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OPORTUNIDADES DE UTILIZAÇÃO DE BIOMASSA NAS INDÚSTRIAS NO NORDESTE

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OPORTUNIDADES DE UTILIZAÇÃO DE BIOMASSA NAS INDÚSTRIAS NO NORDESTE

HISTÓRICO

Crise de petróleo 1974 migração para biomassa (lenha e carvão) nas indústrias

Posterior preocupação com aumento do desmatamento Plantios florestais PIFI Reposição Florestal FISET

RIO 92 Convenção de Mudanças Climáticas* substituir energéticos fósseis !* minimizar desmatamento !!!

ATUALMENTE NO NE- biocombustíveis (cana-de-açúcar etanol + EE; soja biodiesel)- lenha e carvão vegetal calor industrial

COP de Paris – 2015 compromissos do Brasil (iNDC)* reduzir em 38% as emissões de GEE até 2030(aumentar fontes renováveis, reduzir desmatamento)

ESTUDO DA OFERTA E DEMANDA DE BIOMASSAS NO NE

NE = PI, CE, RN, PB, PE, SE, AL, BA

1. QUAIS AS FONTES E AS DEMANDAS POR BIOMASSA?

2. HÁ SUSTENTABILIDADE E SUFICIÊNCIA DAS FONTES?

3. QUAIS FORAM AS TENDÊNCIAS PASSADAS E QUAIS AS PERSPECTIVAS FUTURAS DAS DEMANDAS ?

4. TEM COMO USAR BIOMASSA SEM GERAR EMISSÕES DE CO2?

CENÁRIOS

BAU 100% LEGAL E SUSTENTÁVEL

OFERTA BIOMASSA DEMANDA BIOMASSA

BALANÇO

PROJEÇÕES

Principais ConceitosPRINCIPAL UNIDADE DE MEDIDA: 1 tMS = 1000 kg de matéria seca = 4.600 x 103 Kcal = 4,76 st (caatinga)

Legais Ilegais

Sustentáveis madeira de PMFS

madeira de reflorestamento

madeira de algaroba obtida

fora das APP

resíduos de biomassa

podas de frutíferas, se as

árvores seguem vivas ou são

substituídas

madeira nativa de cortes não

autorizados, com pousio

suficiente e sem mudança de

uso do solo

madeira obtidas em áreas de

Reserva Legal

madeira de algaroba obtidas

dentro de APP

Não sustentáveis madeira de derrubada de árvores frutíferas caso não replantadas madeira de caju gigante substituído por caju anão

madeira de desmatamentos (com mudança de uso do solo)

Sustentabilidade e legalidade de uso de fontes de biomassa

1. Oferta de Biomassas no NEQUAIS AS FONTES DE BIOMASSA NO NE?

Fontes tradicionais : florestas nativas (Caatinga e Cerrado) manejadas e não manejadas;

Fontes novas :• Cana-de-açúcar (palha)• Reflorestamentos (eucalipto e outras)• Algarobais espontâneos• Cajueiro Gigante• Coco• Frutíferas diversas• Bambu

