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Qual é o legado para a Educação?Assembleia do dia 10/09 discutirá ações contra os ataques e o descaso de Paes com a educação
Depois das Olimpíadas, nas vésperas das eleições municipais, a pre-feitura anunciou na imprensa que concederá um reajuste de 8,35% para o funcionalismo, com referência no mês de setembro (a ser pago em ou-tubro). Nada mais oportuno para um prefeito que ao longo das suas duas gestões deixa um legado de descaso para com a educação municipal.
A categoria e a população do Rio de Janeiro sabem muito bem o que o governo de Eduardo Paes representou. Para as obras olímpicas, o prefei-to removeu comunidades inteiras e crimes ambientais foram cometidos, além de proporcionar lucros fabulosos para construtoras e empreiteiras. A saúde foi entregue para as OSs, o transporte é caro e caótico. E a educa-ção sofreu com a precarização do trabalho, a meritocracia e a tentativa de transformar escolas, creches e EDIs em fábricas.
Educação sofre com o descaso Enquanto isto, os profissionais das escolas e creches municipais conti-
nuam sofrendo no cotidiano escolar com a precariedade e a superexplo-ração do trabalho, além da falta de profissionais, como porteiros. Hoje, a realidade no município são os baixos salários, desvalorização profis-sional e o não cumprimento da parte do prefeito de direitos como a Lei 11.378/2008 (1/3 de planejamento) e ausência de uma política contínua de mudança de nível por formação. Enquanto bilhões foram gastos com as Olimpíadas 2016, a diminuição da verba para as escolas leva a falta de materiais básicos, como papel, cola, tesouras etc.
Por isso, neste retorno às aulas, temos a tarefa de organizar nossa es-cola e a comunidade escolar para as lutas que se farão necessárias para barrar os ataques dos governos municipal e federal que se avizinham. Um verdadeiro pacote de maldades tramita no Congresso Nacional, ameaçan-do os nossos direitos. Querem que o nosso legado pós Olimpíadas seja pagar a conta da crise que eles criaram. No dia 10 de setembro, a categoria realizará uma assembleia geral, no ISERJ (Rua Mariz e Barros 273 – Ti-juca), a partir das 10h, para discutir a mobilização no segundo semestre contra os ataques do prefeito e da SME à educação pública.
Olimpíadas 2016
Arenas: R$ 7,07 bilhões;Plano de Políticas Públicas (legado): R$ 24,6 bilhões;Comitê Rio 2016: R$ 7,4 bilhões;Total: R$ 39,1 bilhões;Orçamento previsto em 2009 (ano da escolha do Rio para 2016): R$ 28,8 bilhões;Custo total da Copa do Mundo 2014: R$ 27,1 bilhões.Orçamento da educação municipal para 2016: R$ 6,6 bilhõesOrçamento da saúde municipal para 2016: R$ 5 bilhões
VEJA COMO FORAM OS GASTOS OLÍMPICOS
Informativo do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação
do Rio de JaneiroEdição fechada em 29/08/2016
Atualmente, se acham tramitando no Congresso Nacional um verdadeiro “pacote de maldades” que, se aprovados, represen-tarão um ataque aos nossos direitos e os dos trabalhadores em geral, além de fragilizarem ainda mais a nossa economia. São
Um relatório do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro (TCM), comprova as denúncias das entidades dos servidores municipais sobre a situação precária do PREVIRIO e do FUNPREVI, os dois fundos de Previdência da prefeitura. Em maio, as entidades que com-põem o Movimento Unificado em Defesa do Servidor Público Municipal protestaram contra os cortes feitos pelo governo municipal no salário família e nos benefícios de pensão. Em carta aberta contra os cortes arbitrários, o MUDSPM acusou a prefeitura de promover os cortes sem aviso prévio e sem publicação de um Ato Adminis-trativo que justificasse o fato, configurando a ação como uma verdadeira violação ao estado democrático de direito.
O parecer do TCM apon-tou para alguns dados preo-cupantes. No PREVIRIO, em 2015, houve uma redução do saldo patrimonial de R$ 2,50 bilhões em relação ao exercí-cio de 2014. O patrimônio, que
A situação da Educação Es-pecial na rede municipal vem se agravando ao longo dos últimos anos. A despeito das denúncias do Sepe e de pro-fissionais que trabalham nas escolas e o governo municipal, através da SME pouco vem fa-zendo para mudar esse qua-dro, que prejudica milhares de alunos que sofrem com algu-ma deficiência e são obrigados a estudar em escolas que não estão preparadas para atender as suas necessidades.
