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DISTRIBUIÇÃO Programa 2012 prepara a EDP para o futuro RESULTADOS Lucros aumentam 5% em relação a 2009 REDES SOCIAIS EDP nas novas plataformas de comunicação SPOTLIGHT Administradores falam sobre os desafios da Distribuição Energia sem limites · fevereiro | março * 2011 Nº21 QUEM É QUEM António Sarmento fala sobre o projeto Windfloat EDP WAY Programa faz balanço de dois anos EM DEBATE As vantagens do outsourcing nas diferentes geografias

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Programa 2012 prepara a EDP para o futuro REDES SOCIAIS QUEM É QUEM Energia sem limites · fevereiro | março * 2011 Nº21 EDP nas novas plataformas de comunicação Programa faz balanço de dois anos Lucros aumentam 5% em relação a 2009 As vantagens do outsourcing nas diferentes geografias António Sarmento fala sobre o projeto Windfloat Administradores falam sobre os desafios da Distribuição

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DISTRIBUIÇÃOPrograma 2012 prepara

a EDP para o futuro

RESULTADOSLucros aumentam 5%

em relação a 2009

REDES SOCIAISEDP nas novas plataformas

de comunicação

SPOTLIGHTAdministradores falam sobre os desafios da Distribuição

Energia sem limites · fevereiro | março* 2011 Nº21

QUEM É QUEMAntónio Sarmento fala sobre o projeto Windfloat

EDP WAY Programa faz balanço de dois anos

EM DEBATEAs vantagens do outsourcingnas diferentes geografias

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o n 3

editorial

ra inevitável. O impacto das redes sociais nasociedade levou a que empresas repensassem osseus paradigmas e desenvolvessem novas liga-ções. A construção da imagem de uma empresa,e dos produtos e serviços que oferece, passou aser coletiva. É um novo mundo, em formação,para o qual temos de estar preparados. Querendo ou não, a empresa é comentada,positiva e negativamente. E se estiver forado meio a sua capacidade de reação fica maislimitada.

Este é mais um desafio para pensar “fora da caixa”. As redes sociais são comoportas que se abrem para o mundo inteiro, para ser explorado e conquistado.Vários estudos indicam que o número de internautas em redes sociais ultra-passará, até 2012, os 800 milhões. O que significa que será cada vez mais difícilpara uma empresa acompanhar todo o conteúdo que entra e sai da sua rede.

E se os consumidores são fortes para apoiar ou eliminar uma marca, oscolaboradores também são elementos fundamentais na construção da ima-gem de uma empresa: há que ter consciência de que o perigo proporcionadopelas redes sociais pode ter origem dentro da própria companhia. Umsimples comentário pode destruir o que levou tanto tempo a construir.

O regulamento para a utilização das redes sociais é, neste sentido, umaferramenta essencial para cada um dos colaboradores. Este manual de boaspráticas, que pode ser consultado na íntegra na intranet, pretende acima detudo, salvaguardar a imagem corporativa. Estabelecer regras, definir limites,orientar os colaboradores para uma nova forma de comunicação ondeestamos ainda todos a aprender.

O Grupo EDP, como reconhecido player internacional que é, não podiaficar à margem desta forma de comunicação globalizada. Os negócios devemtornar-se sociais ou ficarão para trás. Queremos estar mais perto dos nossosclientes, colaboradores, fornecedores, investidores, sempre com a mesmapolítica de abertura e transparência que nos caracteriza.

De que está à espera para se tornar nosso amigo?

Queremos estar mais perto dos nossos clientes, colaboradores,fornecedores, investidores, sempre com a mesma política de abertura e transparência que nos caracteriza

EDP nas redessociais: Like!

on

Paulo Campos CostaDirector de Marca e Comunicação E

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Page 4: On Comum 21

On é uma edição bimestral

Proprietário EDP – Energias de Portugal, SAPraça Marquês de Pombal, 12, 1250-162 Lisboa Tel: 210 012 680 Fax: 210 012 910 [email protected] Diretor Paulo Campos Costa

Editora Península Press SLRua dos Correeiros 120, 4º esq , 1100-168 LisboaAdministrador executivo Stella Klauhs [email protected] Redação Eduardo Marino (editor), Joana Peres (redactora), Arte Marta Conceição, André Noivo Fotografia Hugo Gamboa, José Reis e Adelino Oliveira, iStockphoto, SXC Revisão Ana Godinho Coordenação EDP Margarida GlóriaDistribuição gratuita Portugal – 23.000 exemplares; Espanha – 2.000 exemplares; Brasil – 2.500 exemplares; Renew – 500 exemplaresLisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, Rua Consiglieri Pedroso, nº90, Casal de Sta. Leopoldina, 2730-053 Barcarena - Portugal Telf. +351 21434 54 00; Fax. +351 21 436 01 83

Isenta de registo na E.R.C., ao abrigo do decreto regulamentar 8/6, artigo 12º nº1-a

Esta publicação foi escrita ao abrigo do novo acordo ortográfico4 o n

índice fevereiro | março

Execução, envolvimento, simplicidade e inovação. Estas são as principais mensagens do Programa 2012, cujo objetivo é preparar a EDP Distribuição para os grandesdesafios dos próximos anos

Ensaio FotográficoO grupo de fotografia da Central Térmica de Aboño mostraalgumas das melhoresfotos do seu portfólio

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04_05_INDICE:Layout 1 11/04/05 13:47 Page 4

Page 5: On Comum 21

índice

o n 5

6 fórumPerguntámos aos colaboradores EDP, qual a área que mais contribuirá, nos próximos cinco anos, para odesenvolvimento sustentável do Grupo

7 bolsa

8/9 mercado2º Encontro dos Fornecedores, em Gaia, em destaque

10/17 cultura edpO balanço do programa EDP Way, a EDP nas redes sociais e a apresentação dosresultados de 2010 do Grupo EDP são alguns dos temas a não perder

22/25 inovaçãoA HC Energía é responsável pela primeirainstalação de micro-cogeração plenamenteoperativa nas Astúrias

46/48 capital humano“Ser Líder EDP” reforça competências de liderança

50/51 a nossa energiaAs notícias que ligam os centros produtores às comunidades envolventes

64 em destaqueJoaquín Suárez Saro, chefe do ServiçoJurídico de Regulação da HC Energía

34

Os colaboradores do Grupo EDPempenharam-se a fundo na campanha de recolha de bens e conseguiram juntar 73 toneladas de bens! Conheça os resultadosem Portugal, Espanha e Brasil

em foco Retrato daDistribuição no Grupo EDP

Quem é Quem? António Sarmento,presidente da Direção do Centro de Energia das Ondas

42

Spotlight: Entrevista com MiguelStilwell D’Andrade,Ângelo Sarmento e João Torres

18

26

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fórum*INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO · A On pergunta

6 o n

Na EDP, a área de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (I&D+i) está alinhada com os seus pilares estratégicos: CrescimentoOrientado, desenvolvendo projetos que contribuam para os planos de crescimento sustentado da EDP; Eficiência Superior, procurandosoluções que permitam aumentar a eficiência dos processos produtivos; Risco Controlado, desenvolvendo projectos que permitammitigar a exposição da EDP a riscos, nomeadamente de regulação, ambientais e de negócio. Na sua opinião, qual a área que mais contribuirá, nos próximos cinco anos, para o desenvolvimento sustentável do Grupo?

“Tendo em conta as novas filosofiasambientais e a política de uma maiseficiente sustentabilidade com o ónussempre alto preço do petróleo, pensoque a mobilidade elétrica irá afirmar-sedefinitivamente.”

“Es muy importante que toda la energiaque se produce se gestionecorrectamente (que existan unas redesde suministro inteligentes). Y que sudistribucion se haga de la mismamanera.”

“A aposta deverá ser na remodelaçãoda rede de distribuição que permita aentrada em funcionamento progressiva(com resultados mensuráveis) de smartgrids e micro grids que potenciamserviços inovadores, de valoracrescentado para os clientes EDP.”

“Considero que la distribución deenergía con las pérdidas asociadas esel punto donde se deben concentrar losesfuerzos para un desarrollo mássostenible, si bien tengo dudas de queantes de los próximos cinco años sedesarrolle.”

“Sem dúvida acho que as smart grid sãoo futuro, como a Internet foi para ascomunicações e a globalização dosnegócios e conhecimento. O seu grandeboom não será - talvez - nos próximoscinco anos, mas vão dar-se (nesseperíodo) passos muito importantes paraessa realidade estar ao alcance demuitos "prossumidores".

“Hay más áreas que podrían contribuiral desarrollo sostenible, una de ellas esla de Recursos Humanos ya que el

desarrollo sostenible implica un buenfuncionamiento de la empresa deforma eficiente; y para ello hay quetener en cuenta a los colaboradoresque hacen que eso sea posible.”

“A instabilidade sociopolítica dos paísesárabes produtores de petróleo e anecessidade de baixar as emissões deCO2 para manter o equilíbrio ecológicoé condição essencial para que serecorra à produção de energia atravésde fontes renováveis, que garantirão asustentabilidade energética mundial eeconómica das empresas do setor.”

“A produção de energia, em especial nasua componente hídrica, vai certamentecontribuir para a sustentabilidade amédio e longo prazo das novas práticasde consumo energético.

Nos próximos cinco anos, os efeitos a este nível serão ainda incipientes,mas far-se-ão já notar com a entradaem serviço industrial dos reforços depotência de Picote, Bemposta eAlqueva. A otimização do sistema de geração (designadamente ao nível da sua dicotomia geraçãoeólica/produção hídrica (sistemareversível) vai fazer-se sentir.”

“Acredito que no âmbito daliberalização do mercado será desejávela menor perda de clientes possível,principalmente os clientes importantes,pelo que penso que a "área deMercados e Serviços de ValorAcrescentado-marketing", poderá ter um grande peso para o desenvolvimento sustentável da Empresa.”

• Energias Renováveis (offshore: eólico e ondas; solar): 161 respostas 28,6%

• Produção de energia (geração limpa e captura e sequestro de CO2): 112 respostas 20%• Eficiência Energética: 96 respostas 17%• Novas tecnologias de distribuição de energia (“smart grids” e “micro grids”): 93 respostas 16,5%

• Mobilidade Elétrica: 65 respostas 11,5%• Mercados e Serviços de Valor Acrescentado – marketing: 21 respostas 3,7%

• Tecnologias de Informação – “webização” do negócio: 15 respostas 2,7%

0

5

10

15

20

25

30

TecnologiasMercadosProduçãode Energia

SmartGrids

EficiênciaEnergética

MobilidadeElétrica

EnergiasRenováveis

COMENTÁRIOS

PERGUNTÁMOS AOS COLABORADORESE RECEBEMOS 563 RESPOSTAS

I&D+i

06_FORUM:Layout 1 11/04/01 14:27 Page 6

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os cordões da bolsa

o n 7

0,0

0,5

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1,5

2,0

2,5

3,0

11/03/0311/02/0311/01/03

EDP Portugal 2,90

11/03/0311/02/0311/01/03

EDP Brasil

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EDP Renováveis

11/03/0311/02/0311/01/03

0

1

2

3

4

54,55

Valor em Euros (de 1 de janeiro a 3 de março)

Valor em Reais (de 1 de janeiro a 3 de março)

Valor em Euros (de 1 de janeiro a 3 de março)

Analista

USB

N+1

BoA - Merrill Lynch

JP Morgan

BPI

Goldman Sachs

BES

Fidentiis

Collins Stewarts

Société Generale

Data

09/mar/2011

07/mar/2011

07/mar/2011

25/fev/2011

24/fev/2011

17/fev/2011

17/fev/2011

16/fev/2011

21/jan/2011

18/jan/2011

Recomendação

Neutro

Neutro

Comprar

Acomular

Reter

Compra

Compra

Reter

Compra

Compra

Preço

2,75

2,85

3,15

3,50

2,75

3,60

3,30

2,91

3,25

3,00

Movimentações de bolsa entre18 de janeiro e 09 de março

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mercado

8 o n

Negócios da EDP

P elo segundo ano, o Grupo EDP realizou o Dia do Fornecedor, ondefoi apresentado o plano de investimento da EDP, dandoassim a possibilidade de, com antecedência, se prepararem para

os concursos a lançar, quer em Portugal, quer no estrangeiro. Para 2011e 2012, o plano de investimentos previsto mantém-se: ascende a cercade dois mil milhões de euros em cada ano, dos quais 1,5 mil milhões, emPortugal. E para dar resposta aos investimentos previstos, os fornecedo-res têm um papel preponderante. Hoje, são já as empresas portuguesasas maiores fornecedoras da EDP: num ano, essa percentagem subiu 10%(de 20 para 30%). “As empresas portuguesas estão mais preparadas, maisinformadas. Perante esta situação, conseguem programar melhor os seusrecursos”, garantiu António Mexia. Nos últimos três anos, a EDP apoioua internacionalização de mais de 100 empresas portuguesas com umvolume de consultas de cerca 500 milhões de euros.

Em Vila Nova de Gaia, cerca de 200 fornecedores vislumbraramnovas oportunidades de negócio – nas áreas de distribuição, produção,

renováveis e gás – não só em Portugal, mas noutras geografias onde oGrupo desenvolve atividades. Segundo Nuno Alves, CFO da EDP, oobjetivo da EDP é também procurar que os parceiros em Portugal se in-ternacionalizem. De acordo com Luís Marques Ferreira, da EDPValor, entre junho de 2009 e dezembro 2010, 72 empresas portuguesasforam consultadas pela EDP para negócios fora de Portugal e aceitaramo desafio de internacionalização.

Mas o negócio deve também ser sustentável socialmente. Prova dissoé o envolvimento que o Grupo EDP e os seus fornecedores têm para comas comunidades onde desenvolvem a sua atividade, criando emprego emelhores condições de vida. Sérgio Figueiredo, administrador-delegadoda Fundação, lançou, neste dia, um desafio aos fornecedores: “Vamos darparte de nós”, é o programa de voluntariado da EDP para que cada um,através de materiais, apoio técnico, gestão de equipas, mão-de-obra e contribuições monetárias, possa contribuir para mudar as condições dealguns estabelecimentos de saúde.

Relações mais produtivas 2.º Encontro de Fornecedores

Os clientes da HC Energía são os mais fiéisdo setor energético espanhol. Esta é umadas conclusões do último relatório da Comissão Nacional de Energia (CNE) sobrea análise do abastecimento de cada um dosprincipais grupos empresariais de distribui-ção em Espanha. O grau de permanênciachega aos 94%.

O utilizador final, apesar de ter a possibilida-de de contratar o abastecimento a uma em-presa diferente da empresa distribuidora, continua a preferir a HC Energía. Além disso,a HC entrou no mercado de distribuição naconcorrência: tem uma quota de comerciali-zação de 23% na E. On, detém 5% na Iberdro-la, tem uma quota de 1% na Gas Natural

Fenosa. Dados do mesmo relatório, apon-tam que nenhuma outra empresa elétricamantém um tão elevado grau de lealdadepor parte dos seus clientes, superando assim, entre 8 e 13 pontos percentuais, aEndesa e a Iberdrola, que conservam 86%e 81% dos clientes nos seus respectivosambientes naturais.

HC Energía: os clientes confiam!

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mercado

o n 9

A Naturgas Energía superou recentemente o número de 100.000 lares “duais” (clientes de gás e eletricidade), desta vez, no País Basco. Além disso, a empresa conta com mais de 116.000 serviçoscontratados de manutenção “Funciona”, para luz e gás. A Naturgasfoi o primeiro operador a lançar no mercado uma oferta dual, ou seja,uma oferta integrada de gás e eletricidade na mesma fatura, adicio-nada ao serviço “Funciona”, de manutenção e reparações de insta-lações de luz e gás.

O último relatório da Comissão Nacional da Energia (CNE), de novembro de 2010, destaca a oferta da Naturgas Energía e HC Energía como uma das melhores do mercado espanhol. Noutro relatório, o de Supervisão do Mercado Elétrico Minoritário a CNE afirma que “a empresa com maior percentagem de abastecimentosduais é o Grupo EDP (HC Energía e Naturgas Energía)".Através do serviço dual, o cliente obtém pontos que podem ser tro-cados por energia ou presentes mediante o programa de fidelização.

Devido à aquisição de uma novamáquina para produção de cabosde cobre de Muito Alta Tensão (MAT),assim como a criação de um novolaboratório de ensaios, a Solidalcontratou o serviço de aumento donível de tensão da EDP Serviços(EDPS), para passar do abastecimentoem nível Média Tensão (MT) para nívelAlta Tensão (AT).A EDPS projetou e construiu umasubestação com TP de 6 MVA-60 KV/15 KV e uma linha mista de 60 KV comcerca de 5.900 metros em parte aéreaem postes de ferro e de betão comcondutores em alumínio/aço de 160mm2 e parte subterrânea com cerca de 150 m em cabo LXHIOLE monopolarde 630 mm2.Devido à intervenção de aumento detensão pela EDPS, a Solidal conseguiuuma poupança tarifária anual de cercade 250.000 €, tendo a subestaçãoentrado em exploração em dezembrode 2009, ficando a EDPS responsávelpela manutenção e verificaçãoda qualidade do serviço através damonitorização para identificar soluções sobre a qualidade de energia.O Cliente Solidal – CondutoresElétricos S.A., sediado em Esposende,é um produtor e comercializadorde condutores elétricos.

Solidal: novo caso de sucesso da EDP Serviços

Naturgas: + de 100.000 clientes duais no País Basco

No final de 2010, decorreu a reunião de kickoff da renovada EDP Serviços, iniciati-va que teve como objectivo dar início à novafase de exploração e desenvolvimento donegócio de serviços energéticos do GrupoEDP. Esta reunião contou com a presençade todos os colaboradores da EDP Serviços, juntamente com o Conselho deAdministração e primeiras linhas da EDPComercial.Nesta reunião foi apresentada a nova estratégia e modelo organizacional daEDP Serviços, a visão de macro-proces-sos ao longo da cadeia de valor destes no-vos negócios do Grupo para dar apoio àsnovas prioridades e ao desafio de cresci-mento inerente, tal como às iniciativas

operacionais já em curso. Posteriormente,em janeiro de 2011, a EDP Serviços apresen-tou o seu Plano de Negócios para o biénio2011-2012, sessão de trabalho que contoucom a presença de todos os colaboradoresda empresa que, desta forma, puderam conhecer e debater os principais objetivos einiciativas da EDP Serviços, assim como dasrespetivas unidades de negócio para o perío-do em questão. Como forma de agradecimento e reconheci-mento formal pelo esforço e empenho de todos, aproveitou-se a ocasião, para a entre-ga de lembranças personalizadas a todos oscolaboradores que contribuíram para o sucesso e crescimento recente da EDP Serviços, como forma de celebrar a triplica-ção das vendas de serviços de energia emapenas três meses, no final de 2010.Estas sessões permitiram um maior alinha-mento e compromisso dos colaboradores daEDP Serviços com a estratégia da empresa,composta por um conjunto de objetivos am-biciosos e alavancada por uma crescenteaposta e empenho do Grupo EDP na área deserviços de energia.Saiba mais em: http://avs3.sl.pt

Novo impulso da EDP Serviços

A geração hídrica da HC Energía superou, pela primeira vez, um milhão de MWh. Em 2010, a geração da central hidráulica foi de 1.053.553 MWh, o que significa um incremento de produção de mais 10%, face ao recorde anterior, conseguido em 1996, de 940.481 MWh.

A central de geração é a mesma, com a diferença de que 2010 foi um ano com muita pluvio-sidade. Mas o crescimento deve-se, essencialmente, ao excelente comportamento das cen-trais de produção e de toda a equipa humana de geração.

Mais de um milhãode MWh

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10 o n

cultura edpLucro recorde de €1.079 milhões

Lucro: +5%(1.079 milhõesde euros)

EBITDA: +7%(€3.613 milhõesem 2010)

Poupança: +159milhões de euros

CapacidadeInstalada: +7%(21.990 MW)

Este é o melhor resultado de sempre doGrupo EDP excluindo ganhos extraordinários,sendo que estes resultados "são obtidos numcontexto de mercado muito difícil", comosublinhou António Mexia, CEO da EDP, na apre-sentação de resultados 2010, dia 3 de março.

Mais de metade dos resultados do Grupo,55%, tiveram origem nos 12 países onde aempresa está presente, com especial destaquepara o Brasil – através de uma apreciação doreal face ao euro, e da retoma da produção deeletricidade neste país – para o mercado regu-

lado do gás e para os Estados Unidos, país ondea EDP é o terceiro maior operador na área dasrenováveis.

