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www.vidaeconomica.pt NEWSLETTER N.º 32 | AGOSTO/SETEMBRO 2012 ADAM HARTUNG Managing Partner, Spark Partners www.adamhartung.com ÍNDICE Opinião................................ 1 Editorial ............................... 2 Opinião................................ 3 Opinião................................ 4 Redes sociais ..................... 5 Notícias ............................... 8 Agenda de eventos......... 8 Financiar a inovação ....... 9 A notícia não é boa para os construtores de automóveis dos Estados Unidos. Estas em- presas estão a recorrer a programas promo- cionais radicais para estimular as vendas. A Chevrolet está a oferecer uma garantia de devolução do dinheiro até 60 dias, a Chrys- ler está a oferecer 90 dias de financiamento sem juros. Incentivos destinados a estimular a compra de viaturas, quando realmente os consumidores não querem comprar carro. Pelo menos, não os carros que estão a vender. Por outro lado, a mal conhecida, pequena e distante do conhecimento geral, Tesla Motors disponibilizou um dos seus carros, o novo modelo S para o crítico Dan Neil do Wall Street Journal, que fez uma crítica brilhante. Ele foi tão longe que comparou o desempenho deste carro elétrico de 4 portas com o Lambor- ghini e outros carros como o Ford GT, o seu design com a Jaguar, “gastando” vários parágrafos a referir o seu conforto, silêncio de rolamento, o conforto dos bancos e a sua mala – muito mais alinhado com um Mercedes série S. Não há atualmente nenhum incentivo oferecido no modelo Tesla S. O que há de tão diferente entre a Tesla e a GM ou a Ford? Bem, tudo. A Tesla é um caso clássico de um inovador dis- rutivo e GM / Ford são exemplos clássicos de velha-guarda, concorrentes trancados em inovação sustentável. Enquanto o primeiro está a mudar o mercado – como, digamos a Ama- zon fez com a distribuição – os mais atrasados mantêm-se rindo deles – como, digamos Wal-Mart, Best Buy, Circuit City e Barnes & Noble que têm vindo a rir da Amazon. A Tesla não se propôs ser mais um construtor, fazendo um carro um pouco melhor ou um car- ro mais barato, ou um carro alternativo. Em vez disso, a intenção foi de fazer um carro superior. A sua abordagem inicial era a de um carro que oferecesse um desempenho notável entre as 0-60 mph e velocidade máxima rondando as 150 mph ou mais. Além disso, ficava ótimo num pacote roadster 2 portas em estilo europeu, (com base no Lotus Elise), mas simplesmente, um descontroladamente melhor carro desportivo. Ah e para que isso aconteça eles escolheram torná-lo totalmen- te elétrico também! Foi fácil para os construtores de Detroit “gozarem” com esse esforço e fizeram-no, em 2009, enquanto Detroit estava cam- baleando e reduzindo custos – a GM acabou com a Pontiac, Hummer, Saab e Saturn – o famoso Bob Lutz da GM riu-se de Tesla e disse que não era realmente um construtor, a Tesla nunca seria realmente importante , pois à medida que cres- cesse nunca iria competir de forma eficaz. De acordo com Lutz, ninguém queria um carro elétrico, porque não tinha a autonomia suficiente, custava muito e a velocidade/interva- lo de trade-off tornava-os impraticáveis. Especialmente no preço que a Tesla os estava a vender. Enquanto isso, em 2009, a Tesla vendeu 100% da sua produ- ção. E abriu o seu segundo concessionário. Ao mesmo tem- po que fábricas e concessionários para as grandes marcas estavam a ser fechados em todo o mundo. O porquê da Tesla estar certa e a GM e a Ford não OPINIÃO PUB (Continua na página seguinte) 21 Setembro Ínicio: 9horas Auditório Lipor Baguim do Monte “Empreendedorismo – A Ligação entre as Universidades e as Empresas” Celso Guedes Carvalho – IEUA – Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro O papel das micro e pequenas empresas no desenvolvimento da Economia Moderador : João Luis de Sousa – Vida Económica • Millennium BCP (a confirmar) • Dr.ª Rita Seabra - IAMPEI • Prof. Luis Alvim - EGP • Instituto Kaizen “A sua Empresa é Empreendedora?” Prof. Luis Lobão – Fundação Dom Cabral - Brasil “Empreendedorismo e a Capacidade de Negociação” Isabel Paiva de Sousa, investigadora e consultora “A Necessidade de Empreender em Portugal e na Europa” Orador a confirmar “ Empreender em Português” Moderador: Fernando Leite - LIPOR Caso José Gourmet Caso Teles Talorying Caso Inovcluster Canal 180 A importância da Marca num projeto de Empreendedorismo Prof. Paulo Morais – IPAM Empreendedorismo Sustentável – Projeto do CEE Mónica Monteiro Preços*: Público Geral .......... G 30 Assinantes VE ......... G 20 *Preço + IVA, incluí documentação, almoço e coffee-breaks Organização: Patrocinadores: Patrocinador Platina: INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: Vida Económica • Patricia Flores Tel.: 223 399 466 • Fax: 222 058 098 E-mail: patriciafl[email protected]