O Município vem, desde 2009, forçando a inclusão des-ses alunos por faixa etária em classes regulares, indepen-dentemente da capacidade cognitiva que possuem, sem nenhum critério que os dife-renciem. Isso é um absurdo! Tentam fechar as classes es-peciais, pois alegam que esses indivíduos não evoluirão na aprendizagem e os mesmos também não têm direito à ver-ba disponível do Fundeb.
O que é a educação especial?
A Educação Especial é a modalidade pedagógica que
PL 267 e PEC 241 em tramitação no Congresso ameaçam direitos de servidores e trabalhadores da iniciativa privada
Veja o que cada um destes projetos propõe:PEC 241: Com o objetivo
de instituir um novo regime fiscal ou um novo teto para o gasto público terá como limi-te a despesa do ano anterior corrigida pela inflação. A regra de congelamento dos gastos valerá por 20 anos e proíbe o reajuste salarial, a criação de novos cargos ou funções e reestruturação de carrei-ra e realização de concursos públicos. A proposta também desvincula do percentual da receita de impostos as despe-
sas com saúde e educação, que não poderão superar o gasto do ano anterior após corrigido pela inflação: ou seja, derruba o artigo constitucional que es-tabelece um repasse mínimo a estes setores. Um retrocesso por que interrompe a trajetória de acesso da população mais pobre aos serviços públicos de educação e saúde.
PL 257: Com a desculpa de promover a reestruturação fis-cal e dialogar com demandas dos governos estaduais, amea-
ça com medidas de contenção de custos que vão do arrocho salarial dos servidores à priva-tização de estatais, implícita na possibilidade da União aceitar ativos pertencentes aos Es-tados (empresas públicas e participações acionárias ma-joritárias – para futura venda). Isto implicará numa queda da qualidade do serviço público, prejudicando usuários e servi-dores. Também abre a possi-bilidade do não cumprimen-to da política de valorização
do salário mínimo.PL 4567: Retira a obriga-
toriedade da Petrobras ser a operadora única de áreas sob regime de partilha de produ-ção no pré-sal, abrindo para as empresas multinacionais participarem deste proces-so. A exclusividade da opera-ção para a Petrobras garante apropriação da renda do pe-tróleo, segurança ambiental e energética para o país, além do repasse de recursos a seto-res como a educação.
em 2014, era negativo em R$ 558,63 milhões, em 2015 pu-lou para R$ 3,06 bilhões.
No caso do FUNPREVI, o TCM ressalta que as disponibili-dades financeiras do Fundo em 31/12/2015 não eram suficien-tes para honrar as obrigações existentes na mesma data, com um saldo negativo de R$ 37 mi-lhões. Ou seja, não havia recur-sos financeiros para pagamento dos benefícios previdenciários referentes à competência de-zembro de 2015.
O Funprevi é o fundo res-ponsável pelo pagamento das aposentadorias e pensões dos servidores do Rio. Ele é respon-sável por produzir os recursos necessários para bancar a folha, o que não vem acontecendo, como comprovam as denúncias de servidores e, agora, do TCM. O PREVIRIO é a unidade gesto-ra do fundo. Além de adminis-trar essas contas bancárias do FUNPREVI, o PREVIRIO é res-ponsável por arcar com o paga-mento de benefícios assisten-ciais, como o auxílio-educação.
Crise no Previ-Rio ameaça pensões e aposentadorias Educação especial é discriminada pela SME-RJ
possui recursos e serviços es-peciais, voltada para as pesso-as com deficiência, (pessoas que possuem algum tipo de síndrome, distúrbio ou limita-ção seja visual, auditiva, mo-tora, etc.), que necessitam de atendimento diferenciado.
Para cada aluno deficiente incluído em classe regular, o município recebe duas vezes a verba de apoio do FUNDEB, com o objetivo de custear os gastos de inclusão.
A inclusão é o resultado de um trabalho pedagógico posi-tivo e gradativo, que culmina com a maturidade da escolari-zação e aprendizagem natural do indivíduo com deficiência, e que o coloca em situação de igualdade com o grupo escolar.
A manutenção das classes especiais é fundamental para receber crianças e jovens que pela complexa natureza de suas dificuldades de aprendi-zagem, demandam uma estru-tura mais adequada às suas necessidades individuais.
