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e-book gratuito Organiz ador a Vólia Bomfim Cassar Convenções da OIT selecionadas NRs de Segurança e Medicina selecionadas Legislação Previdenciária Profissões Regulamentadas Material suplementar para download Acompanhamento legislativo on-line Índice remissivo unificado da CLT, da CF, dos Códigos, das Súmulas, das OJs, dos PNs e da Legislação Complementar DE ACORDO COM A REFORMA TRABALHISTA E A MP 808/2017 MATERIAL SUPLEMENTAR

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  • e-book gratuito

    Organizadora

    Vlia Bomfim Cassar

    Convenes da OIT selecionadasNRs de Segurana e Medicina selecionadasLegislao PrevidenciriaProfisses RegulamentadasMaterial suplementar para downloadAcompanhamento legislativo on-line ndice remissivo unificado da CLT, da CF, dos Cdigos, das Smulas, das OJs, dos PNs e da Legislao Complementar

    DE ACORDO COM A

    REFORMA TRABALHISTA E A MP 808/2017

    MATERIAL SUPLEMENTAR

  • ndice Geral

    [[ Convenes da Organizao Internacional do Trabalho .............................................................................

    [[ Normas Regulamentadoras de Segurana e Medicina .................................................................................

    [[ Profisses Regulamentadas ...............................................................................................................................

    [[ Legislao Complementar .................................................................................................................................

  • ndice cronolGico Geral

    CONVENES DA OIT

    Declarao Universal dos Direitos Humanos (1948)Constituio da Organizao Internacional do Trabalho OIT (1946)Conveno 100Conveno 101Conveno 105Conveno 106Conveno 111Conveno 122Conveno 131Conveno 137Conveno 138Conveno 139Conveno 140Conveno 142Conveno 151Conveno 154Conveno 161Conveno 167Conveno 169Conveno 174Conveno 26Conveno 81Conveno 88

    NORMAS REGULAMENTADORAS DE SEGURANA E MEDICINA

    NR-4 SERVIOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANA E EM MEDICINA DO TRABALHO SESMTNR-5 COMISSO INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTES CIPA NR-15 ATIVIDADES E OPERAES INSALUBRESNR-17 ERGONOMIA

    LEIS

    Lei 4.504, de 30 de novembro de 1964Lei 6.001, de 19 de dezembro de 1973Lei 6.094, de 30 de agosto de 1974Lei 6.556, de 5 de setembro de 1978Lei 6.802, de 30 de junho de 1980

  • CLT MTODO CONSOLIDAO DAS LEIS DE TRABALHO

    Lei 7.195, de 12 de junho de 1984Lei 7.713, de 22 de dezembro de 1988Lei 8.870, de 15 de abril de 1994Lei 8.880, de 27 de maio de 1994Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997Lei 9.717, de 27 de novembro de 1998Lei 9.872, de 23 de novembro de 1999Lei 10.522, de 19 de julho de 2002Lei 10.999, de 15 de dezembro de 2004Lei 11.457, de 16 de maro de 2007Lei 11.959, de 29 de junho de 2009Lei 12.153, de 22 de dezembro de 2009Lei 12.154, de 23 de dezembro de 2009Lei 12.319, de 1 de setembro de 2010Lei 12.376, de 30 de dezembro de 2010Lei 12.513, de 26 de outubro de 2011Lei 12.514, de 28 de outubro de 2011Lei 12.719, de 26 de setembro de 2012Lei 12.867, de 10 de outubro de 2013Lei 12.870, de 15 de outubro de 2013Lei 13.155, de 4 de agosto de 2015Lei 13.257, de 8 de maro de 2016

    LEI COMPLEMENTAR

    LEI COMPLEMENTAR 152, de 3 de dezembro de 2015

    DECRETO-LEI

    DECRETO-LEI 1.422, DE 23 DE OUTUBRO DE 1975

    DECRETOS

    Decreto 53.153, de 10 de dezembro de 1963Decreto 63.912, de 26 de dezembro de 1968Decreto 84.134, de 30 de outubro de 1979Decreto 87.043, de 22 de maro de 1982Decreto 908, de 2 de setembro de 1993Decreto 1.035, de 30 de dezembro de 1993Decreto 1.171, de 22 de junho de 1994Decreto 1.572, de 28 de julho de 1995Decreto 6.003, de 28 de dezembro de 2006Decreto 7.674, de 20 de janeiro de 2012Decreto 7.721, de 16 de abril de 2012Decreto 7.777, de 24 de julho de 2012Decreto 7.943, de 5 de maro de 2013Decreto 8.084, de 26 de agosto de 2013Decreto 8.126, de 22 de outubro de 2013Decreto 8.163, de 20 de dezembro de 2013Decreto 8.373, de 11 de dezembro de 2014Decreto 8.408, de 24 de fevereiro de 2015Decreto 8.425, de 31 de maro de 2015Decreto 8.426, de 1 de abril de 2015Decreto 8.433, de 16 de abril de 2015Decreto 8.479, de 6 de julho de 2015

  • NDICE CRONOLGICO GERAL

    * Contedo parcial

    REGULAMENTO

    REGULAMENTO DA LEI DO SALRIO-FAMLIA DO TRABALHADOR, INSTITUDO PELA LEI 4.266, DE 3 DE OU-TUBRO DE 1963

    PORTARIAS

    Portaria 3.281, de 7 de dezembro de 1984Portaria MTB 207, de 31 de maro de 1998Portaria 1.246, de 28 de maio de 2010Portaria 112, de 20 de janeiro de 2012Portaria 723, de 23 de abril de 2012Portaria 329, de 14 de agosto de 2002Portaria 326, de 1 de maro de 2013Portaria 1.421, de 12 de setembro de 2014Portaria 1.719, de 5 de novembro de 2014Portaria 1.927, de 10 de dezembro de 2014Portaria 2.020, de 23 de dezembro de 2014Portaria 1.013, de 21 de julho de 2015Portaria 1.166, de 18 de agosto de 2015Portaria 89, de 22 de janeiro de 2016

    RESOLUES

    Resoluo 233, de 13 de julho de 2016Resoluo 235, de 13 de julho de 2016

    RESOLUO NORMATIVA

    RESOLUO NORMATIVA 124, de 13 de dezembro de 2016

  • convenes da orGanizao internacional do trabalho

    Declarao Universal dos Direitos Humanos (1948)Constituio da Organizao Internacional do Trabalho OIT (1946)

    OIT 26 OIT 81 OIT 88 OIT 100 OIT 101 OIT 105 OIT 106

    OIT 111 OIT 122 OIT 131 OIT 137 OIT 138 OIT 139 OIT 140

    OIT 142 OIT 151 OIT 154 OIT 161 OIT 167 OIT 169 OIT 174

  • declarao Universal dos direitos hUmanos (1948)

    Aprovada pela Resoluo 217 A (III), da Assembleia Geral da ONU, em 10.12.1948.

    Considerando que o reconhecimento da digni-dade inerente a todos os membros da famlia humana e de seus direitos iguais e inalienveis o fundamento da liberdade, da justia e da paz no mundo;Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos da pessoa resultaram em atos brbaros que ultrajaram a conscincia da Hu-manidade e que o advento de um mundo em que as pessoas gozem de liberdade de palavra, de crena e de liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspirao do homem comum;Considerando essencial que os direitos da pessoa sejam protegidos pelo imprio da lei, para que a pessoa no seja compelida, como ltimo recurso, rebelio contra a tirania e a opresso;Considerando essencial promover o desen-volvimento das relaes amistosas entre as naes;Considerando que os povos das Naes Unidas reafirmaram, na Carta, sua f nos direitos hu-manos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos do homem e da mulher, e que decidiram pro-mover o progresso social e melhores condies de vida em uma liberdade mais ampla;Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a promover, em cooperao com as Naes Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais da pessoa e a observncia desses direitos e liberdades;Considerando que uma compreenso comum desses direitos e liberdades da mais alta importncia para o pleno cumprimento desse compromisso,A Assembleia Geral proclamaA presente Declarao Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as naes, com o objetivo de que cada indivduo e cada rgo da sociedade, tendo sempre em mente esta Declarao, se esforcem, atravs do ensino e da educao, em promover o respeito a esses direitos e liberdades e, pela adoo de medidas progressivas de carter nacional e internacio-nal, em assegurar o seu reconhecimento e a sua observncia universais e efetivos, tanto entre os povos dos prprios Estados-Membros quanto entre os povos dos territrios sob a sua jurisdio.

    Artigo I

    Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. So dotadas de razo e conscincia e devem agir em relao umas s outras com esprito de fraternidade.

    Artigo II1. Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declarao, sem distino de qualquer espcie, seja de raa, cor, sexo, lngua, religio, opinio poltica ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condio.2. No ser tampouco feita nenhuma distin-o fundada na condio poltica, jurdica ou internacional do pas ou territrio a que pertena uma pessoa, quer se trate de um territrio independente, sob tutela, sem go-verno prprio, quer sujeito a qualquer outra limitao de soberania.

    Artigo III

    Toda pessoa tem direito vida, liberdade e segurana pessoal.

    Artigo IV

    Ningum ser mantido em escravido ou servi-do; a escravido e o trfico de escravos sero proibidos em todas as suas formas.

    Artigo V

    Ningum ser submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.

    Artigo VI

    Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei.

    Artigo VII

    Todos so iguais perante a lei e tm direito, sem qualquer distino, a igual proteo da lei. Todos tm direito a igual proteo contra qualquer discriminao que viole a presente Declarao e contra qualquer incitamento a tal discriminao.

    Artigo VIII

    Toda pessoa tem o direito de receber dos Tribunais nacionais competentes recurso efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela Constituio ou pela lei.

    Artigo IXNingum ser arbitrariamente preso, detido ou exilado.

    Artigo X

    Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audincia justa e pblica por parte de um Tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusao criminal contra ela.

    Artigo XI

    1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente, at que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento pblico no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessrias sua defesa.2. Ningum poder ser culpado por qualquer ao ou omisso que, no momento, no cons-tituam delito perante o direito nacional ou internacional. Tambm no ser imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prtica, era aplicvel ao ato delituoso.

    Artigo XII

    Ningum ser sujeito a interferncias na sua vida privada, na sua famlia, no seu lar ou na sua correspondncia, nem a ataques sua honra e reputao. Toda pessoa tem direito proteo da lei contra tais interferncias ou ataques.

    Artigo XIII

    1. Toda pessoa tem direito liberdade de locomoo e residncia dentro das fronteiras de cada Estado.2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer pas, inclusive o prprio, e a ele regressar.

    Artigo XIV

    1. Toda pessoa vtima de perseguio tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros pases.2. Este direito no pode ser invocado em caso de perseguio legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contr-rios aos propsitos ou princpios das Naes Unidas.

    Artigo XV

    1. Toda pessoa tem direito a uma naciona-lidade.2. Ningum ser arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.

    Artigo XVI

    Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrio de raa, nacionalidade ou

  • DEClArAO UNIvErSAl DOS DIrEITOS HUMANOS (1948)

    religio, tm o direito de contrair matrimnio e fundar uma famlia. Gozam de iguais direitos em relao ao casamento, sua durao e sua dissoluo.2. O casamento no ser vlido seno com o livre e pleno consentimento dos nubentes.3. A famlia o ncleo natural e fundamental da sociedade e tem direito proteo da sociedade e do Estado.