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www.vidaeconomica.ptnewsletter n.º 32 | AGOstO/setembrO 2012

AdAm HArtungManaging Partner,

Spark Partnerswww.adamhartung.com

Índice

Opinião................................ 1

Editorial ............................... 2

Opinião................................ 3

Opinião................................ 4

Redes sociais ..................... 5

Notícias ............................... 8

Agenda de eventos ......... 8

Financiar a inovação ....... 9

A notícia não é boa para os construtores de automóveis dos Estados Unidos. Estas em-presas estão a recorrer a programas promo-cionais radicais para estimular as vendas. A Chevrolet está a oferecer uma garantia de devolução do dinheiro até 60 dias, a Chrys-ler está a oferecer 90 dias de financiamento sem juros. Incentivos destinados a estimular a compra de viaturas, quando realmente os consumidores não querem comprar carro. Pelo menos, não os carros que estão a vender.Por outro lado, a mal conhecida, pequena e distante do conhecimento geral, Tesla Motors disponibilizou um dos seus carros, o novo modelo S para o crítico Dan Neil do Wall Street Journal, que fez uma crítica brilhante. Ele foi tão longe que comparou o desempenho deste carro elétrico de 4 portas com o Lambor-ghini e outros carros como o Ford GT, o seu design com a Jaguar, “gastando” vários parágrafos a referir o seu conforto, silêncio de rolamento, o conforto dos bancos e a sua mala – muito mais alinhado com um Mercedes série S.Não há atualmente nenhum incentivo oferecido no modelo Tesla S.O que há de tão diferente entre a Tesla e a GM ou a Ford? Bem, tudo. A Tesla é um caso clássico de um inovador dis-rutivo e GM / Ford são exemplos clássicos de velha-guarda, concorrentes trancados em inovação sustentável. Enquanto o primeiro está a mudar o mercado – como, digamos a Ama-zon fez com a distribuição – os mais atrasados mantêm-se rindo deles – como, digamos Wal-Mart, Best Buy, Circuit City e Barnes & Noble que têm vindo a rir da Amazon.

A Tesla não se propôs ser mais um construtor, fazendo um carro um pouco melhor ou um car-ro mais barato, ou um carro alternativo. Em vez disso, a intenção foi de fazer um carro superior.A sua abordagem inicial era a de um carro que oferecesse um desempenho notável entre as 0-60 mph e velocidade máxima rondando as 150 mph ou mais. Além disso, ficava ótimo num pacote roadster 2 portas em estilo europeu, (com base no Lotus Elise), mas simplesmente, um descontroladamente melhor carro desportivo. Ah e para que isso aconteça eles escolheram torná-lo totalmen-te elétrico também!

Foi fácil para os construtores de Detroit “gozarem” com esse esforço e fizeram-no, em 2009, enquanto Detroit estava cam-baleando e reduzindo custos – a GM acabou com a Pontiac, Hummer, Saab e Saturn – o famoso Bob Lutz da GM riu-se de Tesla e disse que não era realmente um construtor, a Tesla nunca seria realmente importante , pois à medida que cres-cesse nunca iria competir de forma eficaz. De acordo com Lutz, ninguém queria um carro elétrico, porque não tinha a autonomia suficiente, custava muito e a velocidade/interva-lo de trade-off tornava-os impraticáveis. Especialmente no preço que a Tesla os estava a vender.Enquanto isso, em 2009, a Tesla vendeu 100% da sua produ-ção. E abriu o seu segundo concessionário. Ao mesmo tem-po que fábricas e concessionários para as grandes marcas estavam a ser fechados em todo o mundo.

O porquê da Tesla estar certae a GM e a Ford não

OpiniãO

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(Continua na página seguinte)

21 Setembro Ínicio: 9horasAuditório Lipor Baguim do Monte

“Empreendedorismo – A Ligação entre as Universidades e as Empresas” Celso Guedes Carvalho – IEUA – Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro

O papel das micro e pequenas empresas no desenvolvimento da Economia Moderador : João Luis de Sousa – Vida Económica •MillenniumBCP(aconfirmar) •Dr.ªRitaSeabra-IAMPEI •Prof.LuisAlvim-EGP •InstitutoKaizen

“A sua Empresa é Empreendedora?” •Prof.LuisLobão–FundaçãoDomCabral-Brasil

“Empreendedorismo e a Capacidade de Negociação” •IsabelPaivadeSousa,investigadoraeconsultora

