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ANO I • Numero 2 AGRI WORLD 53 82 Expointer, a força do agronegocio da região sul FEIRAS Soluções para diminuir emissões de poluentes MOTORES As fontes de energia do futuro A TECNOLOGIA M OLDMEN O ANO 1 • Nº 2 • 2010 90

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53 82

Expointer, a força do agronegocio da região sul

FEIRASSoluções para diminuir emissõesde poluentes

MOTORESAs fontes de energia do futuro

A TECNOLOGIA

MOLDMENO

ANO 1 • Nº 2 • 2010

90

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AGRIWORLD

AGRI

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Nº 2 • ANO 1 • 2010

| EDITOR: OldMen. Julián Mendieta, [email protected] y Furio Oldani, [email protected]| DIRETOR TÉCNICO: Dr. Ing. Prof. Fernando Schlosser | COORDENAÇÃO EDITORIAL: Ángel Pérez, [email protected]| REDAÇÃO: Raquel López | ASISTENTE DO EDITOR: Silvia Fernández | PUBLICIDADE E REDAÇÃO: [email protected]| REDAÇÃO: Dr. Mingo Alsina, 4-28250 Torrelodones, Madrid (Espanha) | ADMINISTRAÇÃO: Via Luigi Galvani, 36-20019 SettimoMilanese, Milano (Italia) | EDITORAÇÃO E ARTE: Ana Egido y Miguel Igartua | CONSELHO EDITORIAL: Prof. Luis Márquez, Prof.Ettore Gasparetto, Dr. Ing. Ricardo Martínez Peck, Dr. Ing. Prof. Pilar Linares y Francisco Matturro

Jak Torretta Diretor de Marketing da Valtra

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EVIS

TA

‘Hoje, não somos somente umaempresa de tratores’

Mário Barros Gerente nacional de vendas para o segmentoAgrícola da Bridgestone do Brasil

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“Os pneus Firestone sãoconsiderados os maisavançados tecnologicamenteno Brasil e em todo o mundo”Flavio Crosa

Diretor de Vendas e Marketing da Agrale

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EVIS

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“A Agrale sempre foi uma empresa abertae afeita a boas parcerias”

58

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Carlos Monreal Vice-presidenteGlobal deAgricultura daTopcon PrecisionAgriculture(TPA)

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“A demanda superou nossasmelhores expectativas”

46

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WORLD

AGRIWORLD 5

R$: 15,00

7EditorialResponsabilidade

9Na minha opiniãoO espírito das leis

36ProdutoNew Holland: O primeiro trator do ‘Mais Alimentos’pela internet

23

58EntrevistaJak Torreta, Diretor de Marketing da Valtra

72EntrevistaCésar Di Luca, Diretor Comercial da Case IH

46EntrevistaCarlos Monreal, Vice-presidente Global de Agriculturada Topcon Precision Agriculture (TPA)

124EntrevistaMário Barros, Gerente nacional de vendas para osegmento Agrícola da Bridgestone do Brasil

114EntrevistaFlavio Crosa, Diretor de Vendas e Marketing da Agrale

82

90

A tecnologIa • Soluções para diminuir emissões de poluição em

motores• As fontes de energia do futuro

38A tecnologIa agrícolaO que convém saber sobre agricultura de precisão

108Espaços VerdesRoçadeiras e cortadoras de grama manuais

100AviaçãoEtanol na aviação agícola

118AutomotorLinha Agrale Marruá para aplicações em serviçosseveros

130

140

Mercado• O mercado brasileiro de tratores agrícolas • 2010 começa promissor

142Preços agricolasPreços médios mensais recebidos pelos agricultores

FeirasExpointer: A força do agronegócio da Região Sul

53

A FPT-POWERTRAIN TECHNOLOGIESABRE UMA FÁBRICA DE MOTORES EMCAMPO LARGO

COM

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78

César Di Luca Diretor Comercialda Case IH

ENTR

EVIS

TA

“O nosso objetivo é alcançar 25% departicipação em colheitadeiras e 10% emtratores na América Latina para 2012”

72

Notícias Global• Argentina: As vendas de maquinaria agrícola

crescem 147% no primeiro trimestre• Europa: Sensações otimistas nos mercados

europeus para o segundo semestre

10Notícias Brasil• New Holland: Abre em Sorocaba seu terceiro centro

de produção de colhedoras com duplo rotor • AGCO: Novo membro do Conselho de Administração

120Automotor Notícias• Fiat Powertrain Technologies: Novos motores E.TorQ• A Toyota: Nova fábrica no Brasil

32Finanças• Corrupção no Brasil: R$ 69,1 bilhões por ano• 293 eventos internacionais no Brasil em 2009

FeirasAgrishow: A feira de maior importância para oagronegócio brasileiro

64

FeirasFiaflora Expogarden: 13º Congresso Brasileiro dePaisagismo

106

78CompanhiaA FPT-Powertrain Technologies abre uma fábrica demotores em Campo Largo

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www.JohnDeere.com.br

Quantas vezes você sonhou com uma tecnologia dessas na sua lavoura?Chegou a sua hora.9470 STS John Deere.

John Deere 238 cv.

Série 70.

S i s t e m a S T S

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7

EDITO

RIA

L

Responsabilidade

Fomos contaminados! Calma pessoal. O que queríamos contar é que fomos contami-nados pelo entusiasmo geral dos nossos leitores, após o lançamento do nosso pri-meiro número na última Agrishow. Depois de apresentar o primeiro número da re-

vista AGRIWORLD na feira em abril, sentimos que aumentou ainda mais nosso sentidode responsabilidade, frente ao mercado de máquinas agrícolas brasileiro. Nossa entra-da no mercado de revistas técnicas especializadas representa apenas mais uma contri-buição, para a difusão de informação e apoio para a implantação de novas tecnologiasagrícolas.

Vimos que a nossa participação no mercado foi bem recebida e que tanto o forma-to da nossa revista, como a linha editorial é um bom apoio para este “mundo”, que é aprodução e a venda de máquinas e equipamentos agrícolas. Ao mesmo tempo, encara-mos com humildade esta atividade, pois vimos que participam deste segmento umgrande número de eficientes profissionais e que tão bem nos receberam. Agradecemosa todos pelas mensagens de apoio manifestadas durante o evento de lançamento e nosdias que se seguiram.

Parece que o mercado Brasileiro estava ávido por novidade e pudemos com humil-dade, preencher alguma pequena lacuna. Agora cresce o nosso ânimo para continuar afazer este trabalho editorial e ir ao encontro da difusão tecnológica.

Neste segundo número continuamos com a divulgação de entrevistas de executi-vos importantes, de destacadas marcas. Eles nos abriram informações valiosas para adecisão tanto do produtor rural, como dos técnicos envolvidos no negócio agrícola.

Trazemos nesta edição, um bom número de pequenas notas que atualizam a infor-mação que foi destaque nos últimos meses. Esperamos poder desenvolver algumas nasedições futuras, ampliando a informação útil e de valor ao nosso leitor.

Antecipamos a informação do nosso próximo evento importante na área agrícola queé a Expointer, que se realiza em caráter internacional, em Esteio, no Rio Grande do Sul econtamos como foi a Agrishow, em Ribeirão Preto, talvez a nossa mais importante feira.

Mais detalhadamente, lhes entregamos cinco artigos que consideramos importantes.No primeiro, abordamos a oferta de tratores no Brasil e como está se comportando estemercado. No segundo, falamos sobre bioenergia, como ela pode influenciar nosso padrãode consumo no país e como o mundo nos vê como protagonista neste âmbito de utili-zação e da produção da energia. No terceiro artigo, abordamos a questão do uso de eta-nol em aviões de uso agrícola e no quarto, entregamos a segunda parte da abordagemseriada que estamos fazendo sobre agricultura de precisão. Para finalizar, lhes oferece-mos um fascículo sobre pneus agrícolas, elaborado pelo eminente professor Luis Már-quez e que pretendemos que seja uma excelente ferramenta para entender, com deta-lhes, este componente de uma grande variedade de máquinas agrícolas.

Esperamos que este número que preparamos com carinho seja do agrado de todosos nossos leitores.❏

Prof. Fernando [email protected]

AGRIWORLD

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A Valtra está completando 50 anos de atividades no Brasil.

Uma trajetória de muita pesquisa, sempre buscando

inovação através de novas tecnologias, para levar até você

o melhor para sua produção.

Não é de hoje que a Valtra inova no Brasil.É desde 1960.

Valtra é uma marca mundial da AGCO.

www.valtra.com.br 0800 19 2211

Valtra, 50 anos à frente. 50 anos com você.

50 anos com a agricultura.

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Ébom repassar velhos livros, para trazer à nossa mente idéiasnovas. Ainda que isto pareça um contra-senso, sempre “o no-vo vem do antigo, ainda que por isto não seja menos novo”

e como dizia Bertolt Brecht, esquecemos muitas vezes pensamen-tos que reforçam a filosofia dos comportamentos e relendo a Charles Louis de Secondat,o Marquês de Montesquieu na sua obra “El Espíritu de las Leyes”, me veio à cabeça a si-tuação de nosso país em matéria de segurança das máquinas agrícolas e, sobretudo acarência de controle daqueles veículos de motor de uso na agricultura, que estão caren-tes de placas de identificação para sua vigilância e revisão; mas vamos por partes.

A grandeza de um país é marcada por suas leis que resultem no bem de seus ci-dadãos e neste sentido, o nosso ainda tem que fazer muitas coisas, entre elas organi-zar o sistema de homologação das estruturas de segurança das máquinas agrícolas e,sobretudo dos tratores; a política proporcionada com o Programa “Mais Alimentos”, es-tá colocando na estrada um bom número de tratores e máquinas, mas sem fazer umapolítica de eliminação daquelas obsoletas que poluem e que são por si mesmo umperigo para o usuário e seu ambiente, e um peso para nossas redes de vendas, já queos agricultores dão a eles um valor que não tem, podendo provocar um colapso finan-ceiro nos concessionários; não se pratica revisões periódicas de seus elementos de se-gurança rodoviária, não existe uma norma Federal nem Estadual para a homologaçãode suas estruturas e cabinas, não se fazem leis para a circulação nas estradas com lu-zes de segurança e também não estão devidamente matriculados e identificados, epor isto carentes do mínimo controle, nem tampouco se verifica se estão asseguradascomo qualquer veículo motorizado; alguns de vocês me dirão que muitas máquinasnão saem das áreas agrícolas, mas isto não é obstáculo para que cumpram com asnormas de emprego a nível internacional e um país como o Brasil que é capaz de fa-zer o que está fazendo a nível de eventos e de infra-estruturas, tem a obrigação de fa-zer uma série de mudanças que redundem na melhoria da sua imagem por ser a 1ªpotência da Região, a necessidade de fazer isto é fundamental para aquelas empresasmultinacionais e nacionais que exportam seus produtos a outros mercados e que paraisto necessitam cumprir as exigências que são requeridas nestes países, como EUA,União Européia e outros. A ANFAVEA tem a obrigação moral e empresarial de poten-cializar isto a nível nacional e para isto nada melhor que coordenar com as Universi-dades e Centros de Pesquisa que contam com os meios para fazer acontecer um planode ação, para que desta maneira e de forma paulatina desenvolva normas de exigên-cia, assim como a necessidade como associação de unir-se fraternalmente com aque-las que em outros lugares do mundo, fazem este trabalho no setor de maquinaria agrí-cola especificamente; temos boas associações de concessionários de marca, queestão em muitos casos por cima de suas co-irmãs de outros países e continentes, masnão podemos ser “chauvinistas” e olharmos para o nosso próprio umbigo como ocentro do Universo. ORDEM e PROGRESSO, é mais que um lema, tem que ser a ima-gem da marca do nosso país, mas para isto devemos potencializar o espírito da lei e es-ta deve passar pela homologação e organização de um setor necessitado dela de ma-neira urgente.❏

AGRIWORLD 9

Julián [email protected]

O espírito das leis

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NOTÍCIAS

O Grupo Bridgestone

Crescimento da Rede Oficialde RevendedoresA Bridgestone está encerrando o primeirosemestre de 2010 com um crescimento significativo em sua Rede Oficial de Revendedores.Entre janeiro e junho, foram abertas 27 novas lojas especializadas em veículos de passeio ecaminhonetes. A Rede já soma 500 centros automotivos, com presença em todos os estados. Aprevisão da empresa é de que outras 33 lojas sejam inauguradas até dezembro, totalizando 60novos centros automotivos em Brasil.A abertura de lojas é um assunto estratégico para a Bridgestone do Brasil. A empresa buscasempre crescer estimulando a atuação varejista de seus revendedores de uma formasustentável e economicamente viável para ambos. Esta atitude se reflete no ritmo forte deexpansão que a Rede Oficial de Revendedores Bridgestone vem apresentando nos últimosanos. Entre o final de 2007 até este momento foram abertas 113 lojas: além das 27 destesemestre, foram 35 em 2008 e outras 51 no ano passado.

Compromisso com o meio ambienteA Bridgestone Corporation, em nome de sua família global de companhias, anunciou umadefinição de metas para a redução das emissões de CO2 por todo o ciclo de vida de seusprodutos, desde a matéria-prima até o pós-uso, em benefício de uma sociedade sustentável.O grupo está promovendo ações decisivas visando três importantes perspectivas ambientais:redução das emissões de carbono, preservação dos recursos naturais e conscientizaçãoecológica. As novas metas de redução de carbono abordam as mudanças climáticas e outrosimportantes temas relacionados à energia, respondendo, assim, à desafiante demanda pelodesenvolvimento de uma sociedade de baixo carbono. A Bridgestone definiu uma meta global de 35% de redução em CO2 por vendas das operaçõestotais (matéria-prima e aquisição de componentes, fabricação e logística) e também de seusprodutos pós-uso. Mais do que isso, o objetivo é melhorar a eficiência de durabilidade dospneus em 25%, o que diminui a emissão de CO2 e prolonga a vida desses produtos. A empresaestima que, ao trabalhar para melhorar a eficiência do combustível de seus clientes,promoverá a redução potencial nasemissões de CO2, superando as emissõesrelacionadas às operações realizadas dosprodutos pós-uso. As duas metas estãoplanejadas para serem atingidas em 2020(tendo como ponto de partida os índicesregistrados em 2005).

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A New HollandMinistro Cassel em CuritibaA New Holland entregou o trator de número 6 mil vendido pela marca no programa MaisAlimentos, linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Famíliar(Pronaf) destinada a modernizar as unidades produtivas da agricultura familiar. A entregaaconteceu durante a visita do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, nafábrica da New Holland em Curitiba. Paulo Carneiro, produtor rural que cultiva feijão e milho e mantém uma granja em Piraí doSul –a 140 km de Curitiba (PR)– foi o agricultor beneficiado pelo programa que recebeu aschaves de um trator TL75E (78 cv). O produtor acredita que se não fosse pelas facilidades doMais Alimentos, não conseguiria adquirir um equipamento novo. “É mais fácil porque o juro ébaixo e a liberação do crédito é rápida”.Francesco Pallaro, vice-presidente da New Holland para América Latina, acredita que o caso dafamília Carneiro é um exemplo de como ofuturo dos produtores rurais novamente sevolta ao campo. “Não se pensa mais em sairdo campo, mas em se construir e ampliar aprodução, pois agora é possível que istoaconteça”.O presidente da CNH, Valentino Rizziolli,concorda que as condições do Mais Alimentosvão muito além do poder de compra doprodutor rural. “Ganha produtor rural, ganhaindústria e ganha consumidor com produtosmais baratos e competitivos.”

A CNHCrescimento das vendas em 10,7%A CNH Global anunciou seus resultados financeiros do segundo trimestre. O saldo líquido dasvendas aumentou 10,7% até 3,9 bilhões de dólares, graças ao comportamento positivo dosmercados americanos e no resto do mundo, que compensaram as difíceis condiçõeseconômicas sofridas na Europa. O lucro operacional melhorou 169 milhões de dólares comuma margem de 8,4%.As vendas de equipamentos agrícolas representaram 80%, diante de 20% dos equipamentosde construção, equilibrado com o período comparado de 2009, sobre uma base de moedaconstante. A distribuição geográfica das arrecadações para o período foi de 42% da Américado Norte, 24% da Europa Ocidental, 17% da América Latina e 17% no resto do mundo.A CNH prevê que os mercados mundiais de maquinaria agrícola se manterão estáveis em 2010e os de equipamentos de construção crescerão de 25 a 30% em 2010. Deste modo a evoluçãodo Grupo durante os últimos meses e as previsões atuais de atividade comercial para onegócio no resto do ano, deixam claro que é provável que a CNH atualize suas perspectivaspara 2010 quando torne públicos os resultados do terceiro trimestre.

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NOTÍCIAS

Abre em Sorocaba seu terceiro centro de produção decolhedoras com duplo rotor A New Holland fabricará colhedoras com duplo rotor nas novas instalações de Sorocaba, noestado de São Paulo. Este centro se une aos de Grand Island, Nebraska (EUA) e Zedelgem(Bélgica), onde também se produzem este tipo de máquinas.De Sorocaba sairá o modelo CR9060, que demanda o mercado local e cuja primeira unidade seexibiu na feira Agrishow, organizada no final de abril em Ribeirão Preto.Segundo explica o Vice-presidente Comercial da New Holland Agriculture para a AméricaLatina, Francesco Pallaro, a principal razão paralocalizar a produção no Brasil foi o crescenteinteresse que despertam as colhedoras NewHolland na América Latina: “Trouxemos aoBrasil as colhedoras Twin Rotor mais avançadas.Agora que contamos com produção local,poderemos ser ainda mais competitivos eoferecer a melhor colhedora do mercado, paraque os produtores brasileiros obtenham umaqualidade de grão insuperável”.

A New Holland

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89YOILP11001

Bombas detrasferência de óleo - Coexioes de 3/8” - Fluxo de 14 Litros / Minuto - Força 12 V.

Bomba trasvase de aceite- Conexiones de 3/8"- Caudal 14 Litros / Minuto- Corriente 12 V.

OHV802.4HP

OHV311.5HPOHV390

13.0HP

OHV1605.5HP

OHV2709.0HP

89P1224BTC89P1224BTC24

Fluxo/Caudal:40 L/min

89P1224BT12AFluxo/Caudal:40 L/min

Apoio de cabeçacom regulagem de altura.� �����������������������������

Apoios de braçocom regulagem

de inclinação.�� ��������

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Encosto escamoteavele com regulagem deinclinação.��� �������������������������

Suspensãopneumáticahomologada CE.��� ��������������������������CE.

RM62210

RM450

RM80103

RM53

RM20103

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Presentes em 32 paísesPresente en 32 paises

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CilindroCilindrada

Potência máximaPotencia máxima

O carburadorCarburador

Diámetro LamaDiámetro Cuchilla

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1,21 Hp 6500 rpm

1500Ø 25mm

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1500Ø 26mm

230mm (3Z)

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Capacidad do tanque: 26LAltura do trabalho: 12m

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KM 0403450

18"

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Aquisição de 20unidades CR9060Um dos grandes produtoresde sementes do Brasil, J&HSementes, adquiriu 20colhedoras CR9060. Suacapacidade tecnológica e osistema Twin Rotor foramdeterminantes para realizarum investimento tãoimportante. “A colhedoraoferece uma excelentequalidade de trilha.Indagamos no mercado e nãoencontramos outra máquinaque oferecesse uns resultados equiparáveis”, afirmou John Kudiess, sócio da J&H Sementes. Comas máquinas adquiridas, esta companhia conseguirá um aumento na produtividade da colheita de50% em relação ao ano anterior.

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AGRIWORLD14

NOTÍCIAS

Classe MundialOs concessionários John Deere da Região 3 (que inclui ospaíses da América do Sul, Central, Caribe e México)receberam as placas de reconhecimento pela conquistado título Classe Mundial, referente ao ano de 2009, quereconhece os esforços da rede de concessionários nabusca pelo melhor retorno de seus investimentos atravésde práticas operacionais que são avaliadas porindicadores significativamente desafiadoresestabelecidos pela companhia.

Agro Baggio, Agrosule Verdes Vales, doBrasil, Diesel Lange,da Argentina, eInteragrovial, doUruguai, foramhomenageados emcerimônia realizadaem Heidelberg(Alemanha). OconcessionárioMaqnelson, do Brasil,

também atingiu a classificação Classe Mundial quedestaca a excelência operacional dos concessionários darede, mas não viajou com o grupo. Mark von Pentz, presidente da Divisão de Agricultura eJardim, Colheita, Tratos Culturais, Feno e Forragem paraas Regiões 2 e 3, entregou as placas de reconhecimentopara Guilherme Chemale Kessler e Dorildo Berger, daVerdes Vales, José Baggio e Nelson Queiroz, da AgroBaggio, Marcelino Flores e Olmiro Flores de Oliveira, daAgrosul, Guillermo Santos Lange, da Diesel Lange, eJulio Vicente Blanco, da Interagrovial. Ele parabenizouos concessionários pelo reconhecimento alcançado edestacou que a rede John Deere é um grande diferencialcompetitivo da companhia. Mark von Pentz tambémressaltou a importância dos concessionários presentescomo referência para os demais componentes da redena região, e os estimulou a compartilhar suas boaspráticas de gestão com os colegas da rede. AaronWetzel, vice-presidente de Vendas e Marketing para aRegião 3, também falou aos presentes destacando aqualidade do trabalho dos concessionários.

AMS Master Training30 funcionários da John Deere e50 especialistas em AMS de suarede de concessionáriosparticiparam do AMS MasterTraining, treinamento com foconos produtos AMS ou Soluçõesem Gerenciamento Agrícola,sistema de Agricultura dePrecisão da marca. Otreinamento foi realizado noCentro de Distribuição de Peçaspara a América do Sul dacompanhia, em Campinas (SP).O treinamento teve comoobjetivo principal aprofundar osconhecimentos dosparticipantes sobre o sistema edeu destaque às informaçõessobre os produtos mais recentese os lançamentos que estãoampliando a linha de produtosAMS. O computador de bordoCBA 3100 e o sistema demonitoramento de frota,desenvolvido pela Auteq,empresa com a qual a JohnDeere fez uma joint venture em2009, são dois dos novosprodutos. O StarFire™ 300,receptor universal para barra deluz, indica o posicionamentocorreto da máquina para aaplicação de insumos, evitandoa sobreposição e reduzindo osgastos com os produtos.

A John Deere

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Lucro de 547 milhões de dólaresO saldo líquido da Deere & Company no segundo trimestre fiscal (fevereiro-abril) foi de547.500.000 dólares, ou 1,28 dólares por ação diante dos 472,3 milhões de dólares, ou 1,11dólares por ação do mesmo período de 2009. No primeiro semestre chega aos 790,7 milhõesde dólares, ou 1,85 dólares por ação, diante de 676,2 milhões de dólares, ou 1,60 dólares poração, do ano anterior. As vendas mundiais líquidas e as arrecadações aumentaram 6% no segundo trimestre, para7.131 milhões de dólares e 1%, para 11.966 milhões de dólares, na primeira metade doexercício. “Estamos orgulhosos destes fortes resultados, o que reflete um enfoque disciplinadodos custos e de gestão de ativos e a sólida execução dos empregados de nosso modelo denegócio. Estas ações estão nos ajudando a ampliar nossa vantagem competitiva e aproveitarplenamente a melhoria das condições de negócios”, disse Samuel R. Allen, Presidente eConselheiro Delegado. As vendas de maquinaria agrícola em geral, e em particular nosEstados Unidos e Canadá, estão tendo um impacto significativo no rendimento da companhia.As previsões da companhia assinalam um aumento de 11 a 13% para o ano fiscal de 2010 eum aumento de 21 a 23% para o terceiro trimestre, em comparação com os mesmos períodosdo ano anterior. Pode-se incluir um impacto favorável das mudanças monetárias de 3% para oano e aproximadamente de 2% no trimestre. Para todo o ano, as arrecadações líquidasatribuídas a Deere & Company podem ser calculadas em 1,6 bilhões de dólares.Na Divisão Agrícola as vendas aumentaram 1% no trimestre, devido principalmente aosefeitos favoráveis da conversão da moeda e aos melhores preços, parcialmente compensadospelos volumes de envio mais baixos. No semestre as vendas baixaram 2%. As previsões nestesegmento, assim como na Divisão de Espaços Verdes são de um aumento de 9 a 11% este ano,graças a forte demanda de grandes tratores e colheitadeiras.Na América do Sul a John Deere prevê um aumento das vendas ao redor de 25% devidoprincipalmente a melhor situação que apresentam os mercados Brasileiro e Argentino. O Brasilestá se vendo muito favorecido pelos preços favoráveis para a soja e a cana de açúcar, além dacampanha de financiamento apoiada pelo governo.

Consórcio Nacionallança concurso “Ofuturo da sua terra”O Consórcio Nacional JohnDeere está lançando o concurso“O futuro da sua terra”. A ação,destinada aos clientes, consisteno envio de uma foto querepresente o futuro de sua terrarespondendo a pergunta: Comovocê imagina o futuro da sua terra? O autor da melhor foto e resposta ganhará um bônus deR$ 1.000,00 para descontar nas parcelas do consórcio. O regulamento completo está no sitewww.consorciojohndeere.com.br.

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Expoforest 201113-15 de abril em Mogi Guaçu (SP)A Expoforest 2011, primeira feira dinâmica do setorflorestal na América Latina, vai reunir, de 13 a 15 de abril,em Mogi Guaçu (SP), expositores da cadeia da florestaplantada – do plantio, passando pela colheita, até otransporte. A primeira feira dinâmica do segmento daAmérica Latina vai ser realizada em uma área de 118hectares de plantio de eucalipto clonal pertencente àInternational Paper, localizada no município de MogiGuaçu (SP). Com foco na produção de madeira, que vai doplantio, passando pela colheita até o transporte, o eventoreunirá as novas tecnologias, que contribuem para amelhoria da competitividade no setor. De acordo com aorganização da feira, o objetivo é apresentar aos visitantesas melhores opções tecnológicas existentes para aprodução de madeira. “As grandes tendências que devemaparecer na feira em 2011 são a tecnologia embarcada nosequipamentos e a bioenergia. Além de produtosrenováveis, cavaquiadores de alta performance e outrasopções tecnológicas existentes”, afirma o coordenadorgeral do evento, Jorge Malinovski.Para Malinovski, contar com a chancela das principaisempresas do setor é uma conquista e umaresponsabilidade. “A decisão de transformarmos aExpoforest em uma feira dinâmica partiu de uma demandados próprios expositores. Aceitamos o desafio e o resultadoé que o interesse por espaços tem aumentado a cadasemana”.

Na última edição, forammais de 4 mil visitantesque puderam conhecer asnovidades de 58expositores e mais de 70marcas. O evento recebeuparticipantes de 20nacionalidades: África doSul, Alemanha, Argentina,Áustria, Brasil, Canadá,Chile, Equador, Espanha,Estados Unidos, Finlândia,Israel, México, Paraguai,Portugal, Rússia, Suécia,Suíça, Uruguai,Venezuela.

13-15 de abril emMogi Guaçu (SP)Para o gerente de marketinge vendas da Komatsu Forest,José Carlos Pierri Sobrinho,Expoforest 2011 é aoportunidade de estar emcontato com clientesreunidos em um evento

único do calendário florestalbrasileiro e internacional.“Além disso, o contato comnovos players do mercadotambém sempre nos motivousobremaneira a terparticipado de todas asedições do evento e de,historicamente, sermos umde seus maioresincentivadores”, afirma.Uma das líderes mundiais nafabricação de máquinasflorestais, a Komatsu Forest,vai estar ao lado deempresas de peso comoCaterpillar e John Deere. Emrelação à expectativa para oevento, Pierri garante: “É amelhor possível!”. Segundoele, a empresa não abremão de participar daExpoforest. “Entendemosque esse evento é o mais

A Komatsu Forest

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A JCBNova fábrica de escavadeiras emSorocabaO investimento total foi de US$ 5 milhões e a capacidadede produção será de 400 escavadeiras por ano. Serãogerados 60 novos postos de trabalhos diretos. Em uma áreade 14 mil m2, a nova fábrica fica ao lado da fábrica deretroescavadeiras.A construção da fábrica levou apenas sete meses, uma vezque o anúncio foi feito durante o evento de comemoraçãoda produção mundial de 400 mil retroescavadeiras, emoutubro de 2009. Recentemente, a JCB ampliou em 50% acapacidade de produção de retroescavadeiras da fábrica deSorocaba, aumentando a área construída em 15%. Tudoisso para atender a demanda do mercado brasileiro demáquinas.“Nosso objetivo é mantero crescimento constante,conquistando cada vezmais o mercado. Para issoestamos investindocontinuamente naampliação da produção”,afirma Carlos Hernández,diretor geral da JCB para aAmérica Latina.Em 2009 a JCB do Brasilultrapassou a marca de mil máquinas vendidas, incluindotodos os modelos comercializados pela JCB no país.Alcançou a liderança do mercado de vendas deretroescavadeiras em várias regiões do Brasil, inclusive noestado de São Paulo. “Isso demonstra a força e a qualidadedo produto JCB aliada à confiança do cliente na rede dedistribuidores”, afirma Nei Hamilton, diretor da JCB doBrasil.Um dos focos dos investimentos que a JCB está fazendo noBrasil é na área de pós-vendas, com a compra deequipamentos, pessoal e treinamento, que abrange não sóa produção como também toda a rede de distribuidores.A JCB é uma empresa britânica líder mundial na fabricaçãode retroescavadeiras e manipuladores telescópicos. Estápresente em quatro continentes com 18 fábricas. No Brasil,possui duas fábricas localizadas na cidade de Sorocaba – SP,e possui também um Centro de Distribuição de Peças deReposição em Guarulhos, SP.

importante do segmentoflorestal brasileiro e o fatode, em 2011, termos aprimeira feira florestalrealmente dinâmica doBrasil está nos trazendomuitas e boas expectativas.Esse evento sempre secaracterizou, para aKomatsu Forest, como ‘omais importante’ eventoflorestal brasileiro, devidoao interesse de todos osagentes que compõem osegmento no país”, afirma.De acordo com o gerente demarketing e vendas daKomatsu Forest, o mercadoestá bastante aquecido e asperspectivas de crescimentoe aumento da participaçãode mercado são boas.“Esperamos crescer 10% emrelação ao ano anterior que,apesar da propalada crisemundial, mostrou-se um anointeressante para a KomatsuForest”, revela Pierri, quegarante: “ser visto em umevento desse alcance nosmantém sempre em contatocom as novidades dosegmento e ‘no front’ emrelação aos agentes domercado florestalbrasileiro”.

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Novo membro do Conselhode AdministraçãoLuiz Fernando Furlan é, desde 22 de julho,membro do Conselho de Administração doGrupo AGCO. Este executivo é atualmenteVice-Presidente de BRF Brazil Foods, umacompanhia especializada na produção,venda e exportação de carnes, soja,produtos lácteos, aves e produtostransformados na América do Sul.O Presidente e Diretor Geral da AGCO,Martin Richenhagen, se mostrou muitocontente com esta incorporação. “Suaampla experiência executiva no setoralimentício da América do Sul e noagronegócio, juntamente com seusantecedentes no Governo do Brasil, nospermitirão contar com outra perspectiva esua contribuição para a nossa equipe dedireção será muito importante. O Brasilrepresenta uma grande oportunidade parao crescimento da produção agrícola. Anomeação do Sr. Furlan demonstra nossocompromisso de manter nossa posição deliderança na indústria de equipamentosagrícolas da América do Sul”.A trajetória de Luiz Fernando Furlan nomundo empresarial abrange mais de 30anos de experiência ocupando numerosospostos executivos, sendo o último em2009, como Presidente do Conselho deAdministração na Sadia, SA, a principalempresa produtora de alimentoscongelados do Brasil. Na atualidade émembro das equipes de direção dosAlimentos BRF Brazil Foods e daTelefônica. Luiz Fernando Furlan, que entre 2003 e2007 foi Ministro do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior do Brasil,substitui no Conselho a Francisco Gros, querealizou importantes contribuiçõesdurante os quatro anos em que esteveformando parte deste conselho.

Saldo líquido de vendas de1,7 bilhões de dólaresOs resultados da companhia correspondentesao segundo trimestre mostram um saldolíquido de vendas de aproximadamente 1,7bilhões de dólares, 1,4% menos em relaçãoao mesmo período de 2009. O lucro líquidopor ação antes de gastos foi de US$ 0,66,diante aos US$ 0,64 do segundo trimestre de2009. Excluindo o impacto favorável deconversão da moeda de aproximadamente0,3%, as vendas líquidas no segundotrimestre de 2010 diminuíram 1,7%.A demanda do mercado segue sendo muitoforte na Argentina e especialmente no Brasil,com colheitas recorde no início do ano e umamelhor situação para os produtores de canade açúcar, o que permite à AGCO obter naAmérica do Sul um aumento de vendas deaproximadamente 74,2% em comparaçãocom o segundo trimestre de 2009. Este êxitocompensou os menores resultados na regiãoEAME (Europa, África, Oriente Médio) devidoàs fracas condições que enfrentamos nosmercados da Europa ocidental. As previsões do Grupo AGCO para o que restade exercício são diferenciadas. Na EuropaOcidental espera que se mantenha estáveldentro da dificuldade, com melhoresresultados do segundo semestre emcomparação. Na América do Norte tambémespera manter os níveis atuais, enquanto quena América do Sul as perspectivas seguemsendo positivas, com níveis similares aos domesmo período do ano precedente.A companhia espera lucros ajustados por açãoem uma categoria de 1,85 a 2,00 US$ para todoo ano de 2010. O saldo líquido das vendas devechegar a US$ 6,7 bilhões, US$ 6,8 bilhões. Amelhora da margem bruta se verá compensadaem parte pelos investimentos em engenhariapara o desenvolvimento de novos produtos eos requisitos para cumprir a normativa Tier 4sobre as emissões poluentes pelos motores.

O Grupo AGCO

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A Valtra80 A850 no RioGrande doNorteA Valtra entregou aogoverno do Rio Grandedo Norte 80 tratoresmodelos A850 que serãodistribuídos a 80prefeituras do estado. Aação está inserida noprojeto Campo MaisForte, criado pelogoverno do RN emparceria com o GovernoFederal para fortalecer aassistência técnica eextensão rural noestado.O presidente Lula esteveno evento realizado noCentro de Convenções deNatal para assinardocumentos que irãoviabilizar a modernizaçãode diversos setores noestado. Além do CampoMais Forte, voltado paraa agropecuária, destaquepara a construção doaeroporto de SãoGonçalo do Amarante e acriação das Zonas deProcessamento deExportação (ZPEs).

Série especial detratoresValtra está lançando umasérie especial de tratorespara comemorar seus 50anos. A edição cor deouro é limitada e só vaidisponibilizar milunidades.

A Massey FergusonEntrega 110 tratores em Minas GeraisCom a presença de mais de 700 clientes da região de PousoAlegre (MG), o Consórcio Nacional Massey Ferguson e aconcessionária Luchini entregaram 110 tratores emAssembleia do grupo 344. Os tratores foram adquiridos nasseguintes modalidades: Um por sorteio, 20 por lance fixo de30%, 30 por lance fixo de 40% e 59 por lance livre.As facilidades oferecidas pelo Consórcio Nacional MasseyFerguson incluem a flexibilidade de pagamento comcontribuições mensais de 0,5% do valor do trator e 3,5%semestralmente, flexibilizando a forma de pagamento deacordo com a safra e podendo parcelar em até cem meses.Além disso, o produtor tem a possibilidade de financiar 20%de seu lance (dependendo das condições da concessionárialocal). A aprovação de crédito exige documentação simples ese dá de maneira fácil e desburocratizada. Os consórciosoferecidos pela Massey Ferguson não tem taxa de adesão e oprodutor tem a possibilidade de programar a retirada dotrator através de lances.

Três dias de negócio com clientesMais de 1.300 consumidores fiéis da Massey Ferguson detodas as regiões do Rio Grande do Sul foram recebidos nafábrica em Canoas. Os visitantes conheceram a moderna linhade produção em que são produzidos os tratores utilizados poreles no campo. Na visita, os clientes estiveram nas instalaçõesda marca acompanhados das concessionárias de suas regiõese conferiram algumas das novidades para 2010.

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BamagrilNova lojaNo dia 31/05/2010 aempresa Bamagrilinaugurou sua novaloja em Luis Eduardode Magalhães, BA. Aempresa é AgenteOficial METALFORdesde o ano 2008 parao oeste do estado daBahia. A nova sede seencontram na Av. JK, econta com confortáveisinstalações para oatendimento declientes, umimportantealmoxarifado de peçasde reposição emoderna oficina para aprestação de serviçosmecânicos.A inauguraçãocoincidiu com acomemoração dononagésimoaniversario da empresa,num evento quecontou com a presençade seus proprietários osSenhores Luis Barcellose Pedro Hersen.Fundada em 2001, aBamagril atua deforma uniforme emtodos os produtos quevende (plantadeiras,colheitadeiras,pulverizadores…). Estápreparada paraatender necessidadesde implementosagrícolas e peças dereposição.

LindsayIrrigaçao áreas grandes e pequenasO desafio de irrigar áreasgrandes e pequenas estásuperado. Lindsay, lídermundial na fabricação desistemas de irrigaçãoautomatizada há mais de 50anos, instalou o maior pivôdo mundo em Tocantins eacaba de lançar um mini pivôpara irrigação de pequenasáreas com plantas de baixoporte, como gramados ehortaliças. Esses trabalhosestão sendo apresentadospela empresa sediada comMogi Mirim (SP), quereestruturou-se a empresa eampliou os investimentos emtecnologia para atender aosplanos de expansão noBrasil.O maior pivô central construído no país, com um raio irrigadode 1.300 m e 26 torres, foi instalado em 2009 e já está emfuncionamento em Tocantins (RO), em área de 530 ha. Alémdo tamanho do equipamento, um dos diferenciais é aquantidade de água usada na irrigação, com lâminas menoresde 4 mm. “Os testes de operação com lâmina reduzida fazemparte da estratégia de buscar o equilíbrio da produtividadecom maior rentabilidade”, explica Eugênio Brunheroto,diretor-presidente da Lindsay América do Sul. O projeto deirrigação de cana em Tocantis foi implantado na FazendaCana Brava e o equipamento opera com vazão de 506 m3 porhora e leva 44 h para percorrer toda a volta (velocidademáxima).A irrigação de pequenas áreas com plantas de baixo porte,que sempre foram limitadas quando o assunto era irrigaçãopor meio de pivô, agora já podem contar com um novoequipamento desenvolvido pela Lindsay: o GreenField. É ummini pivô lateral e autoreverse com estrutura galvanizada emedidas especiais: altura livre de 1,80 ou 2,40 m, vãos de 24,4a 36,6 m e máximo de 8 torres. É recomendado para áreas deaté 30 ha. O equipamento é leve e fácil de montar e operar, epode ter operação automatizada.

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Mais Alimentos170 mil contratosO ministro do DesenvolvimentoAgrário, Guilherme Cassel,contabiliza que já foram fechadoscerca de 170 mil contratos do MaisAlimentos junto ao ProgramaNacional de Fortalecimento daAgricultura Famíliar (Pronaf) em todoo Brasil. Para o ministro, o programafunciona bem pois conta com aparceria entre indústria de tratores eimplementos, garantindo aestabilidade do programa.Além do Mais Alimentos, Casselafirma que o atual Plano Safra – queampliou o limite de renda aoprodutor de R$ 160 mil/ano para R$220 mil/ano – ajuda na melhoria dascondições da agricultura familiar.“São 4 milhões de agricultoresfamiliares no Brasil. Com o MaisAlimentos, a produção de alimentosde consumo diário tem aumentado. Éo aumento de renda para o homemdo campo”.Francisco Simeoni, diretor geral doDepartamento de Economia Rural doParaná (DERAL – PR), confirma osucesso do Mais Alimentos emnúmeros. “O programa TratorSolidário, do governo do Paraná,agregado ao Mais Alimentos dogoverno federal, já financiou 12 miltratores só no Estado. Desta forma, oprograma numa parceria entre poderpúblico, indústria e produtor ruralajuda a manter o alto índice deprodutividade da agriculturabrasileira, com tratores no campograças ao plantio e venda no tempoadequado. No Paraná, os contratosjunto ao Mais Alimentos já somammais de R$ 2,3 bilhões”, disseSimeoni.