    Artigo XVII

    1. Toda pessoa tem direito propriedade, s ou em sociedade com outros.2. Ningum ser arbitrariamente privado de sua propriedade.

    Artigo XVIII

    Toda pessoa tem direito liberdade de pensa-mento, conscincia e religio; este direito inclui a liberdade de mudar de religio ou crena e a liberdade de manifestar essa religio ou crena, pelo ensino, pela prtica, pelo culto e pela observncia, isolada ou coletivamente, em pblico ou em particular.

    Artigo XIX

    Toda pessoa tem direito liberdade de opinio e expresso; este direito inclui a liberdade de, sem interferncias, ter opinies e de procurar, receber e transmitir informaes e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.

    Artigo XX

    1. Toda pessoa tem direito liberdade de reunio e associao pacficas.2. Ningum poder ser obrigado a fazer parte de uma associao.

    Artigo XXI

    1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu pas diretamente ou por inter-mdio de representantes livremente escolhidos.2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao servio pblico do seu pas.3. A vontade do povo ser a base da autoridade do governo; esta vontade ser expressa em eleies peridicas e legtimas, por sufrgio universal, por voto secreto ou processo equi-valente que assegure a liberdade de voto.

    Artigo XXII

    Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito segurana social e realizao,

    pelo esforo nacional, pela cooperao in-ternacional e de acordo com a organizao e recursos de cada Estado, dos direitos eco-nmicos, sociais e culturais indispensveis sua dignidade e ao livre desenvolvimento de sua personalidade.

    Artigo XXIII

    1. Toda pessoa tem direito ao trabalho, livre escolha de emprego, a condies justas e favorveis de trabalho e proteo contra o desemprego.2. Toda pessoa, sem qualquer distino, tem direito a igual remunerao por igual trabalho.3. Toda pessoa que trabalha tem direito a uma remunerao justa e satisfatria, que lhe asse-gure, assim como sua famlia, uma existncia compatvel com a dignidade humana, e a que se acrescentaro, se necessrio, outros meios de proteo social.4. Toda pessoa tem direito a organizar sindi-catos e a neles ingressar para a proteo de seus interesses.

    Artigo XXIV

    Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitao razovel das horas de trabalho e a frias remuneradas peridicas.

    Artigo XXV

    1. Toda pessoa tem direito a um padro de vida capaz de assegurar a si e a sua famlia sade e bem-estar, inclusive alimentao, vesturio, habitao, cuidados mdicos e os servios sociais indispensveis, o direito segurana, em caso de desemprego, doena, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistncia em circunstncias fora de seu controle.2. A maternidade e a infncia tm direito a cuidados e assistncia especiais. Todas as crian-as, nascidas dentro ou fora do matrimnio, gozaro da mesma proteo social.

    Artigo XXVI

    1. Toda pessoa tem direito instruo. A ins-truo ser gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instruo ele-mentar ser obrigatria. A instruo tcnico--profissional ser acessvel a todos, bem como a instruo superior, esta baseada no mrito.2. A instruo ser orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade

    humana e do fortalecimento e do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instruo promover a com-preenso, a tolerncia e a amizade entre todas as naes e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvar as atividades das Naes Unidas em prol da manuteno da paz.

    3. Os pais tm prioridade de direito na escolha do gnero de instruo que ser ministrada a seus filhos.

    Artigo XXVII

    1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso cientfico e de seus benefcios.

    2. Toda pessoa tem direito proteo dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produo cientfica, literria ou ar-tstica da qual seja autor.

    Artigo XXVIII

    Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declarao possam ser plenamente realizados.

    Artigo XXIX

    1. Toda pessoa tem deveres para com a comu-nidade, na qual o livre e pleno desenvolvimen-to de sua personalidade possvel.

    2. No exerccio de seus direitos e liberdades, toda pessoa estar sujeita apenas s limitaes determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem, e de satisfazer s justas exigncias da moral, da ordem pblica e do bem-estar de uma sociedade democrtica.

    3. Esses direitos e liberdades no podem, em hiptese alguma, ser exercidos contra-riamente aos propsitos e princpios das Naes Unidas.

    Artigo XXX

    Nenhuma disposio da presente Declarao pode ser interpretada como o reconheci-mento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado destruio de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.

  • constitUio da orGanizao internacional do trabalho oit (1946)

    Declarao de Filadlfia

    O Brasil ratificou o instrumento de emenda da Cons-tituio da OIT em 13.04.1948, por meio do Decreto 25.696, de 20.10.1948.

    INSTRUMENTO PARA A EMENDA DA CONSTITUIO DA ORGANIZAO

    INTERNACIONAL DO TRABALHO

    A Conferncia Geral da Organizao Interna-cional do Trabalho,Convocada pelo Conselho de Administrao da repartio Internacional do Trabalho e reunida em Montreal a 19 de setembro de 1946, em sua vigsima nona sesso,Aps haver decidido adotar determinadas propostas para a emenda da Constituio da Organizao Internacional do Trabalho, ques-to compreendida no segundo item da ordem do dia da sesso,Adota, aos nove de outubro de mil novecentos a quarenta a seis, o instrumento seguinte para a emenda da Constituio da Organizao Internacional do Trabalho, instrumento que ser denominado: Instrumento para a Emenda da Constituio da Organizao Internacional do Trabalho, 1946.

    Artigo 1

    A partir da data da entrada em vigor do pre-sente instrumento, a Constituio da Organi-zao Internacional do Trabalho, cujo texto se encontra reproduzido na primeira coluna do anexo ao citado instrumento, vigorar na forma emendada que consta da segunda coluna.

    Artigo 2

    Dois exemplares autnticos do presente ins-trumento sero assinados pelo Presidente da Conferncia a pelo Diretor-Geral da repar-tio Internacional do Trabalho. Um destes exemplares ser depositado no arquivo da repartio Internacional do Trabalho e o outro ser entregue ao Secretrio-Geral das Naes Unidas para fins de registro, de acordo com o art. 102 da Carta das Naes Unidas. O Diretor--Geral transmitir uma cpia, devidamente autenticada, desse instrumento a cada um dos Estados-membros da Organizao Inter-nacional do Trabalho.

    Artigo 3

    1. As ratificaes ou aceitaes formais do presente instrumento sero comunicadas ao Diretor-Geral da repartio Internacional do

    Trabalho, que dar das mesmas conhecimento aos Estados-membros da Organizao.

    2. O presente instrumento entrar em vigor nas condies previstas pelo art. 36 da Constituio da Organizao Internacional do Trabalho.

    3. Assim que o presente instrumento entrar em vigor, tal fato ser comunicado, pelo Diretor--Geral da repartio Internacional do Traba-lho, a todos os Estados-membros da referida Organizao, ao Secretrio-Geral das Naes Unidas e a todos os Estados signatrios da Carta das Naes Unidas.

    CONSTITUIO DA ORGANIZAO INTERNACIONAL DO TRABALHO

    Prembulo

    Considerando que a paz, para ser universal e duradoura, deve assentar sobre a justia social;

    Considerando que existem condies de tra-balho que implicam, para grande nmero de indivduos, misria e privaes, e que o des-contentamento que da decorre pe em perigo a paz e a harmonia universais, e considerando que urgente melhorar essas condies no que se refere, por exemplo, regulamentao das horas de trabalho, fixao de uma durao mxima do dia e da semana de trabalho, ao recrutamento da mo de obra, luta contra o desemprego, garantia de um salrio que assegure condies de existncia convenien-tes, proteo dos trabalhadores contra as molstias graves ou profissionais e os aciden-tes do trabalho, proteo das crianas, dos adolescentes e das mulheres, s penses de velhice e de invalidez, defesa dos interesses dos trabalhadores empregados no estrangeiro, afirmao do princpio para igual trabalho, mesmo salrio, afirmao do princpio de liberdade sindical, organizao do ensino pro-fissional a tcnico, e outras medidas anlogas;

    Considerando que a no adoo por qualquer nao de um regime de trabalho realmente humano cria obstculos aos esforos das ou-tras naes desejosas de melhorar a sorte dos trabalhadores nos seus prprios territrios.

    As altas partes contratantes, movidas por senti-mentos de justia a humanidade e pelo desejo de assegurar uma paz mundial duradoura, visando os fins enunciados neste prembulo, aprovam a presente Constituio da Organi-zao Internacional do Trabalho:

    CAPTULO IOrganizao

    Artigo 1

    1. criada uma Organizao permanente, en-carregada de promover a realizao do pro-grama exposto no prembulo da presente Constituio e na Declarao referente aos fins e objetivos da Organizao Internacional do Trabalho, adotada em Filadlfia a 10 de maio de 1944 a cujo texto figura em anexo presente Constituio.2. Sero Membros da Organizao Internacio-nal do Trabalho os Estados que j o eram a 1 de novembro de 1945, assim como quaisquer outros que o venham a ser, de acordo com os dispositivos dos pargrafos 3 a 4 do presente artigo.3. Todo Estado-membro das Naes Unidas, desde a criao desta instituio e todo Estado que for a ela admitido, na qualidade de Mem-bro, de acordo com as disposies da Carta, por deciso da Assembleia Geral, podem tornar-se Membros da Organizao Internacional do Trabalho, comunicando ao Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho que acei-tou, integralmente as obrigaes decorrentes da Constituio da Organizao Internacional do Trabalho.4. A Conferncia Geral da Organizao Inter-nacional do Trabalho tem igualmente pode-res para conferir a qualidade de Membro da Organizao, por maioria de dois teros do conjunto dos votos presentes, se a mesma maioria prevalecer entre os votos dos dele-gados governamentais. A admisso do novo Estado-membro tornar-se- efetiva quando ele houver comunicado ao Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho que acei-ta integralmente as obrigaes decorrentes da Constituio da Organizao.5. Nenhum Estado-membro da Organizao Internacional do Trabalho poder dela retirar-se sem aviso prvio ao Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho. A retirada tornar--se- efetiva dois anos depois que este aviso prvio houver sido recebido pelo Diretor-Geral, sob condio de que o Estado-membro haja, nesta data, preenchido todas as obrigaes financeiras que decorrem da qualidade de Membro. Esta retirada no afetar, para o Estado-membro que houver ratificado uma conveno, a validez das obrigaes desta decorrentes, ou a ela relativas, durante o pedido previsto pela mesma conveno.

  • CONSTITUIO DA OrGANIzAO INTErNACIONAl DO TrAbAlHO OIT (1946)

    6. Quando um Estado houver deixado de ser Membro da Organizao, sua readmisso nesta qualidade, far-se- de acordo com os dispositi-vos dos pargrafos 3 a 4 do presente artigo.

    Artigo 2

    A Organizao permanente compreender:

    a) uma Conferncia geral constituda pelos representantes dos Estados-membros;

    b) um Conselho de Administrao composto como indicado no art. 7;

    c) uma repartio Internacional do Trabalho sob a direo de um Conselho de Adminis-trao.