“A Necessidade de Empreender em Portugal e na Europa” Oradoraconfirmar

“ Empreender em Português” Moderador:FernandoLeite-LIPOR CasoJoséGourmet CasoTelesTalorying CasoInovcluster Canal180

A importância da Marca num projeto de Empreendedorismo Prof.PauloMorais–IPAM

Empreendedorismo Sustentável – Projeto do CEE MónicaMonteiro

Preços*: Público Geral .......... G 30Assinantes VE ......... G 20 *Preço + IVA, incluí documentação, almoço e coffee-breaks

Organização:

Patrocinadores: Patrocinador Platina:

InfOrmações e InscrIções:

Vida Económica • Patricia Flores Tel.: 223 399 466 • Fax: 222 058 098 E-mail: [email protected]

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newsletter n.º 32 | AGOstO/seteMBrO 2012

Estimados leitores,

Nesta época do ano, normalmente tentamos esquecer o nosso quoti-diano recheado de preocupações e constrangimentos. Acredito que para uma grande parte dos nos-sos leitores não seja fácil esquecer as preocupações diárias, pois hoje em dia investimos mais tempo na tentativa de resolução de assuntos correntes, ficando cada vez menos tempo para pensar a organização.A roda já foi inventada, no entanto vão surgindo novas ideias de ne-gócio e desenvolvimento de novos produtos, que são fruto de um aca-so de sorte ou de anos de investi-gação ou de dedicação à procura de novas soluções.Com os problemas que as empre-sas se deparam atualmente, desde a dificuldade em vender, à cobran-ça e à falta de crédito, não se con-segue parar para pensar o negócio, já que a sobrevivência é o ponto central.Espero que este período seja apro-veitado para poderem ler os livros que não conseguimos ler durante o ano e, principalmente, sobre te-mas que não sejam aqueles que lidamos diariamente. Outras ex-periências vividas em setores de atividade diferentes dos nossos, podem despertar aplicações que nunca pensamos serem possíveis de adaptar à nossa realidade pro-fissional.As coisas simples, por vezes, levam--nos às mais complexas e ao re-sultado que esperamos para mo-dificar e prosperar na nossa vida profissional.Mesmo em período de descanso não podemos “baixar a guarda”, temos de estar atentos e cada vez mais o mundo exige de nós, tanto ao nível pessoal como profissional.Vamos estar atentos para que a inovação aconteça e, citando o pro-fessor Praveen Gupta, “é tudo uma questão de treino e a inovação também se treina, não está ao al-cance só de alguns privilegiados, mas de todos…”, requer vontade, esforço e trabalho.Esta fórmula já vem da antiguida-de, é só vontade de aplicar. Acredi-to que só alguns façam a diferença, pois nem todos estão dispostos a correr riscos.Até Outubro.

Jorge oliveirA [email protected]

ediTOrialOpiniãO

O porquê da Tesla estar certa e a GM e a Ford não

Como todos os inovadores disrutivos, a Tesla não fez um car-ro para o “mercado de massa.” A Tesla fez um ótimo carro, que utiliza uma tecnologia diferente, e adaptou-o às diferentes necessidades. Foi projetado para pessoas que queriam um roadster com bom aspeto, que fosse económico e que fosse silencioso. Não é para todos, mas não foi projetado para ser. Conseguiu demonstrar que um carro realmente bom poderia ser feito sem as tradicionais pessoas e trade-offs como o Sr. Lutz disse serem impossíveis de superar.Agora a Tesla tem um carro que é muito mais alinhado com o que a maioria das pessoas compra. Um sedan, mas não é nada como um qualquer modelo a gasolina (ou diesel) que você poderia comprar. É muito mais rápido, é muito mais espaçoso, é muito mais silencioso, oferece um interface mais parecido com o seu tablet e pode ser ligado à rede. Tem uma vasta gama de op-ções e a sua autonomia varia entre as 160 e as 300 milhas, dependendo das preferências e possibilidade dos compra-dores. Em suma, não é nada como qualquer coisa de qual-quer fabricante de automóveis tradicionais – dos EUA, do Japão ou da Coreia.Novamente, é fácil para a GM gozar. Afinal, a 97.000 dólares é muito mais caro que o modelo Malibu alimentado a gasolina ou um Ford Taurus.Mas, é uma fração do preço de um Ferrari – ou mesmo um Porsche Panamera, Mercedes S550, Audi A8, BMW Série 7, ou Jaguar XF ou XJ – que são os carros que mais de perto com-binam espaço, tamanho e desempenho com este modelo S.

É apenas cerca de duas vezes mais caro que um Chevy Volt – mas com muito mais vantagens.

