operaÇÕes bÁsicas em labortÓrio de quÍmica
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OPERAÇÕES
BÁSICAS EM
LABORTÓRIO
DE QUÍMICA
Realização
CECINE/PROExC/UFPE
Operações Básicas em Laboratório de Química
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
COORDENADORIA DE ENSINO DE CIÊNCIAS DO NORDESTE
(CECINE/PROExC/UFPE)
Coordenadora: Maria Aparecida Guilherme da Rocha
Apoio Técnico: Maria Virgínia Barbosa dos Santos
Ministrante (s): Bruno Fonseca da Silva
Chesque Cavassano Galvão
Maria Virgínia Barbosa dos Santos
Recife, 19 de Setembro de 2017
Operações Básicas em Laboratório de Química
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Parte I: SEGURANÇA
LABORATORIAL
Operações Básicas em Laboratório de Química
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1. Equipamentos de Proteção Individual e Equipamentos de Proteção Coletiva
(EPIs e EPCs)
No cotidiano laboratorial, os riscos de acidentes encontram-se frequentemente presente,
tendo por necessidade a máxima atenção na realização de ensaios, análises e afins.
Ocorrência de algum tipo de acidente poderá acarretar em danos ao analista ou a toda
equipe de laboratório, podendo ocorre o óbito de algum indivíduo. Neste sentido,
algumas normas e medidas foram construídas para evitar ao máximo a ocorrência de
acidentes laboratoriais.
1. Laboratório deverá sempre encontrar-se organizado, devidamente
sinalizado;
2. Soluções, reagentes químicos e afins deverão possuir identificação;
3. Toda atividade laboratorial necessita ser planejada para se evitar
imprevistos.
Para elaboração de um planejamento de atividades, pode-se adotar o seguinte modelo:
Objetivo:
Tempo de Execução:
Análises:
Vidrarias e Utensílios:
Equipamentos:
Reagentes:
EPIs:
EPCs:
Para execução do trabalho, o analista deverá obrigatoriamente possuir os Equipamentos
de Proteção Individual (EPIs) para realização de qualquer atividade em ambiente
laboratorial. Os EPIs evitam o contato direto do analista com os reagentes e soluções
químicas, podendo evitar acidentes, como a queimadura pelo derramamento de ácidos.
São considerados EPIs:
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Jaleco Bota de Segurança
Óculos de Proteção Calça
*Luvas *Máscara
*Luvas deverão seguir as seguintes recomendações:
Substâncias Borracha
Natural
Neopreme PVC PVA Borracha
Butadieno
Acetaldeído E E N/R N/R N/R
Ácido
Acético
E E N/R N/R B
Acetona E B N/R N/R N/R
Benzeno N/R N/R N/R E N/R
Butanol E E N/R N/R E
Dissulfeto de N/R N/R N/R E B
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Carbono
Tetracloreto
de Carbono
R/N N/R N/R E B
Clorofórmio N/R N/R N/R E B
Formaldeido E N/R E N/R E
Ácido
Clorídrico
B E E N/R E
Metil Etil
Cetona
B E N/R N/R N/R
Fenol E N/R B B N/R
Tolueno N/R E N/R B N/R
Xileno N/R N/R N/R E B
E- Excelente; B- Bom; N/R- Não Recomendado.
