ça de S. Tomé e Príncipe e do Tribunal de Con-tas de Macau, este último na condição de ob-servador.

Saudando os participantes, o Senhor Pre-sidente da Reunião fez referência especial aosrepresentantes de Macau, presentes como ob-servadores, sugerindo fosse essa condiçãoconsagrada no Estatuto da Organização,atualmente em preparo. Ressaltou igualmen-te a presença de uma representante do Insti-tuto de Cooperação de Portugal, fazendo vo-tos que as atividades de cooperação dos Tri-bunais de Contas dos Países de Língua Portu-guesa tenham o acompanhamento e, eventu-almente, o auxílio do Instituto.

PORTUGAL - Lisboa, 30 de Junho de 1998

O Senhor Presidente registrou a ausên-cia de representantes dos Tribunais de Con-tas de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, lamen-tando-a e, ao mesmo tempo, justificando-a.Lembrou aos presentes a grave crise políti-co-militar por que passa o Estado guineense,situação que impediu a presença de repre-sentantes do Tribunal daquele País na Reu-nião de Lisboa. A respeito do Tribunal de Con-tas de Cabo Verde esclareceu que o antigoPresidente da Instituição havia deixado o car-go recentemente e que, até aquele momen-to, não fora nomeado o seu sucessor.

Ao aludir à crise da Guiné-Bissau, for-mulou o Senhor Presidente um voto para quea situação se normalize, por meios pacíficos,o mais rapidamente possível, retomando oEstado da Guiné-Bissau seu ritmo de consoli-dação democrática, daí ressurgindo fortale-cido o Tribunal de Contas daquele País.

A seguir, o Senhor Presidente focalizoua utilização do logotipo da Organização cria-do pelo Arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.Preliminarmente, procedeu à leitura de men-

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114 Reunião da Comissão Mista

sagem dirigida por Sua Senhoria aos Tribu-nais de Contas dos Países de Língua Portu-guesa, em agradecimento à homenagem aele feita durante o III Encontro dos Tribunais,em Maputo, Moçambique, em outubro de1997. ( A mensagem passa a constituir o Ane-xo I da Presente Ata.)

Lida a mensagem, o Senhor Presidenteexpressou a expectativa de que o trabalho doArquiteto Oscar Niemeyer fosse consagradocomo o logotipo da Organização dos Tribunaisde Contas dos Países de Língua Portuguesa,propondo a sua utilização em todas as mani-festações da Organização e em toda a sua cor-respondência externa e interna. Foi, então,aprovada a proposta, por aclamação.

Passou-se depois ao próximo item dapauta – a apresentação dos Relatórios deAtividades do Centro de Estudos e Formação eda Secretaria-Geral da Comissão Mista. A lei-tura do Relatório do Centro foi feita pelo Diretor-Geral do Tribunal de Contas de Portugal, Juiz-Conselheiro Dr. José Tavares. (O Relatório pas-sa a integrar a presente Ata, como Anexo II.)

Concluída a leitura, o Presidente pro-pôs a remessa do Relatório do Centro de Es-tudos e Formação, após sua aprovação, à Se-cretaria-Executiva da CPLP e ao Instituto deCooperação de Portugal. Em seguida, solici-

tou ao Secretário-Geral da Comissão Mista,Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, aapresentação do Relatório de Atividades daSecretaria-Geral (Anexo III).

Lido esse desse documento, o SenhorPresidente franqueou a palavra aos presen-tes acerca do que fora apresentado nos doisRelatórios. O Presidente do TCU, MinistroHomero Santos, pediu a palavra para louvaro trabalho desenvolvido pelo Secretário-Ge-ral da Comissão Mista. Não havendo maismanifestações, o Presidente propôs a apro-vação de ambos os documentos, o que foiacatado por todos os presentes.

Na seqüência dos trabalhos, o próxi-mo item da pauta – o Anteprojeto do Estatutoda Organização – foi posto em discussão. As-sinalou o Senhor Presidente haver dois itensa serem examinados: as emendas oferecidaspelos Membros da Comissão Mista e a esco-lha do Tribunal Relator. Para que todos se in-teirassem a respeito dos dois pontos, solici-tou ao Ministro Luciano Brandão Alves deSouza, Secretário-Geral da Comissão Mista,que informasse sobre a atual situação doAnteprojeto.

Lembrou Sua Excelência que, duranteo III Encontro realizado em outubro de 1997em Maputo, fixara-se prazo para o envio à

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Secretaria-Geral de emendas e sugestões aotexto do Anteprojeto. Reunidas as contribui-ções pela Secretaria-Geral, estavam sendo,naquele momento, apresentadas aos partici-pantes da Reunião de Lisboa. No materialcolocado à disposição das Delegações, aSecretaria-Geral incluiu o texto apresentadoem Maputo, acompanhado das sugestões en-viadas, com a indicação dos respectivos au-tores. O Ministro Luciano Brandão esclareceuainda que, havendo examinado novamente oAnteprojeto, teve a oportunidade de fazernovas sugestões, concernentes, predominan-temente, a redação. Por último, o Secretário-Geral mencionou que, também em Maputo,foi decidido que naquela Reunião de Lisboaseria escolhido o Tribunal-Relator, responsá-vel pela apresentação do Projeto para discus-são e aprovação, durante o IV Encontro.

O Presidente do Tribunal Administrati-vo de Moçambique, Juiz-Conselheiro Dr.António Luís Pale, pronunciou-se para re-gistrar não terem sido incluídas, entre as con-tribuições apresentadas as sugestões do Tri-bunal Administrativo, encaminhadas à Secre-taria-Geral antes do III Encontro. Ao que oMinistro Luciano Brandão esclareceu já te-rem sido incorporadas ao texto do An-teprojeto, e assim consideradas em Maputo.

Propôs então o Senhor PresidenteAlfredo José de Sousa que a Delegação do Tri-bunal Administrativo de Moçambique verifi-casse a efetiva inclusão de suas sugestões,com o que concordou o Presidente daqueleTribunal, sem prejuízo de sugerir que o Relatorviesse a fazer, também, uma nova conferên-cia, quando da realização de seu trabalho deelaboração do Projeto a ser discutido duranteo IV Encontro. Passou-se depois a tratar dadesignação do Tribunal-Relator.

Inicialmente foi indagado se algum Tri-bunal se dispunha a relatar o Projeto do Esta-tuto. Manifestou-se o Presidente do TribunalAdministrativo de Moçambique, sugerindo queo Tribunal de Contas de Portugal fosse desig-nado Relator, uma vez que é sede do Centrode Estudos e Formação dos Tribunais de Con-tas dos Países de Língua Portuguesa. Consi-derando essa idéia e tendo em vista que ne-nhuma outra Delegação se apresentou para atarefa, foi designado o Tribunal de Contas dePortugal como Relator do Projeto do Estatuto.Ao falar sobre o trabalho que seria desenvol-vido a partir do Anteprojeto, o Senhor Presi-dente Alfredo José de Sousa assegurou aos Tri-bunais a oportunidade de enviar outras suges-tões ao texto que julgassem pertinentes, umavez que o Projeto só seria apresentado duran-

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te o IV Encontro. Informou que, antes doEvento, o texto seria mais uma vez submeti-do à consideração de todos. O MinistroLuciano Brandão colocou a Secretaria-Ge-ral à disposição para auxiliar o Tribunal dePortugal naquilo que fosse necessário.

O Senhor Presidente antecipou doispontos que o Tribunal de Contas de Portugalincluiria no Projeto do Estatuto. O primeiroseria a concessão do status de observador aoTribunal de Contas de Macau no âmbito daOrganização dos Tribunais de Contas dos Paí-ses de Língua Portuguesa. Macau passará àadministração portuguesa em 1999, porém oseu Tribunal de Contas deverá continuar a terimportante ligação cultural com Portugal. As-sim, a Instituição adquiriria, no Estatuto da Or-ganização dos Tribunais de Contas da CPLP,um direito que seria mantido, quaisquer quefossem as alterações a partir de 1999.

O segundo ponto seria a inclusão de umdispositivo no Projeto do Estatuto que disses-se respeito ao ingresso da Entidade Fiscali-zadora Superior de Timor Leste, quando a si-tuação do País assim o permitisse.

A seguir, o Ministro Adhemar Ghisi, doTribunal de Contas da União, usou da palavrapara apoiar o merecido destaque que o SenhorPresidente Alfredo José de Sousa estava dando

ao ingresso, na Organização, do Tribunal deContas de Macau, como observador, e da Ins-tituição de Timor Leste que venha a ser criadaquando da esperada retomada da autonomiapolítica daquele País. O Ministro ressaltou a re-levância de os Tribunais de Contas dos Paísesde Língua Portuguesa demonstrarem sua preo-cupação quanto às Instituições de Macau eTimor Leste, acrescentando julgar importantea comunicação dessa questão às organizaçõesinternacionais de Entidades Fiscalizadoras Su-periores a que pertencem os Tribunais da CPLP(a Intosai e outras organizações regionais deEFS(s), como a Olacefs).

Ao agradecer a intervenção do MinistroGhisi, o Senhor Presidente afirmou estarem assuas observações suscitando a inclusão de umoutro ponto no texto do Anteprojeto do Estatu-to: um dispositivo que contemplasse a conve-niência da articulação da Organização dos Tri-bunais de Contas dos Países de Língua Portu-guesa com as organizações regionais de Enti-dades Fiscalizadoras Superiores das quais fa-zem parte os Tribunais lusófonos: a Olacefs, aEurosai, a Afrosai e a Asosai.

O Presidente do Tribunal Administrati-vo de Moçambique, Conselheiro AntónioLuís Pale, observou então que, ao se tratardas questões relativas a Macau, a Timor Leste

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e ao relacionamento com as citadas Organi-zações regionais, dever-se-ia levar em con-sideração o Memorandum de Entendimentos,que via como uma espécie de constituiçãoda Organização, devendo o Estatuto refletiro seu teor. Propôs, por isso, que as idéias al-vitradas fossem examinadas à luz do Memo-randum, providenciando-se, se fosse o caso,emendas ou aditamentos ao seu texto.

Concordando com a realização dessetrabalho, sugeriu o Senhor Presidente AlfredoJosé de Sousa que, durante o IV Encontro, jun-tamente com a discussão do Projeto de Esta-tuto, fossem examinados eventuais aditamen-tos ao Memorandum, caso se venha a con-cluir sobre a sua necessidade.

Encerrada a discussão sobre o Antepro-jeto do Estatuto, passou-se a discutir os crité-rios para a realização dos Encontros dos Tri-bunais de Contas lusófonos no que tange aolocal e à periodicidade.

Após haver lido os trechos das Atas dasReuniões da Comissão Mista de 1996, emCabo Verde, e de 1997, em Moçambique, quecuidaram dessa questão (Anexos IV e V, res-pectivamente), o Senhor Presidente colocouem votação, primeiramente, a conveniênciade se realizar o IV Encontro ainda em 1998,consoante a deliberação da Reunião de Cabo

Verde no sentido de serem feitos Encontrosanuais até o ano 2000.

Manifestaram-se a propósito os Presi-dentes do Tribunal Administrativo de Moçam-bique e do Supremo Tribunal de Justiça de S.Tomé e Príncipe, afirmando não consideraremoportuna a realização do IV Encontro aindaem 1998. Em seguida, o Presidente do Tribu-nal de Contas de Macau expressou sua satis-fação em participar de qualquer evento quefosse acertado. Ponderou, no entanto, as difi-culdades para a participação num próximo En-contro, principalmente se fosse realizado em1999, tendo em vista as mudanças que ocor-rerão em Macau naquele ano. O Presidenteda Comissão Instaladora do Tribunal de Con-tas de Angola também pronunciou-se pela nãorealização de um Encontro ainda em 1998.Por último, o Presidente do Tribunal de Con-tas da União votou por não se realizar o even-to em 1998, acrescentando que só no ano2000, no Brasil, deveria ter lugar o IV Encon-tro.

Com a rejeição, por unanimidade, darealização de Encontro ainda em 1998, o Se-nhor Presidente colocou em votação realizá-lo em 1999.

O primeiro a se pronunciar foi o Presi-dente António Pale, do Tribunal Administrati-

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vo de Moçambique, que demonstrou preo-cupação com a instalação do Tribunal deContas de Angola e destacou a contribuiçãoque um Encontro no ano de 1999 naquelepaís poderia representar para esse fato.

Para responder à sugestão do Presiden-te Pale, o Presidente da Comissão Instaladorado Tribunal de Contas de Angola, Juiz CarlosMenezes Pataca, apresentou, preliminar-mente, um breve relato sobre a situação doTribunal de Contas de Angola (Anexo VI).Após essa exposição, o Juiz Carlos Patacaponderou que, naquele momento, não po-deria dar resposta definitiva acerca da rea-lização de um Encontro em 1999 em Ango-la, para tanto sendo necessário consultar oMinistro Justiça de seu País, atualmentesuperintendendo a instalação do Tribunal deContas.

Retomando a palavra, o PresidenteAntónio Pale aludiu à deliberação de Mapu-to no sentido de os Tribunais de Contaslusófonos trabalharem para a criação de umclima propício ao surgimento e ao desenvol-vimento do Tribunal de Angola, havendo-se,inclusive, proposto que o Secretário-Geralda Comissão Mista fosse a Luanda com o pro-pósito de sensibilizar as autoridades ango-lanas para o assunto. Considerou que a mis-

são atribuída ao Secretário-Geral poderia sersuprida pela presença de Delegações das Ins-tituições de Contas lusófonas em Luanda,como participantes do IV Encontro.

Consultou então o Senhor PresidenteAlfredo José de Sousa o Juiz-Conselheiro Dr.Pascoal Lima dos Santos Daio, Presidente doSupremo Tribunal de Justiça de S. Tomé e Prín-cipe, a respeito da possibilidade de se realizaro IV Encontro, em 1999, naquele País. Acolhen-do a idéia, o Senhor Juiz-Conselheiro Daio afir-mou poder organizar o Evento no segundo se-mestre de 1999, contando, para tanto, com oapoio do Tribunal de Contas de Portugal e daSecretaria-Geral da Comissão Mista.

Colocado em votação o oferecimentodo dirigente do Supremo Tribunal de Justiçade S. Tomé e Príncipe, concordaram unami-memente as Delegações com a realizaçãodo IV Encontro naquele País, no perído suge-rido. Os Presidentes do Tribunal de Contas daUnião e de Portugal, ao apresentarem seusvotos, colocaram as duas Instituições à dis-posição para auxiliarem a Entidade santo-mense na organização e realização do Even-to, lembrando o Senhor Presidente da Insti-tuição portuguesa a possibilidade de se soli-citar, também, o apoio da Secretaria-Execu-tiva da CPLP.

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Resumindo as decisões tomadas no sen-tido de se realizar o IV Encontro em São Tomée Príncipe e o V Encontro no Brasil, o SenhorPresidente fez votos para que o Encontro se-guinte – o VI – pudesse ter lugar em Angola.Não obstante, o Senhor Presidente retomou aquestão da instalação do Tribunal de Contasde Angola, lembrando a deliberação tomadaem Maputo no sentido de ser realizada visitado Secretário-Geral a Luanda para tratar daquestão.

O Senhor Presidente colocou-se à dis-posição para, juntamente com um represen-tante do Tribunal de Contas da União e daSecretaria-Geral, visitar Angola, em períodoconsiderado oportuno, com pedido de audi-ência ao Chefe do Governo e ao Presidentedo Parlamento para com suas Excelênciasmanter conversações sobre a situação do Tri-bunal de Contas angolano.

Posto o assunto em discussão e votação,as Delegações dos Tribunais e o Secretário-Geral manifestaram-se inteiramente de acordocom a proposição, ficando assente que a visitaocorreria ainda no ano de 1998. Ficou o Se-nhor Secretário-Geral incumbido de estabele-cer contatos com as autoridades angolanas parao agendamento das audiências.

Franqueando o Senhor Presidente a pa-

lavra, o Dr. António Luís Pale informou que oTribunal Administrativo de Moçambique estáfiliado a outra organização regional de Insti-tuições Superiores de Controle da África Aus-tral, a Southern Africa Supreme AuditInstitutions – Sadcosai, em cujo âmbito têmsido promovidas várias ações de cooperação.Acrescentou haver dado conhecimento aosdemais membros dessa Organização sobre aexistência do fórum dos Tribunais de Contasdos Países de Língua Portuguesa, inclusive pormeio de artigo de sua autoria a ser em brevepublicado na Revista da Sadcosai. Tão logoa edição da Revista contendo a referida ma-téria seja publicada, o Tribunal de Moçam-bique enviará alguns exemplares à Secreta-ria-Geral, para distribuição às demais Insti-tuições de Contas dos Países lusófonos.

Pronunciou-se, em seguida, o Juiz-Con-selheiro Dr. António Barros dos Santos, tam-bém da Delegação moçambicana, pararegistrar solicitação ao Tribunal de Contas dePortugal no sentido de manter o Tribunal Ad-ministrativo de Moçambique informado acer-ca de novas publicações na área do contro-le, enviando, eventualmente, as que fossemconsideradas de interesse para o trabalho daInstituição.

Com a palavra, o Senhor Diretor-Geral

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do Tribunal de Contas de Portugal, Juiz-Con-selheiro Dr. José Tavares, sugeriu fosse comu-nicada à Secretaria-Geral da Intosai a reali-zação daquela Reunião da Comissão Mista eremetida notícia sobre a Reunião à Revistadaquela Organização.

Passando a abordar a admissão do Tri-bunal de Contas de Angola na Intosai, obser-vou o Conselheiro José Tavares que, em no-vembro de 1998, seria realizado o Congres-so da Intosai, precedido pela reunião de seuConselho Diretivo. Lembrou que, na últimareunião do Conselho, foi tratada a questão doingresso do Tribunal de Contas de Angola naIntosai, havendo a Secretaria-Geral daquelaOrganização informado que a Instituição an-golana ainda não havia sido instalada. Dian-te disso, e considerando que os Tribunais deContas de Portugal e do Brasil integram oConselho Diretivo da Intosai, propôs o Con-selheiro José Tavares que o Presidente da Co-missão Instaladora, Juiz Dr. Carlos MenezesPataca, informasse a Secretaria-Geral daOrganização a respeito da situação atual doTribunal de Angola, com o intuito de ser a En-tidade, já no próximo Congresso a se realizarem novembro, admitida como membro.