    Artigo 3

    1. A Conferncia geral dos representantes dos Estados-membros realizar sesses sempre que for necessrio, e, pelo menos, uma vez por ano. Ser composta de quatro representantes de cada um dos Membros, dos quais dois sero Delegados do Governo e os outros dois repre-sentaro, respectivamente, os empregados e empregadores.

    2. Cada Delegado poder ser acompanhado por consultores tcnicos, cujo nmero ser de dois no mximo, para cada uma das matrias inscritas na ordem do dia da sesso. Quando a Conferncia discutir questes que interessem particularmente s mulheres, uma ao menos das pessoas designadas como consultores tcnicos dever ser mulher.

    3. Todo Estado-membro responsvel pelas relaes internacionais de territrios no me-tropolitanos poder designar, a mais, como consultores tcnicos suplementares de cada um de seus delegados:

    a) pessoas, por ele escolhidas, como repre-sentantes do territrio, em relao s matrias que entram na competncia das autoridades do mesmo territrio;

    b) pessoas por ele escolhidas como assistentes de seus delegados em relao s questes de interesse dos territrios que no se governam a si mesmos.

    4. Tratando-se de um territrio colocado sob a autoridade conjunta de dois ou mais Estados--membros, poder-se- nomear assistentes para os delegados dos referidos Membros.

    5. Os Estados-membros comprometem-se a designar os delegados e consultores tcnicos no governamentais de acordo com as organi-zaes profissionais mais representativas, tanto dos empregadores como dos empregados, se essas organizaes existirem.

    6. Os consultores tcnicos no sero autori-zados a tomar a palavra seno por pedido feito pelo delegado a que so adidos e com a autorizao especial do Presidente da Con-ferncia. No podero votar.

    7. Qualquer delegado poder, por nota escrita dirigida ao Presidente, designar um de seus consultores tcnicos como seu substituto, a este, nesta qualidade, poder tomar parte nas deliberaes e votar.

    8. Os nomes dos delegados e de seus consul-tores tcnicos sero comunicados repartio Internacional do Trabalho pelo Governo de cada Estado-membro.

    9. Os poderes dos delegados e de seus consul-tores tcnicos sero submetidos verificao da Conferncia, que poder, por dois teros, ou mais, dos votos presentes, recusar admitir qualquer delegado ou consultor tcnico que julgue no ter sido designado conforme os termos deste artigo.

    Artigo 4

    1. Cada delegado ter o direito de votar indivi-dualmente em todas as questes submetidas s deliberaes da Conferncia.2. No caso em que um dos Estados-membros no haja designado um dos delegados no governamentais a que tiver direito, cabe ao outro delegado no governamental o direito de tomar parte nas discusses da Conferncia, mas no o de votar.3. Caso a Conferncia, em virtude dos poderes que lhe confere o art. 3, recuse admitir um dos delegados de um dos Estados-membros, as estipulaes deste Artigo sero aplicadas como se o dito delegado no tivesse sido designado.

    Artigo 5

    As sesses da Conferncia realizar-se-o no lugar determinado pelo Conselho de Admi-nistrao, respeitadas quaisquer decises que possam haver sido tomadas pela Conferncia no decurso de uma sesso anterior.

    Artigo 6

    Qualquer mudana da sede da repartio Internacional do Trabalho ser decidida pela Conferncia por uma maioria de dois teros dos sufrgios dos delegados presentes.

    Artigo 7

    1. O Conselho de Administrao ser composto de 56 pessoas:28 representantes dos Governos,14 representantes dos empregadores e14 representantes dos empregados.2. Dos vinte e oito representantes dos Governos, dez sero nomeados pelos Estados-membros de maior importncia industrial e dezoito sero nomeados pelos Estados-membros designados para esse fim pelos delegados governamentais da Conferncia, excludos os delegados dos dez Membros acima mencionados.3. O Conselho de Administrao indicar, sem-pre que julgar oportuno, quais os Estados--membros de maior importncia industrial, e, antes de tal indicao, estabelecer regras para garantir o exame, por uma comisso im-parcial, de todas as questes relativas referida indicao. Qualquer apelo formulado por um Estado-membro contra a resoluo do Conse-lho de Administrao quanto aos Membros de maior importncia industrial, ser julgado pela Conferncia, sem contudo suspender os efeitos desta resoluo, enquanto a Conferncia no se houver pronunciado.4. Os representantes dos empregadores e os dos empregados sero, respectivamente, elei-tos pelos delegados dos empregadores e pelos delegados dos trabalhadores Conferncia.5. O Conselho ser renovado de trs em trs anos. Se, por qualquer motivo, as eleies para o Conselho de Administrao no se realizarem ao expirar este prazo, ser mantido o mesmo

    Conselho de Administrao at que se realizem tais eleies.

    6. O processo de preencher as vagas, de desig-nar os suplentes, e outras questes da mesma natureza, podero ser resolvidas pelo Conselho de Administrao, sob ressalva da aprovao da Conferncia.

    7. O Conselho de Administrao eleger en-tre os seus membros um presidente e dois vice-presidentes. Dentre os trs eleitos, um representar um Governo e os dois outros, em-pregadores e empregados, respectivamente.

    8. O Conselho de Administrao estabelecer o seu prprio regulamento e reunir-se- nas pocas que determinar. Dever realizar uma sesso especial, sempre que dezesseis dos seus Membros, pelo menos, formularem pedido por escrito para esse fim.

    Artigo 8

    1. A repartio Internacional do Trabalho ter um Diretor-Geral, designado pelo Conselho de Administrao, responsvel, perante este, pelo bom funcionamento da repartio e pela realizao de todos os trabalhos que lhe forem confiados.

    2. O Diretor-Geral ou o seu suplente assistiro a todas as sesses do Conselho de Administrao.

    Artigo 9

    1. O pessoal da repartio Internacional do Trabalho ser escolhido pelo Diretor-Geral de acordo com as regras aprovadas pelo Conselho de Administrao.

    2. A escolha dever ser feita, pelo Diretor-Geral, sempre que possvel, entre pessoas de nacio-nalidades diversas, visando a maior eficincia no trabalho da repartio.

    3. Dentre essas pessoas dever existir um certo nmero de mulheres.

    4. O Diretor-Geral e o pessoal, no exerccio de suas funes, no solicitaro nem aceitaro instrues de qualquer Governo ou autorida-de estranha Organizao. Abster-se-o de qualquer ato incompatvel com sua situao de funcionrios internacionais, responsveis unicamente perante a Organizao.

    5. Os Estados-membros da Organizao comprometem-se a respeitar o carter ex-clusivamente internacional das funes do Diretor-Geral e do pessoal e a no procurar influenci-los quanto ao modo de exerc-las.

    Artigo 10

    1. A repartio Internacional do Trabalho ter por funes a centralizao e a distribuio de todas as informaes referentes regu-lamentao internacional da condio dos trabalhadores e do regime do trabalho e, em particular, o estudo das questes que lhe com-pete submeter s discusses da Conferncia para concluso das convenes internacionais assim como a realizao de todos os inquritos especiais prescritos pela Conferncia, ou pelo Conselho de Administrao.

    2. A repartio, de acordo com as diretrizes que possa receber do Conselho de Administrao:

    a) preparar a documentao sobre os diversos assuntos inscritos na ordem do dia das sesses da Conferncia;

  • CONSTITUIO DA OrGANIzAO INTErNACIONAl DO TrAbAlHO OIT (1946)

    b) fornecer, na medida de seus recursos, aos Governos que o pedirem, todo o auxlio adequado elaborao de leis, consoante as decises da Conferncia, e, tambm, ao aperfeioamento da prtica administrativa e dos sistemas de inspeo;c) cumprir, de acordo com o prescrito na presente Constituio, os deveres que lhe in-cumbem no que diz respeito fiei observncia das convenes;d) redigir e trar a lume, nas lnguas que o Conselho de Administrao julgar conveniente, publicaes de interesse internacional sobre assuntos relativos indstria e ao trabalho.3. De um modo geral, ter quaisquer outros poderes e funes que a Conferncia ou o Conselho de Administrao julgarem acertado atribuir-lhe.

    Artigo 11

    Os Ministrios dos Estados-membros, encarre-gados de questes relativas aos trabalhadores, podero comunicar-se com o Diretor-Geral por intermdio do representante do seu Governo no Conselho de Administrao da repartio Internacional do Trabalho, ou, na falta desse representante, por intermdio de qualquer outro funcionrio devidamente qualificado e designado para esse fim pelo Governo in-teressado.

    Artigo 12

    1. A Organizao Internacional do Trabalho cooperar, dentro da presente Constituio, com qualquer organizao internacional de carter geral encarregada de coordenar as atividades de organizaes de direito inter-nacional pblico de funes especializadas, e tambm, com aquelas dentre estas ltimas organizaes, cujas funes se relacionem com as suas prprias.2. A Organizao Internacional do Trabalho po-der tomar as medidas que se impuserem para que os representantes das organizaes de direito internacional pblico participem, sem direito de voto, de suas prprias deliberaes.3. A Organizao Internacional do Trabalho poder tomar todas as medidas necessrias para consultar, a seu alvitre, organizaes Internacionais no governamentais reconhe-cidas, inclusive organizaes internacionais de empregadores, empregados, agricultores e cooperativistas.

    Artigo 13

    1. A Organizao Internacional do Trabalho poder concluir com as Naes Unidas quais-quer acordos financeiros e oramentrios que paream convenientes.2. Antes da concluso de tais acordos, ou, se, em dado momento, no os houver em vigor:a) cada Membro pagar as despesas de viagem e de estada dos seus delegados, consultores tcnicos ou representantes, que tomarem par-te, seja nas sesses da Conferncia, seja nas do Conselho de Administrao;b) quaisquer outras despesas da repartio Internacional do Trabalho, ou provenientes das sesses da Conferncia ou do Conselho de Administrao, sero debitadas pelo Diretor--Geral da repartio Internacional do Trabalho

    no oramento da Organizao Internacional do Trabalho;c) as regras relativas aprovao do oramento da Organizao Internacional do Trabalho, distribuio das contribuies entre os Estados--membros, assim como arrecadao destas, sero estabelecidas pela Conferncia por uma maioria de dois teros dos votos presentes. Tais regras estipularo que o oramento e os acordos relativos distribuio das despesas entre os Membros da Organizao devero ser aprovados por uma comisso constituda por representantes governamentais.3. As despesas da Organizao Internacional do Trabalho sero custeadas pelos Estados--membros, segundo os acordos vigentes em virtude do pargrafo 1 ou do pargrafo 2 letra c do presente artigo.4. Qualquer Estado-membro da Organizao, cuja dvida em relao a esta seja, em qualquer ocasio, igual ou superior ao total da contri-buio que deveria ter pago nos dois anos completos anteriores, no poder tomar parte nas votaes da Conferncia, do Conselho de Administrao ou de qualquer comisso, ou nas eleies para o Conselho de Administrao. A Conferncia pode, entretanto, por maioria dos dois teros dos votos presentes, autorizar o Estado em questo a tomar parte na votao, ao verificar que o atraso devido a motivo de fora maior.5. O Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho ser responsvel perante o Conse-lho de Administrao pelo emprego dos fundos da Organizao Internacional do Trabalho.

