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4 OPINIÃO São Luís, 10 de abril de 2017. Segunda-feira O Estado do Maranhão FUNDADOR JOSÉ SARNEY E BANDEIRA TRIBUZI, PRESIDENTE TERESA SARNEY, DIRETOR DE REDAÇÃO CLÓVIS CABALAU, DIRETORA COMERCIAL MADELON ARAÚJO, SECRETÁRIO DE REDAÇÃO ADEMIR SANTOS [email protected], COORDENADORA DE REDAÇÃO SELMA FIGUEIREDO [email protected], COORDENADOR DE REPORTAGEM DANIEL MATOS [email protected] Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o técnico Tite afirmou que Neymar é o melhor jogador do mundo nos últimos quatro meses. O treinador da seleção brasileira - primeira classificada para a Copa do Mundo de 2018 - diz que o atacante do Barcelona vive a melhor fase da carreira. O Estado do Maranhão não se responsabiliza por opiniões emitidas nesta seção. Os comentários, análises e pontos de vista expressos pelos colaboradores são de sua inteira responsabilidade. As cartas para esta seção devem ser enviadas com nome, número da carteira de identidade, endereço e telefone de contato. Os textos devem ser enviados para a Redação em nome do editor de Opinião, Avenida Ana Jansen, 200 - Bairro São Francisco - São Luís-MA - CEP 65.076-902, ou para os e-mails: [email protected] ou [email protected], ou pelo fax (98) 3215-5054. Com um histórico de poucas polêmicas na carreira e fama de "bom moço", o camisa 10 do Real Madrid viu sua vida virar de cabeça para baixo recentemente, envolvendo-se em confusões com o técnico Zinedine Zidane, torcedores do Real Madrid e da seleção colombiana. EDITORIAL Onde está o prefeito? O estúdio americano Hanna-Barbera foi responsável pela criação de grandes clássicos do desenho animado, entre os quais o jacaré Wally Gator, que vivia num jardim zoológico, cheio de mordomias. No entanto, era inquieto, pois seu propósito era fugir sempre para a cidade. E assim, a cada episódio Wally fugia para desespero do tratador do zoológico, que sempre se preguntava: onde está Wally? Fazendo uma analogia do personagem Wally com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior, se observa algumas afinidades e outras nem tanto. Com certeza o prefeito vive no Palácio La Ravadière cercado das mordomias que o cargo lhe permite. Mas, ao contrário de Wally, ele não é muito afeito à cidade, não gosta de fugir do gabinete para ter contato com a população. Enquanto no mundo da fantasia do desenho animado o Sr. Twiddles, tratador do zoológico, procurava por Wally, no mundo real de São Luís do Maranhão, a população quer saber: onde está Edivaldo Holanda Júnior? Uma cidade que já vive sobressaltada pela crescente escalada da violência em todas as suas faces, se sente desassistida, órfã, de um gestor municipal. As redes sociais são um bom termômetro do termômetro do quanto a população se queixa do “sumiço” do prefeito. São diversos os problemas da cidade, mas o prefeito não mede esforços, por meio do faz de conta que não é comigo, em dar as costas para as necessidades da população. E assim ele vai “empurrando com a barriga” desde que sentou na cadeira do Palácio La Ravadière em janeiro de 2013. Com essa atitude, nem parece que foi vereador por dois mandatos na capital maranhense e tinha a obrigação de conhecer e estar mais perto do povo. Interessante é que durante a campanha eleitoral outro Edivaldo Holanda aparece. Ele encarna o personagem de homem do povo, que arregaça as mangas, que pega sol e chuva, que toma café em feiras e mercados e se mistura com a massa. Só que tudo muda quando a eleição é ganha. O candidato, figurinha fácil em todos os cantos da cidade, no programa eleitoral, na imprensa, dizendo que ia fazer e acontecer em suas promessas deu lugar ao prefeito sumido. Não deve ser nada fácil para a Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de São Luís, por mais competência que tenha a equipe, trabalhar uma imagem positiva de seu gestor se ele não colabora, prefere se esconder, se manter na burocracia de gabinete, apenas despachando papéis e recebendo vereadores e outras autoridades. Além de se perguntar onde está Edivaldo Holanda Júnior, há outras perguntas que não querem calar, isso para não entrar no mérito religioso, já que o Estado é laico. Enfim, ao que parece, o prefeito prefere entrar pra história com esse perfil de gestor que tem medo de enfrentar os problemas de frente, enclausurado em palácio, enquanto a população sofre com ruas e avenidas esburacadas, alagamentos, saúde e educação de péssima qualidade, trânsito caótico, entre