A seguir, o Presidente do Supremo Tri-bunal de Justiça de S. Tomé e Príncipe, Juiz-

Conselheiro Dr. Pascoal Lima dos SantosDaio, destacou a importância do recebimentode material técnico e do acesso a documen-tos para o Supremo Tribunal. Além disso, in-formou que a Instituição que preside estaráinserida num projeto de cooperação a serimplementado com o Programa das NaçõesUnidas para o Desenvolvimento – PNUD,para assistência técnica e formação de pes-soal. A execução do projeto permitirá umaação de cooperação mais estreita com o Tri-bunal de Contas de Portugal.

Foi então dada a palavra ao Presiden-te do Tribunal de Contas de Macau, que agra-deceu o convite para participar da Reuniãoda Comissão Mista como observador. Reite-rou seu interesse em ser mantida essa parti-cipação, independentemente do perfil que aInstituição venha a tomar, após as mudançasque ocorrerão em Macau em 1999.

Manifestou-se depois o Presidente daComissão Instaladora do Tribunal de Contasde Angola, para agradecer e apoiar a pro-posta feita pelo Conselheiro Dr. José Tavaresno sentido de a Comissão Instaladora reme-ter informe à Secretaria-Geral da Intosai e,também, para solicitar que o material biblio-gráfico julgado de interesse seja também en-caminhado à Comissão.

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Indagado o Presidente do Tribunal deContas da União, Ministro Homero Santos, sedesejava ainda tratar de qualquer outro as-sunto ainda não discutido, passou Sua Exce-lência a palavra a outro membro da Delega-ção brasileira, Ministro Adhemar Ghisi, queleu minuta de sua autoria, de Moção de Soli-dariedade ao Tribunal de Contas da Guiné-Bissau. O texto foi acolhido por todas as De-legações e aprovada sua remessa ao Tribunalde Contas da Guiné-Bissau, ao Tribunal deContas de Cabo Verde (por estar ausente) e àSecretaria-Executiva da CPLP. (Cópia da Mo-ção foi juntada à presente Ata, como AnexoVII.)

Ao final da Reunião, o Presidente do Tri-bunal de Contas da União, Ministro HomeroSantos, falando em nome de toda a Delega-ção brasileira, apresentou ao Tribunal de Con-tas de Portugal agradecimentos pela forma cor-dial como estava sendo recebido e elogiou aexemplar organização dos dois eventos en-tão promovidos pela Instituição portuguesa -o Seminário da Eurosai e a Reunião da Co-missão Mista.

O Secretário-Geral da Comissão Mista,Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, for-malizou também seu reconhecimento, não sóao Tribunal anfitrião, na pessoa do Presidente

Alfredo José de Sousa, mas a todos os inte-grantes da Organização, pelo competenteapoio que vem sendo prestado ao trabalho daSecretaria-Geral.

Nada mais havendo a tratar, o SenhorJuiz-Conselheiro Dr. Alfredo José de Sousa, deupor encerrada a Reunião da Comissão Mista,da qual foi lavrada esta Ata, que vai por mim,Secretário-Geral da Comissão Mista de Coope-ração Técnica, Científica e Cultural dos Tribu-nais de Contas dos Países de Língua Portugue-sa, assinada e por todos os Presidentes de Tribu-nais e Membros da Comissão Mista presentes.

Lisboa, 30 de junho de 1998.

Carlos Menezes Pataca

Presidente da Comissão Instaladora doTribunal de Contas de Angola

Homero Santos

Presidente do Tribunal de Contas da União

Adhemar GhisiMarcos Vilaça

Tribunal de Contas da União

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122 Reunião da Comissão Mista

António Luís PalePresidente do Tribunal Administrativo de

MoçambiqueAntónio Victor Barros dos Santos

Tribunal Administrativo de MoçambiqueJanuário Fernando Guibunda

Tribunal Administrativo de Moçambique

Alfredo José de SousaPresidente do Tribunal de Contas de Portugal

José TavaresTribunal de Contas de Portugal

Pascoal Lima dos Santos DaioPresidente do Supremo Tribunal de Justiça

de São Tomé e Príncipe

Luciano Brandão Alves de SouzaSecretário-Geral

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 123

PORTUGAL - Lisboa, 11 de Novembro de 1999

A Reunião foi presidida pelo Juiz-Con-selheiro Dr. Alfredo José de Sousa,Presidente do Tribunal de Contas de

Portugal, e contou com as seguintes partici-pações: do Tribunal de Contas da União, osMinistros Adhemar Ghisi e Marcos Vilaça; doTribunal de Contas de Cabo Verde, sua Presi-dente, Juíza-Conselheira Dra. Edelfride Bar-bosa de Almeida, o Juiz-Conselheiro Dr. Ma-nuel Delgado e o Diretor de Serviços Dr.António Pedro Silva; do Tribunal de Contas daGuiné-Bissau, seu Presidente, Juiz-Conselhei-ro Dr. Otávio Inocêncio Alves, e o Juiz-Con-selheiro Dr. Francisco Rosa Cá; do TribunalAdministrativo de Moçambique, seu Presiden-te, Juiz-Conselheiro Dr. António Luís Pale; doTribunal de Contas de Portugal, além do Pre-sidente, Juiz-Conselheiro Dr. Alfredo José deSousa, o Juiz-Conselheiro Dr. José Alves Car-doso, Vice-Presidente, e o Juiz-Conselheiro Dr.José Tavares, Diretor-Geral; e, finalmente, doSupremo Tribunal de Justiça de São Tomé ePríncipe, o Juiz-Conselheiro Dr. Pascoal Limados Santos Daio, Presidente da instituição.

Além de estar presente como represen-tante do Tribunal de Contas da União, o Mi-nistro Adhemar Ghisi participou da Reuniãocomo Secretário-Geral ad hoc, por indicaçãodo Presidente do TCU, Ministro Iram Saraiva,em razão de afastamento temporário do titu-lar da Secretaria-Geral, Ministro LucianoBrandão Alves de Souza, para tratamento desaúde.

O Presidente do Tribunal de Contas dePortugal, Juiz-Conselheiro Dr. Alfredo José deSousa, iniciou agradecendo o pronto atendi-mento de todos à convocação para a Reuniãoda Comissão Mista e ao convite para a Cele-bração dos 150 Anos do Tribunal de Contasde Portugal, ocorrida na véspera, dia 10 denovembro, na medida em que ambos foramfeitos somente cerca de um mês antes.

Registrou a ausência de representantesda Comissão Instaladora do Tribunal de Con-tas de Angola, informando que tivera a inten-ção de ouvir dos representantes daquela Co-missão informações sobre o estágio em quese encontrava o processo de instalação do Tri-

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bunal angolano para, a partir delas, trabalharnuma estratégia para a admissão da institui-ção na Intosai. Contudo, diante da ausênciade elementos e informações, a questão seriasobrestada.

Em seguida, apresentou proposição,aprovada por unanimidade, no sentido de sermanifestado um voto de pesar pelo falecimen-to do Juiz-Conselheiro Dr. Nicandro Barreto,ex-Presidente do Tribunal de Contas da Guiné--Bissau. Segundo o Presidente Alfredo de Sou-sa, nas vezes em que o Conselheiro Nicandroparticipou das reuniões dos Tribunais de Con-tas da CPLP, demonstrou uma grande vonta-de de ver cumpridos os propósitos do Memo-randum.

Antes de passar a cuidar da agenda detrabalhos, fez distribuir às delegações meda-lhas comemorativas alusivas aos 150 anos doTribunal de Contas de Portugal. A seguir, in-troduziu o primeiro tópico da agenda - a apro-vação e assinatura da ata da Reunião da Co-missão Mista de 30 de junho de 1998.

O Diretor-Geral do Tribunal de Contasde Portugal, Juiz-Conselheiro Dr. José Tava-res, enumerou os principais tópicos da ata,dando uma idéia geral sobre seu conteúdo.Após a apresentação desse resumo, o Presi-dente Alfredo José de Sousa passou a pala-

vra ao Secretário-Geral nomeado para a Reu-nião, Ministro Adhemar Ghisi, para qualquercomentário que julgasse necessário.

O Ministro lembrou que todos os pre-sentes já tinham conhecimento do conteúdodo documento resumido pelo Diretor-Geral,à exceção dos representantes do Tribunal deContas da Guiné-Bissau. Explicou o Secretá-rio-Geral que as comunicações por correioentre o Brasil e a Guiné-Bissau estavam sus-pensas desde o final de 1998, não tendo sidopossível, portanto, encaminhar a ata àquelepaís. Diante disso, o Ministro colocou-se àdisposição da delegação guineense para pres-tar qualquer esclarecimento acerca do con-teúdo das discussões havidas na Reunião daComissão Mista de 1998.

Retomando a palavra, o Senhor Presiden-te Alfredo de Sousa estendeu o oferecimentoaos representantes do Tribunal de Contas deCabo Verde, uma vez que, de igual modo, nãopuderam comparecer à Reunião de 1998.

O Presidente do Tribunal de Contas daGuiné-Bissau, Juiz-Conselheiro Dr. OtávioInocêncio Alves, fez uso da oportunidadepara, primeiramente, agradecer ao Presidentee ao Diretor-Geral do Tribunal de Contas dePortugal por haverem formulado o convitepara a celebração dos 150 anos do Tribunal

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português e para a Reunião da Comissão Mis-ta e insistido na presença da delegaçãoguineense nos dois eventos.

A seguir, o Presidente Inocêncio Alvesdeu aos presentes um breve informe sobre asituação geral do Tribunal, no contexto da si-tuação da Guiné-Bissau, começando pelaquestão das comunicações e citando o casodas correspondências da Secretaria-Geral.

Disse que o Tribunal vinha recebendotais correspondências, mas que, com o iníciodos conflitos armados em Bissau, elas foraminterrompidas. Narrou as dificuldades que ainstituição enfrentou no período da guerra,desde roubos e saques até a falta de funcio-nários. Disse que houve períodos em que foraele, o Presidente, a única presença na insti-tuição, dado que os funcionários tiveram quese afastar da cidade.

Comentou também sobre a fase de recu-peração do país e do Tribunal de Contas, jáintroduzindo alguns pontos que desenvolve-ria em outro momento da Reunião: a revisãoda Constituição guineense aprovada em ju-lho de 1999, que incluiu mudanças concer-nentes ao Tribunal, e o processo de normali-zação das atividades da entidade após o perí-odo de guerra.

A Presidente do Tribunal de Contas de

Cabo Verde usou da palavra para, inicialmen-te, manifestar sua satisfação por estar toman-do parte, pela primeira vez, de um encontrodas instituições de contas da CPLP. Confirmouter recebido o texto da ata enviado pela Se-cretaria-Geral da Comissão Mista e lembroua participação que o Tribunal cabo-verdianoteve na elaboração do Estatuto, cujo projetoseria apresentado naquela ocasião, consisten-te em contribuições enviadas, ao devido tem-po, à Secretaria-Geral.

Antes de considerar aprovada a ata, oPresidente da Reunião facultou a palavra àsdelegações para algum comentário adicional.Em não havendo, considerou-a aprovada,com a retificação de um erro material. O tre-cho do documento “Macau passará à Admi-nistração portuguesa em 1999...” foi retificadopara “Macau passará à Administração chi-nesa em 1999...”.

Lembrando o Senhor Presidente da Reu-nião que a ata fora elaborada sob a responsabi-lidade do Ministro Luciano Brandão Alves deSouza, Secretário-Geral da Comissão Mista,sugeriu que se fizesse um voto de pronto res-tabelecimento ao Ministro, com o que todosse manifestaram de acordo.

Em seguida, indagou se as delegaçõesconcordavam com a agenda de trabalhos dis-

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tribuída. Todos assentindo, considerou-a apro-vada e passou a tratar do segundo ponto nelaindicado: notícias dos Tribunais de Contas daCPLP (a agenda aprovada foi juntada à pre-sente ata como anexo I).

A primeira delegação a fazer uso da pa-lavra foi a do Tribunal de Contas da União. OMinistro Marcos Vilaça confirmou, em nomedo Presidente Iram Saraiva, o convite para arealização do IV Encontro dos Tribunais deContas dos Países de Língua Portuguesa emBrasília. O Ministro sugeriu a realização doEncontro em maio de 2000, inserido no con-texto das comemorações dos 500 anos do des-cobrimento do Brasil. Informou aos presentesque, no mesmo ano, o TCU sediará tambéma X Assembléia Geral da Olacefs.

Após a comunicação dessas notícias, oMinistro Marcos Vilaça adiantou duas propos-tas às delegações. A primeira foi uma moçãode apoio dos Tribunais de Contas dos Paísesde Língua Portuguesa a Timor Lorosae, nosentido de oferecer à Instituição Superior deControle que vier a ser instituída naquele paíscolaboração técnica e de convidá-la para in-gressar na Organização.

Já a segunda proposta foi no sentido deque os Tribunais de Contas dos Países de Lín-gua Portuguesa, como grupo promotor de inter-

câmbio técnico, cultural e científico fundamen-tado no idioma comum, manifestassem apoioao Instituto Internacional da Língua Portugue-sa. Para tanto, sugeriu o Ministro que cada umadas sete Instituições se dirigisse aos seus res-pectivos Ministérios da Educação, da Culturae das Relações Exteriores, ou órgãos equiva-lentes, com esse manifesto comum.

O Instituto foi criado a 10 de novembrode 1989, em São Luís, Maranhão, por AtoConstitutivo assinado pelos Chefes de Estadode Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe,com o objetivo de defender, promover e difun-dir a língua portuguesa, no pressuposto de quese trata de patrimônio comum desses países.

No entender do Ministro Vilaça, a lín-gua portuguesa necessita do trabalho do Ins-tituto e do cuidado de todos, especialmentediante da busca empreendida pelas naçõesmais desenvolvidas de afirmação de seus idi-omas nacionais em todo o mundo. Justifican-do assim sua proposição, enfatizou tambémoutro aspecto que a torna pertinente. Nãoobstante todo o significado e importância doInstituto Internacional da Língua Portuguesa,os governos dos sete países, ao longo dessesdez anos, não vêm trabalhando adequada-mente para o seu fortalecimento.

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Havendo o Ministro Marcos Vilaça con-cluído, o Presidente Alfredo José de Sousaacrescentou uma observação quanto à ques-tão da língua. Ponderou que a admissão doTribunal de Contas de Angola na Intosai seriauma das condições a propiciar uma propostaaceitável de reconhecimento do idioma por-tuguês como língua oficial daquela Organi-zação. Sugeriu o Senhor Presidente que, tãologo se consume a admissão do Tribunal an-golano, os demais Tribunais de Contasreforçem seus esforços para a oficializaçãoda língua portuguesa na Intosai.

Dito isso, passou a palavra à Presiden-te do Tribunal de Contas de Cabo Verde, Juíza-Conselheira Dra. Edelfride Barbosa. Inicial-mente, a Conselheira agradeceu o convitepara participar da celebração dos 150 anosdo Tribunal de Contas de Portugal. A seguir,manifestou sua concordância com as duasproposições apresentadas pelo Ministro Mar-cos Vilaça, ressaltando a relevância da ques-tão do idioma, sentida especialmente em reu-niões e congressos internacionais de Entida-des Fiscalizadoras Superiores, mencionandoespecificamente os encontros da Afrosai,quando os participantes de língua portuguesasão sempre obrigados a usar outro idioma quenão o seu.

A Presidente voltou-se então às notíciassobre o Tribunal de Contas de Cabo Verde. In-formou que a instituição pretende realizar umareformulação do quadro legal sobre o qual sãodesenvolvidas suas atividades. Outra notícia foia de que o Tribunal está criando uma nova uni-dade – uma célula de execução orçamental –,para melhor atender ao Parlamento, especial-mente no que concerne às Contas do Estadocabo-verdiano. Para alcançar esses objetivos,a Presidente conta com a colaboração dos ou-tros Tribunais de Contas da CPLP.

A Conselheira-Presidente mencionouque o Tribunal de Contas de Cabo Verde pre-tende dar maior ênfase ao aspecto da forma-ção de seus quadros, tendo em vista, princi-palmente, o objetivo de desenvolver trabalhosde campo que requerem especialização. Aolado da formação, citou o recrutamento de pes-soal como outra meta da instituição.

Por último, declarou que todos esses as-pectos de reforço institucional estão sendo bus-cados como forma de aperfeiçoar a imagem doTribunal de Contas de Cabo Verde e de atendermelhor aos contribuintes que estão sempre aexigir a boa utilização do dinheiro público.

Após o pronunciamento da Presidenteda instituição cabo-verdiana, a palavra foi pas-sada ao Presidente do Tribunal de Contas da

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Guiné-Bissau, Juiz-Conselheiro Dr. OtávioInocêncio Alves.

O Presidente Inocêncio Alves iniciouagradecendo pela oportunidade de sua parti-cipação na Reunião. Logo depois, fez seu re-lato sobre a situação do Tribunal de Contasda Guiné-Bissau.

Informou que foi aprovada, em julhodeste ano, uma revisão da Constituiçãoguineense, em cuja elaboração o Senhor Pre-sidente Inocêncio Alves trabalhou, comomembro do secretariado técnico que asses-sorou a Comissão de Revisão, até ser nomea-do para presidir o Tribunal de Contas.