Na apresentação de resultados, o CEO real-çou ainda "uma redução importante do custoda dívida", que permitiu estabilizar os resulta-dos financeiros do Grupo.

A EDP fechou 2010 com um lucro de 1.079milhões de euros (crescendo 5%) e um EBITDAde 3,61 mil milhões de euros, a subir 7%. Antó-nio Mexia valorizou as poupanças conseguidaspelo Grupo. "Com dois anos de antecedência

conseguiram-se os objectivos em termos deeficiência", afirmou o CEO da EDP, cuja poupan-ça chegou, em 2010, aos 159 milhões de euros.

Quanto à dívida, a EDP tem actualmente16,3 mil milhões de euros de dívida líquida,estimando chegar ao final do ano com umvalor “ligeiramente abaixo” desse nível, deacordo com o administrador financeiro daEDP, Nuno Alves.

Para este ano, o CEO está optimista. “Tomá-mos antecipadamente as medidas que noslevam a olhar com confiança para 2011.”

Os métodos mais eficientes e os valores que servem de exemplo

Os lucros da EDP, em 2010, aumentaram 5%, face ao ano anterior,para os 1.079 milhões de euros. Um resultado que ficou acima dos1.061 milhões previstos por vários analistas

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o n 11

Tecnologias de informaçãoreúnem-se em Óbidos

Óbidos foi a vila escolhida para receber asJornadas Ibéricas da DSI (Direção de Sistemasde Informação), nos dias 9 e 10 de dezembro,onde o balanço do ano de 2010 e os novos desa -fios para 2011 foram apresentados aos várioscolaboradores de Espanha e Portugal. No pri-meiro dia, António Vidigal, administrador daEDP Inovação, recebeu os participantes comuma palestra sobre inovação e tecnologiaseguindo-se um jantar. A sessão de trabalhoscomeçou cedo, no dia seguinte, com apresen-tações dos vários chefes e responsáveis deárea, entre eles, o diretor corporativo da DSI,Vergílio Rocha, e o diretor de comunicação,António Venâncio. A meio da manhã, houveainda tempo para uma atividade lúdica onde asredes sociais tiveram em destaque. As mesascom decorações alusivas a redes sociais, nocontexto contemporâneo e tecnológico da DSI,ganharam vida, quando os colaboradores ediretores criaram um perfil e imaginaram-se aocupar diferentes cargos, com a possibilidade

de fazerem um “like” e “comments” nas dife-rentes respostas.Deste encontro resultaram novos desafios. Esteano, a missão da DSI passa, não só pela redu-ção de custos, como em imprimir valor paratoda a família EDP, tendo sempre presente asmelhores práticas de TI. Informar, qualidade,segurança, eficiência e promover uma culturaúnica de grupo são os valores da DSI.Jorge Cruz de Morais, administrador do pelouroda DSI, encerrou a reunião focando o enquadra-mento estratégico, revelando as preocupaçõese expetativas associadas à função TI no Grupo.

Formacãoindooratravessa oAtlântico

A EDP abraçou o desafio da construção de umempreendimentotermoelétrico numa novageografia: central a carvãoem Pecém, no Brasil, tendoservindo, naturalmente, de modelo inspirador, a Central de Sines. A Produção Termoelétrica de Sines (PTSN) foi chamadaa participar ativamente na formação prática dosestagiários brasileiros, que serão direcionados para duas funções distintas:operadores de Sala e de Campo na CentralTermoelétrica do Pecém, no estado brasileiro doCeará. O estágio decorreuentre agosto e outubro, junto de colaboradores que desempenham funçõessemelhantes e envolvendooutros que pelas suascaracterísticas e áreas de atuação proporcionaramuma transmissão deconhecimentos maisenriquecedora emultifacetada.

o n 11

cultura edp

Prémios Reputação 2010

6 A Associação Portuguesa das Empresas de Conselho emComunicação e Relações Públicas (APECOM), lançou aprimeira edição dos Prémios Reputação 2010, que distinguiu osmelhores trabalhos e os melhores profissionais da comunica-ção empresarial e relações públicas. A EDP subiu ao palco, porseis vezes. Veja quais as categorias distinguidas pela APECOM:

• António Mexia, CEO da EDP: Personalidade de Comu-nicação do Ano;

• Projeto “A tua energia”: categoria de Energia, Ambientee Ecologia;

• “Relatório & Contas EDP”: categoria ComunicaçõesFinanceiras, Fusões e Aquisições;

• “Concerto na Barragem de Alqueva”: categoria Eventos; • “edpON, Televisão Corporativa”: categoria CorporateTV & Vídeo;

• “Revista ON”: categoria Publicações Empresariais.

“O foco na melhoria do quese está a fazer até agorasobre uma plataformaibérica integrada é um dosobjectivos da DSI para2011”, Jorge Cruz de Morais

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12 o n

cultura edp

Avaliação de qualidade

A Direção de Auditoria Interna (DAI) Ibérica recebeuum certificado do The Institute of Internal Auditors(IAI), dos EUA, como resultado da avaliação dequalidade da Função de Auditoria Interna do GrupoEDP, HC Energía, Naturgas Energía e EDP Renová-veis. A avaliação foi realizada por uma equipa deperitos independentes, recolheu o contributo diretoatravés de questionários e entrevistas individuais acerca de 140 colaboradores do Grupo EDP, a maioriados quais com responsabilidades na Alta Direção. O rating atribuído corresponde ao nível de “Geral-mente Cumpre” (GC), a mais alta classificaçãoconcedida pelo IAI. Independentemente da máxima

classificação obtida, foi possível capturar áreas demelhoria que serão desenvolvidas no próximoplano de atividades. Um certificado que só foipossível graças às opções estratégicas tomadaspela DAI, na adoção dos normativos internacionaisno exercício da função, do incondicional apoio dossupervisores e no empenho e determinação detodos os colaboradores.O futuro será marcado pela monitorização e manu-tenção contínua da qualidade necessária de acordocom a evolução do Grupo e da função, tendo emvista continuar a proporcionar o conforto apropriadoàs entidades de supervisão e clientes.

Azucena Viñuela, diretora corporativa

da DAI recebeu o certificado em Madrid,

por ocasião das Jornadas de Auditoria

Interna promovido pelo Instituto

de Auditores Internos de Espanha.

Desenvolver Valor“Não vamos ensinar-te a vestira camisola, vamos mostrar-te porque devessentir orgulho em vesti-la”, foi a mensagementregue a cada jovem da EDP Valor,acompanhada por uma t-shirt,que os deixou a pensar! “Como se explica a factura da EDP?”ou “Quais as diferenças entre as váriastecnologias de produção elétrica?”são algumas das questões, com queos colaboradores são confrontadose para as quais, às vezes, não têm a melhorresposta. O Programa Desenvolver Valorvisa integrar e dotar os participantesde ferramentas, que lhes permitamconhecer melhor o Grupo e colocar emprática novas atitudes e comportamentos.No primeiro dia, assistiram a umaapresentação dos “seniores” da EDP Valorcom informação sobre o Grupoe participaram no workshop “Técnicas paraApresentações no Estado da Arte”. No final,com os grupos formados pelas cores dast-shirts recebidas, foram sorteadosos desafios. Passadas três semanas,a Central do Ribatejo foi o local escolhidopara a apresentação dos trabalhos. Osjovens responderam às questões colocadasnos desafios, utilizando a informaçãoe as técnicas recebidas na primeira sessão.

QUEM?60 jovens com idade até aos 36; quadros e nãoquadros; divididos em 10 grupos heterogéneos.

PARTILHAR O PRESENTE,PREPARAR O FUTUROA macroestrutura da EDP Soluções Comer-ciais (EDPSC) reuniu-se em Évora, no dia 3de dezembro, para fazer o balanço de 2010 eapresentar o Plano Operacional para 2011.

2010 – Desafio SuperadoJoão Matos Fernandes, administrador daEDPSC, fez o balanço de 2010 realçando quese atingiram os objectivos estabelecidos, resultado do contributo e do envolvimento detodos. Com a apresentação do Plano Opera-cional 2011, colocou na agenda os desafios e oscompromissos estratégicos.

1. Prosseguir a eficiência de custosoperacionais

2. Alargar à Península Ibérica a operação deContact Center

3. Impulsionar uma Gestão de Contactosmais eficiente e mais eficaz

4. Promover a ‘webização’ da relação com oCliente

5. Motivar e envolver os colaboradores

“As Soluções estão nas Pessoas” Manuela Silva, administradora da EDPSC,apresentou o People Plan, programa delineadonum conjunto de medidas organizadassegundo cinco aspirações :

1. Alinhar os trabalhadores com a estratégia2. Reforçar as competências-chave3. Reter os que têm melhor desempenho4. Atrair as competências certas e atempa-damente

5. Incrementar a eficiência e a flexibilidadeda Organização

O que reflete o forte compromisso da empresaem otimizar a gestão das pessoas, fortalecendoas competências, garantindo a concretizaçãodos objetivos estratégicos sustentados na con-

vicção de que “ As Soluções estão nas Pessoas “

Parabéns a todos os ColaboradoresO presidente do Conselho de Administração,Martins da Costa, referiu-se ao encontro co-mo um excelente momento de partilha, pos-sibilitando uma melhor perceção da organi-zação e dos eixos de atuação. Quanto a 2010,considerou que a EDPSC está de parabéns,num ano em que apesar de algumas dificulda-des conjunturais, foi possível atingir as metas.Para 2011, considera fundamental manter ereforçar o espírito de equipa, prosseguir a cultura de desempenho focada na ultrapassa-gem dos objetivos, sendo imprescindível o envolvimento de todos, para o que é decisivoo papel das lideranças.

A Inovação em ÉvoraOs participantes foram recebidos pela EDPDistribuição, na loja do Inovcity, proporcionan-do informação especializada e contacto próxi-mo com a aposta na nova tecnologia da gestãointeligente de distribuição de energia que iráalterar substancialmente o relacionamentocom os clientes, potenciando a sua satisfação euma política focada na eficiência energética.

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Mural Todos • EDP

Em que estás a pensar...

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A liberdade de expressão não é um direito adquirido?Lisa Areias

Claro que sim, mas há que ter consciência de que o que é publicado numa rede social temconsequências.edp

Concordo. Ao ultrapassar a esfera privada, a informação veiculada nas redes sociais pode terrepercussões ao nível nacional ou mesmo internacional e graves consequências para o negócio.Diana Costa

Cada um deve ser responsável pela informação que difunde e deve ter emconsideração que aquilo que publica poderá ser (bem ou mal) utilizado por terceiros.Ricardo Torrado

edpOs colaboradores devem respeitar o Código de Ética e o dever de confidencialidade, não divulgando informaçãosigilosa. Não podem citar ou fazer qualquer referência a clientes, parceiros, fornecedores ou investidores da EDP.

Essas orientações aplicam-se a todos os colaboradores do Grupo?Lisa Areias

Sim, o código é válido para todos, sem exceção. Antes de divulgar informação relacionada com aempresa, inclusive produtos e serviços, os colaboradores devem certificar-se da sua veracidade e validá-lacom a sua hierarquia, com vista a assegurar o alinhamento com a estratégia de comunicação do Grupo.

edp

Quem gere a informação? Há algum responsável pelas redes sociais?Diana Costa

Há um “porta-voz”, que deve agir em consonância com os princípios do Código de Ética e proteger toda ainformação considerada confidencial no Grupo EDP. Ao publicar informação no espaço público, o representanteda empresa deve ter a preocupação de se identificar devidamente. A informação deve ser clara e atualizada peloque, antes de ser publicada, tem de ser confirmada juntos dos responsáveis pelo assunto em questão.

edp

edpA EDP não pretende vigiar os colaboradores, mas sim alertar para as consequências dos seus comentários, opiniões edivulgação de informações prejudiciais para a empresa.

Que conselho dá a empresa ao nível da linguagem utilizada?Ricardo Torrado

Não deve, obviamente, ser utilizado vocabulário considerado não próprio (palavrões, termos obscenosou preconceituosos) e que promova uma má imagem da EDP. edp

Posso entrar nas redes sociais durante o meu horário de trabalho?Lisa Areias

É importante que os colaboradores saibam gerir os seus tempos de trabalho. O recurso às redes sociaisnão deve interferir com os seus compromissos profissionais. Os colaboradores que sejam utilizadores pessoaisde redes sociais deverão fazê-lo fora do horário de trabalho.

edp

Os colaboradores não podem falar publicamente em nome da empresa. A fronteira entre a informação pessoal e aprofissional é muito ténue, pelo que o utilizador de uma rede social deve ter o cuidado de referir que a informação quepartilha é da sua responsabilidade e não traduz necessariamente a posição da EDP. Deve ser explícita a referência de quese trata de uma opinião pessoal e não da empresa.

258.966pessoas gostam disto

A EDP já está nas redessociais. Nesse sentido,o Conselho de AdministraçãoExecutivo aprovourecentemente oRegulamento paraUtilização das Redes Sociais. O objetivo é definir regras deatuação nestes canais,de forma a evitarconflitos laborais,decorrentes decomentáriosdepreciativos colocadosnuma rede social, ou mesmo dinâmicas que se considera nãoposicionarempositivamente o Grupo EDP.A existência das redessociais é hoje uma realidadeinquestionável. Ofenómeno está de talforma implantado juntodas pessoas que asempresas não lhepodem ficar alheias. A EDP reconhece osbenefícios da suautilização, mas estáconsciente de que, se não utilizadasdevidamente, as redes sociais poderão ser uma ameaça à segurança dainformação e da credibilidade da empresa. Conheça alguma das regras básicas para comunicar nestenovo meio.

Pesquisar Página inicial Perfil Conta

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Número de Dinamizadores por projeto:

O EDP Way foi lançado em janeiro de 2009. Passados dois anos e oito relatórios trimestrais,é o momento de fazer o balanço aos cinco projetos deste programa transversal a todo o Grupo,conhecer os resultados já alcançados, as geografias envolvidas e os factos mais significativos

EDP Way em balanço

SharEDP

Opex

Lean

EDPro

Sou+EDP

27%

23% 17%

21%

12%

Data início: janeiro 2009

Prog rama EDP Way: 5 Projetos (Sou+Edp, EDPro, Lean, Opex, SharEDP)

Geog rafias:

Número de Dinamizadoresno Prog rama EDP Way: + 1280

• Portugal• Espanha• EUA• Brasil

• Roménia• França• Bélgica• Reino Unido

• Itália• Polónia• Canadá

• Sou+edp: + 340• EDPro: + 220• Lean: + 300

• Opex: +150• SharEDP: + 270

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Factos significativos

12 Empresas envolvidas

16 Projetos9 ShareCorp / 7 ShareCom

11 Geografias envolvidas

277 Colaboradores211 ShareCorp45 ShareCom21 Transversais204 Portugal / 65 Espanha / 3 EUA/ 5 Brasil

• Apoio a novos programas: Diagnóstico Lean na EDPGas, Lançamento EDPP-PTLR, Novas equipasEDPSC, Relançamento EDP-Br, Criação de um LeanOffice na EDPD, Workshop e Lançamento Lean na EDPR / Horizon

• Desenvolvimento e aprovação de um manual lean corporativo

• Realização de seis Lean Days: Lisboa(2), Coimbra(2), Setúbal(1) e Porto(1) – EDPSC, EDPP, DSI, EDPD,EDPV

• Disponibilização de material de comunicação transversal

• Realização de um Fórum Lean interempresas(EDPP/EDPD) e preparação de um fórum EDPP/HC

• Criação de uma estrutura/catálogo formativa Leanpara todo o Grupo EDP - via catálogo EDP Valor

• Curso Lean na Escola da Produção e Tema Leanincluído nos Desafios da Distribuição na Escola da Distribuição

• Criação de uma ferramenta de partilha de informação Lean (lean.edp.pt)

• Nova vaga de formação Lean Experts interempresas• Booklet Lean corporativo• Realização de um Saiba Mais Sobre Lean EDPWay• Actividade regular do Lean nas empresas: comitéssobre Lean, apresentações e formação a colaboradores

• Arranque equipa parcerias, com Universidade EDP, e reuniões com três Universidades sobre cooperaçõesno âmbito do Lean edpway

Factos significativos• Arranque do Contact Center Ibérico• Implementação da ferramenta de Tesouraria – Target • Coordenação do processamento de salários nas várias geografias do Grupo EDP

• Arranque da Organização única de Serviços Comerciais em Espanha

• Uniformização dos Processos Comerciais de Negociação na Península Ibérica

• Implementação da plataforma Logos para a gestão integradade Logística e Materiais

• Integração dos Processos de Tesouraria e Terceiros de Espanha na EDP Valor

• Desenvolvimento do Scorecard Ibérico para a Informação de Gestão Comercial

• Implementação do sistema de captura automática de dados – CAFC na HC Energía e Naturgas Energía

• Selecção dos fornecedores ibéricos de Equipamentos de com-bate a Incêndios, Rent-a-car, Vestuário de Trabalho e Limpeza

• Finalização da fase I do sistema de Informação de Gestão daEDP Soluções Comerciais

• Início dos roll-outsdo Lince-SAP R/3 Multi-geografias

10 empresas envolvidasEDPD, EDPP, EDPSC, EDP, SA (DSIe pilotos na DCG e UNGE), EDPR, EDPBR,HC, Naturgas, EDP Valor, EDPGas

Novos prog ramas 2009/2010EDP Gás / EDP Valor / EDPR-US (piloto) /Relançamento EDP Distribuição (incluídono programa Distribuição 2012) / EDPP-CPLares / Relançamento EDP Brasil

3100 iniciativas900 criadas em 2010

2000 colaboradoresdiretamente envolvidos 750 em 2010

2000 iniciativasimplementadas650 em 2010

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• Implementação de um modelo de governo para a gestão de processos comum a todos os Negócios e geografias do Grupo;

• Focalização da gestão de processos na medição e otimização regulares;

• Valorização e responsabilização do papeldos Donos de Processo;

• Nomeação e formalização dos Donos de Processo;

• Adopção da simbologia BPMN (BusinessProcess Modeling Notation) como refe-rencial para o desenho de fluxogramasde processo em todo o Grupo;

• Adoção do quadro de classificação de processos da APQC (American Productivity and Quality Center) como referencial para o desenho da arquitectura de processos;

• Definição e divulgação de linhas deorientação específicas para a gestão dos processos transversais no Grupo;

• Integração dos controlos SCIRF no mapeamento dos processos;

• Montagem e disponibilização de um programa-quadro de apoio à actividadedos Donos de Processo nas Unidades de Negócio;

• Lançamento anual dos ciclos de planea-mento da otimização de processos emarticulação com o processo de plano eorçamento do Grupo;

• Implementação da ferramenta informá-tica de suporte adotada no modelo degoverno (iBPMS);

• Instituição de um inquérito semestral de aferição da maturidade da gestão deprocessos no Grupo.

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Factos significativos

• Folheto On Top• Brochura de recrutamento• Parcerias com estabelecimentos de ensinonas áreas de influência dos novos centroseletroprodutores

• Desenvolvimento da Política de Mobilidade Interna

• Colocação de ofertas de mobilidades no EDP Pessoa

• “Rotation Breakfast” com Administradores e Directores de RH

• Formação das chefias para serem gestores da mobilidade

• Elaboração do Manual de Políticas RH• Elaboração do Manual de Acolhimento• Edição do Guia do Líder EDP• Folhetos sobre os Processos RH• Iniciativa Novas Oportunidades: acordos de

cooperação e certificação de colaboradoresem vários níveis de escolaridade

• Encontro Anual RH 2010• Encontro de Integração dos novos colaboradores 2009

• Realização de Learning Maps “Sou+EDP”:Portugal e Espanha

• Voluntariado nas escolas: aulas de empreendorismo

Factos significativos

Em números (Learning Maps)

320 Inquéritos de maturidade àgestão de processos analisados (2010)

260 processos-chave prioritárioslevantados no Grupo• 26 processos corporativos• 56 processos transversais• 178 processos locais aos Negócios

12 Empresas / Unidades de Negócio envolvidas em todas as geografias

1.800 KPIs definidos naferramenta iBPMS

1.750 Acções8 Países8.711Colaboradores envolvidos251 Energizadores

89,4%de Taxa de Participação26.133Horas de Formação

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Factos significativos

• Equipa TI: Redução de custos em Tecnologia de Informação -Poupança de 25M€.

• EDP Produção: Projecto LEAN - poupança de 4M€; redução de custos com materiais Alstom - poupança de 1.5M€; diminuição de custos operacionais com o descomissionamento dos centros pro-dutores de Setúbal e do Carregado - poupança superior a 2M€.