A Jacto Atualiza identidade visualNova logomarca valoriza o trevo de três folhas,símbolo da família fundadora e elementoamplamente conhecido no mundo. Tradição esolidez aliada à modernidade e inovaçãotecnológica. Com essa receita, a Jacto MáquinasAgrícolas construiu sua história em 62 anos. Paravalorizar e comunicar esses valores de formaglobal, a atualização da identidade visual daempresa valoriza o trevo, símbolo rapidamenteidentificado em diferentes culturas.

O trevo é osímbolo da famíliado fundador daempresa, oimigrante japonêsShunji Nishimura.No Japão feudal,os conflitosarmadosconstantementedevastavam asplantações,destruindo em

dias o trabalho de anos. Mas quando tudo estavaperdido, o verde voltava a nascer através demilhares de pequenos trevos de três folhas, sinalde renascimento e perseverança.O trevo deixou de ser um ícone menor, à direita damarca, e agora mais arredondado está emdestaque, representando os valores que sempremarcam os produtos Jacto. Além de simbolizar aperseverança e a confiança, expressa a filosofiacontida no slogan da empresa, "Jacto, ao seu lado,sempre".O maior peso à simbologia intensifica acomunicação visual da marca de forma global. AJacto exporta seus produtos para 106 países e otrevo é um símbolo conhecido no ocidente e nooriente, associado a perseverança e renascimento.Em linha com essa estratégica, a identidade visualdas máquinas também mudou e passa dar maiorênfase à logomarca nos elementos gráficos queacompanham os produtos.

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Máquinas e equipamentos+13,2% no 1º semestreO faturamento nominal da indústria de máquinas e equipamentos cresceu 13,2% no primeirosemestre deste ano, em relação a igual período de 2009, totalizando R$ 33,9 bilhões, segundodados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).As exportações de bens de capital alcançaram US$ 4 bilhões (+6,5%). As importações somaramUS$ 10,6 bilhões (+14,6%). O déficit comercial no período foi de US$ 6,6 bilhões, 20,2% maiorque no ano passado. A Abimaq prevê que o déficit comercial do setor encerre o ano em cercade US$ 12 bilhões.O faturamento do setor em junho foi de R$ 6,1 bilhões, alta de 8,4% ante maio e de 7,9%sobre junho de 2009. No mês, as exportações foram de US$ 714 milhões, queda de 2,4% antemaio, mas um crescimento de 6,3% sobre junho de 2009. As importações somaram US$ 1,9bilhão em junho, redução de 0,6% ante maio, mas uma elevação de 42% sobre junho de 2009.O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor foi de 83,6% em junho, o maiordesde dezembro de 2008, quando era de 84,2%. No mês passado, o setor empregava 244.651trabalhadores, alta de 0,1% em relação a maio.

A AgralePremiada com trofeo ‘Ítalo Victor Bersani’A Agrale foi escolhida para receber o Troféu Ítalo Victor Bersani, na categoria Indústria. A 3ªedição da premiação promovida pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias doSul (CIC) aconteceu dia 5 de julho, durante a reunião-almoço que celebrou os 109 anos defundação da entidade.As soluções práticas e viáveis oferecidas para o dia a dia, as tecnologias pioneiras e acapacidade de inovação da Agrale, única empresa de capital 100% nacional, atuando naprodução de veículos, tratores e motores a diesel, foram fatores que contribuíram para aobtenção do maior número de votos dos associados da CIC.

Concessionários destaquesA Agrale, única montadora 100% brasileira, entregou no dia 19 de maio, em EncontroNacional de Concessionários, dos destaques de 2009 no Programa de Qualidade dosConcessionários Agrale – PQCA. O evento foi realizado em Porto Alegre e contó com aparticipação dos revendedores das redes de Tratores e de Veículos Agrale de todo o Brasil.

StaraProcessos de pinturaA nova unidade de pintura tem 7.000m2 e um túnel de 96m anexo a Fábrica 1. Todas as peçasproduzidas na Fábrica1 serão enviadas para a fábrica de pintura, tracionadas por umamonovia totalmente automatizada (sistema power free), cruzando pelo túnel, onde receberãoum tratamento químico que proporcionará uma limpeza perfeita de suas superfícies,tornando-as aptas a receber os melhores sistemas de pintura, afim de garantir a qualidade denossos produtos em campo.❏

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SIMAO próximo se celebrará em Paris de 20 a 24 de fevereiro de2011O Salão Internacional de Máquinas Agrícolas (SIMA) já comemora sua 74ª edição, queacontecerá de 20 a 24 de fevereiro de 2011 no Parque de Exposições de Paris-NordVillepinte. Segundo sua diretora, Martine Dégremont, “para ser totalmente coerente com aatualidade e as preocupações do setor, concebemos estes tempos fortes ao redor de seistemáticas transversais que encontramos hoje na agricultura: Inovação, Genética, Energiasustentável, Mercado internacional, Prospectiva e Ofícios”.A próxima edição apostará emuma agricultura eficaz esustentável, voltando a ser oúnico certame em escalainternacional em apresentarconjuntamente equipamentosagrícolas, pecuária e energiasustentável. “O crescimento dapopulação mundial que multiplicaas necessidades de alimentação, achegada de novos paísesprodutores emergentes, asexplorações que devem encontrarum novo equilíbrio, a volatilidade de mudanças, anecessidade de inovar para integrar positivamenteos critérios meio ambientais. Este forte contextogera perguntas, renovações e necessidade deevoluir por parte dos profissionais agrícolas domundo inteiro”, assinala Dégremont. Nesta linha, se renovarão especialmente três desuas iniciativas mais esperadas:- O espaço ‘Boas Práticas’, que comemora seus 10

anos: 400m2 nos quais os organismosinternacionais e colaboradores da feira intervêmna exposição de boas práticas agrícolas.

- O Fórum Agrícola Internacional: Oficinas práticas sobre energia sustentável, tendências dosetor, congressos, etc.

- O Agri Manager Tour, em sua segunda edição: cerca de 30 profissionais procedentes dospaíses agrícolas mais importantes reunidos ao redor de um programa exclusivo e a medida.

O último SIMA, celebrado em fevereiro de 2009, reuniu a mais de 1300 expositores e a 1400marcas, com uma afluência de público que superou os 200.000 visitantes.

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Máxima valorização para A noprograma de provedores da FendtA Goodyear recebeu o mais alto nível, o grau devalorização A, no programa de fornecedores dacompanhia de tratores Fendt (Alemanha), programa quereconhece os sucessos dos fornecedores nas categoriasde qualidade, logística, serviço e gestão ambiental. Segundo o Diretor da Goodyear Europa de PneusAgrícolas e Industriais, “a Goodyear analisa esta nota Acomo um reconhecimento dos programas que temos emandamento para melhorar continuamente nossosprodutos e serviços assim como nosso compromisso como excelente serviço e satisfação para o cliente”.Há muitos anos a Goodyear fornece diferentes medidasde sua série Optitrac para a Fendt, incluindo sua últimaincorporação a gama, Optitrac R. A gama Optitrac R+ pode levar até 31% mais de carga, egerar, uma tração significativamente maior que ospneus standard. Além do que permite velocidades de 70km/h e é adequada para a condução na estrada com osmesmos níveis de pressões para o uso no campo.Também aumenta o espectro de rendimento enquantomantém a largura convencional do pneu. Osresponsáveis pela marca asseguram que a série R+converte mais força da máquina em tração e que,portanto, está preparada para novas gerações detratores potentes e rápidos, como é o caso da sérieFendt 900 que incorpora os tamanhos 710/75R42 e650/65R34 da Optitrac R+.

Lucra US$ 28milhões nosegundotrimestreA Goodyear reverteprejuízo de US$ 221milhões apurado umano antes e registroulucro líquido de US$ 28milhões no segundotrimestre de 2010. Noentanto, empresacontabiliza perda de

US$ 19 milhões no primeirosemestre, ante prejuízo de US$554 milhões observado naprimeira metade de 2009. Areceita líquida cresceu 14,8%entre abril e junho, para US$4,528 bilhões, contra US$ 3,943bilhões registrados em igualépoca do ano passado. Nos primeiros seis meses doano, a receita atingiu US$ 8,798bilhões, valor 17,6% superior aoapresentado no mesmo períodode 2009. “Estamos muitosatisfeitos com nosso fortedesempenho no segundotrimestre e no primeirosemestre do ano”, afirmouRichard J. Kramer, presidente eexecutivo-chefe. O desempenhodos negócios continuammelhorando, em virtude dosbenefícios da recuperação dademanda da indústria. “Nósestamos claramente no caminhocerto, uma vez que nossasestratégias nos levam aexpansão da rentabilidade”,afirmou.

A Goodyear

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ArgentinaAs vendas de maquinaria agrícola crescem 147% no primeirotrimestreAs vendas de maquinaria agrícola na Argentina aumentaram 148% no primeiro trimestre emrelação ao mesmo período de 2009. Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos(INDEC), entre janeiro e março se comercializou maquinaria agrícola com valor de 156,1milhões de euros, diante dos 62,9 milhões de euros do mesmo período do ano anterior. Notrimestre, as vendas de máquinas de produção local tiveram um crescimento de 217,1% e asimportadas, de 110,7%.Embora o mercado não tenha alcançado ainda os níveis de 2008, estes dados constatam arecuperação, após o conflito vivido há uns meses entre o governo e os produtores agro-pecuários, agravado pela seca e pela crise financeira global.A colhedora foi a máquina de referência no primeiro trimestre. Sua participação nas vendasfoi de 47,3% do total, com um faturamento de 73,9 milhões de euros, o que representa 136%de aumento. As vendas de tratores representaram 22,9% do total com um volume de 35,8milhões de euros. Os tratores e colhedoras de produção local representaram 39,1% e 28,7%das vendas totais, respectivamente, enquanto que as semeadoras constituíram 100%.

Michelin e Claas Acordo de colaboraçãoválido durante ospróximos três anosCom esta nova parceria, Michelin eClaas reforçam a sua colaboração emnovas áreas como a investigação e odesenvolvimento ou conhecimentodos mercados. O acordo que se acabade assinar em Harsewinkel, sede deClass, demonstra a confiança queambos os parceiros têm nodesenvolvimento dos mercadosagrícolas.Para responder à crescentenecessidade de eficiência econômica dos agricultores, Claas desenvolveu colhedoras queintegram novas e melhoradas performances. A empresa alemã optou pelos pneus MICHELIN(tecnologia Ultraflex) que podem suportar as cargas mais pesadas e proteger os cultivos, aomesmo tempo que requerem menos espaço. Além disso, e para além das colhedoras , a novalinha de tractores de Claas, por exemplo, montará pneus Michelin como equipamentooriginal.A colaboração entre Michelin e Claas insere-se no quadro da estreita relação que mantêm osdois grupos. No passado dia 28 de janeiro, Claas concedeu à Michelin o seu Prêmio aoFornecedor 2009, na categoria de Inovação.

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Europa

Sensações otimistas nosmercados europeus para osegundo semestreA pesquisa que regularmente realiza aAssociação Européia de Fabricantes deMaquinaria Agrícola (CEMA) reflete asprimeiras sensações positivas depois devários meses de pessimismo. Os -14pontos marcados no mês de maio noclima de negócio (índice cujo valor sesitua entre +/- 100 pontos) representamum valor similar ao de fevereiro de2009, quando se começou a notar acrise, e se encontram já muito longe dos-70 de doze meses atrás, queconstituíram o momento mais baixo.Segundo o Barômetro europeu, doisterços dos entrevistados esperamaumentar seu volume atual de negócioaté setembro, melhorando asexpectativas do mês de março em quase11%. Atualmente há estabilidade nospedidos, situação que se enfrenta aocrescimento esperado no faturamentopara os próximos seis meses. Em níveleuropeu, todos os grupos demaquinaria esperam crescer nospróximos seis meses. Outro fato que parece reforçar asensação de otimismo é o crescimentonas expectativas de emprego dascompanhias. Muitas esperam reforçarseus quadros de trabalhadores fixos nospróximos meses, especialmente naFrança e Itália.Esta mudança de tendência pode serdevida à erupção forte de mercadosque, até o momento, não participavamdeste estudo, como Polônia, Romênia,República Tcheca e Eslováquia. Agora, oBarômetro da CEMA oferece uma visãomais global dos resultados destaindústria na UE e zonas próximas.

O acesso a terra e ao créditosão os principais obstáculospara os jovens agricultores As limitações para chegar à posse da terra e aocrédito são os dois principais obstáculos queencontram os jovens europeus interessados emdesenvolver suas atividades vinculadasdiretamente com o campo. Assim indicou JorisBaecke, Presidente do Sindicato Europeu deJovens Agricultores (CEJA), durante umaconferência organizada há algumas semanaspela Comissão Européia em Bruxelas paraabordar o futuro da Política Agrícola Comum(PAC) a partir de 2013.“A muitos jovens agricultores é negado o acessoa terra porque as gerações de mais idade sãomuito apegados à ela e pelos motivoseconômicos que levam alguns proprietários a sedesfazerem de suas propriedades e destiná-las aoutros fins”, afirmou Baecke.“O acesso à profissão e os primeiros anos deatividade são fundamentais para os jovensagricultores”, prosseguiu o Presidente, “emuitas vezes este período de transição édecisivo para a criação e consolidação deempresas emergentes”.

EmpréstimosO principal dirigente do CEJA opina que a soluçãopode ser a adoção de um conjunto de medidasfinanceiras, como empréstimos subsidiados e adisponibilidade de créditos específicos para jovensagricultores aplicáveis para investimentos emlongo prazo e o desenvolvimento da atividade.Joris Baecke assinalou que a nova PAC deve tercomo “prioridade” a sucessão geracional com afinalidade de que os jovens agricultores possammanter a diversidade da agricultura, “de umamaneira inovadora, dinâmica e empreendedoraque proporcione segurança alimentícia, preserveo meio ambiente e ofereça os produtosadequados”.

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A CGS Tyres(pneus Mitas eContinental)Abrirá uma fábricanos Estados UnidosA CGS Tyres terá uma fábricade produção de pneus emCharles City, Iowa (EUA). Anotícia se tornou oficialdurante o Farm ProgressShow, que se celebrou emBoone (EUA) no passado ano.“Iowa é fundamental paranossa estratégia da Américado Norte”, disse Jaroslavâechura, ConselheiroDelegado da Mitas, membrodo Grupo CGS Tyres.“Estamos ampliando nossacapacidade de produção paraatender melhor aosagricultores norte-americanos, com pneus Mitase Continental, fabricados nopróprio país”, acrescentou.Os detalhes desteinvestimento, como oinvestimento total, o númerode postos de trabalho criadosa nível local ou o nível desalários, estão submetidos aacordos com o Departamentode DesenvolvimentoEconômico da área de Iowa.A CGS Tyres, que atualmenteemprega a mais de 2.800pessoas e conta com quatrofábricas na Europa, temprevisto ampliar asinstalações de Charles Cityem três etapas, para que aprodução comece em janeirode 2012.

A Same Deutz-FahrLodovico Bussolati é o novoConselheiro Delegado do Grupo Lodovico Bussolati, de 44 anos, formado em Economia, é onovo Conselheiro Delegado (CEO) do Grupo Same Deutz-Fahr. O diretor possui uma ampla experiência tanto naItália como na Alemanha e faz parte da equipe de direçãoda companhia desde fevereiro de 2009, como Diretor deCompras.A nomeação, anunciada oficialmente pela companhia nodia 18 de maio, teve caráter imediato e se produz após asaída do Grupo de Massimo Bordi, que deixa todos seuscargos por motivos pessoais depois de 10 anos de gestão edireção, embora continue como membro da ComissãoSupervisora para Deutz Ag em Colônia (Alemanha), e, porconseguinte, colaborando com o Grupo SAME DEUTZ-FAHR.

NomeaçãoFranco Artoni, de 46 anos, é onovo Vice-Presidente do GrupoSAME DEUTZ-FAHR.A nomeação se produz após asaída do Grupo de AndreaBedosti, que deixa seus cargosdepois de 7 anos de gestão.

Lodovico Bussolati. Massimo Bordi.

Franco Artoni.

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NOTÍCIASGLOBAL

A John Deere

Aposta na tecnologia EGR para fazer aTier IIIbA John Deere se posiciona a frente da normativa de emissõesTier IIIb para equipamentos com potência entre 130 e 559 kW(174 a 779 CV), que entrará em vigor em 01 de janeiro de 2011 eque obriga à redução de 90% das partículas e de 50% de NOx(óxido de nitrogênio), medido em g/kWh.Baseado na experiência positiva com os atuais motoresPowerTech, a companhia, da sua posição como um dosprincipais provedores mundiais de motores diesel paraaplicações extra-viárias, agrícolas e industriais, e emcolaboração com os fabricantes de equipamentos originais(OEM), optou por seguir com a tecnologia de recirculação degases de escape refrigerados (EGR), que requer poucoscomponentes adicionais e proporciona uma excelenteeconomia de combustível.Esta estratégia de “fluído único” permitirá aos clientes daJohn Deere seguir beneficiando-se das tecnologias de eficáciademonstrada e da rede consolidada de apoio e serviços aprodutos oferecidos pelos concessionários e distribuidores damarca em todos os mercados, independentemente do tipo demáquina.Nos novos motores diesel de fase IIIB com potência superior a130 kW, que serão lançados a partir do ano de 2011, a JohnDeere implementará as mesmas tecnologias que já utilizouem seus tratores das séries 8030 e 8R com economia decombustível, incluindo o turbo de geometria variável (VGT) eos sistemas de recirculação de gases de escape refrigerados(EGR). O componente do filtro de partículas nestes motoresincorporará um Catalisador de Oxidação Diesel (DOC) e umaunidade de Filtro de Partículas Diesel (DPF).

Segundo a John Deere, optarpela solução EGR significaevitar o custo de comprar,manejar, armazenar eassegurar um fluído adicional,além da necessidade deacrescentar ao motor umdepósito adicional paraaditivos e sistemas para adosagem, aquecimento emonitoramento dos níveis defluídos.

Nascem a regiãoe o ConselhoMediterrâneoO novo ModeloOperacional Global (GOM)da John Deereproporcionou a criação daRegião Mediterrânea, coma participação da Turquia,Itália, Espanha e Portugal.Após a sua fundaçãocriou-se o ConselhoMediterrâneo,encarregado de analisarpontos comuns entre estesquatro países e conseguirsinergias em cinco áreasfuncionais chave como sãoo Marketing, Atenção aoCliente, Desenvolvimentode Concessionárias, Pós-venda e Formação. Germán Martínez Sainz-Trápaga, Diretor Regionalde Vendas para a RegiãoMediterrânea – Turquia,Itália, Espanha e Portugal,explicou “queremoscontribuir para ocrescimento da Região 2,com ambição e compropósitos estratégicosregionais partindo darealidade atual”.

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500.000 colhedoras fabricadas emEast MolineUma 9870 STS,com 514 CV depotência eplataforma demilho de 12 linhas,foi a colhedoraautopropelida nº500.000 produzidapela John DeereHarvester Worksem East Moline, Illinois (Estados Unidos). A fábricacompleta, deste modo, quase 100 anos na produçãodeste tipo de máquina, já que começou a produzircolhedoras em 1910 e a construção da fábricaaconteceu dois anos mais tarde.No princípio, a unidade fabricava colhedoras, grades,trilhadoras e colhedoras especiais para milhotracionadas por cavalos. Em 1927, apresentou suaprimeira colhedora, combinando a ceifa e a trilha emuma única operação. Vinte anos mais tarde, a JohnDeere fabricou a primeira colhedora autopropelida.“Nos primeiros 20 anos, a capacidade de trabalho dascolhedoras autopropelidas John Deere duplicou e istovoltou a ocorrer entre 1980 e 2000,” explicou KatieDierker, Gerente do Departamento de Marketing naJohn Deere Harvester Works. “Nos últimos 10 anos,comprovamos que a produtividade quase dobrououtra vez. Isto significa que os agricultoresconseguem fazer mais, em menos tempo, e que estãomelhores posicionados para satisfazer as crescentesnecessidades de alimentos no mundo”.Atualmente, a John Deere Harvester Works exportapara mais de 35 países e fabrica quatro modelos dasérie 70 e uma gama completa de plataformas decorte. O quadro de funcionários é de uns 2.400empregados, incluído o Centro de Desenvolvimentode Produtos em Silvis. Além de East Moline, a John Deere também produzcolhedoras em Zweibrücken (Alemanha), Horizontina(Brasil), Jiamisu (China) e Domodedovo (Rússia).

Entre as 50companhias maisadmiradas do mundo A Deere é uma das 50 empresasmais admiradas do mundo,segundo o estudo anual querealiza a revista Fortune, no qualmais de 4.000 especialistas emnegócios escolhem as dezempresas mais valorizadas emcada setor. O primeiro posto doranking geral é ocupado pelacompanhia Apple e a Deere sesitua no posto 43, dentro daclassificação que inclui empresasde todos os setores.A John Deere explica que asempresas que formam parte desteseleto grupo se destacam por umasérie de variáveis, como ter umaforte cultura organizacional,conseguir êxito através das pessoase dedicação de até 30% do tempoem desenvolvimento de talentos eformação de pessoal. Além do que,indica que são organizações comum profundo compromisso com oempregado e com seus clientes, eque se sobressaem na gestão ativada inovação, outorgando umagrande importância aodesenvolvimento de estratégias emlongo prazo, baseando as mesmasem uma forte visão de futuro.

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NOTÍCIASGLOBAL

A New Holland

Reunião da equipeeuropéiaOs responsáveis e diretoreseuropeus da New Holland,dirigidos pelo Vice-Presidente de Vendas paraEuropa, Carlo Lambro,escolheram a Espanha paraorganizar uma importantereunião de trabalho emmaio. O cenário foi oCampus que a marca tem emPeñarrubias Del Pirón(Segóvia), um espaço idealpara este tipo deatividades.Segundo acompanhiaexplicou em umanota deimprensa, aescolha deste paísnão foi umacasualidade, jáque, atualmente,

o mercado espanholestá servindo dereferência para orestante dos mercadoseuropeus quanto àprogressão, expansão edesenvolvimento que aNew Holland estáfazendo durante osúltimos anos, ficandoclaro no contínuo

aumento do número de clientes quepreferem a New Holland como sua marcade equipamento agrícola. Os máximosresponsáveis dos mercados europeusestudaram e discutiram as estratégiasprevistas pela marca para o segundosemestre deste ano. Também dialogaramsobre os próximos lançamentos deprodutos e motores, com especialimportância à futura entrada em vigor danormativa de emissões Tier IV.Todos eles puderam testar os produtosque a marca dispõe no local. Também dedesenvolveram diversas provas edemonstrações das novidades referentes àagricultura de precisão (PLM) e sistema depiloto automático New Holland.

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A BridgestoneMelhora sua previsão para 2010 apósos resultados do primeiro trimestreO Grupo Bridgestone fechou o primeiro trimestre com umsaldo líquido de vendas de 5.284 milhões de euros, 16%mais que no mesmo período do ano anterior. O beneficiodo saldo líquido ascendeu a 141 milhões de euros, diantedas perdas de 271 milhões de euros registradas no períodode janeiro a março de 2009.

Estes resultados levaram o Grupo a revisar sua previsão deresultados para o primeiro semestre, no qual agora prevêalcançar um benefício de saldo líquido de 216 milhões deeuros.As vendas do Grupo na Europa cresceram também 16% noprimeiro trimestre, até 758 milhões de euros, com umbenefício operacional de 13 milhões de euros. O fabricantede pneus e derivados da borracha observa “sinais de leverecuperação” na economia doméstica e “sinais deestabilização” no ‘velho continente’, enquanto que nosEstados Unidos começa uma recuperação que na Ásiasegue acelerando, particularmente na China. O ambiente operacional da companhia nos três primeirosmeses do ano esteve marcado pelo aumento de preços dasmatérias primas. As empresas do grupo centraram-se emaumentar as vendas de produtos altamente competitivos,assim como o fortalecimento da capacidade de oferta, amelhora da produtividade manufatureira, a melhora dasuperioridade tecnológica e a utilização eficaz dos recursosde gestão.Dentro de um ambiente operacional que avança à grandevelocidade, incluindo as estruturas variáveis da demanda eda concorrência, a Bridgestone se esforçou em aplicar umasérie de iniciativas para melhorar sua capacidade deresponder com rapidez às tendências do mercado, oaumento das vendas de produtos estratégicos, construir emelhorar um modelo de negócio que se estenda mais alémda mera venda de produtos e o desenvolvimento deprodutos que respeitem o meio ambiente.

Primeiro Trimestre 2010 2009(mill. €) (mill. €)

Faturamento 5.284 4.417Lucro operacional 289 -96Lucro ordinário 249 -192Lucro depois de impostos 141 -271

A CNHParts&ServicePeças de reposiçãoMagneti MarelliA CNH Parts&Service lançauma nova oferta de peças dereposição, que levarão a corda Magneti Marelli e secomercializarão através destacélebre marca.A CNH Parts&Serviceselecionou entre seusfornecedores deequipamentos uma completagama de produtos com a qualpretende cobrir asnecessidades básicas emtermos de peças demanutenção: filtros, baterias,embreagens, alternadores,arranques e rolamentos paraa manutenção habitual. Alémdo que, facilitará o trabalhocotidiano de seus clientes pormeio da rede deconcessionários e agentes,graças a um catálogo queincluirá quase 1.000referências no final de 2010 epermitirá cobrir 80% dasnecessidades para o parquede material recente (entre 5 e19 anos) de todas as marcas.

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INANÇASF

Corrupção no Brasil: R$ 69,1 bilhões por anoA corrupção custa para o Brasil entre R$ 41,5 e R$ 69,1 bilhões por ano. A estimativa é deum estudo divulgado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). De acordo com orelatório Corrupção: Custos Econômicos e Propostas de Combate, o custo com acorrupção representa entre 1,38% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB).“O custo extremamente elevado da corrupção no Brasil prejudica o aumento darenda per capita, o crescimento e a competitividade do país, compromete apossibilidade de oferecer à população melhores condições econômicas e de bem-estar social e às empresas melhores condições de infraestrutura e um ambiente denegócios mais estável”, diz o estudo da Fiesp.O relatório da Fiesp propõe como medidas de combate à corrupção reformaspolíticas, do judiciário, administrativas e reformas fiscal e tributária.

O novo governo britâniconão adotará o euroA Grã-Bretanha não adotará o euro e não sepreparará para adotá-lo nesta legislatura. “Aspartes estão de acordo que a redução dodéficit e seguir assegurando a recuperaçãoeconômica são o problema mais urgenteque a Grã-Bretanha enfrenta”, assinala otexto fruto do acordo entre os conservadoresdo novo primeiro-ministro britânico, DavidCameron, e os liberais-democratas de NickClegg, seu número dois. Os dois partidos secomprometem em acelerar a redução destedéficit estrutural durante a próximalegislatura, principalmente “com cortes degasto ao invés de aumento de impostos”.Conservadores e liberais também anunciamsua intenção de anular um aumento dascotas sociais previsto pelos trabalhistas para2001, que Cameron insistiu ao longo detoda a campanha que dificultaria a criaçãode empregos quando a taxa de desempregose situa nos 8%, um máximo desde 1996.Os eurocéticos ‘Tories’ conseguiram que ospró-europeus ‘Lib-Dems’ aceitassem que,durante esse período, também não houvessemais transferência de soberania ou poderespara a União Europeia, e que qualquertransferência seria submetida a referendo.

Descoberta de poço naBacia de SantosA OGX Petróleo identificou presença dehidrocarbonetos, gás e condensados nopoço 1-OGX-11D-SPS, localizado nobloco BM-S-59, em águas rasas da Baciade Santos. O reservatório encontrado é detipo arenoso. O poço se situa a 104 km dacosta, com lâmina d'água deaproximadamente 170 metros, e seráperfurado até a profundidade de 6.100metros. A sonda Ocean Quest, fornecidapela Diamond Offshore, iniciou asatividades de perfuração no dia 9 de abril.

Produto Interno BrutoOs economistas elevaram a previsão decrescimento do PIB (Produto InternoBruto) para este ano. Segundo apesquisa, a economia do País deveregistrar expansão de 6,30% em 2010.Se a expectativa dos analistas forconfirmada, será a maior elevação doPIB desde 1986, quando houvecrescimento de 7,49%, de acordo comdados do IBGE (Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística). Para 2011, aprojeção ficou estável em 4,50%.

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Melhora economía dosEstados Unidos

A economia dos Estados Unidos continuou amelhorar desde a última edição, segundo oconteúdo do Livro Bege do Federal Reserve(Fed, banco central americano), um compiladode informações sobre a situação econômicaem todos os 12 distritos do Banco Central dosEstados Unidos. A atividade manufatureiracontinuou a apresentar expansão na maioriadas regiões, assim como as vendas no varejo.No mercado imobiliário residencial foi fracana maioria dos distritos. As condições nosistema financeiro variaram entre as regiões,com alguns distritos observando leve reduçãona demanda. As condições do mercado detrabalho tiveram ligeira melhora, com aumentoda contratação de temporários.

Combate às fraudes comcartõesBrasil é referência no combate às fraudes comcartões enquanto o nível mundial de fraudecom cartões é de US$ 0,06 para cada US$100 transacionados em bandeira Visa. A médiada América Latina é de US$ 0,05 para cadaUS$ 100.

293 eventos internacionais no Brasil em 2009O Brasil sediou 293 eventos internacionais em 2009, crescimento de 15,4% (+10.8% nomundo), e ficou na 7ª posição do ranking da Associação Internacional de Congressos eConvenções (ICCA).“Além da colocação do país no ranking, o crescimento contínuo do número de cidades éde grande importância para o Brasil. Quando um lugar recebe um evento internacional, sequalifica para receber esse turista diferenciado, se beneficia da movimentação econômicaque o evento provoca”, diz o ministro do Turismo, Luiz Barretto.São Paulo realizou 79 eventos e Rio de Janeiro, 62. Salvador, Florianópolis, Foz do Iguaçu,Recife, Búzios, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Gramado, Campinas, Fortaleza e PortoAlegre são as outras cidades tendo realizado, no mínimo, cinco eventos internacionais.Além de figurar entre os 10 países que mais recebem eventos internacionais no mundo, oBrasil alcançou novo patamar com a conquista da Copa do Mundo de 2014 e asOlimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

Papo de mercado de2010A Gazeta do Povo, por meio daEditoria de Economia, realiza maisuma edição do Papo de Mercadode 2010, evento que reúneprofissionais para discutir temasrelacionados à economia. Oassunto da próxima edição é“Código Florestal: o desafio deproduzir e preservar; discussão queinteressa ao campo e à cidade;sustentabilidade econômica eflorestal”.O Papo de Mercado Gazeta doPovo é dirigido a convidados,empresários e executivos degrandes empresas situadas noParaná. Serão quatro edições esteano com uma programação quereforça a presença de nomesimportantes do cenário econômicoparanaense e nacional, a fim deque falem sobre seu conhecimentosobre o assunto e experiência nomercado. As edições de 2010 sãorealizadas em parceria com a Amile a Algar.

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INANÇASFBrasil corta gastos de custeio do governo

O governo de Brasil irá cortar cerca de R$ 10 bilhões nas despesas de custeio dosMinistérios este ano. Segundo ele, a intenção é evitar um superaquecimento daeconomia. “A economia está aquecida. Não está superaquecida. A melhor maneira dejogar água na fervura é diminuir os gastos de custeio do governo. Os investimentos eprogramas sociais serão mantidos, mas os ministérios vão ter que fazer um sacrifício”,disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega.O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu entre 2% e 2,5% no primeiro trimestre. Caso aexpansão passe de 6%, o ministro considera que poderá haver desequilíbrio e impactosnegativos na inflação. Por isso, ele declarou que o governo não deixará a economiacrescer mais de 7% em 2010.

Samsung, investimento recordeA Samsung Electronics investirá US$ 16 bilhões este ano para reforçar a produção deprocessadores e telas planas. Citando uma recuperação no consumo global de produtoseletrônicos e na indústria de tecnologia da informação, a Samsung mais que dobrou oinvestimento de 2010 para 18 trilhões de wons (US$ 15,9 bilhões) ante uma estimativaprévia de até 8,5 trilhões de wons e de gastos de 8 trilhões no ano passado. “Embora o ambiente econômico global e as condições de negócio continuemdesafiadores e incertos, se investirmos agressivamente na expansão de instalações…essas circunstâncias darão à Samsung uma oportunidade para o crescimento futuro”,disse o presidente da Samsung, Lee Kun-Hee, em comunicado.

OCDE eleva previsão deexpansão“Estão crescendo fortemente”, avaliou aOrganização para Cooperação eDesenvolvimento Econômico (OCDE) elevandosuas previsões para as quatro grandes economiasemergentes (Brasil, China, Índia e Rússia). NoBrasil, os investimentos em infraestruturaajudarão o crescimento novamente, apesar dapolítica monetária mais apertada e do início decortes de gastos. A OCDE projeta uma expansãoeconômica brasileira de 6,5% neste ano, anteprognóstico anterior de 4,8%. Para 2011, aestimativa é de avanço de 5%.A OCDE prevê para China um crescimento de11,1% em 2010 e de 9,7% em 2011. Na Índia,a expansão neste ano deve ser de 8,2% e nopróximo, de 8,5%. Na Rússia prevê umcrescimento de 5,5% em 2010 e de 5,1% em2011.

A Azul fará vôosfretados para ArgentinaA Azul anunciou que iniciará vôosfretados para a Argentina (BuenosAires e Bariloche), seu primeirodestino internacional. Não há planos,no momento, de iniciar voosregulares para o exterior. As principais bases de operação daAzul no Brasil são os aeroportos deCampinas (SP), Porto Alegre (RS) eSalvador (BA). A Azul começou aoperar em dezembro de 2008 e foifundada pelo empresário DavidNeeleman, que criou a JetBlue,empresa aérea norte-americana emaior cliente da família de jatos daEmbraer com modelos paratransportar entre 70 e 118passageiros.

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Telefônica compra a parte da PT naVivo por 7,5 bilhões de euros

A empresa espanhola Telefônica chegou a um acordocom a Portugal Telecom (PT) de compra dos 50% daBrasilcel (controladora da Vivo). A parte da Vivo foicomprada por 7,5 bilhões de euros e o acordo teve aaprovação do governo português. Os grupos espanhol eportuguês dividiam o controle da Vivo por meio da joint-venture Brasilcel.O preço final da oferta é € 350 milhões superior ao quefoi acertado pela junta de acionistas em 30 de junho,quando o governo portugues vetou a venda da empresapor ter as ações de ouro (golden share). A oferta final é31,5% superior aos 5,7 bilhões de euros oferecidos pelaempresa espanhola em 6 de maio. No início de junho aoferta foi aumentada para 6,5 bilhões de euros e navéspera da reunião com os acionistas, a oferta subiu para€ 7,1 bilhões. No total, aos acionistas da PT conseguiram€ 1,8 bilhão a mais do que foi oferecido inicialmente. Com a compra da Vivo, a Telefônica pretende unir asoperações de telefonia móvel com a telefonia fixa(Telesp) no Brasil. A PT que vê no País um lugarestratégico para suas operações fechou um acordo paracomprar 23% da participação na operadora brasileira Oi.A PT investirá metade dos recursos obtidos com a vendadas ações da Vivo para entrar na Oi, por meio daampliação de capital, com a qual passará a controlarentre 20% e 25%.A Telefônica informou que concluiu um empréstimosindicalizado de € 8 bilhões que tem duas partes. Aprimeira, de € 5 bilhões e prazo de 3 anos, se destinaráà compra da participação da PT na Vivo. A segundaparcela, de € 3 bilhões e prazo de 5 anos, se destinaráao refinanciamento de dívida da companhia.A Telefônica divulgou que apesar das condições adversasdos mercados de crédito, a operação alcançou um nívelde subscrição de 1,35 vez (€ 10,775 bilhões).

Novozymes, novafábrica no BrasilA companhia dinamarquesaNovozymes, líder mundialem bioinovações, com 47%do mercado de enzimasindustriais, prepara novafábrica no Brasil e assinoucontrato com a brasileiraDedini, “visando umdesenvolvimento contínuode um caminho tecnológicopara produzir etanol decelulose no Brasil”. SegundoSteen Riisgaard, presidenteda Novozymes, o potencialbrasileiro de produção doetanol de segunda geração–produzido a partir decelulose–, deve ter grandecontribuição para fazer dasenzimas voltadas para abioenergia a principal armada empresa no futuro.

BP: prejuízo de U$ 17 bilhões

A petroleira britânica BP registrou um prejuízo de 17 bilhões de dólares no segundotrimestre do ano, após os grandes gastos para tentar controlar o vazamento de petróleo noGolfo do México. A empresa anunciou também que pretende vender ativos avaliados em30 bilhões de dólares nos próximos 18 meses e reduzir o endividamento no mesmoperíodo para entre 10 e 15 bilhões de dólares.❏

DIVISAS1 REAL BRASILEIRO

Euro 0,4322Dólares USA 0,565Peso argentino 2,2214Peso mexicano 7,1584Yenes japoneses 49,1044Libras esterlinas 0,3619Francos suiços 0,5904Dólar Hong Kong 4,3882Zloty polonês 1,73Yuan chinês 3,8287

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Jairo Maboni efetuou o pedido do seu New Holland TL75

O PRIMEIRO TRATOR DO‘MAIS ALIMENTOS’ PELAINTERNET A NEW HOLLAND EFETUOU A PRIMEIRA VENDA

PELO PORTAL DO ‘MAIS ALIMENTOS’(www.newhollandmaisalimentos.com.br),

O SITE DESTINADO AOPROGRAMA É UMA

EXCLUSIVIDADE DA MARCA.O PRODUTOR JAIRO MABONI,DE CHIAPETTA, NO NOROESTE

DO RIO GRANDE DO SUL,EFETUOU O PEDIDO DO

SEU TL75.

PRODUTO

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Os interessados podemconferir os modelos efaixas de preços dos

tratores da marca no progra-ma do governo federal e for-malizar seu pedido, que é en-caminhado diretamen-te para o sistema dafábrica. “O site faci-lita muito o pedidode um trator peloprograma ‘Mais Ali-mentos’. Ali, eu pudeesclarecer algumas dú-vidas que tinha e dar en-trada na minha compra. Ten-ho certeza esta ferramenta tor-nou o processo mais rápido”,explica o agricultor.

“Preenchi os formuláriosformalizando o pedido e ob-tive a resposta quase que ins-tantaneamente”, conta. O si-te é destinado somente a agri-cultores familiares enquadra-dos no Programa Nacional deFortalecimento da AgriculturaFamiliar (Pronaf), que é o ca-so de Jairo Maboni e sua pro-priedade de 18 hectares comadministração familiar. O tra-tor de 78 cv trabalhará na pro-dução de leite e milho.

“Este foi mais um passo daNew Holland no sentido de seaproximar do cliente. A ferra-menta agiliza o processo deaquisição dos tratores, que po-dem fazer seu primeiro cadas-tro no programa sem sair decasa”, explica o gerente demarketing da New Holland,Eduardo Nunes. A ferramentatambém é útil para as entida-des de classe e associações depequenos produtores rurais,que podem reunir os pedidosde seus integrantes e facilitar

o acesso dos produtores aoprograma do governo federal.

Hoje, dentro do programaMais Alimentos, o agricultorfamiliar conta com um prazode carência de até 3 anos pa-ra iniciar o pagamento, comum financiamento de até R$130 mil reais e juros de 2% aoano. Além disso, o agricultortem até 10 anos para quitar ofinanciamento.

Descontos

O programa também ofe-rece descontos de até 15% nacompra de tratores. O incen-tivo é resultado de acordo fir-mado entre o Ministério doDesenvolvimento Agrário e o

setor de máquinas em to-do o País. A expectativa daAssociação Nacional dosFabricantes de Veículos Au-

tomotores (Anfavea) éque as vendas de má-quinas agrícolas au-mentem de 20% es-te ano.

