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ORDEM DIPTERA
M A R C O S P A U L O B E Z
M A U R I C I O S C A R A B E L O T
M A T H E U S S O A R E S
M I C A E L B R U N E L L I
P A T R Í C I A L U M E R T Z
Do grego di= dois e pteros= asas,
sendo assim chamados devido a
principal característica desta classe
ser a presença de somente um par de
asas completamente funcionais.
É a ordem que compreende moscas,
mosquitos e afins, é um dos grupos de
insetos mais diverso, tanto
ecologicamente quanto em termos de
riqueza de espécies.
São insetos relativamente
pequenos e de corpo mole, mas
apesar de pequenos alguns não
deixam de ter grande importância
econômica e médica.
O seu aparelho bucal forma uma tromba, e geralmente é do tipo sugador labial, sendo que algumas espécies podem ser lambedoras, e em outras pode ser tão pequeno e mal desenvolvido que pode se tornar infuncional.
Seu tórax é formado quase que
exclusivamente pelo mesotórax, uma
vez que o pró-tórax e meta tórax
encontram-se muitos reduzidos. As
asas têm origem no mesotórax e são
providas de várias nervuras e células,
que são importantes na sua
classificação.
Possuem um par de asas, sendo os
anteriores do tipo membranoso, e os
posteriores não funcionais, do tipo
balancins.
As suas patas são em numero de
três pares, sendo na maioria das
espécies do tipo ambulatório, elas
são compostas por coxa, trocanter,
fêmur, tíbia, tarsos (cinco) e garras
(duas).
Sua reprodução é do tipo sexuada na
maioria das espécies, ocorrendo em
alguns casos específicos pedogênese
partenogenética.
Seu ciclo de vida é completo, portanto
esses insetos são holometabólico.
São ovíparos em sua maioria, e os
seus ovos são colocados diretamente
no substrato de alimentação.
As suas larvas são popularmente conhecidas como coró, bichinho da goiaba, entre outros, estão classificadas nos grupos das larvas vermiformes, são ápodas e possuem cabeça bem desenvolvida, com aparelho bucal mastigador.
ORDEM NEMATOCERA
Dentro desta ordem, se destaca
mesmo sem grande importância
agrícola as moscas cecidógenas.
Os Insetos galhadores são
minúsculos, os adultos medem de 2 a
4 mm de comprimento, têm uma vida
curta de poucos dias, ou às vezes de
poucas horas, as fêmeas depositam
os ovos depois de 2 a 3 dias da sua
saída da crisálida (galha).
Na primavera, as fêmeas depositam os ovos sobre os brotos e quando as larvas saem e se dirigem até a parte superior das folhas aonde formam as galhas. Outras larvas vivem e se nutrem no interno dos tecidos vegetais da planta parasitada provocando graves danos e deformações dos órgãos das mesmas.
Dentro da galha criada pela larva pode-se
observar a presença de somente na larva por
galha, sendo que nesta região da folha pode-se
notar um alongamento das células do
parênquima paliçádico. A larva não se alimenta
do tecido da planta, mas sim de hifas de
fungos, que são introduzidas dentro do tecido
vegetal no momento da oviposição. Essas hifas
é que são as responsáveis pelo
comportamento anormal das células.
Devido a muitas vezes essas
alterações ocorrerem em culturas de
baixo valor comercial e não
acarretarem perdas significativas de
produção por esse motivo são poucos
os estudos sobre essa espécie de
mosca.
ORDEM CYCLORRHAPHA
As moscas das frutas pertencem a
família tephritidae, e são importantes
pragas na agricultura uma vez, que
35% das suas larvas se desenvolvem
em frutos. Ocorrem desde a região
temperada até a tropical, com
exceção das regiões extremas
A importância econômica das moscas
das frutas é relevantemente alta uma
vez que os frutos atingidos por ela
são em praticamente todos os casos
descartados, sendo que essas frutas
perdem todo o seu potencial de
prateleira.
No Brasil a espécie predominante é a
A. fraterculus. Os adultos de A.
fraterculus são moscas vistosas, de
coloração predominante amarela e
asas maculadas. Medem cerca de 8,0
mm de comprimento e apresentam,
como característica do gênero, duas
manchas amarelas sombreadas nas
asas; uma em forma de "S", que vai
da base à extremidade da asa, e
outra em forma de "V" invertido no
bordo posterior.
O seu ciclo de vida ocorre em três
ambientes, vegetação, fruto e solo. Os
adultos habitam a árvore hospedeira, ou
plantas vizinhas, onde passam a maior
parte do tempo. Após a cópula as
fêmeas depositam os seus ovos no
interior dos frutos, onde as larvas se
desenvolvem alimentando-se da polpa.
As larvas são vermiformes, ápodas,
sem cápsula cefálica definida e de
coloração branco-amarelada. No seu
completo desenvolvimento atingem
de 8,0 a 10 mm de comprimento.
As larvas maduras caem no chão
onde se enterram no solo e entram no
estado de pupa, após algumas
semanas a pupa já adulta emerge do
solo e reinicia todo o ciclo novamente.
A titulo de curiosidade uma mosca
adulta pode voar até 135km em
busca de condições favoráveis a sua
proliferação.
As moscas-das-frutas ovipositam nos
frutos perfurando a epiderme, e
muitas posturas podem ser feitas em
um único fruto.
Se as condições do fruto são favoráveis à larva ela tende a ficar concentrada em uma região superficial do fruto, bem próximo do local da deposição dos ovos, mas se as condições não forem as mais favoráveis à larva tende a se movimentar dentro do fruto causando assim mais estragos, que levam ao apodrecimento total ou parcial do fruto, devido ao dano causado aos tecidos
Para o controle do numero de indivíduos
é utilizada a armadilha McPhail para as
espécies de Anastrepha spp, e
Jackson para Ceratitis capitata. Nas
McPhail utiliza-se atrativo alimentar
(proteína hidrolisada a 5%) e nas
Jackson atrativo sexual um para-
feromônio sintético.
É utilizado o índice Mosca Armadilha
Dia - MAD, para medir a flutuação
populacional das moscas, dando
subsídios para início de controle.
Em um hectare, utilizar uma armadilha
McPhail/10 ha na periferia do pomar.
No caso de Jackson, colocar uma
armadilha para cada 5 ha. A armadilha
deverá ser colocada na planta, em
local protegido do sol e do vento, a
uma altura entre 1,60 e 2,00 metros
acima do nível do solo.
Na Armadilha McPhail as inspeções devem
ocorrer em intervalos semanais, pois poderá haver
evaporação do atrativo, o que resultará em
redução do poder de atração e decomposição das
moscas capturadas. Na revisão, deve-se retirar a
armadilha, esvaziando o seu conteúdo em um
coletor (peneira fina), onde as moscas ficarão
retidas. O material coletado nas armadilhas deverá
ser retirado e feita a triagem para a separação das
moscas-das-frutas, que serão acondicionadas em
recipientes contendo álcool a 70%, para a
identificação das espécies de moscas-das-frutas,
presentes na área monitorada. Na Armadilha
Jackson as inspeções devem ser realizadas a cada
duas ou três semanas, dependendo da
concentração do atrativo sexual, quando se faz a
substituição da cartela adesiva e do atrativo.