*Máscaras deverão seguir as seguintes recomendações:
Tipos de Filtros Contaminantes
Branco Gases e Ácidos
Amarelo Vapores Orgânicos e Gases Ácidos
Verde Amônia
Marrom Vapores Orgânicos, Gases Ácidos e Amônia
Vermelho Universal. Serve para gases industriais, monóxido
de carbono, fumo e fumaças
Branco com listras verdes Vapores de Ácido Cianídrico
Branco com listras amarelas Cloro
Azul Monóxido de Carbono
Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) também possuem suma importância para
um ambiente laboratorial, sendo obrigatório sua presença para assegurar a execução de
qualidade do trabalho. A ausência dos devidos equipamentos trará, como exemplo,
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riscos a saúde do analista ou o não combate a incêndio, caso ocorra. São considerados
EPCs:
Capela com Exaustor
Chuveiro e Lava Olhos
*Extinto de Incêndio Kit Primeiro Socorros
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* Extintores de Incêndio deverão seguir as seguintes recomendações:
Tipos Comuns
de Extintores
Classes de Incêndio
A* B* C* D*
Água A P P O agente
deverá ser
compatível
com o metal
Espuma A A P
CO2 N/R A A
Pó BC N/R A A
Pó ABC A A A
A- Adequado; P- Proibido; N/R- Não Recomendado.
A*- Combustíveis sólidos (madeira, papel, entre outros); B*- Combustíveis Líquidos
(líquidos inflamáveis); C*- Equipamentos Energizados (equipamentos submetidos a
energia elétrica); D*- (metais combustíveis).
2. Símbolos de Segurança Laboratorial
2.1. Diagrama de Hommel: Expressa tipos de riscos em graus, variando de 0 a 4.
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2.2. Pictogramas: Símbolos utilizados em ambiente laboratorial para prevenção de
acidentes.
Inflamável Nocivo ou Irritante Combustível
Explosivo Corrosivo Prejudicial ao Ambiente
Tóxico Radioativo
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3. Armazenamento de Reagentes
Reagentes químicos deverão possuir um armário específico para seu armazenamento,
devendo- se tomar cuidado para não ocorrer quedas de recipientes. Em determinados
laboratórios, aconselha-se a realizar o armazenamento em armários acoplado a um
exaustor.
Possuir conhecimento sobre a incompatibilidade de reagentes é crucial, por certos
produtos tornarem-se perigosos quando armazenados e manipulados próximos, podendo
ocasionar reações, como geração de gases, explosões, incêndios e afins, a qual se deve
seguir as seguintes exigências:
SUBSTÂNCIAS INCOMPATIBILIDADE SUBSTÂNCIAS INCOMPATIBILIDADE
Acetileno brometo, cloreto, cobre,
fluoreto,
mercúrio e prata
Etanol anidro agente oxidante forte,
alumínio, metais alcalinos,
cloreto de
Acetona ácido sulfúrico concentrado
e misturas
de ácido nítrico
Fósforo (branco) ar, alcalinos, agentes de
redução, oxigênio
Acetonitrila ácidos fortes, agentes
oxidantes fortes,
bases fortes
Hidrocarbonetos ácido crômico, brometos,
cloretos, fluoretos, peróxido
de só
Ácido Bórico potássio metálico, água, base
forte
Peróxidos ácidos orgânicos e
inorgânicos
Ácido acético ácido crômico,
etilenoglicol, ácido nítrico,
compostos
hidroxílicos, ácido
perclórico,
peróxidos,
permanganatos
Hipocloritos ácidos e carbono ativado
Ácido crômico ácido acético, naftaleno,
glicerina,
álcoois e líquidos
inflamáveis em geral,
cânfora, terebintina
Iodetos acetileno, hidrogênio,
amônia (anidra
ou aquosa)
Ácido nítrico ácido acético, anelida, ácido Líquidos nitrato de amônia, ácido
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(concentrado) cianídrico,
hidrogênio, sulfeto, líquidos
e gases
inflamáveis
inflamáveis clorídrico,
peróxido de hidrogênio,
ácido nítrico,
peróxido de sódio,
halogênios
Ácido oxálico mercúrio e prata Mercúrio acetileno, ácido fulmínico,
amônia
Ácido perclórico ácido acético, anidrido,
bismuto com
outras combinações, etanol,
papel e
madeira
Nitrato de amônia ácidos, metal em pó, líquidos
inflamáveis, cloratos,
nitritos, enxofre,
materiais orgânicos
finamente
divididos
Ácido sulfúrico clorato de potássio,
perclorato de
potássio, permanganato de
potássio (ou
compostos com brilho
semelhante aos
metais, tais como sódio, lítio
etc.)