• EDP Distribuição: Redução de custos na manutenção de redes - pou-pança de 17M€; renegociação do contrato de prestação de serviçosde exploração de SI georeferenciada - poupança de 1.6M€;redução de custos em comunicações - poupança de 1.6M€; redu-ção e optimização do funcionamento dos armazéns e depósitos -poupança de 1,1M€.

• EDP-SC: Redução do custo médio dos documentos emitidos devidoà desmaterialização do ciclo comercial - poupança de 1,3M€; rene-gociação dos contratos com os prestadores de serviços de leitura -redução do custo unitário de leitura e conseguiu uma poupança de1,2Mk€; renegociação do contrato com o fornecedor de telecomu-nicações para o contact center – poupança de 800k€.

• HC: Renegociação do contrato de manutenção da CCGT de Caste-jon 1 - poupança de 2.6M€; redução de custos na manutenção deredes - poupança de 2M€; redução dos custos de O&M nascentrais de cogeração - poupança de 1M€; denúncia de contratosde arrendamento – poupança de 500k€.

• EDP Gás: Redução Custos de Marketing em 1M€; redução decustos com p&f e correio - facturação bimestral – poupança de600k€; redução de custos com leituras contadores - menor quanti-dade – poupança de 500k€.

• EDP Valor: Redução de gastos com comunicações telefónicas fixase móveis - poupança de 3,3M€.

• EDP SA: Redução de custos com Trabalhos Especializados do Grupo EDP originou uma poupança de cerca de 15M.

• EDP Brasil: Programa transformacional – poupança de 18 M$R;otimização de gastos com horas extras – poupança de 8,1 M$R; otimização de custos com passagens aéreas – poupança de 3,6 M$R.

Objetivos de poupança de 160M€ até 2012

120M€ Target anual de poupança total (2010)(96M€ na Península Ibérica e 24M€ no Brasil)

159M€de poupança gerada com as iniciativasimplementadas até ao final de 2010

(132% do objetivo anual), com 135M€na Península Ibérica e 24M€ no Brasil

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Campanha de recolha de bens angariou 73 toneladas

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causasedpCapacidade económica e empenho social

P ara o ano é preciso fazer mais e melhor”. O desafio foi lançado pelo presidente do Conselho de Administra-

ção Executivo, António Mexia, na cerimónia deencerramento da Campanha de Reco lha de Bens EDP 2010 que, no dia 1 de fevereiro,juntou parceiros, instituições e voluntários noMuseu da Electricidade. O tom foi de orgulho.“A fasquia está cada vez mais alta”, frisou António Mexia.

Contas feitas, esta campanha superou todas as expetativas. As 10 toneladas de bensangariados em 2009 triplicaram este ano para 34 toneladas, repartidas por vestuário,mobiliário, equipamento informático e brin-quedos, entre outros bens, que serão agora ca-nalizados para uma centena de instituiçõesde solidariedade social, beneficiando um total de 336 mil pessoas em Portugal.

Os números são ainda mais expressivosquando se somam os resultados obtidos pelas empresas do Grupo em Espanha e noBrasil, este ano também convidadas a partici-par. Na Energias do Brasil foram recolhidas37 toneladas de bens e na Naturgas, em Espa-nha, foram doadas 2 toneladas. Resultado global: 73 toneladas de bens.

Por cá, o sucesso da edição deste ano da Cam-panha de Recolha de Bens — à qual a Urbanos a Fundação Benfica, a Activism e a Mopse associaram como parceiros, bem como o

Sempre mais e melhor. Os colaboradores do Grupo EDP empenharam-se a fundo na Campanhade Recolha de Bens e conseguiram juntar umas impressionantes 73 toneladas de bens! Conheçaos resultados em Portugal, Espanha e Brasil

“A fasquia estácada vez maisalta”, considerouAntónio Mexia

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causas

Sorrisos que geram solidariedade

Diário Económico, a Lusa e a TSF como parcei-ros de media— mede-se também pela partici-pação de 172 voluntários. “No final do dia, é mui-to motivador sentir que tivemos a possibilidadede melhorar o mundo à nossa volta. Há uma vontade assumida da EDP em olhar cada vezmais para a comunidade que a rodeia e em

mobilizar os colaboradores a participarem emcausas sociais e isso contribui para um maiorsentido de pertença e de orgulho em trabalharnuma empresa com esta dimensão social”, salienta Maria João Martins, diretora de Recur-sos Humanos da EDP, também ela voluntárianesta campanha.

Mais do que cumprir os seus papéisdentro do Grupo, os colaboradores daEDP no Brasil sabem realizar os seusdeveres com a sociedade. Através da‘Campanha de Recolha de BensBrasil’, realizada durante todo o anode 2010 pelo Instituto EDP, centenasde colaboradores e voluntários daempresa, nas mais diversaslocalidades do Brasil, abraçaram ascampanhas como SOS Cidades emEstados de Emergência, Campanhado Livro, Campanha do Agasalho,Natal Solidário e EDP nas Escolas. Em todas as campanhas, houvearrecadação de alimentos, produtosde higiene e limpeza, roupas,brinquedos, móveis, entre outros. Emdezembro de 2010, por meio do‘Natal Solidário’, colaboradoreslevaram a boa energia para 27escolas municipais em sete estadosbrasileiros: São Paulo, Espírito Santo,Santa Catarina, Tocantins, Ceará, RioGrande do Sul e Mato Grosso do Sul.Pelas mãos dos voluntários, mais demil crianças participaram da sessãoCine Natal e cerca de 8 mil alunos doPrograma EDP nas Escolas serãobeneficiadas no ano letivo de 2011. Asescolas ganharam um aparelho deDVD, um projetor multimídia e filmesinfantis.

Fernando Bergasa, diretor-geral daNaturgas Energía, entregou, no passadodia 10 de fevereiro, a Mikel Ruiz, diretorda Cáritas Diocesana de Vizcaya, 22 caixas de brinquedos, conseguidospelos colaboradores da Naturgas. Osbrinquedos foram recolhidos no âmbito da campanha de Solidariedade “NesteNatal dê mais a quem tem menos”, que decorreu de 20 de dezembro a 14 de janeiro, realizada em todas as empresas do Grupo.A Naturgas entregou ainda váriosconjuntos de material escolar, que serãoparticularmente úteis no trabalho que a Caritas tem vindo a desenvolvercom crianças: após o horário escolar, a instituição ajuda-as a fazer os trabalhosde casa, contribuindo para a sua formaçãoe cultura geral.

37 toneladasem Portugale Espanha

toneladasno Brasil

NATURGAS ENTREGA BRINQUEDOS

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para instituições

A Fundação EDP tem a decorrer, até ao dia 3 de março, o prazo de candidaturasao Programa EDP Solidária 2011, que este ano conta novamente com uma verbareforçada, no valor de 500 mil euros. Este reforço é justificado pelo númerocrescente de pedidos de apoio: a edição de 2010 contou com 445 candidaturas, entreas quais foram selecionados 19 projetos. Puderam candidatar-se a este programade apoio todas as entidades sem fins lucrativos, designadamente instituiçõesde solidariedade social ou organizações não governamentais. O júri, que é uma vezmais presidido por Francisco Sánchez, anunciará os vencedores de 2011 no dia 29de abril, no âmbito de uma conferência sobre inovação social, que se realizaráno Museu da Electricidade.

500mil Euros

A HC Energía, através da NaturgasEnergía, assinou, em outubro, um acordo de colaboração com o Ayuntamiento de Múrcia, através da sua Agência Local da Energia(ALEM) para a luta contra as alterações climáticas. O alcaide e presidente da ALEM, Miguel Ángel Cámara, rubricou o acordocom Yolanda Etxauri, diretora geral da Levante. O objetivo deste acordo passa, principalmente, por promover medidas locais de poupança e eficiência energética, fazer face às alterações climáticas e promover as energias renováveisem Múrcia. Através desta assinatu-ra, a HC Energía participará em todas as atividades desenvolvidaspela ALEM, entre muitas, a execuçãodo plano de energia sustentável de Múrcia que estará enquadrado no Pacto de Autarcas da União Europeia, que visa reduzir 20% das emissões de gases de efeito de estufa para 2020.

Contra as alteraçõesclimáticas

A HC Energía traçou para o seu dia soli-dário um desafio complicado, aindamais em tempo de crise. O projeto pro-

posto tinha como objetivo alcançar a finaliza-ção necessária para dotar de eletricidade o Cen-tro de Saúde de Bongowerou, em Benim, na Áfri-ca Ocidental, para iluminação, refrigeração devacinas, alimentação de aparelhos elétricos, as-sim como para um bombeio elétrico para cap-tação de água através das fontes e disponibilizá--lo à população. Para conquistar o desafio, eranecessário arrecadar 20.300 euros por parte doscolaboradores e 4.600 provenientes da Funda-ção HC Energía, que duplicava cada euro doadopor colaborador.

A verdade é que o desafio foi conseguido e, emmuito, superado! O valor atingido pelas contri-buições dos colaboradores chegou aos 23.875euros e a Fundação duplicou-o, alcançando os64.475 euros. Esta conquista fará com que se-jam atendidas, anualmente, 6.400 pessoas. Ocentro de saúde está equipado com uma clínicamédica, pequenas cirurgias, farmácia, hospita-

lização semi-ambulatória, enfermaria, casa pa-ra médicos e visitantes e uma sala polivalente.

Hora de executar!Depois das contribuições, chegou a hora de arre-gaçar as mangas e executar o projeto. Através dapágina da intranet, espaço Projeto Solidário, po-derá seguir todas as etapas da execução até aoobjetivo final. A HC Energía pretende estabele-cer um sistema geral de eletrificação através depainéis fotovoltaicos, um sistema fiável e de baixo custo de exploração, para substituir o pequeno grupo eletrogéneo atual. As equipas eos materiais que compõem a instalação fotovol-taica serão adquiridos em Espanha e transpor-tados para Benim, via marítima.

DIA SOLIDÁRIO: PROVA SUPERADA!

Graças à HC, um centro de saúde em África já tem eletricidade. Tudo graças ao contributo dos colaboradores

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A Naturgas Energía foi co-patrocinadora, em dezembro, de uma gala muito especial, celebradapela Fundação Vicente Ferrer, em Bilbau, para recolha de fundos em apoio ao projeto de desen-volvimento da saúde em Anantapur, na Índia. Durante mais de uma hora e meia, mais de 200pessoas puderam desfrutar das atuações de Mikel Erentxun, bailarinos da escola de dança IgorYebra, de Mentón de Fogarty, Kirmen Uribe, Félix Ardanaz, Jon Allende e Kepa Junkera. A galacontou com a presença de Anna Ferrer, viúva de Vicente Ferrer, e presidente da Fundação. Muitoconsciente da situação da mulher na Índia, Anna foi e continua a ser um dos pilares estratégicosda Fundação, elevando a sua voz na luta pelos direitos da mulher.

GALA AJUDA PROJETO NA ÍNDIA

Trata-se de um dos maioresacordos de mecenato social emPortugal. A Fundação EDP e a Fundação Benfica decidiramunir esforços para combater o absentismo e melhorar aassiduidade e os resultadosescolares de crianças e jovensem risco, entre o 6 e os 16anos. Esta parceria ganhacorpo através do projeto “ParaTi Se Não Faltares”, desenhadopara, através do desporto,promover a inclusão social e a igualdade entre géneros, o desenvolvimento decompetências individuais e sociais e a orientação para o mérito. O “Para Ti Se Não Faltares”, do qual a Fundação EDP

é Mecenas Principal, irádesenvolver-se em todo o território nacional, em articulação com osagrupamentos escolaresinseridos em regiõesdesfavorecidas e ambientessociais de risco. O projeto será desenvolvido no Porto,Portalegre e Região do Tua,com especial incidência nasáreas onde a EDP está a realizar os novosinvestimentos hidroelétricos.A par de inúmeras atividadesdesportivas, o “Para ti Se Não Faltares” implementarátambém programas nas áreasdas tecnologias de informaçãoe comunicação, português e matemática.

Fundações apoiam JOVENS ALUNOSAté 2013, Fundação EDP irá doar 495 mileuros a este projeto que poderá beneficiarmeio milhar de jovens em Portugal

Celebrou-se, no dia 8 de janeiro, a jornada “Viva a NossaEnergia”, nas instalações da alameda de San Mames, emBilbau, com os filhos dos colaboradores, entre os 6 e os 9anos. A atividade desenvolvida foi uma pequena amostra doque se irá realizar nos centros escolares do País Basco, noprimeiro e segundo ciclo, no ano letivo de 2010-2011. Oobjetivo fundamental é educar e sensibilizar as criançaspara as fontes de energia renováveis e o uso eficiente dos

recursos naturais. Nesta ação, vários monitores explicaramàs crianças matérias sérias num ambiente divertido. Nofinal da atividade, veio o derradeiro teste final, no qual as

crianças, divididas por equipas, responderam corretamentea todas as questões. Além de informadas, as crianças

saíram com várias recordações de um dia cheio de energia:mochilas, lápis, pinturas, afia lápis, entre outras.

Viva a nossa Energia em Bilbau

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inovação*A primeira instalação de micro-cogeração plenamenteoperativa nas Astúrias já está a funcionar. A HC Energía podeorgulhar-se de ter sido pioneira na execução de um projetodeste tipo. Saiba mais sobre o tema

HC: pioneira em micro-cogeração

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AHC Energía conseguiu um novo objeti-vo: ser pioneira na primeira instalação demicro-cogeração plenamente operativa

nas Astúrias. A central está instalada na Funda-ción Asturiana de Atención y Protección a Per-sonas con Discapacidades y/o Dependencias(FASAD), incluindo a operação de exportaçãode eletricidade à rede. Tudo isto foi conseguidomesmo apesar das dificuldades nos trâmites téc-nicos e administrativos, por tratar-se de um sis-tema novo. O projeto FASAD converte-se, assim,na primeira instalação plenamente operativanas Astúrias, e a HC na primeira empresa a con-seguir executar um projeto deste tipo.

O que é a micro-cogeração?A micro-cogeração é uma energia alternati-

va que se materializa na instalação de equipa-mentos de pequena escala, normalmente mo-tores ou turbinas alimentados com gás natural,com a característica de que permitem gerar, armazenar e abastecer energia no mesmo localde consumo. A energia gerada injeta-se poste-riormente na rede de distribuição. Este sistemapermite que os consumidores possam conver-ter a sua casa ou o seu negócio em pequenas cen-trais térmicas. Desta forma, a energia gera-se nomesmo local em que se consome, evitando o cus-to de transporte e distribuição.

Em que locais se pode implementar?As aplicações da micro-cogeração implemen-

tam-se com êxito em hospitais, hotéis, escritó-rios, centros educativos, residências, espaços polidesportivos, piscinas climatizadas ou gran-des superfícies comerciais. Algumas empresas

construtoras já iniciaram a instalação de equi-pamentos de micro-cogeração em edifícios administrativos e de habitação.

Como funcionaria em minha casa?Da seguinte forma: o equipamento de micro-

cogeração começa a gerar eletricidade e libertacalor. A eletricidade gerada vende-se à centralelétrica ou utiliza-se para abastecer a própria habitação. O calor residual gerado passa para umdepósito de armazenamento e aproveita-se con-vertendo-se em calor útil. A micro-cogeração éo sistema mais adequado para os utilizadoresque procuram uma excelência do rendimentoenergético do seu edifício.

Quais são as vantagens?- Diminuição da energia primária consumi-da e das emissões de gases de efeito de estu-fa, ao mesmo tempo o consumidor final pou-pa dinheiro;- Contribuição das necessidades de águaquente e produção de renda pela venda deeletricidade à rede;- Supõe poupanças superiores a 30% e até40%;- A instalação ocupa dimensões reduzidas enão necessita invadir espaços arquitetóni-cos como fachadas e telhados;- Evitam-se perdas do sistema elétrico. EmEspanha, mais de 10% da eletricidade pro-duzida pelo sistema centralizado perde-seno seu transporte e distribuição.

A HC Energía pode ajudarA micro-cogeração é um sistema muito

benéfico, porém, torna-se complexo para os clien-tes gerir todos os aspectos associados: legaliza-ção, execução, manutenção, abastecimento deenergia primária, venda de energia à rede, entreoutros. Para isso, o departamento de serviços deeficiência energética da HC Energía lançou umnovo serviço que contempla a gestão energéticaintegral deste tipo de instalações, incluindo todos os aspectos inerentes ao sistema.

Desta forma, o cliente final pode desfrutar daenergia produzida, vantagens económicas e am-bientais da micro-cogeração, sem se preocuparcom toda a gestão associada às instalações ener-géticas porque a HC Energía fá-la por ele.

Atualmente, são vários os projetos de gestãoem que o departamento de serviços de eficiên-cia energética da empresa já está a trabalhar, oque se torna atrativo para o cliente, e uma ferra-menta importante para eliminar as barreiras quepoderão existir para o impulso deste tipo de ins-talações.

o n 23

inovação

A HC Energía lançou novasfuncionalidades para os utilizadoresda Internet. O objetivo é melhoraros serviços de informação queoferece aos seus clientes. A equipaLean, do ciclo comercial B2C,trabalhou para incorporar ao portalda HC novas funcionalidades, quepermitem à empresa umapoupança de custos significativa,otimização do tempo de trabalho,facilitando igualmente a gestão declientes.

Novidades: • Consulta, a qualquer momento,dos extratos de pontos, com apossibilidade de descarregar ainformação num documento PDF.Tudo isto através da “Área declientes”, da página web. Mais de50.000 clientes deixam de receberesta informação por correio, o que representa uma poupançaem papel e uma diminuição deesforços e custos de impressão,envelopes e franquias.

• Possibilidade de agilizar asolicitação de religação doabastecimento depois de umcorte por falta de pagamento.

• Otimização do tempo de trabalho.Com as novas funcionalidades,como o desenvolvimento deinformações de faturação, éfacilitada a identificação dasfaturas pendentes de emissão,priorizando as mais antigas.

Novas funcionalidades, melhor serviço

www.hcenergia.com

Gases de Combustão

Calor-70%

Eletricidade-30%

Combustível100%

Motor / Turbina Alternador

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A EDP Serviços disponibiliza aos seus clientes o sistema IWebReport,uma plataforma web inovadora para controlo de iluminação pública (IP). Trata-se

de um sistema multi vendor que suporta equipamentos de regulação de fluxo,de diferentes marcas e modelos, de forma a permitir aos municípios a instalação

de equipamentos que melhor se adequem técnica e financeiramente em cada área.Este serviço proporciona ao cliente o acesso à rede de IP sobre gestão paracomando remoto e configuração, nomeadamente a criação de vários perfis

de funcionamento para diferentes dias ao longo do ano, permitindo visualizarestados, medidas, e possibilitar a deteção de situações de avaria, fornecendo

também elementos de suporte à manutenção preditiva e preventiva, assim como adeterminação dos níveis reais de poupança de energia.

A redução dos custos de energia para os Municípios é obtida através da gestão dosperfis de funcionamento que permite adequar, ao longo da noite, o nível de

iluminação à intensidade de circulação dos utentes na via pública, garantindo osníveis mínimos recomendados para cada local.

O sistema foi instalado em Évora em 24 circuitos no âmbito do Inovcity, tendo comocliente a EDP Distribuição. Permitiu uma poupança de 24% nos custos de IP desses

circuitos, estando neste momento em execução pela EDP Distribuição umprograma de melhorias que irá permitir aumentar o nível de poupanças.

24 o n

inovação

IWebReport – sistema de telegestãode Iluminação Pública da EDP Serviços

Na EDP Inovação, acredita-se que "as me-lhores ideias, não têm que surgir, necessa-riamente, dentro da companhia". Este é umdos motivos que levaram a empresa a lan-çar recentemente a plataforma cocreation.pt,com a qual se pretende estimular a comuni-dade, e todos os stakeholders, a participarno nosso processo de inovação.Na linha de recentes casos de sucesso, como a Procter & Gamble e a Nike, hoje consideradas referências mundiais neste domínio, a aposta na Inovação Aberta e empráticas de co-criação, não só permite acres-centar valor ao processo interno de inovaçãocomo constitui mais um contributo para o desenvolvimento do respetivo setor.

