olimpiadas 2004

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O crescimento das mulheres nas delegaçoes olimpicas

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AGOSTO 2004NÚMERO 17

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OLIMPÍADAS RECEBEM NÚMERO RECORDE

DE ATLETAS BRASILEIRAS

PODER

A SUA REVISTA

ASSISTA AOS JOGOS OLÍMPICOS NO SPORTVE NA ESPN BRASIL

SUPERGUIA NET

ANA PAULAVÔLEI DE PRAIA

FEMININO

CAPA 17ok 16.07.04 15:00 Page 1

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M O N E T28

HUMBERTO PERON*

PELA PRIMEIRA VEZ, OBRASIL LEVA PARA OS JOGOSOLÍMPICOS UMA EQUIPEDIVIDIDA IGUALMENTEENTRE HOMENS E MULHERES

ESPORtECAPA

A cada quatro anos o mundo pára durante quinze dias para assistir aosJogos Olímpicos, que neste ano voltam à Grécia, berço da competi-ção, tanto na Antigüidade (776 a.C) quanto da Era Moderna (1896,

em Atenas). O destaque da delegação brasileira que disputará as Olimpíadas(leia mais sobre a transmissão do Sportv e da ESPN Brasil nas páginas 94 e95) é o crescimento na representação feminina. Desde a participação da na-dadora Maria Lenk, primeira brasileira a competir no evento, em Los Angeles-32, nunca o País levou tantas mulheres para uma edição dos Jogos. Na ca-pital grega estarão 122 brasileiras brigando por medalhas.

"Fico muito feliz com esse aumento da participação feminina, que é um re-flexo do que já acontece na sociedade. As mulheres estão cada vez ganhan-do mais espaço. Espero que consigamos aumentar o número de medalhase, quem sabe, repetir o feito de Atlanta-96, onde as brasileiras ganharamquatro medalhas: uma de ouro, duas de prata e uma de bronze", comenta

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Depois deconquistar obronze nasquadras, AnaPaula tenta o ouro no vôlei de praia

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Ana Paula, que forma com Sandra Pires uma das duplasde vôlei de praia do Brasil em Atenas.

Atualmente, é impossível imaginar os Jogos Olímpicossem a presença das mulheres, mas elas tiveram de enfren-tar, inclusive, a resistência do idealizador da Olimpíada daera moderna, o Barão Pierre de Coubertin. Apesar da opo-sição de seu idealizador, a Olimpíada acabou abrindo espa-ço para o sexo feminino em Paris (França), em 1900. Elascompetiram no golfe e no tênis, esportes que já contavamna época com torneios de tradição na Europa e nosEUA. Coube à tenista britânica Charlotte Coo-per, dona de cinco títulos em Wimbledon,ser a primeira mulher a ganhar um ou-ro olímpico. Durante as edições pos-teriores, elas foram ganhando cadavez mais espaço, mesmo em mo-dalidades consideradas, por mui-to tempo, redutos dos homens,como o levantamento de peso eo futebol. Hoje é impossível lem-brar a história olímpica e não ci-tar o nome de mulheres, como asginastas Nadia Comaneci (Romênia)e Larissa Latynina (ex-URSS); as cor-

redoras Fanny Blankers Koen (Holanda); Marion Jones(Estados Unidos) e Cathy Freeman (Austrália); e a nada-dora Dawn Fraser (Austrália), que escreveram algumasdas páginas mais brilhantes dos Jogos Olímpicos. Perten-ce a uma mulher, inclusive, o recorde de pódios olímpi-cos. Entre os Jogos de Melbourne (AUS), em 1956, e deTóquio (JAP), em 1964, Latynina ganhou 18 medalhasna ginástica artística, três a mais que o melhor desempe-nho obtido por um atleta masculino na história (15), que

pertence ao ginasta Nikolai Andrianov (ex-URSS). O Brasil ainda é marcado pela disparida-

de, já que os homens ganharam 87,8%das medalhas obtidas na história (58

do total de 66). Mas esse panora-ma vem mudando nas últimasduas edições dos Jogos. EmAtlanta, em 1996, como emSydney, em 2000, as mulherestrouxeram quatro insígnias. Ape-sar da vantagem masculina nogeral, elas se orgulham de uma

façanha difícil de ser igualada:uma final olímpica brasileira. Nos-

sas representantes alcançaram tal

ESPORtECAPA

FOI O NÚMERO DEMULHERES QUE

COMPETIU NOS JOGOSDE PARIS-1900, NA

PRIMEIRA PRESENÇAFEMININA NAHISTÓRIA DACOMPETIÇÃO

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Janeth (à dir.) é destaque do basquete,já MarianaBrochado tentachegar à umafinal olímpica

