ordem do culto

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ordem do culto nas igreja

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  • ORDEM NO CULTO

    Leitura Base: I Corntios 14:26-40

    Leituras adicionais: II Cr 29:20-36; II Cr 34:1-13; Ne 12:27-47; Sl 100; Sl 150; I Co 12; Ef 4:1-16

    INTRODUO

    O culto cristo um dos mais agradveis e significativos momentos da vida da igreja. A

    adorao comunitria de vital importncia para a igreja a sua alma ou seu pulmo. A

    msica e o louvor, as oraes de gratido e splica, a leitura e a exposio da Palavra, as

    ofertas e apelos, a ministrao do Batismo e a celebrao de Ceia, enfim, tudo o que acontece

    na reunio pblica da igreja determinante para todos os seus demais atos. O lugar do cristo

    na igreja, na companhia dos irmos, onde todos adoram ao Senhor em um s corao e

    alma. No culto comunitrio, os interesses pessoais e as questes particulares devem dar lugar

    s expresses coletivas. Dizem por a que cada cabea uma sentena". s vezes, no culto, as

    opinies e preferncias individuais se chocam e a se instaura um ambiente desagradvel e

    conflitante que deforma todo o objetivo maior da adorao. Outras vezes a reunio marcada

    pela improvisao que permite a desordem total, onde cada um faz o que quer. Por trs de

    muitas manifestaes clticas (derivado de culto), pode haver problemas vrios que vo desde

    motivaes erradas at a carnalidade. Muitas igrejas sofrem uma crise litrgica devido ao

    menosprezo a questes que merecem um tratamento adequado. Em Corinto, os problemas

    exigiram uma postura corretiva atravs do apstolo Paulo. Vamos abrir os coraes e mentes e

    examinar as instrues do apstolo e aprender a cultuar ao Senhor com decncia e ordem.

    CONTEXTUALIZAAO

    No existem muitas informaes quanto aos cultos dos primeiros cristos. No texto principal

    h poucas, mas significativas referncias aos cultos dos corntios. No culto da igreja de Corinto

    um tinha salmo, outro doutrina, outro revelao, outro lngua, outro interpretao. O texto

    no oferece detalhes quanto forma de participao de cada um. Porm, verificasse que o

    individualismo dos corntios se refletia nos momentos de adorao. O apstolo Paulo observa

    a desordem e o desentendimento dos irmos e sugere algumas posturas disciplinares que

    pretendiam corrigir e orientar os crentes em um culto que agrada a Deus. Ento, constata-se a

    existncia de uma rica e participativa liturgia. Porm, cada um agia por si s, ao seu bel prazer,

    buscando o seu prprio interesse, perdendo completamente a noo da verdadeira adorao.

    Segundo o apstolo, o culto da igreja deve ser celebrado com decncia e ordem. Isto

    indispensvel igreja em todas as pocas. O princpio defendido pelo apstolo pode nortear

    todos os nossos atos e aperfeioar a adorao comunitria da igreja. A partir do texto,

    podemos concluir que:

    APLICAES

    I. ORDEM NO CULTO: PORQUE DEUS NAO DE CONFUSAO E SIM DE PAZ

    O primeiro aspecto que chama a ateno no texto que Paulo diz que Deus um ser de paz.

    Por natureza, Deus um ser ordeiro e organizado. Uma rpida leitura das primeiras pginas do

    Gnesis ser suficiente para se conhecer e comprovar o planejamento divino em cada

  • momento da criao. De igual modo, o salmista diz que Deus tem um plano bem organizado

    para o mundo e os seus habitantes (Sl 139). Para o apstolo, a desorganizao no

    corresponde ao padro de Deus para os seus. Em outras palavras, uma reunio desorganizada

    contraria os propsitos de Deus que espera decncia e ordem de todos ns. Ento, o carter

    de Deus impe a boa ordem no ambiente da comunidade. O verdadeiro Deus s produz paz,

    jamais confuso. Na expresso do comentarista David Prior, Quando o Esprito est realmente

    no controle, Ele produz paz, no confuso. Este o maior desafio para que a congregao siga

    em frente, descobrindo e usando todos os dons do Esprito.