A abertura da plataforma cocreation.pt, àparticipação de qualquer cidadão, universi-dade, empresa, que pretenda apresentaruma boa ideia para a área da Energia,assegu ra mais uma ponte entre a comuni-dade e o setor, numa fase em que este en-frenta desafios tão estimulantes.Em paralelo com a receção e tratamento decontributos externos, a plataforma apresen-ta um conjunto de desafios associados agrandes projetos/temas, relevantes para oGrupo. Desta forma, a comunidade é convi-dada a participar na procura de soluções para os desafios do setor. As Unidades de Ne-gócio do Grupo encontram aqui um instru-mento que lhes permite, não só, estimular a

participação da comunidade através de de-safios específicos, mas também, interagircom a mesma e, por essa via, identificar con-tributos relevantes para a sua atividade.A nova plataforma, acessível no endereçohttp://cocreation.pt, além de constituir o suporte da atividade de co-criação com oGrupo, irá potenciar o desenvolvimento decomunidades de interesse em torno de te-mas relevantes para o setor da Energia. Defacto, ao incluir componentes de rede social(elemento inovador em sites deste tipo), aplataforma cocreation.pt estimula o networ-king, potencia a criação de grupos de discus-são temática e promove a partilha de conhe-cimento, em áreas relevantes para o setor.

Co-creation: desafio à comunidade

Saiba mais em:http://www.wikiedp.edp.pt/index.php/Iwebreport

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o n 25

inovação

AEDP Inovação patrocinou o Business Case Competition do programa The Lis-bon MBA international (Católica | Nova

— a collaboration with MIT), uma competiçãode estratégia que decorre desde há três anos eque tem como objetivo que os alunos resolvamum caso real, aplicando todos os conceitosaprendidos no decurso do MBA e, simultanea-mente, fornecendo soluções que acrescentemvalor para a empresa patrocinadora.

A iniciativa decorreu durante uma semana,em dezembro de 2010, e culminou com uma ses-são de dois dias, no Hotel Sana, em Lisboa.

O tema em discussão foi as redes inteligen-tes e a eficiência energética. O desafio, lançadopor João Maciel, da EDP Inovação, com apoioda EDP Distribuição e da Direção de MarketingCorporativa, foi o seguinte: “No pressuposto de

que existirá uma infraestrutura de redes de distribuição inteligentes, desenvolvam uma estratégia e um modelo de negócio que permi-ta à EDP criar uma relação mais profunda comos clientes nas suas casas, a jusante da referida infraestrutura”.

Por detrás deste desafio, pretendíamos obterrespostas para questões como: O que podemos/ devemos vender? Como nos devemos posicio-nar em relação aos novos interfaces (telefonesmóveis, televisão, tablets…)? Como alavancar sobre as comunidades e como extrair valor daco-criação com os nossos clientes? Que práti-cas de outras indústrias serão aplicáveis e quepotenciais parcerias podem fazer sentido?

A competição correu muito bem, tendo sur-gido um conjunto de ideias que se encontram emanálise pelas respetivas Unidades de Negócio.

Lisbon MBA Case Competition

Soluções inteligentesA EDP no Brasil deu mais um passo importante no âmbito das smartgrids. Lançou, emparceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o projeto ClimaGrid, queagregará à tecnologia das redes elétricas a inteligência das pesquisas científicas.Previsto para ser realizado no período de três anos, o projeto, um dos primeiros no mundonesta área, pretende fazer com que dados de vento, chuva, vegetação, raios e temperaturapassem a fazer parte do sistema elétrico de forma simples e intuitiva. Devido à sua grandeabrangência, o projeto integra diversas áreas, como sustentabilidade, inovação, telecomuni-cação, tecnologia da informação e, ainda, as áreas de distribuição e transmissão de energiaelétrica.O projeto permitirá criar estudos inéditos a respeito do clima de uma forma nunca estudadaantes e ajudará a planear toda a logística de atendimento da EDP no Brasil.

“Este tipo de iniciativaspermite-nos aceder, a umcusto baixo, a ideias dealunos com imensopotencial, ainda com avantagem adicional detrazerem um olhar novosobre desafios em que já estamos a trabalhar”,António Vidigal, Presidenteda EDP Inovação

1. Perspetiva do auditório durante uma das

apresentações

2. António Vidigal entregando um prémio

simbólico à equipa vencedora

1 2

22_25_INOVACAO:Layout 1 11/03/31 16:06 Page 25

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EDP DISTRIBUIÇÃOSiga esta luz

2 6 o n

em foco

OPrograma Distribuição 2012 é a resposta da EDP Distribui-ção aos desafios do futuro. Quatro eixos estratégicos e umquinto, transversal ao Programa, sob a responsabilidade e o

envolvimento direto dos membros do Conselho de Administração,com a responsabilidade de coordenação dos comités de acompa-nhamento de cada uma das iniciativas. João Torres, Ângelo Sarmen-to e Miguel Stilwell d’ Andrade revelam-nos as grandes linhas doPrograma de uma empresa que é responsável por cerca de 22% dosresultados líquidos do Grupo. (ver entrevista na rubrica Spotlight,na página 34)

Comunicar de forma transversal os resultados das iniciativas daorganização, criar um fórum de discussão de temas com potencialimpacto, simplificar o reporte dos projetos, antecipar necessidadese acompanhar resultados da empresa são alguns dos pontos decisi-vos na construção e sedimentação de uma nova cultura organiza-cional na EDP Distribuição.

A EDP Distribuição apresentou as linhas estratégicaspara fazer face aos desafios futuros. No ProgramaDistribuição 2012 as mensagens principais são:executar, envolver, simplificar e inovar. Nas próximas páginas, um retrato da empresa

Programa Distribuição 2012

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o n 2 7

em focoem foco

(dados 2009)

Kilómetros de rede

Número de clientes

GWh distribuídos

A EDP no mundo a distribuir eletricidade

Portugal

218,246

6.119,805

46,146

Espanha

21,874

650,000

9,131

Brasil

82,164

2.700,000

23,749

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2 8 o n

em foco

A Cultura do ExemploUm inquérito recente aos quadros da EDP Distribuição permitiu identificar alguns aspe-tos em que o modo de funcionamento da empre-sa tem potencial de melhoria. “ Vamos refletirsobre esses pontos e definir aquilo que poderávir a transformar-se num guia de comportamen-to, porque só praticando, só dando o exemplo é que conseguimos fazer os ajustamentos culturais necessários” revela João Torres.

Constituída em Fevereiro de 2000, com cer-ca de dez mil pessoas oriundas de várias empre-sas com estruturas e sensibilidades diferentes, aEDP Distribuição soube, ao longo de mais de dezanos, ajustar a sua organização às exigências doMercado. A empresa modernizou-se, soube redefinir a sua abordagem ao outsourcinge, atual-mente, tem níveis de eficiência muito superio-res aos do início da década. “Esta empresa foi-setransformando a todos os níveis. Hoje em dia, osnossos piquetes operam com PDA’s, onde rece-bem as ordens de serviço, o reporte das avarias;há escassos anos, o que recebiam era uma folhadas mãos da hierarquia ou, uma comunicação telefónica. É um exemplo que ilustra como mui-tas pessoas tiveram de ganhar competências,adaptar-se aos novos tempos na nossa empre-sa.” afirma o PCA da EDP Distribuição.

“O desafio é crescente. Basta lembrar o desen -volvimento das redes inteligentes, que pode mudar completamente a forma como a distri-buição de energia elétrica funciona. Daí a importância do lançamento do Programa Distribuição 2012, num momento tão decisivopara a empresa”, sublinha João Torres. “Julgoque a forma como conseguirmos transformar aEDP Distribuição e identificar atempadamenteos passos seguintes é essencial para o futuro daempresa. E, isso, só se consegue com a partici-pação de todos.”

Como funciona a DistribuiçãoQuando chega ao cliente, a energia já percorreuum longo caminho. Para levar a energia dos cen-

Evolução do número total de clientes(Mercado Regulado + Mercado Livre)

Clientes por trabalhador(Mercado Regulado + Mercado Livre)

6200

6100

6000

5900

5800

5700

5600

5500

54002002 2003

1,03% ano

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

180017001600150014001300120011001000

900800700600

2002 2003

10,04% ano

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Dirigentes e Quadros Sup.Quadros Médios e Ch. SecçãoProf. Alt. QualificadosProf. QualificadosProf. Especializados

TOTAL

620 64

1.131 1.641

68

3.524

Estrutura 2010

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o n 2 9

em focoem foco

tros produtores às nossas casas, os comerciali-zadores utilizam a rede de transporte e a de distribuição. Em Portugal Continental, a EDPDistribuição é o Operador de Rede de Distribui-ção, atividade que é regulada. Para além desteterritório, o Grupo EDP desenvolve a atividadede distribuição de energia elétrica em Espanha,principalmente nas Astúrias e, em menor esca-la, em Madrid, Valência, Alicante, Barcelona,Huesca e Zaragoza. No Brasil, a EDP está presente no mercado de distribuição de eletri-cidade através da EDP Bandeirante, no Estadode São Paulo, e da EDP Escelsa, no Estado do Espírito Santo (ver páginas seguintes).A distribuição de energia elétrica é uma

atividade regulada que consiste no encaminha-mento, através das redes de distribuição, da energia elétrica entre as subestações da Rede Nacional de Transporte e os pontos finais deconsumo. No âmbito desta atividade, a EDP Dconstrói, opera e mantém as redes e instalaçõesdestinadas à distribuição de eletricidade.A EDP Distribuição é detentora de cerca de

99% da rede de distribuição de energia elétricaem Portugal Continental – apenas não detémas redes dos autoprodutores e de pequenascooperativas. As redes de distribuição, para alémdas linhas aéreas e cabos subterrâneos de AT (60kV), de MT (essencialmente a 30kV, 15 kV e 10kV) e de BT (400/230 V), são constituídas porsubestações, postos de transformação e demaisequipamentos acessórios necessários à suaexploração. Fazem ainda parte das redes dedistribuição os equipamentos ligados à ilumi-nação pública. O número de clientes de eletricidade em Por-

tugal Continental registou um crescimento médio anual de cerca de 2% nos últimos cincoanos. No final de 2010, o número de utilizadoresligados à rede elétrica da EDP Distribuição ultrapassava os seis milhões. O Grupo EDP temevoluído no sentido de dar resposta a um cres-cente número de clientes, ao aumento dos níveis de consumo e à liberalização do mercado.

Indicadores Gerais de Qualidade de Serviço - 2010

70

80

90

Orçamentos de ramais de BT (até 20 dias úteis)

Execução de ramais (até 20 dias úteis)

Ligações à rede BT (até 2 dias úteis)

Centros de atendimento (até 20 min. espera)

Atendimento telefónico centralizado (até 60 seg. espera)

Pedidos de informação por escrito (até 15 dias úteis)

Clientes com reposição de serviço até 4 horas

(na sequência de interrupções de fornecimento acidentais)

(valores em %)

Padrão (%) 2010(%)

A Qualidade de Serviço Técnico émedida pelo indicador TIEPI - Tem-po de Interrupção Equivalente daPotência Instalada. Este indicador,apesar do efeito negativo resultan-te das avassaladoras vagas deincêndios, recorrentes no verão,tem registado melhorias significa-tivas nos últimos anos.Esta melhoria da qualidade deserviço deve-se essencialmente: • ao elevado investimento e esfor-

ço de manutenção realizados nosúltimos anos, ao nível da rede dedistribuição;

• à ação conjugada de um conjun-to alargado de iniciativas decaráter técnico e organizativo, nomeadamente o Projeto LEAN,cujo objetivo é diminuir o tempode reposição após avaria em todas as Áreas de Rede;

• às condições climatéricas favorá-veis.

QUALIDADEDE SERVIÇO TÉCNICO

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3 0 o n

em foco

Nº de subestações

Nº de transformadores

Potência instalada (MVA)

Subestações

AéreasAT (60/132 kV)MT (6/10/15/30 kV)

Cabos SubterrâneosAT (60/132 kV)MT (6/10/15/30 kV)

Linhas (incluindo ramais, em km) 82.455

404

712

16.538

66.4318.48557.945

16.024496

15.527

Aéreas

Subterrâneos

Redes BT (km) 137.864

105.751

32.113

Unidades

Potência instalada (MVA)

Postos de Transformação

63.223

19.040

Instalações e equipamentos em serviçoEm 31 de dezembro de 2010

AT

MT

BT

Redes

Sistemas e outros

Investimento (exclui encargos financeiros)

54.084

78.098

120.212

252.394

30.847

2010

AT

MT

BT

Outros

TOTAL

Conservação (custos totais)

14.708

30.585

82.130

7.374

134.798

Investimento e Conservação

Distribuição AT/MT

Distribuição BT

Outros

TOTAL

Investimento a custos técnicos IFRS (preços correntes em M€)

132.2

120.2

30.8

283.2 Font

e Relatório exercício 2010

26_33_CAPA:Layout 1 3/31/11 4:29 PM Page 30

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o n 3 1

em foco

A Entidade Reguladora dos Ser-viços Energéticos é a entidaderesponsável pela regulação dossetores do gás natural e da ele-tricidade. A ERSE é independen-te no exercício das suas funções,tendo como missão protegeradequadamente os interessesdos consumidores em relação apreços, qualidade de serviço,acesso à informação e seguran-ça de abastecimento, fomentar a

concorrência, nomeadamente noquadro da construção do merca-do interno da energia, garantin-do às empresas reguladas oequilíbrio económico-financeirono âmbito de uma gestão ade-quada e eficiente, estimular a utilização eficiente da energiae a defesa do meio ambiente e ainda arbitrar e resolver litígios,fomentando a resolução extraju-dicial de litígios.

Quem regula o mercado?

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

5500

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

175

170

165

160

155

150

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Linhas Aéreas AT, MT e BTEvolução da potência instalada dos PRE

49

47

45

43

41

37

352002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Cabos subterrâneos AT, MT e BT

Qualidade de serviçoA necessidade de adaptação da empresa às novas con-dições do mercado, como consequência do processode liberalização do sector elétrico, impôs como obje-tivos prioritários aumentar o grau de satisfação dosclientes e a sua fidelização a melhoria da Qualidadede Serviço prestado e a promoção da imagem da EDPDistribuição.

As redes de distribuição de energia elétrica, à seme-lhança das redes de transporte, estão em contínuo pro-cesso de modernização e reforço. A necessidade de resposta ao aumento de consumos, com evolução dife-rente em geografias diversas, tem merecido uma res-posta adequada da EDP Distribuição que melhorou sig-nificativamente o nível de qualidade de serviço exigívele, reduziu substancialmente as perdas na rede. De igualmodo, a EDP Distribuição tem promovido a adaptaçãoda sua rede, ao nível da otimização das ligações, em con-dições técnicas adequadas, dos microprodutores e dosnovos centros eletroprodutores, designadamente, PRE(Produtores em Regime Especial).

Margem Bruta de eletricidadeEBITDA

Resultado líquido

1214

569212

EDP Distribuição em números2009 2010

1215

558242

+0.1%

-1.9%+14.4%

Valores em milhões de euros

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3 2 o n3 2 o n

em foco

A HC Energía Distribuicíon, cujo novo diretoré, atualmente, Luís Álvarez Arias de Velasco,opera nas atividades reguladas de distribui-ção e comercialização de energia elétrica, ten-do como seu mercado natural a região das Astúrias. A empresa tem vindo a expandir assuas atividades para outras regiões de Espa-nha, estando presente nas regiões de Madrid,Valência, Alicante, Barcelona, Huesca e Sara-goça. Estes são mercados em forte expansãocom uma forte componente industrial e umelevado número de clientes liberalizados, nãoexistindo uma estrutura redundante (que pos-sibilita a manutenção e o upgrade de servido-res reais sem a necessidade de tornar indis-ponível o serviço) dos distribuidores da zona.

Principais desafiosa) Alteração do Modelo Regulatório• Remuneração do investimento e custos deoperação e manutenção de acordo com ummodelo de rede de referência: o modelo adotado pelo Ministério da Indústria para todas as empresas é muito semelhante à proposta da HC Energía, para que a remune-ração à distribuição passe a estar mais liga-da à extensão da rede e à dificuldade de cons-trução e manutenção, do que pelo próprioconsumo, como acontecia até agora.• Bonificação pela qualidade de fornecimen-to: o modelo de bonificação adotado tambémtem que ver com a qualidade de fornecimen-to que cada distribuidor oferece nas suas redes. Neste sentido, a HC Energía registouuma qualidade de fornecimento muito supe-

rior à média nacional e o seu TIEPI (Tempo deInterrupção Equivalente da Potência Instala-da) — indicador que mede a qualidade de fornecimento — tem melhorado de forma pro-gressiva nos últimos anos.

b) Melhoria da eficiênciaCasos dos projetos OPEX e Lean.

InovaçãoA HC Energía está a colaborar com a Univer-sidade e outras empresas em alguns proje-tos. De destacar, a avaliação do estado dos cabos subterrâneos de média tensão de acor-do com as descargas parciais online, e os sis-temas de armazenamento de energia elétri-ca mediante baterias redox.

AmbienteFoi constituída uma equipa de trabalho paraa obtenção da certificação ISSO 14001.Indicadores: integração paisagística, emissõespara a atmosfera SF6, contaminação dos solos, resíduos, subprodutos e ruído.

Sistemas de Gestão de redeGIS: sistema de informação geográfico ondese encontram todas as instalações da HCEnergía Distribución Eléctrica, que permiteuma localização mais rápida de qualquer incidência e uma reposição eficiente do fornecimento. O sistema dispõe das proprie-dades de cada elemento e de toda a informa-ção detalhada sobre a rede de fornecimento.NM (Network Manager): sistema de explora-

ção de tempo real, utilizado no Centro de Controlo (Despacho Central de Distribuição).Inclui o SCADA e aplicações avançadas (gestão de avarias, brigadas, cálculo de indicadores de qualidade, etc.)

A HC Energía Distribución Eléctrica dispõe ain-da de um Centro de Controlo na SE de Corredoria e uma réplica do sistema nas lojasde La Gesta (Oviedo), que permite conhecer asituação real da rede e que, além disso, ao sercontrolado à distância, permite minimizar otempo de interrupção de fornecimento.

SAP, RM e PM: gestão das ordens de manu-tenção e projetos de extensão da rede. Dis-põem de um módulo de comunicação comempreiteiros.DPLAN: sistema de planificação da rede, omesmo que é utilizado pela EDP.

VendasEm Espanha, a Distribuição não vende. Todaa energia é vendida pelos geradores aos comercializadores. A Distribuição apenas ope-ra a rede. O valor da energia a circular pela re-de é de 9.751 GWh.

Investimentos na qualidade de serviçoNo último Plano de Negócios preveem-se alguns investimentos em energia elétrica de300 milhões de euros, que compreendem aextensão a novos territórios, a operação demanutenção das redes atuais, assim como oreforço das zonas de distribuição.

Km de rede:

Alta Tensão = 50 e 132 kVMédia Tensão = 22 kVBaixa Tensão = 400 V

Alta Tensão = 1.416 kmMédia Tensão = 5.931

Baixa Tensão = 14.679

Idade (anos)menos de 30 entre 30 e 40entre 40 e 50entre 50 e 60mais de 60

Classificação Profissional

DirigentesQuadros SuperioresQuadros MédiosQuadros IntermédiosQualificados e Alt. Qualificados

Formação (horas)

EspecíficaCorporativaUniversidade Corporativa

Colaboradores: 298

115410111319

5374414765

2.9513.924404

HC Energía Distribucíon já atingiu 650.000 clientes

espanha

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o n 3 3o n 3 3

em foco

A Distribuição, liderada por Miguel Setas desde início de 2010, realizou uma experiência única noGrupo EDP. O planejamento estratégico da área foidefinido conjuntamente com os colaboradoresatravés de uma pesquisa realizada na intranet ecom os resultados, realizou-se um roadshow paradivulgar a estratégia aos cerca de 2000 colabora-dores.O crescimento da economia no Brasil influenciou oaumento no consumo de energia. Cresceram também a energia vendida e a distribuída. Foi umano de muitas conquistas para as distribuidorasEDP Bandeirante e EDP Escelsa.• A EDP Bandeirante ultrapassou a marca de 1,5milhões de clientes • Redução dos deslocamentos improcedentes – de30% para 12,69% na EDP Escelsa e de 30% para14,56% na EDP Bandeirante• Inauguração do novo Call Center integrando asduas distribuidoras • Redução de 25% dos acidentes com colaborado-res e de 10% com prestadores de serviços• As perdas comerciais apresentaram redução emrelação a dezembro de 2009 (0,38 pp na EDP Bandeirante e 1,05 pp na EDP Escelsa)• A Pesquisa de Clima Organizacional 2010 reveloucolaboradores mais motivados (a motivação naDistribuição subiu de 60% para 70%• O projeto Lean realizou 245 ações do 5S e 117ações de outras atividades com bons resultados(redução de 48% do tempo de realização do pedidode reposição; redução de 16% do tempo de reposição de material; 10 toneladas de papel; seis caminhões de entulho)

InovaçãoDestaca-se o lançamento da primeira rede deabastecimento de veículos elétricos do Brasil, com20 postos espalhados por várias cidades de SãoPaulo e Espírito Santo. E ainda a doação de 90 bicicletas a entidades municipais e de segurançapública. As redes inteligentes na distribuição constituemoutra área de atuação. Além da colocação de

telemedidores nos clientes de AT e MT, foi lançadoo projeto ClimaGrid, em parceria com o InstitutoNacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que seprevê realizar em três anos, e que pretende fazer com que dados de vento, chuva, vegetação,raios e temperatura passem a fazer parte do sistema elétrico de forma simples e intuitiva. O Prêmio EDP 2020, que quer estimular o desenvolvimento de projetos inovadores no setor energético já teve o seu primeiro vencedor: Gabriel Domingos com o tema sobre bio-reciclagem dosresíduos orgânicos domésticos. Até 2020, a EDPinvestirá R$ 1 milhão em ideias que valorizem os novos paradigmas do setor energético.