Dentro do pro-grama Mais Alimen-tos, a New Hollandcomercializa os tra-

tores TT3840, de 55cv, também disponível

no modelo estreito, TT3840F;TT3880F, de 75 cv; TL60 Exi-tus, de 65 cv; e TL75 Exitus,de 78 cv de potência, grandevencedor do Prêmio GerdauMelhores da Terra em 2009 eum dos mais vendidos do Bra-sil, dentro e fora do programa.

O Mais Alimentos foilançado como uma estratégiad incentivo à produção de ali-mentos no Brasil. De acordo

com o Ministério do Desen-volvimento Agrário, o progra-ma visa oferecer ao pequenoprodutor financiamento, tec-nologia e conhecimento tec-nológico apropriados para ge-rar uma maior produtividadee renda no campo.❏

O site (www.newhollandmaisalimentos.com.br)

é destinado somente a agricultores

familiares enquadrados no Programa

Nacional de Fortalecimento da

Agricultura Familiar

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A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

Tratamentodiferenciado depequenas parcelas

Qualquer parcela agrí-cola pode ser subdivididaem micro-parcelas, defini-das por suas coordenadasgeográficas, obtidas me-diante um sistema de posi-cionamento, para quantifi-car as características dasmesmas e atuar sobre elascom um tratamento diferen-ciado. Desde um ponto devista teórico, as dimensõesdessas parcelas podem ser

O QUE CONVÉM SABER SOBRE

AGRICULTURA DEPRECISÃOParte 2.- Mapas de colheita e gestão agronômica dainformação

DEPOIS DE ANALISAR OS SISTEMAS DEPOSICIONAMENTO E PILOTO AUTOMÁTICO,ESTE SEGUNDO ARTIGO DEDICADO À‘AGRICULTURA DE PRECISÃO’ ESTÁCENTRADO NO TRATAMENTO DAINFORMAÇÃO RECOLHIDA E SUA GESTÃOAGRONÔMICA.

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mínimas, mas isto não temsentido prático, já que não ad-mitiriam um tratamento dife-renciado nas aplicações agrí-colas.

A variabilidade espacial éuma característica do terreno(textura, estrutura, umidade,declividade, etc), das plantasque o ocupam e dos fatoresque influenciam em seu de-senvolvimento. O tamanho dasmicro-parcelas utilizadas de-ve ser o adequado para detec-tar esta variabilidade espacial,

sempre que esta informaçãosirva para modificar as carac-terísticas do terreno no senti-do que seja conveniente. A va-riabilidade espacial contro-lável é a que interessa deter-minar com precisão para aconseqüente atuação. Se aamostragem necessária paradeterminar a variabilidade es-pacial é muito elevada, sua re-alização terá um custo proibi-tivo, que não se compensaeconomicamente com o in-cremento da produtividade.

A variabilidade espacialdeve ser complementada com

uma análise da variabilidadetemporal no ano ou em anossucessivos. Um excesso de in-formação, além de custoso,é impossível de manejar, a nãoser que se disponha de progra-mas para o gerenciamento des-ta informação e técnicos qua-lificados capazes de interpre-tá-la.

O ‘mapa de colheita’O primeiro passo para de-

terminar a variabilidade espa-

cial de uma parcela é median-te o ‘mapa’ de produção ob-tido com a colheitadeira. Nomomento, são os sistemas in-tegrados nas colheitadeiras decereais os que estão em ope-ração, e permitem fazer ma-pas de colheita, como é o ca-so da soja, milho, etc.

No processo de colheita épreciso conhecer a posição damáquina, sua velocidade dedeslocamento e a largura decorte. Simultaneamente aoavanço se determinam pormeio de sensores específicos,a vazão de grãos que chega ao

depósito, junto com sua den-sidade e conteúdo de umida-de. A determinação da vazãopode ser feita de maneira di-reta em volume, por meios óti-cos ou mecânicos, ou indire-tamente mediante sensoreseletrônicos de tipo capacitivoou radio métrico. Também sefazem medidas indiretas ba-seadas no impacto dos grãoscontra uma chapa, o que émais utilizado. Quando a de-terminação da vazão é volu-métrica é necessário comple-

tar esta medida com a densi-dade do grão, para isso são uti-lizados pequenos depósitos devolume conhecido, que se en-chem automaticamente comuma frequência estabelecida,ao mesmo tempo que se pe-sa eletronicamente seu conte-údo.

A determinação da umi-dade é necessária para que sepossa expressar a produçãoem termos de matéria seca ese baseiam na medida da ca-pacidade dielétrica do grão,que varia em função da umi-dade, ou mediante sensores

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com a tecnologia NIR da ra-diação infravermelha, que tam-bém tem aplicação para de-terminar a umidade da forra-gem picada. Em fase experi-mental se encontram sensorespara determinar a proteína eanalisadores de imagem auto-máticos para calcular as por-

centagens de impurezas e degrãos partidos.

Considerando que as de-terminações quantitativas so-bre as características do grãose realizam em intervalos de1,2 a 1,5 segundos, com a col-heitadeira avançando a 5 km/h(1,4 m/s), se a largura de cor-te é de 6,50 m, cada amostracorresponderia a uma micro-parcela de aproximadamen-te 9 a10 metros quadrados,muito pequena para o que senecessita em operações agrí-colas posteriores, como a apli-cação diferenciada de fertili-zantes, já que uma adubado-ra centrífuga dispõe de largu-ras efetivas de trabalho entre

16 e 20 m; geralmente as mi-cro-parcelas ‘de produção’ seagrupam para a aplicação di-ferencial de fertilizantes. A pre-cisão na determinação da po-sição, necessária para realizarmapas de colheita em cultivosextensivos, é de aproximada-mente 0,5 m.

Teoricamente, a realizaçãode mapas de colheita estariaresolvida, embora devam sercalibrados os sensores paraque suas leituras sejam pre-cisas, e a informática integra-da na máquina permitiria to-mar a informação com rapi-dez e sem problemas,algo que nem

sempre se consegue, ou por-que os programas dão proble-mas, ou porque falta experiên-cia aos técnicos em sua utili-zação. Aqui há muito trabal-ho pela frente para que o po-tencial usuário não fique de-cepcionado com o que lhe éoferecido.

Interpretação de mapas decolheita e tratamentosdiferenciados

Quando se dispõe do pri-meiro mapa de colheita, estedeve servir para orientar asanálises de solo em zonas demáxima e mínima produção,para começar a conhecer ascausas que ocasionam dife-renças nas produtividades.Quando em uma parcela asdiferenças de produção en-tre as diferentes zonas são pe-quenas, um tratamento dife-renciado das micro-parcelasnão afetará a produção final,pelo que a introdução do sis-tema não traz beneficio algum.

Quando as diferenças emdiferentes zonas da parcela sãograndes, o tratamento diferen-ciado por micro-parcelas po-de ser rentável, sempre que asdiferenças se devam a causas

que são economi-camente con-

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

AGRIWORLD40

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AGRIWORLD 41

troláveis. Os mais complexose difíceis de corrigir são os pro-blemas devidos à natureza fí-sica do solo, já que as dife-renças de origem química po-deriam ser compensadas comuma fertilização diferenciada,se isto resultar rentável.

As causas de baixas pro-duções podem estar ocasio-nadas pela concorrência deplantas invasoras em algumaszonas das parcelas. Atualmen-te não se dispõe de sensorescomerciais que possam de-tectar sua presença durante acolheita, e para poder contro-lá-las se necessita que o ope-rador da colheitadeira ‘mar-que-as’ quando observe suapresença. Esta informação po-de ser aproveitada para fazeruma aplicação diferenciadade herbicidas, economizan-do ingrediente ativo. Isto obri-ga a ‘juntar’ a informação como sistema de controle do pul-verizador que permita um tra-tamento diferenciado (contro-le de trechos ou dose variá-vel), e não acontece autono-mamente, é necessário pro-gramá-lo.

Atuação diferenciada sobreas micro-parcelas

Seria possível fazer um tra-balho do solo diferenciado, seas características agronômicasdas parcelas assim o indicas-sem, mas esta não é uma si-tuação freqüente nos solosagrícolas. Os problemas de na-tureza física dos solos podemser corrigidos com este tipo deatuações, se forem avaliadoscomo rentáveis.

As atuações diferenciadasmais freqüentes, que se po-dem realizar nas micro-parce-las, correspondem à fertili-zação e à aplicação de produ-tos fitossanitários em cultivosextensivos, e em menor graudurante a semeadura.

Se a adubadora admiteuma fertilização diferencia-da modificando a dose de adu-bo, isto permite fazer uma fer-tilização de base de acordocom a produção obtida em ca-da parte do campo. Para a fer-tilização nitrogenada, alémdos mapas de colheita, serianecessário utilizar, simultane-amente com a adubadora, os

sensores de vegetação (tipo N-sensor e derivados), que per-mitem modificar a dose emfunção do desenvolvimentodo cultivo.

Na aplicação de fitossani-tários também há possibilidades,e a rentabilidade do sistema es-

tá em função da distribuição dasplantas invasoras no campo. Amodificação da dose de seme-adura com a máquina em mo-vimento já pode ser feita comalguns modelos de semeadoras,mas falta conhecimento agronô-mico preciso para quantificar ainfluência que a alteração da do-se de semeadura tem sobre aprodutividade.

No processo de colheita é preciso

conhecer a posição da máquina, sua

velocidade de deslocamento e a largura

de corte

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Para rentabilizar ossistemas de agriculturade precisão

A utilização de sistemasde piloto semi-automático per-mite aumentar a capacidadede trabalho das máquinas nocampo, com valores estima-dos entre 8 e 10%, somenteajustando a sobreposição en-tre passadas quando se reali-za a fertilização de base antesde implantar a cultura, ou so-bre esta se não se está seme-ando em linhas que servempara a direção, ou marcação(tráfego controlado) durante asemeadura.

Junto com o aumento dacapacidade de trabalho se pro-duz una redução do consumode combustível, já que os tra-tores trabalham durante me-nos tempo sobre a parcela, ese produz menor compactaçãodo solo ao controlar as passa-das, embora isto seja dificil-mente quantificável do pontode vista econômi-co. Além do quemelhora a como-didade na ope-ração do trator e sepossa trabalhar emsituações de baixavisibilidade, im-portante para ostratamentos em pe-ríodos críticos, ouquando os temposdisponíveis são re-duzidos para ostrabalhos quedevem ser rea-lizados emum períodocrítico.

Considerando cereais deinverno com um custo de fer-tilização de 180 euros/ha, eum custo de tratamento de her-bicida de 20 euros/ha, o au-mento da capacidade de tra-balho de 8% utilizando umsistema de piloto semi-auto-mático, permitiria reduzir osinsumos em 16 euros/ha aoano, pelo que com 200 ha aeconomia seria de 3.200 eu-ros, e mais o que custa adqui-rir um sistema de piloto semi-automático do tipo barra deluzes e monitor, sem contabi-

lizar a economia nos custosde operação pelo menor tem-po de conjunto trator-máqui-na na parcela.

Se passarmos a um siste-ma de piloto automático, ocontrole da direção pode seraplicado também às operaçõesde preparo do solo, semeadu-ra, etc., mas se necessita sis-temas de posicionamento,com uma precisão ao redor de10 cm (num tempo de 15 mi-nutos), o que pode duplicaro custo do sistema de posicio-namento, sem contar os ele-

mentos do piloto auto-mático (integrados nosistema de direção dotrator, ou externos so-bre o volante). Isto in-dica que para rentabi-lizar este sistema se ne-cessitaria trabalhar de400 a 600 ha/ano, em-bora esta superfície mí-nima dependa em gran-de parte do tipo de ope-rações agrícolas que se

realizem com o tra-tor. Deve ser con-

tabilizada tam-bém, nestes ca-

sos, a cotaanual para a

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

A utilização de sistemas de piloto

semi-automático permite aumentar a

capacidade de trabalho das máquinas

no campo, com valores estimados entre

8 e 10%

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AGRIWORLD 43

manutenção do si-nal de correção.

Nas colheita-deiras de alta tec-nologia já se incluio equipamentoque permite deter-minar a produçãoe a umidade dogrão. Nas colheita-deiras de media aalta tecnologia aincorporação des-te equipamentopode incrementaro custo de aquisição entre3.500 e 4.000 euros.

Para fazer ‘mapas de col-heita’ necessita-se um moni-tor apropriado, com softwarepara o computador de mesaque gerencia os dados obti-dos. Este equipamento, que jáé oferecido de fábrica nas col-heitadeiras de alta tecnologia,aumenta o custo de una má-quina em uns 5.000 a 6.000euros.

Conseqüentemente, se ne-cessita aproximadamente uns9.000 euros para equipar umacolheitadeira e dispor de tudoque é necessário para fazer‘mapas de colheita’, conside-rando uma distribuição do cus-to de aquisição em três anos,e com 1.500 ha colhidos porano, o custo básico de um ‘ma-pa de colheita’ seria de 2euros/ha, sem contar o custoda mão de obra que é utili-zada para manejar os progra-mas, difícil de quantificar nes-te momento, em que os sis-temas começam a ser utiliza-dos.

O aproveitamento com-pleto do ‘mapa de colheita’ se

faria com equipamentos quepermitam aplicar doses variá-veis de fertilização, depois dasrecomendações de um técni-co qualificado, e também naaplicação de fitossanitários,contando com equipamentosque possam ser incluídos con-trole por trechos, junto com osoftware que o torne possível.O número de equipamentos

que se utilizam nestetrabalho em todo omundo ainda é peque-no, razão pela qualatualmente são poucosos resultados econômi-cos que permitamquantificar a rentabili-dade destas opções.

No entanto, a par-tir dos ‘mapas de col-heita’ podem ser feitos‘mapas de margens bru-tas’ de una parcela, is-so permite excluir do

cultivo as zonas do mesmo nasquais a margem bruta não su-pere um determinado valor, oqual se torna interessante. Ouseja, em termos práticos, so-mente cultivar a parte das par-celas que dão benefícios, dei-xando sem cultivar o resto, quefaria o agricultor perder din-heiro.

Isto, a primeira vista, po-de parecer estranho, mas é al-go sobre o que convém pen-sar, porque há algumas zonasnas grandes parcelas com bai-xas produções, e que, por de-terminadas características deseus solos, não é possível fazê-las mais produtivas a partir deuma perspectiva econômica.

Estes cálculos são somen-te uma primeira aproximaçãopara determinar a conveniên-cia, ou não, de utilizar a tec-nologia para fazer ‘agricultu-ra de precisão’. Haverá quecontinuar com uma análisemais precisa a medida que sedisponha de informação com-plementar aplicada a cada ti-po de solo em particular.❏

Luis Márquez

Se necessita

aproximadamente

uns 9.000 euros

para equipar uma

colheitadeira e

dispor de tudo que

é necessário para

fazer ‘mapas de

colheita’

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AS MELHORES E MAIS INOVADORAS SOLUÇÕES EM TECNOLOGIA PARA AGRICULTURA

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AGRIWORLD46

Desde o passado mês dejunho, quando a Topconfez sua apresentação

‘oficial’ no setor agrícola eu-ropeu, qual foi a trajetória queteve nesse período?

Muito positiva. Foi muitoreconfortante ver que todo oesforço realizado nesses últi-mos meses significou um cres-cimento na divisão de Agricul-tura da companhia de 49%com relação aos resultados doano fiscal anterior.

nos e norte-americanos e segui-mos mantendo a mesma quo-ta de mercado que tínhamos naAustrália, que é o nosso merca-do natural, onde levamos maisde oito anos trabalhando.

Não parece um contrasenso alcançar resultados tãopositivos em um ano no qualse produziu a contração emalgumas partes do mundo, em-bora em outras, onde vocês

ENTREVISTA

Carlos Monreal Vice-presidente Global de Agricultura da Topcon Precision Agriculture (TPA)

“A demanda superounossas melhoresexpectativas”

Em quais mercados prin-cipalmente foi conseguido es-te crescimento?

Está muito distribuído, por-que nos concentramos em mer-cados europeus, sul-america-

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AGRIWORLD 47

estão presentes, se produz umcrescimento desorbitado, co-mo no Brasil?

Para nós não foi uma sur-presa. De fato, independente-mente de toda a contração dosdiferentes mercados, as pre-visões que temos para o pró-ximo ano é crescer novamen-te por volta de 70%.

Qual é o perfil do clien-te final da Topcon?

Nós temos um acordo en-tre fabricantes com o GrupoAGCO. Para nós mais que umacordo de fornecimentos éuma parceria de relação naqual acreditamos, cuidamos equeremos, de una forma ououtra, potencializá-la muito,sendo AGCO um cliente mui-to importante para nós Inde-pendentemente da estrutura,ou a relação técnico-comer-cial com este Grupo, temos,por outro lado, distribuido-res especializados na vendade maquinaria agrícola, queprincipalmente proporcionamserviços de suporte e estão es-pecializados para dar uma ga-

rantia de serviço ao usuário fi-nal, que é o agricultor de gran-des explorações ou o contra-tado que se dedica a fazer tra-balhos para outros agriculto-res.

O acordo com a AGCOnão limita seu crescimentocom outras marcas?

A AGCO é um cliente mui-to importante para nós, mas,por outro lado, mantemos umarelação estreita com mais de40 fabricantes do setor para odesenvolvimento de produtos

específicos para eles. A relaçãocom a AGCO não tem por quelimitar outro tipo de relação co-mercial com diferentes fabri-cantes. Podemos trabalhar com95% das marcas ativas no mer-cado agrícola e chegar a acor-dos de colaboração com eles.De fato, os fabricantes de im-plementos são muito importan-tes para nós.

É difícil coordenar tan-tas partes de um quebra-ca-beça para promover uma in-tegração?

HÁ POUCO MENOS DE UM ANO A TOPCON, COMPANHIA ESPECIALIZADA EMEQUIPAMENTOS PARA O POSICIONAMENTO DE ALTA PRECISÃO E NIVELAMENTO PORLASER, DECIDIU INCREMENTAR SUA PRESENÇA NO SETOR AGRÍCOLA. SUAAVANÇADA TECNOLOGIA, RECONHECIDA EM ÁREAS COMO A TOPOGRAFIA E ACARTOGRAFIA, OU INSTALADA EM TODO TIPO DE MÁQUINAS PARA A CONSTRUÇÃO,CHEGOU TAMBÉM AO CAMPO. SEU EXTRAORDINÁRIO DESENVOLVIMENTO E AACEITAÇÃO MOSTRADA POR PARTE DOS AGRICULTORES DE TODO O MUNDOSUPERARAM AS EXPECTATIVAS DA PRÓPRIA COMPANHIA, SEGUNDO RECONHECESEU VICE-PRESIDENTE GLOBAL, O ESPANHOL CARLOS MONREAL.

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AGRIWORLD48

É um desafio, mas é maisdifícil gerenciar uma situaçãoem crescimento que uma si-tuação global. O problema éque no momento temos cres-cimentos extraordinariamen-te positivos, que não são nor-

mais e isso dificulta muito emdefinir qual é a estrutura quepermita trabalhar esses mer-cados globais de uma formaorganizada. Trabalhamos pa-ra conseguir compassar a es-trutura organizativa da com-panhia aos fortes crescimen-tos que tivemos.

As redes de maquinariaagrícola estão hoje em dia pre-paradas para saber vender,atender e aconselhar o usuá-

rio sobre o produto que vocêsoferecem?

Cada mercado está maisou menos preparado. Há pa-íses nos quais existem distri-buidores completamente de-senvolvidos que vendem ma-quinaria, tratores ou colheita-

deiras, e poderíamos pensarque não estavam tão prepara-dos para dar suporte a este ti-po de tecnologias. Nos surpre-endemos de que estas tecno-logias já se incorporaram àmaquinaria como uma ferra-menta fundamental. Os pró-prios distribuidores desenvol-veram também pessoal pró-prio, especializado e prepara-do para dar também suporteao agricultor neste tipo deequipamento.

Nestes doze meses depresença no setor agrícola,vocês participaram de feirasno Brasil, Argentina, Ale-manha, Espanha, Itália, Es-tados Unidos, Canadá, Áfri-ca do Sul, Austrália. Qualfoi a percepção que tive-ram da imagem local daTopcon?

Um ambiente comvontade de trabalhar co-nosco, com um mercadomuito receptivo, com in-teresse por descobrir asdiferentes ofertas que a

Topcon pode facilitar e real-mente motivados. Encontra-mos desde um mercado bra-sileiro com muita força, von-tade e vigor, até um mercadoespetacular na Alemanha, de-pois de Agritechnica, onde or-ganizamos uma apresentaçãodos diferentes acordos da Top-con com companhias do se-tor, que teve um êxito muitoimportante.

Concretamente, falandodo Brasil, como você viu aAgrishow, sobretudo atravésde seus dois olhos lá, que sãoa Massey Ferguson e a Valtra?

A única palavra para mimé satisfação por trabalhar comuma empresa espetacular. OGrupo AGCO tem feito real-mente um trabalho magnífi-co. O pessoal da Massey Fer-guson e da Valtra demonstrouuma profissionalização na ho-ra de apresentar os produtose oferecer formação. Em me-nos de quatro meses puderamformar mais de 260 pessoasno Brasil para poder dar o su-porte adequado aos clientes

ENTREVISTA

A relação com a AGCO não tem por que

limitar outro tipo de relação comercial

com diferentes fabricantes

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AGRIWORLD 49

finais, com uma rede demais de 100 concessio-nários aos quais lhes de-ram todo tipo de infor-mação. Todos os conces-sionários são conhecedo-res das tecnologias que aMassey Ferguson e a Val-tra vão potencializar nomercado brasileiro. Os re-sultados econômicos fo-ram espetaculares e osclientes estão muito con-tentes de poder contarcom uma organização co-mo a AGCO, com a Mas-sey Ferguson e a Valtra,que estão por trás do pro-duto.

E na Europa, ondetambém o Grupo AGCOestá muito forte com aMassey Feguson, a Fendte a Valtra, como você po-deria resumir esta cola-boração?

A Europa é um mer-cado diferente, principal-mente porque têm limi-tações próprias de idio-mas que dificultam umacomunicação homogê-nea nos diferentes paí-ses. Por outro lado, otipo de organizaçãoda AGCO na Euro-pa, com marcasmuito independen-tes na hora de geren-ciar seu próprio ne-gócio, torna lenta aincorporação e intro-dução desta tecnolo-gia no mercado final,mas somos muito oti-mistas porque ainda te-mos pouco tempo no

mercado. Recém co-meçamos no mês de fe-vereiro.

Na Europa do Leste ena Rússia, onde o produ-to Topcon pode ter ummercado com maior pro-jeção que na Europa Oci-dental, porque são fazen-das muito maiores, comoestão é o enfoque?

Em conseqüência docrescimento tão importan-te que tivemos no anopassado, tentamos con-centrar os recursos em de-terminadas zonas domundo onde poderíamosser muito mais eficientesna hora de proporcionaro suporte, que para nósé fundamental aos nossosclientes. Na Europa doLeste, devido à situaçãofinanceira destes países,com uma falta de liquidezmuito importante e esto-ques de tratores muitograndes, onde as compraseram muito mais baixasdo que foram nos anos an-teriores, preferimos atra-sar uma forte introdução

esperando uma maior es-tabilização de seu merca-do potencial.

E a China, um mer-cado que pode ofere-cer duas vertentes pa-ra vocês, uma comoum fornecedor decomponentes debom preço, e outracomo cliente finalpelo tipo de agri-cultura?

ECONOMIA DE CUSTOSDispor da tecnologia que oferece a Topconrequer um investimento importante. Algumasprovas que se efetuaram no Brasil, quandocomeçaram a utilizar-se os primeirosprogramas, chegaram a conclusão que emparcelas de 200 ha, após fazer um primeiromapa da colheita, se encontra que 80% docampo está em alguns limites de produçãoestreitos (500 kg/ha), é difícil obter benefíciofechando o ciclo da agricultura de precisão. Aocontrário, se essa mesma parcela conta comzonas com uma produção muito alta em umcampo médio, e no resto a produção é baixa,então assim, se rentabiliza o investimento doequipamento necessário.Também é importante contar com um apoioagronômico real, em condições de trabalho decampo, que é o que em muitos países estáfaltando, porque ainda não há consultoresprivados, e os consultores públicos existentesnão atendem a agricultura produtiva, mas sededicam preferentemente à pesquisa pura. “Em75-80% das vendas, o fator decisivo para aaquisição de um de nossos equipamentos é aeconomia de fertilizantes, que podem serreduzidos de 8 a 10%, o que permite fazer umasemeadura muito mais uniforme que se não seutilizassem sistemas de direção”, explica CarlosMonreal.

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AGRIWORLD50

A China é um mercadomuito particular, onde aadoção de tecnologia está sen-do incrivelmente rápida, masonde as formas de compra sãotambém muito particulares,porque não seguem ospadrões de distribuição e nãosão os mesmos que temos pa-ra, por exemplo, omercado ociden-tal. Lá, são grandescompras, comoperações para di-ferentes explo-rações agrícolasque concentrammuitas unidades esão quase leilões ouconcursos, mais quequase um forneci-mento habitual ouconstante. Sempre aChina é vista comoum mercado muitogrande e certamenteela o é.

A Austrália é outropaís cujas caracterís-ticas podem ser simila-res às que apresenta aÁfrica do Sul, duas partes domundo onde vocês podem teruma posição forte. Qual é asituação da Topcon nestes lu-gares?

A Austrália é, possivelmen-te, um dos mercados mais de-senvolvidos do mundo na agri-cultura de precisão, me atre-vo a qualificá-la e dizer que asua posição é de liderança.Contamos com 7 a 8 anos deexperiência prática, introdu-zindo equipamentos e dan-do apoio a milhares de clien-tes e onde seguimos trabalhan-

do ainda com uma quota demercado muito importante. AAustrália é um país muitoavançado tecnologicamente,os agricultores se deparamcom escassez de chuvas, fal-tam subvenções e estão obri-gados a ter que buscar ferra-mentas ou tec-

vamente piloto automático. Es-tes dois mercados em particu-lar já estão em um nível supe-rior e a dosificação em taxavariável já é muito mais im-portante do que é exclusiva-mente o sistema de controlede direção tradicional de um

veículo.

Finalmente, Es-tados Unidos, a ‘ca-sa’ onde a Topconestá localizada.Qual é o posiciona-mento que vocêstêm nessa zona?

A América doNorte é um mer-cado onde seconcentra maisde 45% do negó-cio mundial denosso setor e re-presenta paranós uma grandeoportunidade.Estamos cres-cendo a níveisespetaculares,

porque o mercado está mui-to preparado e já estamos amuitos anos trabalhando nes-te tipo de soluções.

Qual é a posição de suacompanhia em outros setoresalheios ao agrícola?

A Topcon tem diferentesdivisões. Em nível de fábrica,estamos organizados em trêslinhas de negócio completa-mente diferentes: uma é a in-dustrial, onde somos fabrican-tes de sistemas de ótica paracâmaras de telefones celula-res ou sistemas de leitura dosDVD´s; por outro lado, temos

ENTREVISTA

nologias que permitam quesuas explorações sejam rentá-veis. Por isso, é um campomuito interessante para conti-nuar introduzindo produtosque ajudem ao agricultor a fa-zer sua exploração muito maisrentável. No caso da África doSul, temos uma situação simi-lar, as explorações são muitograndes, não existe nenhumtipo de subvenção, e estãoobrigados a buscar rentabili-dade, o qual nos ajuda, e on-de a diferença de outros mer-cados nos que o tipo de pro-duto que se vende é exclusi-

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Que área está se compor-tando melhor?

O GPS, um componentecomum a todas as divisões éo que proporciona à Topcono maior crescimento. O GPSé utilizado tanto em aplicaçãode obra pública, como na agri-cultura, em topografia ou na

porcionam à companhia umagrande estabilidade em mo-mentos como os atuais. Podehaver uma divisão que tenhaalguns problemas de cresci-mento, mas são completamen-te compensados por outras quetem crescimentos espetacula-res.

a divisão médica, com umaquota de mercado muito im-portante no setor da oftalmo-logia, para o sistema de me-dição das dioptrias e, por úl-timo, a divisão de posiciona-mento, que inclui diferenteslinhas de negócio, como agri-cultura, construção e obras pú-blicas, onde podemos auto-matizar motoniveladoras, bull-dozers e retroescavadoras. Ou-tra divisão é a de sistemas deinformação geográfica, ondetemos uma aplicação muitoparticular e curiosa, como é acoleta de dados das ruas pa-ra poder fazer mapas simila-res aos que oferece GoogleMaps. Definitivamente, a Top-con possui diferentes vias denegócio que facilitam e pro-

AGRIWORLD 51

A TOPCON ADQUIRE A INLANDGEO

A Topcon Europe Positioning B.V. (TEP) anuncia que a TopconPositioning Systems (TPS, Livermore, California) adquiriu aInlandGEO, um dos distribuidores de ponta da Topcon. AInlandGEO tem a central em Madri e conta com cinco escritóriosadicionais na Espanha, uma deles nas Ilhas Canárias, e maisdois em Portugal.Além de continuar distribuindo os produtos de posicionamentoda Topcon e da Sokkia nos mercados de construção etopografia na Espanha e Portugal, a InlandGEO se converterána central de distribuição e suporte para os produtos da Topconde agricultura de precisão na Europa, Oriente Médio e África. A InlandGEO, que foi fundada em 1987, “tem um profundoconhecimento da indústria de posicionamento, começando comlasers, sistemas de controle de maquinário agrícola e denivelação de terrenos”, afirma Ray O’Connor, Presidente eDiretor Executivo da TPS. “Esta aquisição reforça a InlandGEOcomo distribuidora da Topcon e da Sokkia na Espanha ePortugal, e oferece a oportunidade de conseguir um rápidocrescimento da posição da Topcon nos mercados de agriculturade precisão ao longo de toda a Europa, Oriente Médio eÁfrica”, acrescenta o diretor. Desde 1993 até 2005, a

InlandGEO foi uma das melhores distribuidoras européias deprodutos de posicionamento da Trimble. Em 2002 adquiriu umdos maiores distribuidores do mundo da Sokkia e em 2005assumiu a distribuição da Topcon para Espanha e Portugal.O’Connor também anunciou que Carlos Monreal, Presidente eDiretor Executivo da InlandGEO, continuará como Presidenteda empresa, além de suas atuais responsabilidades como Vicepresidente Global de Agricultura da Topcon PrecisionAgriculture (TPA), e será o responsável de TPA para Europa. ATPA é uma unidade de negócio da TPS e está dirigida porAlbert Zahalka, Vice-presidente sênior e Diretor Geral daDivisão de Agricultura. Tony Hirayama, anterior Vice-presidente executivo da TPS e Presidente e Diretor Executivoda TPA, e que também tem diversos cargos na TopconCorporation em Tókio, assumirá o cargo de Diretor Executivoda InlandGEO. Dave Mudrick, Presidente da Topcon AmericaCorporation, a empresa holding para a TPS, será o Presidenteda Junta Diretiva da InlandGEO. Ewout Korpershoek, DiretorGeral da Topcon Europe Positioning B.V., Ivan Di Federico,Vice-presidente sênior global de engenharia da TPS e O’Connorcompletam a Junta Diretora.

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construção. Além de que so-mos o primeiro fabricantemundial a trabalhar comduas constelações diferen-tes, não somente com o sis-tema de satélites americanoGPS, mas também com o sis-tema de satélites russo GLO-NASS. E neste momento tam-bém estamos preparados pa-ra os novos satélites que aUnião Européia lance ao es-paço nos próximos anos (sis-tema Galileu).

Quais são os planos dedesenvolvimento de novosprodutos?

Esses crescimentos tão es-petaculares que estamos ten-do, vamos tentar administrá-los orientando-os em direçãoao futuro que queremos paraa companhia. Somos uma em-presa tecnológica e esperamosincorporar alguns de nossoscomponentes em todas as má-quinas relacionadas com omundo agrícola. A Topcon des-tina mais de 8% de seu fatura-mento exclusivamente a inves-timentos em I+D, uma cifra quepraticamente triplica o inves-timento neste campo de qual-quer outra companhia no se-tor. Esse esforço de pesquisatão importante, inclusive emmomentos financeiros delica-dos que atualmente vivemos,permitem que a Topcon estejapermanentemente introduzin-do novas soluções. Nestes mo-mentos, estamos tentandomanter o equilíbrio entre osequipamentos que atualmen-te oferecemos, que represen-tam praticamente 70 a 80% dademanda atual, e o desenvol-

vimento e a evolução de no-vas soluções que significarãoa diferença para o setor agrí-cola dentro dos próximos anos.

É similar o produto quedirigem aos diferentes merca-dos mundiais?

Aproximadamente 75%das vendas estão centraliza-das em soluciones de direção,manual ou automática, e o res-to são soluções mais avança-das relacionadas com o con-ceito de agricultura de pre-cisão. Mas, dizer que 75% ésomente direção é muito sim-ples. Todos os mercados de-vem começar pela direção edepois evoluem para a direçãoautomática, posteriormentepassam ao controle da apli-cação, que é a verdadeira ecompleta agricultura de pre-cisão. Quanto menos ajuda re-cebe um país mais estarão seusagricultores obrigados a reali-zar agricultura de precisão, e

isso é o que diferencia a in-trodução deste tipo de pro-dutos. Um mercado comoo europeu, subvencionado,com um valor da terra mui-to alto, não convida o agri-cultor a realizar o mesmo ti-po de investimento em tec-nologia que um mercado co-mo o australiano, que nãotem nenhum tipo de ajuda eque também não tem águapara poder cultivar.

Também é preciso levarem conta a parcela e o con-hecimento dela. Na Europa oagricultor conhece sua terraporque tem pouca; sabe qualé sua fertilidade e inclusivefaz sua própria agricultura deprecisão com técnicas ma-nuais. Quando há novas zo-nas de cultivo, ou quando háque fazer aplicações grandesde corretores, como aconte-ce, por exemplo, na Américado Sul e em zonas da Austrá-lia e da África do Sul, o fatode poder utilizar um sistemade GPS para determinar as ca-racterísticas dos solos dá opor-tunidades muito boas, já quenão há que fazer uma análi-se de solo pontual, e sim sepode fazer com o sistema GPS.Quando ocorre a colheita vai-se fazendo uma análise do te-rreno, e se pode setorizar eparcelizar, embora não se che-gue ao extremo de fechar o cír-culo da agricultura de pre-cisão; o sistema te dá possibi-lidades para conhecer teucampo e introduzir melhoriasrapidamente, com o qualamortizas o investimento.❏

Julián MendietaÁngel Pérez

ENTREVISTA

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Esta é uma das mais im-portantes feiras do país eseu caráter internacional

é marcado pela grande parti-cipação dos países do conesul da América. É uma feiracomunitária com a partici-pação de todos os segmentosda sociedade, mas demons-tra a força do agronegócio daregião sul, com destaque pa-ra os setores da pecuária e daagricultura, onde as máqui-nas e os equipamentos agrí-colas despontam como pro-tagonistas.

Como vários fabricantesimportantes de máquinas agrí-colas estão estabelecidos noRio Grande do Sul, esta feirapassa a ser importante, poisé nela que os fabricantes con-solidam o ano comercial, jácom poucos lançamentos mascom uma tranqüilidade maiorpara as vendas principalmen-

te de tratores para a safra quese aproxima.

Neste ano se espera umamostra do vigor da atividadeagrícola e pecuária, fortale-cida pelas excelentes pro-duções da lavoura regional desoja e arroz e pelos bonspreços praticados na pecuáriade corte. Como a feira é orga-

nizada na saída do inverno ea atividade agrícola é minimi-zada, a afluência de públicoé enorme, e será ainda maisintensa pela situação políticanacional, em ano de eleições.A organização informa quetrinta e um fabricantes de má-quinas e equipamentos espe-ram oportunidade de espaço

EXPOINTER 2010 (Esteio (RS), 28 agosto-05 setembro)

ENTRE OS DIAS 28 DE AGOSTO E 05 DE SETEMBRO DE 2010, O GOVERNO DOESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ESTARÁ ORGANIZANDO A 33ª EXPOSIÇÃO

INTERNACIONAL DE ESTEIO, A EXPOINTER, NO PARQUE DE EXPOSIÇÕES ASSISBRASIL, EM ESTEIO, RS.

A FORÇA DO AGRONEGÓCIODA REGIÃO SUL

FEIRAS

-Expointer 27/8/10 11:08 Página 53

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na Expointer 2010, No totalsão cento e catorze empre-sas da área de máquinas eequipamentos que se candi-dataram a expor no Parque,um número que supera emmais de uma dezena a parti-cipação do passado ano.

Em 2009 a feira comercia-lizou aproximadamente 1bilhão de reais, sendo mais de790 milhões somente em equi-pamentos e máquinas agríco-las. Neste ano, com a excelen-te safra de soja o desempe-nho promete ser recorde, ape-sar da menor produção dearroz irrigado e a queda depreços pagos ao produtor.

Alguns indicadores pre-nunciam que o agricultor es-tá razoavelmente capitalizadoo que pode resultar em boasvendas, principalmente se con-firmadas as perspectivas decrédito abundante, anuncia-das pelas instituições financei-ras. Do Programa Mais Alimen-tos espera-se muito, principal-mente pelo anúncio do au-mento do teto de financiamen-to de 100.000 para 130.000reais. Do Programa de Susten-tação do Investimento (PSI)também há muita expectativa,apesar do aumento da taxa de

juros de 4,5 para 5,5% ao ano.Embora o Governo Federal,através do Ministério de De-senvolvimento Agrário tenhaanunciado na última Agrishowa perenização do ProgramaMais Alimentos e tenha deixa-do mostras de que o PSI deve-rá continuar ao menos esteano, a perspectiva de términodestas modalidades de finan-ciamento, devera aquecer asvendas no sentido de que oagricultor deve aproveitar, pe-la incerteza da continuidade,as oportunidades de compracom financiamento. Este anoa grande novidade deverá sero Pronamp, que serve para má-quinas agrícolas novas. Tam-bém o Banco estadual oficial,Banrisul, indica a disponibili-

dade de mais de R$110 milhões, o BR-DE de R$ 100milhões, além doque oferece a CaixaEstadual e outrosBancos privados queestarão disponibili-zando seus serviços.O Banco do Brasilsempre oferece umvalor considerável e

apropriado à importância dafeira gaucha sempre ofereceum valor considerável e apro-priado à importância da feiragaúcha.

Como novidades estrutu-rais, a organização anunciouno coquetel de lançamento doevento uma série de melhoriasno parque de exposições, co-mo a reforma do pavilhão in-ternacional, uma nova centralde reciclagem de resíduos, re-forma e criação de novos sa-nitários, suficientes para aten-der a demanda esperada. Noâmbito da pecuária as novida-des são mais significativas, poisestavam carentes de estruturaspara alojamento de exposito-res e animais. Em face do au-mento da participação de pú-blico, do caráter comunitárioda feira e da facilidade de aces-so, os conflitos são bastantefreqüentes, razão pela qual aJustiça Estadual do Rio Gran-de do Sul decidiu montar umaUnidade do Fórum dentro doparque. Todas as ocorrênciasrelatadas pela segurança doevento terão imediato acolhi-mento judicial no momentoem que ocorrerem.

FEIRAS

-Expointer 27/8/10 11:08 Página 54

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A New Holland participada Expointer 2010 levando trêsgrandes novidades: as colhei-tadeiras CR9060 nacional, asversões com cabine dos trato-res TL e o Top Service, um ca-nal de comunicação exclusi-vo com o cliente.

CR9060A colheitadeira de duplo

rotor que este ano passou aser produzida no Brasil, temmaior capacidade de debul-ha, possibilitando a melhorlimpeza e aproveitamento dosgrãos, aliando tecnologia, al-ta potência e facilidade deoperação.

TL Cabinado ExitusLinha de tratores que es-

se ano ganha a versão com ca-

bine. A linha TL Exitus –com-posta pelos modelos TL60E,de 65 cv, TL75E, de 78 cv,TL85E, de 88 cv, e TL95E, de103 cv– é uma das mais ven-didas no Brasil e a versão ca-binada é uma ideia de unir aversatilidade ao baixo custodas máquinas.