Fonte secundária (resíduos de processamento da madeira) – não foi avaliada

Caatinga - PMFS

Coco

Eucalipto

Algarobais

Cajueiro Gigante

Bambu

1. OFERTA DE BIOMASSAS NO NE

Tipo Fonte de biomassaBiomassa Total

DisponívelBiomassa Energética

Biomassa Não

Energética

106 tMS/a 106 tMS/a 106 tMS/a

Atual

Eucalipto 12,15 3,25 8,90

Floresta Nativa - PMFS 0,79 0,71 0,08

Cajueiro 2,00 2,00 0,00

Algarobais espontâneos 0,38 0,33 0,05

Frutíferas Diversas 0,33 0,33 0,00

Bambu 0,09 0,02 0,07

Subtotal ATUAIS 15,74 6,64 9,10

Potencial

Floresta Nativa - Caatinga 38,92 34,97 3,95

Floresta Nativa - Cerrado 1,29 1,07 0,22

Cana-de-açúcar 1,05 1,05 0,00

Coqueiro 0,44 0,39 0,05

Subtotal POTENCIAIS 41,70 37,48 4,22

Total ATUAIS + POTENCIAIS 57,44 44,12 13,32

2. Demanda de biomassas no NEQuais as demandas de biomassa no NE?

DEMANDA POR BIOMASSA

NÃO-ENERGÉTICA ENERGÉTICA

COMERCIAL DOMICILIAR INDUSTRIAL

GRANDE URBANO CERÂMICA VERMELHA

PEQUENO URBANO CELULOSE E PAPEL

RURAL SIDERURGIA

GESSO

BENEF. MANDIOCA

PADARIA

ÓLEOS VEGETAIS

TÊXTIL

0%

20%

40%

60%

80%

100%

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

De

man

da

de

bio

mas

sa (

10

6 t

MS

ano

-1)

Não Energéticas

Cerca

Comercial

Domiciliar

Grande Urbano

Pequeno Urbano Rural

Industrial - Cerâmica

IndustrialGesso

IndustrialCelulose e papel

IndustrialMandioca

IndustrialPadarias

2. DEMANDA DE BIOMASSAS NO NE, Ano 2014

Setor Subsetor/Ramo Demanda total

106 tMS/a

Domiciliar

Grande Urbano 0,21

Pequeno Urbano 1,62

Rural 4,90

Subtotal DOMICILIAR 6,73 47%

Não-energético Subtotal NÃO ENERGETICO 0,63 4%

Industrial

Cerâmica vermelha 2,52

Celulose e Papel (energético) 1,45

Siderurgia 0,62

Gesso 0,61

Beneficiamento mandioca 0,64

Padaria 0,32

Óleos vegetais 0,39

Têxtil 0,05

Subtotal INDUSTRIAL 6,6 46%

Comercial Subtotal COMERCIAL 0,48 3%

Total GERAL 14,44

PARTE II - O BALANÇO ENTRE DEMANDA E OFERTA - 2014

UFDemanda

(106 tMS/a)Oferta Legal (106 tMS/a)

Balanço Legal (106 tMS/a)

Relação Demanda / Oferta Legal

PI 0,99 1,17 0,18 0,85

SE 0,57 0,15 -0,42 3,81

AL 0,62 0,11 -0,51 5,67

RN 0,97 0,46 -0,51 2,11

CE 2,20 1,55 -0,65 1,42

PB 0,81 0,14 -0,67 5,80

PE 2,34 0,34 -2,00 6,89

BA 5,92 2,76 -3,16 2,15

Total 14,44 6,68 -7,76 2,16

UFOferta Total energética (106 tMS/a)

Balanço Total Energético (106 tMS/a)

Relação Demanda / Oferta Total

PI 10,04 9,05 0,10

CE 9,44 7,24 0,23

PB 2 1,19 0,41

RN 1,72 0,75 0,56

AL 0,59 -0,03 1,06

BA 5,75 -0,17 1,03

SE 0,25 -0,32 2,28

PE 1,9 -0,44 1,23

Total 31,69 17,25 0,46

UFRelação

Oferta Legal / Oferta Total

Relação Oferta Legal /

Demanda

PI 0,12 118%

CE 0,16 70%

BA 0,48 47%

RN 0,27 47%

SE 0,60 26%

AL 0,19 18%

PB 0,07 17%

PE 0,18 15%

Total 0,21 46%

PARTE II - BALANÇOS ENTRE DEMANDAS E OFERTAS

Balanço da oferta legal e demanda de fontes legais Balanços entre ofertas de todas as fontes e a demanda total

Balanços com oferta legal atual a 50, 100, 150 e 300 km Balanços com oferta potencial a 50, 100, 150 e 300 km

O que podemos esperar no futuro?

0

2

4

6

8

10

12

14

16

10

6tM

S/a Industrial

Domiciliar

Comercial

Não-energético(cercas)

As DEMANDAS e as OFERTAS não são muito diferentes nas projeções Alta, Média e Baixa

DEMANDA MÉDIA OFERTA MÉDIA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

(10

6tM

S/a)

PMFS

Bambu

Eucalipto

Frutíferas diversas

Algaroba

Cajueiro

Cana-de-açúcar

Coqueiro

Vegetação nativa

PARTE III – CENÁRIOS –O QUE PODEMOS ESPERAR NO FUTURO?