    2. ORDEM NO CULTO: CONTROLE DOS EXCESSOS

    Pelo texto, observa-se que em Corinto cada membro da igreja oferecia a sua contribuio,

    participando ativamente do culto: um tem salmo, outro doutrina, este traz revelao, aquele

    outro lngua, e ainda outro interpretao" (v.26). O apstolo no condena a disposio e

    envolvimento de todos no culto. Porem, isto requer ordem, harmonia e entendimento.

    possvel contar com a participao de todos, mas, como no culto comunitrio a prioridade no

    o interesse pessoal, e sim a edificao de todos; o apstolo da algumas orientaes que

    beneficiam a coletividade. Para o bem-estar e crescimento de todos, ele recomenda:

    2.1 - O controle do dom de lnguas - Em Corinto, o abuso do dom de lnguas era notrio. O

    mau uso deste dom estava causando transtornos na comunidade, em vez de edificao.

    Visando corrigir o problema, o apstolo recomenda: Seja tudo feita para edificao" (v.26). O

    dom de lnguas no pode, de forma alguma, se constituir num problema para a igreja. A fim de

    evitar confuso, Paulo apela para o bom senso nesta questo (14,18-19).

    2.2 - O controle da participao - Qualquer reunio ou assemblia carece de normas para o

    seu bom funcionamento. Em Corinto as reunies estavam se tornando tumultuadas por causa

    do descontrole quanto participao. Especialmente a participao das mulheres estava

    trazendo problemas. No entender de alguns, o problema era conversas e interrupes em

    momentos inoportunos. Para outros, elas estavam reivindicando uma participao que a lei e a

    tradio no lhes permitiam. Segundo F. B. Meyer O ideal do apstolo o de que todos os

    cultos fossem caracterizados por uma calma e singela majestade, o que o distinguiria da

    agitao fantica e frentica. Por isso ele desencoraja a idia de abandonar o uso do vu

    oriental (o distintivo da modstia), de as mulheres falarem em pblico e de os oradores

    interromperem-se uns aos outros.

    3. ORDEM NO CULTO: A IMPORTNCIA DA SUBMISSO

    Na parte final do texto, o apstolo faz um comentrio interessante a respeito da verdadeira

    espiritualidade. Ele reivindica a sua autoridade apostlica esperando a total submisso dos

    seus leitores: Se algum se considera profeta, ou espiritual, reconhea ser mandamento do

    Senhor o que vos escrevo (v.37). Assim como acontecia em Corinto, muita gente se considera

    espiritual pelo fato de haver recebido dons do Esprito Santo. Paulo ensina que a verdadeira

    espiritualidade no admite presuno, vaidade, arrogncia de crentes que s esto

    preocupados em defender os seus interesses. Os cristos realmente espirituais aceitam

    integralmente os mandamentos do Senhor e buscam unicamente o bem-estar do Reino de

    Deus e do Seu povo. Ento, cada um deve servir, visando a edicao do Corpo de Cristo e no

  • os seus interesses pessoais e particulares, pois isto sinal de imaturidade e carnalidade e no

    deve existir nos cultos. A disposio de aprender a servir Causa deve estar em primeiro lugar.

    Muita gente tem dificuldade em entrar no Templo para ouvir as instrues do Senhor. Alguns

    se consideram dispensados de aprender alguma coisa, por se julgarem muito capacitados e

    preparados. Na igreja, h at os que se julgam os nicos certos do grupo. Para o apstolo esta

    reivindicao (ainda que seja somente interior) sinal de insubmisso e carnalidade Paulo diz

    que no se deve desprezar o dom de lnguas (v. 3). Mas, quando recomenda maior prioridade

    profecia, ele chama a ateno para a reviso de nossas motivaes ao participarmos dos

    cultos: estamos buscando os nossos interesses, ou estamos dispostos a buscar a edificao do

    Corpo de Cristo? Ao analisar as nossas motivaes, podemos testar a nossa espiritualidade. A

    submisso ao ensino da Palavra uma evidncia das nossas reais motivaes. Deus merece o

    melhor de todos ns! No culto devemos demonstrar isso, pois tudo deve ser feito de maneira

    to decente quanto possvel, e com a devida considerao pela ordem. A falta de decoro e a

    inovao indevida so igualmente desencorajadas" (Rev. Canon Leon Morris). Participemos,

    pois, intensivamente dos cultos, no esquecendo a recomendao de Paulo: Tudo, porem, seja

    feito com decncia e ordem (v.40).

    DISCUSSO

    1. Como evitar que um culto alegre e vivo se torne um culto desordenado?

    2. Deve haver limite na participao da mulher no culto?

    3. Como voc avalia os cultos em sua igreja, quanto decncia e ordem?