Nitrato de sódio sais de amônio
Ácido cianídrico ácido nítrico e alcalinos Nitratos ácido sulfúrico
Ácido fluorídrico amônia anidra ou aquosa Óxido de cálcio água
Alcalinos,
alcalinos terrosos
e metálicos
água, hidrocarbonetos
clorados, dióxido
de carbono, halogênios,
álcoois,
aldeídos, cetonas, ácidos
Óxido de
mercúrio
enxofre
Alumínio (pó) hidrocarbonetos clorados,
halogênios,
dióxido de carbono, ácidos
orgânicos
Perclorato de
potássio
ácidos
Solução de
amônia
ácido forte, metais alcalinos,
agente
oxidante forte, alumínio,
bromo, bronze,
cloro, mercúrio,
dimetilsulfato
Permanganato de
potássio
glicerina, etilenoglicol,
benzaldeído,
ácido sulfúrico
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Anilina ácido nítrico e peróxido de
hidrogênio
Peróxido de
hidrogênio
cobre, cromo, ferro, maioria
dos
metais e seus sais, álcoois,
acetona,
materiais orgânicos, anelida,
nitrometano, gases
oxidantes, líquidos
inflamáveis
Amônia anidra ácido fluorídrico, brometo,
cloreto,
hipoclorito de cálcio, iodeto,
mercúrio
Peróxido de sódio etanol, metanol, ácido
acético glacial,
benzaldeído, dissulfeto de
carbono,
glicerina, etilenoglicol,
acetato de etila,
acetato de metila, furfural
Antraceno agente oxidante forte e flúor
Peróxidos
(orgânicos)
ácidos, evitar atrito ou
impacto
Azidas ácidos Piridina agentes oxidantes, ácidos
fortes,
sensível ao calor
Benzeno agente oxidante forte, ácido
sulfúrico,
ácido nítrico
Potássio tetracloreto de carbono,
dióxido de carbono, água
Brometos amônia, acetileno.
Butadieno,
hidrocarbonetos, hidrogênio,
sódio,
metais finamente divididos,
terebintina
Pirogalol alcalóides, amônia, iodo,
agentes
oxidantes fortes, bases
fortes, óxidos
metálicos
Butanol agente oxidante forte, metais
alcalinos,
ácidos fortes, ácidos
halogênicos,
alumínio
Prata acetileno, ácido oxálico,
ácido
tartárico, compostos de
amônio, ácido
fulmínico
Carbeto de cálcio água e álcool Selenetos agentes de redução
Carbono ativo hipoclorito de cálcio e
agentes oxidantes
Sódio tetracloreto de carbono,
dióxido de
carbono, água
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Cianetos ácidos Sulfato de amônio agente oxidante forte
Clorato de
potássio
ácidos Sulfeto de
hidrogênio
ácido nítrico e gases
oxidantes
Cloratos sais de amônia, ácidos,
materiais
combustíveis, metal em pó,
enxofre,
orgânicos finamente
divididos
Sulfetos ácidos
Cloretos ver brometo Teluretos agentes de redução
Cobre acetileno, peróxido de
hidrogênio
Tolueno agentes oxidantes fortes,
ácido nítrico,
ácido sulfúrico, cloro
Compostos
arcênicos
reagentes de redução Trióxido de
arsênio
agentes oxidantes fortes,
metais
quimicamente ativos,
alumínio
Dióxido de Cloro amônia, metano, fosfito,
sulfeto de
hidrogênio
Xileno agentes oxidantes fortes
Zinco em pó enxofre
4. Derramamento de Material
A ocorrência no derramamento de materiais químicos (reagentes, soluções e afins) faz
parte de uma atividade laboratorial, contudo, certos produtos, principalmente ácidos,
deverão possuir uma atenção especial para sua remoção, sendo aconselhável a utilização
de areia ou absorvente específico.