Os Balanços Projetados nos CENÁRIOS BAU

OFERTA ALTA OFERTA MÉDIA OFERTA BAIXA

DEMANDA ALTA OA DA OM DA OB DA

DEMANDA MÉDIA OA DM OM DM OB DM

DEMANDA BAIXA OA DB OM DB OB DB

24

26

28

30

32

34

36

38

40

10

6tM

S/a

OA DB OB DA OM DM

Balanços de biomassa para energia no cenário BAU, com oferta total

-11

-9

-7

-5

-3

-1

10

6 t

MS/

a

OA DB OB DA OM DM

Balanços de biomassa para energia no cenário BAU, considerando só oferta legal

PARTE III – CENÁRIOS –O QUE PODEMOS ESPERAR NO FUTURO?

Cenários Alternativos de consumo 100% legal e sustentável

106tMS/a

Para atingir desmatamento zero e emissões mínimas – precisa desenvolver três fontes adicionais de biomassa legal e sustentável:

1. PMFS2. Plantios de eucalipto energético3. Palhada de cana-de-açúcar

PARTE III – CENÁRIOS –O QUE PODEMOS ESPERAR NO FUTURO?

Áreas necessárias para lograr Cenários Alternativos de consumo 100% legal e sustentável (106 ha)

Impacto econômico atual do uso de biomassa no NE

1.188

283

253

135

69

42

0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400

NATIVAS

EUCA

CAJU

PMFS

ALGA

FRUTIF

VALOR DE MERCADO, BIOMASSA + FRETE (10 6 R$ ANO -1)

35.000 postos de trabalho

permanentes

valor agregado médio por

posto de trabalho = R$

57.000 por ano

As empresas produtoras, beneficiadoras e usuárias de biomassaenergética são nacionais ou regionais. Quase todos os insumos são deorigem local ou nacional. A geração de empregos por unidadeenergética é até cem vezes maior que nas empresas solares e eólicas

a biomassa é uma alavanca de desenvolvimento regional, criando edistribuindo riqueza no Nordeste.

Contribuição na matriz energética

Participação de 4 fontes de energia no NE - 2016

Fontes de energia

Energia primária utilizada

106 tep ano-1

Petróleo 7,2

Biomassa 6,5

Gás Natural 5,7

Eólica 1,4

Só a biomassa pode fornecer energia térmica de altas temperaturas para usos industriais sem emitir CO2.

Pergunta importante : como garantir que a biomassa não vai faltar no futuro e que pode ser certificada como fonte

sustentável?

A caatinga sob manejo sustentável, pode conservar a cobertura florestal, evitar sua degradação e atender todas as demandas de energia térmica da região NE; com custos muito competitivos e sendo certificada como fonte sustentável.

Outras fontes importantes- plantios de eucalipto só no litoral, concorrendo com outros usos, e com preço alto- cajueiros não é renovável e desaparecerá no futuro próximo- outras frutíferas são de oferta limitada- a cana-de-açúcar necessita ainda adaptar tecnologia de uso final para a palha- os algarobais espontâneos oferta limitada, quase toda já está sendo utilizada.

Espera-se grandes fluxos financeiros (fundos verdes) dirigidos a agencias de

implementação público-privadas com responsabilidade conjunta de governos

locais e executores.

DESAFIOS - NECESSIDADES

- Setor industrial: efetivamente investir e colaborar com uso de energias renováveis

- Órgãos públicos: verdadeiramente apoiar e promover o uso de energias renováveis

- Tecnologias: desenvolver as necessárias para inserir novas fontes de biomassa na matriz (cana-de-açúcar, resíduos coco,...)

- Informação pública: prestar informação correta e completa sobre a sustentabilidade da biomassa

ASSOCIAÇÃO PLANTAS DO NORDESTE - APNE

OBRIGADO......