ESPORTES TRADICIONAIS NO PAÍS, COMO O FUTEBOL E O BASQUETE, TERÃO APENAS EQUIPES FEMININAS

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proeza no vôlei de praia na Olimpía-da de 1996, em Atlanta (EUA),quando Jacqueline e Sandra Pi-res superaram na final MônicaRodrigues e Adriana Samuel. Oouro obtido pela dupla é o úni-co, até agora, conquistado peloPaís entre as mulheres. Tal feitonão surpreendeu Sandra Pires:"Para mim, foi normal. Foi ótimoporque as medalhas de ouro e deprata já estavam garantidas para oBrasil", diz a atleta, que graças à con-quista tornou-se a primeira mulher a ser por-ta-bandeira da equipe brasileira, em 2000.

Aliás, Sandra Pires e Ana Paula estão entre as brasilei-ras com mais chances de subir de novo ao pódio. "A ex-pectativa é brigar por uma medalha. Qual? Vai dependermuito do dia, de como as duplas estarão em Atenas. Meusonho é o ouro, mas ficarei muito feliz se ganhar prata oubronze", completa Ana Paula. A outra dupla brasileira emAtenas, Shelda e Adriana Behar, vice-campeã em Sydney,aparece entre as favoritas ao título.

Outras brasileiras cotadas para brilhar nos Jogos de 2004são a ginasta Daiane dos Santos e a equipe feminina devôlei. Atual campeã mundial dos exercícios de solo, a gaú-

cha Daiane mostrou nas etapas da Co-pa do Mundo que não tem concor-

rentes à altura no momento, e di-ficilmente deixará escapar a vitó-ria na capital grega. Já a seleçãode vôlei, sob o comando do ex-periente José Roberto Guima-rães, mostrou, em 2003, que temcondições de rivalizar com Chi-

na, Rússia, EUA e Itália . "Achoque a seleção feminina tem mais

chances de ganhar o ouro do que amasculina. O vôlei feminino mundial es-

tá passando por uma fase de transição, e oJosé Roberto, percebendo isso, foi sábio em trazer

talentos que estavam afastados da seleção, como a levan-tadora Fernanda Venturini", destaca Dulce Thompson, ex-jogadora de vôlei da seleção e comentarista do Sportv.

Esportes tradicionais no Brasil, o basquete e o futebol se-rão representados nos Jogos apenas por mulheres. O pri-meiro, que tem como principal destaque a ala Janeth, ten-ta o terceiro pódio olímpico consecutivo. "Depois de duasmedalhas seguidas, nossa responsabilidade aumenta. Va-mos para Atenas com a expectativa de ficar entre as trêsmelhores", diz a jogadora. Em nenhuma outra modalidadeexiste um abismo de estrutura entre mulheres e homens

A ginastagaúcha Daianedos Santos éfavorita paraganhar ouro nacategoria soloem Atenas

É O PERCENTUAL DEMULHERES NADELEGAÇÃO

BRASILEIRA EMATENAS. SERÃO 122

BRASILEIRAS LUTANDOPELA GLÓRIA

OLÍMPICA

50%

AS PRIMEIRAS MULHERES BRASILEIRAS A CONQUISTAR O OURO OLÍMPICO FORAM SANDRA PIRES E JACQUELINE

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M O N E T32

O Brasil também levará à Atenas uma de-

legação masculina em condições de

brigar pelo ouro em diversas mo-

dalidades. A equipe masculina

de vôlei, comandada pelo téc-

nico Bernardinho, desponta co-

mo grande favorita ao título.