Logo após ser empossado, em 26 demarço de 1998, o Presidente elaborou um do-cumento endereçado aos órgãos de sobera-nia da Guiné-Bissau descrevendo a situaçãodo Tribunal de Contas, em diversos aspectos,e chamando atenção para a necessidade deserem tomadas providências urgentes no to-cante a recursos humanos e equipamentosque garantam o funcionamento da instituição.Alertando para o fato de o relato estardesatualizado em alguns pontos, solicitou suadistribuição aos presentes. (O documentopassa a integrar a presente ata como anexoII.)

O Presidente informou que a revisão

constitucional aprovada em julho pela As-sembléia Nacional Popular ainda não entra-ra em vigor, em virtude da situação políticado país. A revisão incluiu mudanças concer-nentes às competências do Tribunal de Con-tas da Guiné-Bissau, acrescentando-se a atri-buição de fiscalização das receitas públicasà de controle das despesas públicas, já exis-tente. O novo texto constitucional altera tam-bém a forma de nomeação dos juízes do Tri-bunal de Contas e de indicação de seu Pre-sidente.

Destacou que o Tribunal de Contas jáestá funcionando normalmente, havendo to-dos os funcionários retornado ao trabalho,uma vez encerrados os atos de guerra. Ou-tra notícia foi a ampliação das instalações doTribunal, com a construção de um prédio ane-xo. Há, inclusive, a possibilidade de a enti-dade ser transferida para um prédio novo.

Quanto aos recursos humanos, informouque o Tribunal vem funcionando com apenasum juiz, quando o previsto são três. Essa, aliás,é a principal razão para o Tribunal vir atuando,até o momento, apenas em processos de visto.Em breve, porém, será lançado concurso pú-blico para contratação de pessoal.

O Presidente ressaltou que houve pro-gressos no que se refere a apoio nacional ao

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Tribunal de Contas. Mencionou que a insti-tuição participa dos fóruns da Intosai e daAfrosai, além da Organização dos Tribunaisde Contas da CPLP. Por último, acrescentouque o processo de normalização das comu-nicações da entidade foi colocado em curso.

O Presidente do Tribunal de Contas dePortugal, em nome de todos, congratulou-secom o Presidente Inocêncio Alves pelos pro-gressos por ele informados. Retornando àquestão dos equipamentos aludida pelo diri-gente da instituição guineense, o PresidenteAlfredo de Sousa lembrou a existência deequipamentos em desuso nas Instituições deContas da CPLP e não destinados a outrasentidades nacionais, sugerindo o seu enca-minhamento aos demais Tribunais da Comu-nidade eventualmente neles interessados, re-ferindo-se especialmente aos equipamentosde informática, que tornam-se obsoletos empouco tempo. Ao dizer isso, já comprome-teu o Tribunal de Contas de Portugal a fazero repasse de equipamentos em desuso, sem-pre que possível.

Antes de prosseguir com a oitiva dasnotícias dos Tribunais, o Presidente Alfredode Sousa, parabenizou as delegações dos Tri-bunais de Cabo Verde e da Guiné-Bissaupelos esforços empreendidos pelas duas en-

tidades no âmbito da Afrosai, expressandoseus votos de que sejam bem sucedidos.

Pedindo a palavra, o Diretor de Servi-ços do Tribunal de Contas de Cabo Verde, Dr.António Pedro Silva, complementou algumasinformações dadas pela Senhora PresidenteEdelfride Barbosa. Informou que Cabo Verdetambém passou recentemente por uma revi-são constitucional, que consagrou ao Tribunalde Contas a condição de órgão supremo dafiscalização da legalidade das despesas pú-blicas e da arrecadação (estatuto já lhe con-ferido pela Constituição de 1992), não obstanteter sido proposta do partido governista no Par-lamento que o Tribunal passasse a ser apenasmais um órgão da magistratura judicial.

Após a intervenção do Senhor Diretorde Serviços do Tribunal cabo-verdiano, a pa-lavra foi passada ao Presidente do Tribunal Ad-ministrativo de Moçambique, Juiz-Conselhei-ro Dr. António Luís Pale.

O Presidente António Pale iniciou agra-decendo o convite para tomar parte na cele-bração dos 150 anos do Tribunal de Contas dePortugal e na Reunião da Comissão Mista, in-formando que, tendo em conta não se terplanejado tal participação com antecedência,inclusive no que diz respeito a orçamento, osdemais membros da Comissão Mista do Tribu-

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nal de Moçambique deixaram de comparecer.Felicitou o Tribunal de Contas de Portugal pe-los 150 anos, destacando o trabalho desenvol-vido pela instituição, o papel desempenhadona sociedade portuguesa e o lugar que logrouconquistar no cenário internacional.

Ressaltou especificamente o papel dainstituição portuguesa na criação e desenvol-vimento da Organização dos Tribunais deContas dos Países de Língua Portuguesa. Elo-giou os pronunciamentos do Presidente do Tri-bunal de Contas de Portugal e do Professor Vi-tal Moreira feitos na solenidade de celebraçãodos 150 anos, pela oportunidade em que seconstituíram de se ter uma visão sistematizadadas transformações a que os Tribunais têm sidolevados, diante das inúmeras transformaçõesdas sociedades nacionais e do mundo.

Expressou um voto de solidariedade euma manifestação de apreço ao Secretário-Geral da Comissão Mista, Ministro LucianoBrandão Alves de Souza, sublinhando a for-ma pela qual ele soube, nesses quatro anos,manter os Tribunais aglutinados, com as açõesde cooperação em andamento.

Manifestou-se inteiramente de acordocom a integração da Instituição Superior deControle de Timor Lorosae à Organização dosTribunais de Contas da CPLP.

Passou, então, a dar alguns informes arespeito do trabalho que o Tribunal Adminis-trativo está desenvolvendo.

Encontram-se em andamento, emMoçambique, uma série de estudos visandoalterações na contabilidade pública, dos quaiso Tribunal vem participando. As mudanças de-les resultantes obrigarão o Tribunal Adminis-trativo a uma série de adaptações.

Destacou que o Tribunal Administrativoterá que se desincumbir da tarefa de emitirrelatório e parecer sobre a Conta Geral do Es-tado moçambicano, que será apresentada peloGoverno, pela primeira vez, no final desteano. Para levar a bom termo essa tarefa, o Pre-sidente António Pale espera contar com oapoio de outras instituições de controle quefazem regularmente esse trabalho.

Mencionou também que o Tribunal estáiniciando uma série de estudos que impulsio-narão o seu desenvolvimento. Entre eles, des-tacou os estudos sobre a força de trabalho,sobre a tecnologia da informação e um ter-ceiro que possibilitará a elaboração de umplano estratégico. Eles deverão ser desenvol-vidos no começo de 2000 e, possivelmente,contarão com a assistência dos Tribunais deContas da Suécia e de Portugal.

O Tribunal está num processo de recru-

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Tribunal de Contas. Achou-se que uma altera-ção nesse sentido seria prematura neste momen-to. Acredita o Presidente Pale que, à medida queo controle externo for se afirmando, a necessi-dade da separação deverá se mostrar.

Após o pronunciamento do representantede Moçambique, seria o momento de serem ou-vidas notícias sobre o Tribunal de Contas dePortugal. O Presidente Alfredo José de Sousa en-tendeu, no entanto, que as notícias sobre a Insti-tuição de Contas portuguesa já haviam sido da-das na solenidade de celebração dos 150 anos,quando Sua Excelência apresentou uma sínte-se da evolução histórica do Tribunal e destacouas mais relevantes e recentes mudanças pro-porcionadas pela Lei nº 98/97 - Lei de Organi-zação e Processo do Tribunal de Contas, de 26de agosto de 1997. (O pronunciamento do Se-nhor Presidente do Tribunal de Contas de Portu-gal feito durante a Sessão Solene da Celebra-ção dos 150 anos da instituição passa a integrara presente ata como anexo III.)

Dito isto, o Senhor Presidente Alfredo deSousa passou a palavra ao Presidente do Su-premo Tribunal de Justiça de São Tomé e Prín-cipe, Juiz-Conselheiro Pascoal Lima dos San-tos Daio.

O Presidente da instituição santomenseagradeceu o convite para participar da cele-

tamento de pessoal. Em geral, os novos con-tratados são pessoas sem experiência, o quetorna maior ainda a necessidade de progra-mas de formação. O Presidente Pale defendeua ampliação dos programas de formação dosTribunais de Contas da CPLP para incluir umaassistência técnica mais longa, oferecida nopróprio país dos técnicos em formação.

O Vice-Presidente do Tribunal de Con-tas de Portugal, Juiz-Conselheiro Dr. JoséAlves Cardoso pediu a palavra para pergun-tar ao Presidente do Tribunal Administrativose existem pressões para se criar, emMoçambique, uma auditoria geral ou um tri-bunal de contas, ou se nada há a esse respei-to e o controle continuará a cargo do Tribu-nal Administrativo.

Respondeu o Senhor Presidente AntónioPale que não há quaisquer pressões externasnesse sentido. O que existe é o reconhecimen-to e o respeito ao Tribunal Administrativo comoinstituição superior de controle externo. Inclu-sive no âmbito da Sadecosai (Southern AfricaSupreme Audit Institutions) e da Afrosai, Orga-nizações nas quais o Tribunal está inserido eparticipa de atividades de cooperação, comoações de formação, por exemplo.

Dentro do próprio país, do ponto de vistapolítico, não existe a tendência de se criar um

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bração dos 150 anos do Tribunal de Contasde Portugal e pelo acolhimento e apoio queestava recebendo.

Noticiou que a Lei Orgânica do Tribu-nal de Contas de São Tomé e Príncipe foi pro-mulgada no dia 6 de maio de 1999, distribu-indo a todos os presentes uma cópia do novotexto legal (anexo IV). Além da Lei Orgâni-ca, foram promulgadas e publicadas leis so-bre a fiscalização prévia a cargo do Tribunalde Contas, os emolumentos a serem cobra-dos pela instituição e a prestação de contas.Destacou o Conselheiro-Presidente que, apósoito anos de trabalho realizado pelo Supre-mo Tribunal de Justiça de S. Tomé e Príncipecom o auxílio do Tribunal de Contas de Portu-gal, havia-se entrado num regime de transi-ção e de instalação do Tribunal de Contas deSão Tomé e Príncipe.

Essa transição acabou por se constituirno principal óbice para a realização do IVEncontro dos Tribunais de Contas dos Paísesde Língua Portuguesa em S. Tomé, pois, nes-sa fase, o Supremo Tribunal já não mais de-tém as atribuições de Entidade FiscalizadoraSuperior e o Tribunal de Contas ainda não estáa funcionar. Os textos legais concernentes àinstituição de contas santomense, elaboradoscom a assistência do Tribunal de Contas de

Portugal, foram discutidos em fevereiro e suapublicação só se deu em agosto, quando en-tão iniciou-se a programação para a instala-ção do novo Tribunal. Nesse contexto de mu-dança, não foi possível para o Supremo Tri-bunal ser o anfitrião do Encontro.

No processo de instalação caberá aoSupremo Tribunal de Justiça organizar o re-crutamento dos juízes, sob a orientação doConselho Superior Judiciário, colegiado com-petente para propor à Assembléia Nacionala nomeação dos membros do Tribunal deContas. Os juízes recrutados comporão umacomissão instaladora que ficará responsávelpela implementação das novas leis.

Para a execução da referida tarefa, oPresidente Pascoal Daio buscará inteirar-sedos métodos de recrutamento dos juízes doTribunal de Contas de Portugal, pois esse co-nhecimento poderá ser útil ao processo deSão Tomé e Príncipe.

Acrescentou que a sugestão dos nomesdos futuros membros do Tribunal de Contas de-verá ser encaminhada à Assembléia Nacionalaté o final de 1999 e que, em seis meses, ainstituição deverá estar funcionando.

A instalação do Tribunal conta com o au-xílio financeiro do Programa das Nações Unidaspara o Desenvolvimento – PNUD. O Supremo

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Tribunal de Justiça está em negociações com oBanco Mundial para dessa instituição também re-ceber apoio financeiro para o mesmo fim.

Por último, o Senhor Presidente PascoalDaio fez questão de justificar sua presençana Reunião da Comissão em virtude de o Su-premo Tribunal de Justiça de São Tomé e Prín-cipe encontrar-se envolvido no processo deinstalação do Tribunal de Contas e por julgarnecessário acompanhar, ainda, tudo o que dizrespeito à nova instituição. Observou que nãomais participará das reuniões dos Tribunaisde Contas da CPLP, em virtude da perda decompetência em matéria de fiscalização peloSupremo Tribunal.

Após sublinhar como fora enriquecedorpara todos ouvir as notícias sobre cada insti-tuição, o Presidente Alfredo de Sousa inter-rompeu a Reunião para um intervalo de quin-ze minutos.

Retomando os trabalhos, o Presidenteda Reunião passou ao ponto seguinte daagenda, a apresentação dos relatórios inter-calares do Centro de Estudos e Formação eda Secretaria-Geral.

O Diretor-Geral do Tribunal de Contasde Portugal, Juiz-Conselheiro Dr. JoséTavares, expôs os principais pontos do rela-tório a respeito das atividades desenvolvidas

pelo Centro de Estudos e Formação dos Tri-bunais de Contas dos Países de Língua Portu-guesa ao longo do segundo semestre de 1998e o primeiro de 1999 (o relatório passa a cons-tituir o anexo V da presente ata).Em seguida, o Ministro Adhemar Ghisi, apre-sentou às delegações uma síntese do relató-rio sobre as ações da Secretaria-Geral de-senvolvidas no período de julho de 1998 anovembro de 1999. Nessa apresentação, oMinistro destacou as medidas colocadas emcurso para a realização do IV Encontro noBrasil, no próximo ano (anexo VI).

Logo após, o Presidente Alfredo deSousa indagou dos presentes se desejavamtecer algum comentário ou fazer algumquestionamento acerca dos dois relatórios.Não havendo qualquer manifestação, o Se-nhor Presidente comentou o tópico do rela-tório da Secretaria-Geral que assinalava suaparticipação no Ciclo Especial de Palestrassobre Controle e Fiscalização, realizado noTCU em maio de 1999.

Destacou o Presidente Alfredo José deSousa a importância da cooperação, sob todasas formas. Ponderou que, à época de sua visitaao Tribunal de Contas da União, encontrava-se num período de muitas atividades fora dePortugal, sendo obrigado a viagens freqüentes.

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Todavia, considerando que, àquela época, oTCU era alvo de grandes críticas e de infunda-das acusações, o Presidente fez questão de acei-tar o convite do Ministro-Presidente Iram Sarai-va para se integrar no referido seminário, o qualcongregava palestrantes dos mais distintosquadrantes políticos do Brasil.

A decisão de participar, ainda que comsacrifício pessoal, deveu-se à sua avaliaçãode que o TCU necessitava, naquele momen-to, de testemunho e apoio, concedidos no âm-bito da solidariedade dos Tribunais de Contasdos Países de Língua Portuguesa.

Passou, então, ao ponto seguinte dapauta: divulgação do Projeto do Estatuto daOrganização dos Tribunais de Contas da CPLP.Para dar conhecimento do estágio em que seencontrava o Projeto, o Diretor-Geral do Tri-bunal de Contas de Portugal, Juiz-Conselhei-ro Dr. José Tavares, comunicou aos presen-tes as alterações feitas no texto divulgado pelaSecretaria-Geral na Reunião da ComissãoMista de 1998.

Lembrou o Senhor Diretor-Geral que oTribunal de Contas de Portugal, como relatordo Projeto do Estatuto, ficou incumbido de fa-zer uma análise de todas as sugestões de al-teração do anteprojeto do Estatuto e de ela-borar uma versão final a ser apresentada noIV Encontro para discussão e aprovação. Mos-

trou então aos presentes o texto final produ-zido pelo Tribunal de Contas de Portugal,acompanhado de uma versão com as suges-tões em destaque, todas com a identificaçãoda sua fonte. Além disso, enumerou as alte-rações de caráter substancial que foramintroduzidas. (As versões do Projeto apresen-tadas pelo Tribunal de Contas de Portugalpassaram a constituir o anexo VII.)

Retomando a palavra, o PresidenteAlfredo de Sousa solicitou aos presentes queenviassem qualquer outra contribuição aotexto que julgassem pertinente, lembrandoque há ainda um largo período de tempo atéa realização do IV Encontro, quando o Pro-jeto deverá ser aprovado.

O Vice-Presidente do Tribunal de Con-tas de Portugal, Juiz-Conselheiro Dr. JoséAlves Cardoso, manifestou-se para sugerirque se explicite, no Estatuto, que o Presidenteda Assembléia-Geral seja assim considera-do desde o momento em que se definir a re-alização de um encontro até a convocaçãodo encontro seguinte. Entendeu o SenhorVice-Presidente que a atual redação dá aidéia de um presidente “ad hoc”, pois fazreferência apenas à presidência da Assem-bléia-Geral durante os Encontros.

A Presidente do Tribunal de Contas deCabo Verde fez uma intervenção para soli-

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citar que no Projeto do Estatuto seja incluídoum dispositivo acerca dos fundos e da partici-pação das instituições em termos de cotas.

Observando que o regime financeiro quevem sendo utilizado atribui a cada um dos Tri-bunais os encargos de sua participação, assen-tiu o Senhor Presidente do Tribunal de Contasde Portugal que, de qualquer modo, é cabível adefinição de tal regime no corpo do Estatuto.

Reforçou o Juiz-Conselheiro Dr. ManuelDelgado, do Tribunal de Contas de Cabo Verde,que o Estatuto ficaria incompleto caso a ques-tão financeira não fosse nele tratada.

Concordando mais uma vez com a suges-tão, o Presidente Alfredo de Sousa solicitou queo Tribunal de Contas de Cabo Verde encami-nhasse uma proposta de dispositivo abordandoa questão, para ser incluído no Projeto.

A Senhora Presidente concordou, deixan-do claro que se trataria de um articulado sobreo regime financeiro da Organização. Por outrolado, ponderou que caberia tratar também, ain-da que não necessariamente no Estatuto, de for-mas a serem utilizadas para carrear recursospara a cooperação entre os Tribunais de Contasda CPLP. Lembrou de se procurar inserir no or-çamento do Instituto da Cooperação Portugue-sa, que já beneficiou outras organizações daCPLP, dotações para a Organização.