Em resumo, a Tesla está a demonstrar que pode mudar o jogo nos automóveis. Embora nem todos estejam dispostos a gas-tar $ 100K num carro, e nem toda gente quer um carro elétri-co, a Tesla está a mostrar que pode atender às necessidades não satisfeitas, as necessidades emergentes e expandir-se em mercados mais tradicionais, com uma solução superior para quem procura uma nova solução, à maneira, digamos, da Apple, como fez em relação a os smartphones.

Por que não o fazem, e não pode a GM ou a Ford fazer o mesmo?

Simplesmente, nem estão a tentar. Estão tão presos às suas ideias tradicionais sobre o que um carro deve ser e rejeitam as premissas da Tesla. Os seus pressupostos afastam-nos de realmente tentar fazer o que a Tesla fez – e vai continuar a melhorar – enquanto eles continuam tentando fazer o tipo de carros, de acordo com todas as especificações antigas, como sempre fizeram.Ao contrario de construir um carro elétrico, os tradicionalis-tas denunciam a tecnologia. A Toyota foi pioneira na ideia de estender um carro a gás em energia elétrica com os híbridos – o Prius – que tem tanto um motor a gasolina e elétrico.Não admira que seja mais caro que um carro de tamanho parecido a gasolina (ou diesel). E há um debate sobre se o híbrido ainda recupera o seu preço acrescido em menos de, digamos, quatro anos. E isso depende dos preços da gasolina.A abordagem da Ford foi muito clara na defesa do alarga-mento da sua atividade tradicional, tanto que sua linha hí-

brida nem sequer tem o seu próprio nome! A Ford pegou nos carros existentes e reformatou-os como híbridos, como o Focus Híbrido, Escape Híbrido e Fusion Híbrido. Como é que qualquer cliente pode estar empolgado com um novo con-ceito quando é claramente apresentado como um trade-off, “gasolina ou híbrido, você escolhe.” É difícil acreditar nisto como um salto tecnológico.E a GM deu ao mercado o Volt. Embora anunciado como um carro elétrico, ainda tem um motor a gasolina. E mais uma vez, tem todo o tradicional trade-off. Preço inicial elevado, fraco desempenho dos 0-60 Km/h, velocidade final baixa e não é consensual a nível estético. Bob Lutz, que odeia o Tesla, colocou a sua marca pessoal nele.

Os investidores estão a começar a “perceber”

Houve muita excitação sobre as ações dos construtores de automóveis no final de 2010. As pessoas achavam que a recessão estava a acabar e as vendas de automóveis foram melhorando. A GM veio a público com US $ 34/ação e subiu para cerca de US $ 39. A Ford, que começou a US $ 6/ação, em julho de 2010, triplicou para US $ 19 no início de 2011.Mas, desde então, o entusiasmo dos investidores foi clara-mente abandonado, pois perceberam que as coisas não mu-daram muito em Detroit – se é que mudou alguma coisa. As ações da GM e da Ford baixaram cerca de 50% – cerca de US $ 20/ação para GM e US $ 9.50/ação para a Ford.Enquanto isso, em julho de 2010 a Tesla estava cotada a US $16/ação e lentamente dobrou para cerca de US $31.50. Por-quê? Porque não está a tentar ser a Ford, a GM, a Toyota, ou a Honda ou qualquer outro construtor. Está a emergir como uma alternativa disruptiva que poderia mudar a perspetiva do cliente sobre o que devem esperar do seu transporte pes-soal, tal qual a Apple mudou as perspetivas em telefones e a Amazon fez com a distribuição.A Tesla começou por fazer um carro melhor. É elétrico, por-que a empresa acredita que é a maneira de fazer um carro melhor. E isso está a mudar as métricas que as pessoas usam quando avaliam os automóveis.Entretanto, é praticamente incontestado visto que os con-correntes existentes – com uma dimensão superior à sua em receita, funcionários, revendedores e capitalização de mercado do que a Tesla – continuam a tentar defender o seu negócio, enquanto procuram formas de redução de custos, estendendo as suas linhas de produtos. Eles ignoram o mo-delo S e o Roadster da Tesla porque esses carros não se ade-quam à sua fórmula de sucesso histórico de como vencer na competição automóvel.O exato comportamento dos “disruptores” e, tendencional-mente os com mais probabilidades de falhar, tal como des-creve no seu livro “The Innovator Dilema “ de Clayton Chris-tensen, (HBS Press).Escolher ser ignorante é, provavelmente, muito caro para os acionistas e empregados construtores tradicionais. Porque é que alguém iria comprar ações de GM ou Ford? Uma faliu e a outra quase ia pelo mesmo caminho. Tal como as compa-nhias aéreas, nem têm qualquer ideia de como a indústria, ou as suas empresas, criarão crescimento a longo prazo ou aumento de valor para o acionista. Para eles, a inovação é de-finida hoje como era em 1960 – acrescentando “barbatanas” para à tecnologia antiga, e as “barbatanas” saíram de moda na década de 1960 – altura em que o valor dessas empresas atingiu o pico.