    CAPTULO IIFuncionamento

    Artigo 14

    1. O Conselho de Administrao elaborar a ordem do dia das sesses da Conferncia, de-pois de ter examinado todas as propostas feitas pelos Governos de quaisquer dos Membros, por qualquer organizao representativa indicada no Artigo 3, ou por qualquer organizao de direito internacional pblico, sobre as matrias a incluir nessa ordem do dia.2. O Conselho de Administrao elaborar diretrizes para que a adoo pela Conferncia de uma conveno ou de uma recomendao seja, por meio de uma conferncia tcnica preparatria ou por qualquer outro meio, pre-cedida de um aprofundado preparo tcnico a de uma consulta adequada dos Membros principalmente interessados.

    Artigo 15

    1. O Diretor-Geral exercer as funes de Secre-trio-Geral da Conferncia e dever fazer com que cada Estado-membro receba a ordem do dia, quatro meses antes da abertura da sesso. Dever, tambm, por intermdio dos referidos Estados-membros, envi-la, com essa antece-dncia, aos delegados no governamentais j nomeados e, ainda, queles que o forem dentro desse prazo.2. Os relatrios sobre cada assunto inscrito na ordem do dia devero ser comunicados aos Membros de modo a dar-lhes tempo de estud-los convenientemente, antes da reunio

    da Conferncia. O Conselho de Administra-o formular diretrizes para execuo deste dispositivo.

    Artigo 16

    1. Cada Estado-membro ter o direito de im-pugnar a inscrio, na ordem do dia da sesso, de um, ou diversos dos assuntos previstos. Os motivos justificativos dessa oposio de-vero ser expostos numa memria dirigida ao Diretor-Geral, que dever comunic-la aos Estados-membros da Organizao.2. Os assuntos impugnados ficaro, no obs-tante, includos na ordem do dia, se assim a Conferncia o decidir por dois teros dos votos presentes.3. Toda questo, que a Conferncia decidir, pelos mesmos dois teros, seja examinada (diversamente do previsto no pargrafo pre-cedente), ser includa na ordem do dia da sesso seguinte.

    Artigo 17

    1. A Conferncia eleger um presidente a trs vice-presidentes. Os trs vice-presidentes sero, respectivamente, um delegado governamen-tal, um delegado dos empregadores a um delegado dos trabalhadores. A Conferncia formular as regras do seu funcionamento; poder instituir comisses encarregadas de dar parecer sobre todas as questes que ela julgar conveniente sejam estudadas.2. As decises sero tomadas por simples maio-ria dos votos presentes, exceto nos casos em que outra frmula no for prescrita pela pre-sente Constituio, por qualquer conveno ou instrumento que confira poderes Conferncia, ou, ainda, pelos acordos financeiros e ora-mentrios adotados em virtude do Artigo 13.3. Nenhuma votao ser vlida, se o nmero dos votos reunidos for inferior metade do dos delegados presentes sesso.

    Artigo 18

    A Conferncia poder adir s suas comisses consultores tcnicos, sem direito de voto.

    Artigo 19

    1. Se a Conferncia pronunciar-se pela aceita-o de propostas relativas a um assunto na sua ordem do dia, dever decidir se essas propostas tomaro a forma: a) de uma conveno inter-nacional; b) de uma recomendao, quando o assunto tratado, ou um de seus aspectos no permitir a adoo imediata de uma conveno.2. Em ambos os casos, para que uma conveno ou uma recomendao seja aceita em votao final pela Conferncia, so necessrios dois teros dos votos presentes.3. A Conferncia dever, ao elaborar uma conveno ou uma recomendao de apli-cao geral, levar em conta os pases que se distinguem pelo clima, pelo desenvolvimen-to incompleto da organizao industrial ou por outras circunstncias especiais relativas indstria, e dever sugerir as modificaes que correspondem, a seu ver, s condies particulares desses pases.4. Dois exemplares da conveno ou da reco-mendao sero assinados pelo Presidente da Conferncia e pelo Diretor-Geral. Um destes exemplares ser depositado nos arquivos da

  • CONSTITUIO DA OrGANIzAO INTErNACIONAl DO TrAbAlHO OIT (1946)

    repartio Internacional do Trabalho e o ou-tro entregue ao Secretrio-Geral das Naes Unidas. O Diretor-Geral remeter a cada um dos Estados-membros uma cpia autntica da conveno ou da recomendao.5. Tratando-se de uma conveno:a) ser dado a todos os Estados-membros conhecimento da conveno para fins de ratificao;b) cada um dos Estados-membros compro-mete-se a submeter, dentro do prazo de um ano, a partir do encerramento da sesso da Conferncia (ou, quando, em razo de circuns-tncias excepcionais, tal no for possvel, logo que o seja, sem nunca exceder o prazo de 18 meses aps o referido encerramento), a conveno autoridade ou autoridades em cuja competncia entre a matria, a fim de que estas a transformem em lei ou tomem medidas de outra natureza;c) os Estados-membros daro conhecimento ao Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho das medidas tomadas, em virtude do presente artigo, para submeter a conveno autoridade ou autoridades competentes, comunicando-lhe, tambm, todas as informa-es sobre as mesmas autoridades e sobre as decises que estas houverem tomado;d) o Estado-membro que tiver obtido o con-sentimento da autoridade, ou autoridades competentes, comunicar ao Diretor-Geral a ratificao formal da conveno e tomar as medidas necessrias para efetivar as disposi-es da dita conveno;e) quando a autoridade competente no der seu assentimento a uma conveno, nenhuma obrigao ter o Estado-membro a no ser a de informar o Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho nas pocas que o Conselho de Administrao julgar conve-nientes sobre a sua legislao e prtica ob-servada relativamente ao assunto de que trata a conveno. Dever, tambm, precisar nestas informaes at que ponto aplicou, ou pre-tende aplicar, dispositivos da conveno, por intermdio de leis, por meios administrativos, por fora de contratos coletivos, ou, ainda, por qualquer outro processo, expondo, outrossim, as dificuldades que impedem ou retardam a ratificao da conveno.6. Em se tratando de uma recomendao:a) ser dado conhecimento da recomendao a todos os Estados-membros, a fim de que estes a considerem, atendendo sua efeti-vao por meio de lei nacional ou por outra qualquer forma;b) cada um dos Estados-membros compro-mete-se a submeter, dentro do prazo de um ano a partir do encerramento da sesso da Conferncia (ou, quando, em razo de circuns-tncias excepcionais, tal no for possvel, logo que o seja, sem nunca exceder o prazo de 18 meses aps o referido encerramento), a recomendao autoridade ou autoridades em cuja competncia entre a matria, a fim de que estas a transformem em lei ou tomem medidas de outra natureza;c) os Estados-membros daro conhecimento ao Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho das medidas tomadas, em virtude do presente artigo, para submeter a recomenda-

    o autoridade ou autoridades competentes, comunicando-lhe, tambm as decises que estas houverem tomado;d) alm da obrigao de submeter a reco-mendao autoridade ou autoridades com-petentes, o Membro s ter a de informar o Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho nas pocas que o Conselho de Administrao julgar convenientes sobre a sua legislao e prtica observada relativamen-te ao assunto de que trata a recomendao. Dever tambm precisar nestas informaes at que ponto aplicou ou pretende aplicar dispositivos da recomendao, e indicar as modificaes destes dispositivos que sejam ou venham a ser necessrias para adot-los ou aplic-los.7. No caso de um Estado federado sero apli-cados os dispositivos seguintes:a) as obrigaes do Estado federado sero as mesmas que as dos Membros que o no forem, no tocante s convenes a s recomendaes para as quais o Governo Federal considere que, de acordo com o seu sistema constitucional, adequada uma ao federal;b) no que disser respeito s convenes e re-comendaes para as quais o Governo Federal considere que, de acordo com o seu sistema constitucional, uma ao da parte dos Estados, das provncias ou dos cantes que o compem, relativamente a alguns ou a todos os pontos mais adequada do que uma ao federal, o referido Governo dever:I) concluir, segundo a sua prpria constituio e as dos Estados componentes, provncias ou cantes interessados, acordos efetivos para que tais convenes ou recomendaes sejam, no prazo mximo de 18 meses aps o encer-ramento da sesso da Conferncia, submeti-das s devidas autoridades federais ou s dos Estados competentes, provncias ou cantes, para fins de uma ao legislativa ou outra de qualquer natureza;II) tomar as necessrias medidas sob reserva do consentimento dos Governos dos Estados componentes, provncias ou cantes interessa-dos para que, periodicamente, as autoridades federais, de um lado e de outro, a dos Estados componentes, provncias ou cantes, se consul-tem reciprocamente, a fim de empreenderem uma ao coordenada no sentido de tornarem efetivos, em todo o pas, os dispositivos destas convenes e recomendaes;III) informar o Diretor-Geral da repartio Inter-nacional do Trabalho das medidas tomadas, em virtude do presente artigo, para submeter tais convenes e recomendaes s devidas auto-ridades federais, s dos Estados componentes, provncias ou cantes, comunicando-lhe todas as informaes sobre as autoridades conside-radas como legtimas a sobre as decises que estas houverem tomado;Iv) relativamente a uma conveno no rati-ficada, informar o Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho, nas pocas que o Conselho de Administrao julgar conve-nientes, sobre a legislao da federao, dos Estados constituintes, das provncias ou dos cantes, e sobre a prtica, por umas e outros observada, relativamente ao assunto de que trata essa conveno. Dever, tambm precisar

    at que ponto deu-se ou se pretende dar apli-cao a dispositivos da mesma conveno, por intermdio de leis, por meios administrativos, por fora de contratos coletivos, ou, ainda por qualquer outro processo;v) relativamente a uma recomendao, infor-mar o Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho, nas pocas que o Conselho de Administrao julgar convenientes, sobre a legislao da federao, dos Estados consti-tuintes, das provncias ou dos cantes, e so-bre a prtica, por umas e outros, observada relativamente ao assunto de que trata essa recomendao. Dever, tambm, precisar, nestas informaes, at que ponto deu-se ou se pretende dar aplicao a dispositivos da recomendao, indicando as modificaes destes dispositivos que sejam ou venham a ser necessrias para adot-los ou aplic-los.8. Em caso algum, a adoo, pela Conferncia, de uma conveno ou recomendao, ou a ratificao, por um Estado-membro, de uma conveno, devero ser consideradas como afetando qualquer lei, sentena, costumes ou acordos que assegurem aos trabalhadores interessados condies mais favorveis que as previstas pela conveno ou recomendao.

    Artigo 20

    Qualquer conveno assim ratificada ser co-municada pelo Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho ao Secretrio-Geral das Naes Unidas, para fins de registro, de acordo com o art. 102 da Carta das Naes Unidas, obrigando apenas os Estados-membros que a tiverem ratificado.

    Artigo 21

    1. Todo projeto que, no escrutnio final, no obtiver dois teros dos votos presentes, poder ser objeto de uma conveno particular entre os Membros da Organizao que o desejarem.2. Toda conveno, assim concluda, ser co-municada pelos Governos interessados ao Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho e ao Secretrio-Geral das Naes Unidas para fins de registro, de acordo com os termos do art. 102 da Carta das Naes Unidas.