Ainda sobre o assunto, o Presidente doTribunal guineense, Juiz-Conselheiro Dr. Otá-vio Inocêncio Alves, chamou a atenção paraa importância de um dispositivo a respeito doregime financeiro da Organização, que pro-porcionaria ao Tribunal de Contas da Guiné-Bissau uma justificativa para eventuais soli-citações de verbas ao governo guineense.

O Presidente da Reunião concluiu o as-sunto deixando claro que ao Tribunal de Con-tas de Cabo Verde caberia o envio da propo-sição acerca do dispositivo sobre o regime fi-nanceiro, sem prejuízo de que outra institui-ção da Organização apresentasse contribui-ções sobre o assunto. Também o Tribunal deContas de Portugal, que se encontra encarre-gado da elaboração do Projeto do Estatuto,debruçar-se-ia sobre a mesma questão.

Passou então ao próximo tópico daagenda, a cooperação com Timor Lorosae noâmbito do controle financeiro.

O Tribunal de Contas de Portugal apre-sentou proposta no sentido de os Tribunais deContas dos Países de Língua Portuguesa ma-nifestarem às autoridades competentes suainteira disponibilidade para cooperarem tec-nicamente na criação de um sistema de con-trole financeiro em Timor-Lorosae. O Minis-tro Marcos Vilaça, do Tribunal de Contas da

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136 Reunião da Comissão Mista

União, formulou, igualmente, moção no sen-tido de os Tribunais de Contas da CPLP ex-pressarem seu apoio à futura Instituição Su-perior de Controle de Timor Lorosae.

Diante das duas moções com o mes-mo propósito, o Presidente Alfredo José deSousa sugeriu que as delegações do Tribunalde Contas de Portugal e do TCU elaboras-sem um documento único, onde os dois tex-tos propostos fossem conjugados.

Tendo a sugestão do Senhor Presidentesido aceita por unanimidade, elaborou-se umdocumento por meio do qual os Tribunais deContas dos Países de Língua Portuguesa ma-nifestam ao alto responsável da ONU desig-nado para chefiar a administração transitó-ria de Timor Leste, Embaixador Sérgio Vieirade Mello, e ao Secretário de Estado da Coo-peração do Governo português, Dr. Luís Fili-pe Marques Amado, sua inteira disponibili-dade para cooperarem tecnicamente na cri-ação de um sistema de controle financeiroem Timor Lorosae, designadamente na áreada formação de recursos humanos e de apoiologístico, além de convidarem a Instituiçãocongênere que vier a ser criada naquele paíspara integrar a Organização dos Tribunais deContas da CPLP (anexo VIII).

A Secretaria-Geral da Comissão Mista

foi encarregada de encaminhar o documentoa ambos os destinatários.

Ao ser debatida a moção de solidarieda-de a Timor Lorosae, a Senhora Presidente doTribunal de Contas de Cabo Verde, Juíza-Conselheira Dra. Edelfride Barbosa Almeida,propôs a substituição da expressão “Tribunaisde Contas” por “Instituições Superiores de Con-trole”, por ser essa última mais abran-gente.

Todos os presentes concordaram com ouso da expressão “Instituições Superiores deControle” no manifesto de apoio a Timor. Alémde exprimir sua concordância, o PresidenteAlfredo de Sousa lembrou a necessidade defazer a substituição também no Projeto do Es-tatuto.

O tema colocado em debate a seguirfoi a realização do IV Encontro dos Tribunaisde Contas dos Países de Língua Portuguesa.

O Ministro Adhemar Ghisi repetiu o con-vite do Presidente do Tribunal de Contas daUnião, Ministro Iram Saraiva, anteriormentetransmitido pelo Ministro Marcos Vilaça, paraque os Tribunais da CPLP se reúnam no TCUno ano 2000 para realizarem seu IV Encon-tro. O período sugerido pelos MinistrosAdhemar Ghisi e Marcos Vilaça foi o de 15 a17 de maio de 2000. No entanto, após todasas delegações presentes terem sido ouvidas

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e tendo sido ponderados os impedimentos paraa data proposta, definiu-se o período de 08 a10 de maio de 2000 para a realização do IVEncontro em Brasília.

Ainda tratando desse ponto da agenda, oMinistro Adhemar Ghisi trouxe para debate anecessidade de se definir a situação da sede daSecretaria-Geral da Comissão Mista. Procedeuà leitura de um comunicado acerca do assunto.

Nessa leitura, lembrou que o Memo-randum de Entendimentos estabelece um pe-ríodo de três anos para a sede da Secretaria-Geral permanecer na Instituição eleita paraesse fim. Contudo, o TCU é sede desde junhode 1995. Em nome do Ministro-Presidente IramSaraiva, o Ministro Ghisi colocou o Tribunal deContas da União à disposição para continuar asediar a Secretaria, por entender que isso se-ria conveniente para a organização e a coor-denação do IV Encontro, em Brasília. Ressal-tou, todavia, que considerava necessária amanifestação das delegações acerca do as-sunto e solicitou a todos que levassem em con-ta a letra do Memorandum, que traduz o pro-pósito de se promover um revezamento entreos Tribunais para o desempenho da função desecretariar a Comissão Mista. (O comunica-do foi juntado à ata como anexo IX.)

O Presidente Alfredo José de Sousa de-

clarou que, por parte do Tribunal de Contasde Portugal, não havia qualquer objeção àpermanência da Secretaria-Geral no Brasil,por mais um período, inclusive porque muitasdas providências concernentes ao IV Encon-tro estão a cargo da Secretaria. Não obstante,considerou que o assunto deveria estar con-templado no Estatuto da Organização, com amanutenção do princípio da rotatividade, nãoapenas com relação à Secretaria-Geral, mastambém ao Centro de Estudos e Formação.Sublinhou o Senhor Presidente ser muito im-portante que tal princípio – bastante salutar –esteja inscrito no Estatuto, até para se reafir-mar a paridade sob a qual se desenvolve acooperação entre os Tribunais de Contas daCPLP.

A proposição do Ministro AdhemarGhisi foi aceita por unanimidade, havendo-se deliberado que a Secretaria-Geral perma-neceria no TCU até o IV Encontro, quando aquestão seria reavaliada, para a eventual es-colha de uma nova sede. Essa eleição seráfeita já sob o novo Estatuto.

Em seguida, o Presidente Alfredo deSousa passou ao último ponto assinalado naagenda: a realização de um estudo compa-rativo das Instituições Superiores de Controleda CPLP.

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138 Reunião da Comissão Mista

O Tribunal de Contas de Portugal apre-sentou proposta no sentido de o Centro de Estu-dos e Formação realizar um estudo comparati-vo sobre as instituições de contas da CPLP (ane-xo X). Tal estudo incluiria uma análise compa-rativa dos quadros normativos das instituições.

O Ministro Marcos Vilaça expressou seuaplauso à iniciativa, destacando o proveitoque pode advir de um estudo como esse. Co-locou o Tribunal de Contas da União à dispo-sição para auxiliar no que for possível.

Ficou definido, então, que o Centro deEstudos e Formação realizaria, com a cola-boração dos Tribunais da Organização, umestudo comparativo abarcando os quadros le-gais, a estrutura, funcionamento, competên-cia e outros aspectos dos Tribunais da CPLP.Para tanto, cada instituição comprometeu-sea encaminhar ao Tribunal de Contas de Portu-gal documentação pertinente.

O último assunto debatido foi suscitadopelo Juiz-Conselheiro Dr. António Luís Pale,Presidente do Tribunal Administrativo deMoçambique. Sugeriu o Conselheiro que sefacilitassem as comunicações entre os Tribu-nais por meio da utilização de correioeletrônico. Propôs ainda a criação de uma pá-gina na Internet sobre os Tribunais de Contasdos Países de Língua Portuguesa.

Todos os presentes manifestaram suaconcordância com as sugestões alvitradaspelo Conselheiro António Pale.

Nada mais havendo a tratar, o Presiden-te da Reunião, Juiz-Conselheiro Dr. AlfredoJosé de Sousa, deu por encerrada a Reuniãoda Comissão Mista, da qual foi lavrada estaAta, que vai assinada por mim, Secretário-Geral da Comissão Mista de Cooperação adhoc, e pelos representantes do Tribunais deContas da CPLP.

Lisboa, 11 de novembro de 1999.

Marcos Vilaça

Tribunal de Contas da União

Edelfride Barbosa de Almeida

Manuel Delgado

António Pedro Silva

Tribunal de Contas de Cabo Verde

Otávio Inocêncio Alves

Francisco Rosa Cá

Tribunal de Contas da Guiné-Bisssau

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 139

António Luís PaleTribunal Administrativo de Moçambique

Alfredo José de Sousa

José Alves Cardoso

José Tavares

Tribunal de Contas de Portugal

Pascoal Lima dos Santos Daio

Supremo Tribunal de Justiça de São Tomé ePríncipe

Adhemar Ghisi

Secretaria-Geral

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 141

BRASIL - Brasília, 09 de Setembro de 2000

APROVAÇÃO E ASSINATURA DA ATA DAREUNIÃO ANTERIOR

1. A Ata da Reunião da Comissão Mista deCooperação anterior, realizada no Tribunalde Contas de Portugal, em Lisboa, no dia11 de novembro de 1999, foi aprovada eassinada.

NOTÍCIAS DOS TRIBUNAIS DE CONTAS DACPLP

2. Cada delegação divulgou algumas notíciasa respeito de seus Tribunais, conforme segue.

2.1 Tribunal de Contas de Portugal:

2.1.1 O Tribunal de Contas de Portugal infor-mou sobre encontros técnicos com en-tidades portuguesas que realizara noano 2000. Foram mencionados um en-contro com órgãos de controle interno,outro com organismos da segurançasocial portuguesa e um terceiro com aComissão Parlamentar de Economia eFinanças da Assembléia da República.A delegação portuguesa comunicou

ainda que está em preparação um en-contro com representantes de universi-dades, uma vez que é nessas institui-ções que o Tribunal de Contas de Por-tugal recruta seus auditores e que as uni-versidades, muitas vezes, desenvolvemestudos de interesse para o Tribunal.

2.1.2 Outra informação dada pela delegaçãoportuguesa foi a de que o Tribunal deContas de Portugal fora escolhido paraorganizar, no próximo ano, um encon-tro da Eurosai a respeito da coordena-ção entre os vários níveis de controle(comunitário, nacional, regional e local).

2.1.3 Por último, o Tribunal de Contas de Portu-gal comunicou a criação de um serviçode gestão de entidades que estão sob ocontrole do Tribunal (uma base de da-dos com informações diversas sobre omomento atual das entidades e suastransformações) e de um Gabinete deAuditoria Interna, para apoio à gestãodo próprio Tribunal de Contas.

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2.2 Tribunal Administrativo de Moçambique:

2.2.1 O Tribunal de Moçambique emitiu, pelaprimeira vez, e com a assessoria do Tri-bunal de Contas de Portugal, parecersobre a Conta Geral do Estado moçam-bicano, apresentado à Assembléia daRepública no dia 31 de agosto de 2000.

2.2.2 Foi elaborado, com a colaboração dosTribunais de Contas da Suécia e de Por-tugal, o primeiro Plano Estratégico do Tri-bunal Administrativo de Moçambique. Emseminário realizado em julho de 2000, oPlano foi apresentado ao Parlamento eentidades responsáveis pelo Orçamentode Moçambique. O Plano Estratégico re-sultou de uma série de estudos que fo-ram feitos sobre tecnologia da informa-ção, recursos humanos, formação de pes-soal e a infra-estrutura do Tribunal. O Pre-sidente do Tribunal Administrativo ressal-tou a necessidade de apoio técnico paraa implementação do Plano.

2.2.3 Foi reportado o fortalecimento dos la-ços de cooperação entre as Entidadespertencentes à Organização das Enti-dades Fiscalizadoras Superiores da Áfri-ca Austral – SADECOSAI, da qual o Tri-bunal Administrativo de Moçambique

faz parte, e referido que os Tribunaisde Contas da Holanda e da Suécia têmproporcionado assistência às institui-ções que a integram a referida Organi-zação.

2.3 Tribunal de Contas de Cabo Verde:

2.3.1 O Tribunal tem recebido apoio, espe-cialmente financeiro, do Tribunal deContas da Holanda. O auxílio recebi-do vem permitindo a resolução dequestões pendentes no Tribunal de CaboVerde, entre as quais a criação de umacélula orçamental (para a qual a insti-tuição cabo-verdiana recebeu tambémauxílio do Tribunal de Contas portugu-ês), cujo objetivo fundamental é a emis-são de um parecer sobre a conta geraldo Estado. O processo de criação dacélula encontra-se em andamento.Dentro desse processo, foram instala-dos novos equipamentos e serviços deinformática. Atualmente todos os ser-vidores do Tribunal possuem acesso àInternet e utilizam correio eletrônico.

2.3.2 Em novembro de 2000, o Tribunal deContas de Cabo Verde organizará umseminário com a finalidade de informara população em geral sobre o papel do

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Tribunal. A intenção é que o semináriopasse a ser anual. Ainda com vistas a sedivulgar o trabalho da Instituição, foi re-tomada a edição da Revista do Tribunal.

2.3.3 Foi editada norma sobre pessoal quepermitirá ao Tribunal reforçar seus qua-dros técnicos.

2.4 Tribunal de Contas da Guiné-Bissau:

2.4.1 Informou a delegação de Guiné-Bissauque algumas ações do Tribunal de Con-tas tem recebido apoio financeiro doPrograma das Nações Unidas para oDesenvolvimento – PNUD, no âmbitodo programa geral de assistência queo PNUD desenvolve no país.

2.4.2 O Tribunal de Contas da Holanda pro-pôs à instituição de contas guineenseações concretas de cooperação parainício imediato. O Tribunal de Contasda Guiné Bissau, no entanto, entendeuque alguns pontos das ações propostasnecessitam de reflexões internas, sen-do provável que até o fim do ano algu-mas atividades já sejam concretizadassob tal cooperação.

2.4.3 Já foi iniciada a revisão da Lei Orgâni-ca do Tribunal de Contas da Guiné-

Bissau e a elaboração de diplomas com-plementares.

2.4.4 O Tribunal de Contas tem feito contatoscom a Assembléia Nacional e outros ór-gãos de soberania para sensibilizá-losquanto à importância, às funções e àsnecessidades do Tribunal.

2.4.5 Em 1995 (e apenas em 1995) o Governoda Guiné Bissau elaborou a Conta Geraldo Estado. Na ocasião o Tribunal emitiuparecer sobre essa Conta. Foi, contudo, oúnico, uma vez que o Governo não apre-sentou outra vez suas contas.

2.4.6 Está em vias de conclusão (fase de relató-rio) uma auditoria no Instituto Nacional daPrevidência Social. Declarou o Presiden-te do Tribunal, Juiz-Conselheiro OtávioInocêncio Alves, que essa ação represen-ta um salto qualitativo no trabalho da Ins-tituição de Contas da Guiné-Bissau.

2.4.7 Haverá uma revisão constitucional naGuiné-Bissau e é esperada a consagra-ção, no texto constitucional, da autono-mia e independência do Tribunal deContas.

2.5 Supremo Tribunal de Justiça de São Tomée Príncipe:

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2.5.1 Foi realizada uma visita de estudos aoTribunal de Contas de Portugal, em 2000.

2.5.2 O Supremo Tribunal está aguardando pro-vidências autorizativas da AssembléiaNacional de São Tomé e Príncipe paraque se inicie o funcionamento do Tribu-nal de Contas, com a transição das fun-ções de controle do Supremo Tribunalpara o Tribunal de Contas. Já há financi-amento do PNUD assegurado para a ins-talação da nova Corte de Contas.

COOPERAÇÃO TÉCNICA COM TIMOR LESTE

3. O Secretário-Geral Substituto da Comis-são Mista de Cooperação, MinistroAdhemar Ghisi, falando em nome de to-dos os representantes dos Tribunais deContas da CPLP presentes ao IV Encon-tro, dirigiu-se aos representantes de TimorLeste – Dr. Lucas Soares e Dra. Reginade Jesus de Sousa – para reiterar dire-tamente a eles o oferecimento que haviasido feito à nação timorense em novem-bro de 1999, por meio de correspondên-cia enviada ao Chefe da AdministraçãoTransitória da ONU em Timor. Os Tribu-nais da CPLP novamente colocaram-se àdisposição para prestar assistência técni-

ca para a implantação de um sistema decontrole externo, no momento em que oGoverno timorense julgar apropriado e daforma por ele considerada a maisindicada. O Secretário-Geral manifestouo desejo de todos de, muito em breve, serpossível ter na comunidade dos Tribunaisde Contas dos Países de Língua Portugue-sa a instituição suprema de controle deTimor Leste.

3.1 O Dr. Lucas Soares expressou sua grati-dão pelo oferecimento que era feito à na-ção timorense e pela oportunidade de par-ticipar do IV Encontro dos Tribunais deContas dos Países de Língua Portuguesa,como observador. Afirmou que tal parti-cipação era de grande importância paraele e seu país, pois comparecia ao En-contro para observar, aprender e reunirinformações que venham a subsidiar aescolha do sistema de controle externomais adequado a Timor Leste.

APRESENTAÇÃO DOS RELATÓRIOS ANUAISDE ATIVIDADES DO CENTRO DE ESTUDOSE FORMAÇÃO E DA SECRETARIA-GERAL DACOMISSÃO MISTA DE COOPERAÇÃO DOSTRIBUNAIS DE CONTAS DA CPLP

4. Foram apresentados os Relatórios Anuais

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de Atividades do Centro de Estudos e For-mação dos Tribunais de Contas dos Paí-ses de Língua Portuguesa, que tem sedeno Tribunal de Contas de Portugal, e daSecretaria-Geral da Comissão Mista deCooperação Técnica, Científica e Cultu-ral, que funciona no TCU.