(Continuação da página anterior)

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newsletter n.º 32 | AGOstO/seteMBrO 2012

OiniãO

as férias, o capital intelectual e a inovaçãoChegado que está, para a maioria dos trabalhadores, o merecido perí-odo de descanso anual, cabe desli-gar da atividade laboral intensa, não deixando de aproveitar o merecido descanso para encontrar, neste pe-ríodo, inspiração e, por vezes orien-tação. Assim, este período é muito importante para recarregar baterias, mas também para encontrar inspira-ção para aumentar o capital intelec-tual da empresa.As empresas são constituídas por pessoas (capital humano), que agem e interagem com o exterior da em-presa em nome individual ou em nome da empresa, criando conhe-cimento. Conhecimento estratégico, fonte de vantagens competitivas para as empresas, essencialmente pelo seu carácter único, inimitável e valioso.Podemos assim considerar que este período de férias é muito pro-fícuo para criar valor pela via do incremento do capital humano, resultante das diversas vivências que as férias podem proporcionar, incrementando, criando e extin-guindo conhecimento individual

que, no retorno ao trabalho, incre-mentará e criará novo capital hu-mano para a empresa.Por outro lado, é também possí-vel criar Capital Social; outro com-ponente do Capital Intelectual, proposto em 2002, por Nahapiet e Goshal; que é gerado através da combinação e intercâmbio de conhecimento, resultante das re-lações sociais das empresas que lhes permitem, também obter e/ou incrementar as vantagens competi-tivas. Não é displicente o valor das relações sociais pessoais, criadas em período de feiras, num ambien-

te informal e distendido e que per-durarão, podendo, eventualmente, vir a constituir capital social para a empresa.Finalmente, a rede de relações não se limita às relações e intercâmbio de conhecimentos entre indivíduos dentro da empresa, estende-se às relações com clientes, fornecedo-res, alianças e outros agentes, ou seja, ao Capital Relacional, que, em essência, é mais individual que or-ganizacional, posto que se baseia nas relações das pessoas com o ex-terior da empresa.Pelo que, no que ao Capital Intelec-tual diz respeito, as férias podem constituir uma fonte de conheci-mento estratégico valioso para o individuo e para a empresa. Mas não só ao nível do capital intelectual. As férias também são muito valiosas como fonte de inspiração para a ino-vação. É genericamente aceite que a ino-vação pode surgir de várias formas, como:Invenção surgida em laboratórios de investigação; Tomando a ideia de outro setor de

atividade, ou seja inspirando-se em outro setor de atividade e adaptan-do a inovação identificada à sua pró-pria realidade; Procurando novos mercados por explorar, por exemplo utilizando a inovação ou a reconfiguração de produtos e serviços existentes e aplicando-os a novos mercados;Introduzindo um novo enfoque iné-dito e inovador na atividade empre-sarial.Uma análise atenta da realidade cir-cundante em período de férias pode constituir uma importante e valiosa fonte de inspiração para a inovação.Em suma, a merecida pausa anual (férias) pode ser benéfica a nível in-dividual e empresarial.

BOAS e atentas FÉRIAS!

HelenA SAntoSrodrigueS

Doutorada em Ciências Empresariais

[email protected]

“Uma análise atenta da realidade circundante em período de férias pode constituir uma importante e valiosa fonte de inspiração para a inovação.”

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newsletter n.º 32 | AGOstO/seteMBrO 2012

OpiniãO

O nOvO cOnheciMenTOPortugal tem vindo realizado fortes investimentos públicos na área da modernização tecnológica e forma-ção em novas competências. Tem sido assumido pelos sucessivos Go-vernos a prioridade conferida à mis-são de estimular fortemente a acessi-bilidade e participação, assegurando a dinamização, o desenvolvimento e a consolidação das Tecnologias de Informação e Comunicação, como um instrumento central de moder-nização e melhoria da qualidade de vida da sociedade portuguesa. Ao fim deste tempo todo, muito falta fazer. Portugal ainda não conseguiu aceder à “rede” e um sentido de ur-gência se impõe na mudança do pa-radigma da nossa sociedade.A construção duma Sociedade da Informação e do Conhecimento é um desafio complexo e transversal a todos os atores e exige um capi-tal de compromisso colaborativo

entre todos. Em 2012 Portugal é já claramente um país da linha da frente em matéria de infraestrutu-ras de última geração – para além da ligação das escolas e de grande parte de instituições públicas em banda larga, a modernização admi-nistrativa da Administração Pública Central e Local avançou em grande ritmo e existe uma Rede de Espa-ços Públicos de acesso universal à internet, com grande impacto em zonas mais isoladas e segmentos sociais mais desfavorecidos.Apesar do enorme progresso re-gistado, os sinais empíricos eviden-ciam uma leitura menos positivo do comportamento da sociedade portuguesa em termos dos requisi-tos que a Inovação e a Criatividade implicam. A consolidação duma So-ciedade do Conhecimento em Por-tugal implica, antes de mais, saber responder às seguintes questões:

