opetroleiro_08

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AUMENTO REAL ZERO PETROBRÁS PROPÕE PIOR REAJUSTE SALARIAL DAS CATEGORIAS PETR LE O O O R BOLETIM DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DO LITORAL PAULISTA - Outubro de 2009 - # 8 - www.sindipetrolp.org.br Entre as principais categorias que entraram em campanha salarial no último período, petroleiros foram os que receberam a pior proposta de aumento E m tempos de crise, é importante comparar os resultados das mo- bilizações e pressões das outras categorias, para entendermos o pró- prio contexto da categoria petroleira. No último período, observamos atentos no noticiário os desdobra- mentos das greves e negociações dos metalúrgicos, dos trabalhadores dos Correios e dos bancários. ABC DA GREVE Em greve ferrenha que durou 15 dias, os bancários alcançaram nova contraproposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Inicialmente, os banqueiros havia proposto 4,5% de au- mento e PLR rebaixada. Com a força das mobilizações, os bancários já consegui- ram avançar para 6% no reajuste sala- rial. Também a PLR cresceu. O teto de pagamento, na primeiro proposta dos banqueiros, era de 4%. Os bancários conseguiram garantir que até 13% dos lucros possam ser distribuídos na PLR, mais um adicional de 2% do lucro líqui- do do banco, independentemente do crescimento deste lucro. Ou seja, todo ano o bancário terá adicional na PLR. Os metalúrgicos da região também saíram vitoriosos de suas mobilizações. Depois de um mês intenso, de muita luta, greve e pressão nas negociações, alcançaram reajustes que variam entre 8,3 e 10%. Os trabalhadores dos Cor- reios, com 16 dias de greve, consegui- ram no ACT 9% de reajuste na tabela salarial, entre outras conquistas. QUEM LUTA, CONQUISTA! Os resultados das outras campanhas salariais deixam claro que é só com luta, conquistamos nossas reivindica- ções. Se ficamos apenas nas mesas de negociação, sem pressionarmos com paralisações, atrasos e greves, nosso Acordo demorará a sair, podendo se estender até o final de novembro. Metalúrgicos 10% 10%* 5,1% Correios 41% 9% 4,5% Bancários 10% 6% 1,5% Petroleiros 10% 4,36% (proposta) 0% *valor máximo FUP abandona campanha salarial e ignora proposta de unidade petroleira da FNP As resoluções do Conselho Deli- berativo (CD) da Federação Única dos Petroleiros (FUP) não pode- riam ser piores. Praticamente ig- norando a luta pela melhoria do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) , a entidade não deliberou NADA de concreto sobre o assunto. Isso significa que suas direções sindi- cais não defenderão nenhum tipo de movimento para pressionar a Petrobrás e alcançar aumento real de salário, isonomia entre ativa e aposentados, melhorias na AMS e a vitória nas reivindicaçoes da ca- tegoria. A própria nota de esclarecimen- to da FUP explica que seus diri- gentes permanecerão em Brasília intensificando a cobrança no Con- gresso Nacional sobre o Projeto... A campanha é importante, mas não é possível abandonar a luta da cam- panha salarial! SEM UNIDADE, FICA DIFÍCIL A FNP entregou pessoalmente ao presidente da FUP uma carta convo- cando-os a somarem forças na luta pelo ACT. O documento propunha calendário unificado para todos os sindicatos petroleiros, mesa única de negociação com a empresa e iní- cio da greve no dia 15 de outubro. A proposta foi completamente ignora- da pela Federação. Na mesma medida, como aponta- mos na última edição d’O Petroleiro, as deliberações do CD deixam claro que a FUP tenta priorizar a campa- nha “O petróleo tem que ser nosso” - em sua versão enviesada de “buscar melhorias no projeto do Executivo” - em detrimento das lutas pelo ACT. Sem unidade, fica difícil, compa- nheiros! É preciso que os petroleiros representados pela FUP exijam de seus sindicatos a luta unificada no Acordo Coletivo. PETROLEIROS REJEITAM PROPOSTA E SE PREPARAM PARA GREVE Os sindipetros da FNP pautaram a contraproposta da empresa em suas assembleias de base. O resulta- do foi uníssono. Todos os trabalha- dores consideraram a proposta da empresa rebaixada. Os pontos mais críticados foram o aumento real zero de salário; a discrminação en- tre aposentados e ativa, na medida em que divide a categoria através de abonos, gratificação contingen- cial, Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR) e PLR; nenhuma melhoria na política já rebaixada de auxílio do Ensino Superior; a não- garantia do fim dos interditos proi- bitórios contra os sindicatos e o fim de todas as punições aplicadas aos petroleiros que participaram da úl- tima greve. E, além de ter feito so- mente propostas absurdas, ignorou as 197 cláusulas propostas pelos trabalhadores. Entre os petroleiros de todo o Bra- sil, o sentimento é de desrespeito. A categoria não irá abrir mão de avan- ços econômicos e sociais nas cláusu- las do ACT, e já está se preparando para a greve a partir do dia15! Categoria Reivindicado Alcançado Aumento real A empresa propôs reajuste de 4,36% na tabela salarial – ou seja, aumento real zero para o petrolei- ro. Aplica também o mesmo índice no aumento do custeio da tabela do Grande Risco da AMS. Mantém a política de abono, reajustando em 5,93% a tabela da RMNR e oferecen- do 60% em cima da remuneração normal – valores que, como sempre repetimos, não incidem sobre FGTS, décimo terceiro, férias, horas extras e cálculo previdenciário. Outras duas propostas foram con- sideradas uma fronta aos direitos dos petroleiros e petroleiras. Uma delas é sobre licença maternidade: a petroleira deve requerer, por in- temédio de seu gerente, a extensão do período de licença por mais de 60 dias, uma espécie de institucionali- zação do assédio moral. A outra é a exigência de 10 anos de carência de contribuição à AMS para os petrólei- ros das novas gerações que queiram manter o benefício após a aposenta- doria. “TOP FIVE” DA CONTRAPROPOSTA