Top Service

As novidades nesta Ex-pointer não ficam por contasomente dos equipamentos. ANew Holland também lançana feira o Top Service, que con-siste em uma central de rela-cionamento da fábrica com osclientes e concessionários quefuncionará 24 horas por dia,7 dias da semana. “Conside-ramos o Top Service um pas-so muito importante para nos-so relacionamento com a re-

de de concessionários e nos-sos clientes. Esse processo pos-sibilitará a melhoria do aten-dimento e oferecerá referen-cias importantes para melho-rias futuras em produtos e ser-viços New Holland”, ressaltaEduardo Nicz, coordenadorde marketing da marca.

NEW HOLLAND

-Expointer 27/8/10 11:08 Página 55

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AMassey Ferguson conta-biliza uma evolução de

53% no número de vendas detratores em comparação como primeiro semestre de 2009.Duas grandes responsáveis pe-lo resultado fazem sua estreiana Expointer: As série MF 4200e MF 7000 Dyna-6. A Série MF4200 chega em oito modeloscom potência de 65 a 130 cv,contam com a inclusão de umnovo motor AGCO Sisu Power.Já a Série MF 7000 Dyna-6chega ao mercado com qua-tro modelos com potência de150 a 215 cv e equipada coma transmissão inteligente Dy-na-6.

COLHEITADEIRA HÍBRIDAMF 5650 SR

A primeira e única col-heitadeira híbrida no merca-do com sistema de separaçãopor dois rotores. A tecnolo-gia exclusiva confere a má-quina um aumento de até40% no rendimento. Foi de-senvolvida especialmente pa-ra a cultura de arroz irrigadoe mantém as outras caracte-rísticas originais e exclusivasda MF 5650 SR.

PILOTO AUTOMÁTICOAUTOGUIDE POWERED BYTOPCON

O Auto Guide Powered byTopcon é a nova solução dedirecionamento automáticoda Massey Ferguson. Ele che-ga ao mercado disponível nostratores das séries MF 7100 eMF 7000 Dyna-6. É a soluçãopara quem busca um sistemade fácil operação e alto de-sempenho, resultado da com-binação de uma das maisavançadas tecnologias de di-recionamento automático domundo com os tratores daMassey Ferguson.

A marca também mostrapela primeira vez o System 150com a Direção Elétrica de Pre-

cisão AES-25, um sistema depiloto automático de fácil ins-talação a campo para pratica-mente qualquer máquina. Oequipamento agrega a pratici-dade de um sistema elétricocom desempenho de um sis-tema hidráulico. Os dois sis-temas que são totalmente com-patíveis, trabalham com a mo-derna tecnologia Paradigm G3da Topcon que operam dentrodo conceito GNSS (sigla eminglês que significa SistemasGlobais de Navegação por Sa-télite). Essa tecnologia recebetanto os sinais de satélites nor-te-americanos (GPS), russos(Glonass) e europeus (Galileo).Os dois níveis de precisão ofe-recidos - decimétrico (10 cm)e centimétrico (2 cm) - garan-tem alto desempenho em to-das as operações.

MONITOR DE SEMENTES PM400

O novo monitor de se-mentes Massey Ferguson PM400 monitora até 17 linhas desemente em uma plantadeiraou 30 linhas em conjuntos tan-dem, com configuração fácile flexível.

FEIRAS

MASSEY FERGUSON

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Linha BT HiSix

Apresenta ao mercado asérie BT HiSix, sua nova lin-ha de tratores desenvolvida pa-ra clientes que buscam alta tec-nologia e produtividade, cate-goria onde a empresa é líderde mercado e de vendas. Serãoquatro novos modelos a inte-grar o portfólio: o BT150(150cv), BT170 (170cv), BT190(190cv) e BT210 (210cv). Oslançamentos apresentam no-vo design de carenagem, quealiado ao capô escamoteável,oferece maior facilidade dasmanutenções periódicas, alémde melhor ângulo de visão pa-ra o operador.

Série A

Lançada com o foco nospequenos e médios produto-res, que representaram 70%da demanda por tratores noBrasil no ano passado. A em-presa apresenta os novos A550(50cv) e A650 (65cv). Eles fa-zem parte da linha leve da Val-tra, Série A, que inclui aindao A750 (78cv), A850 (85cv)

tir na agricultura de precisãoe, ao mesmo tempo, ter umaqualidade superior nos grãoscolhidos.

Outra novidade que seráapresentada na Expointer é aplataforma DynaFlex, capazde trabalhar com uma grandevariedade de culturas nos maisdiferentes terrenos.

Completando o portfóliode produtos, a Valtra traz a ASC10 Corte de Seção para pul-verizadoras e a barra de luz Sys-tem 110, que utiliza tecnolo-gia GPS e possibilita ao agri-cultor maior precisão nas ope-rações agrícolas, racionalizaçãono uso de insumos e otimi-zação do uso de maquinário.❏

VALTRA

e A950 (95cv), modelos de-senvolvidos em tempo recor-de no ano passado a partir dademanda específica de produ-tores das mais diversas cultu-ras. Todos são equipados commotor AGCO Sisu Power 3 e4 cilindros turbo e quatroopções de transmissão total-mente sincronizadas.

Colheitadeira AxialBC6500

Uma nova opção demáquina na classe 6,uma alternativa entre asdas classes 7 e 8, de al-ta performance e mais ca-

ras, e as das classes 4 e 5,mais baratas porém com me-

nos tecnologia disponível.A BC 6500 surge comoalternativa para osprodutores que que-rem começar a inves-

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ENTREVISTA

Jak Torretta Diretor de Marketing da Valtra

“Hoje, não somos somenteuma empresa de tratores”

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Você é um dos atuais di-retores da Valtra commais experiência. Exis-

te um antes e um depois daValtra como participante daAGCO?

Claro que sim. A partir dacompra pela Agco, os níveisde investimentos tem sido bemmaiores e o incremento da lin-ha de produtos oferecidos pe-la Valtra também cresceu. Ho-je, não somos somente umaempresa de tratores, mas ofe-recemos colheitadeiras, im-plementos variados e outrosnovos produtos em diferentessegmentos que estão por vir.

Você teve a oportunida-de de desenvolver-se com aValtra na Finlândia e assumiruma filosofia de marca nas‘fontes’ da sua origem. Comodefiniria este aspecto na sua

formação atual em nível deMarketing e outros, da filoso-fia finlandesa?

A cultura finlandesa é mui-to rica e com valores muitofortes. E isso se passa tambémao comando dos negócios. Aacertividade, a persistência nosobjetivos e a honestidade nasrelaçõessão pontos fundamen-tais. Fatores como estes, forame são muito importantes paraa minha atividade no Brasil, eo que mais me impressionou,foi que também meus filhosassimilaram essa cultura e es-ses valores, o que tem sidomuito positivo para eles.

Neste tempo de empresavocê passou por vários postosde responsabilidade. De qualtem melhor recordação? Co-mo definiria sua etapa na Ji-vaskyla?

Sem dúvida, a experiênciana Finlândia foi a que maismarcou minha trajetória Pro-fessional pois, além de tudoque disse, eu estava a cargo daárea de Vendas e Marketing detratores finlandeses e brasilei-ros para Portugal, Espanha, Itá-lia e Grécia. Portanto, um de-safio devido à diversidade deculturas e ao mesmo tempo, odesafio de entender as diferen-tes necessidades dos clientes,num ambiente de negócios to-talmente novo para mim. Foiuma escola fantástica!

50 anos, é um longo ca-minho em um país como onosso. Que marcas a trajetó-ria da Valtra deixou no mer-cado brasileiro e em geral nasua área de influencia?

APÓS 50 ANOS DE PRESENÇA INTERRUPÇAO, VALTRAÉ UMA DAS MARCAS IMPORTANTES NO BRASIL, COM

UMA ALTA PARTICIPAÇÃO DE MERCADO EMDIFERENTES SEGMENTOS, E CONSEGUIU SER O

SEGUNDO MAIOR FABRICANTE DE TRATORESAGRÍCOLAS NO PAÍS. JACK TORRETTA, DIRETOR DE

MARKETING, GARANTE QUE NÃO VAI DESCANSAR UMMINUTO PARA

REFORÇAR A SUAPARTICIPAÇÃO NO

MERCADO DETRACTORES E CRESCER

EM COLHEITADEIRAS EOUTROS PRODUTOS.

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ENTREVISTA

Valtra foi a pioneira noBrasil e esta característica setornou um atributo da mar-ca. Uma empresa que sempreesteve a frente nos maioresavanços da tecnologia em tra-tores. A proximidade com ocliente e a busca por soluçõesrápidas, atendendo individual-mente as necessidades dos seg-mentos de mercado, fez comque a Valtra alcançasse altasparticipações de mercado, co-mo, por exemplo, no setor ca-navieiro, onde mais de 60%dos tratores vendidos ao setorsão da marca Valtra. Um setorque é muito exigente, ondeum trator chega a trabalharmais de 4.000 horas num ano,contra 800 horas de outros se-tores da agricultura em média.Portanto, as máquinas tem queser muito confiáveis e ter umadisponibilidade de campomuito alta, além de baixo cus-to operacional.

Seus ‘inimigos’ de ontem,são seus irmãos de hoje. Isto

não cria uma espécie de es-quizofrenia ‘comercial’?

Bem, a ‘esquisofrenia co-mercial’ sempre existiu. His-toricamente as duas marcasforam sempre as que mais sedeglariaram no mercado. Nãohá como evitar a competiçãoentre as marcas e nem mesmoqueremos que essa compe-tição termine. Ela é importan-te para tornar as duas cada vezmais fortes para combater as

demais marcas. Toda a forta-leza que as marcas Massey eValtra possuem, foi construí-da com redes de concessioná-rios muito ativas, treinada eprofissional, que queremosmanter individualizada e for-te para crescer em outros seg-mentos além de tratores.

Até que ponto a ‘inde-pendência’ da Valtra como mar-ca está limitada por fazer par-te de um grupo como AGCO,onde existe uma grande interrelação entre suas várias mar-cas, engenharia e centros deprodução, em todo o mundo?

Em nenhuma parte domundo a AGCO tem uma par-ticipação de mercado em tra-tores como aqui, com mais de50%. A importância desta li-derança para o grupo permi-te a independência de ações,sendo a sinergia focada emáreas de suporte das marcas.

2009, foi um ano para ‘es-quecer’ na Valtra. Que espe-

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ram conseguir com os novosmodelos da serie A e a BT? Arede está preparada para acei-tar o desafio de impor uma sé-rie como a BT equipada como System 110 , em um merca-do tão variado e variável co-mo o nosso? E na Argentina?

2009 pode ter sido um anodifícil, mas foi um marco pa-ra a Valtra em função do de-senvolvimento e lançamentoda Série A. O modelo A750 jáé o segundo trator mais ven-dido no Brasil na faixa de 75cv,atrás somente do MF275. Es-

tá sendo um grande sucesso.Os tratores da Série BT são pro-dutos pelos quais os clientesValtra de tratores pesados es-tavam esperando. A rede estátreinada e preparada para dartodo o suporte necessário a es-tes produtos. É um trator de al-tíssima tecnologia e por issoos chamamos de BT – um BAI-TA TRATOR. Quanto aos sis-temas de navegação, a Valtravem desenvolvendo sistemasde agricultura de precisão des-de 2003.junto com clientes,principalmente no setor cana-

vieiro. Os novos sistemas 110e 150 são vitais para a precisãonos trabalhos agrícolas paramais eficiência no campo e re-dução de custos de produção.

Já em Cascavel pudemosver a nova colheitadeira BC6500. Que impressões foramrecolhidas na mais recenteAgriShow por parte dos pos-síveis usuários?

A colheitadeira BC6500 éuma máquina de tecnologiaaxial, a qual vem tendo umagrande aceitação pelos clien-tes em função da qualidadedo produto colhido e pela suaeficiência de campo. É umamáquina classe VI que vemocupar um espaço que tínha-mos entre a BC4500 (classeIV) e a BC7500 (classe VII),adequada principalmente ao

Em nenhuma parte do mundo a AGCO tem

uma participação de mercado em tratores

como aqui, com mais de 50%

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médio e grande produtor, porexemplo no Paraná, Goiás,Mato Grosso do Sul, entre ou-tras regiões potenciais.

A colheita deste ano foiespetacular com dados recor-des. Isto não pode criar ‘umaembriaguez de resultados’ quepossa fazer com que a rede serelaxe?

Como a concorrência ésempre muito forte entre asgrandes marcas do mercadobrasileiro, não há chance pa-ra relaxar. Se por um lado te-mos uma alta participação demercado em tratores, temosque nos proteger. Por outrolado, queremos crescer emcolheitadeiras e outros produ-tos. Portanto, a concorrênciaque se cuide. Não vamos re-laxar nem um minuto, inde-pendentemente de um merca-do aquecido ou não.

Depois do ano passado, arede de vendas está eufóricapelos novos produtos. Poderãosuperar as ventas de 2009 eassim recuperar sua partici-

pação no mercado?O lançamento da Série A

já refletiu em nossa partici-pação de mercado. A Valtratem sido a empresa que maiscresceu de 2009 para 2010 emtratores e em colheitadeiras.

O programa ‘Mais Alimen-tos’ é mais uma necessidadede incentivar o mercado ouuma ferramenta de marketingpolítico?

É de se esperar que umprograma destes tenha um ape-lo popular muito forte no cam-po, mas temos que entenderque a agricultura familiar e opequeno produtor brasileironunca tiveram incentivos pa-ra melhorar suas atividades esua renda. O programa efeti-vamente possibilitou que mui-tos agricultores tivessem aces-so a máquinas novas, ou atémesmo, ao seu primeiro tratorde sua vida. Os resultados des-sa política serão muito impor-tantes para a manutenção dopequeno agricultor no campoe para uma melhor qualidadede vida de sua família.

Valtra já não é apenasuma marca de tratores. Ago-ra é também referência de se-meadeiras, plantadeiras, col-heitadeiras e plataformas pa-ra milho. Qual a contribuiçãodestes produtos para os resul-tados da marca?

Tratores ainda são respon-sáveis por cerca de 85% dosresultados, mas o crescimen-to dos outros negócios é altoe nosso objetivo é que cadavez mais sejamos reconheci-dos por oferecer uma soluçãocompleta de mecanização aoprodutos.

Estamos passando por um‘momento doce’ com relaçãoà vendas. Como crê que se de-senvolverá o resto do ano le-vando-se em conta as Eleiçõesde outubro?

Não creio que as eleiçõesvão influenciar o mercado. Osprincipais candidatos enten-dem muito bem a importân-

ENTREVISTA

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cia que o agronegócio tem pa-ra o PIB brasileiro. O progra-ma Mais Alimentos não é maisum programa pontual, masuma política do Estado deapoio à agricultura familiar. OPSI, que impulsionou as ven-das de tratores de médio egrande porte, além de colhei-tadeiras, através de juros maisbaixos, está mantido até de-zembro de 2010. Portanto, érazoável imaginar-se um se-gundo semestre ainda forte,aos mesmos níveis do segun-do semestre de 2009 que foimuito bom.

A Valtra no Brasil, incor-porou motores de diversos ti-

pos, sendo o mais habitual oMWM, agora o motor Sisu.-parte da Agco.- equipa os no-vos tratores. O que represen-ta na hora de argumentar, o‘plus’ que representa um mo-tor criado especificamente pa-ra a utilização na agricultura,com relação às épocas ante-riores?

O motor Agco Sisu Powerestá presente nos nossos tra-tores desde 1993 no Brasil emuita gente ainda o chama demotor Valtra (ou mesmo mo-tor Valmet). Este motor já pro-vou que é o melhor motor pa-ra aplicação agrícola por suascaracterísticas construtivas, detorque, resposta, economia de

combustible e principalmen-te durabilidade. Hoje mais de95% de nossa produção de tra-tores sai equipada com moto-res Agco Sisu Power e 100%das colheitadeiras.

Concluindo, temos no fi-nal de Agosto a EXPOINTER,parece que os associados daAnfavea estão um pouco sa-turados de feiras, ainda maislevando em conta a dimensãode nosso pais. Não está na ho-ra de reconsiderar a periodi-cidade de algumas delas e co-locar fim aos incontroláveisaumentos dos preços de ho-téis, restaurantes que asfixiamos orçamentos, principalmen-te durante o Agrishow de Ri-beirão Preto?

O Agrishow é como oSalão do Automóvel para nós.Sempre que me perguntam so-bre esse assunto, respondocom o exemplo da indústriaautomotiva: se eles, com tan-tas marcas e com modelos quemudam a cada ano, fazem oSalão do Automóvel a cadadois anos, por que a indús-tria de máquinas agrícolas queé menor em faturamento e in-vestimentos deve participar to-dos os anos? Entendemos oque é manter a área do Agris-how e as despesas que istoacarreta, mas deveríamos tal-vez usar o modelo europeu.As maiores feiras são interca-ladas e em regiões diferen-tes. Os preços dos serviços sãorealmente abusivos. Estamoscom a ANFAVEA negocian-do nossa participação nas fei-ras e esta é uma parte impor-tante das discussões.❏

Nosso objetivo é que cada vez mais

sejamos reconhecidos por oferecer uma

solução completa de mecanização ao

produtos

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A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

Apartir das discussõesocorridas no ano passa-do, onde se disputava a

transferência de local para a ci-dade de São Carlos e a confir-mação da feira no local tradi-cional, para os próximos anos

a organização animou-se a re-alizar bons investimentos, aoredor de 13 milhões de reais,principalmente para a recepçãodos visitantes, mas também pa-ra melhorar o conforto dos ex-positores.

Os investimentos são des-ta ordem, pois a área de expo-sição é enorme, com aproxi-madamente 360 mil m2, entrea parte estática, onde se loca-lizam os estandes e as áreasde demonstração de máqui-

AGRISHOW – Edição 2010

A 17ª AGRISHOW (FEIRA INTERNACIONAL DATECNOLOGIA AGRÍCOLA EM AÇÃO), OCORRIDA ENTREOS DIAS 26 E 30 DE ABRIL DESTE ANO, NA CIDADE DERIBEIRÃO PRETO TROUXE NOVIDADES ESTRUTURAISAOS VISITANTES.

A feira de maiorimportânciapara oagronegóciobrasileiro

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nas, com testes dinâmicos dosseus produtos. O local per-tence ao Centro de Cana doInstituto Agronômico (IAC) erecebe anualmente uma gran-de afluência de público, ao re-dor de 140.000 visitantes de50 diferentes países neste ano.São aproximadamente 750 ex-positores, muitos deles dasgrandes empresas fabrican-tes de máquinas.

Havia uma expectativa,em face do anúncio das refor-mas e melhorias que seriamexecutadas no parque de ex-

posições. Em geral houve cer-ta decepção, pois as reformu-lações foram menores que es-peravam os expositores. Hou-ve uma alteração no formatoda área de exposição que fi-cou mais compacta, diminuin-do os deslocamentos, algo queo público se queixava em ou-tras edições. A estrutura do par-que é composta por cinco ave-nidas e 21 ruas retilíneas, queeste ano receberam um reves-timento que funcionou razo-avelmente, pois não houvechuva durante a semana.

Por parte de algumas em-presas, algumas demons-trações dinâmicas foram valo-rizadas pela organização depequenos eventos, com a par-ticipação dos departamentosde marketing. Este foi o caso

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da Massey Ferguson que orga-nizou um almoço para a im-prensa em sua área de dinâ-mica, demonstrando seus pro-dutos em destaque. De mui-to positivo, destaca-se a sen-sível melhora dos sanitáriose na remodelação da entrada

e estacionamento para os ex-positores

1993-2010Este evento nasceu no ano

de 1993, portanto há dezes-sete anos, para servir comouma oportunidade de demons-tração de produtos entre asempresas produtoras de in-sumos e máquinas agrícolas eos produtores da região de SãoPaulo. No entanto a pujançado setor, aliado a necessidadedo Brasil em contar com umagrande feira dinâmica fez comque este evento se tornasse,

na atualidade, a feira agríco-la de maior importância parao agronegócio brasileiro. Al-guns expositores a qualificamcomo a mais importante daAmérica Latina.

Também a época em queela é realizada favorece umaanálise de conjuntura anual.A Agrishow costuma funcio-nar como um parâmetro sobreo desempenho comercialanual dos fabricantes. A expli-cação disto é que nesta épo-ca já está encerrada a safra degrãos das culturas de verão nopaís e inicia-se o ciclo de pro-dução de cana de açúcar. Naatualidade as entidades orga-nizadoras e que representamum setor bastante importanteao PIB nacional compõem umgrupo qualificado que incluia ABAG – Associação Brasilei-ra de Agribusiness, ABIMAQ– Associação Brasileira da In-dústria de Máquinas e Equipa-mentos, ANDA – AssociaçãoNacional para Difusão de Adu-bos e SRB – Sociedade RuralBrasileira.

Negócios finalizados Os números oscilaram em

torno de R$1,1 bilhões. Paradar-se conta da importânciadada aos participantes estran-geiros, foram 36 embaixado-res que estiveram visitando a

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

APRESENTAÇÃO DA AGRIWORLD NOAGRISHOW

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feira durante a sua duração. No Brasil, o Agronegócio

é muito importante para a eco-nomia e por isto, há uma gran-de mobilização política. Nes-te sentido o primeiro escalãodo governo federal esteve pre-sente ao evento, principalmen-te neste ano, em que háeleições gerais e particular-mente para presidente da re-pública. O presidente Luis Iná-

cio Lula da Silva e os candi-datos à sua sucessão estiveramvisitando a feira e causaramgrande expectativa com seusdiscursos de apoio. Talvez adestacar, a promessa de pere-nização do programa ‘MaisAlimentos’ pelo Ministério deDesenvolvimento Agrário, querealmente dá maior esperançaa este setor que vê, neste pro-grama, uma boa solução paraos passados anos de crise.

Mas não havia uma rodade conversa entre os fabrican-tes que não incluísse a propos-ta de bi anualidade da feira.Em todas as entrevistas cole-

tivas de imprensa este assun-to foi tocado, ainda que de le-ve e em todas, se explicavaque a decisão seria tomada eanunciada pela Anfavea, emnome dos associados. Apenasa Case, como exceção, anun-ciou que a Agrishow 2011 nãocontará com a participaçãodas empresas membros da as-

sociação de fabricantes. Estadecisão, já confirmada, podesofrer uma alteração pela viapolítica, pois afeta, em muito,a feira do próximo ano.

Em 2009 a decisão de nãoparticipação dos associados

da Anfavea, ainda que não ten-ha inviabilizado a feira, mos-trou uma diminuição bastan-te forte do seu atrativo para ogrande público. Seria pruden-te esperar pelos acontecimen-tos dos próximos meses, poisdiversas negociações estãosendo marcadas para rever-ter esta decisão. Em nossa opi-nião, o problema não é a Agris-

how e sim uma proliferaçãode feiras em todo o país, o queforça a participação das em-presas fabricantes e com altoscustos. O caso de RibeirãoPreto é emblemático. As diá-rias de hotel, a alimentação,além de outros custos sãoimensamente aumentadas du-rante o período da feira. Cadafabricante leva uma enormequantidade de pessoas e istose transforma em um enormeinvestimento. É uma galinhados ovos de ouro para a ci-dade. Tomara que a ganâncianão tenha prejudicado esta ex-celente oportunidade de ne-gócios.

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Foram muitos. Embora de-pois de duas feiras impor-

tantes como o Show Rural Co-opavel e a Expodireto, aindahavia lançamentos a oferecer.Quase todas as companhiasguardaram para este evento oslançamentos deste ano.

A Agrale mostrou com des-taque a linha 5000, que é con-siderada de médio porte e temtratores de 65 a 85 cv de potên-cia de motor e, em especial,o trator 5065.4 Compact de 65cv com motor MWM de três ci-lindros e que espera ser bemaceito na agricultura paulista,principalmente em ci-trus e café e nas áreasdo país onde se produ-zem frutíferas, principal-mente a uva. Tambémestava presente no es-tande a linha 4000 detratores de pequeno por-te e a linha 6000, ondeestá o trator mais poten-te da marca, modelo BX6180. Fechando um es-tande bem variado, amarca trazia para a fei-ra duas novidades: Ocaminhão Agrale 8500,incluído no ProgramaMais Alimentos e oanúncio da criação da

Lintec, que é uma empresa dogrupo que vai comercializar osmotores da marca.

A Case IH, com partici-pação sensivelmente inde-pendente da New Holland,mostrou três colhedoras degrãos da série Axial-Flow, a2688, 2799 e 8120. A 8120é considerada a maior colhe-dora de grãos fabricada nopaís. Também apresentou asplantadeiras ASM série 1200,com sistema Fertisystem, pa-ra a dosagem precisa de fer-tilizantes, os novos tratoresda linha Farmall e as colhe-

doras de Café (Coffee Express200) e algodão (Cotton Ex-press 420 e 460).

A John Deere trouxe paraa feira um pacote de lança-mentos. Desde tratores, imple-mentos e colheitadeiras, a em-presa mostrou sua força e avontade de assumir protago-nismo no mercado brasilei-ro. Afinal, a empresa que élíder em vários mercados mun-diais, no Brasil lidera apenasem colheitadeiras e tem de-sempenho abaixo do espera-do em tratores. Apresentou-sea nova série 70 de colheita-

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Os destaques da feira

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deiras de grãos, com sistematradicional radial ou com ro-tor e com novas plataformasde corte. Também estava emdestaque uma colheitadeirade cana para duas linhas. Emtratores, a marca oferecia cin-co novos modelos, desde 110até 270 cv de potência no mo-tor. Para atender grandes áre-as oferecia-se, como lança-mento, a maior plantadeira domercado, com 45 linhas pa-ra soja. Em agricultura de pre-cisão havia o lançamento doStarfire 300 que é um recep-tor universal para barra de lu-

zes, o monitor MPA 2500 deuso na semeadura e um com-putador de bordo, modeloCBA 3100 para gerenciamen-to de frotas agrícolas.

A Massey Ferguson mos-trou, com muito orgulho e dis-

posição, a linha 4200 queenfim vem a substituir a jádesgastada linha 200 que au-xiliou a sustentar, duranteanos, a liderança no mer-cado nacional de tratores.Foram oito novos modelosdesde 65 até 130 cv, seguin-do as novas tendências mun-diais da marca e renovando oportfólio, com o cuidado demanter as virtudes que fizeramda marca e da linha substituí-da, uma das mais aceitas pelosagricultores. Já lançados ante-riormente, mas sempre valori-zados pelo aporte tecnológicoque propõem com a trans-missão de potência Dyna-6 e omotor Agco Sisu power, os tra-tores da série 7000 eram des-taque no estande. Repetindo oocorrido no Show Rural, de Cas-cavel estava em destaque a col-

hedora axial da marca, mode-lo MF 9690 ATR. Finalmentechamava a atenção também,a área de teste da marca, mui-to bem organizada e com mui-

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tos atrativos para o público vi-sitante.

A New Holland mostrou acolheitadeira de grãos CR 9060,nacionalizada, e a nova linhade tratores canavieiros TM7000.A CR9060 estava à disposiçãodos agricultores para demons-tração na área de dinâmica e

atraía a atenção pela novi-dade de possuir duplo rotore ser fabricada no país, o quelhe permite participar de lin-has de créditos oficiais. Alinha TM7000 de tratores éa forma como a empresa en-tra para o competitivo mer-cado da cana de açúcar. Sãoquatro modelos, de 141 cv,149 cv, 168 cv e 180 cv, comespecificações para o trabal-ho da lavoura de cana.

A Valtra apresentavalançamentos similares à

Massey Ferguson, do mesmogrupo AGCO. Na Valtra os des-taques eram para a Colheita-deira BC6500 da Série 500,com rotor axial e a nova sé-rie de tratores médios/grandes,BT HiSix, de 150 cv, 170 cv,190 cv e 210 cv, com câm-bio em carga de 24 velocida-

des. O câmbio HiSix é o mes-mo Dyna-6 da Massey Fergu-son e os modelos prometemcompetir entre si pelo mer-cado mais exigente em tecno-logia. Também estavam em ex-posição e demonstração osmodelos de tratores de baixapotência de 50 e 60 cv. Comojá havia sido mostrado em Cas-cavel, no início do ano, a apre-sentação da parceria com aTopcon Positioning Systems,tinha destaque tanto na áreaestática como na dinâmica,voltada para o setor de agri-cultura de precisão, com pro-dutos como piloto automáti-co. Finalmente, a empresa sen-sibilizou bastante o públicovisitante mostrando um túneldo tempo, com tratores anti-gos, muito bem conservadosque contavam a história da

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empresa, que completou 50anos de presença no país.

Outros estandes, como osdos fabricantes de pneus, es-tavam muito atrativos ao gran-de público. O lançamento depneus agrícolas, de estrutu-ra radial, foi uma marca des-ta Agrishow. A Pirelli estavaapresentando o modelo EarthAgro PHT que é mais umatentativa de aumentar o usodeste tipo de pneu na agricul-

tura brasileira. Este modeloPHT tem cinco séries, que co-rrespondem ao seu perfil (re-lação altura/largura) e deveobjetivar as áreas de cana ede cereais, com alta tecnolo-gia. A Trelleborg estavalançando o pneu TM900 eanunciando a parceria comas marcas da AGCO e da NewHolland para fornecimentodeste componente que já po-de equipar tratores agrícolas

da gama alta de potên-cia de motor.

O estande da Yanmarneste ano estava bemmaior que nos outrosanos e estava muito mo-vimentado, com os trato-res voltados para a agri-cultura familiar, compotências de motor de até75 cv e a sua área dedinâmica, junto às em-presas denominadas de“pequenas áreas”, tinha quin-ze máquinas a disposição pa-ra os visitantes.

Enfim, uma excelente fei-ra, com algo a menos em pú-blico em relação a outrosanos, mas bem renovada eo que é mais importante, re-cheada de novidades tecno-lógicas para todos os públi-cos e padrões de consumo.Boa organização e facilida-de na entrada e bom espaços

para a divulgação ao públi-co e imprensa. Esperamosque para 2011 a feira se man-tenha no mesmo nível, ape-sar da ameaça de menor par-ticipação das empresas, po-rém, a organização de doisem dois anos parece ser a sa-ída que atende os interesseseconômicos dos fabricantes.

José Fernando SchlosserGustavo Heller Nietiedt

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Cesar di Luca Diretor Comercial Case IH

“O nosso objetivo é alcançar25% de participação emcolheitadeiras e 10% emtratores na América Latinapara 2012”

ENTREVISTA

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Oque representará So-rocaba na política deexpansão da marca

da Case IH?Em 2008 a Case IH apre-

sentou seu plano estratégicode 5 anos que representa im-portantes investimentos e cres-cimento da participação emtodos os mercados e segmen-tos nos quais atua. Essa estra-tégia está baseada em quatropilares: 1) lançamento de pro-dutos; 2) nova imagem de mar-ca; 3) nova organização e 4)expansão da rede de Conces-sionários. Poderíamos dizerque a inauguração da nossafábrica de Sorocaba represen-ta muito bem este novo mo-mento da marca na América

Latina, pois foram investidosmais de R$ 1 bilhão.

A série de colheitadeirasde fluxo axial teve um impor-tante crescimento baseado nanacionalização de modelos degrandes rendimentos. Da pro-dução total, que parte é con-sumida pelo nosso mercado equanto se exporta para o MER-COSUL e EUA?

Aproximadamente 90%da produção das colheitadei-ras Axial Flow produzidas noBrasil são comercializadasdentro da América Latina.Dentro da América Latina oBrasil é o maior mercado, se-guido da Argentina, Paraguaie Uruguai. Aproximadamen-

te 10% são exportadas a ou-tros continentes, basicamentepara a África e Ásia.

A Case IH, não somenteestá presente na colheita degrãos; também lidera merca-dos específicos como o do al-godão, da cana de açúcar edo café, não seria, talvez, nonosso mercado, muito forte onível de concorrência, paratornar rentáveis os investimen-tos em evolução e desenvol-vimento de novos produtossem contar com outros mer-cados externos, como EUA,Austrália, etc.?

Sem dúvida alguma existemuita concorrência em todosos mercados e segmentos, pa-

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ra nos manter competitivos erentáveis necessitamos conti-nuar investindo no desenvol-vimento de produtos que pro-porcionem benefícios de ren-dimento e redução de custospara os nossos clientes, isso so-mado ao nosso excelente su-porte de pós venda e experien-te rede de concessionários, fa-rá com que a Case IH continuesendo escolhida pelos agricul-tores de todo o mundo.

Não há nenhuma dúvidaque nosso país lidera o cultivoda cana de açúcar e isso impli-ca em fortes investimentos naadequação e desenvolvimen-to de produtos específicos.Quanto a Case IH destina emI&D anualmente, para o de-

senvolvimento destes produ-tos tão exclusivos?

Os investimentos em I&Dsão muito importantes. Falan-do especificamente de cana deaçúcar é importante ressaltarque desde 2003 nosso únicocentro mundial de I&D paracana de açúcar se encontra emPiracicaba, SP. Sendo o Brasilo maior produtor mundial, éaqui onde nascem e se desen-volvem as melhores técnicasde cultivo aplicadas. Nos pró-ximos anos teremos investimen-tos ainda mais fortes em I&Dpara este mercado.

A Case IH sempre teveuma imagem de tratores “Pre-mium”, agora com a nova sé-rie Farmall o objetivo foi fa-

bricar um trator que pudes-se estar em segmentos de mer-cado onde antes não estavamrepresentados. Isso não impli-ca baixar o nível da imagemou o programa “Mais Alimen-tos” é atrativo para o posicio-namento da marca?

Na realidade, a série de tra-tores Farmall tem mais de 85anos de história e é um dos tra-tores mais exitosos da nossamarca. O que acontece é queo Farmall nunca havia sido co-mercializado no Brasil, embo-ra comercializado em outrospaíses da América do Sul comgrande sucesso. No Brasil, aCase IH atuava até 2008 so-mente nos segmentos de trato-res acima de 130 CV, não po-deríamos dizer que éramos umforte player em tratores, somen-te atuando neste segmento.Além de que, deveríamos com-

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pletar a oferta de produto paraque clientes que adquiriam daCase IH os tratores de altapotência, as colheitadeirasaxiais, as de cana e algodão eque estavam conformes comos produtos e atenção no pósvenda, também pudessem ad-quirir tratores de baixa potên-cia. Mas também queremos fa-zer parte do negócio para o pe-queno e médio produtor, por-que é errado pensar que so-mente os grandes produtoresdevem ir atrás de máquinas dealto desempenho, que lhes per-mitam aumentar a produtivi-dade por hectare e assim bai-xar os custos. Até o agricultorfamiliar deve seguir por este ca-minho se deseja manter-se nonegócio e crescer para dar fu-turo à sua família. A Case IHestá entrando nesses segmen-tos para isso.

O grupo ao qual perten-ce conta com fabricas na Ín-dia e Turquia entre outros pa-íses. Apóiam-se nestes desen-volvimentos para “corrermais” na hora de apresentare “nacionalizar” seus mode-los. Concretamente, dos no-vos tratores Farmall, que per-centagem de peças vem des-ses países?

Na Coopavel de 2009 aCase IH fez o lançamento pa-ra o Brasil da Série Farmall,no início importada da nos-sa fábrica de Ankara na Tur-quia. O plano de introduçãoera comercializar o trator im-portado durante dois anos,mas o segmento de menos de100 CV cresceu tanto em2009, principalmente pelosprogramas sociais que vocêsconhecem que decidimos ace-lerar o processo de naciona-lização e o conseguimos emtempo recorde. Na Coopa-vel de 2010, ou seja, somen-te um ano depois, lançamosa Série Farmall produzida noBrasil. Com isso alcançamosa percentagem de nacionali-zação necessária para o aces-

so às linhas de financiamen-to do BNDES e entramos noPrograma Mais Alimentos dogoverno nacional.

Neste segmento de trato-res especiais, questiona-se arazão de não comercializaremtratores do tipo estreito e com-pacto, quando há mercadosna Argentina, Chile, Méxicoe inclusive EUA. Por ser umgrupo mundial, pensaram nis-so?

A Case IH já comerciali-za tratores fruteiros e para uvana Europa e também em al-guns países da América Lati-na, por exemplo, o Chile. Pa-ra a introdução em outros mer-cados é necessário fazer umestudo de viabilidade econô-mica.

Magnun, mais que umadenominação é um conceito.Como você definiria a sérieMagnun enfocada para o nos-so mercado?

Você definiu muito bem anossa Série Magnum. Na Amé-rica Latina não é diferente doque nos EUA ou Europa, aqui

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também é reconhecido comoo trator de melhor performan-ce, maior confiabilidade e me-nor custo de manutenção e porisso faz tanto sucesso. Intro-duzido inicialmente como pro-duto importado e sendo pro-duzido no Brasil desde 2002,sem dúvida deixou uma mar-ca muito positiva em todos oscampos por onde passou. Po-deríamos dizer que o Magnumé uma parte importante docrescimento da agricultura naregião, tanto na produção degrãos como na cana de açú-car.

Segundo Adriano Pezzo,a Magnum agrupa uma sériede peculiaridades que a tor-nam “algo muito especial”.Olhando o que existe no mer-cado, em seu nível, o que po-deria destacar sobre seus maispróximos concorrentes?

Sem entrar em detalhestécnicos, e como disse antes,o mercado o considera o tra-tor de melhor performance,maior confiabilidade e menorcusto de manutenção. Issotambém tem um efeito sobreo valor de revenda. É difícilencontrar um Magnum usadoque esteja à venda há muito

tempo, pois quase imediata-mente é vendido.

Sem dúvida nenhuma,neste ano, a sua área de mer-cado é a mais potente em ní-vel mundial, analisando asquedas de mercado da Euro-pa e EUA. O Brasil é um cla-ro expoente, junto com a Ar-gentina. Em sua campanha decomunicação “made in Bra-sil”, que pontos, a margem dosimples marketing é desejáveldestacar?

É importante destacar queos produtos fabricados pela Ca-se IH no Brasil tem o mesmonível de tecnologia e quali-dade que os produzidos nosEUA ou na Europa. Mas, comuma clara vantagem, eles sãoadaptados às condições lati-no-americanas e isso quer di-zer que são adaptados ao cli-ma e a intensidade de usos tí-

picos da nossa região, porexemplo, uma colheitadeirade grão na Argentina trabalhacinco vezes o que uma colhei-tadeira trabalha na Europa ounos EUA, e um Magnum na ca-na-de-açúcar trabalha em umasafra o que trabalha em cincoanos na Europa ou nos EUA.Isso é importante destacar.

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ENTREVISTA

Os produtos fabricados pela Case IH no

Brasil tem o mesmo nível de tecnologia e

qualidade que os produzidos nos EUA ou

na Europa

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A Agrishow já é passa-do, mas existiu uma série deinputs importantes a desta-car. Como você resumiria es-ta edição passada, levandoem conta a discordância dosgrandes grupos para que se-ja uma feira bienal e nãoanual? Não concordam queuma feira deste tipo e levan-do em conta a quantidadeque existem delas em todosos estados é suficiente a ca-da dois anos?

A participação bienal naAgrishow é uma decisão da An-favea (Associação Nacional deConstrutores de Automóveis),a qual está associada a CaseIH. Participamos em 2010, oque confirma o plano das em-presas membros a participar dafeira, que é uma das mais ca-ras para a indústria da maqui-naria agrícola, a cada dois anos.

Sergio Ferreira, DiretorGeral da Case IH para a Amé-rica Latina, planeja ter umaparticipação de 25%, a mé-dio prazo, sobre o total devendas em colheitadeiras e10% em tratores, num cres-cimento de mercado de 15%,que seria de 45.000 trato-res e de 4. 000 colheitadei-ras para 2010. E para o futu-ro?

Esses objetivos não sãosomente para o Brasil, são pa-ra toda a região. O nosso ob-jetivo é alcançar 25% de par-ticipação em colheitadeiras e10% em tratores na AméricaLatina para 2012. Já temosaproximadamente 30% departicipação em colheitadei-

ras na Argentina e quase 10%de participação em tratoresno resto da América Latina.Obviamente o desafio no Bra-sil é grande, porque é o maiormercado e, o mais competi-tivo, por isso é que estamosfazendo grandes investimen-tos em produto, em I&D, e aabertura de Sorocaba, fazen-do crescer nossa rede de con-cessionários e nossa organi-zação. Dessa forma podere-mos suportar esse crescimen-to.