- Qual o caminho a dar às TIC en-quanto instrumentos centrais duma política ativa de intervenção pública como matriz transversal da renova-ção da nossa sociedade?- Qual a forma possível de fazer das empresas (e em particular das PME) os atores relevantes na cria-ção e valor e garantia de padrões de qualidade e vida social ade-quados, num cenário de crescente

“deslocalização” económica?- Qual o papel efetivo da educação como quadro referencial essencial da adequação dos atores sociais aos novos desafios da sociedade do conhecimento? Os atores do conhecimento de que tanto se pre-cisa são “educados” ou “formados”?- Qual o papel do I&D enquanto área capaz de fazer o compromis-so necessário entre a urgência da ciência e a inevitabilidade da sua mais do que necessária aplicabili-dade prática para efeitos de indu-ção duma cultura estruturada de inovação?- Qual o sentido efetivo das políti-cas de empregabilidade e inclusão social enquanto instrumentos de promoção dum objetivo global de coesão social? O que fazer de todos os que pelo desemprego se sen-tem cada vez mais marginalizados pelo sistema?

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Redes sOciais

integração do Facebook com o mundo realNos últimos tempos surgiram diversas iniciativas para tratar de aproximar a experiência existente nas redes sociais ao mundo real, de tal forma que os utilizadores com um pefil no Facebook podem compartilhar experiências no mundo real com os seus amigos dentro desta rede social.Assim, por exemplo, a Renault utilizou o Salão automóvel de Amsterdão, no passado mês de abril, para colocar em prática uma dessas experiên-cias. Para a sua concretização, cada visitante do salão recebia, quando se registava, um cartão com tecnologia RFID1 na qual previamente se ti-nham gravado os seus dados (nome de utilizador e código de acesso ao Facebook).

Figura 1. Cartão RFID da Renault para efetuar ligação com o Facebook (www.facebook.com/renault)

Ao visitar o stand da Renault e ao aproximar o cartão RFID no leitor situado ao lado de cada veículo, os utilizadores podiam publicar instantaneamente no seu mural do Facebook qual o seu automóvel favorito, compartilhando deste modo esta experiência em tempo real com todos os seus amigos da rede social, contribuindo assim para a difusão do evento e da própria marca Renault.

Figura 2. Painel onde o utilizador pode indicar que gosta de determinado automóvel da exposição da Renault.

Com um posicionamento similar, no evento “Coca-Cola Village 2010” cele-brado em Israel, muito popular entre os adolescentes desse país, levou-se a

cabo uma experiência para facilitar a integração do mundo real com a rede social Facebook.Este evento consegue agrupar todos os verões milhares de adolescentes, que disfrutam de uma série de atrações, jogos e programas de lazer patro-cinados pela marca Coca-Cola.Na edição de agosto de 2010, entregaram a cada utilizador uma pulseira com um cartão RFID que incluía os dados do utilizador e senha de acesso para aceder ao seu perfil no Facebook.Para além desta entrega de pulseiras, foram colocados nos diferentes pon-tos de interesse ou atrações do recinto da Coca-Cola Village um dispositivo leitor de pulseiras RFID.Desta forma, cada vez que cada um dos participantes do evento acedia a uma das atrações e se registava no dispositivo de leitura (aproximando o pulso com a pulseira que incluía o cartão RFID) compartilhava a sua experi-ência em tempo real, publicando a informação no seu mural do Facebook, para que pudesse ser lida pelos seus amigos desta rede social.

Figura 3. Coca-Cola Village: registo numa atração do evento

Figura 4. Coca-Cola Village: registo numa atração do evento

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Redes sOciais

integração do Facebook com o mundo real

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Carlos Otero Barros é Licenciado em Ciências Físi-

cas pela Universidade Autónoma de Madrid, Executive

Master in Business Adminsitration (MBA) pela Escuela

de Negocios Caixanova. Atualmente, está à frente da

Colímera Consultores SL, onde desenvolve uma in-

tensa atividade na área da consultoria estratégica e

tecnológica quer para empresas privadas quer para

a Administração Pública. Anteriormente, foi Business

Development Manager na Sun Microsystems Ibérica

SA e diretor da empresa de software Fractal Info In-

genieros SL.