5. Prevenções Laboratoriais
5.1. Sempre adicionar ácido na água, evitando acidentes com respingos do produto;
5.2. Não colocar mãos e braços em cima da bancada antes de realização prévia de
limpeza;
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5.3. Independente da maneira que se encontra o laboratório, o mesmo deverá no final
das atividades, limpo e organizado;
5.4. Não realizar técnicas de pipetagem com a boca;
5.5. EPIs deverão ser utilizados exclusivamente em ambiente laboratorial;
5.6. Pessoal com cabelos longos deverão prendê-los ou colocar touca para realização de
atividades laboratoriais;
5.7. Todos os reagentes químicos presentes no laboratório deverão possuir sua FISPQ
(Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos).
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Parte II: VIDRARIAS E
EQUIPAMENTOS
LABORATORIAIS
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1. Vidrarias
As vidrarias laboratoriais encontram-se classificadas em dois grandes grupos: graduadas
(possuindo aferições) e volumétricas (apresentando uma unida aferição, volume único),
sendo está considerada mais precisa. As principais vidrarias laboratoriais e suas
finalidades são:
Tubo de Ensaio: Testes de reação.
Becker: Aquecimento de líquidos,
reações de precipitação, etc.
Erlemnmeyer: Titulação e aquecimento
de líquidos.
Pipeta graduada: medição de volumes
variáveis.
Pipeta volumétrica: medição de
volumes fixos de líquidos.
Balão de fundo redondo: aquecimentos
de líquidos e reações com
desprendimento de gases.
Balão de fundo chato: aquecimento e
armazenamento de líquidos.
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Balão volumétrico: preparar e diluir
soluções.
Balão de destilação: Usado em
destilação.
Almofariz e Pistilo: triturar e pulverizar
sólidos.
Funil de decantação: separação de
líquidos imiscíveis.
Placa de petri: fins diversos
Cápsula de porcelana: evaporação de
líquidos em solução.
Vidro de relógio: cobrir backers em
evaporações, pesagens, etc.
Bureta: medidas precisas de líquidos
Proveta: medidas aproximadas de
volume líquido.
Funil de vidro: transferência de líquidos
e filtrações.
Funil de Buchner: filtração a vácuo.
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Kitassato: filtração a vácuo
Bastão de vidro: agitar soluções,
transportar líquidos na filtração de
soluções e outros fins.
Condensador: condensar os gases ou
vapores na solução.
Pesa filtro: pesagem de sólidos
Dessecador: resfriamento de substâncias
em ausência de umidade.
Frasco de reagentes: armazenamento de
soluções.
Cadinho de porcelana: aquecimento a
seco no bico de Bunsen e Mufla.
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2. Equipamentos e Utensílios Laboratoriais
Os principais equipamentos e utensílios laboratoriais, com suas respectivas finalidades
são:
Estufa: secagem e esterilização de
utensílios.
Forno mufla: calcinar substâncias.
Balança analítica: determinação de
massas em análises químicas.
Balança semi-analítica: determinação de
grandezas em certas condições
ambientais.
Agitador magnético: agitar soluções.
Banho Maria: aquecimento lento e
uniforme.
pHmetro: medição do nível de acidez
em amostras.
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Destilador: destilação de água.
Centrífuga: separação de substâncias
com densidades diferentes.
Espectrofotômetro: medição da
quantidade de luz absorvida, transmitida
ou refletida pelas amostras.
Condutivímetro: medição de
condutividade elétrica em amostras.
Autoclave: esterilização de materiais
sobre calor úmido e pressão.
Manta aquecedora: promove o
aquecimento de soluções.
Bico de Bunsen: aquecimentos de
laboratórios.
Pinça de madeira: segurar tubos de
ensaio em aquecimento no bico de
Bunsen.
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Estantes para tubo de ensaio: suporte de
tubos de ensaio.
Lima triangular: utilizada para cortes de
vidros
Pisseta: lavagens, remoção de
precipitados e afins.