outras mazelas. Mas, se quiser também pode mudar essa imagem, buscando se aproximar mais de seus eleitores e de sua cidade. As redes sociais são um bom termômetro do quanto a população se queixa do “sumiço” do prefeito JOSÉ SARNEY “O Maranhão é uma saudade que dói e não passa. Não o esqueço um só dia, um só instante. É amor demais. Maranhão, minha terra, minha paixão.” CABALAU UM DIA COMO HOJE SOBE E DESCE JOSÉ LUIZ TEJON MEGIDO A crise da carne V ale, após mais de uma semana, comentar o lado positivo que a crise da carne trouxe para o Brasil. Sim, prejudicou a imagem. Em um dia detonou um esforço considerável que colocou o Brasil no lugar de maior exportador de frangos do mundo e no 4º maior em suínos. Prejudicou cerca de quatro milhões de famílias envolvidas com aves e suínos no país. E isso em troca de corrupção envolvendo, a princípio, 21 plantas frigoríficas em meio a 4.800. Sem dúvida uma overdose imprópria, pois a diferença entre o remédio e o veneno estará sempre na dimensão da dosagem. Mas, nessa guerra surgiram brasileiros corajosos que puxaram para si a briga e sem medo ficaram expostos ao país e ao mundo. Pessoas como o próprio Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e Antônio Jorge Camardelli, Presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC). E gostaria de salientar um líder que apareceu fortemente em meio a essa crise, não apenas com sua competência técnica e de conhecimento do setor, mas também com uma alma, uma alma humana e carismática, um destaque na comunicação, não apenas com as classes empresariais, mas falando com o povo, de maneira honesta, íntegra e passando confiança de verdade. Trata-se do Francisco Turra. Gaúcho, que chegou a estudar para padre, quase foi um jesuíta. Foi também Ministro da Agricultura no passado e hoje é o presidente da Associação Brasileira da Proteína Animal (ABPA), conjugando nessa entidade fundamentalmente a produção de aves e suínos. Em suas manifestações, Francisco Turra fala da necessidade de ponderação e de responsabilidade, reafirma que a verdade sobre a produção da proteína animal brasileira será restabelecida. E conclama como parte da oração do pai nosso, em que pedimos para não cair em tentação. O ex-ministro declara: não caiam em tentações fáceis. O que ele quer dizer: na desgraça que significa a generalização simplória, barata e superficial, ele pede, se atenham aos fatos concretos. E de novo, falamos em nome de mais de quatro milhões de famílias envolvidas no país, com aves, e suínos. E do Francisco Turra, assistimos algo que tanto estamos precisando no país, de um homem sério, íntegro e que ao mesmo tempo consegue chegar aos cérebros humanos através da palavra que toca o coração, a voz da alma. E em uma de suas manifestações ele disse: vamos superar com muito trabalho as adversidades, confiando, pelo bem do Brasil. Com certeza, o Brasil não será mais o mesmo depois de todas essas operações da Polícia Federal, e o agronegócio não será mais o mesmo depois da crise da carne. Estará mais unido, reunido e compreendendo a importância da gestão de precisão das cadeias produtivas e da revelação de vozes que sejam capazes, mas que sejam também talentosas na confiança de como suas vozes ecoam, e surfam as ondas de todas as mídias. Parabéns Francisco Turra, uma voz que cresceu em meio ao caos da crise, que já vai passando. Conselheiro fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM Mestre e doutor em Direito - reitor da UNINASSAU - Centro Universitá- rio Maurício de Nassau - fundador e presidente do Conselho de Admi- nistração do Grupo Ser Educacional E-mail: [email protected] Nessa guerra surgiram brasileiros corajosos que puxaram para si a briga JANGUIÊ DINIZ Exportação de carne e impacto na economia T alvez alguns não saibam, mas o Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo e o maior exportador. As carnes brasileiras são o terceiro maior produto de exportação do País e símbolo de qualidade para mais de 150 países. Porém, esse padrão de qualidade foi questionado com a deflagração da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que revelou esquemas de propinas para alteração de datas de validade, injeção de água nos produtos para aumento de peso e até a mistura de papelão nas carnes. O escândalo, que se espalhou rapidamente pela imprensa nacional e mundial, deixou dúvidas em relação à qualidade da carne brasileira e levou os principais compradores do Brasil a pedirem suspensão das encomendas