Álvaro Gómez Vieites é Doutorado em Economia pela UNED (Prémio de Mérito no Doutoramento), Licenciado em Administração e Direcção de Empresas pela UNED, Engenheiro de Telecomunicações pela Universidade de Vigo (Prémio extraordinário de fim de curso) e Engenhei-ro de Informática de Gestão pela UNED. A sua formação foi complementada com os programas de Pós-gradua-ção Executive MBA e Curso em Business Administration da Escuela de Negócios Caixanova. Atualmente é pro-fessor e colaborador desta entidade e de outras Escolas de Negócios, actividade que exerce paralelamente a projetos de consultoria e trabalhos de investigação na área dos sistemas de informação, segurança informáti-ca, e-adminsitração e comércio eletrónico.

e-mail: [email protected]: http://es.linkedin.com/in/alvarogomezvieites/esFacebook:http://www.facebook.com/alvaro.gomez.vieitesTwitter: @agomezvieites

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AUTORES

A iniciativa Coca-Cola Village 2010, congregou uns 650 adolescentes em cada dia, gerando mais de 35.000 atualizações diárias no Facebook, duran-te os três dias do evento.Podemos citar outro caso similar que se está a implementar nas lojas da em-presa italiana Diesel, que incluí códigos QR nas suas estantes, onde expõe os seus produtos para que os clientes possam partilhar com os seus amigos no Facebook a experiência no ponto de venda. Para isso, visualizando o có-digo QR com o seu telefone móvel e acedendo de seguida ao seu perfil do Facebook desde o seu telemóvel (smartphone), o utilizador pode publicar no seu mural que gosta de determinado produto que acaba de encontrar na loja física da Diesel, compartilhando assim a experiência com os seus amigos.Neste caso, cada vez que o utilizador publica que gosta de determinado produto na sua página do Facebook, pode obter um desconto se adquirir esse dito produto na loja.Definitivamente, este tipo de iniciativas trata de aproximar a experiência do utilizador num determinado evento ou ponto de venda para que possa partilhar em tempo real com os seus amigos no Facebook, contribuindo desse modo na difusão do dito evento ou produto.

Figura 5. Loja da Diesel que utiliza códigos QR nas suas prateleiras de produtos para facilitar a inte-gração com o Facebook (www.facebook.com/Diesel)

Nota:1 RFID: Radio Frequency Identification (identificação por radio frequência)

(Continuação da página anterior)

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“Vender móveisem caixas planas?

Isso não faz sentido nenhum.

É caro e dámuito trabalho.”

- Anónimo

Uma excelente ideia de pouco vale se não for activada. E numa conjuntura empresarial cada vez mais feroz e competitiva, nenhuma organização se pode dar ao luxo de dispensar as boas ideias, muito menos de não as implementar. A ACCELPER disponibiliza-lhe as ferramentas, os processos e as metodologias que dão vida à sua vontade de inovar. E isso faz toda a diferença: a diferença entre ficar no anonimato ou fazer história.

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Metodologias inovadoras e comprovadas

Abordagem sistemática para a resolução de problemas

Excelência nos processos

Formação e Certificação em Inovação Empresarial e Six Sigma

inovação em acção

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newsletter n.º 32 | AGOstO/seteMBrO 2012

inOvaçãO inversa:criada eM lOcais disTanTes, Ganha eM qualquer parTeJASON SyLVA | HBR BLOG

Pensamento passado: pegue em produtos existentes criados para consumidores com poder de compra dos mercados desenvolvidos e adapte-os para os países emergentes. Pensamento atual: Primeiro desenvolva soluções inovadoras que funcionem em mercados pobres dos países emergentes e depois aplique essas inovações globalmente.Assista ao webinar com Vijay Govindarajan, onde se fala da forma como a inovação inversa está a transformar a forma como as empresas estão a encarar a inovação e o desenvolvimento de novos produtos.

anTiGO alunO da ueé “innOvaTiOn researcher OF The year”

Pedro Antunes, licenciado em Biologia pela Universi-dade de Évora e atualmen-te docente e investigador na Universidade de Algo-ma, Canadá, foi distinguido com o prémio Innovation researcher of the year, atribuído pela Sault Ste. Marie Inno-vation Centre a indivíduos ou instituições que localmen-te se destacam na área das ciências e tecnologia.O investigador, que integrou o segundo curso de Bio-logia ministrado na Universidade de Évora, e onde lhe foi atribuída a Bolsa de Mérito, desenvolveu o traba-lho de fim de curso no âmbito do estudo das práticas agronómicas e a sua ligação à endomicorrizas arbus-culares, área onde ainda hoje desenvolve trabalho de investigação.Atualmente, é professor associado e investigador na disciplina de “Espécies Terrestres Invasivas” e investiga-dor Diretor do Invasive Species Research Institute (ISRI) da Universidade de Algoma, Canadá.