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FuP abandona campanha salarial e ignora proposta de unidade petroleira da FnP Correios 41% 9% 4,5% Bancários 10% 6% 1,5% Metalúrgicos 10% 10%* 5,1% Petroleiros 10% 4,36% (proposta) 0% Categoria Reivindicado Alcançado Aumento real Entre as principais categorias que entraram em campanha salarial no último período, petroleiros foram os que receberam a pior proposta de aumento BOLETIM DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DO LITORAL PAULISTA - Outubro de 2009 - # 8 - www.sindipetrolp.org.br

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aumento real zeroPetrobrás ProPõe Pior reajuste salarial das categorias

PETR LE OO

O RBOLETIM DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DO LITORAL PAULISTA - Outubro de 2009 - # 8 - www.sindipetrolp.org.br

Entre as principais categorias que entraram em campanha salarial no último período, petroleiros foram os que receberam a pior proposta de aumento

Em tempos de crise, é importante comparar os resultados das mo-bilizações e pressões das outras

categorias, para entendermos o pró-prio contexto da categoria petroleira.

No último período, observamos atentos no noticiário os desdobra-mentos das greves e negociações dos metalúrgicos, dos trabalhadores dos Correios e dos bancários.

ABC DA GREVEEm greve ferrenha que durou 15

dias, os bancários alcançaram nova contraproposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Inicialmente, os banqueiros havia proposto 4,5% de au-mento e PLR rebaixada. Com a força das mobilizações, os bancários já consegui-ram avançar para 6% no reajuste sala-rial. Também a PLR cresceu. O teto de pagamento, na primeiro proposta dos banqueiros, era de 4%. Os bancários conseguiram garantir que até 13% dos

lucros possam ser distribuídos na PLR, mais um adicional de 2% do lucro líqui-do do banco, independentemente do crescimento deste lucro. Ou seja, todo ano o bancário terá adicional na PLR.

Os metalúrgicos da região também saíram vitoriosos de suas mobilizações. Depois de um mês intenso, de muita luta, greve e pressão nas negociações, alcançaram reajustes que variam entre 8,3 e 10%. Os trabalhadores dos Cor-reios, com 16 dias de greve, consegui-ram no ACT 9% de reajuste na tabela salarial, entre outras conquistas.