    Artigo 22

    Os Estados-membros comprometem-se a apre-sentar repartio Internacional do Trabalho um relatrio anual sobre as medidas por eles tomadas para execuo das convenes a que aderiram. Esses relatrios sero redigidos na forma indicada pelo Conselho de Administra-o e devero conter as informaes pedidas por este Conselho.

    Artigo 23

    1. O Diretor-Geral apresentar Conferncia, na sesso seguinte, um resumo das informaes a dos relatrios que, de acordo com os artigos 19 e 22, lhe houverem sido transmitidos.2. Os Estados-membros remetero s organiza-es representativas, reconhecidas como tais, para os fins mencionados no art. 3, cpia das informaes e dos relatrios transmitidos ao Diretor-Geral, de acordo com os arts. 19 a 22.

    Artigo 24

    Toda reclamao, dirigida repartio Interna-cional do Trabalho, por uma organizao profis-

  • CONSTITUIO DA OrGANIzAO INTErNACIONAl DO TrAbAlHO OIT (1946)

    sional de empregados ou de empregadores, e segundo a qual um dos Estados-membros no tenha assegurado satisfatoriamente a execuo de uma conveno a que o dito Estado haja aderido, poder ser transmitida pelo Conselho de Administrao ao Governo em questo e este poder ser convidado a fazer, sobre a matria, a declarao que julgar conveniente.

    Artigo 25Se nenhuma declarao for enviada pelo Go-verno em questo, num prazo razovel, ou se a declarao recebida no parecer satisfatria ao Conselho de Administrao, este ltimo ter o direito de tornar pblica a referida reclamao e, segundo o caso, a resposta dada.

    Artigo 261. Cada Estado-membro poder enviar uma queixa repartio Internacional do Traba-lho contra outro Estado-membro que, na sua opinio, no houver assegurado satisfatoria-mente a execuo de uma conveno que um e outro tiverem ratificado em virtude dos artigos precedentes.2. O Conselho de Administrao, poder, se achar conveniente, antes de enviar a questo a uma comisso de inqurito, segundo o proces-so indicado adiante, pr-se em comunicao com o Governo visado pela queixa, do modo indicado no art. 24.3. Se o Conselho de Administrao no julgar necessrio comunicar a queixa ao Governo em questo, ou, se essa comunicao, havendo sido feita, nenhuma resposta que satisfaa o referido Conselho, tiver sido recebida den-tro de um prazo razovel, o Conselho poder constituir uma comisso de inqurito que ter a misso de estudar a reclamao e apresentar parecer a respeito.4. O Conselho tambm poder tomar as medidas supramencionadas, quer ex officio, quer baseado na queixa de um delegado Conferncia.5. Quando uma questo suscitada nos termos dos arts. 25 ou 26, for levada ao Conselho de Administrao, o Governo em causa, se no tiver representante junto quele, ter o direito de designar um delegado para tomar parte nas deliberaes do mesmo, relativas ao caso. A data de tais deliberaes ser comunicada em tempo oportuno ao Governo em questo.

    Artigo 27No caso de ser enviada uma queixa em virtude do art. 26, a uma Comisso de Inqurito, todo Estado-membro, nela diretamente interessado ou no, comprometer-se- a pr disposio da Comisso todas as informaes que se acha-rem em seu poder relativas ao objeto da queixa.

    Artigo 28A Comisso de Inqurito, aps exame apro-fundado da queixa, redigir um relatrio do qual constaro no s suas verificaes sobre todos os pontos que permitam bem medir o valor da contestao, como, tambm, as medidas que recomenda para dar satisfao ao Governo queixoso e os prazos, dentro dos quais, as mesmas medidas devam ser postas em execuo.

    Artigo 291. O Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho transmitir o relatrio da Comisso

    de Inqurito ao Conselho de Administrao e a cada Governo interessado no litgio, assegu-rando a sua publicao.2. Cada Governo interessado dever comunicar ao Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho, dentro do prazo de trs meses, se aceita ou no as recomendaes contidas no relatrio da Comisso, e, em caso contrrio, se deseja que a divergncia seja submetida Corte Internacional de Justia.

    Artigo 30

    Caso um dos Estados-membros no tome, relativamente a uma conveno ou a uma recomendao, as medidas prescritas nos pa-rgrafos 5b, 6b, ou 7b, 1 do art. 19, qualquer outro Estado-membro ter o direito de levar a questo ao Conselho de Administrao. O Conselho de Administrao submeter o as-sunto Conferncia, na hiptese de julgar que o Membro no tomou as medidas prescritas.

    Artigo 31

    Ser inapelvel a deciso da Corte Internacional de Justia sobre uma queixa ou questo que lhe tenha sido submetida, conforme o art. 29.

    Artigo 32

    As concluses ou recomendaes eventuais da Comisso de Inqurito podero ser con-firmadas, alteradas ou anuladas pela Corte Internacional de Justia.

    Artigo 33

    Se um Estado-membro no se conformar, no prazo prescrito, com as recomendaes even-tualmente contidas no relatrio da Comisso de Inqurito, ou na deciso da Corte Internacional de Justia, o Conselho de Administrao po-der recomendar Conferncia a adoo de qualquer medida que lhe parea conveniente para assegurar a execuo das mesmas reco-mendaes.

    Artigo 34

    O Governo culpado poder, em qualquer oca-sio, informar o Conselho de Administrao que tomou as medidas necessrias a fim de se conformar com as recomendaes da Comisso de Inqurito ou com as da deciso da Corte Internacional de Justia. Poder, tambm, pedir ao Conselho que nomeie uma Comisso de Inqurito para verificar suas afirmaes. Neste caso, aplicar-se-o as estipulaes dos arts. 27, 28, 29, 31 e 32, e, se o relatrio da Comisso de Inqurito ou a deciso da Corte Internacional de Justia, for favorvel ao referido Governo, o Conselho de Administrao dever imedia-tamente recomendar que as medidas tomadas de acordo com o art. 33 sejam revogadas.

    CAPTULO IIIDisposies Gerais

    Artigo 35

    1. Excetuados os casos em que os assuntos tratados na conveno no se enquadrem na competncia das autoridades do territrio e aqueles em que a conveno for aplicvel, dadas as condies locais, os Estados-membros comprometem-se a aplicar as convenes que de acordo com os dispositivos da presente Constituio houverem ratificado aos terri-trios no metropolitanos, por cujas relaes

    internacionais forem responsveis, inclusive aos territrios sob tutela cuja administrao lhes competir, admitindo-se reserva quanto s modificaes necessrias para se adaptarem tais convenes s condies locais.2. Todo Estado-membro deve, no mais breve prazo, aps haver ratificado uma conveno, declarar ao Diretor-Geral da repartio Inter-nacional do Trabalho at que ponto se com-promete a aplic-la aos territrios no visados pelos pargrafos 4 e 5 abaixo, a fornecer-lhe, tambm, todas as informaes que possam ser prescritas pela mesma conveno.3. Todo Estado-membro, que tiver formulado uma declarao como previsto no pargrafo precedente, poder, de acordo com os artigos da conveno, fazer, periodicamente, nova declarao que modifique os termos mencio-nados no pargrafo precedente.4. Quando os assuntos tratados na conveno forem da competncia das autoridades de um territrio no metropolitano, o Estado-membro responsvel pelas relaes internacionais deste territrio dever, no mais breve prazo possvel, comunicar a conveno ao Governo do mes-mo, para que este Governo promulgue leis ou tome outras medidas. Em seguida poder o Estado-membro, de acordo com o men-cionado Governo, declarar ao Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho que aceita as obrigaes da conveno em nome do territrio.5. Uma declarao de aceitao das obrigaes de uma conveno poder ser comunicada ao Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho:a) por dois ou mais Estados-membros da Or-ganizao, em se tratando de um territrio sob sua autoridade conjunta;b) por qualquer autoridade internacional res-ponsvel pela administrao de um territrio por fora dos dispositivos da Carta das Naes Unidas, ou de qualquer outro dispositivo em vigor que se aplique ao mesmo territrio.6. A aceitao das obrigaes de uma conven-o, segundo os pargrafos 4 e 5, acarretar a aceitao, em nome do territrio interessa-do, das obrigaes que resultam dos termos da conveno, e, tambm, daquelas que, de acordo com a Constituio da Organizao, decorrem da ratificao. Qualquer declarao de aceitao pode especificar as modificaes dos dispositivos da conveno que seriam necessrias para adapt-las s condies locais.7. Todo Estado-membro ou autoridade inter-nacional, que houver feito uma declarao na forma prevista pelos pargrafos 4 e 5 do presente artigo, poder, de acordo com os artigos da conveno, formular periodicamente nova declarao que modifique os termos de qualquer das anteriores ou que torne sem efeito a aceitao da conveno em nome do territrio interessado.8. Se as obrigaes decorrentes de uma con-veno no forem aceitas quanto a um dos territrios visados pelos pargrafos 4 ou 5 do presente artigo, o Membro, os Membros, ou a autoridade internacional transmitiro ao Diretor-Geral da repartio Internacional do Trabalho, um relatrio sobre a legislao do mesmo territrio e sobre a prtica nele

  • CONSTITUIO DA OrGANIzAO INTErNACIONAl DO TrAbAlHO OIT (1946)

    observada, relativamente ao assunto de que trata a conveno. O relatrio indicar at que ponto se aplicaram ou se pretendem aplicar dispositivos da conveno, por intermdio de leis, por meios administrativos, por fora de contratos coletivos, ou por qualquer outro processo, expondo, outrossim, as dificuldades que impedem ou retardam a ratificao da dita conveno.

    Artigo 36

    As emendas presente Constituio, aceitas pela Conferncia por dois teros dos votos presentes, entraro em vigor quando forem ra-tificadas por dois teros dos Estados-membros da Organizao, incluindo cinco dentre os dez representados no Conselho de Administrao como sendo os de maior importncia indus-trial, de acordo com o disposto no Artigo 7, pargrafo 3, da presente Constituio.

    Artigo 37

    1. Quaisquer questes ou dificuldades relativas interpretao da presente Constituio a das convenes ulteriores concludas pelos Estados-membros, em virtude da mesma, sero submetidas apreciao da Corte Internacional de Justia.2. O Conselho de Administrao poder, no obstante o disposto no pargrafo 1 do presente artigo, formular e submeter aprovao da Conferncia, regras destinadas a instituir um tribunal para resolver com presteza qualquer questo ou dificuldade relativa interpretao de uma conveno que a ele seja levada pelo Conselho de Administrao, ou, segundo o prescrito na referida conveno. O Tribunal institudo, em virtude do presente pargrafo, regular seus atos pelas decises ou pareceres da Corte Internacional de Justia. Qualquer sentena pronunciada pelo referido tribunal ser comunicada aos Estados-membros da Organizao, cujas observaes, a ela relativas, sero transmitidas Conferncia.