Não podemos deixar depensar nos mercados exter-nos que com um Real forte édifícil de concorrer e, deve-mos pensar na Argentina tam-bém. Você não acredita quedepois destas próximaseleições, o Real deveria seradequado ao seu valor de mer-cado?

A política cambial brasi-leira foi e acredito que segui-rá sendo de flutuação livre.A valorização do real deve-seao forte fluxo de entrada decapitais e ao fato de que o Bra-sil cresceu e seguirá crescen-do a taxas bem interessantese, isso faz deste país um des-tino muito atraente para os in-vestimentos. Em curto prazo,não imagino uma desvalori-zação significativa do real.Acredito que as empresas eo governo devem trabalhar emconjunto para reduzir o altocusto em comparação com ou-tros lugares. Esse trabalho de-ve ser no sentido da reduçãode impostos, redução da bu-rocracia e melhoria de logís-tica interna e de exportação.❏

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COMPANHIA

A produção alcançará 400.000 unidades/ano em 2012

A FPT-POWERTRAIN TECHNOLOGIESABRE UMA FÁBRICA DEMOTORES EM CAMPO LARGOAPÓS DOIS ANOS DEINVESTIMENTOS EMTECNOLOGIA, A NOVAFÁBRICA INDUSTRIAL DAFPT-POWERTRAINTECHNOLOGIES EMCAMPO LARGO É UMAREALIDADE. SITUADA NAREGIÃO METROPOLITANADE CURITIBA, ESTADO DOPARANÁ (BRASIL),CONVERTEU-SE EM UMAFÁBRICA DE MOTORES DETAMANHO MÉDIO, PARA AMAIOR E MAIS MODERNADA AMÉRICA LATINA.

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Sua abertura finalizou acompra, acordada emmarço de 2008, da Tritec

Motors (provedor de motorespara veículos antigos, como oChrysler PT Cruiser e BMWMini Cooper), por parte da FPT.Desde que o acordo foi con-seguido, a multinacional ita-liana investiu para moderni-zar a fábrica um total de R$250 milhões, até conseguir umelevado nível de excelênciaem produtos e processos. Ago-ra se responsabiliza pela pro-dução da nova família de mo-tores E.torQ, versões 1,6L 16v,1,8L 16v e gasolina.

Sua nova produção co-meçou em fevereiro, com umacapacidade inicial de 330.000motores por ano e está previs-to que para 2012 alcance os400.000 motores por ano.

Segundo dados oferecidospela própria companhia, asinstalações aumentaram em20% sua capacidade no Mer-cosul, chegando a um poten-cial de produção de 2,5milhões de blocos (motor +transmissão) por ano. “Antesda aquisição, a produção nes-ta fábrica era exclusivamentepara exportação, o que ilustrao caráter mundial dos novosmotores E.torQ. Hoje estamosdispostos a servir não somen-te aos clientes do Brasil e domercado da América do Sul,mas também a todos os con-tinentes que formam parte doGrupo Fiat e aqueles que nãoo fazem. É um grande passoadiante na estratégia da FPT",disse Franco Ciranni, gerenteda FPT para o Mercosul.

Desde a aquisição da fá-brica, a FPT introduziu mu-danças nas instalações comoaumentar a capacidade me-diante a eliminação de ‘gar-galos’, implantar um sólidoprograma de capacitação pa-ra as pessoas, promovendo asmelhores práticas do GrupoFiat, e atualizar a tecnologiados equipamentos, além dodesenvolvimento e a reati-vação dos provedores.

Conta com 350 emprega-dos, mas está previsto quequando alcance sua capaci-dade máxima chegue aos 500,e gere outros 1.500 empregosindiretos. "Tratamos de man-

ter os empregados que trabal-havam antes na fábrica. Como início da produção contra-tamos novamente as pessoasque costumavam formar par-te da equipe, porque sabemosque conhecem bem os proces-sos e normas de qualidade des-ta unidade", disse MarceloReis, gerente da fábrica na uni-dade do Paraná.

Dentro da fábrica Para conceber a nova fá-

brica tiveram especial relevân-cia aspectos como a ecologia,a qualidade e o alto nível dopessoal e de gestão, além deprodutos e processos com al-to índice de automatização etecnologia.

As instalações contam comquatro linhas de mecanização(blocos, virabrequins, bielas epistões), e um total de 54 má-quinas. Cada linha de pro-dução tem um equipamentode controle final, que mede eclassifica 100% das peças doscomponentes. A qualidade decada peça está garantida pe-lo “modelo Kamishibai”, umasequência de controles que po-dem garantir o cumprimentodos controles estabelecidos.

As três linhas de monta-gem contam com um equipa-mento tecnológico de primei-ro nível com robôs que auto-matizam as tarefas e 77 es-tações de análise (17 de en-saio, 12 automáticas, 17 se-mi-automáticas e 31 manuais).Estas máquinas são capazesde realizar as provas de frio,com simulações de sincroni-zação, cargas e vibrações, as-

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sim como as provas de per-das, em 100% dos motores.

A FPT de Campo Largopadroniza a produção e re-duz as existências. O usodeste método aumenta aprodutividade, já que per-mite a observação de pe-quenas paradas, distúrbiosnas atividades e outras per-das de produção. Tambémaumenta a qualidade por-que identifica os problemasde imediato, exigindo a pa-ralisação da linha e forçan-do uma solução rápida e efi-caz.

A mecanização e as lin-has de montagem estão àprova de erros e tem um to-tal de 189 mecanismos dedetecção de erros, o que dálugar a máximos padrões dequalidade no produto final.Isto se deve a que os dispo-sitivos podem detectar oserros no processo de pro-dução (desde erros na mon-tagem, até erros de funcio-namento, humanos ou pro-blemas de conformidade,por exemplo). Todo o siste-ma é rigorosamente auditado.

Logística e provisões Quando a FPT fechou a

compra da Tritec Motors, 30%dos componentes de moto-res eram importados. Foientão, quando a empresa or-ganizou os provedores parareduzir a percentagem até os10% atuais, sem afetar a ex-celência dos conjuntos depotência.

Seu objetivo para 2.011 éfabricar motores E.torQ com

95% dos componentes fabri-cados no Brasil. Deste modo,a empresa busca dar impulsoà economia local. Em médioprazo poderia converter-se emum novo centro industrial doautomóvel, como já ocorreuem Betim com a Fiat, o que sig-nificaria emprego e riqueza pa-

ra a região, além de melho-rias em competitividade edesenvolvimento industrial.

A gestão WCMComo já aconteceu em

outras instalações da FPTno Mercosul, a fábrica deCampo Largo adotou omodelo de gestão “Fabri-cação de Classe Mundial”(WCM), que dá lugar à apli-cação das técnicas maismodernas do mundo noque se refere à produção emétodos para alcançar al-tos índices de qualidade eprodutividade.

A FPT se considera umcentro “verde” e está orgul-hosa de sê-lo. Por dentro epor fora, a consciência am-biental é sua constante,com a participação dagestão total de resíduos,com um índice de recicla-gem de 95%. Utiliza clara-bóias, aproveitando ao má-ximo a luz do sol no lugarda energia elétrica. Tam-

bém dispõe de novos dinamô-metros que funcionam comenergia renovável, uma gale-ria de técnicas para filtrar o sis-tema de refrigeração e umaárea de mitigação para conteras fugas. Assim, produz moto-res com características ecoló-gicas.

COMPANHIA

A FPT EM NÚMEROS: • Presente em dez países • 22 fábricas e 14 centros de pesquisa• 20.000 empregados• Faturamento mundial em 2009: 5 bilhões de €• Produz 2,3 milhões de motores e 2,2 milhões de transmissões.

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A respeito da FPT -Powertrain Technologies

Presente em dez países daEuropa e América Latina, com22 fábricas e 14 centros depesquisa e desenvolvimento,a FPT - Powertrain Technolo-gies conta com uma equipe de20.000 profissionais altamen-te treinados e dispõe de umgrande número de distribui-dores, com mais de 1.300 cen-tros de assistência e de ser-viços, que garantem a pre-sença da empresa em mais decem países.

Os produtos da FPT sãosinônimos de tecnologia econfiabilidade, e estão diri-gidos à empresas do GrupoFiat como Fiat Automóveis,Iveco, Lancia, Alfa Romeo,Case IH, New Holland, Ive-

co Motors e Irisbus. A empre-sa também oferece váriasaplicações para a Ford, PSAPeugeot Citröen, Tata-Dae-woo, Suzuki, Mitsubishi, Ge-neral Motores e TransportePúblico de Beijing Corpora-tion (BPTC), entre outros.Além de contar com asso-ciações estratégicas assina-das com a Tata, na Índia, coma Saic, na China, e com a Se-

verstal, na Rússia. Na Amé-rica Latina, a FPT produztransmissões para a PSA Peu-geot-Citröen e conseguiuacordos para prover motorespara a TAC - Catarinense deTecnologia Automotriz e Ma-tefer Agrinar.

A fábrica de Betim é amaior unidade, com uma pro-dução anual de más de 1,5milhões de unidades entre mo-

tores e transmissões para ca-rros.

A fábrica de Sete Lagoas(MG) representa um modelode produção flexível, com umacategoria de quatro famíliasde motores diesel (F1, NEF,Cursor e S8.000) para as in-dústrias de veículos industriaisleves e pesados, ônibus, ma-quinaria agrícola e de cons-trução e geradores de energia.

A unidade de Córdoba(Argentina) produz trans-missões para a PSA PeugeotCitröen, motores de 1,9 Litroscom 16 válvulas, assim comoas transmissões C513.

A unidade de Campo Lar-go é responsável pela pro-dução dos motores de taman-ho médio da família E.torQ,versões a gasolina e combus-tível flexível.❏

A produção começou em fevereiro, com

uma capacidade inicial de 330.000

motores por ano e está previsto que para

2012 alcance os 400.000 motores por ano

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"Tier" e "Stage". Duas pa-lavras de origem anglo-saxônica com os quais

os agricultores norte-america-nos e europeus sempre tive-ram que se enfrentar. Os vo-cábulos em questão corres-pondem a parâmetros quesempre devem crescem nume-ricamente e resultar em au-mento de custos de aquisiçãodos tratores e incremento doconsumo de combustível, re-duzindo, via de regra a potên-cia do motor.

"Tier" e "Stage" são na ver-dade os nomes das regras apli-cadas nos Estados Unidos e no

Velho Continente que regula-mentam as emissões e comoesses padrões se tornam ca-da vez mais rigorosos, quan-to mais se elevar o nível deemissões de poluentes. Acei-tando a hipótese de que todos

os tratores que foram fabrica-dos antes do início da vigên-cia da normalização foramclassificados como "Tier" ou"Stage" zero, em 1996 entrouem vigor o nível 1 de Tier, onível 2 em 2001 e 2006 e o

MOTORES

SOLUÇÕES PARA DIMINUIREMISSÕES DE POLUENTESEM MOTORES

SOLUÇÕES PARA DIMINUIREMISSÕES DE POLUENTESEM MOTORES

NOS EUA E NA EUROPA, AS EMISSÕES DE POLUENTESDOS MOTORES DE TRATORES SÃOREGULAMENTADAS POR LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS.NO BRASIL, AINDA NÃO, MAS É CERTO QUE MAISCEDO OU MAIS TARDE TEREMOS QUE ADOTÁ-LAS.PORTANTO, VALE A PENA CONHECER, MAIS DEPERTO, AS REGRAS ATUALMENTE EM VIGOR NOSESTADOS UNIDOS E DO OUTRO LADO DO OCEANO.

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nível 3 que está atualmenteem vigor.

Em cada estágio asemissões de poluentes eram,cada vez mais, limitadas e aomesmo tempo, iam se aproxi-mando as exigências entre osseus regulamentos europeuse americanos. A partir de 2015,quando serão introduzidas asregras de nível 4 para ambosos regulamentos, devem serquase idênticas as exigências,permitindo que os fabricantesde tratores comercializem liv-remente os seus produtos, tan-to nos EUA como na Europa,sem ter que corrigir os valores.

Esta padronização tam-bém poderá ser aproveitadapor outros países, que atual-mente não prevêem regula-mentos anti-poluição ou quenão criarem outro dispositivo,diferente do Tier ou do Stagee que deverão alinhar-se aoque já existe. Acontecerá tam-bém para o Brasil e por issoé bom que os agricultores co-meçem a conhecer as questõesque certamente irá encontrar,num futuro próximo.

A Gasolina e o diesel sãohidrocarbonetos

Tudo começa a partir dacomposição da gasolina e dodiesel, dois "hidrocarbonetos"que, como se pode deduzirpelo nome, são basicamen-te, compostos de moléculasproduzidas pela combinaçãode átomos de hidrogênio (cu-jo símbolo químico é repre-sentado pela letra "H") comátomos de carbono (símboloquímico para a letra "C").

É bom esclarecer que sãomuitos os hidrocarbonetos nanatureza (a gasolina que co-locamos no tanque do carroconstitui-se de 250 a 300 ti-pos diferentes), mas as dife-renças entre uma e outra sãodevido apenas a forma das di-ferentes moléculas, e não aoscomponentes básicos e suascaracterísticas "operacionais".Durante a combustão, todosos hidrocarbonetos devem dis-sociar-se de modo mais ou me-nos uniforme, disponibilizan-do os seus átomos de carbo-no e hidrogênio para combi-nar-se com o oxigênio, cujosímbolo é conhecido pela le-tra "O". Se o processo fosseperfeito, nos gases de escapedo motor deveria haver ape-nas água (H2O, dois átomosde hidrogênio ligados a um deoxigênio) e dióxido de carbo-

no (CO2, um átomo de carbo-no ligado com duas de oxigê-nio), dois compostos que cer-tamente não podem ser consi-derados como perigosos. Infe-lizmente as coisas não ocorremdesta maneira. Uma parte doconteúdo de carbono e de hi-drogênio contidos nos hidro-carbonetos permanecem in-terligados e nem todos os áto-mos de carbono "livre" se li-gam com o oxigênio, comodeveriam, para formar o dió-xido de carbono. Parte do vo-lume vai direto pela descarga,sem fazer parte na combustão,dando origem aos chamadoshidrocarbonetos “não queima-dos”, indicado nos textos téc-nicos com as iniciais "CH" en-quanto outra parte cria o CO,o monóxido de carbono, umcomposto venenoso e capazde impedir a absorção de

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oxigênio pelo sangue huma-no. Além disso, há o proble-ma do nitrogênio (símbolo quí-mico "N") presente no ar em78 por cento.

Em teoria, ele não deve-ria dar lugar a reações, mas,na prática, ele tende a se jun-tar com o oxigênio para for-mar vários óxidos normalmen-te indicados pelo símbolo "x".De fato, depois da descarga,além do dióxido de carbono,da água, do monóxido de car-bono, dos hidrocarbonetosnão queimados e dos óxidosde nitrogênio, se forma umasérie de outros pequenos po-luentes relacionados às impu-

rezas no combustível e dosaditivos, que são adicionadospara melhorar o produto quí-mico.

No caso do diesel, tam-bém se formam outros poluen-tes, conhecidos como "parti-culados", que são as emissões

sólidas de carbono,de dimensões mi-croscópicas, peque-nas, mas que ao se-rem respiradas, aca-bam por colocar emrisco a capacidaderespiratória de umindivíduo, chegan-do a provocar do-enças como câncer.Eliminar os princi-pais poluentes, infe-lizmente não é fácil.Sua formação, de fa-to é condicionadapor muitos fatores.Em primeiro lugar arelação entre aquantidade de ar as-pirada pelo cilindroe a quantidade decombustível que es-tá fazendo parte damistura. Essa pro-porção varia conti-nuamente ao longodo tempo, depen-dendo do estado de

funcionamento do motor. Noentanto as percentagens de po-luentes não variam de manei-ra homogênea com a variaçãoda mistura. Fazendo funcionarum motor à gasolina, compouco ar e muito combustível,por exemplo, se minimiza oHC e CO, mas se elevam asemissões de NOx e vice-ver-sa.

Por esta razão, dois são oscaminhos que podem ser se-lecionados pelos técnicos pa-ra cumprir as normas antipo-luição. Nos motores a gasoli-na regulam-no para alimentá-lo com uma relação ar-com-bustível diferente da ideal, massim uma "menos pior”, o queminimiza todos os poluentes,sem eliminar verdadeiramen-te nenhum, a não ser que de-pois se faça uma purificaçãofinal.

Por outro lado, no dieselatualmente se reduz a eficiên-cia térmica para reduzir asemissões de nitrogênio, mas apartir de 2011 está planeja-do que a ação vai ser sobre oescapamento, deixando o mo-tor livre para oferecer o máxi-mo do seu rendimento termo-dinâmico, para depois limparas emissões com o uso de sis-temas específicos.

MOTORES

"Tier" e "Stage" são na verdade os nomes

das regras aplicadas nos Estados Unidos

e no Europa que regulamentam as

emissões

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EGR e SCR, uma briga defaca

Nos motores diesel, utili-zados atualmente na Europaas emissões de poluentes sãolimitadas por dois sistemas bá-sicos, o EGR e o SCR. O mo-tor é obviamente otimizadoem nível termodinâmico uti-lizando sistemas de injeçãocommon rail e câmaras decombustão de alta turbulên-cia e um sistema de sobreali-mentação, com um oudois estágios, intercoo-ler e aftercooler.

A descarga, no ca-so dos motores EGR é li-berada, apesar de que seexige a presença de umaválvula que toma umaparte destes gases parareintroduzi-los nos cilin-dros, com a finalidade debaixar a temperatura decombustão, de modo alimitar as emissões de ni-trogênio. Nos motoresmenos avançados o ob-jetivo é conseguido tam-

bém através do chamado EGRinterno, que é de fato, um dis-positivo que prolonga o tem-po de fechamento da válvulade descarga, permitindo queuma parte do fluxo de gasespossa voltar para o cilindro.No entanto, o sistema EGR éum método ou dispositivo quefaz com que o motor respireseu próprio resíduo, o que re-duz a eficiência termodinâmi-ca.

Esta é uma solução queobviamente não satisfaz a to-dos e que os fabricantes supe-raram este sistema, passandoa utilizar o SCR, que é um sis-tema de injeção que trata osgases de escape através deuma solução aquosa a base deuréia, um composto de amô-nia. A uréia, no interior de umcompartimento especial, fixaos óxidos de nitrogênio neu-tralizando-os completamente,enquanto que um segundocompartimento do silenciadorelimina o particulado fazen-do com que o diesel fique lim-po.

O sistema é perfeito ecomprovado em testes com asua operação, por alguns anosem trabalho, em centrais elé-tricas a carvão e petróleo, mastem a desvantagem de custarmuito caro. Daí a presençahoje, de ambos as soluções,com motores EGR que custammenos, mas consomem maise com a característica de quepara um mesmo volume sãomotores menos potentes e os

motores SCR que se des-tacam por alto rendi-mento e baixo consumo,mas que custam maiscaro e, além do diesel,consomem também auréia em uma taxa de 5por cento do consumode diesel. Qualquer um,que produz os motoresEGR, no entanto, con-corda que em curto pra-zo, com a introdução danormativa Tier e do Es-tágio 3b será obrigado atrabalhar somente como SCR.

ESQUEMA DO SISTEMA SCR COMINJEÇÃO DE URÉIA

CURVAS CARACTERÍSTICAS DE MOTORESPOWERTECH PLUS E POWERTECH

(sistema de recirculação externa dos gases de escape egr)

Novo motor 6090 HF-485, de 9 litros de cilindrada 4V-VGT-EGR. Fase III.

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Poluentes e síntese dasnormas

As normas internacio-nais atuais consideramtrês diferentes poluentes:o "HC", que são os hidro-carbonetos ", o NOx, queé o óxido de nitrogênio, eo CO, que é o monóxidode carbono.

O "HC" é essencialmen-te constituído por resíduosde óleo combustível, presen-te nos gases de escape e quese relacionam com o proble-ma da combustão incomple-ta ou da deficiente manu-tenção dos motores. Os outrosdois são poluentes indeseja-dos e subprodutos da com-bustão. Todos os poluentes sãomedidos "pesando" em gramasde substância emitida pelo mo-tor, a cada hora de funciona-mento para cada quilowatt depotência produzida. A me-dição é realizada em sala deensaio, colocando o motor emum ciclo de trabalho constan-te e preciso.

A norma norte-america-na estabelece os limites pa-ra as emissões dos motoresatravés da soma das percen-tagens de "HC" e "NOx" pre-sentes nos gases de escape,enquanto o "CO" é medidojunto, mas não regulamen-tado. Mas na Europa, ao con-trário, a norma disciplina ca-da poluente e proporcionaavaliação de emissões em se-parado "HC", "NOx" e "CO"e admite a venda apenas dosmotores que cumprem comtodos os limites, para cadapoluente.

Não só a gasolina e oDiesel

É uma opinião comum deque, com o esgotamento pro-gressivo das reservas de petró-leo, a partir de 2040, entrarãoem cena outros combustíveis,que já poderão ser usados comsucesso para reduzir a po-luição. Entre estes, para mo-tores a gasolina, está o GLP,que significa "Gás Liquefeitode Petróleo”. Identifica umamistura de hidrocarbonetos debaixo peso molecular, que sãoobtidos pela refinação de pe-tróleo bruto ou por separaçãode metano.

A principal característicado GLP é a sua tendência deliquefazer-se facilmente, à bai-xa pressão e temperatura am-biente, que permite armaze-nar quantidades discretas embujões de baixo peso e di-mensões reduzidas. Destaca-se um poder calorífico que, seexpressa em quilocalorias porquilograma de combustível li-geiramente superior ao da ga-

solina (11.300 contra 11.850),mas que será menor se for ex-presso em quilocalorias por li-tro de combustível (8.200 con-

tra 6.480). Isso ocorre pe-la diferença de densida-de entre os dois hidrocar-bonetos. Daqui resulta

que, se um mesmo motorfunciona a gasolina fornece

uma média de dez por centomais de potência, mas comum consumo específico maioro que de fato resultará em ren-dimentos mais baixos.

Disto se conclui que a per-da de potência provocada pe-lo GLP relaciona-se mais aocombustível, do que das per-das do sistema de alimentação.Nota-se que o benefício douso do GLP é desenvolvercombustão mais limpa (nãocria os depósitos de carbonoque com o tempo provocamdanos às válvulas) e ao fato deque não degrada a película deóleo lubrificante do motor. Emtestes experimentais realiza-dos no campo automobilísti-co mostra-se que o motor comGLP pode durar até 50 porcento mais do que um motortradicional. Uma segunda fon-te é o metano, que disponívelem grandes quantidades, é umgás leve, incolor, insípido einodoro. É encontrado na na-tureza e tem um poder calorí-fico elevado, superior a 11200quilocalorias por quilograma.

Em teoria, portanto, umbom combustível, especialmen-te quando consideramos que acombustão não dá origem aquantidades significativas decarbono ou de resíduos poluen-tes. A fumaça do escape é tam-

MOTORES

Motor Citius de AGCO Sisu Power com tecnologia SCR.

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bém inexistente. O índice deoctanas que se aproxima a 120(a melhor gasolina sem chum-bo limita-se em 99) e não hánecessidade de usar como adi-tivos as substâncias antideto-nantes, para melhorar as qua-lidades de resistência à com-pressão. Daí a possibilidade deaumentar significativamentea relação de compressão dosmotores de compressão al-cançando-se assim um maiorrendimento térmico.

Pena que com estas van-tagens, há o problema de ar-mazenamento. Ao contráriodo GLP, o metano liquefaz àtemperatura ambiente, se forcomprimido a mais de 200 at-mosferas, pressão que exige autilização de bujões especiais,pesados e volumosos, não ade-quados para equipar veículosou embarcações. A elevadapressão de armazenamentotambém requer a presença deum sistema de redução e mis-tura, particularmente comple-xos e caros e estes tambémobrigam fixar suas estruturasde distribuição. Precisamenteessas limitações fizeram comque o metano ficasse desinte-

ressante, até mesmo em estra-das onde o espaço é todo doGLP.

Menos utilizado na atua-lidade e decisivamente comfuturo, o hidrogênio é um doselementos disponíveis na na-tureza e em maior quantida-de que, quando combinadocom o oxigênio dá origem auma grande produção de ener-

gia calorífica. A combustãotambém leva à formação deágua e, portanto, elimina nafonte, qualquer problema li-gado à presença de poluentes.É o combustível perfeito, omelhor que Deus colocou àdisposição do homem. Háapenas um problema. O hi-drogênio está em combinaçãocom oxigênio, dissolvido naságuas que cobrem três quarto

do planeta. O Hidrogênio naverdade não existe no estadolivre ou sob a forma de de-pósitos, como o petróleo,razão pela qual se pode en-contrá-lo em enormes quanti-dades somente extraindo-o daágua, através de um proces-so de eletrólise. Este, no en-tanto, absorve uma grandequantidade de eletricidade vin-

da de algum lugar e produzi-da de algum modo, razão pe-la qual o balanço de produçãodo hidrogênio, por hora, é ne-gativo, significando que a ener-gia produzida pela queima dohidrogênio é menor do queo que é necessário para pro-duzi-lo. Isto, obviamente, in-cide sobre o custo final do pro-duto e não permite definir ohidrogênio como "limpo"quanto à produção de energiaelétrica, sendo, portanto, umprocesso que resulta em retor-nos negativos para o meio am-biente. Outro problema gran-de, que retém a possibilida-de de utilização do hidrogê-nio é ligado à facilidade e ra-pidez com que se combinacom o oxigênio, resultandoem uma reação altamente exo-térmica. Simplificando é umexplosivo. Daí a possibilida-de de usar o hidrogênio ape-

Um combustível é bom quando

verificamos que a combustão não dá

origem a quantidades significativas de

carbono ou de resíduos poluentes

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nas através de sistemas espe-ciais, que são caracterizadaspor espaço e custo demasia-dos elevados para ser instala-do em veículos destinados auma ampla difusão.

O caráter quente do hi-drogênio diminui assim, sig-nificativamente, em grandemedida a possibilidade do seuuso atualmente, como com-bustível alternativo para mo-tores de combustão interna oque também acabou criandograndes problemas para umapossível utilização em massa.Motores com este combustí-vel não podem ser confron-tados com aqueles movidos àeletricidade, e não é coin-cidência que todos os espe-cialistas acreditam que o mo-tor elétrico é sem dúvida o mo-tor básico do futuro.

Hoje, porém, seu uso é li-mitado por diversos fatores,tudo devido à impossibilidadede armazenar grandes quanti-dades de eletricidade em "re-servatórios", caracterizada pe-lo volume e limitação de pe-so. Para dar-nos conta de co-mo está o problema, compa-ra-se um automóvel com umtanque de vinte litros de die-sel e outro com duas bateriasde doze volts. Os volumes sãomuito semelhantes, mas os pe-sos são muito diferentes, espe-cialmente quando vazios.

Para um tanque e bateriaalimentando dois motores depotência igual é fácil verificarque a autonomia proporcio-nada por vinte litros de óleodiesel é avaliada em termos dedias, enquanto que a garanti-da pelas baterias é de apenas

algumas horas. Outro proble-ma semelhante que tambémse relaciona com os motoreselétricos é a relação pesopotência que é inferior com-parada com os motores decombustão interna e isto nempode ser usado como funda-mento para sua apregoadacompatibilidade ambiental.Quem sustenta que os moto-res elétricos não poluem é por-que está mal informado. Po-

luem muito mais do que osmotores de combustão inter-na, só que os danos não sãovisíveis, porque o dano não seproduz onde se utilizam e sim,às vezes, a centenas de quilô-metros de distância, onde seproduz eletricidade que é uti-lizada para o seu funciona-mento. Para isso deve ser acres-centado que a eficiência glo-bal do sistema "central de pro-dução-utilização de motores”é muito baixa, talvez inferiora vinte por cento. Isso contraum rendimento de 30% pro-porcionada por um motor agasolina e 40% para um a die-sel. Na prática, isso significaque a queima de um litro de

diesel em uma central elétri-ca se obtém uma quantidadede energia que é a metade da-quela que se obtém ao quei-mar o mesmo litro de dieselem uma geração com diesel.E o que não se torna energia,torna-se um poluente, quími-co ou térmico o que não é im-portante.

Finalmente, as células decombustível. Hoje, represen-tam a maior esperança para

aqueles que visam a realizaçãode sistemas de propulsão e quenão contamina. Mas os gera-dores ainda são experimentaise seu único uso prático paraagora, relaciona-se apenas pa-ra o caso de aplicações espa-ciais. Muitos fabricantes demotores ainda o estão estu-dando, mas é opinião geralque não se fale de uma pro-dução em massa antes dos pró-ximos vinte anos. Obviamen-te, se tudo der certo e se nãosurgirem problemas funcionaise se os resultados dos testesexperimentais forem positivos.Muitos "ses". No momento nãovale a pena mencionar. ❏

Furio Oldani

MOTORES

-Motores Leyes (Furio) 27/8/10 10:31 Página 88

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Asociedade ocidentalatual, prioritariamenteurbana, ignora, e inclu-

sive menospreza a atividadeagrícola, apesar de esta ser umadas bases de seu bem estar.

Nossa sociedade busca amaior eficiência possível emtodas as atividades humanase persegue, nos últimos tem-pos, o equilíbrio e a harmoniacom o sistema natural no qualvivemos. Por isso os profissio-nais do setor agrícola devemfazer que a sociedade redes-cubra e respeite o significa-do bioquímico, biológico,energético, ético e filosófico

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

As fontes de energia do futuro

A NOVA FRONTEIRAO CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL, A ESCASSEZ DE ÁGUA, O QUE SECONHECE COMO ‘MUDANÇA CLIMÁTICA’, A PRESSÃO DOS PAÍSES EM VIAS DEDESENVOLVIMENTO OU A EXCESSIVA DEPENDÊNCIA DO PETRÓLEO E SEUSDERIVADOS SÃO ALGUNSDOS FATORES QUEMOTIVAM A PROCURA DENOVAS FONTES DEENERGIA E PODEMPROVOCAR UMAMUDANÇA TOTAL DETENDÊNCIA NAAGRICULTURA MUNDIAL.

Fig. nº 1.- EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL E PREVISÕES

Fig. nº 2.- PROJEÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL DE PETRÓLEO(DOS CENÁRIOS DE RESERVAS E CONSUMOS)

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da fotossíntese: o processo doqual derivam todas as formasde vida.

Paradoxalmente, nossa so-ciedade urbana ignora que omais eficiente sistema de trans-formação e geração de ener-gia é a fotossíntese – o proces-so de transformação da ener-gia solar em energia aprovei-tável pelo homem – que os ve-getais (as plantas) realizam emsilêncio ao nosso redor, e quealém disso, é um processo na-tural, que não somente nãocontamina mas também lim-pa nossa atmosfera absorven-do o CO2 de nossas indústriase transportes.

A população humana,10.000 anos a.C. era de 150milhões de pessoas. Desde oano 500 a.C. até o ano 200 denossa era, a população aumen-tou até os 400 milhões. Seguiucrescendo, mas muito lenta-mente, até 1750, e em somen-te 200 anos (1750-1950), pas-samos a ser dois bilhões de se-res humanos na Terra.

Desde 1950 até hoje (57anos) a população de nossoplaneta passou a ser de 6,2bilhões de pessoas, e seguecrescendo significativamente.

As técnicas agrícolas de-senvolvidas no Egito e ÁsiaMenor, difundidas pelos gre-gos, e posteriormente aper-feiçoadas e transformadas pe-los romanos, permitiram o de-senvolvimento da populaçãonos primeiros anos de nossaera, mas mudaram muito pou-co até o século dezenove.

Para se ter uma ideia daprodutividade da agriculturano império romano, citaremos

a Columela: “oito homens edois bois trabalhando em umlatifúndio, cultivam 25 hecta-res”. Ou seja, 160 dias de tra-balho de oito homens e 75 diasde trabalho dos dois bois, ob-tinham apenas 8.000 kg de tri-go.

O crescimento da popu-lação que se inicia no séculoXIX, se deve fundamentalmen-te, por um lado, ao desenvol-vimento de novas técnicasagrícolas, que permitem uma

maior produção de alimentose, em consequência uma mel-hor alimentação e, de outrolado, a uma melhoria da sa-úde humana potencializadapelos avanços científicos e mé-dicos.

Mas a grande arrancadado crescimento da populaçãose produz na segunda metadedo século XX: mecanizam-seas atividades agrícolas, há umenorme impulso da melhoriagenética das variedades culti-

Fig. nº 4.- PRODUÇÃO MUNDIAL DE PETRÓLEO, SEGUNDO ASPOO PICO DA EXTRAÇÃO (BILHÕES DE BARRIS POR ANO)

Fig. nº 3.- DESCOBRIMENTOS ANUAIS DE POÇOS DE PETRÓLEOE EXTRAÇÕES (VOLUME DE RESERVAS EM BARRAS VERTICAIS)

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vadas e se populariza o uso defertilizantes químicos. Coma aplicação destas técnicas, seconseguem produtividadesagrícolas espetaculares, há ‘co-mida para todos’ e, além dis-so, a sociedade se preocupaem melhorar as condições sa-nitárias e a salubridade dascondições de vida.

A população mundial au-menta, apesar das guerras, ca-tástrofes e pandemias, porquea agricultura evoluiu de tal ma-neira que a alimentação é mel-hor e, sobretudo, estável e se-gura.

Em meados do século XIX,a população urbana era de 5%e o restante, 95% se dedicavaà agricultura e ao setor primá-rio com objetivo de alimentarà população urbana e propor-cionar matérias primas à umaindustria que iniciava seu de-senvolvimento.

Hoje, nos países desenvol-vidos a agricultura ocupa 4%

da população ativa que ali-menta o restante dos 96%. Pa-ra tudo isso, além de criar má-quinas cada vez mais perfei-tas, de buscar variedades maiseficientes e de aplicar as do-ses adequadas de fertilizantesquímicos… O que aconteceunesse período?

O homem ha descobriu aenergia fóssil (desenvolvimen-to da mineração do carvão, dopetróleo e do gás) e suas apli-cações práticas. E sobre istose baseia nosso modelo de de-senvolvimento atual. Mas o in-conveniente é que, com estemodelo de desenvolvimento,contaminamos nosso meioambiente até o extremo de al-terar o clima do planeta.

Além disso, embora pen-semos que nosso modelo dedesenvolvimento nos leva aobem estar, enquanto em am-plas zonas do planeta sobramos alimentos que produzimos(e para evitá-lo e manter os

equilíbrios econômicos, os pa-íses ‘ricos’ ‘controlamos’ a pro-dução dos mesmos) outros 900milhões de seres humanos(14% da população) passamfome. E a desigualdade nãosomente não diminui comotende a crescer.

Os países chamados ‘emvias de desenvolvimento’, deoutro lado, querem crescer econseguir o bem estar ociden-tal seguindo as mesmas pau-tas, usando mais energia fós-sil e aumentando a contami-nação.

Este modelo de crescimen-to (o que é nossa vida habitualhoje) sem dúvida, de êxito pa-ra muitos países, entre eles onosso, não pode continuar porvárias razões: • Se a população seguir cres-

cendo no ritmo atual, o mo-delo de agricultura eficien-te desenvolvido desde a 2ªGuerra Mundial até agora,não será capaz de abastecerde alimentos, a menos quegrandes superfícies não cul-tivadas, e, sobretudo malcultivadas hoje em dia, setransformem em áreas decultivo, e isso ao invés deagravar muito mais os pro-blemas de contaminação ede afetar mais gravemente amudança climática que jáproduzimos. Seria necessá-rio transformar enormes flo-restas em terras de cultivo,gastando mais energia fós-sil, e lançando mais CO2 naatmosfera, que a agricultu-ra não seria capaz de reci-clar.

• As reservas de energia fós-sil, mantendo-se os atuais

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

Fig. nº 5.- EVOLUÇÃO DO FORNECIMENTO DE CADA FONTE DEENERGIA SOBRE O TOTAL.

CONSUMO MUNDIAL 1971-2003 EM TONELADASEQUIVALENTES DE PETRÓLEO (MTPES) % SOBRE ANO 2000

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níveis de consumo de ener-gia, se esgotarão dentro de50 anos (o petróleo) ou de100 anos (o carvão ). Maso consumo de energia nãose mantém, cresce a um rit-mo de 2.2% anualmente, oque significa que em trintaanos terá duplicado, devidoao enorme crescimento de-mográfico, industrial e denível de vida da China, Su-deste Asiático e Índia, razãopela qual o horizonte de es-gotamento está muito maisperto.

• Se estes países seguem nos-so modelo energético, ograu de contaminação atualdo planeta pode crescer deforma exponencial com con-seqüências impossíveis deavaliar hoje, mas que, semdúvida, serão catastróficaspara a vida no planeta.

• Além disso, o sistema atualdificulta o crescimento e odesenvolvimento dos paísesque o necessitam, porque aenergia fóssil e principal-

mente sua transformaçãoestão sob o controle dos pa-íses ‘ricos’ que fazem que aenergia seja paga pelos pa-íses que pretendem desen-volver-se com a única coisaque podem produzir: os pro-dutos agrícolas e suas ma-térias primas, impedindodesta forma seu próprio de-senvolvimento.

Diante desta situação, asociedade atual deve tomarconsciência de que devemos

mudar nossas fontes de ener-gias, algo que ocorrerá lenta-mente, mas de maneira inexo-rável, diante da pressão dospaíses em vias de desenvol-vimento, do crescimento da

população e dos podereseconômicos mundiais.

Nenhuma fonte de ener-gia deve ser abandonada, masdevem ser desenvolvidas no-vas energias e com urgência.Devemos rever com toda a se-riedade a necessidade de de-senvolver a energia nuclear epotencializar o mais rápidopossível as energias renová-veis, e entre elas a mais efi-ciente e a menos contaminan-te, que é a energia produzi-da pela fotossíntese.

Nosso objetivo aqui nãoé a defesa da energia nuclear,cuja imagem diante da opi-nião pública não pode ser pior,mas o desenvolvimento da se-gurança das centrais e a so-lução do problema dos resí-duos são somente um tema deinvestimento em pesquisa e dedecisão dos líderes políticos edos poderes econômicos mun-diais.

Se as economias ociden-tais são tremendamente de-pendentes do petróleo (e dogás natural) – ambas as ener-gias concentradas em mãos deum reduzido grupo de paísesque as ‘manipulam’– e das va-riações dos preços, devidosa guerras, mudanças políticas,e manipulações de ‘cartéis’,que afetam seu crescimento ebem estar, nos países em vias

Fig. nº 6.- PRODUÇÃO MUNDIAL DE BIOETANOL E BIODIESEL

Nenhuma fonte de energia deve ser

abandonada, mas devem ser desenvolvidas

novas fontes de energia e com urgência

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de desenvolvimento ou sim-plesmente pobres, a de-pendência do petróleo é umcâncer que os aprisiona numcírculo mais que vicioso real-mente pernicioso.

Quanto mais alimentos ematérias primas vendem aoexterior para pagar a conta dopetróleo (e infelizmente tam-bém das armas) menos capa-cidade econômica tem parapoder crescer.

E, no entanto, tem em suasmãos a chave para se desen-volverem e evoluir: sua agri-cultura é sua primeira fonte deenergia para incrementar seupróprio potencial agrícola, pro-duzindo energia e tudo semnecessidade de energia fóssil.

O exemplo do Brasil é umparadigma

Em 1970, o Brasil depen-dia das importações de petró-leo e 50% de suas divisas sededicava precisamente a pa-

gar a conta petrolífera. Comoconsequência disto, o país en-trou em recessão, chegandoquase a falência por volta dosanos ‘70. O governo emitiuuma norma que requeria quea gasolina deveria ser mistu-rada com 10% de etanol e ele-vou o nível até 25% nos cin-co anos seguintes.

O país desenvolveu umaindústria de produção de eta-nol baseada na cana de açú-car, gastando 16 bilhões dedólares americanos entre 1979e metade dos anos ‘90, a tra-vés do programa ‘Pró-álcool’,reduzindo sua conta de petró-leo em nada menos de 120bilhões de dólares.