dos frigoríficos suspeitos. Como um efeito cascata, a China, União Europeia, Coreia do Sul e Chile anunciaram a suspensão temporária da compra do produto brasileiro. Nacionalmente, a Operação Carne Fraca já teria o potencial de causar estragos no mercado interno. Afinal, este é um produto de alto valor para as famílias brasileiras e ninguém quer comprar ou consumir uma carne estragada. Esse é o mesmo pensamento que os consumidores externos têm, neste momento, da carne brasileira. O Brasil levou anos para atingir os mercados mais respeitados do mundo - a exportação de carne bovina ganhou força em meados de 2000 - e agora, graças à corrupção que afeta todos os setores do país, o segmento está com a imagem abalada. No ano passado, as exportações brasileiras do produto somaram mais de US$ 14 bilhões, cerca de R$ 43 bilhões, ou 7,5% do total exportado, ficando atrás apenas do minério de ferro e da soja. Agora, após a deflagração da Operação, o Ministério da Agricultura calcula US$ 1,5 bilhões de dólares de prejuízo. Já a Associação de Comércio Exterior calcula perda de US$ 2,7 bilhões neste ano e a exportação do produto deve cair 20%. Os dados não devem parar por aí. Segundo estimativa da consultoria LCA consultores, se todos os países fecharem as portas ao produto brasileiro, sendo este o pior cenário, o impacto no PIB pode ser de até 1 ponto porcentual. Ou seja, se a previsão oficial do governo, que deve ser revisada para baixo nos próximos dias, é de crescimento de 1% para 2017, caso a hipótese mais pessimista se confirme, a recuperação econômica do país só começaria a ser vista em 2018. De tudo o que é produzido anualmente, o Brasil exporta menos de 20% do que produz de carne bovina, 18% de suínos e 30% de frango. Entretanto, o setor agropecuário brasileiro passou anos para conquistar o mercado externo. Algumas décadas atrás, foi preciso muita negociação e atingir altos padrões de qualidade para garantir que a carne nacional estava livre da febre aftosa - doença que atingiu rebanhos de inúmeros países do mundo. Agora, mais uma vez, nosso produto será questionado por sua qualidade. É claro que os países estrangeiros colocarão dúvidas sobre o nosso produto, por questões empresariais e sanitárias. Dizer que voltaremos à estaca zero nesse setor do mercado exterior é uma posição muito radical, mas este é um caso que irá prejudicar, diretamente, a recuperação econômica brasileira. No entanto, essa crise leva ao mesmo problema que tem feito o Brasil desandar: a corrupção e, neste caso, a necessidade de melhorias nas políticas de avaliação de qualidade dos produtos. O escândalo, que se espalhou pela imprensa deixou dúvidas em relação à carne 10 de abril de 1919 Foi assassinado, numa emboscada, Emiliano Zapata (Emiliano Zapata Salazar), em Chinameca, México. Considerado um dos heróis nacionais mexicanos, era conhecido como Caudilho do Sul. Nasceu em San Miguel Anenecuilco, em 08.08.1879. Zapata Salazar foi um dos líderes mais importantes durante a Revolução Mexicana contra a ditadura de Porfirio Díaz. de 1955 Morreu Teilhard de Chardin (Pierre Teilhard de Chardin), em Nova Iorque. Padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês que logrou construir uma visão integradora entre ciência e teologia. Legou-nos uma filosofia que reconcilia a ciência do mundo material com as forças sagradas do divino e sua teologia. de 1984 Um milhão de pessoas reunidas no Rio de Janeiro pedem a eleição direta do sucessor do presidente João Batista Figueiredo. Um comício pelas eleições diretas para presidente, na Candelária (RJ), reúne 1 milhão de pessoas. Seis dias depois, outro comício no Vale do Anhangabaú (SP) transformou-se na maior manifestação pública da história. Diretora Comercial Madelon Araújo Gerente de Circulação Glauco Aguiar Coordenadora de Marketing: Rose Pinheiro Atendimento ao assinante: segunda a sexta, de 8h às 18h sábado e domingo de 8h às 11h Clube do assinante: oestadoma.com.br/clube Assine O Estado: Tel.: (98) 3215.5123 www.oestadoma.com.br e-mail: [email protected] segunda a sexta, de 8h às 20h Publicidade O Estado: E-mail: [email protected] Tel.: (98) 3215 5105 | Fax: (98) 32155.125 Representantes Nacionais: (98) 3215.5100 Classificadão Tel.: (98) 3215.5000 | Fax: (98) 3215.5034 classifi[email protected] segunda a sexta, de 8h às 20h classificadaoma.com.br segunda a sexta, de 8h às 19h Arquivo, Edições Anteriores Atendimento a bancas e jornaleiros Tel.: (98) 3215.5114 Comercial O Estado