    Artigo 38

    1. A Organizao Internacional do Trabalho poder convocar conferncias regionais e criar instituies do mesmo carter, quando julgar que umas e outras sero teis aos seus fins a objetivos.2. Os poderes, as funes e o regulamento das conferncias regionais obedecero s normas formuladas pelo Conselho de Administrao e por ele apresentadas Conferncia Geral para fins de confirmao.

    CAPTULO IVDisposies Diversas

    Artigo 39

    A Organizao Internacional do Trabalho deve ter personalidade jurdica, e, precipuamente, capacidade para:a) adquirir bens, mveis e imveis, e dispor dos mesmos;b) contratar;c) intentar aes.

    Artigo 40

    1. A Organizao Internacional do Trabalho gozar, nos territrios de seus Membros, dos

    privilgios e das imunidades necessrias a consecuo dos seus fins.2. Os delegados Conferncia, os membros do Conselho de Administrao, bem como o Diretor-Geral e os funcionrios da repartio, gozaro, igualmente, dos privilgios e imuni-dades necessrias para exercerem, com inteira independncia, as funes que lhes competem, relativamente Organizao.3. Tais privilgios sero especificados por um acordo em separado, que ser elaborado pela Organizao para fins de aceitao pelos Es-tados-membros.

    ANEXODECLARAO REFERENTE AOS FINS

    E OBJETIVOS DA ORGANIZAO INTERNACIONAL DO TRABALHO

    A Conferncia Geral da Organizao Interna-cional do Trabalho, reunida em Filadlfia em sua vigsima sexta sesso, adota, aos dez de maio de mil novecentos e quarenta e quatro, a presente Declarao, quanto aos itens e objeti-vos da Organizao Internacional do Trabalho e aos princpios que devem inspirar a poltica dos seus Membros.

    I

    A Conferncia reafirma os princpios fundamen-tais sobre os quais repousam a Organizao, principalmente os seguintes:a) o trabalho no uma mercadoria;b) a liberdade de expresso e de associao uma condio indispensvel a um progresso ininterrupto;c) a penria, seja onde for, constitui um perigo para a prosperidade geral;d) a luta contra a carncia, em qualquer nao, deve ser conduzida com infatigvel energia, a por um esforo internacional contnuo e conjugado, no qual os representantes dos em-pregadores e dos empregados discutam, em igualdade, com os dos Governos, e tomem com eles decises de carter democrtico, visando o bem comum.

    II

    A Conferncia, convencida de ter a experincia plenamente demonstrado a verdade da decla-rao contida na Constituio da Organizao Internacional do Trabalho, que a paz, para ser duradoura, deve assentar sobre a justia social, afirma que:a) todos os seres humanos de qualquer raa, crena ou sexo, tm o direito de assegurar o bem-estar material e o desenvolvimento espiritual dentro da liberdade e da dignidade, da tranquilidade econmica e com as mesmas possibilidades;b) a realizao de condies que permitam o exerccio de tal direito deve constituir o prin-cipal objetivo de qualquer poltica nacional ou internacional;c) quaisquer planos ou medidas, no terreno nacional ou internacional, mxime os de carter econmico e financeiro, devem ser considera-dos sob esse ponto de vista e somente aceitos,

    quando favorecerem, e no entravarem, a rea-lizao desse objetivo principal;d) compete Organizao Internacional do Trabalho apreciar, no domnio internacional, tendo em vista tal objetivo, todos os progra-mas de ao e medidas de carter econmico e financeiro;e) no desempenho das funes que lhe so con-fiadas, a Organizao Internacional do Trabalho tem capacidade para incluir em suas decises e recomendaes quaisquer disposies que jul-gar convenientes, aps levar em conta todos os fatores econmicos a financeiros de interesse.

    III

    A Conferncia proclama solenemente que a Organizao Internacional do Trabalho tem a obrigao de auxiliar as Naes do Mundo na execuo de programas que visem: a) proporcionar emprego integral para todos e elevar os nveis de vida;b) dar a cada trabalhador uma ocupao na qual ele tenha a satisfao de utilizar, plena-mente, sua habilidade e seus conhecimentos e de contribuir para o bem geral;c) favorecer, para atingir o fim mencionado no pargrafo precedente, as possibilidades de formao profissional e facilitar as trans-ferncias e migraes de trabalhadores e de colonos, dando as devidas garantias a todos os interessados;d) adotar normas referentes aos salrios e s remuneraes, ao horrio e s outras condi-es de trabalho, a fim de permitir que todos usufruam do progresso e, tambm, que todos os assalariados, que ainda no o tenham, per-cebam, no mnimo, um salrio vital;e) assegurar o direito de ajustes coletivos, in-centivar a cooperao entre empregadores e trabalhadores para melhoria contnua da organizao da produo e a colaborao de uns e outros na elaborao e na aplicao da poltica social e econmica;f) ampliar as medidas de segurana social, a fim de assegurar tanto uma renda mnima e essencial a todos a quem tal proteo ne-cessria, como assistncia mdica completa;g) assegurar uma proteo adequada da vida e da sade dos trabalhadores em todas as ocupaes; h) garantir a proteo da infncia e da ma-ternidade;i) obter um nvel adequado de alimentao, de alojamento, de recreao e de cultura;j) assegurar as mesmas oportunidades para todos em matria educativa e profissional.

    Iv

    A Conferncia convencida de que uma uti-lizao mais ampla e completa dos recursos da terra necessria para a realizao dos objetivos enumerados na presente Declara-o, e pode ser assegurada por uma ao eficaz nos domnios internacional e nacional, em particular mediante medidas tendentes a promover a expanso da produo e do con-sumo, a evitar flutuaes econmicas graves, a realizar o progresso econmico e social das

  • CONSTITUIO DA OrGANIzAO INTErNACIONAl DO TrAbAlHO OIT (1946)

    regies menos desenvolvidas, a obter maior estabilidade nos preos mundiais de mat-rias-primas e de produtos, e a favorecer um comrcio internacional de volume elevado e constante promete a inteira colaborao da Organizao Internacional do Trabalho a todos os organismos internacionais aos quais possa ser atribuda uma parcela de responsabilidade nesta grande misso, como na melhoria da sade, no aperfeioamento da educao e do bem-estar de todos os povos.

    v

    A Conferncia afirma que os princpios contidos na presente Declarao convm integralmente a todos os povos e que sua aplicao progres-siva, tanto queles que so ainda dependentes como aos que j se podem governar a si pr-prios, interessa o conjunto do mundo civilizado, embora deva-se levar em conta, nas variedades dessa aplicao, o grau de desenvolvimento econmico e social atingido por cada um.

    DECLARAO DA OIT SOBRE OS PRINCPIOS E DIREITOS FUNDAMENTAIS NO TRABALHO

    Considerando que a criao da OIT procede da convico de que a justia social essencial para garantir uma paz universal e permanente;Considerando que o crescimento econmico essencial, mas insuficiente, para assegurar a eqidade, o progresso social e a erradicao da pobreza, o que confirma a necessidade de que a OIT promova polticas sociais slidas, a justia e instituies democrticas;Considerando, portanto, que a OIT deve hoje, mais do que nunca, mobilizar o conjunto de seus meios de ao normativa, de cooperao tcnica e de investigao em todos os mbitos de sua competncia, e em particular no mbi-to do emprego, a formao profissional e as condies de trabalho, a fim de que no mbito de uma estratgia global de desenvolvimento econmico e social, as polticas econmicas e sociais se reforcem mutuamente com vistas criao de um desenvolvimento sustentvel de ampla base;Considerando que a OIT deveria prestar espe-cial ateno aos problemas de pessoas com necessidades sociais especiais, em particular os desempregados e os trabalhadores migrantes, mobilizar e estimular os esforos nacionais, regionais e internacionais encaminhados soluo de seus problemas, e promover pol-ticas eficazes destinadas criao de emprego;Considerando que, com o objetivo de manter o vnculo entre progresso social e crescimento econmico, a garantia dos princpios e direitos fundamentais no trabalho reveste uma impor-tncia e um significado especiais ao assegurar aos prprios interessados a possibilidade de reivindicar livremente e em igualdade de opor-tunidades uma participao justa nas riquezas a cuja criao tm contribudo, assim como a de desenvolver plenamente seu potencial humano;Considerando que a OIT a organizao in-ternacional com mandato constitucional e o rgo competente para estabelecer Normas Internacionais do Trabalho e ocupar-se das mesmas, e que goza de apoio e reconheci-

    mento universais na promoo dos direitos fundamentais no trabalho como expresso de seus princpios constitucionais;Considerando que numa situao de crescente interdependncia econmica urge reafirmar a permanncia dos princpios e direitos fun-damentais inscritos na Constituio da Orga-nizao, assim como promover sua aplicao universal;A Conferncia Internacional do Trabalho,1. lembra:a) que no momento de incorporar-se livre-mente OIT, todos os Membros aceitaram os princpios e direitos enunciados em sua Constituio e na Declarao de Filadlfia, e se comprometeram a esforar-se por alcanar os objetivos gerais da Organizao na medida de suas possibilidades e atendendo a suas condies especficas;b) que esses princpios e direitos tm sido expressados e desenvolvidos sob a forma de di-reitos e obrigaes especficos em convenes que foram reconhecidas como fundamentais dentro e fora da Organizao.2. Declara que todos os Membros, ainda que no tenham ratificado as convenes aludidas, tm um compromisso derivado do fato de per-tencer Organizao de respeitar, promover e tornar realidade, de boa f e de conformidade com a Constituio, os princpios relativos aos direitos fundamentais que so objeto dessas convenes, isto :a) a liberdade sindical e o reconhecimento efetivo do direito de negociao coletiva;b) a eliminao de todas as formas de trabalho forado ou obrigatrio;c) a abolio efetiva do trabalho infantil; ed) a eliminao da discriminao em matria de emprego e ocupao.3. reconhece a obrigao da Organizao de ajudar a seus Membros, em resposta s ne-cessidades que tenham sido estabelecidas e expressadas, a alcanar esses objetivos fazendo pleno uso de seus recursos constitucionais, de funcionamento e oramentrios, includa a mobilizao de recursos e apoio externos, assim como estimulando a outras organizaes internacionais com as quais a OIT tenha estabe-lecido relaes, de conformidade com o Artigo 12 de sua Constituio, a apoiar esses esforos:a) oferecendo cooperao tcnica e servios de assessoramento destinados a promover a ratificao e aplicao das convenes fun-damentais;b) assistindo aos Membros que ainda no esto em condies de ratificar todas ou algumas dessas convenes em seus esforos por respei-tar, promover e tornar realidade os princpios relativos aos direitos fundamentais que so objeto dessas convenes; ec) ajudando aos Membros em seus esforos por criar um meio ambiente favorvel de de-senvolvimento econmico e social.4. Decide que, para tornar plenamente efetiva a presente Declarao, implementar-se- um seguimento promocional, que seja crvel e eficaz, de acordo com as modalidades que se estabelecem no anexo que ser considerado parte integrante da Declarao.

    5. Sublinha que as normas do trabalho no deveriam utilizar-se com fins comerciais prote-cionistas e que nada na presente Declarao e seu seguimento poder invocar-se nem utilizar--se de outro modo com esses fins; ademais, no deveria de modo algum colocar-se em questo a vantagem comparativa de qualquer pas sobre a base da presente Declarao e seu seguimento.