Quando o petróleo baixoua níveis mínimos históricos nofinal dos anos ‘80, não aban-donaram o programa, simples-mente desenvolveram umatecnologia que lhes permitedeixar de fabricar etanol pa-ra fabricar açúcar de acordocom os preços do mercado in-ternacional. Atualmente no

Brasil, o etanol representa boaparte do combustível automo-bilístico e, além disso sua agri-cultura é a mais poderosa daAmérica Latina..

Mas o Brasil também to-mou medidas em relação aobiodiesel, desde 2003, base-ando-se na soja, no óleo depalma e no óleo de rícino.

Não conforme em usar so-mente a tecnologia existentepara produzir biodiesel comoéster do óleo vegetal, a pes-quisa nacional permitiu em2006 que a Petrobrás, desen-volvesse uma mistura de óleovegetal hidrogenado e petró-leo mineral; o duplo H-Bio,que pode ser o biodiesel lídernos próximos anos.

A diferença do método ha-bitual –transesterificação– uti-lizado para produzir biodie-sel, H-bio se produz por hi-drogenação catalítica de umamistura de óleo vegetal e depetróleo mineral. A hidroge-nação se realiza em uma re-

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

No Brasil, a percentagem de mistura de

etanol na gasolina variou nos últimos

anos

Fig. nº 7.- PRODUÇÃO E CONSUMO MUNDIAL DE CEREAIS

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finaria onde o hidrogênio segera como produto secundá-rio do processo de refinaçãodo petróleo. Assim , o Brasilpode utilizar uma ampla va-riedade de plantas oleagino-sas atualmente cultivadas nopaís.

Outros países emergentestomaram boa lição destedesenvolvimento

A China e a Índia tambémtomam suas próprias medidaspara tornarem-se produtoressignificativos de bio- combus-tíveis.

A China é hoje já o tercei-ro produtor de etanol do mun-do depois do Brasil e dos EUA(mais adiante falaremos dosEUA).

Baseado na cana de açú-car, no milho e no trigo, a Chi-na tem o objetivo de produzir15% do combustível usado emtransporte em 2010. O Minis-tério da Fazenda chinês estádesenvolvendo um mecanis-mo para compartilhar o riscocom os produtores de bio-combustíveis e biomassa, edar-lhes cobertura no caso deque os preços do petróleo bai-xem no futuro.

Além de cultivá-las em seupróprio território, a China tam-bém amplia o cultivo para eta-nol no país vizinho Laos, arren-dando 15 km2 para cultivarmandioca. A China tem amaior fábrica de etanol domundo em Jilin.

A Índia tem um Ministé-rio de Fontes de Energia NãoConvencionais, como meioinstitucional para consolidar

todas as políticas de energiasrenováveis do país e pelo me-nos 120 fábricas de etanol emoperação, usando melado oucana de açúcar como matériaprima. Certas empresas estãodesenvolvendo plantações depinhão manso (Jatropha Cur-

cas L.) Esta planta foi desen-volvida na segunda guerramundial pelos japoneses nosudeste asiático para a pro-dução de combustível nativoe óleos lubrificantes paraaviões e tanques, mas depoisda guerra caiu em desuso. O

Fig. nº 9.- PRODUÇÃO MUNDIAL DE BIOETANOL EM 2005

Fig. nº 8.- RESERVAS MUNDIAIS DE CEREAIS E % DEESTOQUES/CONSUMO

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pinho manso é uma oleagino-sa que se desenvolve em zo-nas áridas.

A Tailândia tem um pro-grama de produção de etanola base de mandioca e de bio-diesel, a base de óleo de pal-ma, com o objetivo de ser oprimeiro produtor mundial debiodiesel.

A Malásia tem um progra-ma para construir 52 fábricasde biodiesel baseadas no óleode palma, com uma capaci-dade de 5 milhões de tonela-das por ano.

A Indonésia lançou umprograma de bio energia em2006, prevendo a construçãode 11 fábricas de biocombus-tível baseadas no pinhão man-so e em óleos de outros ve-getais.

A revolução dos biocom-bustíveis também se estendeà África, onde a Nigéria (pri-meiro produtor de petróleoafricano) promove o etanol ba-seado na cana de açúcar. Tam-bém no Senegal há projetosde produção de etanol base-ados na cana de açúcar, namandioca e no sorgo doce.

Os países em vias de de-senvolvimento encontraramnestas energias vantagens com-petitivas baseadas em fatos evi-dentes:

• Conseguem energia mais ba-rata que o petróleo impor-tado.

• Obtém segurança energé-tica própria contrária à de-pendência do petróleo im-portado desde países instá-veis politicamente.

• Evitam contribuir para o au-mento de problemas meioambientais já que estes com-bustíveis se queimam de ma-neira mais limpa e asemissões produzidas pelacombustão podem ser re-cicladas pelo desenvolvi-

mento do próprio cultivo.• Promovem seu próprio de-

senvolvimento rural, crian-do emprego estável, fixan-do a população e evitandoo êxodo rural.

• Geram exportação de pro-dutos industrializados empaíses em vias de desenvol-vimento.

• Países com níveis baixos deciência e tecnologia podemaplicar a tecnologia dos bio-combustíveis,

• Promovem a cooperação nohemisfério Sul, liderada pe-la cooperação e investimen-to do Brasil, China e Índia(BIC´s)

O desenvolvimento quepode ser criado em torno do

biocombustível em países emdesenvolvimento tem o poten-cial de um ‘círculo virtuoso’:cria indústria nacional, pro-move o espírito empreende-dor local, e particularmentena área rural, desenvolve a tec-nologia, cria incentivos aocrescimento da ciência, fixa apopulação no campo e evitao gasto na compra de combus-tível importado, deixando ri-queza no país.

No entanto, entidades co-mo o Banco Mundial ou oFundo Monetário Internacio-nal (FMI), que deveriam pro-mover e liderar este movimen-to em prol do desenvolvimen-to dos países pobres, se posi-cionam na dúvida, quandonão se posicionam na críticaà ideia de “converter alimen-tos em combustível, pondoem risco o abastecimento dealimentos a nível global”.

Os ‘pessimistas’ se multi-plicam e a cereja no meio dobolo é posta por Fidel Castroque declara, em sua conva-lescência, que a “ideia sinistra”dos EUA, condenará a mortepor fome e sede a mais de trêsbilhões de pessoas no mundo.

Enquanto isso e, silencio-samente os EUA se convertemnos primeiros produtores domundo de biocombustível,concretamente de etanol. Oexército americano, o primei-ro consumidor de combustí-vel fóssil do mundo, está emprocesso de mudar para os biocombustíveis. Em julho de2006 a Defense Advanced Re-search Project Agency (DAR-PA) lançou uma licitação pa-ra a exploração de alternati-

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

Países como China, Índia, Tailândia,

Malásia, Indonésia e Nigéria têm seus

programas energéticos para

biocombustíveis

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vas de energia e de eficiên-cia de combustível numa ten-tativa de reduzir a dependên-cia militar do combustível tra-dicional para os aviões. De fa-to, procuram processos alter-nativos para o petróleo, paraproduzir combustível paraaviões militares a turbina, ba-seados na aqüi cultura ou naagricultura.

E a Europa, o que faz?A Europa lançou um “am-

bicioso” programa para que20% da energia que se consu-ma em 2020 sejam de origemrenovável e que 10% das ga-solinas e óleo combustível uti-lizados na União Européia pro-venham dos bicombustíveis.

A França, que é a tercei-ra agricultura do mundo, de-pois dos EUA e da China, pro-duz 2% do etanol mundial. OsEUA e o Brasil produzem apro-ximadamente 70% da pro-dução mundial e a China e a

Índia já produziram, em 2005,13% da produção mundial.

A Europa deixou sem cul-tivo 15% da superfície agríco-la, abandonou o cultivo de be-terraba açucareira (que pode-ria ser uma fonte alternativa deaçúcar e etanol), subvencionouos seus agricultores para quenão cultivem e se dediquema ‘cuidar do meio ambiente’e confiou que pode alimentara população com os produtosde importação. Além de que,subvencionou com 45 euros/hao cultivo de plantas para usosenergéticos, mas limitando adois milhões de hectares a su-perfície dedicada a estes fins.

Criaram-se indústrias debioetanol e de biodiesel, com

todas as plantas nos portos pa-ra que se abasteçam com ce-reais, milho, azeite de palma,de soja ou de sementes de im-portação, e os europeus fica-ram tão satisfeitos com o seudesenvolvimento e da proteçãoao meio ambiente.

Enquanto isso, na Espan-ha a superfície agrícola foi con-vertida em campos de golfee urbanizações azulejadas atéo teto. E, com certeza, segui-rá sendo discutida academi-camente se a agricultura po-de ser ou não uma fonte deenergias renováveis.

Não é interesse terminaresta curta exposição sem ad-vertir o leitor que há múltiplasanálises técnicas e econômi-cas que demonstrarão que osbiocombustíveis podem nãoser “economicamente rentá-veis” se o petróleo baixa seuspreços, se muda a fiscalizaçãodos combustíveis, se o azeitede palma sobe seus preços, emuitos mais condicionais… Éclaro que muitos encontrarãomúltiplas razões para, de mo-mento, não acreditar na bioe-nergia.

Mas, do que não temosnenhuma dúvida, é que a po-pulação mundial necessitamais alimentos e que as plan-tas transformam a energia damaneira mais eficiente queconhecemos, e que este fato

Na Europa há uma projeção para que en

2020, 20% da energia provenha de

combustíveis renováveis

Fig. nº 10.- EVOLUÇÃO DA SUPERFÍCIE CULTIVADA DE CANA DEAÇÚCAR NO BRASIL

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irrefutável vai marcar nossasvidas no futuro.

A nova fronteiraNos últimos meses o setor

de fertilizantes mundial viu au-mentar os preços da uréia em50%, o preço do fosfato diamô-nico em 55% e do potássio em30%, e tudo isso somente pe-lo efeito do aumento de de-manda de fertilizantes para aagricultura mundial, contra auma oferta industrial que nãopode incrementar-se por maiorprodução num período menorde três ou quatro anos.

Nós, profissionais, sabe-mos que este setor é especu-lativo, mas não tanto, e nãovimos nunca um ciclo de su-bidas tão violentas em um pe-ríodo tão curto.

A situação mundial de es-toques de cereais não foi nun-ca tão escassa desde que a ní-vel internacional se têm esta-tísticas. Os preços internacio-nais dos cereais e do milho ti-

veram um aumento de 40%nos últimos meses. O preçodo azeite de palma subiu 60%.Desses dados a sociedade ur-bana européia não tomou con-hecimento.

No entanto, no caso euro-peu e em particular na agri-cultura mediterrânea os preçospagos aos agricultores pelasverduras e para os cítricos bai-xaram escandalosamente, de-vido à concorrência da impor-tação e da super produção, eeste sim é um fato documen-tado pela imprensa na tele-visão e por isso o sabemos.

Está sendo produzida umamudança espetacular a nívelglobal na agricultura, e nem asociedade européia nem osagricultores estão se conscien-

tizando. O desenvolvimentodos biocombustíveis está re-volucionando a agriculturamundial, mas não somos ca-pazes na Europa de dar-nosconta do fenômeno.

Depois da Segunda Gue-rra Mundial, e quando a Euro-pa começou o caminho daunião, o tema mais urgenteque se apresenta (pouco de-pois de estruturar a única ener-gia própria então –o carvão–e depois o aço) é o abasteci-mento de alimentos para umapopulação crescente.

Cria-se a Política AgráriaComum (PAC) e Mansholt pro-jeta o famoso plano que levouseu nome para aumentar a pro-dução e os rendimentos. As-sim a Europa chegou até osprimeiros anos do século XXIe à segunda reforma da PAC.

A nova fronteira da agri-cultura européia agora é umdesafio global:• Devemos assegurar a ali-

mentação de uma popu-lação crescente que aindahoje passa fome em muitaspartes do Planeta.

• A agricultura deve se con-verter na principal fonte deenergias renováveis.

No entanto, a sociedadeeuropéia, a burocracia de Bru-xelas e os políticos pensamque a agricultura é um setor

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

A sociedade Européia não tomou

conhecimento de alguns aumentos de

preços de produtos agrícolas

Fig. nº 11.- EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO, CONSUMO E ESTOQUESDE MILHO NA CHINA

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prescindível, um velho enfer-mo agarrado ao ‘gota a gota’anestésico dos subsídios, queocupa, com uma atividade an-tiquada, um solo que vale mui-to mais se o requalificamos pa-ra construir encima.

O que dizer da água (qualserá o bem mais apreciadoneste século?), como poderáa Europa deixar nas mãosdesses agricultores o uso deuma água que é necessáriapara irrigar os campos de gol-fe e para abastecer os usos denovos ricos, dos habitantesdas cidades da Europa cadavez maiores, com suas pisci-nas, suas fontes e seus jar-dins, também cheios de gra-mados?

A Europa não necessitaproduzir alimentos; pode im-portá-los, assim como impor-tar o óleo para fazer o biodie-sel ou os cereais para fazer obioetanol, inclusive uma bio-massa tão característica emmuitos países europeus, comoé o bagaço da azeitona, é ex-portada a outros países paraproduzam bioenergia.

Mas isso nem é lógico,nem vai ser sempre assim nofuturo. O planeta necessitaalimentos e necessita culti-vos para bioenergia de ma-neira urgente. A revolução jáestá se produzindo nesses pa-íses e a partir deles a Euro-pa poderá importar ambascoisas, mas o resultado des-se desenvolvimento será pa-ra eles, e a Europa, se obri-gará a voltar para a agricul-tura produtiva.

A pesquisa para buscar va-riedades e espécies melhores

e mais produtivas, o investi-mento no melhor aproveita-mento da água para seu em-prego em fertirrigação e as-persão que irão se impor deforma generalizada, a melho-ria genética –abandonandoposturas negativas a respeitodas espécies transgênicas, queem cultivos energéticos de-monstrarão sua utilidade–, aotimização no uso de fertili-zantes químicos e pesticidas,a total mecanização de todos

os trabalhos agrícolas, e o má-ximo aproveitamento da terrapara fins agrícolas, estas sãoas linhas que deverão preo-cupar os políticos de Bruxelaspara modificar a Política Agrá-ria Comum que acabam de re-formar.

A globalização do merca-do potenciou a ideia da espe-cialização e o deslocamentoà zonas mais pobres daquelasatividades mais intensivas emmão de obra e mais ‘primá-

rias’. Assim a Europa foi en-curralando a atividade agrá-ria.

Mas a revolução que irárepresentar os biocombustí-veis nos países em vias de de-senvolvimento e, a crescentepreocupação pela mudançaclimática destruirá muitos pa-radigmas de nossa atual socie-dade.

Acreditamos em uma mu-dança total de tendência naagricultura mundial que mais

cedo que tarde afetará a agri-cultura européia.

O futuro da agricultura,a nova fronteira é o retorno àsorigens onde a agricultura foia maior provedora de bens pa-ra a humanidade. Não pode-mos esquecer o lema que pre-side a profissão de engenhei-ro agrônomo e as escolas deformação: “Sem Agricultura,Nada”.❏

Juan Pardo

Fig. nº 12.- EVOLUÇÃO DA SUPERFÍCIE DE CULTIVO DE PALMAPARA AZEITE NA INDONÉSIA E MALÁSIA

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Histórico do etanol noBrasil e seu uso naaviação agrícola

Oetanol como combus-tível para motores decombustão interna foi

introduzido no Brasil no sécu-lo passado, ao final da déca-da de 20. Em 1931 um decre-to obrigava a adição de 5% deálcool na gasolina, porém, so-mente em 1975 o PresidenteErnesto Geisel criou o Progra-

AVIAÇÃO

O ETANOL COMOCOMBUSTÍVEL PARAMOTORES DECOMBUSTÃO INTERNAFOI INTRODUZIDO NOBRASIL NO SÉCULOPASSADO. O POTENCIALDO USO DE ETANOL NAAVIAÇÃO AGRÍCOLA NOBRASIL É VERIFICADO APARTIR DA ANÁLISE DAFROTA BRASILEIRA DEAERONAVES NESTESEGMENTO.

ETANOL NAAVIAÇÃO AGRÍCOLA

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ma Brasileiro do Álcool, de-nominado Proálcool, com ointuito de amenizar os efei-tos da crise do petróleo de1973. Esse programa teve iní-cio na então Divisão de Mo-tores do Instituto Tecnológi-co da Aeronáutica (CTA), re-

ferência como órgão de pes-quisa e desenvolvimento demotores no país. Na aviaçãobrasileira, o etanol teve suaprimeira utilização em 1981quando o motor Lycoming IO-540-K, que equipa os T-25 Uni-versal (Figura 1), aeronave detreinamento da Academia daForça Aérea, convertido paraetanol, com o objetivo de re-dução do custo operacionalno treinamento de pilotos. Ovôo de demonstração pelaForça Aérea com esse combus-tível foi em dezembro de 1985.

No final da década de 80o preço do petróleo começoua cair e a produção de etanolhidratado teve sua desacele-ração. Ao fim da década de90, apenas cerca de 1% doscarros vendidos tinham moto-res a álcool. Com a quase ex-tinção do Proálcool em 1991devido a suspensão do subsí-dio à produção de etanol e aimportação desse diretamen-te dos Estados Unidos, pou-co se avançou em termos detecnologia de motores. Na in-dústria automobilística os mo-tores “Flex” começaram a sur-gir em meados da década de90, mas somente em 2002,após a regulamentação do Go-verno para esse fim é que te-ve início a produção em sériede veículos bicombustíveis eem 2003 a VW lançou o pri-meiro carro Flex, porém, naaviação, somente em 2005 setem uma grande reviravolta emtermos de motores e combus-tíveis, quando a Neiva, sub-sidiária da Embraer, lançou oprimeiro avião produzido emsérie, o Ipanema, que utiliza

etanol como combustível, sen-do o milésimo avião produ-zido pela Neiva definido co-mo o marco inicial para a in-dústria nacional nesse segmen-to.

Benefícios do uso deetanol

Analisando os benefíciosrelatados com o uso do etanolverificados nos ensaios e ava-liações desde o início de suautilização como combustível,mesmo mantendo as caracte-rísticas construtivas e opera-cionais dos motores que, sabi-damente, devem ser alteradase consideradas quando se uti-liza o etanol como fluído com-bustível, imediatamente per-cebe-se a possibilidade de gan-hos ainda maiores com a uti-lização de etanol, sejam essesem termos financeiros (reduçãodo custo operacional), comoganhos de eficiência (aumen-to de potência). A implantaçãodo etanol como combustíveldo Ipanema comprova tal afir-mação, que embora apresen-te ganhos significativos coma redução de custo operacio-nal, apresenta um aumento depotência as custas de um au-mento no consumo de com-

FIGURA 1. Aeronave Neiva T-25 Universal de trei-namento da FAB. Fonte: FAB, 2010.

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bustível em comparação aouso de AvGas. Daí a im-portância do desenvolvi-mento de um projeto de ummotor dedicado a etanol.Pelos estudos existentes, po-de-se afirmar que ganhos jáforam obtidos com peque-nas modificações em moto-res aeronáuticos originaiscom o uso do etanol (porexemplo, redução nasemissões de gases poluen-tes) e que a utilização de tec-nologias e ferramentas dis-poníveis atualmente permi-te a obtenção de ganhos ain-da maiores, trazendo maior efi-ciência e confiabilidade. Efi-ciência traduzida em ganhosfinanceiros com a redução doconsumo e aumento da potên-cia, ganhos com redução decusto operacional, simplifi-cação, otimização e naciona-lização de componentes. To-da a cadeia produtiva ganha-ria com essa tecnologia: osagricultores com a redução doscustos para aplicação aérea dedefensivos, consequentemen-te os custos da produção agrí-cola também seriam reduzi-dos. Em termos ambientais osbenefícios com a redução dasemissões de gases poluentes eutilização de combustível re-novável, possibilitando tam-bém a geração de mais empre-gos no campo pela utilizaçãodo etanol. Os proprietários deaeroagrícolas teriam benefí-cios com a redução significa-tiva dos custos operacionais,visto que a AvGas tem o preçoque pode variar de 3 a 4 vezeso preço do etanol, dependen-do da região, e, por fim e não

menos importante, o Brasil ex-portaria tecnologia, ganhariacom a nacionalização de com-ponentes, novamente abrindopossibilidades de investimen-tos de empresas e governo naárea de pesquisa e desenvol-vimento.

Potencial da operaçãocom etanol em motoresaeronáuticos

O potencial do uso de eta-nol na aviação agrícola no Bra-

sil é verificado a partir daanálise da frota brasileira deaeronaves neste segmento.Segundo o Relatório do Sin-dicato Nacional das Empre-sas de Aviação Agrícola(SINDAG) de fevereiro de2009 a frota brasileira, noano de 2008, foi de 1.447aeronaves, incluindo aviõesde fabricação nacional, bemcomo aviões importados,com motores a pistão e tam-bém os turbo-hélices (Figu-ra 2).

O avião Ipanema apa-rece em primeiro lugar no

número de aeronaves com umtotal de 948 aviões subdivi-didos em seis modelos, den-tre os quais o EMB-202A, queutiliza o etanol como combus-tível (Figura 3), apresenta-secom 62 aeronaves comercia-lizadas até o ano de 2008.

A demanda por serviçosna área de aviação agrícoladepende da aplicação especí-fica da aeronave para cada cul-tura. Segundo Vinícius Rober-to Silveira Filho, em seus es-tudos no ITA, os fatores de in-

AVIAÇÃO

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151

76 62

35 32 30 26 25 24 18 17 9 8 8 7 6 6 5 5 5 4 4 2 1 1

FIGURA 2. Aeronaves agrícolas no Brasil, pormodelo. Fonte: SINDAG (2008).

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AGRIWORLD 103

fluência, condicionantes doserviço de aplicação aéreaabrangem o tipo de lavoura(cultura a ser aplicada), a mel-horia da produtividade (funçãoda aplicação de defensivos efertilizantes e maior eficiênciada aplicação aérea destes), aexpansão das fronteiras agrí-colas (cultura de soja em cres-cimento) e o volume de inves-timentos do Governo (maio-res recursos destinados ao cré-dito rural). No contexto nacio-nal, percebe-se um aumentona demanda por esse tipo deserviço. A partir do ano de1994, registrou-se um aumen-to na comercialização de de-fensivos agrícolas na ordemde 16% ao ano, sendo o ín-dice de utilização de aerona-ves de apenas 5% da área to-tal plantada, quando o núme-ro de aeronaves operantes nopaís da ordem de 750 unida-des. Já em 2002, o número deaeronaves agrícolas atingiu opatamar aproximado a 1.000unidades e, atualmente, pró-ximo a 1.500, do que se de-preende que também houveum crescimento na demandado serviço de aplicação aéreaconvergente com o aumentoda área produtiva agrícola,além da evolução tecnológi-

ca da frota de aeronaves agrí-colas no Brasil, que disponi-biliza atualmente aviões a eta-nol.

Desempenho de motoresaeronáuticos operando aetanol: potência,consumo, emissões

O uso de motores a etanolna aviação tem se dado combase no motor LycomingIO540K (Figura 4), sendo es-te mesmo modelo de motor uti-lizado como propul-sor do Ipanema EMB-202A, convertido pa-ra a utilização cometanol. Nesta con-dição, A pesquisado-ra da UNESP / ITA,Adriana Aparecidados Santos Costa,apresenta uma sériede dados experimentais rela-cionados a esse motor operan-do com etanol, dentre os quaisregistrou-se o aumento depotência na ordem de 20HP,passando dos originais 300HPpara 320HP, representando umaumento de 6,5%. Já para o

consumo de combustivel, o au-mento foi de 40% a mais doque quando operando com Av-Gas, passando de 70 litros/hpara 110 litros/h. Tal aumen-to de consumo é explicado pe-la conversão de um motor ori-ginalmente projetado para ope-rar com gasolina, tendo ape-nas sido modificado o sistemade injeção, ignição e algunssistemas acessórios como duc-tos de combustível e reserva-tórios.

Um dos principais pontosa ser considerado para a com-

bustão do etanol é a taxa decompressão do motor, que nes-se caso foi mantida em 8,7:1,destacando-se que o etanolpode operar com taxas maiselevadas de compressão, o que

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90

70

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10

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Pressão admissão (inHg)

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AvGas

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28

FIGURA 5. Comparativo de consumo entre oscombustíveis AvGas e AvAlc, adaptado de COSTA et.

al. (2009).

FIGURA 4. Motor Lycoming IO-540K. Fonte: Lycoming Engines

FIGURA 3. Aeronave EMB-202A. Fonte: NEIVA(2010).

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AGRIWORLD104

é mandatório para o aumentode eficiência do motor.

A Figura 5 apresenta a ava-liação de consumo do motorLycoming IO-540 operandocom AvGas e Etanol.

Dados referentes ao con-sumo de combustível, com usode AvGas e etanol em diferen-tes altitudes de vôo e rotaçõespara um motor Lycoming IO-540, que equipa também o Pi-per Pawnee, aeronave utiliza-da para aplicação agrícola, naqual a taxa de compressão domotor é de 7,2:1. Os dadosobtidos apresentam um con-sumo de aproximadamente25% maior em relação à Av-Gas.

A Tabela 1 mostra uma re-lação entre a taxa de com-pressão e o consumo de com-bustível para diferentes aero-naves e respectivos motores,quando convertidos para ope-rar com etanol.

Já sobre as emissões de ga-ses poluentes e particuladosdos motores operando cometanol pode-se afirmar que sãomenores quando comparadoscom a operação com gasoli-na de aviação. Estudos regis-tram que menores índices deCO, HC e NOx são produ-zidos pela combustão do eta-nol do que pela combustão dagasolina de aviação ao mes-mo tempo em que a deto-nação não ocorre devido aoseu alto poder anti-detonan-te, o que aumenta a eficiên-cia do motor por permitir oemprego de taxas de com-pressão mais elevadas, o quetambém aumenta a potênciade saída.

Para exemplificar, estu-dos efetuados na engenhariada Lotus - Inglaterra mostramresultados experimentais deum motor automotivo, rodan-do com gasolina e com mis-turas de gasolina e etanol, on-de o aumento de potência foida ordem de 29% quandousando 50% de etanol em ga-solina e com taxa de com-pressão de 10:1, se compa-rado com o motor operandocom gasolina pura e taxa de

compressão de 6:1. Dados deconsumo específico de com-bustível mostraram que hou-ve redução de 3% e asemissões de CO, CO2, HC eNOx foram reduzidos emaproximadamente 53%, 10%,12% e 19% respectivamen-te.

Quanto às homologaçõesde motores aeronáuticos ope-rando com etanol, pesquisa-dores da Universidade de Wa-co, Texas, relatam os testes efe-

AVIAÇÃO

FIGURA 6. Piper PA-25 Pawnee em operação (Fonte: Airliners.net, 2010).

Aeronave Taxa de compressão Aumento de consumo quando o motor é convertido para

operação com etanolPitts Special S2B 8,5:1 15 à 20%SIAI – Marchetti SF260 8,5:1 15 à 20%Pitts Special S1S 10:1 10 à 15%Velocity 10,5:1 7 à 10%

TABELA 1. Comparativo de taxas de compressão demotores de diferentes aeronaves em relação ao

aumento de consumo de combustível, adaptado deSHAUCK & ZANIN (1991).

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tuados com um motor Lyco-ming AEIO-540-D4A5 seguin-do normas da Federal AviationAdministration – FAA dos Es-tados Unidos, onde esse mo-tor realizou teste de resistên-cia, denominado EnduranceTest, durante 150 horas e atin-giu todos os requisitos da Fe-deral Air Regulations – FARseção 33.

Conforme ICAO (2009) ahomologação de motores ae-ronáuticos operando com eta-nol, no Brasil, poderá ser fei-ta seguindo o RegulamentoBrasileiro de HomologaçãoAeronáutica, seção 12.101 -RBHA21.101 que é baseadona regulamentação da FAAAC21.101.

Oportunidades

Considerando o exposto,pode-se afirmar que há possi-bilidades de ganhos maioresdo que os atuais, com o usodo etanol em motores aero-náuticos para aviação agrí-cola. Motores originais, con-vertidos para utilização cometanol, já apresentaram gan-hos significativos em termosde potência e redução de cus-tos operacionais, apesar de au-mento de consumo volumé-trico. A redução nas emissõesde gases poluentes tambémé fator significante quando oetanol é utilizado, pois dos ín-dices de CO, HC e NOx ca-em quando comparados com

uso de gasolina de aviação. Is-so tudo permite concluir quemotores especificamente pro-jetados para o uso de etanolapresentam um potencial deganho bem superior aos resul-tados apresentados na litera-tura. Os maiores desafios en-contrados são a adequaçãodos motores ao cumprimen-to das exigências e requisitosde homologação bem como adeterminação precisa dos Fa-tores de Influência no Proje-to, estes, decisivos para o su-cesso do produto.

Roberto Begnis Hausen, ENG. MEC.Leonardo Nabaes Romano, DR. ENG.

Mario Eduardo Santos Martins, PH.D.Universidade Federal de Santa Maria

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AGRIWORLD106

FEIRAS

Avalorização do bem-es-tar aliado ao equilíbriodos ambientes internos

e externos está ampliando aaplicação de projetos paisa-gísticos nos municípios. Sãopraças, parques, condomínios,residências, clubes, cantei-ros e avenidas espalhados nasprincipais cidades brasileirasque refletem esse movimen-to de harmonização, embele-zamento e melhoria da quali-dade ambiental do espaço pú-blico e privado. Por esse mo-tivo, o 13º Congresso Brasilei-

ro de Paisagismo, principalevento técnico para troca deconhecimento e informaçõesdo setor, terá como tema cen-tral O Projeto de Paisagismoem Escala Urbana–Parques,Praças e Condomínios Verti-cais e Horizontais.

O objetivo do Congressoé promover a discussão dos as-suntos mais pertinentes dentrodo cotidiano do profissionaldo paisagismo e dos temas quepossam impactar sua carreira,sendo uma ótima oportunida-de para que ele conheça os

principais movimentos do mer-cado e fique atualizado quan-to às tendências de seu seg-mento. “O paisagismo vemcrescendo nos últimos anosacompanhando o boom imo-biliário e o aumento da rendadas classes menos privilegia-das da sociedade, o que obri-ga esse profissional a buscarconstantemente informaçõesrelevantes para seu trabalho”,explica Teodoro Henrique daSilva, diretor do evento.

A programação será com-posta por 11 paineis temáti-

O 13º CONGRESSO BRASILEIRO DE PAISAGISMO TERÁ COMO TEMA CENTRAL “OPROJETO DE PAISAGISMO EM ESCALA URBANA–PARQUES, PRAÇAS ECONDOMÍNIOS VERTICAIS E HORIZONTAIS”. EVENTO INTEGRANTE DA 13ªFIAFLORA EXPOGARDEN SERÁ REALIZADO ENTRE 23 E 25 DE SETEMBRO, NOPAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES DO ANHEMBI, EM SÃO PAULO.

PROJETOS EMESCALA URBANA

13º Congresso Brasileiro dePaisagismo (São Paulo, 23-25 desetembro)

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Martha Gavião, a arquiteta ur-banista Adriana Levisky, a ar-quiteta paisagista Evani Fran-co, o arquiteto paisagista LuizVieira, os arquitetos urbanis-tas Leandro Schenk e LucianaSchenk, José Giacoia Neto, ge-rente geral da Rain Bird, e oambientalista Ricardo Henri-que Cardim, da SkyGardenENVEC. A agenda contará, ain-da, com a apresentação da ar-quiteta paisagista mexicanaClaudia Harari, membro doatual conselho da Escola deDesenho de Harvard, nos Es-tados Unidos, e professora daEscola de Arquitetura da Uni-versidade TEC, de Monterrey,no México.

Com o apoio e coorde-nação da Associação Brasilei-ra de Arquitetos Paisagistas(ABAP), o Congresso será re-alizado entre 23 e 25 de se-tembro, no Pavilhão de Expo-sições do Anhembi, em SãoPaulo.❏

AGRIWORLD 107

cos, ministrados por renoma-dos especialistas do setor. En-tre os palestrantes já confirma-dos estão: a arquiteta urbanis-ta Rosa Kliass, o arquiteto pai-sagista Alex Hanazaki, o ar-quiteto paisagista Roberto Ris-cala, a arquiteta paisagista

O Congresso terácomo tema centralO Projeto dePaisagismo emEscalaUrbana–Parques,Praças eCondomíniosVerticais eHorizontais

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FIAFLORAEXPOGARDENParalelamente, em uma área de 15mil m2, à 13ª Fiaflora Expogarden –Feira Internacional de Paisagismo,Jardinagem, Lazer e Floricultura,mais importante feira de negócios dosetor na América Latina. Realizadaentre 23 a 26 de setembro, terá aparticipação de cerca de 220expositores, divididos em quatrosetores principais, que remetem aosquatro elementos da natureza: AR,ÁGUA, FOGO e TERRA. A visitação nos dois primeiros diasserá focada no público profissional ede negócios. Nos dias 25 e 26,também será permitida a visitaçãodo público interessado nos produtosde paisagismo, jardinagem, lazer efloricultura. A feira, organizada epromovida pela THS AssociadosFeiras e Exposições, juntamente coma Reed Exhibitions AlcantaraMachado, é parte integrante daSemana Imobiliária São Paulo 2010,formada por mais três feiras.

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Muitas destas máqui-nas podem transfor-mar-se em cortado-

ras de gramas para o contro-le das plantas invasoras embordas de parques e jardins,embora se comercializem má-quinas especificamente proje-tadas para este fim, cujos prin-cípios de funcionamento sãosimilares aos das roçadeiras,pelo que se pode tratar de ma-neira conjunta.

FUNCIONAMENTO ECOMPONENTESESSENCIAIS

O princípio de funciona-mento se baseia em um dis-co cortante colocado no ex-tremo de uma haste por cujointerior se transmite o movi-mento para acioná-lo. A has-te vai unida a duas empunha-

duras, uma para cada mão, ependurada por um peitoral quesuporta o operador; no extre-mo próximo ao solo se colo-ca o elemento cortante, de ma-neira que incide sobre as plan-tas invasoras com um ângulode ataque apropriado.

Na outra extremidade seencontra o motor, de peque-na potência (entre 1 e 2 kW),

ESPAÇOSVERDES

SÃO UTILIZADAS PARA OCORTE DE ÁREAS DEDIFÍCIL ACESO OU PARAPEQUENAS SUPERFÍCIES,JÁ QUE OFERECEM BAIXACAPACIDADE DETRABALHO. OS TALUDESNAS PROXIMIDADES DASESTRADAS E O CORTE DEPLANTAS INVASORAS EMPARTE PARA O CONTROLEDE INCÊNDIOS SÃO SEUSCAMPOS DE APLICAÇÃOMAIS FREQÜENTES.

ROÇADEIRAS E CORTADORASDE GRAMA MANUAIS

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com características constru-tivas similares às que se utili-zam nas motosserras. Isto pro-porciona uma divisão de pe-sos que facilita o trabalho coma máquina pendurada no pei-toral. Em alguns casos se uti-liza o motor sobre uma mo-chila, que suporta o operador,da qual sai o movimento, porum eixo flexível até a haste.

Os elementos cortantespodem ser trocados em funçãodo tipo de trabalho, emboraestas opções sejam limitadaspela potência da máquina. Po-de utilizar-se o fio de nylon pa-ra cortar a grama, ou então dis-cos com vários entalhes (3 ou4) para cortar gramas e plan-tas invasoras leves, ou inclu-sive disco circular dentado (24a 80 dentes

SEGURANÇA DASROÇADEIRAS ECORTADORAS DE GRAMA

A norma ISO-EN 11806determina as prescrições desegurança e as verificações ne-cessárias nas roçadeiras commotor térmico para serem usa-das manualmente. Do pontode vista conceitual, roçadei-ras e cortadoras de grama po-

dem considerar-se equivalen-tes, embora algumas pres-crições de segurança se con-siderem diferentes; no caso deque uma cortadora de gramapossa ser transformada emuma roçadeira devem ser cum-pridas as prescrições corres-pondentes, e vice-versa.

Ruídos e vibraçõesEstá estabelecido como li-

mite de vibrações nas empun-haduras um valor de 10 m/s2para a aceleração ponderada,medida nas condições de tra-balho indicadas pelo fabrican-te, sem que este valor signifi-que o valor limite de exposiçãopara as pessoas.

No caso das roçadeiras, adeterminação dos níveis de vi-bração deve ser feito em regi-me mínimo e a plena carga, enas máquinas para cortar gra-ma com o fio em sua posição

de maior comprimento e seuprotetor em posição de trabal-ho (ISO 7916).

Para o nível de ruídos, comas condições de funcionamen-to similares às indicadas pa-ra as vibrações, os limites fi-xados são 102 dB(A) para má-quinas de 35 cm3 ou menoscilindrada e 105 dB(A) para asque superem os 35 cm3.

Empunhaduras e peitoraisDeve incluir duas empun-

haduras (uma para cada mão),com projeto ergonômico pa-ra o tipo de trabalho, separa-das em pelo menos 500 mm(não se admite a regulagempara valores inferiores) paramáquinas que se podem equi-par com disco de corte metá-lico, e 250 mm para as demaismáquinas. A empunhadura de-ve ser agarrada com luvas eseu comprimento deve serigual ou superior a 100 mm.

Além disso, necessita-secontar com um dispositivo deisolamento que impeça qual-quer contato do operador como elemento de corte, com umcomprimento mínimo de 200mm medidos perpendicular-mente ao eixo do tubo; as em-punhaduras podem ser utili-zadas com este fin.

Em relação ao peitoral,ele deve ser duplo e nas cos-tas para todas as máquinas demais de 7,5 kg de peso semcarga, ou para qualquer má-quina equipada com serra decorte. Deve-se assegurar quese reparta o peso de formaigual entre os ombros, impe-dindo o deslizamento emqualquer direção. Terá que

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dispor de um dispositivo dedesengate rápido, tanto entrea máquina e o peitoral, ou en-tre a máquina e o operador,que possa ser utilizado em ca-so de urgência. Assim, deveser ajustável ao tamanho dooperador.

As máquinas roçadeirasde menos de 7,5 kg e as cor-tadoras de grama de mais de6 kg devem de estar equipa-das, ao menos, com um pei-toral simples; nas máquinascortadoras de grama com pe-so inferior aos 6 kg não se exi-ge peitoral.

O ponto de engate dasmáquinas ao cinturão devepermitir que a máquina se en-contre em equilíbrio para a po-sição de trabalho, com o dis-positivo de corte da máquinaa 200 ± 100 mm do solo; nascortadoras de grama a posiçãode equilíbrio se estabelece em200 mm (+100 -200 mm). Nasroçadeiras e cortadoras de gra-ma que estão projetadas pa-ra ser apoiada sobre o solo, aforça de reação do solo nãodeve ser superior a 20 N (apro-

ximadamente 2 kg). As con-dições de equilíbrio devem sercumpridas quando o ponto deengate do peitoral se encon-tra a no mínimo 750 mm dosolo, com os depósitos cheiose com os dispositivos de cor-te recomendados pelo fabri-cante.

ControlesO controle do acelerador

deve resistir a uma força iguala três vezes a massa da máqui-na (sem dispositivos de cortee com depósitos vazios) an-tes que o regime de funcio-

namento do motor façaque a embreagemacione o dispositivo decorte. A embreagemsomente permitirá omovimento para os ele-mentos de corte quan-do se supera 1,25 ve-zes o regime mínimodo motor.

É exigido que ocontrole do aceleradorseja do tipo de pressãosustentada, ou seja,que ao soltá-lo a má-quina passaria ao re-

gime mínimo automaticamen-te. Assim, deve estar situadode maneira que possa ser ati-vado e desativado quando sesustenta a máquina pelas em-punhaduras, levando as mãosprotegidas com luvas.

Se a máquina é equipa-da com uma trava de bloqueiopara a partida a frio, precisa-rá ação manual e desconexãoautomática ao acionar o ace-lerador. Admite-se que o dis-positivo de corte se encontrebloqueado durante o arran-

que. O bloqueio do acelera-dor deve estar concebido demaneira que sejam necessá-rios dois movimentos diferen-tes para acioná-lo.