Pinça metálica de Casteloy: transporte
de cadinhos e outros fins.
Mufa: suporte para a garra de
condensador.
Garra metálica: sustentação de peças,
como condensador, funil de decantação
e outros fins.
Furador de rolhas: furar rolhas.
Escovas para limpeza: limpeza de
vidrarias e afins.
Espátulas: transferências de substâncias
sólidas.
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Pêra: pipetagem de reagentes líquidos e
soluções.
Termômetro: medição de temperaturas.
3. Limpeza Laboratorial
O processo comumente utilizado para limpeza de vidrarias e utensílios e a lavagem com
água corrente, posteriormente, sabão neutro, a qual se enxágua e realizando uma
lavagem com ácido sulfúrico ou álcool, passando por um novo processo de enxágue,
sendo finalizado com uma lavagem com água destilada. Contudo, alguns cuidados
devem ser tomados, como:
3.1. Realizar a lavagem imediata após realização de análises e ensaios;
3.2.Não realizar atrito na parte externa da vidraria;
3.3. Materiais contaminados deverão ser esterilizados;
3.4. Materiais com alto grau de sujeira, utilizar solução sulfonítrica*;
3.5. Utilizar detergente neutro;
3.6. Utilizar carbonato de sódio para remoção de gorduras;
3.7. Utilizar ácido nítrico ou sulfúrico para remoção de precipitados;
3.8. Realizar a limpeza de bancada utilizando álcool;
3.9. Limpeza de balança deverá ocorrer cuidadosamente, utilizando um pincel.
*Mistura Sulfonítrica
Mistura em volumes igualitários de ácido nítrico e sulfúrico concentrados, sendo de
extremo perigo seu manuseio e de grande utilização em lavagens de vidrarias
laboratoriais, requerendo totais cuidados de proteção e segurança.
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Parte III: FUNDAMENTOS
DE SOLUÇÕES QUÍMICAS
E PADRONIZAÇÃO
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1. Química orgânica: busca estudar os compostos formados por carbono (C).
2. Química Inorgânica: busca estudar os compostos que não possuem carbono na
sua composição.
As soluções químicas encontrem-se dividas em homogêneas (apresentando uma única
fase, com partículas menores que 1nm). Soluções heterogêneas são classificadas em
coloidais (partículas entre 1 e 100 nm) e de suspensão ou grosseiras (partículas maiores
que 100). Nesta seção, trabalharemos exclusivamente com as soluções homogêneas.
As soluções homogêneas encontram-se classificadas no seu estado físico como:
Sólidas: mistura homogênea entre metais, conhecidas como ligas.
Líquidas: Líquidos + Líquidos: o soluto e o solvente encontram-se no estado
líquido.
Líquido + Sólido: o soluto encontra-se no estado sólido e o solvente em estado
líquido.
Líquidos + Gases: o soluto encontra-se em estado gasoso e o solvente em estado
líquido.
Gasosas: mistura homogênea entre gases.
A classificação pela natureza as partículas encontra-se classificadas em Iônicas
(dissolução de íons, conhecidas como soluções eletrolíticas, pela capacidade de
conduzir corrente elétrica) e soluções moleculares ou não eletrolíticas.
A classificação pela quantidade de soluto disperso encontra-se classificada em:
Insaturada: quantidade de soluto muito inferior ao solvente;
Saturada: quantidade de soluto proporcional ao solvente;
Supersaturada: quantidade de soluto superior ao solvente.
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Para realização do preparo de soluções, existem duas formas principais para seu cálculo,
podendo utilizar as fórmulas químicas ou a estequiometria, realizando uma relação de
valores.