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Page 1: Onde está o prefeito? - imirante.com fileassim ele vai “empurrando com a barriga

4 OPINIÃO São Luís, 10 de abril de 2017. Segunda-feira O Estado do Maranhão

FUNDADOR JOSÉ SARNEY E BANDEIRA TRIBUZI, PRESIDENTE TERESA SARNEY, DIRETOR DE REDAÇÃO CLÓVIS CABALAU, DIRETORA COMERCIALMADELON ARAÚJO, SECRETÁRIO DE REDAÇÃO ADEMIR SANTOS [email protected], COORDENADORA DE REDAÇÃO SELMA [email protected], COORDENADOR DE REPORTAGEM DANIEL MATOS [email protected]

Em entrevista à RádioBandeirantes, o técnico Titeafirmou que Neymar é omelhor jogador do mundonos últimos quatro meses.O treinador da seleçãobrasileira - primeiraclassificada para a Copa doMundo de 2018 - diz que oatacante do Barcelona vivea melhor fase da carreira.

O Estado do Maranhão não se responsabiliza por opiniões emitidas nesta seção. Os comentários, análises e pontos de vista expressos pelos colaboradores são de sua inteira responsabilidade. As cartas para esta seção devem ser enviadas com nome, númeroda carteira de identidade, endereço e telefone de contato. Os textos devem ser enviados para a Redação em nome do editor de Opinião, Avenida Ana Jansen, 200 - Bairro São Francisco - São Luís-MA - CEP 65.076-902, ou para os e-mails: [email protected] [email protected], ou pelo fax (98) 3215-5054.

Com um histórico de poucaspolêmicas na carreira e famade "bom moço", o camisa 10do Real Madrid viu sua vidavirar de cabeça para baixorecentemente, envolvendo-seem confusões com o técnicoZinedine Zidane, torcedoresdo Real Madrid e da seleção colombiana.