O mesmo acontece com Ricar-

do e Emanuel, que formam a

melhor dupla de vôlei de praia

do mundo no momento. Outro

ouro pode vir com o vele-

jador Robert Scheidt,

que chega à capital gre-

ga credenciado por várias

conquistas no ano, como o

heptacampeonato mundial.

O triplista Jardel Gregório,

que tenta resgatar a tradi-

ção brasileira no salto triplo,

prova que já deu seis medalhas

ao País (duas delas de ouro com

Adhemar Ferreira da Silva), vem fazen-

do uma temporada excelente e pode des-

bancar o favoritismo do sueco Christian Ols-

son. Além disso, o Brasil tem boas chances

de subir ao pódio no judô, modalidade que

desde 1984, em Los Angeles (EUA), sempre

traz alguma medalha (em 2000, foram

duas de prata), no hipismo e no tê-

nis. O ginete Rodrigo Pessoa

e o tenista Gustavo Kuerten

não chegam com o mesmo

cartaz de quatro anos atrás,

quando ocupavam as pri-

meiras posições nos ran-

kings de suas modalidades,

mas, por outro lado, estão

mais experientes e sabem que

Atenas pode ser a última chance

para conquistar o ouro olímpico.

como ocorre no futebol. Enquanto os jogadores do time mas-culino ganham milhões e são ídolos em todo o planeta, amaioria da equipe feminina é vista com descrédito. Mas sãoelas que podem conquistar o inédito ouro para o futebolbrasileiro, já que os homens fracassaram no Pré-Olímpico.

O crescimento da presença feminina também se faznotar em esportes em que as brasileiras nunca tiveramtradição. É o caso do remo (Fabiana Beltrame) e do pen-tatlo moderno (Samanta Harvey) que pela primeira vezterão mulheres do País na disputa. Outro destaque é osignificativo aumento de representantes femininas naequipe de natação, que levará oito nadadoras (nos Jo-gos de Sydney era apenas uma). Ainda longe de estarna relação dos favoritos, o handebol, os saltos ornamen-tais (Juliana Veloso) e o nado sincronizado vêm evoluin-do e vão para sua segunda participação olímpicaentre as brasileiras. "Desde que ganhamos obronze no Pan de 1999, o nado sincroniza-do vem crescendo muito. Em Atenas, que-remos brigar para ficar no bloco interme-diário. Acho que até o terceiro lugar nósnão estamos longe, mas tem muita polí-tica envolvida, o que dificulta levarmos no-tas mais altas do que algumas adversáriasque têm tradição no esporte", comenta Ca-rolina de Moraes, que disputa a prova de due-to ao lado da irmã gêmea Isabela.

Porém, quem melhor define o sucesso atual dasbrasileiras no esporte é a ex-jogadora de basquete Pau-la, vice-campeã olímpica nos Jogos de Atlanta. "A mu-lher é mais determinada e se entrega mais ao esporte doque o homem", diz com convicção.

Mas não apenas pelo seu desempenho que a mulherbrasileira será notada nos Jogos Olímpicos de Atenas, mastambém por sua beleza. Este é o caso da nadadora cario-ca Mariana Brochado, que – aos 19 anos, 1,75m e 62kg– é considerada a musa da nossa delegação. "Quem nãogosta de ser chamada de bonita? Mas as pessoas, às ve-zes, acabam confundindo e esquecendo que sou atleta.Eu quero ser reconhecida pelas conquistas e não pela su-posta beleza que dizem que eu tenho", comenta a bela re-cordista sul-americana dos 200 metros livres. q

ELES TAMBÉM

ESPORtECAPA

Confira a cobertura completa dos Jogos Olímpicos de Atenas nos canais Sportv I eESPN Brasil 5 a partir do dia 13

*Colaborou André Guizzo

FOTOS COM ANA PAULA - PRODUÇÃO DE MODA: ANA HORA / CABELO E MAQUIAGEM: JOÃO VELAS-

QUEZ / AGRADECIMENTOS: GAÚCHA, D'AUTORE, VIXNUH, FISZPAN, SÓ À RIGOR, RIO SCENARIUM

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