aGenda de eVentOsnOTícias/aRTigOs

FOrMaçãO de cOnsórciOs para prOjeTOs eurOpeus na área das Tic

A Agência de Inovação, associa-se ao ICt Proposers’ day através da organização de um evento de ne-tworking que permitirá às instituições nacionais um contato direto com parceiros internacionais para pro-jetos europeus em TIC.O ICt Proposers’ day é o maior evento na área das TIC organizado pela Comissão Europeia onde é promovido o networking para a formação de consórcios de exce-lência para apresentação de candidaturas aos concur-sos de 2013 no setor das TIC que irá contar com cerca de 1.5 biliões de euros de financiamento comunitário.

12trends in Innovationin the Postal Market

(tIP)Lausanne, Suiça

133rd annual Process

driven InnovationPhiladelphia, EUA

2418th IGWt 2012

symposium - technology and Innovation for a

sustainable Future: a Commodity science

PerspectiveRoma, Itália

27Innovation for sustainabilityPorto, Portugal

24 e 26BIn@Porto, encontro

entre empresas e Universidades

dedicado à transferência

de tecnologia e inovação, organizado

pela Faculdade de engenharia da

Universidade do Porto. Inscrições abertas.

Porto, Portugal

seteMBRO 2012

OUtUBRO 2012

As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas até 7 de set.

Ler maisLer mais

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pOrque é que cada escOla precisa de uM “innOvaTiOn day”LIz DWyER

A politica do Google ao permitir que 20% do tempo de trabalho seja utilizada pelos seus colaboradoes com tempo “livre” para trabalharem no que muito bem entenderem, é famosa mundialmente por ser o local de “nascimento” de muitas inovações, sendo a mais famosa o Gmail. Agora reparem no que poderia acon-tecer se as escolas dessem aos seus alunos a mesma percentagem do seu tempo não estruturado, permi-tindo que controlassem a sua própria aprendizagem. Na primavera passada, Mathew Bebbington, professor de Física no Reino Unido, decidiu descobrir. Organizou um “Innovation-day” que permitisse a 80 alunos entre as idades de 11-15 anos escolherem o quê e a forma como iriam aprender.

Contacte

nota: Se pretender divulgarum evento relacionado

com Inovação e empreendedorismo

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newsletter n.º 32 | AGOstO/seteMBrO 2012

inOvaçãO – FOrças de Mudança

A intensidade de uma força de inovação, tal como o aparecimen-to de uma nova tecnologia, uma mudança no comportamento da concorrência ou uma alteração do ciclo económico é determinada pelo seu impacto na performance da empresa.Uma força de inovação forte tanto é aquela que provoca uma quebra no desempenho da empresa em situação difícil, como aquela que promove uma substancial evolu-ção na performance.Importa, pois, distinguir os níveis de intensidade da inovação: ino-vação fraca cuja natureza e dire-ção são difíceis de discernir, inova-ção moderada cuja direção pode ser observada mas com impacto reduzido no desempenho; e ino-vação forte com elevado impacto na performance.

A inovação fraca implica, neces-sariamente, uma alteração pro-activa, chamando à atenção das pessoas parta a necessidade de reconhecer a necessidade de mudar. Por outro lado, inovação moderada requer uma mudança reativa, principalmente quando

as pessoas envolvidas estão, de algum modo, a afetar o desenvol-vimento do processo de inovação, em que a comunicação por si só revela-se, por vezes, insuficiente, devendo-se procurar expor dire-tamente aos envolvidos as forças de mudança, em que têm de ser

desenvolvidas ideias de criação de valor. Por último, a inovação forte implica mudanças rápidas.Certamente que uma das van-tagens da crise, é a de obrigar a “acordar”, principalmente as che-fias, as quais têm o dever e obri-gação de despertar a atenção de todos os interessados. Este “acordar” pressupõe mudança, e mudança também pressupõe procurar ir ao encontro do que se julga “impossível”, porque nunca se pensou sobre tal, e para passar da teoria à prática há que expor e discutir ideias, e depois colocar em marcha as que se considera que poderão criar mais valor, não apenas monetário, mas também, de inovação.

LUís aRCheR – [email protected]

Ficha técnica:coordenador: Jorge Oliveira Teixeiracolaboraram neste número: Álvaro Gomez Vieites, Carlos Barros, Dustin Mattison, Jaime Quesado e Luís Archer aconselhamento técnico: Praven Gupta, IIT, Center for Innovation Sciencetradução: Sofia Guedes Paginação: José Barbosacontacto: [email protected]

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