EDITORIAL

Onde está o prefeito?O

estúdio americano Hanna-Barbera foiresponsável pela criação de grandesclássicos do desenho animado, entreos quais o jacaré Wally Gator, que vivia

num jardim zoológico, cheio de mordomias.No entanto, era inquieto, pois seu propósitoera fugir sempre para a cidade.

E assim, a cada episódio Wally fugia paradesespero do tratador do zoológico, quesempre se preguntava: onde está Wally?

Fazendo uma analogia do personagemWally com o prefeito Edivaldo HolandaJúnior, se observa algumas afinidades eoutras nem tanto. Com certeza o prefeito viveno Palácio La Ravadière cercado dasmordomias que o cargo lhe permite. Mas, aocontrário de Wally, ele não é muito afeito àcidade, não gosta de fugir do gabinete parater contato com a população.

Enquanto no mundo da fantasia dodesenho animado o Sr. Twiddles, tratador dozoológico, procurava por Wally, no mundo real

de São Luís do Maranhão, a população quersaber: onde está Edivaldo Holanda Júnior?

Uma cidade que já vive sobressaltada pelacrescente escalada da violência em todas assuas faces, se sentedesassistida, órfã, de umgestor municipal. As redessociais são um bomtermômetro do termômetrodo quanto a população sequeixa do “sumiço” doprefeito.

São diversos osproblemas da cidade, mas oprefeito não mede esforços,por meio do faz de contaque não é comigo, em dar ascostas para as necessidades da população. Eassim ele vai “empurrando com a barriga”desde que sentou na cadeira do Palácio LaRavadière em janeiro de 2013. Com essaatitude, nem parece que foi vereador por

dois mandatos na capital maranhense etinha a obrigação de conhecer e estar maisperto do povo.

Interessante é quedurante a campanhaeleitoral outro EdivaldoHolanda aparece. Eleencarna o personagem dehomem do povo, quearregaça as mangas, quepega sol e chuva, quetoma café em feiras emercados e se misturacom a massa.

Só que tudo mudaquando a eleição é ganha.O candidato, figurinha

fácil em todos os cantos da cidade, noprograma eleitoral, na imprensa, dizendoque ia fazer e acontecer em suas promessasdeu lugar ao prefeito sumido.

Não deve ser nada fácil para a Secretaria de

Comunicação Social da Prefeitura de São Luís,por mais competência que tenha a equipe,trabalhar uma imagem positiva de seu gestorse ele não colabora, prefere se esconder, semanter na burocracia de gabinete, apenasdespachando papéis e recebendo vereadores eoutras autoridades.

Além de se perguntar onde está EdivaldoHolanda Júnior, há outras perguntas que nãoquerem calar, isso para não entrar no méritoreligioso, já que o Estado é laico.

Enfim, ao que parece, o prefeito prefereentrar pra história com esse perfil de gestorque tem medo de enfrentar os problemas defrente, enclausurado em palácio, enquanto apopulação sofre com ruas e avenidasesburacadas, alagamentos, saúde e educaçãode péssima qualidade, trânsito caótico, entreoutras mazelas.

Mas, se quiser também pode mudar essaimagem, buscando se aproximar mais de seuseleitores e de sua cidade.

As redes sociais são um bomtermômetro do quanto a população se queixa do “sumiço” do prefeito

JOSÉ SARNEY

“O Maranhão é uma saudade que dói enão passa. Não o esqueço um só dia, umsó instante. É amor demais. Maranhão,minha terra, minha paixão.”

CABALAU

UM DIA COMO HOJE SOBE E DESCE

JOSÉ LUIZ TEJON MEGIDO

A crise da carne

Vale, após mais de uma semana, comentar olado positivo que a crise da carne trouxe parao Brasil.Sim, prejudicou a imagem. Em um dia

detonou um esforço considerável que colocou oBrasil no lugar de maior exportador de frangos domundo e no 4º maior em suínos. Prejudicou cerca dequatro milhões de famílias envolvidas com aves esuínos no país. E isso em troca de corrupçãoenvolvendo, a princípio, 21 plantas frigoríficas emmeio a 4.800. Sem dúvida uma overdose imprópria,pois a diferença entre o remédio e o veneno estarásempre na dimensão da dosagem.