A roçadeira deve ter uminterruptor de funcionamento/parada que detenha comple-tamente a máquina e que nãoesteja ligado a um esforço ma-nual permanente do operador.Deve poder ser acionado coma máquina suportada pelasduas empunhaduras e com asmãos protegidas por luvas. Odispositivo de funcionamento/parada deve estar claramen-te identificado e sua cor de-ve contrastar claramente coma cor do fundo.

Os dispositivos de corteDevem resistir ao impac-

to, com exceção das máqui-nas de fios flexíveis, quandochocam com uma haste de açode 25 mm de diâmetro (se ad-mitem pequenas deformaçõesno ponto de impacto). A nor-ma ISO-EN 11806 estabeleceo procedimento de ensaio co-mo anexo.

Neste anexo se indica quea máquina deve ser mantidasuspensa livremente em umaposição de trabalho, fazendoque se desloque para golpe-ar a haste de aço de 25 mm dediâmetro cravado verticalmen-te no solo, a uma velocidadede 1 m/s, com o motor da má-quina funcionando a plenacarga e com o dispositivo decorte em posição horizontal.

Os materiais das lâminasmetálicas dos dispositivos decorte devem ser de uma sópeça.

ESPAÇOSVERDES

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O dispositivo de corte nãodeve romper-se girando du-rante 5 minutos a um regimeigual a 133% do regime depotência máxima do motor, oua velocidade máxima porconstrução do modelo de má-quina considerado.

A fixação dos dispositivosde corte metálicos, montadosseguindo as instruções do fabri-cante, e com a árvore de trans-missão bloqueada, devem ad-mitir a aplicação, cinco vezesno sentido da rotação de cor-te e outras cinco vezes no sen-tido contrário, de um torque:

M = 0.4 x V x kSendo:M = Torque em NmV = cilindrada em cm3

k = relação de transmissão doredutor (motor / dispositivo decorte).

No caso de que sejam ne-cessárias ferramentas para tro-car os dispositivos de corte,estas devem ser disponibiliza-das na entrega da máquina.

A distância horizontal aosdispositivos de corte deve serde ao menos 750 mm com amáquina em equilíbrio, qual-quer que seja o dispositivo decorte utilizado.

ProteçõesO dispositivo de corte me-

tálico deve ser provido de umaproteção para o transporte,com independência das pro-teções necessárias para o tra-balho.

As dimensões da proteçãode trabalho devem estar emconformidade com o que es-tabelece a norma ISO 7918e sua solidez suficiente parasuportar os ensaios estabele-cidos pela norma ISO 8380.

Para realizar os ensaios deprojeção de partículas utiliza-se uma zona com uma telavertical, construída com pa-pel de uma densidade de 80g/m2, que reflete a posição queocuparia o operador. A parteinferior da tela estará situadaa 300 mm do solo e a superiora 2000 mm; a largura da teladeve ser de mais de 1.200 mm.

A máquina deve estar si-tuada atravessando o centroda tela de maneira que o ele-mento de corte se encontre a850 mm da te-la, sobre umalâmina de gra-mado artificiale em posiçãohorizontal, a 30± 3 mm do so-lo. Nestas con-dições se intro-

duzem lateralmente, na altu-ra do disco de corte, 25 pris-mas de cerâmica de facestriangulares e dimensões de6,5 ± 0,8 mm, com um pesode 43 ± 0,02 g, que são lança-dos pelo dispositivo de corteem rotação.

A velocidade de giro do dis-co deve ser a máxima sem car-ga, ou então a que correspon-da a 33% do regime de potên-

cia máxima. Conside-ra-se que há pene-tração se uma bola de5 mm de diâmetropossa atravessar a mar-ca deixada pelo pris-ma sobre o papel sefor aplicado a ele umaforça de 3 N.

Admite-se que possamaparecer três impactos comperfuração na tela de papel eno caso de que haja mais detrês impactos se admite quea prova seja repetida cinco ve-zes, sem que apareçam maisde três impactos em cada re-petição.

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Outros aspectos damáquina

O depósito de combustí-vel deve ter uma boca de aomenos 20 mm de diâmetro econtar com uma tampa comum dispositivo de amarraçãoque evite sua perda. O diâme-tro mínimo da boca para o en-chimento do depósito de óleodeve ser de 15 mm. Cada ori-fício e a tampa devem estarmarcados claramente; no ca-so de que somente se marquea tampa estes não po-derão ser trocados inad-vertidamente um pelooutro. As tampas impe-dirão os derrames qual-quer que seja a posiçãoda roçadeira, tanto nasituação de trabalho co-mo de transporte, e sepoderá ter acesso aosorifícios de enchimen-to com um funil apro-priado sem que o obs-truam outros compo-nentes da máquina.

Os dispositivos dearranque devem estar projeta-dos para permitir o arranquedo motor sem necessidade derecorrer a elementos separa-dos, como correias ou cabos.

É obrigatória a proteçãodos elementos que possam al-cançar elevadas temperaturas,assim como o isolamento doselementos com alta pressãopara que não possam ser to-cados de maneira inadvertida.

Informações para o usuárioDo mesmo modo que nas

motosserras, as roçadeiras de-vem ir acompanhadas coma informação necessária para

sua utilização e uso seguro, deacordo com o projeto do fa-bricante.

Como dados técnicos deacompanhamento se incluirãoa massa da máquina; as capa-cidades dos depósitos; os dis-positivos de corte recomenda-dos; a cilindrada do motor, apotência máxima, o regime defuncionamento e o consumoespecífico (optativo), assim co-mo os valores de emissão so-nora e vibrações.

O manual de instruções,além da descrição geral damáquina, com a identificaçãomediante ilustrações de seusprincipais elementos, inclui-rá instruções de montagem,comprovações e ajustes ini-ciais e instruções de utili-zação.

A este respeito, se daráparticular importância à par-tida e à parada, limpeza e ma-nutenção, ajuste dos proteto-res, enchimento de combustí-vel, ajuste do carburador ediagnósticos de falha que pos-sa corrigir o usuário. As ad-vertências de segurança e os

usos proibidos e permitidos nautilização da máquina.

A máquina deve ir marca-da com o nome e o endereçodo fabricante, o ano de fabri-cação, a designação do tipoou série e o número de série,se existem. Também os dispo-sitivos de corte devem propor-cionar indicações relativas àvelocidade máxima de rotaçãoe sentido de rotação, juntocom a designação comercialdo fabricante.

Como símbolos desegurança são necessá-rios incluir os indicati-vos de que são necessá-rias na proteção para ol-hos (projeção de partí-culas) e para os ouvidos(nível sonoro elevado).

A informação com-pleta pode ser encon-trada na norma, parti-cularmente a norma es-panhola UNE-ISO-EN11806 e nas normasISO às que nela se fazreferência.

É preciso advertir que oselementos de proteção integra-dos na máquina não eximemda necessidade de utilizá-lacom as adequadas roupas deproteção pessoal e com con-hecimento dos procedimentosde operação eficientes e segu-ros e de acordo com as reco-mendações do fabricante pa-ra o elemento de corte que seincorpora. A projeção de ob-jetos é particularmente perigo-sa, tanto para o operador co-mo para as pessoas que se en-contram nas proximidades.❏

Luis Márquez

ESPAÇOSVERDES

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Agrale é a única fábricabrasileira de tratoresque desenvolve um pro-

duto próprio. Que isto repre-senta em nível de competiti-vidade?

A Agrale, bem como aAgritech Lavrale, também per-tencente ao mesmo grupo, sãoas únicas empresas de capital100% nacional que produzeme desenvolvem tratores no Bra-

ENTREVISTA

“A Agrale sempre foi umaempresa aberta e afeita aboas parcerias”A AGRALE É UMA EMPRESA MULTI-PRODUTOS QUE

PERTENCE AO GRUPO FRANCISCO STEDILE. É A UNICA

FÁBRICA BRASILEIRA DE TRATORES QUE DESENVOLVE

UM PRODUTO PRÓPRIO. A GAMA ATENDE OS

PRINCIPAIS SEGMENTOS AGRÍCOLAS (ATÉ 50 CV, 60-

90 Y 100-180 CV) E RECENTEMENTE AMPLIAM A

LINHA DE TRATORES MÉDIOS COM NOVOS TRATORES

COMPACTOS.

Flavio CrosaDiretor de Vendas e Marketing da Agrale

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sil. Procuramos dotar os pro-dutos aqui desenvolvidos dasmelhores características paraatender o mercado brasileiroe sejam o mais competitivospossíveis.

A diversificação de pro-dutos não é um handicap ne-gativo na hora de ter priori-dades de desenvolvimento?

A Agrale é uma empresamulti-produtos, pois produzi-mos veículos, tratores, moto-res, etc. Cada um destes ne-gócios, possui equipes espe-cíficas de desenvolvimento evendas com seu planejamen-to e sua prioridade. Por issonão há conflito.

Na roda de imprensa daAgrale no AgriShow, ficou cla-ro que a Agritech mantémuma trajetória totalmente in-dependente da Agrale. Mas is-to não criará problemas nahora de buscar redes de ven-das mais integradas?

A Agritech assim como aAgrale, pertence ao GrupoFrancisco Stedile e ambas sãoconcorrentes no mercado. Ca-da uma possui sua Rede pró-pria, ações independentes eobjetivos específicos.

Dentro do Grupo, existemacordos com Lombardini eRuggerini para a incorporaçãoaos produtos que fabricam.Dado que a evolução dos mer-cados exigem as normativasTier 2,3 e 4, vão poder ade-quar sua produção a estas de-mandas ou estão negocian-do com algum grupo que pos-sa dotar de tecnologia com al-

gum acordo de “join-ventu-re” para nosso país?

A Agrale teve acordo pa-ra distribuição dos motoresRuggerini e Lombardini, mashoje já não fazem mais partedo nosso portfólio de produ-tos.

As normativas para Tier 2,3e 4, ainda estão em fase de ne-gociação no Brasil e não há da-ta definida para sua introdução.Estamos atentos a esta situaçãoe nos preparando para atendê-la quando for exigida.

A gama de tratores daAgrale está de certa maneira“descompensada” em com-paração com a concorrênciacriada pelos grupos instaladosno nosso país.- como se podever na New Holland, MasseyFerguson, Valtra, John Deere,Case IH. Que pensam em fa-zer para poder proporcionarà sua rede uma gama mais ar-ticulada, sobretudo pensandona exportação aos países doMERCOSUL?

A Agrale, bem como a Agritech Lavrale,

também pertencente ao mesmo grupo, são

as únicas empresas de capital 100%

nacional que produzem e desenvolvem

tratores no Brasil

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Entendemos que a gamade tratores oferecidos pelaAgrale atende os principaissegmentos agrícolas brasilei-ros, quais sejam: dos tratorespequenos (até 50cv), dos mé-dios (de 60 a 90cv) e dos gran-des (de 100 a 180cv). Recen-temente lançamos os tratorescompactos que complemen-tam e ampliam a linha de tra-tores médios e que era umasolicitação da nossa Rede.

Referindo-nos à expor-tação, a Argentina está tendoum crescimento no primeirotrimestre na venda de trato-res de 22,9%. Deste aumen-to qual foi sua percentagemde mercado?

Nossa participação nomercado argentino, por ora, li-mita-se basicamente a atenderalgumas demandas específi-cas, especialmente da Linha4000 (pequenos até 50cv).

ENTREVISTA

A Agrale teve acordo para distribuição dos

motores Ruggerini e Lombardini, mas hoje

já não fazem mais parte do nosso portfólio

de produtos

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Seus competidores, con-tam com colheitadeiras de ca-na e cereal. A Agrale não es-tá planejando incorporar má-quinas de colheita na sua ga-ma de produtos?

Não estamos planejandoa incorporação de colheitadei-ras em nosso portfório de pro-dutos.

Dentro do programa“Mais Alimentos”, foi incor-porado um pequeno caminhãoAgrale. O que ajuda nasvendas da Agrale estaincorporação? Não se-ria mais lógico que ti-vesse sido o Marruá?

A ampliação doPrograma Mais Alimen-tos, que inclui agora ve-ículos como caminhõesleves, sem dúvida per-mite que a Agrale au-mente sua presençaneste Programa. Aliás,é a única empresa queoferece tanto os trato-res quanto os ca-minhões leves, e tam-bém grupos geradoresno Programa Mais Ali-mentos. Nossa Redetem o perfil adequadopara atender as premis-sas deste Programa, queé focado principalmen-te no pequeno produtor rural.O Marruá não se enquadra nasregras do Programa.

São mais de 40 anos daAgrale no mercado. Nestesanos, a implantação não só nonosso país, senão também emoutros da América do Sul foiuma constante. Os mercados

mudam e por isto requeremuma evolução mais rápida comum nível de exigência maior.Quais vão ser os passos da Agra-le em suas diversas áreas de tra-balho no futuro próximo?

Ao longo da existência daAgrale, procuramos nos fazerpresentes também no MercadoExterno, especialmente na Amé-rica Latina o que fizemos comsucesso, visto que este merca-do representa 18% das vendasAgrale. Temos presença muitosignificativa no mercado dechassis para ônibus, tanto que

em 2008 demos um importan-te passo quando inauguramosa unidade fabril localizada nacidade de Mercedes na Argen-tina para atender, inicialmente,a demanda daquele país.

Estamos sofrendoum momento de dificul-dade competitiva pelaapreciação da nossa mo-eda, como qualquer em-presa brasileira, mas va-mos continuar insistin-do e buscando alterna-tiva para superar esta ad-versidade.

Índia, China e por-que não Europa? Sãomercados onde se po-dem encontrar merca-dos e parceiros para le-var em frente acordosde colaboração em ní-vel de desenvolvimentode produtos. Que estãofazendo neste aspecto?

A Agrale sempre foiuma empresa aberta eafeita a boas parcerias.

Sem dúvidas, os mercados cita-dos são mercados expoentes eonde boas parcerias podem serefetivadas. Temos mantido re-lações constantes com empre-sas dessas regiões e sempre ava-liamos o potencial de negóciosrecíprocos que apresentam.❏

Julián Mendieta

Recentemente lançamos os tratores

compactos que complementam e ampliam

a linha de tratores médios

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Todos os veículos da Lin-ha Agrale Marruá pos-suem base unificada com

objetivo de obter máxima ra-cionalização de componentes,visando redução dos custos deestoque e logística, tanto dofabricante quanto do cliente.Somente o Agrale Marruá fazo serviço pesado com facilida-de, economia operacional ebaixo custo de manutenção.

O Agrale Marruá é o veí-culo ideal para diversas apli-cações em serviços severos. Éum utilitário que pode seradaptado aos mais variados ti-pos de carrocerias e equipa-mentos. Disponível no mode-lo AM 50, que tem capacida-de para transportar quatro pas-

sageiros confortavelmente mais500 kg de carga, e nos mo-delos de picapes AM 100, AM150 e AM 200, oferecendo de1000 a 2000 kg de carga, emversões de cabine simples oudupla. Você vai encontrar oveículo ideal para aplicaçõesfora de estrada, instalações deredes elétricas ou de telefonia,transportes em minas, cons-trução e manutenção de gran-des obras civis, saneamento,segurança pública, refloresta-mento e outras aplicações quenecessitem de flexibilidade erobustez na operação diária.

O Agrale Marruá teve seunome inspirado na denomi-nação de touro selvagem ebravio do pantanal.

Linha Agrale Marruá

AUTOMOTOR

PARA APLICAÇÕES EMSERVIÇOS SEVEROS

UTILITÁRIOS 4X4PARA USO FORA DEESTRADA COM DNAMILITAR. ESTA É ALINHA AGRALEMARRUÁ, PRODUTOSAMPLAMENTETESTADOS EAPROVADOS PELOSUSUÁRIOS MAISRIGOROSOS QUEEXIGEM ROBUSTEZ,DESEMPENHO EDISPONIBILIDADE EMQUALQUER TIPO DETERRENO.

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Os veículos da Linha Agra-le Marruá disponíveis nasversões cabine simples, cabi-ne chassi, cabine dupla e ca-bine dupla-chassi:• Melhor conjunto do merca-

do em relação a curso de sus-pensão, vão livre do solo, ân-gulos de entrada e saída.

• Veículo exclusivamente comtração 4x4.

• Disponibilidade de primei-ra marcha super-reduzida;

• Carroceria em chapa de açogalvanizado e pintura espe-cial.

• Direção TRW TAS 20, Hi-dráulica. Circulo de vira-

gem parede a parede: 15,6m.

• Freio de estacionamento ser-vo assistido, a disco no ei-xo dianteiro e a tambor noeixo traseiro.

• Sistema eléctrico - Bateria:12 V / 70Ah; Alternador:14 V / 120 A ❏

CARROCERIACabine AM100/AM100CC: Simples (2 ou 3 lugares) /

AM100CD/AM100 CD CC: Dupla (5 ou 6 lugares)Caçamba MetálicaMOTORMotor MWM - SPRINT 4.07TCE EURO IIINúmero de cilindros 4 em linhaCilindrada (dm3) 2,799 Potência máxima - NBR ISO 1585 103 kw (140 cv) a 3.500 rpmTorque máximo - NBR ISO 1585 360 Nm 1.800 a 2.000 rpmCombustivel DieselTRANSMISSÃOEmbreagem Monodisco a seco - acionamento hidráulicoDiâmetro externo do disco (mm) 300Número de marchas 5

1ª 6,364 : 1 - 2ª 3,322 : 1 - 3ª 2,135 : 1 -Relação de redução 4ª 1,407 : 1 - 5ª 1,000 : 1 - ré 5,540 : 1CAIXA DE TRANSFERÊNCIAModelo AgraleRelação 1 : 1SUSPENSÃOSuspensão dianteira Barras longitudinais e transversais com barra panhardSuspensão traseira Molas helicoidaisAmortecedores - dianteiro e traseiro Telescópicos de dupla açãoEIXO DE TRAÇÃOEixo dianteiro Modelo: DANA 44.3 totalmente flutuanteEixo traseiro Modelo: DANA 70 eixo flutuante, com bloqueio

do diferencial tipo “Power Lok”RODASRodas 7.00 x 16’’Pneus 1LT 235/85 R 16PESOS E CAPACIDADES (kg)Peso bruto total (kg) 3.500Cap. Tração / Cap. Máx. Tração (kg) 2.950 / 5.595Tanque de combustível (L) 72Carga útil (kg) AM100: 1.020 / AM100CC: 1.250 / AM100CD: 1.000 / AM100CD CC: 1.180

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AUTOMOTORNOTICIAS ❂❂❂

Fiat Powertrain TechnologiesNovos motores E.TorQ

Os novos motores E.TorQ 1.6 16V e 1.8 16V, da FPT – Powertrain Technologies, chegam agoraem todos os modelos da família Palio, o que aumenta ainda mais o prazer em dirigi-los. Estesnovos motores oferecem alto desempenho, com excelente torque em baixas rotações, comeconomia de combustível. O motor E.TorQ 1.6 16V produz 115 cv de potência (gasolina) e 117cv (etanol). Seu torque máximo, 16,2 kgfm (gasolina) e 16,8 kgfm (etanol) é atingido a 4.500rpm. Já o 1.8 16V desenvolve 130 cv de máxima rodando com gasolina, e 132 cv, com etanol. Otorque máximo de 18,4 kgfm (gasolina) e 18,9 kgfm (etanol) também é atingido a 4.500 rpm.Com uma vasta lista de equipamentos e oferecendo excelente relação custo-benefício, todosos modelos da família Palio com os motores E.TorQchegam ao mercado com preços muito competitivos.Confira abaixo:Palio Essence 1.6 16V Flex 4P – R$ 37.990Palio Essence 1.6 16V Flex 4P Dualogic – R$ 40.330Siena Essence 1.6 16V Flex 4P – R$ 41.820Siena Essence 1.6 16V Flex 4P Dualogic – R$ 44.160Palio Adventure Locker 1.8 16V Flex – R$ 57.330Palio Adventure Locker 1.8 16V Flex Dualogic – R$ 59.300Strada Adventure Locker 1.8 16V Flex Cabine Estendida – R$ 47.670Strada Adventure 1.8 16V Flex Cabine Dupla – R$ 49.870.

Fiat Group Volta ao lucro

O Fiat Group registrou um forte desempenho tanto em receitasquanto em resultado no segundo trimestre de 2010, com faturamentolíquido de 14,8 bilhões de euros (+ 12,5% frente ao mesmo período de2009). O lucro da gestão ordinária (trading profit), de 651 milhões deeuros, mais que dobrou, e o lucro líquido atingiu 113 milhões de euros,

com o retorno do Grupo à lucratividade, frente a um resultado final negativo de 179 milhõesde euros no segundo trimestre do ano passado. A geração de caixa, próxima de 1 bilhão deeuros, também foi significativa. O endividamento industrial líquido foi reduzido no mesmomontante, para 3,7 bilhões de euros e a liquidez elevou-se para 13,5 bilhões de euros.No acumulado do semestre, a receita do Fiat Group totalizou 27,8 bilhões de euros, comcrescimento de 13,5% sobre o primeiro semestre do ano anterior. O lucro da gestão ordináriafoi de 1,003 bilhão de euros (margem de 3,6%), frente ao resultado de 262 milhões de euros naprimeira metade de 2009. A melhora no desempenho foi resultado principalmente dos maioresvolumes de venda e da contínua ênfase nas ações de contenção de custos.As receitas do Grupo tiveram crescimento de 12,5%, para 14,8 bilhões de euros no segundotrimestre do ano, refletindo as melhores condições de mercado, embora diante dos fracosníveis de 2009, em particular para CNH e Iveco.

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O FordFocus: Recorde de vendas

O Ford Focus é o carro médio que registroumaior crescimento e já está entre os doismais vendidos da categoria, uma das maisdisputadas do mercado brasileiro. Produtoque oferece a maior variedade de opçõesao consumidor, o Focus teve em junho novorecorde, com 3.079 unidades emplacadas,que mostra a boa aceitação do modelo.O mês de junho foi de recorde de vendaspara o Focus. Em comparação com maio, alinha cresceu 23% e aumentou a suaparticipação. Atualmente, ela respondepor 12,2% do segmento, númeroexpressivo considerando que o mercado édisputado por 12 marcas diferentes e pormodelos de carroceria Hatch (5 portas) eSedan (4 portas).

O Chevrolet CamaroUma das atrações do Salão do

AutomóvelChevrolet Camaro seráuma das principaisatrações do estande daChevrolet no próximoSalão do Automóvel,que será realizado emSão Paulo, no pavilhão do Anhembi, de 27 deoutubro a 7 de novembro de 2010. O Camaroque será comercializado na rede Chevrolet terásob o capô o motor V8 de 6.2 litros e 16 válvulas,que tem bloco e cabeçotes feitos em alumínio emais de 400 cavalos de potência, que ocredenciam para um distinto clube que reúneesportivos como Corvette, Ferrari, Lamborghini epoucos modelos da Porsche. Além de mais de 400cavalos, o Chevrolet Camaro virá com atransmissão de seis velocidades e freios Brembo,reconhecidos mundialmente pela qualidade e porequipar os carros da Fórmula 1.

A ToyotaNova fábrica no Brasil

A Toyota anuncia a construção de uma novafábrica no Brasil, na cidade de Sorocaba, a 96km de São Paulo, onde será produzido o recém-desenvolvido carro compacto da marca. Aplanta de Sorocaba será a terceira unidadefabril da montadora no país.As obras começarão em setembro de 2010, e aprodução terá início no segundo semestre de2012. Primeiramente, serão produzidos por anocerca de 70 mil veículos nessa nova unidade, quereceberá investimento de cerca de 600 milhõesde dólares, empregando aproximadamente1.500 pessoas. A Toyota também estudaexportar esse novo modelo que será fabricadono país.A Toyota estabeleceu-se no Brasil em 1958, com aconstrução de sua primeira unidade industrialfora do Japão. Atualmente, a montadora produzpeças na sua planta de São Bernardo (SP) e oCorolla em sua unidade de Indaiatuba (SP).

A MercedesCaminhões pesados Axor

Chega ao mercado aLinha Axor Premiumde caminhõespesados daMercedes-Benz.Com este

lançamento, a marca passa a oferecer umnovo patamar tecnológico para o transportede carga, com destaque para a introduçãodo exclusivo câmbio Mercedes-BenzComfortShift e do freio ABS como itens desérie para os modelos Axor com motor OM457 LA de 12 litros.Desde 2005, ano de lançamento da linhaAxor, até o mês de junho deste ano, aMercedes-Benz é a marca que mais vendeucaminhões pesados no Brasil, com mais de40.000 unidades no volume acumulado. Sóem 2010, no acumulado entre janeiro ejunho, foram comercializadas 4.433unidades da Linha Axor, o que representa20% das vendas totais de caminhõesMercedes-Benz no País.

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AUTOMOTORNOTICIAS ❂❂❂

A General Motors Compromisso com o meio ambiente

A General Motors tem um compromisso com omeio ambiente e com a sustentabilidade que seaplica a todas as partes do negócio – dosfornecedores, passando pelas fábricas eterminando nos veículos que se vende. Para a GM,energias alternativas e novas tecnologias ajudama diminuir a dependência do petróleo. Melhorar aeficiência dos motores a combustão interna, oconsumo de combustível e a redução de emissõessão os pontos chaves para o desenvolvimento deum transporte sustentável.A General Motors atua em diversos campos depesquisa ao redor do globo, a fim de atender asnecessidades de dos consumidores – de gasolina,diesel e biocombustíveis, como o etanol, atéveículos com propulsão elétrica, como híbridos,elétricos e movidos a célula de combustível,alimentadas com hidrogênio. A General Motorsacredita que os veículos elétricos, como oChevrolet Volt, oferecem a melhor solução, alongo prazo, em termos de transportesustentável.

A HondaProjeto ‘Harmonia no Trânsito’A Honda tem, como filosofia global, nãoapenas oferecer produtos de qualidadee tecnologia a seus consumidores, mastambém proporcionar a eles condiçõesde usufruí-los com segurança. Por isso,desenvolve em todo o mundo iniciativasvoltadas à promoção de um trânsitomais harmonioso para todos –motoristas, motociclistas e pedestres.No Brasil, esta filosofia já era colocadaem prática antes mesmo da empresainstalar sua fábrica de motocicletas emManaus (AM), em 1976. Com o passardas décadas, as açõeseducativas em prol daHarmonia no Trânsitointensificaram-se cadavez mais e,atualmente, acontecem em váriasfrentes. A partir de agora, todas essas eas demais recém implantadas pelaHonda estão reunidas em um únicoprojeto – o Harmonia no Trânsito, queenvolve todas as áreas da empresa nadiscussão e execução de programas quevisem à melhoria do trânsito, a partir daeducação. O projeto, além de manter asatividades já realizadas, conta com trêsnovidades: as histórias em quadrinhos“O Super Motociclista”, o site “HondaPiloto Mais” e quadros especiais noPrograma Auto Esporte, da Rede Globo.

A AgraleÔnibus de tecnologia híbrida diesel/elétrica

Agrale Hybridus, modelo de ônibus para o transporte urbano de passageiros especialmente emcorredores centrais ou em linhas de interligação. O desenvolvimento baseou-se em pesquisa poralternativas que permitam a mobilidade veicular de forma menos ofensiva ao meio ambiente. Onovo veículo constitui-se de tecnologia híbrida diesel/elétrica, equipado com conjunto propulsorformado por dois motores elétricos de tração de indução trifásica, interligados mecanicamentepor intermédio da caixa somadora, e um motor elétrico auxiliar, igualmente de indução trifásica.Dispõe de motor Cummins a diesel, de 4 cilindros em linha, somente acionado para auxiliar oconjunto de ultracapacitores nas partidas, em aclives e na geração de energia.

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Julián MendietaRIBEIRAO PRETO

Como está se compor-tando este ano, o mer-cado de pneus, não so-

mente no Brasil, mas no res-tante do mercado que ele in-fluencia?

Em 2010, a Bridgestonenota uma retomada das ativi-

Que comentário se pode-ria fazer sobre a dimensão domercado brasileiro e as quan-tidades de unidades vendidasneste mercado nacional?

Segundo dados da ANIP –Associação Nacional da In-dústria de Pneumáticos, asvendas de pneus agrícolas pa-ra o mercado de equipamen-to original cresceram 90% dejaneiro a junho, em compa-ração com o mesmo períododo ano passado, totalizando225 mil pneus. Já para o mer-cado de reposição, a alta foide 38%, com total de 208 milpneus comercializados.

O mercado de pneus émuito diferente de acordo comos distintos níveis de qualida-de de produto. Como a Fires-tone se posiciona nesta ofertade produtos para o ramo agrí-cola, bastante aquecido peloprograma Mais Alimentos?

Os pneus Firestone são con-siderados os mais avançadostecnologicamente no Brasil e

ENTREVISTA

“Os pneus Firestone sãoconsiderados os maisavançados tecnologicamenteno Brasil e em todo o mundo”A BRIDGESTONE É A MAIOR FABRICANTE MUNDIAL DEPNEUS E DETENTORA DA MARCA FIRESTONE. NOBRASIL, PRODUZ PNEUS PARA TODOS OS SEGMENTOSEM SUAS FÁBRICAS DE SANTO ANDRÉ/SP E DECAMAÇARI/BA, QUE JUNTAS ATINGEM UMACAPACIDADE DEPRODUÇÃO DE 40 MILPNEUS AO DIA. OS PNEUSFIRESTONE SÃORECONHECIDOS COMOPRODUTOS PREMIUM NOSETOR AGRÍCOLA(TRATORES).

dades do agronegócio de umaforma muito intensa. Cremosque em 2010 os negócios compneus agrícolas alcançarão esuperarão o volume de 2008,que foi o melhor ano desde achegada da Bridgestone noBrasil.

Como é a divisão das ven-das de pneus no Brasil, entreo mercado de máquinas agrí-colas novas e o mercado dereposição?

Atualmente, temos a lide-rança no mercado nacional dereposição, com a liderança demarket share pela quarta vezconsecutiva. A tendência dealta tem sido contínua e espe-ramos crescer em torno de15%.

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em todo o mundo. Pela 8ª vezconsecutiva no País, fomosagraciados com o prêmio Topof Mind, tanto pela qualidadedo produto agrícola quantopelo reconhecimento do pro-dutor rural e do pecuarista. Ospneus Firestone são reconhe-cidos como produtos premiumpor diversos setores e segmen-tos.

E o mercado de preços?Não disputamos o merca-

do pelo critério de preços. En-tendemos que este é um es-

paço mais adequado a outrosfabricantes, em geral importa-dos.

Sobre o mercado de mar-cas, como é a atuação da Fi-restone no mercado Brasilei-ro e a atuação de dealers es-pecializados e dealers multi-marcas?

Buscamos oferecer aos di-versos mercados em que par-ticipamos, produtos que pos-sibilitem alcançar a melhor re-lação de custo e benefício emfunção dos atributos próprios

de cada produto. Nesse senti-do, a marca Firestone tem seposicionado como Premiumno setor agrícola (tratores). Nãoexistem revendas multimarcase todos os nossos parceiros sãoexclusivos.

Em outros países do mun-do, os tratores e as colhedo-ras costumam se deslocar mui-to por estradas, criando pro-blemas de desgaste de pneuse redução de eficiência? NoBrasil a oferta de pneus nomercado considera este mer-cado de pneus que transitamem estradas?

O tráfego de tratores, má-quinas e equipamentos é proi-bido nas rodovias brasileiras.Os tratores e máquinas ficamconfinados exclusivamente nasáreas agrícolas e não podemsair fora desse perímetro, por-tanto nós não temos muitosproblemas com relação a uti-lização dos mesmos em rodo-vias.

Este ano o mercado decolheitadeiras teve muita im-portância em nível de Brasile de Argentina. Como isto in-fluenciou, em volume de ne-gócios, o trabalho feito pelaFirestone com relação a esteequipamento?

Nós estamos investindo nafábrica em Santo André (SP)para aumentar a produção, in-cluindo os pneus radiais. Osradiais já têm sido colocadosnas máquinas dos fabrican-tes de tratores e colheitadei-ras, portanto há uma prepa-ração para a reposição dospneus quando necessário.

Mário Barros Gerente nacional de vendas para o segmento Agrícola daBridgestone do Brasil

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A Firestone é um forne-cedor de pneus para trato-res agrícolas que está há mui-to tempo no Brasil e recente-mente a marca entra numaassociação dentro da Bridges-tone junto com a Bandag. Co-mo está estruturada no Bra-sil esta participação da Fires-tone, junto com a Bandag e aBridgestone? Quem se enca-rrega de dividir o mercado?Qual que é a imagem de BBTSBridgestone Bandag Tire So-lutions?

Após a fusão da Bridges-tone com a Bandag, nós pas-samos a ser o mais completoprovedor de soluções empneus para o mercado, compneus novos, recapagem euma rede de serviços em fran-ca expansão. Levamos ao mer-cado o conceito de que Brid-gestone Bandag Tire Solutionsnão é apenas pneu e recapa-gem, de forma separada, masé um conjunto de soluções

composto de pneu, recapageme serviços. Queremos contri-buir para uma nova mentali-dade do consumidor, para in-centivar o bom uso dos pneuspara que o desempenho sejao melhor possível. Este é oconceito do ciclo de vida to-tal do pneu: obter com segu-rança e qualidade o maior nú-mero possível de quilômetrosrodados por pneu. No momen-to, o conceito BBTS está sen-do desenvolvido com foco nosegmento rodoviário – Ca-minhões e Ônibus, porém épossível que no futuro próxi-mo o mesmo seja expandidopara os demais segmentos demercado, entre eles o de tra-

tores agrícolas e equipamen-tos fora de estrada. O concei-to tem sido muito bem rece-bido pelo mundo inteiro, e nosEstados Unidos ele já é bas-tante forte. No Brasil, o con-ceito também tem sido mui-to bem aceito, porque o mer-cado carece de bons produ-tos, mas principalmente debons serviços.

Dentro do que é o BBTS,a Firestone faz parte do queé, digamos um braço agríco-la deste grupo?

Bridgestone Bandag TireSolutions é um conceito deprestação de serviços. Nestecontexto a Bridgestone que éa marca corporativa, a marca“guarda-chuvas”, se utiliza dosmelhores recursos e marcassob seu domínio, cada qualcom sua vocação, de formaa entregar as melhores so-luções aos seus clientes e usuá-rios finais. Para tanto conta-mos com marcas específicasde produto, como por exem-plo a Firestone e a própria Brid-gestone (pneus), e com mar-cas de negócio, como Bandag(recapagem) e BTS (serviçospara caminhões e ônibus). Sen-do assim, a Bandag tem a sua

importância no setor de re-capagem, a BTS no ramo dosserviços e a Firestone tem asua importância fundamen-tal no segmento do agronegó-cio no Brasil, nos proporcio-nando um excelente posicio-namento no mercado.

Com a evolução naturaldo mercado a marca pode serabsorvida pela marca maior?

A marca Firestone tem oseu mercado, é bem posicio-nada e continuaremos trabal-hando por desenvolvimento.

ENTREVISTA

Cremos que em 2010 os negócios com

pneus agrícolas alcançarão e superarão o

volume de 2008, que foi o melhor ano

desde a chegada da Bridgestone no Brasil

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AGRIWORLD 127

Até podemos vender outrosprodutos com outras marcasdentro do grupo, de forma in-dependente, mas a Firestonecontinua sendo o nosso des-taque dentro do setor agrícola.

E dentro de serviços defornecimento de pneus agrí-colas, atualmente no merca-do brasileiro e no mercado ex-terior, que são produzidos aquino Brasil como está o portfó-lio de produtos da Firestonepara atender este mercado?

O nosso portfólio é muitoamplo, e atende todos os seg-mentos de tratores e colheita-deiras, plantadeiras, desde asde pequena potência até as demaior potência. Os produtosainda não disponíveis no mer-cado brasileiro são importa-dos de Ohio (EUA), onde fi-ca localizada a nossa matrizde pneus agrícolas. São pneusadequados à nossa realidadede operação e não há qual-quer medida de produtos quenão tenha atendimento satis-fatório, exceto os pneus de flu-tuação (flotation), ainda em fa-se de desenvolvimento paraatender aos requisitos de ummercado em expansão.

Sabe-se que no passadoalguns fabricantes de tratoreseram obrigados a compatibi-lizar marcas diferentes depneus no eixo dianteiro e noeixo traseiro dos tratores, emfunção da tração dianteira au-xiliar, por questões de cine-mática entre eixos. Isto já foisuperado?

Isto já foi superado. A in-dústria de pneus e de tratores

trabalhou intensamente na pa-dronização dessa situação, pa-ra evitar que houvesse proble-mas da caixa de satélites dodiferencial. Hoje existem equi-pamentos de alta potência,já com pneus radiais e commaior exigência. Também te-

mos pneus com maior capa-cidade de carga, menor com-pactação de solo e melhortração. Quando necessário,disponibilizamos inclusive pro-dutos fabricados em outras uni-dades para atender os produ-tores locais.

Após a fusão da Bridgestone com a

Bandag, nós passamos a ser o mais

completo provedor de soluções em

pneus para o mercado, com pneus novos,

recapagem e uma rede de serviços em

franca expansão

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AGRIWORLD128

Na Europa e nos EUA ospneus radiais têm adoção qua-se plena. Aqui no Brasil o pro-cesso é bem mais lento. Emque medida a Firestone achaque pode suprir este proces-so, não só na lavoura de ca-na-de-açúcar, onde parece serbem mais aceito, mas no mer-cado brasileiro em geral. Nes-te processo de radialização depneus de tratores, qual a ex-pectativa da Firestone? Quala percentagem de crescimen-to nós podemos chegar até aradialização total?

Os Estados Unidos e a Eu-ropa já estão muito adianta-dos nesse processo de “radia-lização” de suas máquinas. NoBrasil, esta tendência se ini-ciou há pouco tempo, sobre-tudo nos equipamentos já fa-bricados localmente. Nos tra-tores e nas colheitadeiras, te-mos atualmente entre 2,5 e 3%de participação de pneus ra-diais, considerando o total depneus agrícolas que rodam noBrasil. No entanto, este é um

fator recente da indústria detratores, que cresce à medi-da que são fabricados mais tra-tores com maior potência eequipados com pneus radiais.Estamos nos preparando pa-ra este cenário e investindo emnossa fábrica de Santo Andrépara atender a esta deman-da.

Quer dizer que ainda nãose está produzindo pneu ra-dial no Brasil? No entanto ti-vemos conhecimento de quevocês são líderes em duas sé-ries, na medida 34 e da medi-

da 38, apresentadas na últi-ma Agrishow em Ribeirão Pre-to?

Ainda não estamos produ-zindo pneus radiais no Brasil.Quanto aos pneus apresen-tados, os dois produtos são di-ferenciados, são fabricados noBrasil para atendimento domercado externo. As medidastêm uma demanda bastantealta. Nós nos preparamos pa-ra trazer estes pneus e os dotipo radial para a Agrishow ecolocar à disposição da nos-sa rede de pneus de trator queestão espalhadas pelo Brasil eprincipalmente para a área su-croalcooleira, da cana-de-açú-car, onde existe a maior con-centração de tratores que usapneus radiais. Nós trouxemosestes produtos para mostrarque nós temos estes pneus eestamos preparados para abas-tecer ao mercado. Com re-lação à nossa rede, nós temoshoje no Brasil uma Rede Ofi-cial de Revendedores Bridges-tone e Firestone, que partici-

ENTREVISTA

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AGRIWORLD 129

pam do programa Agri-Pro,que visa o preparo da reven-da com treinamentos e estru-tura específica para um aten-dimento especial ao agricul-tor, iniciado há dois anos. Osnossos produtos estão prepa-rados para serem líderes emqualquer região e temos dadoaos nossos revendedores umtratamento diferenciado. Esteé um programa que nós im-portamos dos EUA, onde foibem sucedido e atualmenteestamos trabalhando para ge-rar os mesmos resultados.

Que expectativa de ven-das existe para este ano de2010 em comparação com2009 ou com 2008, que é umaboa referência para compa-ração?

Nossa expectativa é supe-rar 2008 em cerca de 15% nacomercialização de pneus agrí-colas, um crescimento bastan-te expressivo, considerandoque 2008 foi um ano muitopositivo e de bons resultados.

Quando falamos de pneusagrícolas, para cada tipo detrator e colheitadeira podemosincluir também para os ca-minhões que trabalham no se-tor agrícola.