Indicadores da qualidade do serviço Vitória, no Espírito Santo, está entre as capitais commelhores desempenhos de DEC (Duração Equiva-lente de Interrupção por Cliente) e FEC (FrequênciaEquivalente de Interrupção por Cliente). Nos últimos três anos, manteve o índice de três interrupções por ano (FEC), e em 2010, ficou abaixo de três horas de interrupção (DEC). A médiaexigida pela Aneel (Agência Nacional de EnergiaElétrica) para a região é de cinco interrupções por ano e duração de seis horas por ano.

Eficiência EnergéticaEm 2010, o Grupo investiu cerca de R$ 25 milhõesem Eficiência Energética. Na EDP Bandeirantedesenvolve-se o projeto de Eficientização Semafóri-ca (uso da iluminação LED de alta eficiência emsistemas de sinais de trânsito) onde, em quatroanos, já houve reduções de 90% de gastos comenergia. Também investe em eficiência energéticanas comunidades de baixa renda: “o Projeto BoaEnergia Solar”, em parceria com a Companhia deDesenvolvimento Habitacional Urbano do Estado deSão Paulo, onde substituem lâmpadas incandes-centes por fluorescentes compactas e fazem a ins-talação de sistemas de aquecimento solar de água;o projeto “Boa Energia na Comunidade”, além deatendimento e identificação das residências com ligações clandestinas, a empresa entrega kitsde

lâmpadas eficientes e realiza ações para o uso racional de energia. A EDP Escelsa também atuanas comunidades que atende. No estado capixaba,75 mil clientes já receberam novas lâmpadas, gela-deiras, e regularizações dos padrões de energiaelétrica. Até o fim deste ano, o programa tem previ-são de substituir mais de seis mil geladeiras.O Grupo EDP destacou-se no setor nos últimosanos, com a implementação de ações que reduzi-ram o consumo de energia. Um esforço reconheci-do por diversas entidades e que já possibilitou aconquista de vários prêmios (Prêmio EstadualFIESP de Conservação e Uso Racional e o PrêmioNacional Procel).

Investimento SocialA Distribuição já investiu cerca de R$ 2,4 milhõesem ações e programas focados na educação, cultura, desenvolvimento local, desporto e assis-tência social. Merecem destaques os programasEDP nas Escolas, EDP Solidária, EDP Amiga daCriança e Letras de Luz.

Investimentos A EDP Bandeirante e EDP Escelsa totalizaram,juntas, um investimento de R$ 376,7 milhões, demonstrando o comprometimento da EDP com o desenvolvimento das regiões onde atua. Os investimentos da EDP Bandeirante totalizaramR$ 188,9 milhões – o maior valor desde a privatização da empresa, em 1998. Além de investir na expansão da rede elétrica, nomelhoramento de linhas e redes de distribuiçãoe no combate às perdas não técnicas, e no Progra-ma Luz para Todos (para levar energia a zona rural), a ampliação de 5 subestações, a construçãoda Subestação Pedreira, em Itaquaquecetuba, e o acréscimo de aproximadamente 1.401 km de redes.No Espírito Santo, foram construídas dez novassubestações e ampliações de outras dezesseis,com reforço do sistema em 497,5 MWA’s em doisanos, o que representa um crescimento de 30% decapacidade instalada.

Distribuidoras atendem 2,7 milhões de clientes

Lucro líquidoEDP Bandeirante: R$ 278,24M EDP Escelsa: R$ 178,6M

Energia vendidaEDP Bandeirante: 9.038 GWhEDP Escelsa: 5.211,89 GWh

Distribuída aos clientes livreEDP Bandeirante: + 12%EDP Escelsa: + 38,5%

Total Energia distribuída EDP Bandeirante: 14.310 GWhEDP Escelsa: 9.439,12 GWh

Principais desafios para 2011

• Satisfazer os clientes

• Maximizar receitas

• Desenvolver as pessoas

• Bater a empresa referência

• Planejar os investimentos

• Promover inovação tecnológica

• Otimizar gestão de fornecedores

• Difundir a cultura da EDP

• Implementar o modelo de excelência de gestão

• Gerir riscos

brasil

DISTRIBUIÇÃO EM NÚMEROS 2010

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JOÃO TORRESÂNGELO SARMENTO

MIGUEL STILWELL D’ ANDRADE

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spotlight À conversa com...

O Programa Distribuição 2012 resulta de um plano estratégico, para o período de 2010 a 2012,com quatro eixos principais de atuação: Risco Controlado, Rentabilidade Superior, ExcelenteQualidade de Serviço e Inovação Constante e, ainda, um eixo transversal do Programa,denominado Cultura Organizacional. Característica comum é o elevado grau deacompanhamento, pontuado por reuniões regulares, mensais, entre os promotores dasdiferentes iniciativas e as primeiras linhas da empresa. Um fórum em que se partilhaa informação e definem os próximos passos. Nesta entrevista, o Conselho de Administração daEDP Distribuição traça o retrato da empresa, num momento considerado decisivo para o setor

Os desafiosda Distribuição

João Torres, presidente do Conselho deAdministração da EDP Distribuição e osmembros da sua equipa, Ângelo Sarmento

e Miguel Stilwell d’Andrade, são os grandes responsáveis do Programa Distribuição 2012. Umprograma ambicioso, que pretende preparar aempresa para os próximos desafios.

Em termos gerais, como defineo Programa Distribuição 2012?João Torres (JT):Trata-se de um programa de

mobilização, estruturado em quatro eixos, parachegarmos aos objetivos que definimos neste Pla-no de Negócios. É um plano com um grande en-volvimento do Conselho de Administração e que,pela sua diversidade e alcance, queremos que se-ja o espelho do envolvimento de toda a empresa,razões pelas quais mobilizámos muita gente pa-

ra as equipas de trabalho e para as diversas inicia-tivas. É um programa muito dinâmico e que, atéagora, tem vindo a correr bastante bem.

Quais são os objetivos principaisdo eixo Risco Controlado?Miguel Stilwell d’Andrade (MSA): Dentro do

tema do Risco Controlado, há quatro objetivosprincipais: a gestão dos desafios regulatórios, ocontrolo de gestão – incluindo a qualidade deinformação fornecida a terceiros – o modelo deoutsourcing, associado, também, à gestão docapital humano e, por fim, a gestão dos riscosambientais e de sustentabilidade. A distribuiçãoé altamente regulada, existindo um diálogo cons-tante com a ERSE, particularmente relevante em2011, porque se define o próximo período regula-tório. Criámos, aliás, grupos de trabalho especifi-

camente associados a esta matéria.No âmbito do tema do ambiente e sustentabi-

lidade, é pacífico, que a sociedade se está a tornarcada vez mais exigente, o que cria uma série denovos desafios, que a Distribuição tem de ultra-passar para conseguir implementar o seu planode negócios.

Que iniciativas-chave estão previstasdentro do eixo Rentabilidade Superior?MSA:É um eixo que está muito ligado ao an-

terior. Temos como objetivo claro melhorar a ren-tabilidade da EDP Distribuição. Para o atingir pre-cisamos, por um lado, de controlar os custospromovendo programas como o OPEX e, poroutro, otimizar o investimento e a gestão de ati-vos. Saber onde e como estamos a investir. E,assegurar que esse investimento seja alocado

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àqueles projetos que tenham um maior impactona qualidade de serviço, na redução de perdas ena redução de custos.

A Distribuição tem uma estrutura vasta. Aocriarmos um fórum e ao definirmos claramenteas políticas, prioridades e os objetivos, encontra-mos aqui um espaço para as próprias pessoasirem partilhando as melhores práticas. Umexemplo é o tema do OPEX. É muito fácil ter umprograma top-down. Mas aqui, o que temos é aoportunidade de partilhar iniciativas específicasdo OPEX entre as várias direções. No tema dasdeslocações e custos, adotámos medidas práti-cas como, p.e., a introdução de mais videoconfe-rências e o início das ações de formação uma ho-ra mais tarde, no período da manhã, evitando inú-meras deslocações, designadamente, de véspe-ra. Rapidamente, difundimos e partilhamosalgo que constitui um contributo significativopara a questão da rentabilidade.

De que forma é que estão a assegurara transmissão de conhecimento?MSA:É um tema crítico para a Distribuição.

Há 10 anos, tinha quase 10.000 pessoas. Atual-mente, são cerca de 3.600 e, daqui a dez anos, éexpectável que o número seja inferior a 2000.Há necessidade de gerir este conhecimento e deassegurar que ele se mantém internamente.

Existe uma equipa de trabalho, a “In & Out”, queestá a definir que tipo de competências quere-mos e podemos manter internamente e, aque-las que poderemos externalizar aos prestadoresde serviços.

JT:Perceber o que hão de ser as atividades e ascompetências da EDP Distribuição no futuro, éum trabalho decisivo, estratégico, alinhado comuma visão de empresa de mais longo prazo.Entretanto, temos lançado um conjunto de ini-ciativas, porque não podemos parar na constru-ção desta nova empresa.

Fizemos um recrutamento muito forte nos últimos anos com a contratação de cerca de umacentena de novos colaboradores. Atualmente, cer-ca de um terço dos quadros superiores em posi-ções de chefia, têm menos de 40 anos, mercê deuma política de rotação e de colocação de novosdesafios. A par disto, na gestão da sabedoria, fazendo uso das competências dos nossos qua-dros mais experientes, somos francamente ino-vadores naquilo que são as políticas de acompa-nhamento destes jovens - com programas de men-toring, de coaching, com meios internos, em quedesafiamos aqueles quadros a ajudar os mais jo-vens. Mais recentemente, temos estado todosmuito envolvidos na Escola da Distribuição.

Ângelo Sarmento (AS):Um dos objetivos daEscola de Distribuição é precisamente esse: a

retenção de conhecimento e a forma como ele étransmitido das gerações mais antigas para asmais novas. Vem de encontro a esta preocupaçãode reter internamente aquele que é o conheci-mento coredo negócio da Distribuição.

Outra realidade atual é a da mobilidade.Como têm reagido os colaboradores aestas mudanças?JT:Procuramos ser uma organização dinâ-

mica. Acreditamos que as pessoas têm muitomais potencial do que imaginam e, quando sãoconfrontadas com novas situações, trazem ideiasnovas, Por isso, temos desafiado muita gente adesempenhar outras funções e o balançoque fazemos ultrapassa as nossas melhoresexpetativas.

Nas reuniões regulares que fazemos aprovei-tamos para ter espaços abertos de debate. Faz par-te do processo da transformação cultural. Senti-mos que temos evoluído, que somos uma empre-sa muito mais ágil e disponível, com um leque deconhecimentos mais alargado, em que as pessoasencaram a mudança de uma forma positiva. Temos um índice de satisfação, na EDP D clara-mente acima do que se poderia esperar de umaempresa com esta dimensão, porque há este tra-balho contínuo de atenção às pessoas, que exigi-mos a todos os dirigentes. Os resultados ao nível

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da satisfação dos colaboradores, refletem o factodos planos de ação, em cada unidade denegócio, terem um acompanhamento estreito emque a motivação é elemento essencial. AS:Estamos a colocar a tónica num conjunto

de valores que estão a alinhar-se bem com acultura que queremos para a empresa, bem pa-tente em cada um dos eixos.

Voltando à racionalização de custos,como é que se consegue compatibilizareste objetivo e a necessidadede prosseguir uma políticade investimento?MSA: Racionalização de custos é ser mais

eficiente no que faço. O investimento focado éperceber onde devo aplicar o dinheiro. Consigoaproveitar os recursos de uma forma maisotimizada se os conseguir direcionar para o quetem maior impacto. Não são coisas incompatí-veis. Um bom investimento pode e deve permi-tir uma redução de custos. Investimento equalidade de serviço, andam de mãos dadas naDistribuição, com resultados que refletem umagestão muito criteriosa.

Quais são os principais riscos ambientaisna atividade da EDP Distribuição?JT: Apetece-me responder: são cada vez

menos, em função das medidas que vimos ado-tando. Mas o tema do Ambiente e Sustentabili-dade está, de forma crescente, na nossa agenda.MSA: Os riscos ambientais do negócio não

mudaram muito, o nível de exigência da socie-dade é que é cada vez maior. Há riscos decor-rentes da própria atividade da distribuição,como, p.e., o tratamento de resíduos, que temde ser gerido com cuidado. Há, também, anecessidade de compatibilizar atividades queexercemos e que são objeto de restrições várias.Por exemplo, não podemos passar redes por zonas protegidas sem determinados licencia-mentos; como estamos em todo o lado, é neces-sário trabalhar com as várias entidades de forma a minimizar os impactos ambientais quepossam existir no terreno.JT: A criação de faixas de proteção das linhas

aéreas, por exemplo, é um tema decisivo. Nãosó pelo impacto ao nível da qualidade de servi-ço, mas também como factor de prevenção eproteção contra incêndios e preservação dabiodiversidade. Como temos cerca de 220 milquilómetros de linhas, a EDP Distribuição tema responsabilidade de saber fazer melhor. Tem

de ser um traço distintivo e sempre presente nanossa atuação. MSA: O tema é caro para a Distribuição.

Organizámos um “Encontro de Ambiente e Sus-tentabilidade” em 2009 e, outro, em 2010. Reali-zar-se-á, no próximo mês de junho um novo “En-contro. São espaços de debate em que se reúnemsensibilidades da EDP Distribuição, de outrasempresas do Grupo, e de entidades externas queconvidamos, onde se faz um balanço do que foifeito e se discutem as prioridades para o futuro.

A regulação pode condicionar, de algumaforma, os objetivos relativos aos eixosRisco Controlado e RentabilidadeSuperior?MSA:É o aspeto que pode ter mais impacto na

Distribuição. Vamos entrar agora num períodode discussão para o próximo período regulatório,de 2012 a 2014. Temos de perceber, junto do Regulador, como conseguir alinhar os interessesda Distribuição com aquilo que são os interessesdo consumidor e, os de todo o setor. É esse traba-lho que fazemos com a ERSE, procurando que oRegulador seja, de facto, o fiel da balança.

JT:Fazendo o equilíbrio entre as empresas dosetor e os consumidores finais. Quanto maisinformação facultarmos, quanto melhor e maisrigorosamente transmitirmos aquilo que são asnossas questões, mais ponderadas serão as suasdecisões. Temos feito esta aproximação procu-rando explicar aquilo que é o dia-a-dia daDistribuição e os desafios que lhe são colocados.Sabemos que o Regulador quer regular bem eque a nossa contribuição é essencial.

Passando a outro eixo do P2012, o daExcelente Qualidade de Serviço, podemosdizer que essa mesma qualidade deserviço melhorou de forma substancialnos últimos anos?AS: Indiscutivelmente. Em termos do princi-

pal indicador da Qualidade de Serviço, o TIE-PIMT, vulgo TIE (Tempo de Interrupção Equi-valente), eu diria que, nos últimos dez anos,melhorou de forma segura e gradual. De umvalor inicial de 480 minutos, estamos atualmen-te estabilizados abaixo dos 120 minutos, o quesignifica uma redução de 75 por cento. Natural-mente, esta redução é ao nível global. Há semprealgumas zonas que não estarão tão bem quantooutras. No programa de Distribuição 2012, noeixo Excelente Qualidade de Serviço, a tónica que

colocamos é a de reduzir estas assimetriasprocurando nivelar pelas zonas onde a perfor-manceé mais positiva.

Este desempenho é essencial para a boaimagem do Grupo, já que uma grandeparte das críticas à EDP vem desta área…AS:Temos que estar preparados não só para

aqueles dias, que chamamos “de Primavera”, emque invariavelmente a rede tem um desempe-nho muito bom, mas também para os dias em quehá fortes perturbações ao nível atmosférico que,de facto, nos causam alguns problemas, obrigan-do-nos a estar cada vez mais atentos e melhorpreparados. Mas também é necessário melho-rar no plano da comunicação com o cliente, demodo a facultar-lhe com rapidez e exatidão, ainformação que ele necessita.

No entanto, mesmo em situações de rede per-turbada a nossa resposta tem sido cada vez maiseficaz para o que, muito tem contribuído a apli-cação do POAC (Plano Operacional de Atuaçãoem Crise) o qual, num curto lapso de tempo, nospermite mobilizar equipas pelos períodos que serevelarem necessários, operacionalizar recursos

e gerir os meios adequados à reposição da norma-lidade, num trabalho que envolve a ProteçãoCivil, Municípios e Bombeiros.

O tema comunicação tem sido recorrentenesta conversa…JT: Estamos todos a aprender a comunicar da

forma mais eficaz. De facto, trata-se de umalabuta permanente perseguir os objetivos deter-minantes para a Distribuição. Só com muitotrabalho, um grande profissionalismo, uma equi-pa coesa, capaz de executar cada vez melhor é que,por exemplo, conseguimos melhorar a qualidadede serviço em 75 por cento em dez anos; uma cul-tura organizacional que tem permitido fazer investimentos criteriosos, que, nesse período atin-giram cerca de três mil milhões de euros.

São feitos notáveis em que a comunicaçãodeste trabalho nem sempre resulta como am-bicionamos. Vamos tendo sempre notas mui-to positivas, mas temos um grau de exposiçãomuito elevado e, por isso, é fácil ficarmos sobcrítica, do que sermos valorizados pelo nossodesempenho, até porque, o nível da qualidadede serviço que prestamos já está interioriza-do, é normal, é um dado adquirido. Temos fei-to um bom trabalho, mas as pessoas vão sen-do cada vez mais exigentes em relação à qua-

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Procuramos ser uma organização dinâmica. Acreditamos que as pessoas têm muito mais potencial do queimaginam e, quando confrontadas com novas situações trazem ideias novas. Por isso, temos desafiadomuita gente a desempenhar outras funções e, o balanço que fazemos é francamente positivo

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lidade de serviço que é, sem dúvida, quali -dade de vida.

No que diz respeito aos prestadores deserviços externos, quais são as medidas aimplementar para a melhoria sustentadana execução de trabalhos?JT:Já nos é difícil viver sem os prestadores de

serviço. Mas temos um nível de outsourcingequi-librado e iremos tomar decisões em relação àqui-lo que consideramos o nível adequado para estaempresa. Neste campo, uma das marcas dos últi-mos anos é o facto de tratarmos os nossos pres-tadores de serviços externos como parceiros,assumindo que eles têm um papel cada vez maisrelevante.

Mas não nos demitimos de fazer concursos exi-gentes, de introduzir níveis de serviço alinhadoscom aquilo que são os nossos próprios níveis dedesempenho. Há uns anos, tínhamos um núme-ro significativo de serviços diretos da EDP Distri-buição, que reduzimos mantendo o mercadocompetitivo. E temos uma ideia de parceria, parauma relação de longo prazo, em que os nossosPSE’s têm de melhorar em vários aspetos. Por-que temos a noção que o desempenho e a qualifi-cação dos prestadores de serviços externos sãoestratégicos para o desempenho da própria EDPDistribuição. Que se revela não apenas em termos

contratuais, mas também, em áreas tão impor-tantes como a prevenção e segurança, ondepromovemos ações conjuntas. É um facto que,atualmente, tratamos os nossos prestadores deserviços como o fazemos com os nossos trabalha-dores e, nessa perspetiva, queremos que interio-rizem os valores do nosso Código de Conduta naforma como se apresentam perante os Clientes.