ESCOLHA DA NOVA SEDE DA SECRETARIA-GERAL DA COMISSÃO MISTA DE COOPERA-ÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS DA CPLP

5. O Tribunal de Contas da União, sede da Se-cretaria-Geral da Comissão Mista de Coo-peração dos Tribunais de Contas dos Paísesde Língua Portuguesa, desde a assinaturado Memorandum de Entendimentos dessesTribunais, em 1995, foi reeleito para sediara Secretaria-Geral por um período de trêsanos, nos termos do Artigo Quinto doMemorandum, que estabelece:

“ARTIGO QUINTO

1. Os trabalhos da Comissão Mista são coor-denados por uma Secretaria-Geral, comsede num dos Tribunais, a eleger por umperíodo de três anos.

2. O Tribunal que tiver a sede da Secretaria-Geral designará o Secretário-Geral.”

APROVAÇÃO DO ESTATUTO DA ORGANIZA-ÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS DOSPAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

6. Foi acertado o adiamento da discussão eaprovação do Estatuto da Organização dasInstituições Supremas de Controle da CPLPaté a próxima Reunião da Comissão Mistade Cooperação, para que o Projeto de Es-tatuto possa ser melhor estudado e recebaainda sugestões de aprimoramento.

ESTUDO COMPARATIVO DOS TRIBUNAIS DECONTAS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

7. O Tribunal de Contas de Portugal informouo estágio em que se encontra o EstudoInstitucional Comparativo das InstituiçõesSupremas de Controle da CPLP que, desdenovembro de 1999, a Instituição portugue-sa está elaborando, com a colaboração dasoutras Instituições de controle da CPLP.

V ENCONTRO DOS TRIBUNAIS DE CONTASPAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

8. Foi decidido que, em 2001, em data a serdefinida, o Tribunal de Contas de Portugalorganizará, em Lisboa, o V Encontro dosTribunais de Contas dos Países de LínguaPortuguesa. Deliberou-se ainda que, no VEncontro, será abordado um único tema

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146 Reunião da Comissão Mista

técnico a ser escolhido pelos Tribunais dospaíses africanos e será aprovado o Estatu-to da Organização das Instituições Supre-mas de Controle da CPLP.

Participantes

Tribunal de Contas da União (Brasil)Ministro Adhemar Paladini GhisiMinistro Marcos Vinicios Vilaça

Tribunal de Contas de Cabo VerdeConselheira-Presidente Edelfride Barbosa

Juiz-Conselheiro Daniel BarrosAuditor Henrique Silva

Tribunal de Contas de Guiné-BissauConselheiro-Presidente Otávio Inocêncio

AlvesJuiz-Conselheiro Francisco Rosa Cá

Tribunal Administrativo de MoçambiqueConselheiro-Presidente António Luís Pale

Juiz-Conselheiro Januário FernandoGuibunda

Secretária-Geral Filomena Chitsonzo

Tribunal de Contas de PortugalConselheiro-Presidente Alfredo José de

SousaJuiz-Conselheiro José Tavares

Juiz-Conselheiro João Pinto RibeiroJuiz-Conselheiro Adelino Ribeiro Gonçal-

ves

Supremo Tribunal de Justiça de S. Tomé ePríncipe

Juíza-Conselheira Maria Alice RodriguesVera Cruz de Carvalho

Autoridade Fiscal Central de Timor Leste(observadores)

Dr. Lucas SoaresDra. Regina de Jesus de Sousa

Convidado Especial

Prof. Dr. António de Sousa Franco, MembroHonorário da Organização dos Tribunais de

Contas dos Países de Língua Portuguesa

Secretaria-Geral da Comissão Mista deCoopereção dos Tribuais de Contas dos

Países de Língua Portuguesa

Ministro Adhemar Ghisi, Secretário-GeralSubstituto da Comissão Mista de Cooperação

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PORTUGAL - Lisboa, 20 de Março de 2002

A Reunião foi presidida pelo Con-selheiro Julião Antonio, Presi-dente do Tribunal de Contas de An-

gola, e contou com a participação do MinistroHumberto Guimarães Souto, Presidente do Tri-bunal de Contas do Brasil e do Juiz-ConselheiroDr. José Alfredo José Sousa, Presidente do Tribu-nal de Contas de Portugal, instituição Sede doCentro de Estudos e Formação.

O Conselheiro Julião Antonio, com baseem documento preparado pela Secretaria-Geral, iniciou a reunião informando que, deacordo com o artigo 24 do Estatuto da Orga-nização, já foram solicitados, em Janeiro últi-mo, sugestões de temas técnicos para seremobjeto de debate por ocasião da próxima As-sembléia Geral da Organização, em Luanda.Acrescentou que já apresentaram sugestõesde Temas os Tribunais de Contas de Angola,do Brasil e de Portugal.

O Presidente do Tribunal de Contas dePortugal sugeriu que fossem acordados o nú-mero de temas a serem discutidos na Assem-bléia e uma data limite para apresentação de

propostas por parte dos Tribunais que aindanão o fizeram.

Foram fixados então (1) os prazos de 15de Abril para apresentação das sugestões ede 15 de Maio para a escolha dos temas, nostermos das alíneas “b” e “c” do artigo 24 doEstatuto e (2) o número de dois temas a seremdebatidos.

Foi então observado pelos membros doConselho a necessidade de realização denova reunião, tendo em vista não ser possívelainda definir completamente a proposta deagenda de trabalho da Assembléia-Geral.Acordou-se então o dia 20 de Maio para a novareunião em Lisboa, Portugal.

Passando ao segundo ponto da pauta, oPresidente lembrou aos presentes que duran-te o V encontro, realizado nos Açores, foramdesignados os Tribunais de Contas de Angola,Brasil, Cabo Verde e Portugal para, sob a co-ordenação da Secretaria-Geral, elaboraremprojeto de revisão e atualização do Glossáriode Termos Técnicos a ser submetido aAssembleia-Geral.

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148 Reunião do Conselho Directivo

Informou que a Secretaria-Geral já so-licitou aos Tribunais de Contas da Comunida-de sugestões de alteração do Glossário, deforma a subsidiar os trabalhos, já tendo res-pondido os Tribunais de Contas da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.

O Comitê entendeu por bem adotar omesmo prazo limite de 15 de Abril para a apre-sentação de sugestões. Foi decidida tambéma formação de um grupo de trabalho, com-posto por um técnico de cada uma das insti-tuições responsáveis pela revisão (Angola,Brasil, Cabo Verde e Portugal), que elaboraráem reunião no dia 17 de Maio, em Lisboa,antes da próxima reunião do ConselhoDiretivo, o projeto de revisão do Glossário.

O próximo ponto da pauta tratava desugestão para que as Instituições membros daComunidade dos Países de Língua Portugue-sa, representadas pelo Conselho Diretivo, sedirigissem ao Arquiteto Oscar Niemeyer parasolicitar a alteração do logotipo da Organi-zação. O Conselho entendeu que esse pontofica prejudicado até que o Tribunal de Contasde Macau de pronuncie sobre o assunto.

O Presidente do Conselho passou aopróximo ponto da pauta, lembrando que o item2 do Artigo 29 do Estatuto, aprovado no V En-contro, nos Açores, estabelece que “as dis-

posições deste Estatuto em matériaorçamental e financeira entram em vigor apósestarem reunidas as condições necessáriasmediante declaração da Assembléia Geralnesse sentido, sob proposta do ConselhoDiretivo.” Lembrou também que naquelaocasião ficou decidido que, já na Assembléiade 2002, tais disposições serão debatidas.

Após debate sobre a necessidade deum orçamento próprio da Organização, foiacertado que a Secretaria-Geral iria apresen-tar um estudo e proposta para destinação des-ses recursos, estudo esse que o ConselhoDiretivo irá apreciar na sua próxima reuniãode 20 de Maio.

Independentemente desse estudo, osmembros do Conselho se comprometeram atentar incluir na proposta de seus orçamen-tos para 2003, ainda em fase de elaboração,recursos destinados a eventual contribuiçãopara a Organização.

O próximo ponto da pauta tratava daAgenda de trabalho da Assembléia Geral aser realizada em Luanda. Antes da discus-são desse ponto o Presidente do Tribunal deContas de Portugal informou que está tentan-do o apoio da Iniciativa de Desenvolvimen-to da INTOSAI – IDI (Intosai DevelopmentIniciative) na Noruega no que concerne a

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ações de treinamento para os países da Co-munidade dos Países de Língua Portuguesa eque na Assembléia Geral vai transmitir a si-tuação dessa negociação.

O Conselho entendeu que as seguintesquestões já estariam, por motivos distintos,incluídas na Agenda da Assembléia Geral:

– os Temas técnicos selecionados;– a atualização do Glossário de Termos

Técnicos;– o Capítulo X do Estatuto, “Das Finan-

ças da Organização”;– a discussão e aprovação do Progra-

ma de Atividades de Cooperação dobiênio 2003-2004;

– o Relatório da Secretaria-Geral;– o Relatório do Centro de Estudos;– a apresentação do livro do V encon-

tro, realizado em Julho de 2001 nosAçores;

– definição das novas sedes da Secre-taria-Geral e do Centro de Estudos;

– definição do país organizador dapróxima Assembléia Geral.

Com relação ao Programa de Ativida-des 2003-2004, foi observado que, de acor-do com o Artigo19, alínea “g”, do Estatuto,compete à Secretaria-Geral “elaborar, com

base em sugestões das Instituições Membros,propostas dos programas de atividades de co-operação bienais a serem submetidas a dis-cussão do Conselho Diretivo”. Já responde-ram à solicitação do envio de propostas osTribunais de Contas de Angola, Cabo Verde ePortugal. Na mesma linha já acordada paraas outras solicitações de contribuições trata-das na presente reunião, fixou-se a data de15 de Abril como limite para apresentação depropostas. Uma vez recebido o conjunto desugestões, a Secretaria-Geral apresentaráuma minuta de Programa para apreciação doConselho Diretivo.

Novamente foi acordado que na próxi-ma reunião do Conselho Diretivo, já com to-das as informações necessárias disponíveis,será definida a Agenda da Assembléia Geral.

Por último foi aceita a sugestão das da-tas de:

– 6 de Novembro, quarta-feira, paraReunião do Conselho Diretivo;

– 7 e 8 de Novembro, quinta-feira e sex-ta-feira, para as atividades da Assem-bléia Geral.

Para a Assembléia Geral serão convi-dados oficialmente pela Organização o Se-cretário-Geral da INTOSAI, o Auditor Geral

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150 Reunião do Conselho Directivo

do General Accounting Office - GAO e ummembro do Tribunal de Contas Europeu.

O Conselho deliberou também convi-dar o Professor Souza Franco para ministrarpalestra durante a Assembléia sobre o papeldo Controle Externo na Administração Públi-ca.

O Presidente do Tribunal de Contas deAngola terá uma reserva própria de convida-dos.

Nada mais havendo a tratar, o Presiden-te do Conselho deu por encerrada a reunião,da qual foi lavrada a presente Ata, que vaipor mim, Humberto Guimarães Souto, Presi-dente do Tribunal de Contas da União, assi-nada e pelos demais membros do ConselhoDiretivo.

Lisboa, 20 de Março de 2002.

Julião AntónioPresidente do Tribunal de Contas de Angola

Humberto Guimarães SoutoPresidente do Tribunal de Contas da União

Alfredo José de SousaPresidente do Tribunal de Contas de Portugal

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ANGOLA - Luanda, 06 de Novembro de 2002

A Reunião foi presidida pelo Juiz-Conselheiro Dr. Julião António, Presidente do Tribunal de Contas de Angola e

do Conselho Diretivo da Organização das ISCda CPLP, e contou com a participação do Mi-nistro Humberto Guimarães Souto, Presiden-te do Tribunal de Contas da União, e do Juiz-Conselheiro Dr. Alfredo José Sousa, Presiden-te do Tribunal de Contas de Portugal.

A Reunião desenvolveu-se com base empauta preparada pelo Tribunal de Contas deAngola, com seis pontos sobre os quais foi de-liberado o seguinte: Item 1 – Finanças daOrganização – Será levada à AssembléiaGeral recomendação às Instituições Membrosda Organização no sentido de quediligenciem junto aos órgãos competentes deseus países para solicitar incluir, em seus res-pectivos orçamentos, a partir do orçamentode 2004, previsões de pagamentos de cotasanuais de contribuição à Organização. O Con-selho deliberou ainda apresentar como suges-tão às Instituições Membros os seguintes va-lores para as cotas: de US$ 5,000.00 (cincomil dólares) para os Tribunais do Brasil e Por-

tugal, de US$ 2,000.00 (dois mil dólares) paraos Tribunais de Angola, Cabo Verde eMoçambique, e de US$ 500.00 (quinhentosdólares) para os Tribunais da Guiné-Bissau eSão Tomé e Príncipe. Para a efetivação darecomendação o Conselho sugeriu que a Se-cretaria-Geral da Organização encaminhe acada Instituição cópia da decisão que vier aser tomada pela Assembléia nessa questão,de modo a que tal decisão possa ser apresen-tada aos órgãos competentes na diligência re-ferida. Item 2 – Escolha das novas sedesda Secretaria-Geral e do Centro de Estu-dos e Formação: Será proposta à Assem-bléia Geral a manutenção das atuais sedesda Secretaria-Geral e do Centro de Estudos eFormação. Item 3 – Escolha da sede daAssembléia Geral seguinte: Será propostoà Assembléia Geral que a próxima Assem-bléia, a ser realizada em 2004, seja no Bra-sil. O Conselho deliberou também observaràs Instituições Membros que o Estatuto da Or-ganização, em seu Artigo 14º, parágrafo úni-co, dispõe que, no caso de a Instituição ondevai realizar-se a próxima reunião da Assem-

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152 Reunião do Conselho Directivo

bléia Geral Ordinária coincidir com aquelaque é sede da Secretaria-Geral ou que é sededo Centro de Estudos e Formação, “a Assem-bléia Geral designa uma outra, segundo o cri-tério da rotatividade, por ordem alfabética dosEstados respectivos”. Diante desse dispositi-vo, o Conselho proporá à Assembléia que sejadesignado o Tribunal de Contas de Angolapara, por mais dois anos, integrar o ConselhoDiretivo. Item 4 – Programa de Atividadesde Cooperação 2003-2004: Será propostaà Assembléia Geral a aprovação do Progra-ma de Cooperação 2003-2004 aprovado peloConselho em Maio de 2002 (documento dis-tribuído a todas as Instituições pela Secreta-ria-Geral), com duas alterações. A primeiraconsiste na inclusão das sugestões do Tribu-nal de Contas da Guiné-Bissau, recebidas pelaSecretaria-Geral em outubro último. Já a se-gunda é a exclusão das três observações queconstam no final do documento aprovado emmaio. Ainda sobre as atividades de coopera-ção, os presidentes dos Tribunais de Contasde Brasil e de Portugal acordaram sobre doispontos. O Instituto Serzedello Corrêa, do Tri-bunal de Contas da União, e o Centro de Es-tudos e Formação, do Tribunal de Contas dePortugal, procurarão harmonizar as ofertas detreinamento, de maneira a que sejam

identificadas as áreas nas quais cada um doscentros de formação possa atender melhoràs demandas das Instituições Membros da Or-ganização. Além disso, o Tribunal de Contasde Portugal e do Brasil reunirão esforços parafazer contatos com Instituições vocacionadaspara o patrocínio de iniciativas de formaçãono âmbito da cooperação internacional, como intuito de oferecer cursos e outrasatividades de interesse para a Organização.Item 5 – Concurso de Monografias – OConselho Diretivo proporá à Assembléia queseja aprovado o projeto de resolução elabo-rado pela Secretaria-Geral acerca do con-curso de monografias, cujo cumprimento sedaria a partir da entrada em vigor dos dispo-sitivos do Estatuto a respeito das finanças daOrganização. A proposta do Conselho à As-sembléia incluirá sugestão de que a Secreta-ria-Geral retifique o texto para estabelecerque, a cada concurso, o Conselho escolha,juntamente com o tema a ser desenvolvido,o nome do prêmio a ser outorgado. Item 6 –Reconhecimento da língua portuguesacomo idioma oficial da INTOSAI: O Con-selho apresentará proposta no sentido de aAssembléia Geral mandatar os Tribunais deContas do Brasil e de Portugal, enquantomembros do Conselho Diretor da INTOSAI,

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para promover a inclusão da língua portuguesacomo idioma oficial daquela Organização Inter-nacional. Item 7 – Outros assuntos, a critériodo Conselho Diretivo: Nesse ponto, o Presidentedo Conselho Diretivo procedeu à leitura de cor-respondências dirigidas à Organização a propó-sito da realização da Assembléia Geral. Nadamais havendo a tratar, o Presidente do Conselho,Conselheiro Dr. Julião António, agradeceu a par-ticipação dos presentes e encerrou a reunião.

Luanda, 6 de Novembro de 2002.