Não, quando nos referi-mos à marca Firestone, fala-mos especificamente de pneuspara máquinas agrícolas e do

ramo de construção, tambémincluído nas nossas atri-buições.

Aqui no Brasil existe algu-ma parte do BBTS ou da Fires-tone que faz desenvolvimen-to de pneu, estudo, pesquisarelação ou alguma coisa noBrasil ainda dentro da fabri-ca ainda ligado a fábrica?

Temos um centro de de-senvolvimento no Brasil. Sãoquatro no mundo e um delesestá no Brasil, mais voltadospara pneus de caminhão epneus de passeio e camione-tes. Em relação aos pneus agrí-colas, nosso centro fica loca-lizado em Ohio nos EUA, jun-to a um campo de prova pa-ra desenvolvimento tecnoló-gico de pneus agrícolas.

No contexto da Agrishowe do mercado agrícola atual,que se poderia destacar dotrabalho da BBTS no Brasil?

Todo o esforço de pesqui-sa e desenvolvimento realiza-do nos EUA é complementa-do, no Brasil, por intermédiode testes de campo acompan-hados por técnicos especiali-zados no setor agrícola, osquais auxiliam no aperfeiço-amento dos produtos que aquisão utilizados. A companhiavem dedicando, já há algumtempo, uma importância ca-da vez maior para o setor agrí-cola. A partir da união da Brid-gestone e Bandag, as ativida-des de marketing e serviçospassam a ter um foco maisbem definido e voltado às ne-cessidades de um mercadoque demanda pneus para usocomercial, ou seja, pneus pa-ra auxiliar na geração de ri-quezas.

Mais algum comentário?Os nossos pneus são úni-

cos e patenteados, contandocom agarradeiras com ângulode 23°. Estudos confirmam queeste é o ângulo que permite amelhor tração para uma ope-ração no campo e uma menorcompactação do solo e, con-sequentemente, geram o mel-hor custo benefício e os mel-hores resultados. Por conta dis-so, nós recebemos o 8° prêmioconsecutivo Top of Mind aquino Brasil. Concedemos ao pro-dutor uma garantia muito aci-ma da média, de oito anos esomos o único fabricante domundo que tem esta garantiapara pneus agrícolas.❏

SOBRE A BANDAGFundada em 1957, a Bandag éuma multinacional norte-americana de propriedade daBridgestone Americas HoldingIncorporation. Atualmente,produz materiais e equipamentospara recapagem de pneus. Lídermundial no setor de recapagem,a companhia possui 1.300concessionários e 18 fábricas emtodo o mundo. Conheça mais emwww.bandag.com.br.

Os nossos pneus são únicos e

patenteados, contando com

agarradeiras com ângulo de 23°

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AAGRIWORLD130

Atualmente o mercadobrasileiro é abastecidopor doze fabricantes

que oferecem mais de 180 mo-delos de tratores agrícolas derodas, nas diferentes faixas depotência. Destes, dez possuem

unidades de produção no Bra-sil e dois são fabricantes deoutros países que somente co-mercializam unidades no Bra-sil através de revendedores.

Realizando uma análisesobre os fabricantes, encon-

tramos a AGRALE, que é umaempresa brasileira, de capi-tal nacional, sediada em Ca-xias do Sul, no Rio Grande doSul e que produz além dos tra-tores, também motocicletas,caminhões e motores a diesel.

MERCADO

O MERCADO BRASILEIRODE TRATORES AGRÍCOLASNESTE ARTIGO CONTAMOS UM POUCO SOBRE AS EMPRESAS FABRICANTES EIMPORTADORAS DE TRATORES AGRÍCOLAS ESTABELECIDAS NO BRASIL EREALIZAMOS UMA ANÁLISE SOBRE A PRODUÇÃO RECENTE E A SITUAÇÃO DOMERCADO NACIONAL.

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AGRIWORLD 131

Pertence ao Grupo FranciscoStedile, que reúne as empre-sas Agrale e suas subsidiárias:Agrale Amazônia e AgraleMontadora, Lavrale, FazendaTrês Rios, Germani Alimentos,Lintec (Motores) e Agritech(Tratores Yanmar). O início daempresa é do ano de 1965,quando adquire o controleacionário da Agrisa pelo Gru-po Francisco Stedile, inician-do a produção de tratores como lançamento do Agrale mo-delo 4100. Atualmente a em-presa deixou de lado a fabri-cação apenas de pequenos tra-tores entrando no mercado detratores médios e grandes. São20 modelos produzidos atual-mente, divididos em três sé-ries. A série 4000 é a que temmais modelos, 11 no total,também a série 5000 com seismodelos e a série 6000 comtrês modelos.

A CASE INTERNATIONALé uma empresa que está noBrasil desde 1997. Tem umafábrica em Piracicaba, SP, on-de fabrica seus produtos, prin-cipalmente para o mercado deaçúcar e álcool, sendo um im-portante fabricante de colhe-doras de cana. Tem no Brasila maior estrutura mundial deprodução de colhedoras de ca-na sendo uma empresa expor-tadora, principalmente para aAmérica, Ásia, África e Oce-ania. Outros produtos são fa-bricados pela empresa comocolhedoras de café, pulveriza-dores autopropelidos e seme-adoras. Os doze modelos detratores atualmente disponí-veis no mercado são divididosem três séries, a Farmall com

dois modelos, a Magnum, comquatro modelos e a Maxxumcom seis modelos. Em Curiti-ba, PR, a Case IH produz jun-tamente com a New Holland,pois faz parte do grupo CNH.Em Itu, SP, localiza-se o Cen-tro de Logística e peças da Ca-se IH e em Cuiabá, MT, o Cen-

tro Avançado de Suporte aoCliente Case IH. Recentemen-te as estruturas de distribuiçãoforam separadas e os conces-sionários das marcas, Case eNew Holland, passaram a fun-cionar em redes independen-tes, com um sensível aumen-to do portfólio de produtos Ca-se.

De história recente no pa-ís, os tratores FARMER co-meçaram a ser revendidos noBrasil pela Muñoz & Souza Im-portação e Exportação Ltda.Atualmente a empresa comer-cializa três modelos, entre 25e 80 cv, dentro da sua Linha40.

Com sede em Pelotas, noRio Grande do Sul, a MetadeSul Ltda, representante daJiangsu Yueda InvestmentCo.Ltd no Brasil, é a monta-dora dos tratores GREEN HOR-SE. A Jiangsu Yueda YanchengTractor Manufacturing Co. Ltd,foi a primeira fábrica de trato-res a se estabelecer na cidade

O mercado brasileiro é abastecido por

doze fabricantes que oferecem mais de

180 modelos de tratores agrícolas de

rodas

35

30

20

12

35

27

10

16

26

19

5

30

9

25

20

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Agr

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Cas

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Land

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Valtr

a

Yanm

ar

Modelos Produzidos

FIGURA 1: Número de modelos produzidos por cadaum dos participantes do mercado brasileiro de

tratores agrícolas. Fonte: Material de divulgação dasempresas

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AGRIWORLD132

de Yancheng província deJiangsu na China, em 1959.Com uma história como fabri-cante de tratores desde 1969,a empresa transformou-se emum grande empreendimentona produção destes equipa-mentos na China. No merca-do nacional seus modelosestão presentes nas Linhas: DFe GH. A linha DF é compos-

ta pelo modelo DF-18, já a lin-ha GH pelos modelos GH-204, GH-354, GH-454 e GH-754.

A JOHN DEERE, comple-ta neste ano, 14 anos da pro-dução de tratores no Brasil.Iniciou com um joint venturecom a empresa SLC- Schnei-der & Logemann e Cia Ltda,em Horizontina, RS, onde pormuitos anos se produziramcolhedoras, tratores e semea-doras em uma das maiores uni-dades mundiais da John De-ere. A história da SchneiderLogemann & Cia, faz parte docrescimento industrial do RS

sendo fundada em 1945, ini-ciando em 1965 a produçãoda Colhedora modelo 65-A,inspirada no modelo 55 fabri-cado pela John Deere, nos Es-tados Unidos. Em 1979, a JohnDeere une-se a SLC e iniciao repasse de tecnologia de for-ma gradual, ao mesmo tempoem que aumenta a sua parti-cipação no capital, criando a

SLC S.A. Indústria e Comér-cio. A produção de semeado-ras inicia em 1984 e a de tra-tores em 1996. Nos tratoresinicia-se a marca SLC – JohnDeere e depois com a aqui-sição completa da marca pe-lo grupo americano, torna-seJohn Deere. Em 2004, foilançada idéia de transferir afábrica de tratores, já opera-tiva, para Montenegro, RS, porser mais próxima da Capitaldo estado e de fornecedores.Atualmente fabrica 27 mode-los de tratores nas diferentesfaixas de potência. Estes mo-delos estão divididos em 10

séries, desde a menor, a série5000 com cinco modelos, atéa série 8000 com apenas doismodelos.

Também como novidadeno país, a LANDTRACK, co-meçou suas operações no Bra-sil em 2008 na cidade de San-ta Cruz do Sul, no RS. Com omercado atual direcionado apequenos agricultores, mas jávisando propriedades maio-res, a empresa oferece 10 mo-delos de tratores, dos quais trêsdeles com potência maior que75 cv. A empresa ainda comer-cializa pulverizadores, corta-dores de grama motorizadose ceifadeiras.

A LANDINI, uma tradicio-nal marca italiana de tratoresfundada por Giovanni Landi-ni em 1884 tem produção re-cente no país. Sua história con-funde-se com a da mecani-zação na Europa. A intençãoinicial da Landini ao ser cria-da era produzir tratores, o quesomente ocorreu em 1925. Apartir de 1957 começa a uti-lizar os motores Perkins e doisanos depois é vendida para aMassey Ferguson. Na fábricada Landini na Itália passa-se aproduzir tratores MF e Landi-ni, os primeiros em vermel-ho e os segundos em azul cla-ro, tradicional da marca italia-na. Adaptando-se à agricultu-ra européia durante muitosanos a marca foi líder no ra-mo de tratores fruteiros, atéque em 1994, um tradicionalfabricante de implementos ita-liano compra a marca e a em-presa e a incorpora ao Gru-po Argo, quarto maior fabri-cante mundial de máquinas

MERCADO

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AGRIWORLD 133

agrícolas. A holding, além daLandini, congrega mais seismarcas de máquinas agríco-las. O Grupo Argo tem noveunidades produtivas, onde tra-balham 3,3 mil pessoas. São10 filiais no mundo e 70 im-portadores oficiais. No Brasilinicia a fabricação dos trato-res em 2005, na mesma uni-dade da Montana, que fabri-cava apenas pulverizadoresautopropelidos, em São Josédos Pinhais, PR. No Brasil sãofabricados os tratores da linhaLandpower, com potência en-tre 138 e 177 cv, enquantoos menores modelos são im-portados diretamente da Itá-lia. Estes modelos fabricadosno Brasil são idênticos aos fa-bricados na Europa e comer-cializados em todo o mundo.

Líder de mercado, a MAS-SEY FERGUSON pertence àAGCO Corporation, com se-de em Duluth, Georgia, estápresente em mais de 140 pa-íses, com marcas de tratores,colhedoras, implementos pul-verizadores. As marcas maisconhecidas da AGCO são:Massey Ferguson, Valtra, Cha-llenger, Fendt, RoGator, Spra-Coupe, Gleaner, Hesston, NewIdea, Sunflower, TerraGator, eWhite Planters. A marca Mas-sey Ferguson, fabricada no pa-ís constitui-se no maior fabri-cante de tratores da América

Latina e a maior exportadorado produto no Brasil, com ummercado enorme em todoscontinentes principalmente pa-ra a Argentina e Estados Uni-dos. É líder no mercado brasi-leiro desde o início da fabri-cação de máquinas agrícolas,pelos anos 60. A AGCO doBrasil está sediada no RS comduas unidades, a primeira emCanoas, onde fabrica os trato-res e a segunda em Santa Ro-sa, RS, onde fabrica colhedo-ras.

A NEW HOLLAND temorigem Norte Americana, dacidade de New Holland, naPensilvânia, no final do sé-culo XIX, pelo mecânico AbertZimmerman. Na década de50, um fabricante de colhedo-ras, o belga John Clayes, cria

uma marca, a Clayson, quesignifica Clayes and Sons, jun-tamente com seus filhos, queposteriormente é adquirida pe-la New Holland. A ligação damarca com os tratores ocorrecom a Ford, fabricado desde1917, e que em 1986 compraa fábrica de colhedoras NewHolland, criando a Ford NewHolland. Em 1988, o GrupoFiat compra a Ford New Ho-lland, adotando a marca NewHolland para todos os produ-tos, inclusive os tratores e col-hedoras. No Brasil, havia a im-portação de tratores Ford e em1960 inicia a ser fabricadoaqui o trator Ford 8BR. As pri-meiras colhedoras New Ho-lland chegaram ao Brasil nadécada de 70. Em 1975 a em-presa se instalou no Brasil, com

uma unidade em Curitiba, soba denominação de New Ho-lland Latino-Americana, con-tinuando até hoje com fabri-cação e desenvolvimento deTratores e colhedoras.

Também ligada ao GrupoAGCO, a VALTRA chegou ao

Dois fabricantes são de outros países

que somente comercializam unidades no

Brasil através de revendedores

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AGRIWORLD134

Brasil, em 1960 com a deno-minação de Valmet e está es-tabelecida em Mogi das Cru-zes, SP. Em 90, o nome foi al-terado para Valtra Valmet e,em seguida, para Valtra, quesignifica Valmet Tratores. Amarca é destaque no setor daprodução de cana-de-açúcare recentemente incorporoua sua oferta as máquinas decolheita. É o fabricante brasi-leiro que produz o maior nú-mero de modelos, trinta no to-tal.

A TRAMONTINI é umaempresa 100% nacional, e co-meçou sua trajetória agrícolaem 1984 na cidade de Encan-tado, RS, como Tramontini Im-plementos Agrícolas Ltda, pro-duzindo exclusivamente car-retas agrícolas. Em 1990 ini-ciou o projeto de caminhões4x4 e no ano de 1994 co-meçou a produzir motores emicrotratores. Desde 1997 es-tá localizada no município deVenâncio Aires, RS. Com re-vendas em 15 estados brasi-leiros, entrou no mercado de

tratores, em 2007, com doismodelos: um de 30 e outro de50 cv. Atualmente, além dosmotores, a empresa comercia-

liza três modelos de microtra-tores e dois modelos de tra-tores, em suas versões padrões.

A empresa YANMAR foifundada em 1957 com o no-me de Yanmar Diesel do Bra-sil Ltda, em São Paulo, SP, pa-ra a venda de motores, fabri-cados no Japão. Em 1971 aYanmar do Brasil S/A. compraa Iseki-Mitsui Máquinas Agrí-colas S/A e logo inicia a pro-dução de tratores de rabiçasmodelo TC10 de 12 cv. De-pois de mais de quinze anosproduzindo somente tratoresde rabiças, em 1987 lança ostratores de quatro rodas, mo-delos 1040 com tração sim-ples e modelo 1050D comtração dianteira auxiliar. Cin-

MERCADO

Produção de tratores de diferentes marcas

por faixa de potência/maio/2009 a maio 2010

Núm

ero

de T

rato

res

20000

Agrale

CASE

John Deere

Massey Ferguson

New Holland

Valtra

Outras Empresas

15000

10000

5000

0

Até 49 cv 50 a 99 cv 100 a 199 cv Acima de 200

cv

FIGURA 2: Quantidade de tratores produzidos porfaixa de Potência e fabricante. Fonte: Anfavea

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AGRIWORLD 135

co anos depois coloca no mer-cado o modelo 1050D Turbode 50 cv. Entrando definitiva-mente no mercado de tratores

pequenos outros modelos sãolançados como o 1030H,1055 e 2060 e posteriormen-te o modelo 1045. No ano de

2001 cria-se uma nova empre-sa denominada Agritech Ltda,com controle acionário doGrupo Stedile, enquanto quea Yanmar do Brasil S.A. ficatrabalhando somente no setorde motores diesel nacional eimportado.

A faixa de potência quereúne a maior parte da pro-dução de tratores no Brasil es-tá compreendida entre 50 a 99cv. A Massey Ferguson domi-na este segmento, seguido, res-pectivamente da New Holland,Valtra e John Deere. Na faixade 100 a 199 cv a Massey Fer-guson e a Valtra dividem a li-derança seguida pela John De-ere e New Holland. As outrasfaixas de potência ainda nãosão representativas em relaçãoa estas destacadas.

Neste ano, a faixa dos pe-quenos tratores foi dominada

Produção de tratores por faixa de

potência/maio/2009 a maio 2010 de diferentes marcas

Núm

ero

de T

rato

res

Agrale CASE John Deere Massey New Valtra Outras Ferguson Holland Empresas

20000

15000

10000

5000

0

Até 49 cv 50 a 99cv 100 a 199 cv Acima de 200 cv

FIGURA 3: Quantidade de tratores produzidos porfabricante e faixa de potência. Fonte: Anfavea

Os 5 modelos mais produzidos em 2010 - Até 49 cv

140

146

112

8877

160

120

100

80

60

40

20

0Yanmar 1145 4x4 Agrale 4230 4x4 Agrale 4100 Agrale 4118 4x4 Agrale 4118 4x4

71

Núm

ero

de T

rato

res

Tratores Fabricados

FIGURA 4: Número de tratores produzidos pormodelo na faixa de até 49 cv. Fonte: Anfavea

Os 5 modelos mais produzidos em 2010 - 50 a 99 cv

1864

2633

12711045

1516

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

New Holland TL

75E

AGCO MF 275

4x4

Valtra A750 John Deere 5603

4x4

AGCO MF 4275

4x4

Núm

ero

de T

rato

res

Tratores Fabricados

FIGURA 5: Número de tratores produzidos pormodelo na faixa compreendida entre 50 e 99 cv.

Fonte: Anfavea

Desde o início da

produção de

tratores de rodas

na década de 60,

com exceção da

década de 90, a

média de

produção foi

superior as 40.000

unidades.

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AGRIWORLD136

pelo modelo 1145 4x4 do fa-bricante paulista Yanmar, com146 unidades produzidas. Osoutros modelos mais produzi-dos foram da linha 4000 daAgrale.

Na faixa de potência quevai de 50 a 99 cv, caracterís-tica de tratores quatro cilin-dros aspirados, a liderança pormodelo é do New Holland TL75E, seguido do já substituídoMF 275 e com o lançamentodo MF 4275 espera manter es-ta boa posição ou inclusive al-cançar a liderança neste seg-mento.

O modelo BM 125i da Val-tra é o líder de produção nafaixa de 100 a 199 cv que cor-responde aos modelos de qua-tro cilindros turbo comprimi-dos e seis cilindros. Neste seg-

MERCADO

Os 5 modelos mais produzidos em 2010 - 100 a 199 cv

573

803

522 516542

0

900

800

700

600

500

400

300

200

100

Valtra BM 125i John Deere 7515

4x4

Valtra BH 180

4x4

AGCO MF 292

4x4

New Holland

7630 4x4

Núm

ero

de T

rato

res

Tratores Fabricados

FIGURA 6: Número de tratores produzidos pormodelo na faixa compreendida entre 100 e 199 cv.

Fonte: Anfavea

Os 5 modelos mais produzidos em 2010

- Acima de 200 cv

69

292

3417

35

0

350

300

250

200

150

100

50

John Deere 7815 CASE Maxxum

240

CASE Maxxum

220

AGCO MF 7415 AGCO MF 6360

Núm

ero

de T

rato

res

Tratores Fabricados

FIGURA 7: Número de tratores produzidos pormodelo na faixa compreendida acima de 200 cv.

Fonte: Anfavea

Produção de Tratores de 1960 a 2009

427979

74463

225389

451260

406835

0

500000

450000

400000

350000

300000

250000

200000

150000

100000

50000

1950 a 1969 1970 a 1979 1980 a 1989 1990 a 1999 2000 a 2009

Núm

ero

de T

rato

res

FIGURA 8: Evolução da produção nacional de tratoresde rodas, por década. Fonte: Anfavea

O mercado

brasileiro de

tratores de grande

potência, acima de

200 cv, ainda é

pequeno no Brasil

e ainda que seja

voltado à

situações

específicas como

a cana de açúcar

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AGRIWORLD 137

mento aparecem o John De-ere 7515 4x4 e os modelos BH180 4x4 da Valtra, o MF 2924x4 e o New Holland 76304x4, com produções semel-hantes.

O mercado brasileiro detratores de grande potência,acima de 200 cv, ainda é pe-queno no Brasil e ainda queseja voltado à situações espe-cíficas como a cana de açú-car e as grandes áreas do cen-tro-oeste e das áreas de ex-

Produção de Tratores de 1960 a 2009

0

-10000

80000

70000

60000

50000

40000

30000

20000

10000

1960

1962

1964

1966

1968

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

Núm

ero

de T

rato

res

FIGURA 9: Produção anual ao longo dos 50 anos deatuação da indústria nacional de tratores e a linha

de tendência representativa. Fonte: Anfavea

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AGRIWORLD138

pansão da fronteira agrícola,este está crescendo, com oprotagonismo da John Deereque lidera com larga vanta-gem.

Desde o inicio da pro-dução de tratores de rodas nadécada de 60, com exceçãoda década de 90 que foi bas-tante prejudicada pelas crisesda agricultura e pela falta definanciamento, a média deprodução foi superior as40.000 unidades.

Os dados da figura 9 ilus-tram uma linha de tendênciada produção de tratores ao lon-go dos anos. Com referêncianesta tendência, é possível pre-ver um aumento da produçãopara os próximos anos, o quetende a manter o mercado demáquinas aquecido.

A Massey Ferguson lideracom grande diferença dos de-mais fabricantes em relaçãoao número de tratores produ-zidos no Brasil, se destacan-do na faixa de potência de 50a 99 cv. Logo após, com umapequena diferença estão aNew Holland e Valtra, respec-tivamente. A John Deere ocu-pa a quarta posição, e lideracom grande vantagem o seg-mento de tratores acima de200 cv.

Nas vendas internas aMassey Ferguson lidera no nú-mero de tratores vendidos noreferido período. Em seguidaaparece a Valtra e a New Ho-lland sem diferença signifi-cativa no número de unidadesvendidas. Logo após está aJohn Deere, que se encontrana mesma posição do segmen-to de produção.

MERCADO

Exportação de maio/2009 a maio/2010

27 339

1707

7541

2624

1052

63

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

Agral

e

CASE

John

Deere

Mas

sey

Fergu

son

NewHol

land

Valtra

Out

ras

Empr

esas

Núm

ero

de T

rato

res

FIGURA 12: Exportação ao mercado externo detratores, por marca no período de maio de 2009 a

maio de 2010. Fonte: Anfavea

Produção de maio/2009 a maio/2010

2015 851

9068

24401

1511213580

2602

30000

25000

20000

15000

10000

5000

0

Agral

e

CASE

John

Deere

Mas

sey

Fergu

son

NewHol

land

Valtra

Out

ras

Empr

esas

Núm

ero

de T

rato

res

FIGURA 10: Produção de tratores por empresas noperíodo compreendido entre maio de 2009 a maio

de 2010. Fonte: Anfavea

Vendas Internas de maio/2009 a maio/2010

2060660

7462

17709

12956 12981

2561

20000

15000

10000

5000

0

Agral

e

CASE

John

Deere

Mas

sey

Fergu

son

NewHol

land

Valtra

Out

ras

Empr

esas

Núm

ero

de T

rato

res

FIGURA 11: Vendas no mercado interno nacional detratores, por marca no período de maio de 2009 a

maio de 2010. Fonte: Anfavea

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AGRIWORLD 139

Em exportações, a MasseyFerguson lidera com um pou-co mais de 56% do mercado,seguido da New Holland comaproximadamente 20%. JohnDeere e Valtra representam 12e 8% do mercado de expor-tação respectivamente. As de-mais fabricantes contribuemcom um pouco mais de 3%das vendas neste segmento.

Existe certa tendência detratores de maior potência (aci-ma de 100 cv) apresentaremuma relação peso/potência me-nor que as dos tratores meno-

res de 50 cv. Esta tendência ve-rificada no mercado de trato-res brasileiros é semelhante aoque ocorre nos demais paísesprodutores deste tipo de má-quina. O conhecimento da re-lação peso/potência é determi-nante para a determinação dacapacidade de tração do tratoragrícola. Em geral está carac-terizado pela faixa entre 50 e60 kg/kW, no entanto algunstratores ficam fora deste padrão,principalmente os da faixa depotência menor que 50 kW.Mesmo que um trator de pe-

quena potência apresente umaelevada relação peso/potênciaeste não poderá converter seupeso em capacidade de tração,provocando apenas compac-tação do solo.

Por fim, o mercado de tra-tores brasileiro oferece umagrande variedade de tratorespara pequenos, médios e gran-des produtores. Com um gran-de número de empresas con-correntes quem ganha com is-to é o consumidor, que, comgrandes opções, consegue es-colher o trator adequado pa-ra suas necessidades por preçoscada vez mais acessíveis.❏

José Fernando SchlosserMarcelo Silveira de Farias

Rodrigo Lampert RibasUlisses Giacomini Frantz

Relação Peso/Potencia - Sem Lastro

0

0

100

80

60

40

20

Rela

ção P

eso/P

otê

ncia

(kg/k

W)

Potência (kW)

Relação Peso/Potência Logaritmica (Relaçao Peso/Potência)

50 100 150 200 250

FIGURA 13: Tendência da relação peso/potência detodos os tratores atualmente comercializados nomercado nacional de tratores. Fonte: Material de

divulgação das empresas

Existe certa

tendência de

tratores de maior

potência (acima

de 100 cv)

apresentarem

uma relação

peso/potência

menor que as dos

tratores menores

de 50 cv.

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MERCADO

2010 COMEÇA PROMISSOR

PERÍODO: Maio de 2009 2009a maio de 2010 Maio Jun Jul AgoAgrale S.A 112 85 115 191CASE Brasil & CIA 24 34 69 50New Holland Latino Americana S.A 859 962 1215 926Massey Ferguson 1532 1192 1608 1909John Deere do Brasil S.A. 376 783 737 574Valtra do Brasil S.A. 746 210 785 892Outras empresas 174 198 210 209Total de tratores de rodas 3823 3464 4739 4751

PRODUÇÃO / TIPO / EMPRESA

PERÍODO: Maio de 2009 2009a maio de 2010 Maio Jun Jul AgoAgrale S.A 100 151 135 181CASE Brasil & CIA 34 10 24 39New Holland Latino Americana S.A 863 931 972 995Massey Ferguson 1074 874 1202 1334John Deere do Brasil S.A. 420 524 722 485Valtra do Brasil S.A. 605 689 758 878Outras empresas 170 210 212 196Total de tratores de rodas 3266 3389 4025 4108

VENDAS INTERNAS / TIPO / EMPRESA

PERÍODO: Maio de 2009 2009a maio de 2010 Maio Jun Jul AgoAgrale S.A 0 1 2 4CASE Brasil & CIA 10 65 38 15New Holland Latino Americana S.A 92 222 170 91Massey Ferguson 830 633 385 512John Deere do Brasil S.A. 124 54 116 33Valtra do Brasil S.A. 70 53 65 29Outras empresas 0 0 1 18Total de tratores de rodas 1126 1028 777 702

EXPORTAÇÃO / TIPO / EMPRESA

AGRIWORLD140

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DEPOIS DE UM ÓTIMO ANO DE 2008 E UMA FORTE RECUPERAÇÃO EM 2009, O ANODE 2010 COMEÇA PROMISSOR. HÁ UMA EXCELENTE EXPECTATIVA PARA TODAS ASCOMPANHIAS

2009 2010Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio163 131 196 135 135 175 140 210 22745 88 48 16 72 95 50 94 166943 1237 1300 1390 968 936 1473 1376 1527

1966 2226 2122 1860 1673 1717 2175 2077 2344657 695 731 288 535 718 850 1198 926

1121 1238 1250 911 947 1157 1491 1334 1498220 216 202 144 154 205 211 230 2295115 5831 5849 4744 4484 5003 6390 6519 6917

2009 2010Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio184 147 214 128 117 157 159 193 19435 86 65 8 33 88 51 73 114919 1056 1030 1093 756 887 1165 890 1399

1632 1710 1228 1221 1115 1281 1740 1543 1755522 766 559 327 398 524 639 929 647

1051 1024 1026 1108 901 1085 1404 1253 1199212 201 184 139 174 205 213 222 2234555 4990 4306 4024 3494 4227 5371 5103 5531

2009 2010Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio3 0 2 2 1 0 2 6 462 16 26 10 13 13 8 9 54164 165 253 299 141 202 212 248 365548 453 969 935 484 407 294 336 755126 168 114 208 12 80 110 221 34191 64 106 41 27 35 81 166 22412 24 6 2 0 0 0 0 0

1006 890 1476 1497 678 737 707 986 1743

AGRIWORLD 141

Fonte: ANFAVEA

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AGRIWORLD142

PREÇOSAGRICOLAS

Preço (R$)2009

Produto Unidade maio jun jul ago setAlgodão em caroço 15 kg 13,91 13,94 13,9 13,87 13,96Algodao em pluma 15 kg 41,34 41,63 40,88 39,4 40,37Amendoim em casca sc. 25 kg 16,96 16,36 17,88 18 17,41Arroz em casca sc.60 kg 36,27 35,82 34,21 34,96 33,94Banana nanica cx. 21 kg 10,79 9,86 9,62 12,51 11,69Batata sc. de 50 kg 48,84 46 50,11 41,33 51,19Bezerro unidade 523,46 530,62 538,3 530,71 529,12Boi gordo 15 kg 77,52 78,42 78,83 77,93 76,37Boi magro unidade 862,28 888,62 905,67 901,43 883,82Borracha(coagulo) kg 1,28 1,31 1,35 1,37 1,37Burro domado Unidade 1534,12 1559,77 1550,24 1541,79 1625,63Cafe benef. cereja descasc. sc.60 kg 261,57 258,32 255,31 261,96 254,38Cafe benef. secagem natural sc.60 kg 244,56 243,07 235,04 237,74 238,3Cafe em coco 40 kg 74,26 73,32 71,73 73,24 72,33Café em coco renda kg de renda 3,7 3,66 3,54 3,63 3,57Cana de acucar t de ATR 34,41 33,32 32,68 32,98 33,64Casulo kg 7,4 7,13 7,48 7,13 6,8Cebola kg 0,73 0,66 0,87 0,57 0,59Feijao sc.60 kg 83,43 82,62 87,12 76 73,36Frango para corte kg 1,61 1,82 1,81 1,58 1,41Garrote unidade 718,46 738,13 748,46 749,68 751,32Laranja para industria cx.40,8 kg 6,78 5,95 5,17 5,42 5,02Laranja para mesa cx.40,8 kg 11,05 9,19 7,73 7,36 8,43Leitao de recria kg 3,96 4,22 4,1 4,05 4,11Leite tipo B litro 0,72 0,76 0,78 0,81 0,81Leite tipo C litro 0,63 0,68 0,71 0,73 0,72Mamona kg 0,85 0,7 0,65 0,67 0,75Mandioca para industria ton 136,66 134,16 125,64 130,99 133,66Mandioca para mesa cx.23 kg 9,1 10,79 8,26 8,22 9,55Mel de Abelha balde/lata 25 kg 257,5 311 277,75 301,5 275,75Milho sc.60 kg 19,58 19,81 18,92 18,12 17,48Novilha unidade 659,8 662,13 664,24 652,25 662,17Ovos de codorna cx. 50 dz 23 23,93 24,01 24,31 25,44Ovos tipo extra cx.30 dz 42,64 43,91 40,81 40,55 37,63Ovos tipo grande cx.30 dz 41,76 42,78 39,51 39,01 35,66Ovos tipo medio cx.30 dz 39,61 40,94 36,94 37,13 33,35Poedeira descarte leve kg 0,44 0,52 0,53 0,54 0,45Poedeira descarte pesada kg 0,84 0,91 0,8 0,78 0,64Soja sc.60 kg 45,89 46,13 45,45 44,6 43,4Sorgo sc.60 kg 15,17 14,76 13,82 13,59 13,07Suino para abate 15 kg 44,92 48,31 44,16 45,8 47,11Tomate para industria ton 230 260 190 210 240Tomate para mesa cx. 22 kg 21,0144 22,968 19,2632 30,2192 24,3496Touro unidade 1851,63 1931,11 1997,97 2059,64 2018,24Trigo sc.60 kg 31,1 30,18 30,93 29,75 27,75Vaca de criar unidade 1006,1 1011,67 1018,03 1026,29 1015,16Vaca gorda 15 kg 69,94 71,43 71,72 70,74 70,03Vaca leiteira acima de 20l/dia unidade 2784,71 2892,47 2977,22 2937,97 2806,63Vaca leiteira de 10 a 20l/dia unidade 2127,66 2206,82 2288,26 2194,18 2152,42Vaca leiteira de 5 a 10 l/dia unidade 1469,5 1473,24 1576,25 1506,51 1467,13Vaca leiteira ate 5 l/dia unidade 1044,15 1073,98 1112,07 1061,33 1023,06Vaca magra unidade 668,89 696,76 687,93 689,24 685,34

PREÇOS MÉDIOS MENSAIS RECEBIDOS PELOS AGRICULTORES

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AGRIWORLD 143

Preço (R$)2010

out nov dez jan fev mar abr maio13,66 13,85 13,6 14,5 15,31 14,83 16,27 16,8140,05 41,74 43,45 45,53 48,11 50,06 54,95 52,8623,58 22,62 20,76 20,83 23,69 23,98 24,87 26,8636,61 36,47 35,66 38,83 38,45 35,13 34,21 36,1211,5 11,15 7,13 6,45 7,12 11,18 11,66 9,7645,35 59,8 36,05 42,5 73,85

670,95 626,45 623,74 623,41 623,07 667,5 701,63 738,177,32 74,74 72,26 73,84 74,02 75,79 79,86 78,441007,5 938,18 922,86 926,29 961,97 1033,06 1085,48 1119,241,47 1,49 1,69 1,88 2,24 2,56 2,69 2,72

1544,05 1380,11 1390,24 1502,81 1551,85 1637,92 1620,01 1673,59273,8 280,59 291,52 292,37 293 290,14 292,08 296,69

247,57 259,86 269,99 270,51 271,05 266,56 269,86 275,2678,08 81,3 83,29 77,18 85 79,66 80,91 83,853,87 3,91 3,86 3,58 4,06 3,96 4,06 4,1299,6 309,64 318,06 326,24 338 347,76 349,2 388,86,48 6,73 6,99 7,35 7,04 6,68 6,94 7,351,554 1,1

58 72,72 55,46 50,63 58,75 93,31 119,01 146,511,51 1,52 1,64 1,58 1,63 1,53 1,41 1,39

845,55 751,83 748,03 746,38 769,82 841,9 881,95 888,085,92 6,44 7,19 7,36 9,89 9,43 8,2 13,897,92 8,07 8,43 9,84 19,81 21,18 16,57 15,464,27 4,48 4,77 4,93 4,49 4,62 5,13 4,830,85 0,82 0,79 0,78 0,79 0,83 0,85 0,880,74 0,72 0,68 0,67 0,69 0,72 0,74 0,780,45 0,67 0,7 0,75 0,71 0,8 0,83 0,8

134,94 158,06 158,25 157,34 166,47 178,25 198,66 185,96,35 6,57 5,76 5,5 6,18 6,54 6,64 6,11

168,77 148,37 153,96 160,65 132,06 122,23 118,99 121,5417,12 17,21 16,83 16,44 14,92 14,77 14,89 15,2667,79 642,04 663,42 671,41 701,67 704,86 738,88 704,4823,97 24,95 28,28 25,54 24,77 25,88 25,88 27,0831,71 30,98 34,78 32,92 37,75 40,45 39,53 39,4930,33 29,11 32,87 30,77 35,99 38,48 37,68 38,4627,71 26,23 30,24 27,63 33,82 36,28 36,09 36,940,33 0,4 0,31 0,31 0,31 0,36 0,4 0,450,65 0,61 0,59 0,41 0,57 0,46 0,67 0,83

43,95 43,3 43,03 39,05 34,11 32,7 32,45 34,0411,85 11,96 10,93 10,57 9,48 9,81 9,39 10,3949,97 47,48 48,71 49,53 46,85 50,87 51,07 52,98170,29 231,15 238,47 203,37 436,62 309,32 226,5439,35 31,05 26,16 13,89 23,32 38,87 31,5 27,52

1878,63 1945,06 1889,68 1909,13 1822,4 1827,68 1937,09 1981,0727,16 26,81 25 25 24,26 23,77 22,23 22,04970,03 923,84 911,56 960,21 976,66 986,89 1023,4 998,6673,15 70,53 69,44 70,87 70,57 72,08 75,06 73,67

2949,75 2808,28 2743,45 2790,97 2674,93 2970,19 3051,41 3140,172156,56 2115 2038,57 2042,79 1999,56 2283,78 2298,67 2465,911468,09 1470,12 1432,34 1387,5 1459,57 1561,5 1622,25 1605,441063,73 1073,73 1058,25 1025,42 1042,14 1065,79 1097,85 1139,73676,37 705,16 692,66 720,13 715,46 751,97 749,59 745,68

http://www.iea.sp.gov.br/out/banco/menu.php Fonte: Instituto de Economia Agrícola (IEA)O Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (APTA), a Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA), é uma instituição

que, desde 1942, pesquisa, analisa, produz e divulga dados e informações econômicas para atender as necessidades da agricultura e da sociedade em geral.

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AGRIWORLD144

Lo que conviene saber sobre

LA AGRICULTURADE PRECISIÓN

Soluciones para disminuir

EMISIONES DE POLUCIÓN EN MOTORES

En Europa las emisiones de gases de los motoresde los tractores están reglamentadas porlegislaciones específicas. En Brasil todavía no,pero es cierto que más pronto que tarde setendrán que adoptar. Por tanto, merece la penaconocer de cerca las leyes que actualmente seencuentran en vigor, tanto en Estados Unidoscomo en el “viejo continente”.

Después de analizar los sistemas deposicionamiento y guiado, este segundo

artículo dedicado a la ‘agricultura deprecisión’ se centra en el tratamiento de la

información recogida y su gestiónagronómica.

El crecimiento de la población mundial, la escasezdel agua, lo que se conoce como ‘cambioclimático’, la presión de los países en vías dedesarrollo o la excesiva dependencia del petróleo ysus derivados son algunos de los factores quemotivan la búsqueda de nuevas fuentes de energíay pueden provocar un cambio total de tendenciaen la agricultura mundial.

Las fuentes de energía del futuro

LA NUEVA FRONTERA

RESUMEN DE CONTENIDOS DE ESTE NÚMERO

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AGRIWORLD 145

Etanol en la

AVIACIÓN AGRÍCOLAEl etanol como combustible para motoresde combustión interna fue introducido enBrasil durante el siglo pasado. Supotencial de uso en la aviación agrícolaestá verificado a partir de un análisis dela flota brasileña de aeronaves en estesegmento.

Desbrozadoras y corta-hierbas

PARA MANEJAR A MANOSe utilizan para el desbrozado de áreas de

difícil acceso o para pequeñas superficies, yaque ofrecen baja capacidad de trabajo; los

taludes en las proximidades de las carreterasy el desbroce de malezas en para el controlde incendios son sus campos de aplicación

más frecuentes.

Mário BarrosGerente nacional de ventas para el segmentoAgrícola de Bridgestone do Brasil

“Los neumáticos Firestone sonconsiderados los más avanzadostecnológicamente en Brasil y entodo el mundo”

ENTR

EVIS

TA

Jak TorrettaDirector de Marketing de Valtra

“Hoy en día, no somos solamenteuna empresa de tractores”

Flavio CrosaDirector de Ventas y Marketing de Agrale

“Agrale siempre fue una empresaabierta y acostumbrada a buenascolaboraciones”

Carlos MonrealVicepresidente Global de Agricultura de TopconPrecision Agriculture (TPA)

“La demanda superó nuestrasmejores expectativas”

César Di LucaDirector Comercial de Case IH

“Nuestro objetivo es alcanzar el25% de mercado encosechadoras y el 10% entractores en América Latina para2012”

EN ESPAÑOL

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