A contração de uma solução pode ser determinada por:
Concentração em gramas por litro: relação entre massa do soluto (m) em gramas
e volume (V) em litros:
C(g/L)= m (g)/V (L)
Molaridade: relação entre a quantidade de matéria do soluto (n soluto) e o
volume da solução (V) em litros:
C (mol/L)= n soluto/ V (L); sendo n soluto= massa do soluto (g)/ V solução
(L)
Molalidade: expressa concentrações independentes da temperatura e em função
da massa, sendo calculada pela quantidade de matéria do soluto (n soluto) e
massa total do solvente (Kg):
Molaldade= n soluto/m (Kg)
Fração em Mol: razão entre quantidade de matéria do componente (n
componente) e quantidade de matéria total de todas as substâncias presentes na
solução:
XA= nA/( nA+ nB+ nC+...)
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Normalidade: relação entre equivalência grama do soluto e volume da solução
em litros. Entretanto, não é recomendada sua utilização pela IUPAC.
Título: relação entre a massa do soluto e a massa da solução, não possuindo
unidade específica:
T= m1/m1 + m2
Diluição: adição de água numa solução:
M1 x V1= M2 x V2
Densidade: relação entre a concentração e o título da solução em g/mL:
D= C/T
A padronização de uma solução encontra-se relacionada a obtenção do valor real da
solução comum preparada, a partir de uma titulação. Considera-se um padrão primário
com as principais características: concentrações exatamente conhecida, alto grau de
pureza, material que possui alto peso molecular, não ser higroscópico, deve ser sólido. É
considerado padrão secundário aquela solução que foi comparada a um padrão primário.
O padrão primário pode ser determinado pelo fator de correção (F), onde:
F = 1000 x m x G/ Eq-g x N x V
F= Fator de correção da solução;
m = Massa do padrão primário (g);
G = Pureza do padrão primário (%);
V = Volume gasto (mL);
N = Normalidade da solução (g/L);
Eq-g = Equivalente-grama do padrão primário
Exemplos Práticos:
Prepare 1L de solução a 1 molar (M) de NaOH. Considerar a massa molar do NaOH
40g/mol e pureza de 97%.
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M= n/V M= m/MM.V 1= m/40. 1 m= 40.1.1= 40g
Considerando a pureza do NaOH:
40 97%
X 100%
X= 41,23g
Portanto, para preparação de uma solução de NaOH de 1L a 1 M, deve-se pesar 41,23g
de hidróxido de sódio.
Prepare 250 mL de solução a 0,8 molar (M) de HCl. Considerar a densidade do HCl
1,19 g/mL, pureza de 37% e massa molar de 36,46 g/mol
1L 1190g 1190 100 X=440,3g
X 37
M= n/V n=m/MM n=440,3/36,46= 12,076 mol
C1.V1= C2.V2 V1= C2.V2/C1 V1= 0,8.250/12,076= 16,5 mL
Portanto, para preparar uma solução de 250 mL a 0,8 molar, precisa-se de 16,5 mL de
HCl.
A padronização química ocorre pelo método da titulação, em que a quantidade
desconhecida de um composto é determinada através da reação química com um
reagente padrão ou padronizada, na presença de um indicador orgânico. A titulação
encontra-se classificada em
Acidimétrica: determinação da dosagem de um ácido, empregando uma solução
básica padronizada;
Alcalimétrica: determinação da dosagem de uma base, empregando um material
de referência.
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Indicadores são substâncias orgânicas que comporam-se como ácidos fracos ou bases
fracas, tendo capacidade de mudança de cor em função do pH. Os principais indicadores
utilizados em laboratório de química são a fenolfitaleína, alaranjado de metila e azul de
bromotimol.
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Referências Bibliográficas
Mahan, B. H. (1986). Química: curso universitario. Addison-Wesley Iberoamericana.
Morita, T., & ASSUMPÇÃO, M. (1976). Manual de soluções, reagentes e solventes;
padronização, preparação, purificação. Edgard Blucher.
Teixeira, P., & Valle, S. (2010). Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar.
SciELO-Editora FIOCRUZ.
Atkins, P. W., & Jones, L. (2009). Princípios de Química: Questionando a Vida
Moderna e o Meio Ambiente. Bookman Editora.