QUEM LUTA, CONQUISTA!

Os resultados das outras campanhas salariais deixam claro que é só com luta, conquistamos nossas reivindica-ções. Se ficamos apenas nas mesas de negociação, sem pressionarmos com paralisações, atrasos e greves, nosso Acordo demorará a sair, podendo se estender até o final de novembro.

Metalúrgicos 10% 10%* 5,1%Correios 41% 9% 4,5%

Bancários 10% 6% 1,5%Petroleiros 10% 4,36% (proposta) 0%

*valor máximo

FuP abandona campanha salarial e ignora proposta de

unidade petroleira da FnPAs resoluções do Conselho Deli-

berativo (CD) da Federação Única dos Petroleiros (FUP) não pode-riam ser piores. Praticamente ig-norando a luta pela melhoria do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) , a entidade não deliberou NADA de concreto sobre o assunto. Isso significa que suas direções sindi-cais não defenderão nenhum tipo de movimento para pressionar a Petrobrás e alcançar aumento real de salário, isonomia entre ativa e aposentados, melhorias na AMS e a vitória nas reivindicaçoes da ca-tegoria.

A própria nota de esclarecimen-to da FUP explica que seus diri-gentes permanecerão em Brasília intensificando a cobrança no Con-gresso Nacional sobre o Projeto... A campanha é importante, mas não é possível abandonar a luta da cam-panha salarial!

SEM UNIDADE, FICA DIFÍCILA FNP entregou pessoalmente ao

presidente da FUP uma carta convo-cando-os a somarem forças na luta pelo ACT. O documento propunha calendário unificado para todos os sindicatos petroleiros, mesa única de negociação com a empresa e iní-cio da greve no dia 15 de outubro. A proposta foi completamente ignora-da pela Federação.

Na mesma medida, como aponta-mos na última edição d’O Petroleiro, as deliberações do CD deixam claro que a FUP tenta priorizar a campa-nha “O petróleo tem que ser nosso” - em sua versão enviesada de “buscar melhorias no projeto do Executivo” - em detrimento das lutas pelo ACT.

Sem unidade, fica difícil, compa-nheiros! É preciso que os petroleiros representados pela FUP exijam de seus sindicatos a luta unificada no Acordo Coletivo.

Petroleiros rejeitam ProPosta e se PreParam Para greve

Os sindipetros da FNP pautaram a contraproposta da empresa em suas assembleias de base. O resulta-do foi uníssono. Todos os trabalha-dores consideraram a proposta da empresa rebaixada. Os pontos mais críticados foram o aumento real zero de salário; a discrminação en-tre aposentados e ativa, na medida em que divide a categoria através de abonos, gratificação contingen-cial, Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR) e PLR; nenhuma melhoria na política já rebaixada de auxílio do Ensino Superior; a não-garantia do fim dos interditos proi-bitórios contra os sindicatos e o fim de todas as punições aplicadas aos petroleiros que participaram da úl-tima greve. E, além de ter feito so-mente propostas absurdas, ignorou as 197 cláusulas propostas pelos trabalhadores.

Entre os petroleiros de todo o Bra-sil, o sentimento é de desrespeito. A categoria não irá abrir mão de avan-ços econômicos e sociais nas cláusu-las do ACT, e já está se preparando para a greve a partir do dia15!

Categoria Reivindicado Alcançado Aumento real

A empresa propôs reajuste de 4,36% na tabela salarial – ou seja, aumento real zero para o petrolei-ro. Aplica também o mesmo índice no aumento do custeio da tabela do Grande Risco da AMS. Mantém a política de abono, reajustando em 5,93% a tabela da RMNR e oferecen-do 60% em cima da remuneração normal – valores que, como sempre repetimos, não incidem sobre FGTS, décimo terceiro, férias, horas extras e cálculo previdenciário.