    ANEXOSEGUIMENTO DA DECLARAO

    I. OBJETIVO GERAL

    1. O objetivo do seguimento descrito a seguir estimular os esforos desenvolvidos pelos Membros da Organizao com o objetivo de promover os princpios e direitos fundamentais consagrados na Constituio da OIT e a Decla-rao de Filadlfia, que a Declarao reitera.2. De conformidade com este objetivo estrita-mente promocional, o presente seguimento dever contribuir a identificar os mbitos em que a assistncia da Organizao, por meio de suas atividades de cooperao tcnica, possa resultar til a seus Membros com o fim de ajud-los a tornar efetivos esses princpios e direitos fundamentais. No poder substituir os mecanismos de controle estabelecidos nem obstar seu funcionamento; por conseguinte, as situaes particulares prprias ao mbito desses mecanismos no podero discutir-se ou rediscutir-se no mbito do referido seguimento.3. Os dois aspectos do presente seguimento, descritos a seguir, recorrero aos procedimen-tos existentes; o seguimento anual relativo s convenes no ratificadas somente supor certos ajustes s atuais modalidades de apli-cao do artculo 19, pargrafo 5, e) da Cons-tituio, e o relatrio global permitir otimizar os resultados dos procedimentos realizados em cumprimento da Constituio.

    II. SEGUIMENTO ANUAL RELATIVO S CONVENES FUNDAMENTAIS NO

    RATIFICADAS

    A. Objeto e mbito de aplicao1. Seu objetivo proporcionar uma oportu-nidade de seguir a cada ano, mediante um procedimento simplificado que substituir o procedimento quadrienal introduzido em 1995 pelo Conselho de Administrao, os esforos desenvolvidos de acordo com a Declarao pelos Membros que no ratificaram ainda todas as convenes fundamentais.2. O seguimento abranger a cada ano as qua-tro reas de princpios e direitos fundamentais enumerados na Declarao.b. Modalidades1. O seguimento ter como base relatrios solicitados aos Membros em virtude do Ar-tigo 19, pargrafo 5, e) da Constituio. Os formulrios de memria sero estabelecidos com a finalidade de obter dos governos que no tiverem ratificado alguma das convenes fundamentais, informao sobre as mudanas que ocorreram em sua legislao e sua prtica, considerando o Artigo 23 da Constituio e a prtica estabelecida.

  • DECrETO 41.721, DE 25 DE JUNHO DE 1957 OIT 26

    2. Esses relatrios, recopilados pela repartio, sero examinadas pelo Conselho de Admi-nistrao.3. Com o fim de preparar uma introduo compilao dos relatrios assim estabelecida, que permita chamar a ateno sobre os aspec-tos que meream em seu caso uma discusso mais detalhada, a repartio poder recorrer a um grupo de peritos nomeados com este fim pelo Conselho de Administrao.4. Dever ajustar-se o procedimento em vigor do Conselho de Administrao para que os Membros que no estejam nele representados possam proporcionar, da maneira mais adequa-da, os esclarecimentos que no seguimento de suas discusses possam resultar necessrias ou teis para completar a informao contida em suas memrias.

    III. RELATRIO GLOBAL

    A. Objeto e mbito de aplicao1. O objeto deste relatrio facilitar uma ima-gem global e dinmica de cada uma das ca-tegorias de princpios e direitos fundamentais observada no perodo quadrienal anterior, ser-vir de base avaliao da eficcia da assistncia prestada pela Organizao e estabelecer as prioridades para o perodo seguinte mediante programas de ao em matria de cooperao tcnica destinados a mobilizar os recursos internos e externos necessrios a respeito.2. O relatrio tratar sucessivamente cada ano de uma das quatro categorias de princpios e direitos fundamentais.b. Modalidades1. O relatrio ser elaborado sob a respon-sabilidade do Diretor-Geral sobre a base de informaes oficiais ou reunidas e avaliadas de acordo com os procedimentos estabelecidos. Em relao aos pases que ainda no ratificaram as convenes fundamentais, referidas infor-maes tero como fundamento, em particular, no resultado do seguimento anual antes men-cionado. No caso dos Membros que tenham ratificado as convenes correspondentes, estas informaes tero como base, em par-ticular, os relatrios (memrias) tal como so apresentados e tratados em virtude do artculo 22 da Constituio.2. Este relatrio ser apresentado Conferncia como um relatrio do Diretor-Geral para ser objeto de uma discusso tripartite. A Confe-rncia poder trat-lo de um modo distinto do inicialmente previsto para os relatrios aos que se refere o Artigo 12 de seu regulamento, e poder faz-lo numa sesso separada dedicada exclusivamente a esse informe ou de qualquer outro modo apropriado. Posteriormente, cor-responder ao Conselho de Administrao, durante uma de suas reunies subseqentes mais prximas, tirar as concluses de referido debate no relativo s prioridades e aos pro-gramas de ao em matria de cooperao tcnica que deva implementar durante o pe-rodo quadrienal correspondente.

    IV. FICA ENTENDIDO QUE:

    1. O Conselho de Administrao e a Conferncia devero examinar as emendas que resultem necessrias a seus regulamentos respectivos para executar as disposies anteriores.

    2. A Conferncia dever, em determinado mo-mento, reexaminar o funcionamento do pre-sente seguimento considerando a experincia adquirida, com a finalidade de comprovar si este mecanismo est ajustado conveniente-mente ao objetivo enunciado na Parte I.3. O texto anterior o texto da Declarao da OIT relativa aos princpios e direitos fundamen-tais no trabalho e seu seguimento devidamente adotada pela Conferncia Geral da Organizao Internacional do Trabalho durante a Octog-sima sexta reunio, realizada em Genebra e cujo encerramento foi declarado em 18 de junho de 1998. f do qual foi assinado neste dcimo nono dia de junho de 1998. Presidente da ConfernciaJean-Jacques OechslinO Diretor Geral da Oficina Internacional do TrabalhoMichel Hansenne

    DECRETO 41.721, DE 25 DE JUNHO DE 1957

    Promulga as Convenes Internacionais do Trabalho de 11,12,13,14,19,26,29,81,88,89,95,99,100 e 101, firmadas pelo Brasil e outros pases em sesses da Conferncia Geral da Organizao Internacional do Trabalho.

    DOU 28.06.1957

    CONVENO 26

    CONVENO CONCERNENTE INSTITUIO DE MTODOS DE FIXAO DE SALRIOS MNIMOS, ADOTADA PELA CONFERNCIA EM SUA DCIMA PRIMEIRA SESSO, GENEBRA, 16 DE JUNHO DE 1928.

    A Conferncia geral da organizao Interna-cional do trabalho.Convocada em Genebra pelo Conselho Ad-ministrativo da repartio Internacional do trabalho, e reunida em 30 de maio de 1928, em sua dcima primeira sesso.Depois de ter decidido adotar diversas pro-posies relativas aos mtodos de fixao de salrios mnimos, questo que constitui o primeiro ponto da ordem do dia da sesso, eDepois de ter decidido que essas proposies tomariam a forma de conveno internacional, adota, neste dcimo sexto dia de junho de mil novecentos e vinte e oito, a conveno presen-te, que ser denominada Conveno Sbre os Mtodos de Fixao de Salrios Mnimos de 1928, ser ratificada pelos membros da Orga-nizao Internacional do trabalho, conforme as disposies da Constituio da organizao Internacional do Trabalho:

    Artigo 1

    1. Todos os Membros da Organizao Interna-cional do Trabalho que ratificam a presente

    conveno, se comprometem a instituir ou a conservar mtodos que permitam fixar os salrios mnimos dos trabalhadores emprega-dos na indstria ou partes da indstria (e em particular nas indstrias caseiras), em que no exista regime eficaz para a fixao de salrios por meio de contrato coletivo ou de outra modalidade e nas quais os salrios sejam ex-cepcionalmente baixos.2. A palavra indstrias, para os fins da presen-te conveno, compreende as indstrias de transformao e o comrcio.

    Artigo 2

    Cada Membro que ratifica a presente conven-o tem a liberdade de decidir, aps consulta s organizaes Internacionais e obreiras, se existem, para a indstria ou parte da indstria em questo, a quais indstrias ou parte de indstrias e, em particular, a quais indstrias caseiras ou arte dessas indstrias sero aplica-dos os mtodos de fixao dos salrios mnimos previstos no Artigo 1.

    Artigo 3

    1. Cada Membro que ratifica a presente conven-o tem a liberdade de determinar os mtodos de fixao dos salrios mnimos, assim como as modalidades de sua aplicao.2. Entretanto,1) antes de aplicar os mtodos a uma indstria na parte da indstria determinada, os repre-sentantes e dos trabalhadores interessados, inclusive os representantes de suas respectivas organizaes, se tais organizaes existem, devero ser consultados, assim como tdas as outras pessoas especialmente qualificadas no assunto, por sua profisso ou por suas fun-es, s quais a autoridades competente julgar oportuno dirigir-se;2) os empregadores e trabalhadores interessa-dos devero participar da aplicao dos mto-dos, sob a forma e na medida que podero ser determinadas pela legislao nacional, mas, em todos os casos, em nmero igual e no mesmo p de igualdade;3) as quantias mnimas de salrio que forem fixada sero obrigatrias para os empregadores e empregados interessados; no podero ser reduzidas por eles nem em acrdo individual nem coletivo, salvo autorizao geral ou par-ticular da autoridade competente.

    Artigo 4

    1. Todo Membro que ratifique a presente con-veno deve tomar as medidas necessrias, por meio de um sistema de contrle e de sanes, para que, de uma parte, os empregadores e em-pregados interessados tomem conhecimento das quantias mnimas de salrio em vigor e, de outra parte os salrios efetivamente estipulados no sejam inferiores aos mnimos aplicveis.2. Todo trabalhador ao qual as quantias m-nimas so aplicveis e que recebeu salrios inferiores ao mnimo deve ter direito, por via judiciria ou outra via legal, de recuperar o montante da soma que lhe devida, dentro do prazo que poder ser fixado pela legislao nacional.

    Artigo 5

    Todo Membro que ratificar a presente con-veno, dever fazer, cada ano, repartio

  • DECrETO 41.721, DE 25 DE JUNHO DE 1957OIT 81

    Internacional do trabalho, uma exposio geral com a lista das indstrias ou partes de indstrias nas quais foram aplicados mtodos de fixao dos salrios mnimos e dando conhecimento das modalidades de aplicao dsses mtodos, assim como os seus resultados. Essa exposio compreender indicaes sumrias dos nmeros aproximados de trabalhadores atingidos por essa regulamentao, as taxas de salrio mnimo fixadas, e, se fr o caso, as outras medidas mais importantes relativas aos salrios mnimos.

    Artigo 6

    As ratificaes oficiais da presente conveno nas condies estabelecidas pela Constituio da organizao Internacional do Trabalho, sero comunicadas ao Diretor Geral da repartio Internacional do trabalho e por le registradas.