Retirado da cartilha do Movimento de Inclusão
Legal - MIL
eles, o PL 257, que promove um verdadeiro desmonte do servi-ço público; a PEC 241, que restringe o gasto público em setores como a saúde e a educação; e o PL 4567, que tira da Petrobras a exclusividade na exploração do Pré-Sal.
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Os funcionários das escolas muni-cipais realizaram uma reunião com a Secretaria de Assuntos Jurídicos do Sepe para discutir a reação à política de destruição imposta pela SME ao segmento. A prefeitura, na prática, de-cretou a extinção dos cargos de por-teiros, merendeiras e serventes. Esses profissionais são deslocados ao bel prazer da terceirização; não possuem uma política de formação e de valoriza-ção salarial. Não têm direito à origem e à remoção. Salários baixos, trabalho precário e carga horária excessiva.
Os novos cargos já nascem com salários complementados por grati-ficações e por desvios de função que precarizam ainda mais as atividades de agentes educadores e secretários escolares (muitas vezes atuam como porteiros e até dentro das salas de aula!). Até mesmo os terceirizados estão temerosos quanto ao futuro do pagamento dos seus salários, pois os atrasos se tornaram uma realidade.
O sindicato, historicamente, sempre lutou pelo reconhecimento do papel
educacional dos funcionários das esco-las públicas. É inadmissível o funcio-namento das escolas públicas com o atual quadro de carência dos funcio-nários administrativos e a total falta de condições de trabalho e valorização profissional, com formação continuada em serviço. A luta pelo plano de carrei-ra unificado continua em curso.
Propostas de luta dos funcionários administrativos
- 30 horas de carga horária;- Pela reabertura dos concursos pú-
blicos! - Contra a terceirização e contra a
extinção da categoria dos funcionários da educação;
- Contra os desvios de função dos readaptados!
- Pela formação e valorização pro-fissional;
- Incorporação de todas as gratifica-ções já para garantir a paridade entre ativos e aposentados;
- Plano de Carreira Unificado.
O sindicato vem participando das reu-niões da Frente Nacional Escola Sem Mor-daça (anterior Frente contra o projeto escola sem partido), uma frente que con-grega partidos políticos, centrais e entida-des sindicais, entidades estudantis, além de diversas outras instituições (Face: Es-cola Sem Mordaça).
O Sepe colocou em seu site um abai-xo-assinado contra o projeto (para assinar, vá no site do Sepe e acesse a matéria com o título: “REDE MUNICIPAL: participe do abaixo assinado contra o PL 867/14 das Escolas sem Partido, de 13/07).
Para o sindicato, a defesa do projeto
“escola sem partido” significa defender a escola com apenas um partido. Partido daqueles que são contra uma educação laica, contra o debate sobre gênero, que fortalece a cultura do estupro. O Sepe defende a escola crítica, a educação li-bertadora, a pluralidade de ideias e a liberdade de expressão e pensamento e o fim de todas as opressões e discrimi-nações nas escolas.
Historicamente, as classes dominan-tes do Brasil em seus sucessivos gover-nos e em todas as esferas têm sucate-ado e precarizado a educação. Sequer a escola pública de qualidade em suas
Sepe participa da Frente Nacional Escola Sem Mordaça
acepções fundamentalmente liberais é garantida à população, principalmente aos seus segmentos mais pauperizados.
Não bastassem as condições degra-dantes às quais são expostos estudan-tes e profissionais da educação, não bastasse o salário rebaixado a que são submetidos os profissionais da educa-ção, acenam agora com a censura, o pa-trulhamento ideológico, com a morte da esperança de transformação social em suas exposições mais primárias.
Dessa forma, o Sepe se junta à luta con-tra a onda reacionária que vem assolando o país em todos os níveis.
Funcionários fazem reunião com o Jurídico do sindicato
A Câmara municipal aprovou a Lei 888/2014, que institui “a Campanha Permanente de Com-bate ao Machismo e Valorização das Mulheres nas Escolas Públicas” municipais. Para a im-plementação da Campanha, cada escola terá uma equipe composta por toda a comunidade escolar que irá promover “atividades didáticas, informativas, de orientação e conscientização sobre os direitos das mulheres e de combate ao machismo”.