Outras duas propostas foram con-sideradas uma fronta aos direitos dos petroleiros e petroleiras. Uma delas é sobre licença maternidade: a petroleira deve requerer, por in-temédio de seu gerente, a extensão do período de licença por mais de 60 dias, uma espécie de institucionali-zação do assédio moral. A outra é a exigência de 10 anos de carência de contribuição à AMS para os petrólei-ros das novas gerações que queiram manter o benefício após a aposenta-doria.

“TOP FIVE” DA CONTRAPROPOSTA

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O Petroleiro: Boletim Informativo do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista - Sindipetro LP Sede: Av. Conselheiro Nébias, 248, Santos - SP - Telefax (13) 3221-2336 - E-mail: [email protected] - Sub-sede: Rua Auta Pinder, 218, Centro, São Sebastião - SP - Tel.: (12) 3892-1484 - E-mail: [email protected] - Coordenador Geral: Ademir Gomes Parrela: (13) 9601-9656 - Diretor de Comunicação: Marcelo Juvenal Vasco: (13) 9601-9666 - Diretor liberado de Santos: José Eduardo Galvão: (13) 9601-9672 - Diretor liberado de São Sebastião: Wilson Roberto Gomes: (13) 7804-1391 - Edição e Textos: Ruy Marques - Estagiários de Jornalismo: Natasha Guerrize e José Luiz Ribeiro - Diagramação: Carolina Mesquita - E-mail: [email protected] - www.sindipetrolp.org.brEX

PED

IEN

TE:

Laranjas e Mentiras

editorial

Gente, com certeza a bola da vez é o nosso Acordo Coleti-vo de Trabalho. Mas como o

restante do nosso jornal já dá conta do recado, vou falar aqui de outra coisa que todo petroleiro precisa saber.

Na semana passada, vi muitas matérias no jornal sobre a ação do Movimento dos Sem-Terra nas plantações de laranja da Cutrale. Da Ana Maria Braga ao Jornal da Noite, passando pela Band, Record, a imagem e a história eram sempre as mesmas: um trator derrubando pés de laranja em uma fazenda no interior paulista. Os sem-terra, mais uma vez, haviam depredado a propriedade privada, destruído terras produtivas, roubado, saque-ado, invadido terreno particular, agido contra a lei. Entrevistas com figurões públicos, de policiais fe-derais a ministros, passando pelo Serra, reafirmavam: o trator que destruía os pés-de-laranja eram a gota d’água. Como podiam ser tão inconsequentes e destruir a produ-ção da maior indústria de sucos de laranja do mundo?

Achei estranho, porque conheço o movimento e sei que eles não dão ponto-sem-nó. Queria entender. Foi aí que li a nota pública emitida pelo MST, explicando a situação. A carta aponta que lá é “...uma área de posse da União de mais de 2,7 mil hectares, utilizadas ilegalmente pela Sucocítrico Cutrale para a mo-nocultura de laranja”. Segundo a nota, a ação tem como objetivo de-nunciar ocupação ilegal da empre-sa “sediada em terras do governo federal”. A Cutrale é acusada pelo MST de grilar as terras ocupando a área com o plantio de laranja. Ou seja, o que acontecia ali era um ato para denunciar que quem estava agindo ilegalmente ali era a Cutra-le, não os sem-terra!

Só que os jornais omitiram isso. Ninguém falou que aquelas terras não eram da Cutrale, que ela es-tava plantando onde não deviam! Omitiram também que o ato de “destruição” era apenas simbólico, e que derrubaram só 0,6% dos pés. A mídia, a oposição ao governo e os latifundiários se juntaram de novo. E não é à toa. Todos eles são contra a atualização dos índices de produtividade rural, prometida pelo governo federal. E isso não tem nada de mais, porque essa correção é uma exigência da lei e o Incra usa até hoje dados do IBGE de 1975 como parâmetros para as desapropriações!

Gente, essa plantação é ilegal! As terras não são da Cutrale. O MST está sofrendo manipulação da mí-dia, financiada pelos grandes em-presários e latifundiários do país. O dono da empresa não é vítima. Todo mundo precisa saber disso!