Rua Dr. Nina Rodrigues, 265 - Iputinga – Recife/PE – CEP: 50.731-280 www.plantasdonordeste.org - E-mail: [email protected] – (81) 3271-4256

Publicação

1. Oferta de biomassas no NE

ATUAL POTENCIAL

ATUAL +

POTENCIAL

UFBiomassa

Total

Biomassa

Energética

Biomassa Não

Energética

Biomassa

Total

Biomassa

Energética

Biomassa Não

Energética

Biomassa

Energética

106 tMS/a 106 tMS/a 106 tMS/a 106 tMS/a 106 tMS/a 106 tMS/a 106 tMS/a

AL 0,11 0,11 0,00 0,73 0,70 0,02 0,81

BA 11,68 2,76 8,92 7,56 6,81 0,75 9,57

CE 1,58 1,55 0,03 12,42 11,18 1,25 12,73

PB 0,19 0,14 0,05 2,62 2,37 0,25 2,51

PE 0,41 0,34 0,07 2,46 2,25 0,21 2,59

PI 1,20 1,17 0,02 13,22 11,89 1,32 13,06

RN 0,47 0,46 0,01 2,25 2,04 0,21 2,50

SE 0,15 0,15 0,00 0,33 0,30 0,02 0,45

Total 15,79 6,68 9,10 41,61 37,54 4,04 44,22

2. Demanda de biomassas no NE (ano 2014)

Domiciliar

Não-

energético Industrial Comercial Total

UF Urbano Rural Total

Celulose

e Papel

Side-

rurgia

Cerâmica

vermelha Padaria Gesso Mandioca Têxtil

Óleos

vegetais

PI0,12 0,45 0,57 0,08 0,16 0,02 0,03 0,10 0,03 0,99

CE0,32 0,84 1,16 0,09 0,04 0,7 0,05 0,08 0 0,08 2,20

RN0,12 0,27 0,39 0,03 0,47 0,02 0,03 0,03 0,97

PB0,17 0,40 0,57 0,05 0,11 0,03 0,02 0 0,04 0,81

PE0,35 0,71 1,06 0,07 0,06 0,3 0,06 0,61 0,05 0,04 0,09 2,34

AL0,12 0,32 0,44 0,03 0,07 0,02 0,03 0,03 0,62

SE0,08 0,22 0,30 0,02 0,15 0 0,06 0,01 0,02 0,57

BA0,58 1,67 2,25 0,26 1,4 0,58 0,56 0,1 0,34 0,29 0,15 5,92

Total

1,84 4,90 6,74 0,63 1,46 0,62 2,52 0,3 0,61 0,64 0,05 0,39 0,48 14,44

PARTE III – CENÁRIOS – O QUE PODEMOS ESPERAR NO FUTURO?Muito depende dos fatores de emissão de cada fonte de energia utilizada, e de sua renovabilidade

unidadeemissão bruta

tCO2 / unidaderenova-bilidade

emissão liquida tCO2/unid

PCI GJ/unid

Emissãoespecífica kgCO2/GJ

Lenha de poda de frutíferas diversas tMS 1,760 1 0,00 18 0

Lenha de eucalipto tMS 1,760 1 0,00 18 0

Palha de cana-de-açúcar tMS 1,577 1 0,00 16 0

Casca de coco tMS 1,577 1 0,00 16 0

Carvão vegetal de PMFS tCV 5,280 1 0,00 28 0

Lenha de PMFS tMS 1,760 0,9 0,18 18 10

Lenha de algaroba tMS 1,760 0,9 0,18 18 10

Lenha de caatinga (30% MUT) tMS 1,760 0,7 0,53 18 29

gás liquefeito de petróleo t 2,870 0 2,87 45 64

gás natural mil m3 2,629 0 2,63 41 64

óleo BPF t 3,143 0 3,14 40 79

Carvão vegetal (50% MUT) tCV 5,280 0,5 2,64 28 94

Lenha de cajueiro (100% MUT) tMS 1,760 0 1,76 18 98

Lenha de cerrado (100% MUT) tMS 1,760 0 1,76 18 98

coque de petróleo t 3,300 0 3,30 32 103