Segundo dados da Fundação Perseu Abra-mo, a cada dois minutos cinco mulheres são espancadas no Brasil. O 9º Anuário da segu-rança pública/2015 aponta que a cada 11 mi-nutos uma mulher é estuprada. E de acordo com o Instituto de Pesquisas em Economia Aplicada (IPEA), a cada 90 minutos ocorre um feminicídio.
Dessa forma, a nova Lei pode contribuir no combate e prevenção a todo tipo de violência contra mulheres, levando o debate sobre a opressão de gênero para dentro das escolas. O Sepe exige que a SME cumpra a Lei!
Lei aprovada na Câmara de Vereadores institui campanha de combate
ao machismo nas escolas
ASSEMBLEIA GERAL DA REDE10 de setembro (sábado) - 10h - Instituto de Educação
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Ação de 2012 para compelir o MRJ a imple-mentar a Lei 11.738/2008 no sentido de que a jornada de trabalho dos professores seja esta-belecida de forma que 2/3, no máximo, sejam destinadas à interação com os educandos. Hou-ve sentença favorável ao SEPE com antecipação de tutela publicada em 01.10.14, fixando prazo para cumprimento até o mês de janeiro de 2016 (“CONCEDO ANTECIPAÇÃO DE TUTELA em sen-tença, porém FIXO O MÊS DE JANEIRO DE 2016 como TERMO FINAL do prazo para que se dê o devido cumprimento desta sentença”), sob pena de adoção das punições legais. O Municí-pio recorreu e o Tribunal negou provimento a seu recurso em acórdão publicado em 24.07.15.
Informe do Departamento Jurídico: carga horária 1/3 da rede municipal
Em 13.08.15 o Município recorreu novamente, sendo mais uma vez negado provimento ao re-curso pelo acórdão publicado em 28.08.15. Em 21.09.15 o Município interpôs recurso de Em-bargos de Declaração, ao qual por unanimidade foi igualmente negado provimento, com acórdão publicado em 02.12.15. No dia 25.02.16 o Mu-nicípio recorreu mais uma vez, desta vez para o STJ, recurso que não foi admitido (decisão publi-cada em 31.03.16), havendo petição de 04.05.16 aguardando apreciação. Em 11 de março de 2016 pedimos a execução provisória da senten-ça, considerando que a nenhum dos recursos do Município foi atribuído efeito suspensivo. Aguar-damos apreciação a este pedido.
Com muitos anos de atraso, o Pla-no Municipal de Educação tramita na Câmara dos Vereadores do Rio. O projeto enviado pela prefeitura está na contramão das bandeiras históri-cas da luta dos movimentos sociais: consolida os projetos experimentais como o 6º ano carioca e os GEC’s; não se compromete com a redução do nú-mero de estudantes nas turmas nem com a autonomia pedagógica das uni-dades escolares, prevalecendo a lógi-ca ranqueadora e meritocrática das avaliações padronizadas.
A proposta não agrega reivindi-cações de professores e funcioná-rios como o fim da terceirização, um plano de carreira unificado de todos os profissionais da educação, o direito à origem na unidade esco-lar, o cumprimento imediato do 1/3 da atividade extraclasse, a redução da jornada de trabalho para os fun-cionários. Essas são condições es-senciais para que a educação públi-ca dê um salto de qualidade e passe a valorizar os profissionais.
Desde 2015, o Sepe vem participan-do ativamente das audiências públicas sobre o PME. Baseando-se nas diversas resoluções congressuais da categoria e construiu uma série de emendas apre-sentadas aos vereadores. Durante o recesso, o sindicato fez reuniões sobre
Boletim do Sepe/RJ é uma publicação do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de JaneiroFundado em 16 de julho de 1977Rua Evaristo da Veiga, 55, 7o/8o andares Centro - Rio de Janeiro/RJCEP 20031-040Tel. (21) 2195-0450www.seperj.org.brwww.facebook.com/SeperjTiragem desta edição: 10.000
Professores e funcionários em luta por um PME democrático e de valorização da educação pública
a votação do PME, pressionando para que ele não fosse votado em agosto, em plena Olimpíada e sem a presença dos educadores.
No retorno às aulas, vamos conti-nuar mobilizando a categoria, e dis-
cutindo a importância fundamental da nossa pressão para inserir no PME algumas das nossas reivindicações e, principalmente, evitar mais ataques à educação pública brasileira num Plano que vai vigorar durante dez anos.
No dia 18 de maio, categoria cobrou audiência com a prefeitura do Rio em manifestação nas galerias da Câmara de Vereadores
Foto: Rafael Gonzaga