Juiz-Conselheiro Julião AntónioPresidente do Tribunal de Contas de Angola

Ministro Humberto SoutoPresidente do Tribunal de Contas da União

(Brasil)

Juiz-Conselheiro Alfredo José de SousaPresidente do Tribunal de Contas de Portugal

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BRASIL - Brasília, 04 de Novembro de 2003

Aos quatro dias de novembro de doismil e três, no edifício-sede do Tribunal de Contas da União (TCU), em

Brasília, sob a presidência do Ministro ValmirCampelo, Presidente do TCU, presentes o Juiz-Conselheiro Doutor Julião António, Presiden-te do Tribunal de Contas de Angola, o Juiz-Conselheiro Doutor Alfredo José de Sousa, Pre-sidente do Tribunal de Contas de Portugal, oJuiz-Conselheiro Doutor José Tavares, Diretor-Geral do Tribunal de Contas de Portugal, e oMinistro Luciano Brandão Alves de Souza, Se-cretário-Geral da OISC/CPLP, reuniu-se o Con-selho Directivo da OISC/CPLP. Presentes es-tavam também, como convidados, o MinistroAdylson Motta, Vice-Presidente do TCU, osSenhores Roque Sobrinho dos Santos, do Tri-bunal de Contas de Angola, e Sergio Freitasde Almeida e Roberto Santos Victer, da Asses-soria de Relações Internacionais do Tribunalde Contas da União. Abrindo os trabalhos, oPresidente Ministro Valmir Campelo ressaltouo empenho e a dedicação do ilustre Secretá-rio-Geral da OISC/CPLP, Ministro LucianoBrandão Alves de Souza, cujo trabalho tem

facilitado consideravelmente sua atuaçãocomo Presidente do Conselho. Em seguida pôsem discussão e votação os itens constantesda Pauta, a saber: 1. ANAIS DA II ASSEM-BLÉIA GERAL – LUANDA. Com a palavra, oPresidente Juiz-Conselheiro Alfredo José deSousa saudou os presentes, exaltando a re-cepção de que tinham sido alvo os DoutoresJulião António, José Tavares e ele próprio, porparte da Presidência do TCU e da Secretaria-Geral da OISC/CPLP. Passando a palavra aoJuiz-Conselheiro José Tavares, informou estejá se acharem reunidos os elementos neces-sários para a feitura dos Anais da II Assem-bléia Geral em Luanda em 2002, os quais se-rão distribuídos às Instituições Membros daOISC/CPLP na próxima Assembléia Geral de2004. 2. III ASSEMBLÉIA GERAL DA ORGA-NIZAÇÃO DAS ISC DA CPLP, A REALIZAR-SE NO BRASIL EM 2004. Inicialmente tratou-se da escolha do período provável de reali-zação da Assembléia, sugerindo o MinistroValmir Campelo que ela seja realizada nasemana em que será comemorado o 114º ani-versário de criação do TCU, isto é, nos dias

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156 Reunião do Conselho Directivo

8, 9 e 10 de novembro de 2004. Ponderou,entretanto, o Juiz-Conselheiro Alfredo José deSousa ser a segunda quinzena de outubro operíodo em que tradicionalmente ocorre o En-contro da INTOSAI, muito próximo, portanto,da data proposta pelo Presidente ValmirCampelo. Debatido o assunto, firmou-se con-senso em torno da segunda quinzena de ju-lho de 2004, ficando decidido que a Secreta-ria-Geral estabelecerá contato com os de-mais Tribunais lusófonos para colher deles aopinião a respeito da conveniência ou nãodo período proposto, escolhendo-se após adata definitiva para a realização da Assem-bléia. Observou o Presidente Valmir Campeloque o Encontro poderia ocorrer em qualqueruma das Unidades Federadas brasileiras, enão só em Brasília. Deliberou o ConselhoDirectivo que a Secretaria-Geral consultetodas as Instituições-Membros, adiando-seassim a decisão sobre esse ponto. Passou-se,em seguida, à definição dos dois temas a se-rem debatidos na próxima Assembléia de2004, propondo o Juiz-Conselheiro AlfredoJosé de Sousa fossem eles de caráterabrangente, de tal forma que os Tribunais maisrecentemente criados se beneficiassem comeles. Prontamente acolhida essa idéia pelosPresidentes Julião António e Valmir Campelo,

decidiu o Conselho Directivo serem os se-guintes os dois temas da próxima Assembléia:a independência dos Tribunais de Contas emface dos demais Poderes, e a relação delescom o Controle Interno. A Secretaria-Geralficou incumbida de contactar todas as Insti-tuições da Organização com o objetivo dereunir subsídios para a definição final dos te-mas. Passou-se em seguida ao item 3 da Pau-ta, referente à APRECIAÇÃO DE CONVITEAO ÓRGÃO DE CONTROLE EXTERNO DEMACAU PARA VISITAR OS TRIBUNAIS DECONTAS DE ANGOLA, BRASIL E PORTU-GAL, antes da Assembléia Geral de 2004, daqual participaria como Observador. Com apalavra, o Conselheiro Alfredo José de Sousaressaltou a autonomia do Tribunal de Contasde Macau, mostrando a importância de se-rem mantidas as relações bilaterais comaquele Colegiado para, entre outras razões,preservar a cultura lusófona, além de incen-tivar o intercâmbio de conhecimento e ex-periência entre os Tribunais da Comunidade.Propôs, ao final, que o Tribunal de Macau sejaconvidado a visitar seus congêneres de An-gola, Brasil e Portugal, e a participar, comoObservador, da III Assembléia Geral no Bra-sil, cabendo a cada Presidente de Tribunalformular o convite ao TC macauense. Encer-

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radas essas observações, foram elas acolhi-das, decidindo-se favoravelmente ao convi-te. Apreciou-se em seguida o item 4 da Pauta,sobre NOTÍCIAS DAS ATIVIDADES DO CEN-TRO DE ESTUDOS E FORMAÇÃO DO TRI-BUNAL DE CONTAS DE PORTUGAL E DASECRETARIA-GERAL DA OISC/CPLP, DESDEA II ASSEMBLÉIA GERAL DE LUANDA ATÉ APRESENTE DATA. Com a palavra, o Conse-lheiro José Tavares distribuiu aos presentescópia do Relatório Intercalar de Atividades deCooperação do Centro de Estudos do Tribunalde Contas de Portugal, passando a expor re-sumidamente as principais atividades desen-volvidas pelo Centro no mencionado período.Concluída essa apresentação, tem a palavrao Ministro Luciano Brandão Alves de Souza,que passa a ler o Relatório de Atividades daSecretaria-Geral ao longo do mesmo perío-do, destacando seus principais tópicos. O item5 da Pauta, a seguir examinado, referiu-se àORIENTAÇÃO ACERCA DO PROGRAMA DEATIVIDADES PARA O BIÊNIO 2005/2006. Es-clareceu o Secretário-Geral Luciano BrandãoAlves de Souza que, tal como ocorreu em re-lação ao Biênio em curso, consultará todas asInstituições da Organização, buscando conhe-cer-lhes as necessidades quanto a treinamen-to e aperfeiçoamento técnico, com o objetivo,

sobretudo, de identificar seus interesses emrelação aos cursos a serem oferecidos no pró-ximo biênio, recolhendo assim sugestões, detudo dando conhecimento ao ConselhoDirectivo, e, a seguir, fazer constar da Pautados trabalhos da III Assembléia. O item 6 tra-tou de ASSUNTOS DEBATIDOS NA II ASSEM-BLÉIA GERAL EM LUANDA, ou seja: a) RE-CONHECIMENTO DA LÍNGUA PORTUGUE-SA COMO IDIOMA OFICIAL DA INTOSAI. OMinistro Valmir Campelo expõe o assunto, re-ferindo-se à incansável atuação do Conselhei-ro Alfredo José de Sousa na recente reuniãoda INTOSAI, ocorrida em Budapeste. O Con-selheiro Alfredo José de Sousa propôs fossemenviados à INTOSAI os documentos oficiaisda OISC/CPLP, em quatro línguas, e o seu Es-tatuto (trilíngüe), para que aquela Organiza-ção possa conhecer melhor a atuação daOISC/CPLP. Com a palavra, o Ministro LucianoBrandão Alves de Souza solicitou o auxílioda Assessoria de Relações Internacionais doTCU (ARINT) para as traduções desses papéis.O Ministro Valmir Campelo propôs ainda quese convide o Presidente da INTOSAI para par-ticipar da próxima Assembléia Geral da OISC/CPLP, em 2004. A sugestão foi prontamenteaceita por todos os presentes; b) FINANÇASDA ORGANIZAÇÃO – O Ministro Valmir

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158 Reunião do Conselho Directivo

Campelo referiu-se à decisão tomada na As-sembléia Geral de Luanda no sentido de asInstituições-Membros fazerem suas previsõesorçamentárias para 2004, estabelecendo-sea cota anual de cada uma. Esclareceu maisque o TCU já fez incluir a quantia equivalen-te a U$5.000,00 na sua proposta orçamentá-ria para o próximo ano. O Conselheiro AlfredoJosé de Sousa alertou sobre a necessidade deabertura de conta-corrente específica, sob aresponsabilidade da Secretaria-Geral, pararecolher as contribuições anuais. A esse res-peito, o Presidente Valmir Campelo informouque o TCU, através de seu órgão competen-te, dará apoio à Secretaria-Geral paradesincumbir-se dessa atribuição; c) COOPE-RAÇÃO TÉCNICA A TIMOR LESTE. Com re-lação a esse assunto, o Presidente ValmirCampelo informou ter a Secretaria-Geral daOISC/CPLP, em consonância com a decisãoda Assembléia Geral de Luanda, encaminha-do nova Moção a Timor Leste reiterando adisposição da Organização em prestar apoiotécnico ao Órgão de Controle Externo que viera ser criado naquele País. Acrescentou ter re-centemente conversado com o Presidente doParlamento timorense. Com a palavra, o Con-selheiro Alfredo José de Sousa informou ter oConselheiro José Tavares feito contato tele-

fônico com Timor Leste, quando tomou co-nhecimento da instituição de órgão de con-trole ligado ao Ministério da Fazenda. Pro-pôs, assim, se convidasse o Secretário de Con-trole de Timor Leste, Doutor Mariano Lopesda Cruz, para visitar os Tribunais de Contasde Angola, do Brasil e de Portugal. Sugeriu oConselheiro Alfredo José de Sousa fosse ofe-recida ao Primeiro-Ministro de Timor Lesteassistência especializada, no que couber,para o órgão de controle timorense que viera ser criado. O Ministro Valmir Campelo pro-pôs que essa oferta seja conjunta, assinadapelos três Membros do Conselho Directivo, oque foi acolhido; d) CONCURSO DE MONO-GRAFIAS. O Ministro Valmir Campelo escla-receu ter a Assembléia Geral de Luanda trans-ferido a decisão de criar esse concurso paraa próxima Assembléia. O Conselheiro AlfredoJosé de Sousa salientou a importância da so-lução da questão financeira e conseqüente-mente dos prêmios do concurso. Todos con-cordam em que o assunto deve ser submeti-do à futura Assembléia Geral. O item 7 daPauta refere-se à DATA DA REUNIÃO ANU-AL DO CONSELHO DIRECTIVO EM 2004.O Ministro Valmir Campelo pôs em discus-são a data para a reunião anual do ConselhoDirectivo em 2004. Sugeriu o Ministro

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Luciano Brandão Alves de Souza que o En-contro se realize em dias anteriores aos tra-balhos da Assembléia Geral, com o que hou-ve concordância unânime. Decididos todosos itens constantes da Pauta, o Ministro ValmirCampelo informou ter feito contacto com o Se-cretário-Executivo da CPLP, Embaixador JoãoAugusto de Médici, que reafirmou seu inte-resse em ter as próximas contas da Secreta-ria-Executiva auditadas pela OISC/CPLP, comoaconteceu em exercícios anteriores. Com apalavra, o Conselheiro Alfredo José de Sousasugeriu fossem escolhidos, ad referendum daAssembléia Geral, os Tribunais de Contas queauditarão as referidas contas. Por sua vez, oMinistro Luciano Brandão Alves de Souza pro-pôs fosse mantida a sistemática de rodízio naescolha dos Tribunais-Auditores, com arecondução sempre de uma das Instituiçõesque participaram da auditoria anterior. Assim,enfatizou Sua Excelência, a auditoria seriafeita pelo Tribunal de Contas da União e outroa ser escolhido. O Conselheiro Alfredo Joséde Sousa sugeriu que o outro Tribunal fosse ode Angola, com o que prontamente concor-dou o Conselheiro Julião António, Presidentedo Tribunal angolano, o que foi unanimemen-te aprovado. Nada mais havendo a tratar, oPresidente Valmir Campelo agradeceu a par-

ticipação dos presentes e encerrou a Reunião.De tudo eu, Ministro Luciano Brandão Alvesde Souza, Secretário-Geral da OISC/CPLP, la-vrei esta Ata, que vai assinada por mim e pe-los Presidentes dos Tribunais de Contas deAngola, do Brasil e de Portugal.

Ministro Luciano Brandão Alves de SouzaSecretário-Geral da OISC/CPLP

Juiz-Conselheiro Julião AntónioPresidente do Tribunal de Contas de Angola

Ministro Valmir CampeloPresidente do Tribunal de Contas da União

(BRASIL)

Juiz Conselheiro Alfredo José de SousaPresidente do Tribunal de Contas de Portugal

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 161

BRASIL - Fortaleza-Ceará, 26 de Julho de 2004

Aos vinte e seis dias do mês de julhode dois mil e quatro, na Sala de Convenções do Hotel Caesar Park, em

Fortaleza, Estado do Ceará, Brasil, sob a pre-sidência do Ministro Valmir Campelo, Presi-dente do Tribunal de Contas da União, pre-sentes o Juiz-Conselheiro Doutor JuliãoAntónio, Presidente do Tribunal de Contas deAngola, o Juiz-Conselheiro Doutor Alfredo Joséde Sousa, Presidente do Tribunal de Contas dePortugal, o Juiz-Conselheiro Doutor JoséTavares, Diretor-Geral do Tribunal de Contasde Portugal, e o Ministro Luciano BrandãoAlves de Souza, Secretário-Geral da OISC/CPLP, reuniu-se o Conselho Directivo da OISC/CPLP. Presentes também, como convidados,o Doutor Paulino de Sousa, do Tribunal deContas de Angola e Sergio Freitas de Almeidae Roberto Santos Victer, do Tribunal de Contasda União. Abrindo os trabalhos, o PresidenteMinistro Valmir Campelo ressaltou o empenhoe a dedicação do Secretário-Geral da OISC/CPLP, Ministro Luciano Brandão Alves de Sou-za. Em seguida pôs em discussão e votaçãoos Itens constantes da Pauta. O primeiro Item

refere-se ao EXAME PRÉVIO DA PAUTA DAREUNIÃO DELIBERATIVA DA III ASSEMBLÉIAGERAL DE FORTALEZA. O Presidente Minis-tro Valmir Campelo esclarece engloba esteitem todas as matérias que serão objeto dedebate na próxima Reunião Deliberativa daIII Assembléia, agendada para o dia 28 próxi-mo. Dessa forma, os Itens Anais da II Assem-bléia Geral realizada em Angola (Luanda) de7 a 9 de novembro de 2002 e Relatórios doCentro de Estudos e Formação e da Secreta-ria-Geral da OISC/CPLP serão apreciados na-quela Reunião. Quanto ao item ProgramaBienal de Atividades de Cooperação 2005/2006 observa que já anteriormente a Secre-taria-Geral solicitara sugestões de ações decooperação para o Biênio em referência atodos os Tribunais. E que, após a coleta daspropostas, foram elas consolidadas em docu-mento único, também previamente distribuí-do aos Senhores participantes da Assembléia.O Conselho Directivo aprovou o Programa, eirá a seguir submetê-lo à decisão da Assem-bléia. Em seqüência, o Presidente MinistroValmir Campelo colocou em discussão o Item

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162 Reunião do Conselho Directivo

seguinte: Concurso de Monografias. Com apalavra, o Secretário-Geral, Ministro LucianoAlves de Souza, explicou que o assunto jáfora alvo de deliberação na II Assembléia deLuanda, no sentido de se esperar até a OISC/CPLP organizar-se em matéria financeira, tan-to para poder arcar com os valores dos prê-mios da competição, como para atender osencargos decorrentes com a comissãojulgadora. O Conselho Directivo decidiutransferir o assunto para apreciação da As-sembléia. Outro Item da Pauta da ReuniãoDeliberativa aborda as Finanças da Organi-zação. Da mesma forma que o Item anterior,este Item também já fora objeto de decisãona II Assembléia de Luanda. Naquela oca-sião, complementou o Ministro LucianoBrandão Alves de Souza, a Assembléia deli-berou no sentido de as Instituições-Membrosconsignarem nos seus respectivos orçamen-tos do exercício de 2004 o valor correspon-dente às cotas anuais a serem recolhidas àOrganização. Adiantou mais, que o Tribunalde Contas da União fez consignar em seuorçamento vigente o equivalente a US$10 milDólares. Dessa forma, o Conselho Directivoresolveu levar o Item também para decisãoda Assembléia do dia 28. O próximo Item:

Reconhecimento da Língua Portuguesa comoIdioma Oficial da Intosai, contou com novosesclarecimentos por parte do Tribunal deContas de Portugal, sendo igualmente reme-tido ao exame da Assembléia. Acerca dosItens que tratam das Apresentações das Au-ditorias às Contas do Secretariado-Executi-vo da CPLP, referentes, respectivamente, aosexercícios de 2002 e 2003, o Ministro LucianoBrandão Alves de Souza registra que cópiasdos Relatórios alusivos àquelas Auditoriasforam oportunamente encaminhadas aos Tri-bunais-Auditores e ao Secretariado-Executi-vo da CPLP, além de estarem disponíveis naSecretaria-Geral. Esses Relatórios serãoigualmente levados à apreciação da ReuniãoDeliberativa desta Assembléia. A respeito doItem seguinte: Escolha dos Tribunais Audito-res para verificação (caso solicitado) das con-tas do Secretariado-Executivo da CPLP,atinentes ao ano de 2004, o Ministro LucianoBrandão Alves de Souza explicita que o Se-cretariado-Executivo da CPLP ainda não so-licitou à Organização a realização de audi-toria às suas contas do corrente exercício de2004. Assim, a escolha estaria condicionadaao pedido da CPLP. O Juiz-ConselheiroAlfredo José de Sousa propõe seja mantida a