No serviço ao cliente, que iniciativasexistem para redução de tempos deligação, resolução de reclamaçõese de reposição de serviço?AS: Está prestes a ser divulgado o “Manual de

Ligações”, instrumento que define um conjuntode procedimentos e recomendações, para trans-mitir ao cliente e que, internamente, permitiránormalizar estes procedimentos melhorando aresposta ao cliente.

Ao nível das reclamações, estamos a analisartodo o ciclo do processo de reclamações, identifi-cando, não só os estrangulamentos, como asmelhores práticas internas, de forma a otimizar

esse ciclo. Temos de ser mais rápidos e maisefetivos na forma como comunicamos com ocliente, dar respostas de uma forma clara, menostécnica, mais próxima do cliente, numa lingua-gem mais comum mas, igualmente, rigorosa. Aonível da reposição de serviço, um dos aspetos queo cliente mais valoriza é saber quanto tempo demoramos a reparar uma avaria, sobretudo,aquela que o afeta. Um dos focos desta equipa édefinir a forma mais eficaz de passar a informa-ção ao nível do contact center,o suporte e o tipode comunicação que é preciso estabelecer.

MSA: A propósito, já entrou em serviço, nofinal de novembro, a Linha Empresarial. Os maio-res clientes empresariais em Portugal Continen-tal passaram a ter um acesso prioritário e direto aesta informação. Tem tido um grande sucesso,com um feedbackmuito positivo por parte dosclientes. Começámos com um grupo de cerca dedois mil clientes que vamos triplicar.

Passando a uma vertente não menosimportante, a da iluminação pública (IP)…JT:O tema da IP é, também, um daqueles em

que temos trabalhado em estreita colaboraçãocom os municípios, ao nível da procura dasmelhores e mais adequadas soluções, suportadasem novas tecnologias que aportem maior eficiên-cia energética e permitam a redução dos custos

associados. Por outro lado, fomos percebendo quecerca de um terço das comunicações que recebía-mos no contact centereram relativas à IP. Esta-mos, nesta altura, a experimentar uma linha de-dicada para a iluminação pública, com atendimen-to especializado que, cremos, nos permitirá darum salto qualitativo.

O InovCity veio, também, contribuir para aeficiência energética. Que balanço se podefazer até agora?AS: O feedbackda InovCity é muito positivo.

É um projeto que muda por completo o paradig-ma no negócio da energia, na distribuição, e naforma como nos vamos relacionar e comunicarcom os clientes. A rede vai modernizar-se, nosentido de poder atrair e integrar um conjuntode novas formas de produzir energia, desde amicrogeração, aos veículos elétricos. Vamos sen-sibilizar o cliente para as questões da eficiênciaenergética. Dar-lhe a conhecer os seus consumosreais, num curto espaço de tempo. Estamosnuma fase-piloto, de validação de todo o concei-

to, mas tem sido uma experiência muito enrique-cedora para todos.

MSA: O InovCity foi lançado em 6 de Abril de2010, em Évora. Não deixaremos de assinalar oseu 1º aniversário. Poderemos, então, começar afazer um balanço do que foi este processo, não sóem termos operacionais, mas do ponto de vistado consumidor, para, entre 2011 e 2012, perceberse vamos fazer um roll out e, em que moldesserá feita a extensão deste projeto no territórioportuguês.

JT: O projeto InovGrid – o InovCity é a mate-rialização da ideia e do conceito de inovação – éum projeto de desenvolvimento de redes inteli-gentes, de que nos orgulhamos muito e que co-loca a EDP e a EDP Distribuição na linha da fren-te do que se está a fazer em termos europeus emundiais. Na primeira fase, exigiu uma grandemobilização tecnológica, mais recentemente, amobilização centra-se na atenção a dispensar aoconsumidor, bem como no que aquela tecnolo-gia pode vir a possibilitar.

A mobilidade elétrica está na ordemdo dia. Os resultados estão dentro dasexpetativas?AS: Tem vindo a cumprir-se o Programa,

bastante ambicioso, definido pelo governo, deinstalação de pontos de carregamento ao longo

do país. Há 25 capitais de distrito que deverão seras cidades-piloto neste projeto. Nesta altura, játemos cerca de 300 pontos de carregamento.Começam já a ser instalados pontos de carrega-mento rápido nalgumas estações de serviço. E, atéao final do ano, o projeto prevê que tenhamosinstalados, no mínimo, 1.300 pontos de carrega-mento lento e cerca de 50 pontos de carregamen-to rápido, o que permitirá que, p.e., empresas comfrotas de veículos elétricos tenham, a curtoprazo, garantias da existência de pontos de carre-gamento dos seus veículos.

JT: É um desafio nacional muito exigente. Épreciso identificar os locais, ter interações comos municípios e com o GAMEP (Gabinete para aMobilidade Eléctrica em Portugal), encontrar assoluções elétricas, estabelecer a ligação com osdiversos fornecedores dos equipamentos. Estepapel de charneira foi entregue à EDP Distribui-ção e, como foi dito, temo-lo cumprido de formadeterminada e já reconhecida. De acordo comeste ordenamento jurídico da mobilidade elétri-ca, a EDP Distribuição criou duas empresas: a

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O projeto InovGrid – o InovCity é a materialização da ideia e do conceito de inovação – é um projeto de desenvolvimento de redes inteligentes, de que nos orgulhamos muito e que coloca a EDP e a EDP Distribuição na linha da frente do que se está a fazer em termos europeus e mundiais

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SGORME (Sociedade Gestora de Operações daRede de Mobilidade Elétrica), que assegura agestão do sistema, onde tem uma posição maio-ritária, e a EDP MOP, que assegura a instalação ea manutenção dos equipamentos. Tivemos quemobilizar e dar passos, até em termos organizati-vos, que permitem responder melhor ao que nosé pedido.

Podemos dizer que, também nesta área,estamos no pelotão da frente na Europa?JT:Estou certo que sim. O projeto português

tem uma série de características inovadoras queo distinguem dos demais. Aliás, os equipamentosjá vão sendo exportados. Existem condições paraque a mobilidade elétrica resulte. Do ponto de vis-ta das infraestruturas, esperemos que apareçamveículos em número significativo, corresponden-do a esta rede.

AS:Ao nível do consumidor individual admi-to que possa ser mais difícil implantar este siste-ma, mas ao nível das empresas já começam asurgir sinais positivos. Fazem circuitos maiscurtos e é mais compatível, nesta altura, com adimensão e a oferta dos pontos de carregamento.

A EDP Distribuição tem uma estruturaque acompanha tudo o que se relacionacom o eixo Inovação Constante, há até um

Governo da Inovação…AS:De facto, criámos na EDP Distribuição uma

estrutura para acompanhar e dinamizar todas asiniciativas ligadas à inovação. Todos estes temasde que falamos – redes inteligentes, veículoelétrico e outros – são claramente inovadores, masnão se esgota aí a inovação numa empresa com anossa dimensão. Há um conjunto de boas ideias,a vários níveis, que devem ser canalizadas e trata-das de uma forma organizada e sistematizada.Para esse efeito, criámos uma Comissão de Inovação, constituída pela macroestrutura, ele-mentos das várias direções, e criámos tambémuma equipa, que designámos por “Magnet Team”,para energizar as várias unidades operacionais.

Quais são as palavras-chave no eixoCultura Organizacional?JT: O Programa Distribuição 2012 é um

programa de mobilização. Tem quatro palavras-chave, que não resultaram só de decisão doConselho de Administração: saíram do trabalhodesenvolvido em diversos níveis para conseguir-mos estruturar o programa. O Plano de Negóciose o Programa Distribuição 2012 tiveram umareflexão prévia, uma mobilização significativa dosquadros da EDP Distribuição. As quatro palavrastraduzem a nossa forma de estar, os traços distin-tivos da Cultura Organizacional da Empresa, que

é um eixo transversal deste Programa. Desde logo, “Execução”: Porque esta empre-

sa executa. Promete: Entrega! É uma empresa,que é chamada nos momentos em que é preci-so fazer acontecer. E, é uma empresa, do pontode vista do controlo de custos e de prazos,muito disciplinada.

A segunda palavra é “Envolvimento”. Numprograma anterior tínhamos usado a palavraproximidade, mas não era suficiente paratraduzir aquilo que é realidade, porque a proxi-midade por si só, não espelha aquilo que éoutra marca desta organização, o efetivo Envol-vimento.

Depois, “Simplicidade”. Fazer as coisas de for-ma simples, decidir de forma simples, eliminardesperdícios; a simplicidade no funcionamentointerno e na relação com os clientes, na relaçãocom os municípios e com as mais diversas enti-dades. Ambicionámos que esse relacionamen-to fosse o mais simples possível e que, nessarelação, todos sentissem que é fácil o acesso àDistribuição.

E, por último, a “Inovação”. Não só a inova-ção tecnológica e dos processos, mas a inovaçãona forma como nos relacionamos e gerimos aspessoas, como identificamos o potencial. Estassão ideias-chave que temos, que queremos quenos definam e que procuramos transmitir.

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Outsourcing As empresas recorrem à contratação de serviços comoforma de ajudar a atingir os objetivos definidos pela gestão. Quais são as vantagens desta prática para o Grupo EDP?

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gicamente, a EDP Distribuição tem-se focali-zado no Planeamento, definição dos Projetos-tipo, no Controlo e Monitorização das Redese na execução de alguns trabalhos de Manu-tenção.

O nosso percurso no outsourcing tempermitido:

• Reduzir custos, reduzir os investimentosem meios e consequentes compromissosfinanceiros, reduzir encargos de estrutu-ra, alocar melhor os investimentos;

• Melhorar o desempenho e a eficiência, garantindo a especialização e a otimiza-ção dos recursos em tarefas muito rotinei-ras e de grande volume;

• Garantir maior disponibilidade dos recur-sos internos na identificação de novas áreas de crescimento, novos métodos ehábitos de trabalho orientados ao serviçoe à flexibilidade,

• Cumprir com maior flexibilidade e rapi-dez as alterações decorrentes de novasexigências regulatórias.

Deste modo, temos vindo a alinhar progres-sivamente o modelo contratual aos objetivos definidos pelo negócio e utilizando o outsour-cingcomo instrumento de gestão, alinhando omodelo contratual à estratégia definida. Estemodelo pretende fomentar relações de parceriaduradouras e de mútuo benefício, garantindouma partilha de riscos consistente com o que cada um faz melhor.

No âmbito da permanente procura de melhoria, fator igualmente determinante nasustentabilidade do negócio, o contrato esta-belece os compromissos assumidos quanto aonível de serviço a atingir (SLA), paralelamenteà medição do desempenho da Qualidade Técnica, Ambiental e de Segurança. Todos estes fatores influenciam, de modo agregado, aaplicação de incentivos e de penalidades deco-rrentes do cumprimento ou incumprimento dosvalores negociados e contratualizados.

JORGE VENTURA - Direção de Gestão de Fornecedores

em debate

O peso do outsourcing nas empresas deinfraestruturas, designadamente nasutilities, tem vindo a crescer e represen-

ta hoje cerca de 48% do volume total de tra-balho. As empresas recorrem à contratação deserviços como forma de ajudar a atingir os ob-jetivos definidos pela gestão, garantindo des-ta forma maior capacidade de adaptação e fle-xibilidade para responder às necessárias alte-

rações do mercado. Também na EDP Distribuição, a procura de

uma maior agilidade e eficácia na resposta,tem levado a um progressivo aumento da con-tratação de serviços aproveitando o know-howe a especialização de empresas externas emdeterminadas funções-chave, permitindo àempresa concentrar as suas atividades nascompetências essenciais do negócio. Estrate-

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Uma das principais questõesdo cenário atual dos negóciosé a necessidade dasorganizações atuarem deforma competitiva. As principais vantagens dooutsourcing são financeiras,tecnológicas, competitivas ede foco no negócio. A esferafinanceira está ligada com aredução dos custosoperacionais e economia nautilização dos recursos daempresa. Outra vantagem é de ordemtecnológica, ou seja, ofornecedor disponibiliza àempresa as inovações quesurgem no mercado, pois emgeral as empresasprestadoras de serviços estãosempre buscando novastecnologias no sentido demelhorar os processos ereduzir custos. A empresa que adere aooutsourcing torna-secompetitiva por ser mais ágil,já que sua energia estáconcentrada nas questõesrealmente significativas eestratégicas para a empresa,ou seja, está focada no seunegócio. Todos esseselementos justificam aescolha do outsourcing.

Márcio Franco · Gestor Executivo de Suprimentos EDP Brasil

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As opiniões de diferentes personalidades

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No processo de otimização daengenharia da EDP Produçãoforam identificadas as suascompetências críticas e definidasestratégias para a realização dasatividades não core. Dentre elas, salienta-se a políticade outsourcing que permitiulibertar recursos das atividadesnão core; concentrar os restantesnas atividades core; e criar maiorcapacidade de ajustamento àvolatilidade da atividade deengenharia. Mais tarde, a introdução de umnúmero significativo de novosprojetos hídricos, veio alterar ocenário subjacente à política deoutsourcing. Originalmentefocada nas necessidades nãocore, estendeu-se a atividadescore, para as quais a Empresadispõe de valências, mas não dos recursos necessários aocumprimento de uma exigenteprogramação.De um cenário em que ooutsourcing abrangia já a quasetotalidade das atividades defiscalização, coordenação esegurança, topografia e fundiário,passou-se para um quadro emque também diversos projetosforam adjudicados externamente,face à impossibilidade de osdesenvolver em sobreposiçãocom outros realizados commeios internos.Apesar das vantagensidentificadas, a aplicação dooutsourcing numa área deengenharia específica, não éisenta de dificuldades, pelainadequada resposta domercado, em qualidade e prazos.

O grau de outsourcing na HCDistribuição tem vindo aaumentar de forma progressiva,como uma prática que permiteuma maior flexibilidade(flutuações da carga de trabalho)e redução de custos(especialização das empresas emenos investimentos emequipamentos) em determinadostrabalhos. Estes, ou bem que sãorepetitivos e de poucadificuldade, ou, embora maiscomplexos, podem ser realizadospor empresas especializadasseguindo os critérios gerais daHC Distribuição. Entre eles, a realização deprojetos; construção deinstalações e manutenção dasmesmas; telecomando dasinstalações; centro deatendimento ao cliente, assimcomo actividades onde existemempresas especializadas nonosso setor.Há, no entanto, outros trabalhosnão outsourcing, que exigem umgrande conhecimento da nossarede e são atividades com grandeimpacto nos nossos indicadoresde qualidade e na imagem danossa empresa perante osclientes.Nos últimos contratos realizadosem dezembro de 2010, foiestabelecida uma série decritérios para dar especialrelevância à qualidade esegurança. E, desta forma, sevalorizaram as ofertas: preço, em70 por cento; qualidade em 20;10 por cento em segurança.

José M.ª Rey Paredes· Responsable Servicios Técnicos da HC Energía

Na EDP Distribuição, aprocura de uma maioragilidade e eficácia naresposta, tem levado a

um progressivoaumento da contratação

de serviçosaproveitando o know

how e a especializaçãode empresas externas

em determinadasfunções-chave,

permitindo à empresaconcentrar as suas

atividades nascompetências

essenciais do negócio.

Clara Maia· EDP Produção

em debate

Jorge Ventura é quadrodo Grupo EDP desde

1978. Exerceu funçõestécnicas como

responsável de projeto,construção e manutençãode subestações de Alta,Média e Baixa Tensão,

em Portugal e ao serviçoda Companhia Eléctrica

de Macau (CEM), onde foimembro do “Grupo de

Intercâmbio Tecnológico“ com a RepúblicaPopular da China.

Integrou, em 1999, a“Equipa de

Reorganização daDistribuição. Com

formação na área daEngenharia de

Eletrotecnia, já passoupor diversas áreasdentro da empresa.Atualmente, lidera aDireção de Gestão deFornecedores da EDP

Distribuição.

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O que é o projeto Windfloat?É um projeto inovador na área da energia

eólica offshore, que está previsto ser colocadoem águas relativamente profundas. Há uma experiência já grande de energia eólica no mar,mas em profundidade de água relativamentebaixa, na ordem dos 20-30 metros. Para essasbaixas profundidades o que se faz é, grosso mo-do, utilizar as tecnologias que se utilizam emterra e passá-las para o mar. Isto é, há uma torre que tem uma turbina em cima, e essa torre tem uma fundação fixa, no fundo do mar.

À medida que se avança para águas mais pro-fundas, essa estrutura tem de ser mais comple-xa. E, claro, é mais cara.

Quais são as principais condicionantes do projeto?Há aqui um compromisso entre o que é o cus-

to, mas também qual é a fiabilidade, qual a segu-rança da estrutura, etc. O facto de estar sujeitoao impacto das ondas - que provocam vibraçõesna turbina e impactos sobre a estrutura – trazum conjunto de problemas de ordem técnica quese começa a avolumar. E se há alguma coisa quenós sabemos é que todas as operações no marsão muito caras. Enquanto nós estamos nas bai-xas profundidades, as soluções estão próximasdaquilo que já existe. São avanços incrementais.Mas a convicção é que quando se for acima dos50-60 metros de profundidade, a solução teráde ser diferente. É uma inovação disruptiva. Cor-ta com o passado. E esse corte é quando deixa-

mos de ter estruturas fixas para passarmos a terestruturas flutuantes. É esse passo que a EDPagora dá.

Em que fase se encontra nestemomento?A EDP sabe isso melhor que eu, mas está em

andamento. A maior parte dos materiais estãocomprados. A construção está já a processar-se.A primeira fase há de terminar com a assembla-gem do conjunto dos componentes que estão aser construídos. A turbina vem da Alemanha. As

partes maiores das estruturas flutuantes estãoa ser feitas em Setúbal, na Lisnave. E toda a mon-tagem será feita na Lisnave. E com isso acaba oque é a fase de produção e montagem.

Depois vem a fase de colocação no mar…Antes há o transporte dessa estrutura de Se-

túbal para a Aguçadoura (Póvoa do Varzim). Edepois vem a sua instalação. Há a colocação dasamarrações no mar, depois há a ligação daque-las estruturas às amarrações. Antes disso há tam-bém uma melhor caraterização do local, que jáexiste feita, mas que ainda pode ser melhorada.E depois entramos na fase propriamente de tes-te. Ela própria tem diversas etapas. A fase inicialé a mais trabalhosa, pois tem de se verificar todos os componentes. E é muito exigente emtermos do número de trabalhadores. À medidaque vamos ganhando experiência e confiançacom aquele equipamento, naturalmente que oacompanhamento vai sendo menor.

quem é quem Professor do Instituto Superior Técnico

Tirar partido das ondas e do vento da nossa costa é o objetivo do Windfloat. Um projeto, desenvolvido deforma pioneira pela EDP, que pretende revolucionar a forma como produzimos energia. Nesta entrevista,António Sarmento, presidente da Direção do Centro de Energia das Ondas, fala sobre as vantagens e sobre os riscos desta tecnologia

ANTÓNIO SARMENTO

Energia eólica offshore: o próximo passo

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o n 43

Professor do Instituto Superior Técnico quem é quem

v

E se as coisas não correrem tão bemcomo planeadas?Todas as equipas trabalham no sentido de evi-

tar que apareçam problemas, mas eles podemacontecer, dos mais simples aos mais críticos. Eé evidente que vão aparecer algumas questões.O que eu espero é que sejam facilmente contor-náveis. E eu digo isto, porque de acordo com aminha experiência, é inevitável que surjam alguns problemas neste tipo de projetos. Ao reforçar este aspeto, não estou a enaltecer asminhas capacidades de adivinho, mas é simples-mente para que as pessoas saibam: se há alguma certeza, é que vai haver problemas. E éimportante que as pessoas estejam psicologica-mente e financeiramente, preparadas para en-frentar esta situação. Eu penso que a EDP está.Um processo de inovação tem associado um processo de aprendizagem.

O que seria crítico acontecer?Se houver um problema daqueles que faz aca-

bar ali o projeto. Isso será crítico, mas ninguémespera ou deseja isso. Penso que a probabilida-de de tal acontecer é muito pequena. Mas mes-mo que aconteça um falhanço a 100 por cento,não podemos olhar para isso com uma mentali-dade, que é muito típica nossa, de não perdoaros erros. Eu costumo dar este exemplo: isto é omesmo que pôr um miúdo a andar de bicicletae esperar que o miúdo nunca chegue a cair. Todos nós sabemos que se cai das bicicletas, mes-mo que se saiba andar. Isto parece óbvio dito assim, mas não é tão óbvio quando se passa à realidade. Se isto acontece, quer dizer que as expetativas foram mal geridas.