Mas, nessa guerra surgiram brasileiros corajososque puxaram para si a briga e sem medo ficaramexpostos ao país e ao mundo. Pessoas como o próprioMinistro da Agricultura, Blairo Maggi, e Antônio JorgeCamardelli, Presidente da Associação Brasileira dasIndústrias Exportadoras de Carne (ABIEC).

E gostaria de salientar um líder que apareceufortemente em meio a essa crise, não apenas com suacompetência técnica e de conhecimento do setor, mastambém com uma alma, uma alma humana ecarismática, um destaque na comunicação, nãoapenas com as classes empresariais, mas falando como povo, de maneira honesta, íntegra e passandoconfiança de verdade.

Trata-se do Francisco Turra. Gaúcho, que chegou aestudar para padre, quase foi um jesuíta. Foi tambémMinistro da Agricultura no passado e hoje é opresidente da Associação Brasileira da Proteína Animal(ABPA), conjugando nessa entidadefundamentalmente a produção de aves e suínos.

Em suas manifestações, Francisco Turra fala da

necessidade de ponderação e de responsabilidade,reafirma que a verdade sobre a produção da proteínaanimal brasileira será restabelecida. E conclama comoparte da oração do pai nosso, em que pedimos paranão cair em tentação. O ex-ministro declara: nãocaiam em tentações fáceis. O que ele quer dizer: nadesgraça que significa a generalização simplória,barata e superficial, ele pede, se atenham aos fatosconcretos. E de novo, falamos em nome de mais dequatro milhões de famílias envolvidas no país, comaves, e suínos.

E do Francisco Turra, assistimos algo que tantoestamos precisando no país, de um homem sério,íntegro e que ao mesmo tempo consegue chegar aoscérebros humanos através da palavra que toca ocoração, a voz da alma. E em uma de suas manifestaçõesele disse: vamos superar com muito trabalho asadversidades, confiando, pelo bem do Brasil.

Com certeza, o Brasil não será mais o mesmodepois de todas essas operações da Polícia Federal, e oagronegócio não será mais o mesmo depois da criseda carne. Estará mais unido, reunido ecompreendendo a importância da gestão de precisãodas cadeias produtivas e da revelação de vozes quesejam capazes, mas que sejam também talentosas naconfiança de como suas vozes ecoam, e surfam asondas de todas as mídias.

Parabéns Francisco Turra, uma voz que cresceu emmeio ao caos da crise, que já vai passando.

Conselheiro fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS)e dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM

Mestre e doutor em Direito - reitor da UNINASSAU - Centro Universitá-rio Maurício de Nassau - fundador e presidente do Conselho de Admi-nistração do Grupo Ser EducacionalE-mail: [email protected]

Nessa guerra surgirambrasileiros corajosos quepuxaram para si a briga

JANGUIÊ DINIZ

Exportação decarne e impactona economia

Talvez alguns não saibam, mas o Brasil é o segundomaior produtor de carne bovina do mundo e o maiorexportador. As carnes brasileiras são o terceiro maiorproduto de exportação do País e símbolo de

qualidade para mais de 150 países. Porém, esse padrão dequalidade foi questionado com a deflagração da OperaçãoCarne Fraca, da Polícia Federal, que revelou esquemas depropinas para alteração de datas de validade, injeção deágua nos produtos para aumento de peso e até a mistura depapelão nas carnes.

O escândalo, que se espalhou rapidamente pelaimprensa nacional e mundial, deixou dúvidas em relação àqualidade da carne brasileira e levou os principaiscompradores do Brasil a pedirem suspensão dasencomendas dos frigoríficos suspeitos. Como um efeitocascata, a China, União Europeia, Coreia do Sul e Chileanunciaram a suspensão temporária da compra doproduto brasileiro.