    Artigo 7

    1. A presente conveno no obrigar seno os Membros Organizao Internacional do trabalho cuja ratificao tiver sido registrada na repartio Internacional do Trabalho.2. Ela entrar em vigor doze anos depois da data na qual as ratificaes de dois Membros forem registradas pelo Diretor Geral.3. Em seguida, esta conveno entrar em vigor para cada Membro doze meses depois da data em que sua ratificao tiver sido registrada.

    Artigo 8

    logo que as ratificaes de dois Membros da Organizao Internacional do Trabalho tiverem sido registradas na repartio Internacional de trabalho, o Diretor Geral da repartio Inter-nacional do trabalho notificar o fato a todos os Membros da Organizao Internacional do Trabalho. Notificar igualmente o registro das ratificaes que lhe forem ulteriormente comu-nicadas por todos os membros da Organizao.

    Artigo 9

    1. Todo Membro que tiver ratificado a pre-sente conveno poder denunci-la ao fim de um perodo de 10 anos depois da data da entrada em vigor inicial da conveno, por ato comunicado ao Diretor Geral da repartio Internacional do Trabalho e por le registrado. A denncia no ter efeito seno um ano de-pois de registrada na repartio Internacional do Trabalho.2. Todo Membro que, tendo ratificado a presen-te conveno, no prazo de um ano depois da expirao do perodo de 10 anos mencionado no pargrafo precedente, no fizer uso da facul-dade de denncia prevista no presente artigo, ser obrigado por um perodo de cinco anos, e em seguida poder denunciar a presente conveno, no fim de cada cinco anos, nas condies previstas no presente artigo.

    Artigo 10

    Ao menos uma vez cada 10 anos, o Conselho de Administrao da repartio Internacional do trabalho dever apresentar Conferncia relatrio sbre a aplicao da presente con-veno e decidir da oportunidade de inscrever na ordem do dia da Conferncia a questes da reviso ou da modificao da dita conveno.

    Artigo 11

    Os textos francs e ingls da presente con-veno faro f.

    O texto precedente o texto autntico da Conveno sbre os mtodos de fixao dos salrios mnimos de 1928, tal qual foi modificada pela Conveno de reviso dos artigos finais, de 1946.

    O texto original da conveno foi autenticada em 22 de junho de 1928 pelas assinaturas do Sr. Carlos Saavedra lamas, Presidente da Conferncia, e de M. Albert Thomas, Diretor da repartio Internacional do Trabalho.

    A Conveno entrou em vigor inicialmente em 14 de junho de 1930.

    Em f do que eu autentiquei, com minha assinatura, de acrdo com as disposies do Artigo 6 da Conveno de reviso dos artigos finais, de 1946, neste trigsimo dia de abril de 1948, dois exemplares originais do texto da conveno, tal qual ela foi mo-dificada. Edward Phelan, Diretor Geral da repartio Internacional do trabalho.

    O texto da Conveno aqui presente cpia exata do texto autenticado pela assinatura do Diretor Geral da repartio Internacional do Trabalho.

    Cpia certificada para o Diretor Geral da repartio Internacional do Trabalho: C. W. Jeks, Consultor Jurdico da repartio Internacional do Trabalho.

    DECRETO 41.721, DE 25 DE JUNHO DE 1957

    Promulga as Convenes Internacionais do Trabalho de 11,12,13,14,19,26,29,81,88,89,95,99,100 e 101, firmadas pelo Brasil e outros pases em sesses da Conferncia Geral da Organizao Internacional do Trabalho.

    DOU 28.06.1957

    CONVENO 81

    CONVENO CONCERNENTE A INSPEO DO TRABALHO NA INDSTRIA E NO COMRCIO

    A Conferncia geral da Organizao Inter-nacional do Trabalho,

    Convocada em Genebra pelo Conselho de Administrao da repartio Internacional do Trabalho e a se tendo reunido em 19 de junho de 1947, em sua trigsima sesso.

    Depois de adotar diversas disposies rela-tivas inspeo do trabalho na indstria e no comrcio, questo que constitui o quarto ponto de 1947, em sua trigsima sesso,

    Depois de decidir que essas proposies tomariam a forma de uma conveno in-ternacional,

    Adota, neste dcimo primeiro dia de ju-lho de mil novecentos e quarenta e sete, a conveno presente, que ser denominada Conveno sbre a inspeo do trabalho de 1947:

    PARTE IINSPEO DO TRABALHO NA INDSTRIA

    Artigo 1

    Cada Membro da Organizao Internacional do Trabalho para a qual a presente conveno est em vigor, deve ter um sistema de inspeo de trabalho nos estabelecimentos industriais.

    Artigo 2

    1. O sistema de inspeo de trabalho nos esta-belecimentos industriais se aplicar a todos os estabelecimentos para os quais os inspetores de trabalho esto encarregados de assegurar a aplicao das disposies legais relativas s condies de trabalho e proteo dos trabalhadores no exerccio da profisso.2. A legislao nacional poder isentar as em-prsas mineras e de transporte, ou parte dessas emprsas, da aplicao da presente conveno.

    Artigo 3

    1. O sistema de inspeo de trabalho ser encarregado:a) de assegurar a aplicao das disposies legais relativas s condies de trabalho e proteo dos trabalhadores no exerccio de sua profisso, tais como as disposies relativas durao do trabalho, aos salrios, segurana, higiene e ao bem estar, ao emprgo das crianas e dos adolescentes e a outras matrias conexas, na medida em que os inspetores so encarregados de assegurar a aplicao das ditas disposies;b) de fornecer informaes e conselhos tcni-cos aos empregadores e trabalhadores sbre os meios mais eficazes de observar as dispo-sies legais;c) de levar ao conhecimento da autoridade competente as deficincias ou os abusos que no esto especificamente compreendidos nas disposies legais existente.2. se frem confiadas outras funes aos ins-petores de trabalho, estas no devero ser obstculo ao exerccio de suas funes prin-cipais, nem prejudicar de qualquer maneira a autoridade ou a imparcialidade necessrias aos inspetores nas suas relaes com os em-pregadores.

    Artigo 4

    1. Tanto quanto isso fr compatvel com a prtica administrativa do Membro, a inspeo do trabalho ser submetida vigilncia e ao contrle de uma autoridade central.2. Se se tratar de Estado federativo, o trmo autoridade central poder designar, seja auto-ridade federal, seja autoridade central de uma entidade federada.

    Artigo 5

    A autoridade competente dever tomar me-didas apropriadas para favorecer:a) a cooperao efetiva entre os servios de inspeo, de uma parte, e outros servios governamentais e as instituies pblicas e privadas que exercem atividades anlogas de outra parte;b) a colaborao entre os funcionrios da ins-peo do trabalho e os empregadores e os trabalhadores ou suas organizaes.

  • DECrETO 41.721, DE 25 DE JUNHO DE 1957 OIT 81

    Artigo 6

    O pessoal da inspeo ser composto de fun-cionrios pblicos sujo estatuto e condies de servios lhes assegurem a estabilidade nos seus empregos e os tornem independentes de qualquer mudana de govrno ou de qualquer influncia externa indevida.

    Artigo 7

    1. ressalvadas as condies s quais a legis-lao nacional submeta o recrutamento dos membros dos servios pblicos, os inspetores do trabalho sero recrutados unicamente sbre a base das aptides para as funes.2. Os meios de verificar essas aptides sero determinados pela autoridade competente.3. Os inspetores de trabalho devero receber formao apropriada, para o exerccio de suas funes.

    Artigo 8

    Tanto as mulheres quanto os homens podero ser nomeados membros do pessoal do servio de inspeo; se houver necessidade, podero ser atribudas tarefas especiais aos inspetores e inspetoras.

    Artigo 9

    Cada Membro tomar as medidas necessrias para assegurar a colaborao de especialistas e tcnicos devidamente qualificados, tcnicos em medicina, em mecnica, eletricidade e qumica para o funcionamento da inspeo segundo os mtodos julgados mais apropria-dos s condies nacionais, a fim de assegurar a aplicao das disposies legais relativas higiene e segurana dos trabalhadores no exerccio de suas profisses, e de se informar dos processos empregados, do material usado e dos mtodos de trabalho, sbre a higiene e a segurana dos trabalhadores.

    Artigo 10O nmero de inspetores de trabalho ser su-ficiente para permitir o exerccio eficaz das funes de servio de inspeo e ser fixado tendo-se em conta:a) a importncia das tarefas que os inspetores tero de executar, notadamente;i) o nmero, a natureza, a importncia, e a situao dos estabelecimentos sujeitos ao controle da inspeo;ii) o nmero e a diversidade das categorias de trabalhadores ocupados nesses estabe-lecimentos;iii) o nmero e a complexibilidade das disposi-es legais cuja aplicao deve ser assegurada;b) os meios materiais de execuo postos disposio dos inspetores;c) as condies prticas nas quais as visitas de inspeo devero se efetuar para ser eficazes.

    Artigo 11

    1. A autoridade competente tomar as me-didas necessrias no sentido de fornecer aos inspetores de trabalho:a) escritrios locais organizados de maneira apropriada s necessidades do servio e aces-sveis a todos os interessados;b) facilidades de transporte necessrio ao exer-ccio de suas funes quando no existirem facilidades de transporte pblico apropriado;

    2) A autoridade competente tomar as me-didas necessrias no sentido de indenizar os inspetores de trabalho de todos os gastos de locomoo e tdas as despesas acessrias necessrias ao exerccio de suas funes.

    Artigo 12

    1. Os inspetores de trabalho munidos de credenciais sero autorizados:a) a penetrar livremente e sem aviso prvio, a qualquer hora do dia ou da noite, em qual-quer estabelecimento submetido inspeo;b) a penetrar durante o dia em todos os locais que eles possam ter motivo razovel para supor estarem sujeitos ao contrle de inspeo;c) a proceder a todos exames, controles e in-quritos julgados necessrios para assegurar que as disposies legais so efetivamente observadas, e notadamente;i) a interrogar, seja s ou em presena de testemunhas, o empregador ou pessoal do estabelecimento sbre quaisquer matrias relativas aplicao das disposies legais;ii) a pedir vistas de todos os livros, registros e documentos prescritos pela legislao re-lativa s condies de trabalho, com o fim de verificar sua conformidade com os dispo-sitivos legais, de os copiar ou extrair dados;iii) a exigir a afixao dos avisos previstos pelas disposies legais;iv) a retirar ou levar para fim de anlises, amostras de materiais e substncias utiliza-das ou manipuladas, contanto que o empre-gador ou seu representante seja advertido de que os materiais ou substncias foram retiradas ou levadas para sse fim.2. por ocasio de uma visita de inspeo, o inspetor dever informar o empregador ou seu representante de sua presena, a menos que julgue que tal aviso pode ser prejudicial eficincia da fiscalizao.

    Artigo 13

    1. Os inspetores de trabalho sero autori-zados a providenciar medidas destinadas a eliminar defeitos encontrados em uma ins-talao uma organizao ou em mtodos de trabalho que les tenham motivos razoveis para considerar como ameaa sade ou segurana dos trabalhadores.2. A fim de estarem aptos a provocar es-sas medidas, os inspetores tero o direito, ressalvado qualquer recurso judicirio ou administrativo que possa prever a legislao nacional, de ordenar o