Na sua opinião, como está a EDP a geriressas expetativas?

Penso que a EDP está a geri-las bem, pelasconversas e pelos contactos que tenho tido. Masobviamente que a gestão das expetativas não éapenas da responsabilidade da EDP. É tambémdas entidades públicas que financiam o projeto,das entidades que fiscalizam o projeto, etc. Toda a gente tem de perceber que este é um pro-jeto de risco. Que vai ter problemas. E que atépode correr mal. Mas o certo é que o caminhotem de passar por aqui.

Existe em termos de calendarizaçãoalguma previsão de quando estaestrutura poderá estar instalada?Prevê-se que o projeto esteja instalado em

agosto. Agora, a minha experiência diz-me que édifícil manter estas calendarizações. São siste-mas inovadores. Os problemas podem apareceronde menos esperamos. Até agora, não conheço

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quem é quem Professor do Instituto Superior Técnico

Professor Associado do Instituto Superior Técnico e presidente da Direção do Centrode Energia das Ondas. É membro da Direção da Associação Europeia de Energia dosOceanos, da Direção da Internacional Society of Offshore and Polar Engineering (EUA),consultor do governo escocês e do Energy Technology Institute (Reino Unido). Iniciou asua atividade em energia das ondas na área da hidrodinâmica no ano de 1978, tendoobtido o seu doutoramento pelo IST, em 1985, neste mesmo tema. Fundou o Centro de Energia das Ondas em 2003, onde tem tido um papel relevante nadisseminação do aproveitamento da energia das ondas e no desenvolvimento de políti-cas públicas para esta área. Nesse âmbito, tem igualmente desenvolvido estudos denatureza estratégica para empresas nacionais e estrangeiras.

ANTÓNIO SARMENTO

nenhum projeto destes que não tenha sofrido umatraso. Não quer dizer que não haja um planea-mento e que as pessoas não tentem respeitá-lo.Até podem acontecer atrasos que não tenhamque ver com as pessoas. Em agosto, o mar é cal-mo, mas ninguém está livre de aparecer uma si-tuação climatérica que não permita fazer aquelaoperação. Pode acontecer também que haja umatraso qualquer no estaleiro, ou no transporte. Enós vemos coisas tão triviais como edifícios oupontes, estruturas que se constroem às dezenas,em que acontecem atrasos de anos. Volto a reforçar: muitas das dificuldades têm que ver coma gestão das expetativas que as pessoas têm. Porisso, tem de haver aqui um esforço de apresen-tar o projeto, com todas as suas qualidades, mastambém reconhecer quais são os riscos que exis-tem e estarmos preparados para os aceitar.

Qual é a necessidade de se avançar paraum projeto destes em Portugal?A nossa costa é uma costa que afunda relativa-

mente depressa. As turbinas eólicas têm um im-pacto visual que é relativamente grande. Mais ain-da, a geração de turbinas de maior potência emaior dimensão, que serão utilizadas no mar. Nin-guém, penso eu, gostaria de ir à praia e ver o hori-zonte inundado de turbinas. Há a preocupaçãode colocar estas turbinas suficientemente longeda costa para não serem visíveis, ou pelo menos,de uma forma que não seja incomodativa.

E quais são as implicações ao nível daeficiência?Em termos de custos, a longo prazo, há uma

oportunidade para que estas turbinas não pro-duzam energia mais cara. Por dois motivos: porum lado, a intensidade do vento é maior se nosafastarmos um pouco da costa. Por outro, umasolução como esta do windfloatpermite que to-da ela seja feita no estaleiro. E portanto, o custoda instalação da turbina é relativamente barato,quando comparado com o custo de instalaçãodas turbinas fixas, porque essas obrigam a usarnavios que são específicos e que são caríssimos.

Pensa que este é o projeto que Portugalprecisa para tirar proveito da costamarítima?Este projeto permite explorar um recurso que

de outra forma não seria possível explorar de for-ma significativa. Se tiver sucesso permitirá fa-zer isso em Portugal e noutras costas. A EDP éuma empresa internacional e, portanto, tem aoportunidade de desenvolver uma tecnologiaque lhe permite, antes de outros, explorar esterecurso. E esse, penso que é um dos objetivos daempresa. Se houver ali, de facto, um produto degrande valor industrial, a EDP também vai tiraralgum benefício da componente industrial.

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Tem ideia de quanto se tem gasto nestaárea da energia das ondas?Nos últimos dez anos, ter-se-ão gasto 500 a 600

milhões de euros em toda a Europa. Mas, para teruma ideia, gasta-se, no desenvolvimento do foto-voltaico, mil milhões por ano. Hoje, todos os sucessos são construídos à custa de alguns falhan-ços, e as pessoas têm de ter essa perspetiva. Estaideia resulta apenas da nossa falta de experiênciacoletiva nestes processos de inovação.

Existe algum exemplo de sucesso naobtenção de energia em alto mar?Se retirarmos o petróleo e o gás, não podemos

falar ainda nisso. No campo não fóssil, as tecno-logias das ondas e do eólico offshore, em Portugal,são as duas com potencial. Noutras partes domundo há outras fontes energéticas. Há as correntes de maré. Há os próprios desníveis associados às marés, mas que na Europa são difíceis de implementar devido ao impacto ambiental. Há o gradiente térmico, que permite

aproveitar energia nas zonas tropicais equatoriais,aproveitando a diferença de temperatura entre ofundo do mar e a superfície. Há o diferencial sali-no, tecnologia que está a ser desenvolvida na Nor-uega, se tiver um rio muito caudaloso a desaguarno mar salgado, essa diferença de salinidade pode ser aproveitada para produzir energia elétrica. E depois, numa área completamente di-ferente, poderemos ter a produção de algas ma-rinhas, entre outras coisas, para biocombustíveis.

Daqui a quantos anos vamos poderproduzir energia a partir deste recursoeólico offshore?No eólico offshoreem águas pouco profun-

das, isso é já uma realidade. Em relação a tecno-logias para maiores profundidades os próximosdez anos serão decisivos. Neste momento, esta-mos a testar uma tecnologia que não é única. Háoutras empresas a explorar de forma diferenteo mesmo conceito das turbinas flutuantes, masé preciso que esta tecnologia mostre que é fiá-vel. Isso vai obrigar a construir um segundo gru-po de turbinas cujo objetivo não é tanto o custo,mas mostrar que funciona. Depois é precisomostrar que há um potencial para que os custossejam reduzidos. É necessário convencer as

seguradoras e os bancos de que o risco é limita-do. Aí já estamos a falar não na demonstraçãotecnológica, mas na comercial.

Penso que nos próximos cinco anos podere-mos estar numa situação mais clara em relaçãoa qual é o caminho tecnológico. Se é pela tecno-logia que a EDP está a desenvolver, se é uma outra concorrente. Pessoalmente acho que estatem muito potencial. Depois é preciso mostrarque aquilo é fiável tecnicamente. E depois que éfiável comercialmente. Em Portugal, as bar-ragens começaram por volta de 1940 e ficaramconcluídas trinta anos depois. Penso que se ascoisas correrem bem, se não houver impactossignificativos ambientais, nem conflitos de usosignificativos, e que o custo de energia consigaser atrativo, se calhar isto pode levar 40-50 anosa esgotar o nosso recurso.

O que é o Centro de Energia de Ondas?É uma associação privada, sem fins lucrati-

vos. Foi criada em 2003, e não é apenas um centro de investigação. Também o temos, mas a

nossa perspetiva é um pouco diferente. O nosso objetivo é que a energia renovável offshoresejauma realidade comercial. Que um dia haja umaindústria que permita produzir energia elétri-ca. Estamos claramente numa perspetiva de desenvolver aqui uma atividade comercial. Enessa linha, tentar identificar quais são as barreiras que se vão colocando, e de que formapodem ser mitigadas, ou até, removidas. Issoobriga-nos a trabalhar quase em todas as áreasonde temos capacidade.

Há pessoas a trabalhar numa parte mais tecnológica e um grupo na parte da modelaçãonumérica, que desenvolve ferramentas de cálculo que nos permitem estudar diferentes sistemas de energia das ondas. Temos um grupo que trabalha na parte ambiental e outrona parte de políticas públicas, a tentar que sejapromovida legislação que facilite todos os processos. Há ainda outro grupo que se dedica àdisseminação, quer para a sociedade em geral,quer para parte da sociedade específica. E temostambém, todos os anos, pessoas em formaçãoaqui, com estágios entre os três meses e nalgunscasos até de um e dois anos. E com isso tambémqueremos ajudar a que o mercado de trabalhofique mais rico.

o n 45

Professor do Instituto Superior Técnico quem é quem

Não queria deixar de tirar o chapéu à EDP, por enveredar por este projeto,que tem um grande potencial. Está de parabéns por esta iniciativa. Querodesejar o máximo de felicidades. E ao mesmo tempo pedir a todos osenvolvidos que, se as coisas correrem menos bem, não sejam os primeirosa atirar a pedra

WindfloatO WindFloat é uma estrutura flu-tuante patenteada, com designsimples e económico, para supor-te de aerogeradores offshore. As funcionalidades inovadoras doWindFloat, que atenua os movi-mentos induzidos pelas ondas epelos aerogeradores/vento, per-mitem implantar aerogeradoresoffshore em locais antes inaces-síveis, onde a água excede os 50metros de profundidade e os recursos eólicos são superiores.O sistema será testado na Aguça-doura, num parque EDP, ligado àrede, por um período não inferiora 12 meses, com o objetivo de va-lidar o desempenho da integraçãoentre o WindFloat e o aerogerador.Serão ainda realizados estudos decomissionamento/descomissio-namento e de operação e manu-tenção desta estrutura.

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A s sessões de formação e sensibilização do“Ser Líder EDP”, que decorreram até mar-ço, envolveram todas as chefias das várias

empresas do Grupo em Portugal. Trata-se de umaação de formação e sensibilização dirigida a todas as chefias do Grupo, sob a chancela da Uni-versidade EDP. Com esta iniciativa, pretende-sereforçar as competências e os comportamentosde liderança dos colaboradores com este perfil e,simultaneamente, dar a conhecer, mais aprofun-dadamente, o “Guia do Líder” (ver caixa).

A formação, com a duração de três horas, assentou numa metodologia interativa. Os parti-cipantes estiveram organizados em equipas deseis pessoas sendo que, cada um destes grupos,foi acompanhado por um energizador que tevecomo missão ajudar a equipa a percorrer um conjunto de exercícios.

Dinâmica de grupoNa primeira fase da formação os participantestrabalharam num mapa com informação sobreo que é ser líder. Apresentaram-se aqui exem-

plos e histórias de liderança, as competênciasdo líder EDP e os comportamentos que lhes es-tão associados. Fechado esse mapa, cada equipafoi convidada a participar num jogo de pergun-tas/respostas relacionadas com os processos RH.No final, todos receberam um certificado de par-ticipação e um CD com a versão digital do “Guiado Líder”.

Para o “Ser Líder EDP” foram preparados 50energizadores e formados cerca de 700 colabo-radores com função de chefia. Num total de duassessões, destinadas à formação dos energizado-res, e mais de 30 sessões para as restantes chefias.

Troca de experiênciasMaria Julieta Cuiça, da EDP Produção, foi umadas energizadoras nesta ação: “Gostei imenso eacho uma iniciativa muito interessante, quer emtermos de objetivo quer da própria dinâmica. É muito importante sensibilizar as pessoas paraa leitura e consulta do Guia do Líder e vejo a tro-ca de experiências que aqui acontece como umavertente muito importante deste exercício”.

Para Luís Damião, da EDP Valor, este encon-tro “foi importante para a troca de experiênciasentre os participantes e para visitar todos os pro-cessos RH que se encontram no ‘Guia do Líder’ -um bom instrumento de trabalho”.

A iniciativa começou em Portugal e, numa fa-se posterior, será partilhada e replicada nas res-tantes geografias onde a EDP desenvolve a sua ati-vidade e tem colaboradores, com a necessáriaadaptação de idioma e conteúdos.

capital humano“Liderança é um processode influência que tem comoobjetivo libertar ascapacidades e energia daspessoas e das instituições” António Mexia

“Ser Líder EDP” reforçacompetências de liderança

O “Guia do Líder” é um documento ondeestão consolidadas as principais ques-tões de Recursos Humanos, com as quaisas hierarquias se deparam no exercício dasua atividade, enquanto gestores de pes-soas, e onde é reforçado o papel do líderem cada um dos processos RH.

Guia do Líder

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o n 47

capital humano

Pelo terceiro ano consecutivo e no âmbi-to do programa +Conciliar, a EDP distin-guiu os filhos dos seus colaboradores quese destacaram pela performance escolare participação em atividades cívicas, sejade voluntariado, desportivas ou culturais,tendo recebido um total de 107 candida-turas.Segundo o administrador responsável pela área dos Recursos Humanos, Antó-nio Pita de Abreu, “o objetivo deste prémioé distinguir, entre os filhos dos colabora-dores aqueles que, desde cedo, têm pre-ocupações de cidadania, que têm umagrande interação com os outros e dão umpouco de si próprios à sociedade”.Carlos Carvalho Samouco (filho de um colaborador reformado da EDP Distribui-ção) e Francisca Neves Ribeiro (filha de umcolaborador da EDP Produção) alcança-ram o primeiro lugar no grupo do 9º ano.Em 2010, excecionalmente, e dada a pro-ximidade em termos de pontuação, a EDPreconheceu três vencedores do segundoescalão. Assim, Filipa Neves Ribeiro (filha de um colaborador da EDP Produ-ção), Frederico Ladeira Dias e Ana Regi-na Vieira de Castro (filhos de colaborado-

res da EDP Distribuição) foram os melho-res classificados do 12º ano.A qualidade das candidaturas foi igual-mente notória no grupo do ensino supe-rior, escalão onde foram escolhidos trêsvencedores: Filipa Lopes Fernandes, Ma-rina Basílio Pedro e Sara Silvestre Silva,filhos de colaboradores da EDP Distribui-ção, EDP Produção e EDP Valor, respeti-vamente, os quais levaram para casa oprémio referente ao primeiro lugar desteescalão.Além do reconhecimento pela sua pres-tação, os oito jovens receberam chequesbrinde com valores entre os 500 e os 1.500euros. Aos restantes candidatos foramatribuídos prémios de participação.São excelentes alunos que marcam pon-tos também no que diz respeito à partici-pação em atividades extra-curriculares,no campo da cidadania e da solidarieda-de. São um possível exemplo a seguir. Noentender de um dos vencedores: “É bompara os outros jovens, filhos de colabora-dores da EDP, verem que vale a pena terem atenção a sociedade em que nos inserimos e esse trabalho ser reconheci-do por uma empresa como a EDP”.

Saiba Mais Sobre (SMS), iniciativaque visa a partilha de conhecimento,onde se dá a conhecer aos colabora-dores do Grupo EDP o que de melhorse faz em cada área, realizou-se pela primeira vez fora de Portugalem colaboração com as áreas de Recursos Humanos. O tema desteSMS foi Compras no Brasil e contoucom presença do presidente da EDPBrasil, Pita de Abreu, com os vice-presidentes da EDP no Brasil, MiguelAmaro e Miguel Setas.Foram realizadas duas sessões, umana EDP Bandeirante (São Paulo) eoutra na EDP Escelsa (Vitória) tendoambas contado com um grande número de presenças, com umaapreciação final bastante positiva,que demonstra uma grande aceita-ção dos colaboradores do Grupo EDPpara este tipo de sessões.Na apresentação dos temas, foramapresentados exemplos de proces-sos de compra da área de comprasda EDP Brasil e um evento de Nego-ciação Online (e-auction) interactivocom os participantes, onde todos tiveram a oportunidade de efectuarlicitações e verificar o andamento doevento em tempo real.Realizada por colaboradores da EDPBrasil, dirigidos pelos seus gestoresLuís Gouveia e Márcio Franco, esteevento contou também com a pre-sença e colaboração do CPO do Grupo EDP, Luís Ferreira e colabo-radores da EDP Valor, João MarquesAlmeida e da HC Energía, Pablo Gar-cía Menéndez.

“É sempre muito importante vermos que aquilo quefazemos tem valor e é reconhecido”, referiu uma dasvencedoras do Prémio Cidadania Júnior 2010.A cerimónia de entrega dos galardões decorreuno dia 22 de dezembro, no Museu da Eletricidade

Juniores distinguidos por boa prestação

Saiba MaisSobre transpõefronteiras

+Conciliar

Os temas apresentados no SMS

• Procurement no Grupo EDP• Balanced Scorecard na áreade Compras da EDP Brasil

• Gestão de Fornecedores• Maximização de Sinergias• Evolução do Modelode Compras

• Análise de Preço de Mercado• Orientação para Mercado• Negociar na Internet

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capital humano

Para relevar a importância dos colaborado-res conciliarem as atividades do dia-a-diacom a vida pessoal, a área de Gestão do Capital Humano da EDP no Brasil, através do Programa Conciliar, realizou o tradicionalFestival de Desporto nas suas localidades. Colaboradores de diferentes áreas em SãoPaulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul eTocantins passaram um dia de atividades

físicas regadas de diversão e suor. O Festi-val de Desporto reforça a iniciativa do Grupoem promover a cultura coletiva em prol dasatividades físicas dos colaboradores. Ações do Conciliar, como o próprio festival,foram recentemente reconhecidas pelo mercado com o atribuição do Prémio Sode-xo Vida Profissional 2010, na categoria Qua-lidade de Vida.

Festival de Desporto

D epois dos workshopsde sensi-bilização à população alvo doprograma, foram inúmeras as

ideias apresentadas pelos colabora-dores percebendo-se uma tendênciapara propostas de iniciativas maisligadas à sua atividade diária.

Dentro da área técnica e de gestãode projetos, por exemplo, surgiramtemas como “Conhecimentos debase sobre a lógica/linguagem SAP”;“Operação de centrais térmicas”;“Operação de centrais hídricas”;“Segurança e saúde no trabalho:regras / procedimentos de segurançarelacionadas com a consignação deequipamentos; “Integração em Pro-jetos Internacionais”, “Planeamentode ações de comunicação”, entre mui-tos outros.

Na opinião dos participantes, estas iniciativas devem destinar-senão só a um público interno, colabo-radores mais recentes e/ou com me-nos experiência e conhecimentos emdeterminadas áreas, mas também aum universo externo, como é o casodas escolas profissionais e universi-dades e dos prestadores de serviços.

Embora nesta edição, e no total dasduas fases, tenham sido envolvidoscerca de 300 colaboradores, recorde-

-se que, nas empresas do Grupo emPortugal, a EDP tem quase três milpessoas com mais de 30 anos de anti-guidade e de 50 anos de idade que, aolongo do seu percurso na companhia,foram acumulando conhecimentos eexperiências. Com este programapretende-se que todos tenham opor-tunidade de encontrar novas formasde transmitir e realçar esse saber.

O programa Valorizar a Experiên-cia insere-se na estratégia da EDPpelo facto de contribuir para a mudan-ça cultural desejada, uma vez quereforça as capacidades de execução epromove uma maior eficiência daorganização.

Esta iniciativa tem como base aideia de que a experiência é um enor-me valor, desde que seja um trampo-lim para “novos voos” e não umazona estática de conforto. Ou seja, oconhecimento é tanto mais valiosoquanto mais partilhado for.

Partilhe o seu saber!

Partilhar o know-howdas nossas pessoasA edição piloto do programa Valorizara Experiência está a chegar ao fim. Este inovador projeto decorreu em duas fases de onde resultaram muitas propostas de açõespara partilha de conhecimento

No final da primaveraeste ciclo vai fecharcom um encontropara “Celebraras Iniciativas”

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a nossaenergia*

A EDP Produção promoveu, em novembro passado,no nordeste transmontano, os seus projetos de valorização da biodiversidade junto da comunidadeescolar da EB 2/3 de Sendim, no concelho de Miranda do Douro, e da Escola Visconde Vila Maiorde Torre de Moncorvo. Os dois grupos, constituídospor cerca de 40 alunos e professores, foram acom-panhados pelos técnicos da EDP Vítor Batista, daDSA, Anabela Peres, da DPI, e Anabela Amado, bióloga e coordenadora do projeto, que visa mapeare caracterizar as plantas nativas da região. Após aincursão em campo para recolha das respetivas sementes, estas serão enviadas para um laboratóriopara um processo de germinação, seguindo-se umafase de crescimento nas estufas da Central de Setúbal. Posteriormente, as sementes regressarãoao seu meio de origem, onde serão plantadas e apadrinhadas pelos alunos que as recolheram.