Nacionalmente, a Operação Carne Fraca já teria opotencial de causar estragos no mercado interno. Afinal,este é um produto de alto valor para as famílias brasileiras eninguém quer comprar ou consumir uma carne estragada.Esse é o mesmo pensamento que os consumidores externostêm, neste momento, da carne brasileira. O Brasil levouanos para atingir os mercados mais respeitados do mundo -a exportação de carne bovina ganhou força em meados de2000 - e agora, graças à corrupção que afeta todos os setoresdo país, o segmento está com a imagem abalada.

No ano passado, as exportações brasileiras do produtosomaram mais de US$ 14 bilhões, cerca de R$ 43 bilhões, ou7,5% do total exportado, ficando atrás apenas do minério de

ferro e da soja. Agora, após a deflagração da Operação, oMinistério da Agricultura calcula US$ 1,5 bilhões de dólaresde prejuízo. Já a Associação de Comércio Exterior calculaperda de US$ 2,7 bilhões neste ano e a exportação doproduto deve cair 20%.

Os dados não devem parar por aí. Segundo estimativa daconsultoria LCA consultores, se todos os países fecharem asportas ao produto brasileiro, sendo este o pior cenário, oimpacto no PIB pode ser de até 1 ponto porcentual. Ou seja,se a previsão oficial do governo, que deve ser revisada parabaixo nos próximos dias, é de crescimento de 1% para 2017,caso a hipótese mais pessimista se confirme, a recuperaçãoeconômica do país só começaria a ser vista em 2018.

De tudo o que é produzido anualmente, o Brasil exportamenos de 20% do que produz de carne bovina, 18% desuínos e 30% de frango. Entretanto, o setor agropecuáriobrasileiro passou anos para conquistar o mercado externo.Algumas décadas atrás, foi preciso muita negociação eatingir altos padrões de qualidade para garantir que a carnenacional estava livre da febre aftosa - doença que atingiurebanhos de inúmeros países do mundo. Agora, mais umavez, nosso produto será questionado por sua qualidade. Éclaro que os países estrangeiros colocarão dúvidas sobre onosso produto, por questões empresariais e sanitárias.

Dizer que voltaremos à estaca zero nesse setor domercado exterior é uma posição muito radical, mas este éum caso que irá prejudicar, diretamente, a recuperaçãoeconômica brasileira. No entanto, essa crise leva ao mesmoproblema que tem feito o Brasil desandar: a corrupção e,neste caso, a necessidade de melhorias nas políticas deavaliação de qualidade dos produtos.

O escândalo, que se espalhoupela imprensa deixoudúvidas em relação à carne

10 de abril

de1919

Foi assassinado, numa emboscada,Emiliano Zapata (Emiliano ZapataSalazar), em Chinameca, México.Considerado um dos heróis nacionaismexicanos, era conhecido comoCaudilho do Sul. Nasceu em SanMiguel Anenecuilco, em 08.08.1879.Zapata Salazar foi um dos líderes mais importantes durante a Revolução Mexicana contra a ditadura de Porfirio Díaz.

de1955

Morreu Teilhard de Chardin (PierreTeilhard de Chardin), em NovaIorque. Padre jesuíta, teólogo,filósofo e paleontólogo francês quelogrou construir uma visãointegradora entre ciência e teologia.Legou-nos uma filosofia quereconcilia a ciência do mundomaterial com as forças sagradas dodivino e sua teologia.

de1984

Um milhão de pessoas reunidas no Riode Janeiro pedem a eleição direta dosucessor do presidente João BatistaFigueiredo. Um comício pelas eleiçõesdiretas para presidente, na Candelária(RJ), reúne 1 milhão de pessoas. Seisdias depois, outro comício no Vale doAnhangabaú (SP) transformou-se namaior manifestação pública da história.

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