Com a palavra, o coordenadorgeral Ademir Gomes Parrela

braços cruzados na alemoa

vitória dos terceirizados na rPbc

As pautas reivindicatórias do ACT in-cluem, também, a defesa dos petroleiros indiretos. Na cláusula 102, exige-se em contrato que os trabalhadores indiretos te-nham o mesmo nível de salário, jornada de trabalho e assistência médica. Além desses fatores, estão incluidos a mesma data base em relação aos petroleiros diretos e a parti-cipação nas reuniões das Cipas da empresa. Esta última reivindicação é importante, pois parte dos terceirizados realizam tarefas liga-das a manutenção e limpeza nas refinarias.

Tais funções são consideradas de alto risco, portanto, envolver os terceirizados no deba-te sobre segurança no trabalho é um direito eminente.

Outros benefícios reivindicados não fi-cam em segundo plano. É o caso dos trans-portes para os terceirizados, de forma que seja concedido com as mesmas condições que os petroleiros diretos possuem. Vale ressaltar que, na RPBC, todos os terceiriza-dos recebem transporte de suas empresas, e não da Petrobrás. Em cumprimento a Lei

10.101 (que ‘regula a participação dos lucros ou resultados da empresa como instrumen-to de incentivo à produtividade’) reforça que a Petrobrás deva apresentar um determina-do percentual para pagamento de PLR em cartas licitatórias. Para não dizer que não falamos das flores ,é necessário também res-saltar que na audiencia Empresa Econtep/MPT/Sindipetro ,a postura dos representan-tes da Petrobrás , do Sindipetro e a serieda-de do MPT fizeram valer os direitos dos con-tratados da Econtep.

terceirizados em lutaEm todo país, os metalúrgicos estão a

todo vapor em suas lutas por melhores sa-lários e condições de trabalho. Nas bases petroleiras do Litoral Paulista, a situação não é diferente: os metalúrgicos terceiriza-dos provaram que não estão para brinca-deira, e entraram mais uma vez em greve.

O ataque da vez é da Engedep, gata metalúrgica que presta serviços no Termi-nal da Alemoa. A empresa ofereceu rea-

juste de 7,57% no contracheque aos tra-balhadores. Contudo, quando a folha de pagamento chegou, no dia 6 de outubro, a promessa virou dívida: constava apenas 6,25% de reajuste. Ou seja, a redução foi de 1,32%.

Pegos de surpresa, os terceirizados li-gados ao Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista resolveram agir. Ques-tionada pela entidade, a empresa não se

pronunciou sobre o ocorrido. Só restava uma resposta a ser dada: greve! Desde o dia 7 de outubro, portanto, os terceiri-zados estão de braços cruzados. “Essa é mais uma luta que os terceirizados devem enfrentar, agora na Transpetro. E que os petroleiros diretos nos apoiem também”, reforça o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Florêncio Rezende de Sá (Sassá).

Gramsci afirmava que “é preciso atrair violentamente a atenção para o presente do modo como ele é, se se quer transfor-má-lo. Pessimismo da inteligência, oti-mismo da vontade”. E a determinação dos terceirizados trouxe o otimismo na greve. No dia 30 de setembro, os trabalhadores cruzaram os braços na RPBC. E a conquis-ta não poderia vir de outra forma.

Os terceirizados das paradas da UFCC

e UGAV eram contratados por meio da obra certa. Essa modalidade de contrato determina começo e término do traba-lho exercido. Ou seja: não há extensão de vínculo empregatício , o trabalhador não tem direito ao FGTS, e nem ao Aviso Prévio.

A primeira proposta apresentada pela empresa propunha 220 horas a título de compensação (Aviso Prévio), R$ 300 de

moradia (colchão molhado) e mais R$ 260 de compensação pela diferença dos salários das obras da RPBC e a parada. A proposta foi recusada pelos trabalhado-res, que através do movimento grevista conseguiram ampliar boa parte das con-quistas: 343 horas a título de compensa-ção (Aviso Prévio), a equiparação em carteira dos salários Obra/Parada e vale-refeição de R$ 200.

act também defende indiretos

Quem sÃo os Pelegos da Parada, do gruPo de contingÊncia e os Fura-greve?

PREENChA AS LINhAS COM O NOME E A UNIDADE DOS PELEGOS QUE VOCê CONhECE

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