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 163

sistemática de repetir nessa próxima audito-ria um dos Tribunais participantes do trabalhoanterior, restando selecionar o segundo Tribu-nal-Auditor. A idéia predominante é manter oTribunal de Contas de Angola e propor a parti-cipação do Tribunal Administrativo deMoçambique. Tal sugestão será levada à con-sideração da Reunião Deliberativa. O Item se-guinte trata da Cooperação Técnica comMacau. O Presidente Ministro Valmir Campeloesclareceu que a convite da Organização, oComissariado de Auditoria de Macau esta pre-sente à nossa III Assembléia Geral. O próxi-mo Item refere-se à Cooperação Técnica comTimor Leste. Após conhecimento do Conse-lho Directivo, a matéria foi remetida para apre-ciação da Assembléia. Em seguida vem o Item:Convite dos Tribunais de Angola, Brasil e Por-tugal aos órgãos de Controle de Macau e TimorLeste para visitarem as 3 Instituições. Apósrelato do Juiz-Conselheiro Alfredo José deSousa sobre o intercâmbio já em curso entreo Tribunal de Contas de Portugal e oComissariado de Macau foi a matéria remeti-da à Assembléia. Prosseguiu-se com o examedo Item Escolha das sedes do Centro de Estu-dos e Formação e da Secretaria-Geral para obiênio 2005/2006. O Conselho Directivo de-

cidiu propor à Assembléia a manutenção, pormais 2 anos, das atuais Sedes, respectivamen-te, os Tribunais de Contas de Portugal e o daUnião (Brasil). O Item: Escolha da sede da IVAssembléia Geral a ser realizada em 2006,foi amplamente discutido e destacado que ape-nas os Tribunais de Contas da Guiné-Bissau ede São Tomé e Príncipe ainda não sediaramEventos da Organização. Dessa forma, foi de-cidido que a Presidência ouviria ambos os Tri-bunais sobre a disponibilidade de um deles vira sediar a IV Assembléia. Terminado o exameprévio da Pauta da próxima Reunião Delibe-rativa, passou-se ao ponto seguinte da Pautaprópria do Conselho Directivo: Item II - VI-GÊNCIA DO ART. 29-2 DO ESTATUTO. A Pre-sidência, após esclarecer que esse dispositi-vo do Estatuto diz respeito a matéria orçamen-tal e financeira, informa que ele só entrará emvigor após reunidas as condições necessári-as, e expressa declaração da Assembléia Ge-ral nesse sentido, o que poderá ocorrer na Reu-nião Deliberativa do dia 28, com base em pro-posta nesse sentido. O Item III - 10º ANIVER-SÁRIO DA ORGANIZAÇÃO: 29 DE JUNHODE 2005. O Juiz-Conselheiro Alfredo José deSousa propõe seja essa comemoração reali-zada em Lisboa, pois o MEMO-95 foi ali as-

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164 Reunião do Conselho Directivo

sinado. Tal proposição foi unanimementeaprovada. Sugere ainda Sua Excelência que,nessa oportunidade, a reunião não contasseapenas com a presença das Instituições-Mem-bros, mas também com a de Ministros da Fa-zenda ou das Finanças de cada país, especi-almente convidados. Nesse particular, o Con-selho decidiu que se estudaria a possibilida-de de se organizar a Reunião sugerida. Apre-ciados os Itens da Pauta, foram em seguidaanalisados os Itens extra-Pauta, quais sejam:i) Pedido de Adesão da Associação dos Mem-bros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon)à OISC/CPLP. O Conselho deliberou no senti-do de eleger o Tribunal de Contas de Portugalpara relatar a matéria e apresentar parecerconclusivo perante à Assembléia. Insere-senesta Ata o inteiro teor do Parecer e Voto Con-clusivo de autoria do Conselheiro Alfredo Joséde Sousa, nos seguintes termos: “O Senhor Pre-sidente da Atricon, Conselheiro Carlos Pinnade Assis, pelo Ofício n.º 047/2004, de 20 dejulho, dirigiu ao Senhor Presidente do TCU ePresidente do Conselho Directivo da OISC/CPLP, Ministro Valmir Campelo, um pedido deadesão da Atricon à OISC/CPLP, com o esta-tuto de observadora, nos termos do artigo 5º,parágrafo 2º, do respectivo Estatuto. O Con-selho Directivo, na sua Reunião de 26 de ju-lho de 2004, analisou este pedido, tendo deli-

berado propor à III Assembléia Geral a acei-tação da adesão da Atricon à OISC/CPLP,como observadora, nos termos e com os fun-damentos seguintes: a) o pedido de adesãotem cabimento no artigo 5º, parágrafo 2º, doEstatuto da OISC/CPLP; b) o citado pedido éformulado por quem tem legitimidade – aAtricon, através de seu Presidente; c) a OISC/CPLP assegura ao Presidente da Atricon ou aquem indicar para o substituir a participaçãonos seus eventos, com o estatuto de observa-dor. O Relator, Alfredo José de Sousa, Presi-dente do Tribunal de Contas de Portugal.” Amatéria foi aprovada por unanimidade peloConselho Directivo; ii) Convite formuladopelo Presidente do Tribunal de Contas do Es-tado do Rio Grande do Sul (TCERS) e pelaAtricon para a OISC/CPLP participar das co-memorações dos 70 anos do TCERS em ou-tubro de 2005. O Presidente Ministro ValmirCampelo pondera ser difícil compatibilizaragendas com essa antecedência, agradecen-do o convite, cuja cópia foi anexada a pre-sente Ata; iii) O Senhor Secretário-Geral fezleitura de documento do Instituto Ruy Barbo-sa que registra voto de confiança e apoio àOISC/CPLP. A Mensagem, apresentada emanexo, foi objeto de agradecimento por partedos Senhores integrantes do ConselhoDirectivo. Nada mais havendo a tratar, o Pre-

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 165

sidente Ministro Valmir Campelo agradeceu a par-ticipação dos presentes e encerrou a Reunião. Detudo eu, Ministro Luciano Brandão Alves de Sou-za, Secretário-Geral da OISC/CPLP, lavrei esta Ata,que vai assinada por mim e pelo Presidente destaReunião do Conselho Directivo, Ministro ValmirCampelo, Presidente do Tribunal de Contas daUnião (Brasil).

Ministro Luciano Brandão Alves de SouzaSecretário-Geral da OISC/CPLP

Ministro Valmir CampeloPresidente do Tribunal de Contas da União

(BRASIL)

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RELATÓRIO DAS ACTIVIDADES DE COOPERAÇÃO

1995-2005*

* Relatório elaborado com base nos relatórios da Secretaria-Geral (Tribunal de Contas da União,Brasil) e do Centro de Estudos e Formação (Tribunal de Contas de Portugal)

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 169

I – ANO DE 1995

1. Encontros, reuniões e seminários:

a) deslocação de uma delegação do Tri-bunal de Contas português (TCP) ao Tri-bunal de Contas da União do Brasil(TCU), tendo em vista dar seguimentoao Acordo de Cooperação Científico,Técnico e Cultural, celebrado em 1991;

b) visita ao TCP do Presidente do Tribunalde Contas do Estado da Bahia, Brasil,em 5 de Junho, com o objectivo de seinteirar da organização, funcionamen-to e actividade do Tribunal, tendo pro-ferido uma palestra subordinada aotema As Relações do TC do Estado daBahia e de Portugal;

c) realização em Lisboa, em 28 de Junho,do I Encontro dos Tribunais de Con-tas de Língua Portuguesa;

d) visita ao TCP do Presidente do Tribunalde Contas de Cabo Verde, com o objec-tivo de se inteirar da organização, fun-cionamento e actividade do Tribunal;

e) visita ao TCP de uma delegação do Tribu-nal de Contas do Rio de Janeiro, com oobjectivo de se inteirar da organização,funcionamento e actividade do Tribunal;

f) participação do TCP em Setembro, numSeminário Internacional de Controlo Ex-terno, organizado pelo TC do Estado daBahia, Brasil;

g) XVIII Congresso dos TC’s do Brasil, emOutubro, com a participação do Tribu-nal de Contas de Cabo Verde e do Tri-bunal de Contas de Portugal;

h) visita ao TCP do Presidente do TC do Es-tado do Paraná, em Novembro, tendo porobjectivo uma troca de conhecimentosno domínio das funções de controlo.

2. Cursos de formação e estágios:

a) estágio no TCP de dois Conselheiros doTribunal de Contas de Cabo Verde, de6 a 13 de Março;

b) frequência, no TCP, por funcionários doMinistério da Justiça de Angola, do cur-so de formação profissional para con-tadores verificadores adjuntos, de 8 deMaio a 2 de Junho;

c) frequência, pelos mesmos funcionáriosde Angola, do curso de formação sobreAuditoria nos Serviços Públicos;

d) estágio de formação, para os funcioná-rios do Ministério de Justiça de Angola,com a duração de 90 horas, no TCP;

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170 Relatório das Actividades de Cooperação

e) estágio de formação, no TCP, no âmbitodo Parecer sobre a Conta Geral do Es-tado, de uma delegação do TC de CaboVerde, em Julho;

f) deslocação a Luanda, em Setembro, dedois dirigentes do TCP para ministraremacções de formação aos futuros quadrosdo TC de Angola, na sequência do En-contro realizado em 20 de Março;

g) missão de cooperação, em S. Tomé ePríncipe, durante o mês de Outubro, deum técnico do TCP;

h) curso de formação sobre Auditoria Inte-grada, ministrado em Portugal, em 20 deNovembro, por dois auditores do TC doEstado da Bahia;

i) frequência, no Brasil, por dois técnicosde TCP, do Curso Internacional sobre ocontrolo da Gestão Pública com suportenos sistemas informatizados de Adminis-tração Pública Federal;

II – ANO DE 1996

1. Encontros, reuniões e seminários:

a) visita ao TCP, de 9 a 15 de Maio, de umadelegação do TC do Estado de Tocantins,

Brasil, tendo como objectivo a troca deconhecimentos no domínio das funçõesde controlo;

b) visita de uma delegação do TCP em Ju-lho, ao TC de Minas Gerais, Brasil, ten-do em vista o conhecimento da organi-zação, funcionamento e actividade da-quele Tribunal, bem como a troca de ex-periências no que respeita ao controlodas empresas públicas;

c) visita de uma delegação do Tribunal Ad-ministrativo de Moçambique (TAM), emAgosto, ao Tribunal de Contas da União(TCU);

d) visita ao TCP do Presidente do TC doEstado de Sta. Catarina, Brasil, de 8 a11 de Setembro, tendo como objectivoa troca de experiências;

e) visita ao TCP do Presidente do TC doEstado do Rio de Janeiro, com o objec-tivo de se inteirar da organização, fun-cionamento e actividade do Tribunal;

f) realização em Outubro, em Cabo Ver-de, do II Encontro dos Tribunais deContas da CPLP, organizado pelo Tri-bunal de Contas de Cabo Verde, com acolaboração da Secretaria Geral (TCU,Brasil).

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 171

2. Cursos de formação, estágios e apoiotécnico:

a) deslocação de técnicos do TCP, emAbril, ao TAM, para diagnóstico de ne-cessidades e colaboração na elabora-ção de projectos de diplomas legais;

b) estágio de formação no Instituto Serze-dêllo Corrêa, Brasil, realizado por umatécnica do TC de Cabo Verde;

c) curso de formação sobre o Processo deAnálise e Julgamento das Contas do Go-verno, promovido pela Secretaria deContas do Governo do Brasil, frequen-tado pela mesma técnica do TC de CaboVerde;

d) estágio de formação no InstitutoSerzedêllo Corrêa, Brasil, de técnicos doSupremo Tribunal de Justiça de S. Tomée Príncipe, no mês de Outubro;

e) estágio de formação, em Junho, no Tri-bunal de Contas de Portugal, de cincofuncionários do Ministério da Justiça deAngola;

f) curso de formação no TCP sobre A Re-forma da Contabilidade Pública e do Te-souro em que participaram os mesmosfuncionários de Angola;

g) estágio de formação, no TCP, nas áre-as da fiscalização prévia e sucessiva,de três Conselheiros do TAM;

h) curso de formação sobre Gestão Finan-ceira, de 16 a 27 de Setembro, a queassistiram cinco técnicos do Tribunal deContas de Angola e cinco técnicos doTAM;

i) estágio de formação no TCP, destinadoa cinco técnicos do TAM;

j) curso pluridisciplinar para funcionári-os do TAM, organizado pelo TCP;

k) curso sobre Auditoria de Gestão, em Ou-tubro, organizado pelo TCP, em que par-ticiparam técnicos do TC de Angola;

l) estágio de formação de 70 horas, paraum Magistrado do Ministério Público daGuiné-Bissau, organizado pelo TCP;

m) estágio de formação, no TCP, de um ins-pector de finanças do Ministério da Jus-tiça de S. Tomé e Príncipe.

n) apoio do TCP ao TC da Guiné-Bissautendo em vista a elaboração, pela pri-meira vez, do seu Parecer sobre a ContaGeral do Estado;

o) apoio do TCP ao TC da Guiné-Bissauna elaboração de um projecto de nor-

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172 Relatório das Actividades de Cooperação

ma constitucional sobre o Tribunal deContas.

3. Outras acções de cooperação:

a) elaboração da 1.ª versão do Estatuto daOrganização dos Tribunais de Contasdos Países da CPLP.

b) elaboração pelo Tribunal de Contas dePortugal da publicação alusiva ao I En-contro dos Tribunais de Contas daComunidade de Língua Portuguesa(CPLP).

III – ANO DE 1997

1. Encontros, reuniões e seminários:

a) visita ao TCP, de uma delegação do TCU,de 11 a 14 de Abril;

b) visita de uma delegação do TC de CaboVerde ao TCU;

c) visita ao TCP de uma delegação do TCdo Estado de Rio Grande do Sul, Brasil,tendo como objectivo a assinatura de umacordo de cooperação científica e técni-ca visando a troca de conhecimentos nodomínio das funções de controlo;

d) realização em Moçambique, em 20 deOutubro, do III Encontro dos Tribu-nais de Contas da CPLP, organizadopelo TAM, com a colaboração da Se-cretaria-Geral (TCU), Brasil;

e) participação do TCP e do TCU, no XIXCongresso dos TC, organizado peloTC do Estado do Rio de Janeiro, em Ou-tubro.

2. Cursos de formação, estágios e apoiotécnico:

a) curso internacional organizado peloISC/TCU e pela Secretaria de Audito-ria-SAUDI/TCU, Brasil em que partici-pou um técnico do TAM;

b) participação de técnicas do Tribunal deContas de Cabo Verde, em cursos deformação organizados pelo InstitutoSerzedêllo Corrêa – TCU;

c) estágio de formação de técnicas do TCde Cabo Verde em Secretarias de Con-trolo Externo do TCU;

d) estágios no TCP para Conselheiros doTC de Angola;

e) estágio no TCP de Conselheiros doTAM;

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 173

f) curso de Auditoria informática, orga-nizado pelo TCP com a presença dedois auditores do TCU;

g) curso sobre Auditoria Ambiental, orga-nizado pelo TCP em que participaramcomo formadores auditores do TCU;

h) realização em Maputo, num total de 90horas, de um curso de formaçãopluridisciplinar (fiscalização prévia, su-cessiva, auditoria, parecer sobre aCGE) que abrangeu quinze técnicos doTAM, ministrado por técnicos do TCP;

i) palestra sobre Auditoria de sistemas noTCU, em 29 de Outubro, no TCP, pro-ferida por dois Auditores do TCU;

j) palestra sobre A questão ambiental noBrasil, no TCP, em 5 de Novembro, ori-entada por dois auditores do TCU;

k) participação de técnicos do TC deCabo Verde, em 26 e 27 de Novem-bro, num seminário sobre ContrataçãoPública, promovido pelo TCP.

3. Outras acções de cooperação:

a) troca de documentação entre as vári-as Instituições, nomeadamente as res-

pectivas revistas, planos de actividadese programas de formação;

b) elaboração pelo TCP da publicação alu-siva ao II Encontro dos Tribunais deContas da CPLP.

IV – ANO DE 1998

1. Encontros, reuniões e seminários:

a) visita, ao TCP de uma delegação doTAM, durante o mês de Abril, na qual seaprofundaram as relações de coopera-ção, estabelecendo-se contactos com oInstituto para a Cooperação de Portugal;

b) reunião no TCP, da Comissão Mistados Tribunais de Contas da CPLP,nos dias 29 e 30 de Junho;

c) participação do TCP no I CongressoEuro-Americano de Tribunais deContas, em Ouro Preto, organizado pelaATRICON em Março;

d) visita ao TCP do Presidente do TC do Dis-trito Federal de Brasília, com o objectivode se inteirar da organização, funciona-mento e actividade do TCP;

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174 Relatório das Actividades de Cooperação

e) participação do TCP no Seminário Porum Melhor Controlo Financeiro dos Mu-nicípios, promovido pelo TC de CaboVerde;

f) visita, durante o mês de Novembro, deuma delegação do TCP ao TC do Esta-do de Sta. Catarina, Brasil, com o ob-jectivo de conhecer o seu funcionamen-to e de trocar experiências nas maté-rias relacionadas com as respectivasatribuições e competências;

g) visita do TC de Cabo Verde ao TCU, nomês de Novembro;

h) participação de todos os Tribunais deContas da CPLP no SeminárioEUROSAI, realizado em Lisboa, de 24a 26 de Junho.

2. Cursos de formação, estágios eapoiotécnico:

a) deslocação ao Tribunal de Contas deCabo Verde, de um técnico do TCP, paraprestar apoio na elaboração dos Pare-ceres sobre as CGE de 1991 a 1995 da-quele Tribunal;

b) curso sobre O Processo de Análise e Jul-gamento de Contas Governamentais,organizado pelo TCU, no qual partici-pou uma delegação do TCP;

3. Outras acções de cooperação:

a) elaboração pelo TCP da publicação alu-siva ao III Encontro dos Tribunais deContas da CPLP;

b) troca de documentação entre as váriasinstituições, nomeadamente as respec-tivas revistas, planos de actividades eprogramas de formação;

c) convite do TCP à Secretaria-Geral daOISC/CPLP para integrar, um programade acção comum, as necessidades deformação.

c) deslocação de um dirigente do TCP aoTCU, a convite da Secretaria-Geral daOISC/CPLP, para a frequência de umcurso sobre auditoria, o qual proferiuuma palestra sobre a experiência por-tuguesa em matéria de auditoria;

d) estágio no TCP na área da FiscalizaçãoPrévia, de três funcionários do TAM;

e) estágio de formação no TCP, na áreade auditoria, de quatro auditores doTCU, no mês de Novembro;

f) participação de técnicos do TCU numcurso sobre Auditoria de Avaliação,realizado em Novembro no TCP, comformadores das ISC do Reino Unido eda Suécia.