Escolas em projetosde biodiversidade

Realizou-se, em outubro passado, em Pedrógão Grande, junto à barragem do Cabril, a conferência intitulada “Recursos Hídricos – Valor e Gestão”. O debate visou aanálise da gestão sustentável dos recursoshídricos do país. Uma iniciativa promovidapelo jornal Região de Leiria, que analisou o que se está a fazer na área, procurando corrigir trajetórias de desperdício e de destruição. O painel de oradores foi constituído por António Castro, administra-dor da EDP Produção, Nuno Bravo, diretor do Departamento de Recursos Hídricos Interiores da ARHC, Pedro Teiga, especialistana Reabilitação de Rios e Ribeiras, AmávelSantos, administrador delegado das Águasdo Centro, e por António Martins, represen-tante do Turismo Centro de Portugal.

Gestão sustentávelem debate

5 0 o n

Durante as férias há tempo para tudo: para jogar e para aprender, também. Essa foi a ideia que ocorreu aos filhos dos colaboradores da HC que, durante asúltimas férias escolares, participaram nas oficinas de sustentabilidade, criadaspela Fundação HC Energía, no Museu de La Ería, em Oviedo. Uma réplica do

que se faz no Espaço da Sustentabilidade, em Lisboa, onde as crianças são despertadas para três aspetos fundamentais: a origem da energia, a eficiência

energética e a segurança no uso da eletricidade. A iniciativa já envolveu mais de10.000 crianças das Astúrias e do País Basco. Depois da aula, de onde as crianças

saem muito animadas, levam o passaporte que lhes permite entrarem nos vários mundos da energia e sensibilizarem as respetivas famílias.

ALUNOS MAIS SUSTENTÁVEIS

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a nossa energia

Portugal importou o projeto Orquestra Geração há três anos, contando com o apoioda Fundação EDP, do Ministério da Educação,da Fundação Calouste Gulbenkian, da Escolade Música do Conservatório Nacional, bemcomo das Câmaras Municipais das regiõesenvolvidas. Em dezembro, esta iniciativa chegou a Mirandela, onde as primeiras 27crianças desfavorecidas da cidade de Trás-os-Montes receberam os seus primeiros instrumentos musicais. A entrega dos instrumentos de cordas (14 violinos, cinco violas d’arco, cinco violoncelos e três contrabaixos) representouum presente de Natal antecipado que, de outra forma, qualquer um destes jovens dificilmente poderia ter.A expansão desta ação está associada aos investimentos hidroelétricos realizados pelaEDP. Através de um conjunto de iniciativas epromoção do desenvolvimento, o Grupo partilha os benefícios da energia hídrica comas populações residentes nas regiões abrangidas pelos novos projetos.

Orquestra Geração dá música a Mirandela

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A EDP realizou a última edição da Festa deSanta Bárbara na obra do Reforço de Potênciade Picote, no concelho de Miranda do Douro,no dia 4 de dezembro (dia de Santa Bárbara,Padroeira dos Mineiros, comemorado em todo o mundo) com uma missa e um jantarconvívio. A festividade foi marcada pela forte presença dos trabalhadores e emotiva convivência. A pedido da coletividadeligada à Capela do Barrocal do Douro, foi decretado que quando as obras do reforço de potência terminarem, a figura da santa ficará exposta ad aeternumna capela.

Festa em Picote

A Foz do Cobrão tem um novo miradouro, o Monumento das Portas do Almourão, inaugu-rado no dia 14 de dezembro, onde é possível desfrutar a beleza da paisagem envolvente e aespecificidade da biodiversidade da região. A edificação foi executada pela autarquia de VilaVelha de Ródão, com o apoio da EDP, e vem darnotoriedade à região das Portas de Almourão,situada a jusante da futura barragem do Alvito.A cerimónia, onde foi descerrada a placa quesimboliza a conclusão da obra, seguida de umpasseio pelo miradouro, contou com o adminis-trador da EDP Produção, António Castro, o administrador-delegado da Fundação EDP, Sérgio Figueiredo, a presidente da Câmara de

Vila Velha de Ródão, Maria do Carmo Sequeira,e o representante da governadora civil de Castelo Branco, Armindo Taborda.

NOVO MIRADOURO NA FOZ DO COBRÃOO deputado à Assembleia da RepúblicaAgostinho Lopes, do PCP, visitou, emnovembro, as obras do AproveitamentoHidroelétrico do Baixo Sabor. Nestadeslocação, o parlamentar foi acompanhado por elementos das estruturas do respetivo partido, de Bragança e de Torre de Moncorvo. O deputado do PCP realçou a importância que teve para o seu trabalho, a observação das obras e os esclarecimentos prestados pela EDP e por outros intervenientes no processo (ACE Baixo Sabor, Consulgal e Tabique).

Deputado visitaBaixo Sabor

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sustentabilidadeResponsabil idade pelo meio ambiente

C omo estratégia mundial, a EDP noBrasil reforça o seu crescimentocom conquistas de certificações am-

bientais e de gestão. No campo da Distri-buição, a EDP Bandeirante passou pela 2ªauditoria de manutenção de certificaçãodas atividades de operação e manutençãode subestações na norma OHSAS 1800:2007 e das atividades de operação e ma-nutenção das subestações ETD Vale do Sol,ETD Maresias e ETD Dutra na norma ISO1400:2004 em dezembro de 2010, sem ano-

tação de "Não conformidades”.A área de Geração, através da Enerpeixe,que opera a UHE Peixe Angical, no Tocan-tins, deu mais um passo na busca da Sustentabilidade com a Implantação eCertificação da ISO 9001 – Sistema deGestão de Qualidade – SGQ. A Enerpeixefoi a primeira empresa na Bacia do RioTocantins a receber estas certificações,o que confirma o sucesso das ações implementadas para reduzir os riscos eimpactos do empreendimento.

Tanto na área de Distribuição como de Geração, a EDP Brasil mostrou estar no bomcaminho na redução dos riscos e impactos dos seus empreendimentos

EDP no Brasil bem certificada

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sustentabil idade

Juntando a sustentabilidade e a inovação, surgiu o projeto de converter cinco Toyota Prius,existentes na EDP (Lisboa eCoimbra), em veículos plug-in. Resultado: aumentode autonomia elétrica em cercado dobro. Este projeto, liderado pela EDP Inovação com o apoio daEDP Valor, iniciou-se em setembro de 2010 e envolveu a instalação do sistema L5 PCM-Hymotion, que não é mais que uma bateria adicional. Embora as viaturas permaneçam sob o modo de funcionamento de um veículo híbrido, ou seja, mantenham a gestão automatizada dos motores elétrico e de combustão interna, a autonomia da componente elétrica é superior. Isso permite usá-la num maior leque de situações e durante maistempo, reduzindo assim o consumode combustível e a consequenteemissão de poluentes e CO2(em cerca de 2/3 quando comparado com o Prius original). Mais uma vez, o Grupo EDP dá o exemplo, e um passo em frente, na melhoria constante da suaresponsabilidade para com a sociedade na procura pelaexcelência em sustentabilidade.

• Aumento das distâncias totais percorridas em modo elétricoentre 50 e 65 km;

• Diminuição do consumo(dependendo das condiçõesde condução/circulação) em cerca de 2.35L/100km;

• O tempo total de carregamentoda bateria é de cerca de 3,5 horas;

• A bateria pesa cerca de 85 kg.

Frota EDP commais autonomia

O presidente da Toyota Espanha, KatsuhitoOhno, assinou com o diretor geral corporativoda HC Energía, Javier Sáenz de Jubera, o pro-tocolo de colaboração entre as duas empre-sas para impulsionar o veículo elétrico em Espanha. Katsuhito Ohno anunciou que se trata de um veículo híbrido plug-in, um dos primeiros Toyota Prius do mundo, que pode ligar-se à rede e que já circula pelas estradas. Alcançar o objetivo traçado pelo Governo para o impulso destes veículos depende quequatro fatores: desenvolvimento tecnológicode baterias, custo do veículo, custo da ener-gia e implementação da infra-estrutura necessária. A colaboração entre a Toyota e aHC Energía permite dar aos clientes finais aconfiança de que os quatro fatores sejamabordados por cada agente segundo a sua es-pecialidade: desenvolvimento de baterias ecusto competitivo do veículo, pela Toyota; e oabastecimento de energia e infra-estruturasde recarga pela HC Energía.

A HC Energía já conta com uma estratégiaprópria. O objetivo é conseguir que nas Astú-rias haja 2.700 pontos de recarga, privados epúblicos, em 2012. Para alcançar este propó-sito, a HC lançou uma campanha sobre este novo modelo de transporte sustentávele a forma de recarga em quatro áreas: viven-das unifamiliares, parkings e frotas, vias públicas e instalações próprias. No passado dia 25 de Janeiro, as empresasformalizaram um protocolo que não só con-templou a entrega temporária do veículocomo também o apoio à sua introdução nomercado espanhol. A HC Energía já viaja sustentavelmente!

HC e Toyota parceirosno veículo elétrico

Pedro Sirgado, diretor do Instituto EDP, participou, uma vez mais, na COP-16, Conferência dasNações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em Cancún, no México. Representanteda EDP na delegação do governo brasileiro, Sirgado reuniu-se com líderes empresariais e governantes de diversos países para discutir as mudanças climáticas e incrementar o Acordode Copenhaga, que procura limitar o aumento das temperaturas a não mais que 2ºC em rela-ção às registadas nos tempos pré-industriais.Hoje, o Instituto EDP administra um portfólio de cerca de 100 mil toneladas de CO2 evitadospor ano e que podem representar uma receita de aproximadamente 2,9 biliões de reais.

100milTONELADASde CO2 evitados por ano

Foi cedido temporariamentepela Toyota à HC um veículohíbrido, que se destinará aotransporte interurbano dosseus colaboradores

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fundação*O Museu de Electricidade está de parabéns.“Povo/People” foi votada como a melhor exposição de 2010. Em exibição este ano esteve outra mostra imperdível:“Opera”, fotos do Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa

A Fundação EDP “prestou contas” à sociedadeatravés de uma campanha institucional que mar-cou presença nos media no final de dezembro enas primeiras semanas de janeiro. “Ilumina” foio mote de um trabalho criativo, inovador, que teve como personagens centrais uma bailarina daCompanhia Nacional de Bailado, uma jovem

violoncelista da Orquestra Sinfónica Juvenil e umdr. Palhaço da Operação Nariz Vermelho. A campa-nha destacou a Fundação EDP como um projetosocial, cultural, ambiental e científico que iluminoua vida de 1 milhão e 700 mil pessoas no último ano,ao promover a inclusão social e ao dar visibilidadeao que de melhor se fez em Portugal.

Fundação ilumina

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Talento,procura-se!Nove finalistas vão disputaro Prémio EDP Novos Artistas2011, iniciativa bienalorganizada pela FundaçãoEDP para distinguir valoresemergentes da artecontemporânea portuguesa. Nesta 9.ª edição do prémio,que contou com 408candidatos, foramselecionados Ana Manso,André Trindade, Carla Filipe,Catarina Botelho, CatarinaDias, João Serra, Nuno daLuz, Priscila Fernandes eVasco Barata.Os candidatos serão agoraconvidados e financiadospara desenvolver obras parauma exposição coletiva adecorrer entre junho esetembro de 2011, no Museuda Electricidade. Durante este período, umjúri independente escolheráo grande vencedor. O artistareceberá um prémiomonetário no valor de 10.500euros.

Acabar o ano com energiaEncerrar o ano com muita energia e ritmo. Foi o quefizeram mais de 3.000 participantes nas diferentesmodalidades da corrida de São Silvestre, tradicional-mente a competição que encerra o ano da maioria dosatletas em Espanha. A Fundação HC Energía patroci-nou a comemoração desta corrida popular na capitaldo Principado. T-shirts com o slogan "Viva a nossaenergia" invadiram as ruas da antiga cidade de Ovie-do, com milhares de sorrisos.O percurso passou pelas áreas mais emblemáticas dacidade de Oviedo, para terminar, como é habitual todosos anos, na catedral gótica, no centro da cidade. A novi-dade deste ano foi a participação de um veículo elétricoda HC Energía. Desta forma, atletas e organização moverem-se através de uma energia mais limpa.

“Opera” no Museu da ElectricidadeQuantas faces, quantas facetas e quantos segredos pode encerrar umedifício? O Museu da Electricidade expôs um conjunto de fotogra-fias de Augusto Alves da Silva que têm como protagonista central oexterior do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, edifí-cio classificado como monumento nacional. A exposição, intitulada“Opera” e produzida pela Fundação EDP, resulta de uma parceriacom o TNSC que em 2006 pediu a vários fotógrafos que fizessem umlevantamento das instalações daquele que permanece como o únicoteatro de ópera do país. “Opera – O TNSC por fora e por dentro” é oprimeiro passo de uma sequência que, a partir de 25 de março,prossegue com uma segunda exposição fotográfica que, pelo olharde Paulo Catrica, nos levará ao interior do São Carlos.

“POVO / PEOPLE”A MELHOR EXPOSIÇÃO DE 2010A exposição “Povo/People”, com a qual a Fundação EDP se associou às comemorações do Centenárioda República, foi votada como a melhor exposição do ano por um painel de 40 especialistas convida-dos da revista “L+Arte”. Um sucesso também traduzido em números: entre junho e setembro de 2010,a mostra atraiu 30 mil visitantes ao Museu da Electricidade.

Joana Bastos, "I rather be a cleaner"

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Prémio anual de Fotografia da Central Térmica de Aboño

Título:Tranquilidad Autor: Julio Cesar Areces

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Já alcançaram a maioridade atrás de umaobjetiva. O grupo de fotografia da Cen-tral Térmica de Aboño foi constituído em1992 e, durante estes 18 anos, motivarammuitos dos colegas a participar nos seusconcursos. Ao mesmo tempo, partilhama sua paixão pela fotografia. Esta mostra,publicada neste Ensaio Fotográfico, é umsinal do savoir faire de muitos destes artistas. Alberto Villar, Ramón Viña e Julio Areces são os três responsáveis poreste projeto, que já conta com uma

página web(www.grupofotocta. com), naqual é possível apreciar alguns destes trabalhos. No estúdio fotográfico dis-põem de todos os meios para a revelação de fotografias e equipamento para o desenvolvimento das novas tecnologiasdigitais. Um calendário com grandes imagens ediversas exposições compõem o traba-lho mais visível deste grupo, que agrade-ce a colaboração dos que os apoiaram durante todos estes anos.

Objetivo: Fotografia

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Título: DESPUES DE LA TORMENTAAutor: Óscar Álvarez Pérez

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Título: CaseriaAutor: Montse del Rio Rodriguez

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Título: NoriaAutor: Julio Cesar Areces Suárez

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Título: Se vendeAutor: Óscar Álvarez Pérez

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Qual foi, até hoje, o seu maior desafio?Durante todos estes anos, tiveoportunidade de participar em diversasiniciativas empresariais, que foram marcosrelevantes na configuração da atual HC Energía, e que me realizaramprofissionalmente. Na atividadeda Distribuição, não me posso esquecer de quando superámos o nosso tradicionalterritório das Astúrias. Apoiandojuridicamente a equipa que então lideravaesta área de negócio (Santiago Bordiú, JoséManuel de Vicente, Bautista Rodríguez,Jesús Fernández, …), conseguimosimplantarmo-nos na comunidadevalenciana depois de atravessar umautêntico “calvário” de processosadministrativos e judiciais pela oposiçãofrontal que encontrámos na Iberdrola. Foiuma grande satisfação termos conseguidoo apoio unânime dos organismosreguladores às nossas pretensões, e a posterior confirmação dos tribunais.

E na área da geração?Na área de geração foi muito gratificantedar suporte jurídico à chamada “OperaçãoNavarra”, liderada por Marcos Antuña, com a inestimável colaboração de PatricioConesa, que ficou concluída com a entradaem funcionamento do primeiro grupo de ciclo combinado de Castejón. Com esse projeto tivemos de promoverrequalificações urbanísticas nos terrenosonde estava edificada a instalação, superaras restrições iniciais de uso de água,impostas pela Confederación Hidrográficadel Ebro, manter o apoio que tínhamosalcançado por parte da Câmara Municipal,neutralizar o trabalho da oposição dealguns grupos ambientais.

Até que chegou a regulação…Foi um autêntico desafio aceitar a oferta de Santiago Bordiú de colaborar comele para por em funcionamiento e darsubstância à atual área de regulação com um formato multidisciplinar.A regulação da HC é integrada por um grupo jovem de engenheiros comconhecimento dos negócios, que lhes permitirá aspirar a postos deresponsabilidade dentro da empresa. E por advogadas, minhas colaboradorasmais próximas, que já são autênticas

especialistas em Direito Energético.Há alguns anos, as atividades da nossaempresa têm vindo a merecer especialatenção por parte da Comisión Nacional de la Competencia, e, desta forma, estão a tornar-se também especialistas emDireito da Concorrência. Nesta equipa é justo acrescentar a Noelia que, comgrande eficácia, ocupa-se da gestão dos arquivos e das nossas agendas tão complicadas.

Como é o seu dia-a-dia?Os dias de semana sucedem-se semsobressaltos de maior e o tempoé repartido principalmente entre viagens,reuniões e bastantes horas de despacho.Depois do trabalho, os dias são preenchidoscom leitura, algum concerto ou peça deteatro, ou bebendo umas cervejas com osamigos.

De que forma concilia a vida profissionalcom a pessoal?Nesta altura da vida, quando os nossosfilhos já são bastante maiores (o mais velhovive e trabalha na Alemanha e o mais novoestá na segunda classe), a actividadeprofissional e a vida familiar sãorazoavelmente fáceis de conciliar. Em todoo caso, confesso que é a minha mulherquem, com uma generosidade que nuncadeixarei de agradecer, tem vindo asolucionar eficazmente todos os problemaslogísticos que têm surgido no campofamiliar.

Qual é o seu lema de vida?Depois da experiência que os anos nos vãodando, prefiro afastar-me de propósitosgrandiosos e dirigir todos os esforços natentativa de tornar a vida melhor aos queme rodeiam.

em destaque

Tento tornar avida melhor aosque me rodeiam

JOAQUÍN SUÁREZ SARO, chefe do Serviço de Regulação da HC Energía

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Semana europeia dasustentabilidadeO mês de Abril será mais sustentável emtoda a Europa. Em Portugal, a EDP terá umpapel importante com as várias açõessustentáveis que vai lançar à população.

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moveonPlaneta EDP Portugal

Inauguração da sede no PortoAs novas instalações da empresaabrirão as portas, em frente à Casa da Música, no centro da cidade do Porto.

All EnergyA EDP Renováveis estará presente no maior evento no Reino Unidodedicado às energias renováveis, em Aberdeen, na Escócia.

EDPWAY DayEstarão reunidos colaboradores dos cincoprojetos do EDP Way (OPEX, Lean, Sou+EDP,EDPro e SharEDP) com o objetivo de aumentaro conhecimento inter-projetos, promover assinergias e celebrar as metas alcançados.

Dia da EDP powered by EnergyINApresentação do Grupo EDP e das suasatividades nos próximos anos aosassociados do PCTE - Pólo deCompetitividade e Tecnologia da Energia.

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Dia da Árvore A HC Energía celebra o Dia da Árvorede forma especial. Mais de 1000pessoas irão plantar árvores por um mundo melhor.

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Assembleia-Geral da EDPEste ano, os acionistas da EDPencontram-se no Porto, na nova sede daempresa. Uma reunião onde o Conselhode Administração Executivo do Grupoapresentará várias propostas.

Corrida da MulherEste ano será já a 6.ª edição da prova“EDP - Lisboa, a Mulher e a Vida”, umacorrida destinada exclusivamente amulheres. Inscreva-se e corra pela suasaúde.

Roman BlondeyA EDP Renováveis inaugura o ParqueEólico de Roman Blondey, em França.

Assembleia Geral de AcionistasEncontro de acionistas para aprovação dediversas propostas, entre as quais oRelatório & Contas 2010.

SMS Comunicação O projeto Saiba Mais Sobre falará sobrea área de Comunicação, passando porMogi das Cruzes, Tocantins, São Paulo eEspírito Santo. O evento acontece nosdias 12, 13, 17 e 19 de maio.

Sou + EDP O RH dará início a terceira edição doprojeto no Brasil. Os colaboradoresserão convidados a participar de jogosde tabuleiro e cartas. Uma forma lúdicade transmitir a cultura EDP.

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