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 175

V – ANO DE 1999

1. Encontros, reuniões e seminários:

a) visita do Presidente do TCP ao TCU, paraparticipar no ciclo de palestras sobrecontrolo e fiscalização, realizado de 17a 21 de Maio;

b) visita ao TCP, durante o mês de Março,de uma Delegação do TC de Cabo Ver-de;

c) visita ao TCP de uma delegação do TAM,nos meses de Julho e Agosto. No âmbi-to desta visita realizaram-se várias ses-sões de trabalho, que tiveram por ob-jectivo a concretização de alguns pro-jectos de cooperação na área da forma-ção profissional;

d) visita ao TCP de um Conselheiro do Su-premo Tribunal de Justiça de São Tomée Príncipe para participar em diversassessões de trabalho sobre o funciona-mento e áreas de actuação do TCP;

e) participação de todas as Instituições Su-periores de Controlo da CPLP na SessãoSolene Comemorativa dos 150 anos doTCP, em 10 de Novembro;

f) reunião no TCP, no mês de Novembro,da Comissão Mista das InstituiçõesSuperiores de Controlo da CPLP.

2. Cursos de formação, estágios e apoiotécnico:

a) estágio no TCP, na área da Fiscaliza-ção Sucessiva, de dois técnicos do TCde Cabo Verde, em Fevereiro;

b) estágio de formação no TCP no âmbitodo Curso de Magistrados do CEJ, de trêstécnicos do Supremo Tribunal de Justi-ça de S. Tomé e Príncipe;

c) nos meses de Novembro e Dezembro,tiveram lugar, no TCP, diversos estágiospara técnicos do TAM, nas áreas da fis-calização sucessiva, da documentaçãoe da formação;

d) frequência por técnicos do Tribunal deContas de Angola, de várias acções deformação, no mês de Outubro, no TCP.

3. Outras acções de cooperação

Foram distribuídas publicações edita-das pelas várias Instituições, nomeadamente,as respectivas revistas, planos de actividadese programas de formação.

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176 Relatório das Actividades de Cooperação

VI – ANO DE 2000

1. Encontros, reuniões e seminários:

a) Encontro das Instituições Superio-res de Controlo da CPLP em Brasília,Brasil, em Setembro de 2000. Esteencontro foi organizado pela Secreta-ria-Geral e contou com a colaboraçãodo TCP para a sua preparação;

b) em 5 de Setembro decorreu a reuniãoda Comissão Mista, em Brasília, ten-do participado, pela primeira vez,como observador, uma Delegação deTimor Lorosae;

c) visita ao TCP do Inspector-Geral deTimor Lorosae, em 11 de Outubro;

d) visita ao TCP, em Outubro, do Presiden-te do TAM, para análise da cooperaçãoexistente entre ambas as instituições;

e) visita ao TCP, em Dezembro, de umadelegação do TC de Pernambuco, Bra-sil.

2. Cursos de formação, estágios e apoiotécnico:

a) apoio do TCP à preparação do PlanoEstratégico de desenvolvimento do

TAM, financiado pela Suécia para operíodo de 2000-2005 (PRO-AUDIT);

b) apoio técnico do TCP à elaboração,pelo TAM, do Parecer sobre a CGE deMoçambique;

c) dois Conselheiros, um do TC da Guiné--Bissau e outro de Angola, frequentaramum estágio no TCP, no mês de Junho;

d) apoio técnico na área do Parecer sobrea Conta Geral do Estado, prestado peloTCP ao Tribunal de Contas de Cabo Ver-de, de 10 a 21 de Julho;

e) participação de dois técnicos do TCPno curso internacional sobre Auditoriada Tecnologia de Informação, organi-zado pelo TCU, em Brasília, de 11 a 22de Setembro;

f) estágio no TCP de dois consultores doTAM, de 18 a 22 de Setembro, para co-nhecimento das áreas de fiscalização pré-via e concomitante e da fiscalização su-cessiva;

g) estágio no TCP de seis funcionários doTC de Angola, de 23 a 31 de Outubro,participando, em 31 de Outubro, numaconferência subordinada ao temaBudget Communautaire et financesnationales;

h) estágio no TCP de uma auditora do TC

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 177

do Estado do Pernambuco, Brasil, emNovembro;

i) participação do TCP na coordenação doProjecto PRO-AUDIT, de capacitaçãodo TAM;

j) estágio no TCP de três auditores do TCdo Estado do Paraná, Brasil, em 5 e 6 deDezembro.

3. Outras acções de cooperação:

a) estabeleceram-se contactos para aimplementação de uma cooperação téc-nica na criação de um sistema de con-trolo financeiro para Timor Lorosae;

b) foram distribuídas publicações editadaspelas várias Instituições, nomeadamen-te, as respectivas revistas, planos de ac-tividades e programas de formação.

VII – ANO DE 2001

1. Encontros, reuniões e seminários:

a) realização, em 16 e 17 de Julho, em Pon-ta Delgada, Açores, do V Encontro dosTribunais de Contas da Comunida-de dos Países de Língua Portuguesa(CPLP), organizado pelo TCP;

b) visita ao TCP, de 2 a 17 de Julho, deuma delegação do TC de Angola, comvista à preparação de estágios e outrasacções de cooperação para magistra-dos e funcionários do TC de Angola;

c) participação do TCP nas reuniões decoordenação do Projecto PRO-AUDITde capacitação do TAM.

2. Cursos de formação, estágios e semi-nários:

a) apoio técnico do TCP à elaboração, peloTAM, do Parecer sobre a CGE deMoçambique;

b) estágio no TCP para funcionários do TCde Cabo Verde, de 26 de Março a 6 deAbril;

c) estágio no TCP de dois dirigentes do TAM;

d) estágio de sensibilização sobre o TCP,de 2 de Maio a 6 de Junho, a um finalistado curso de Direito da UniversidadeClássica de Lisboa, natural de Angola;

e) estágio no TCP de técnicos do TAM, na2ª quinzena de Junho;

f) estágio no TCP de um dirigente e audi-tores do TC do Estado de Santa Cata-rina, Brasil, no mês de Setembro;

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178 Relatório das Actividades de Cooperação

g) realização de dois cursos de formação(um sobre o circuito dos contratos admi-nistrativos e outro sobre a verificação in-terna de contas), ministrados por dois di-rigentes do TCP no TAM, em Maputo;

h) estágio no TCP de doze técnicos do TCde Angola sobre as diferentes áreas deactuação do TCP, de 15 de Outubro a 9de Novembro, que também frequenta-ram um curso de formação sobre AGestão da Qualidade;

i) deslocação a Cabo Verde, no mês deDezembro, de uma técnica do TCPpara ministrar uma acção de formaçãosobre A Auditoria de Serviços Públicos;

j) realização de cursos e palestras sobreAuditoria Financeira e AuditoriaInformática, no TAM, em Maputo, mi-nistrados por técnicos do TCU.

3. Outras acções de cooperação:

a) foi elaborada a versão final do projectode Estatutos da Organização das Ins-tituições Superiores de Controlo daCPLP, tendo em conta os contributos re-cebidos de todos os membros desta Or-ganização;

b) elaboração pelo TCP das publicaçõesalusivas ao IV e V Encontros das Insti-tuições Supremas de Controlo da CPLP;

c) foram distribuídas publicações edita-das pelas várias Instituições, nomeada-mente, as respectivas revistas, planosde actividades e programas de forma-ção.

VIII – ANO DE 2002

1. Encontros, reuniões e seminários:

a) visita ao TCP, em Fevereiro, do Presiden-te e dirigentes do TC da Guiné-Bissaupara a assinatura de um protocolo de co-operação técnica e científica entre ambasas Instituições;

b) visita ao TCP, em Maio, de Conselheirosdo TC de Angola e de um Conselheiro doTC de Cabo Verde, com o objectivo dara conhecer a organização, estrutura emodo de funcionamento do TCP;

c) visita ao TCP, em Maio, do ProcuradorGeral Adjunto do TC de Angola;

d) realização em Novembro, em Angola,

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 179

da 1.ª Assembleia-Geral das ISC daCPLP, organizada pelo Tribunal de Con-tas de Angola, com a colaboração doTCP;

e) reunião no TCP da comissão encarre-gada de rever o glossário de termos téc-nicos das ISC da CPLP, na qual partici-param dirigentes dos TC de Angola,Cabo Verde e Portugal.

f) participação do TCP nas reuniões decoordenação do Projecto PRO-AUDITde capacitação do TAM.

2. Cursos de formação, estágios e apoiotécnico:

a) realização no TAM, Maputo, em Feve-reiro, de um curso sobre Auditoria Fi-nanceira, ministrado por uma técnica doTCP, que também assegurou apoio téc-nico a uma auditoria;

b) estágio no TCP de uma auditora do Tri-bunal de Contas de Cabo Verde, de 13a 16 de Maio;

c) um técnico do Tribunal de Contas daGuiné-Bissau assistiu a diversas apresen-tações no TCP, entre Junho e Novembro;

d) estágio no TCP de uma técnica do TC

de Pernambuco, no âmbito dos seus es-tudos de mestrado;

e) estágio no TCP de duas técnicas doTAM, de 14 a 18 de Outubro;

f) realização no TAM, de 1 a 11 de De-zembro, em Maputo, de uma acção deformação sobre o Regime Jurídico deEmpreitadas, ministrada por uma diri-gente do TCP.

g) apoio técnico do TCP à elaboração, peloTAM, do Parecer sobre a CGE deMoçambique.

3. Outras acções de cooperação:

Foram distribuídas publicações editadaspelas várias Instituições, nomeadamente, asrespectivas revistas, planos de actividades eprogramas de formação.

IX – ANO DE 2003

1. Encontros, reuniões e seminários:

a) reunião do Presidente do TCP com o Se-cretário Geral da Organização das ISCda CPLP, no Rio de Janeiro, no mês deFevereiro;

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180 Relatório das Actividades de Cooperação

b) participação do TCP nas reuniões decoordenação do Projecto PRO-AUDITde capacitação do TAM;

c) participação do TCP no Seminário Inter-nacional sobre a Modernização do Con-trolo das Contas Públicas, realizado noTribunal de Contas do Estado do Ama-zonas, em 21 e 22 de Fevereiro.

d) visita ao TC do Estado da Bahia, Brasil,em 24 e 25 de Fevereiro de uma dele-gação do TCP;

e) visita do Presidente do TC de São Tomée Príncipe ao TCU, entre os dias 2 e 6de Abril;

f) visita de uma delegação do TC de S. Tomée Príncipe, ao TCU, em Maio;

g) Seminário Internacional realizado, emJunho, pelo TC de S. Tomé e Príncipe;

h) organização, pelo TCP, TCU e ATRICON,de 19 a 21 de Março, no Estoril, do En-contro Luso-Brasileiro de Tribunaisde Contas, subordinado à temática ge-ral Evolução dos Tribunais de Contas noBrasil e em Portugal;

i) visita ao TCP do Presidente do TC deSão Tomé e Príncipe, de 24 a 28 de Mar-ço;

2. Cursos de formação, estágios e apoiotécnico:

a) estágio no TCP, em Fevereiro, para umtécnico do TAM;

b) estágio no TCP, de uma delegação doTC de S. Tomé e Príncipe, de 4 a 16 deMarço;

c) estágio no TCP para técnicos do TC deAngola, de 12 a 28 de Março;

d) estágio no TCU, para técnicos e diri-gentes do TC de Angola, do TC de CaboVerde e do TC de S. Tomé e Príncipe.Estes técnicos frequentaram ainda, nodecurso do estágio, uma acção de for-mação sobre Auditoria de NaturezaOperacional;

e) estágio no TCP, de 2 a 12 de Junho, deum auditor do TC de Cabo Verde, quefrequentou também, uma acção de for-mação sobre Auditoria Contabilística eFinanceira;

f) estágio no TCP, de 30 de Junho a 11 deJulho, para consultores e técnicos do TAM,que frequentaram também uma acção deformação sobre Contratos de Empreita-das de Obras Públicas;

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 181

g) estágio no TCP, 7 a 11 de Julho, para umConselheiro e para o Director do TC deAngola;

h) realização, em Agosto, de acção de for-mação no TC de Angola, em Luanda,por formadores do TCP na área do pare-cer sobre a Conta Geral do Estado;

i) estágio no TCP, de 1 a 5 de Setembro,de uma técnica do TC de Cabo Verde;

j) estágio no TCP,de 24 de Novembro a 5de Dezembro, de duas analistas do TCU,que frequentaram ainda duas acções deformação sobre Avaliação de Sistemas deControlo Interno e Métodos Estatísticos eQuantitativos em Auditoria;

k) estágio no TCP, de 3 a 12 de Dezembrode um técnico do TC de Angola;

l) apoio técnico do TCP à elaboração, peloTAM, do Parecer sobre a CGE deMoçambique;

m) apoio técnico do TCP à reestruturaçãodo sistema de arquivo do TAM.

3. Outras acções de cooperação:

Foram distribuídas publicações editadaspelas várias Instituições, nomeadamente, asrespectivas revistas, planos de actividades eprogramas de formação.

X – ANO DE 2004

1. Encontros, reuniões e seminários:

a) visita ao TCP de uma delegação da Au-ditoria Geral de Macau, chefiada pelasua Presidente, em 30 e 31 de Março;

b) visita ao TCP, em 14 de Maio, do Presi-dente do TC do Estado da Bahia;

c) visita ao TCP do Presidente do TC doEstado de Santa Catarina, em 26 deMaio;

d) participação do TCP nas reuniões decoordenação, avaliação e planeamen-to do Projecto PRO-AUDIT de ca-pacitação do TAM;

e) visita ao TCP, em Dezembro, de dois di-rigentes do TC da Bahia, para troca deexperiências e colaboração entreambas as Instituições.

2. Cursos de formação, estágios e apoiotécnico:

a) estágio no TCP, de 10 a 21 de Maio, deum Procurador da República junto doTC de S. Tomé e Príncipe;

b) estágio no TCP, de 21 de Junho a 2 deJulho, de um Auditor do Comissariado

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182 Relatório das Actividades de Cooperação

de Auditoria de Macau, que também fre-quentou uma acção de formação sobre OPrograma de Estabilidade e Crescimento;

c) participação no TCP, de 5 a 9 de Julho,de um técnico do TC de S. Tomé e Prín-cipe numa acção de formação sobreComo estabelecer objectivos para aavaliação do desempenho.

d) visita de dois técnicos do TCP ao TC daGuiné-Bissau, em Outubro, para avalia-ção de necessidades.

3. Outras acções de cooperação:

a) elaboração pelo TCP da publicação alu-siva à II Assembleia Geral das ISC daCPLP;

b) foram distribuídas publicações editadaspelas várias Instituições, nomeadamen-te, as respectivas revistas, planos de ac-tividades e programas de formação.

XI – ANO DE 2005

1. Encontros, reuniões e seminários:

a) participação do TCP numa reunião decoordenação do Projecto PRO-AUDIT decapacitação do TAM;

b) participação do TCP no Encontro Téc-nico sobre Capacitação dos Audito-res, realizado no TC da Bahia, de 15 a 18de Maio;

c) X Aniversário da Organização das ISCda CPLP – Lisboa, 1 de Julho de 2005;

d)) reunião do Conselho Directivo da Or-ganização das ISC da CPLP – Lisboa,4 de Julho.

2. Cursos de formação, estágios e apoiotécnico:

a) apoio técnico do TCP ao TC de Cabo Ver-de, na área do controlo das autarquiaslocais, de 28 de Maio a 11 de Junho;

b) estágio no TCP de uma Conselheira doTC de Cabo Verde, de 14 a 30 de Junho;

c) estágio no TCP de uma dirigente do TCde Cabo Verde, em Julho;

d) estágio no TCP de dois técnicos do TCda Guiné-Bissau, em Julho.

3. Outras acções de cooperação:

Elaboração pelo TCP das publicaçõesalusivas à III Assembleia Geral das Institui-ções Supremas de Controlo da CPLP e ao XAniversário da OISC/CPLP.

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Cerimónia Comemorativa do X Aniversário da Organizaçãodas ISC da CPLP

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X Aniversário da Organização das ISC da CPLP 185

Programa

10h00 - Partida do Hotel Tivoli Lisboa parao Centro Cultural de Belém

10h30 - Recepção das delegações de An-gola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé ePríncipe, Macau e Timor, e dosconvidados

11h00 a

12h30 - Cerimónia Comemorativa (Sala Calempluy)

Coro de Câmara da Universidade deLisboa

- Intervenção do Presidente do Tribu-nal de Contas de Portugal, Conse-lheiro Alfredo José de Sousa

- Intervenção do Presidente do Con-selho Directivo, Conselheiro Antó-nio Luís Pale, Presidente do Tribu-nal Administrativo de Moçambique

Coro de Câmara da Universidade deLisboa

- Conferência: A CPLP, Portugal e aUnião Europeia, Prof. Doutor ErnâniRodrigues Lopes

- Intervenção do Presidente daAssembeia da República, Dr. JaimeGama

- Condecorações da República Portu-guesa a:

- Conselheiro Presidente ANTÓNIO

LUÍS PALE

- Ministro MARCOS VILAÇA

Coro de Câmara da Universidade deLisboa

12h30 - Exposição alusiva às actividades daOrganização de 1995 a 2005

Fotografia de Grupo

13h00 - Almoço no CCB “Sala Camoy”

15h00 - Regresso ao Hotel Tivoli Lisboa

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