ojornal 04/12/2011

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ornal J ornal J O ANO 18 NÚMERO 372 R$ 3,00 www.ojornalweb.com MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 DOMINGO Exemplar de Assinante ASSINATURAS: 82 4009.1919 CLASSIFICADOS: 82 4009.1930 PUBLICIDADE: 82 4009.1961 PABX: 82 4009.1900 Thiago Sampaio Yvette Moura Hoje sai o Campeão 05h19..................................................0.6 11h26..................................................1.5 17h43..................................................0.6 23h45..................................................1.6 NOVA......................................................27/12..12h22 CRESCENTE...............................................05/12..21h25 CHEIA.....................................................12/12..16h38 MINGUANTE...............................................19/12..10h30 MARÉS FASES DA LUA A história de Freitas Machado, considerado o pai da Química no Brasil Muito glamour e requinte nos cruzeiros marítimos B1 Para quem torce pelo Corinthians D epois de um começo de ano difícil, o Corin- thians deu a volta no Brasileirão. Se repetir hoje a história que escreveu em todo o campeo- nato, o Corinthians será campeão. O time precisa de um empate diante do Palmeiras para levantar a taça. O Timão tem no histórico a marca de não ter perdido duas vezes para o mesmo adversário, sem contar que tem a melhor média de público, número de vitórias e a defesa menos vazada da competição. Para quem torce pelo Vasco P ara ser campeão do Brasileirão, o Vasco não depende apenas de suas forças. Porém, para ter a chance de levantar o troféu, terá de fazer sua parte vencendo o maior rival: o Flamengo. O time que fez uma excelente campanha de recuperação conquistou a Copa do Brasil e quase chegou à final da Sul-Americana. Além disso, o clube tem um pacto de ser campeão em homenagem ao técnico Ricardo Gomes, que se recupera de um AVC. OAB de Alagoas recebe queixas de pessoas que acusam policiais militares de agressão; Corregedoria apura os casos A9 Militares são denunciados ABORDAGENS NA TV Marcelo Serrado, que vive o Crô em Fina Estampa, destaca a popularidade e aceitação de seu personagem. PÔSTER Na edição de hoje, O Jornal presenteia o torcedor alagoano com um pôster do CRB que foi destaque do Estado na Série C. SALA VIP Marília Herman e Gabriela Jatobá voltam a Alagoas para mostrar o que aprenderam no mundo da moda em suas viagens. FICHA LIMPA PEC no Senado quer estender efeitos da “Lei da Ficha Limpa” aos servidores públicos efetivos e comissionados. Em Palmeira dos Índios, o prédio está concluído e impressiona pela estrutura NO INTERIOR NA ASSEMBLEIA Denúncia da GDE lembra o caso da extinta GAP A recente denúncia do depu- tado João Henrique Caldas na Assembleia Legislativa sobre o pagamento da GDE lembra denúncia feita anos antes sobre a extinta GAP - um dos pilares da Operação Taturana, em 2007. BOMBEIROS Dois postos para salva-vidas serão reformados Dois postos de salvamento do Corpo de Bombeiros serão reformados em Maceió e região metropolitana. São locais onde os salva-vidas se posicionam para observar a movimentação de banhistas na praia. A3 UPAs estão prontas, mas não funcionam A14 A20 A4 Sai hoje o campeão brasileiro de 2011 A23

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OJORNAL 04/12/2011

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ornalJ ornalJOANO 18 NÚMERO 372 R$ 3,00

www.ojornalweb.comMACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 DOMINGO

Exem

plar

de

Assi

nant

e

ASSINATURAS: 82 4009.1919 CLASSIFICADOS:

82 4009.1930

PUBLICIDADE: 82 4009.1961

PABX: 82 4009.1900

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oura

Hoje sai o

Campeão

05h19..................................................0.6 11h26..................................................1.5

17h43..................................................0.6 23h45..................................................1.6

NOVA......................................................27/12..12h22

CRESCENTE...............................................05/12..21h25

CHEIA.....................................................12/12..16h38

MINGUANTE...............................................19/12..10h30

MARÉS FASES DA LUA

A história de Freitas Machado, considerado o paida Química no Brasil

Muito glamoure requinte nos cruzeirosmarítimos

B1

Para quem torce pelo Corinthians

Depois de um começo de ano difícil, o Corin-thians deu a volta no Brasileirão. Se repetir

hoje a história que escreveu em todo o campeo-nato, o Corinthians será campeão. O time precisa de um empate diante do Palmeiras para levantar a taça. O Timão tem no histórico a marca de não ter perdido duas vezes para o mesmo adversário, sem contar que tem a melhor média de público, número de vitórias e a defesa menos vazada da competição.

Para quem torce pelo Vasco

Para ser campeão do Brasileirão, o Vasco não depende apenas de suas forças. Porém, para

ter a chance de levantar o troféu, terá de fazer sua parte vencendo o maior rival: o Flamengo. O time que fez uma excelente campanha de recuperação conquistou a Copa do Brasil e quase chegou à final da Sul-Americana. Além disso, o clube tem um pacto de ser campeão em homenagem ao técnico Ricardo Gomes, que se recupera de um AVC.

OAB de Alagoas recebe queixas de pessoas que acusam policiais militares de agressão; Corregedoria apura os casos A9

Militares são denunciadosABORDAGENS

NA TVMarcelo Serrado, que vive o

Crô em Fina Estampa, destaca a popularidade e aceitação de seu personagem.

PÔSTERNa edição de hoje, O Jornal

presenteia o torcedor alagoano com um pôster do CRB que foi destaque do Estado na Série C.

SALA VIPMarília Herman e Gabriela

Jatobá voltam a Alagoas para mostrar o que aprenderam no mundo da moda em suas viagens.

FICHA LIMPA PEC no Senado quer estender

efeitos da “Lei da Ficha Limpa” aos servidores públicos efetivos e comissionados.

Em Palmeira dos Índios, o prédio está concluído e impressiona pela estrutura

NO INTERIOR

NA ASSEMBLEIA

Denúncia da GDElembra o caso da extinta GAP

A recente denúncia do depu-tado João Henrique Caldas na Assembleia Legislativa sobre o pagamento da GDE lembra denúncia feita anos antes sobre a extinta GAP - um dos pilares da Operação Taturana, em 2007.

BOMBEIROS

Dois postos para salva-vidasserão reformados

Dois postos de salvamento do Corpo de Bombeiros serão reformados em Maceió e região metropolitana. São locais onde os salva-vidas se posicionam para observar a movimentação de banhistas na praia. A3

UPAs estão prontas, mas não funcionam

A14

A20

A4

Sai hoje o campeão brasileiro de 2011

A23

Em casaOs irmãos do deputado

estadual Gilvan Barros, Gilberto e Sebastião, travam uma silenciosa guerra pela sucessão na eleição em Girau do Ponciano. Como o sobrinho Davi Barros deixa o cargo em alta e praticamente sem oposição, o escolhido tem tudo para ser eleito o futuro prefeito.

A necessidade de uma tipi-ficação especial para crimes de trânsito também é ponto de convergência entre os espe-cialistas da comissão. Os juris-tas sugerem que se agilize o processo em casos de aciden-tes fatais, nos quais, pelo atual Código, perde-se um bom tempo no debate sobre qual o enquadramento do crime, homicídio culposo ou doloso.

“Uma sugestão é criar uma figura penal intermedi-ária entre o dolo eventual e a culpa consciente. Essa figura é culpa temerária. Seria uma culpa gravíssima para casos como ter bebido, um racha, ou excessiva velocidade. E essa figura intermediária tem pena intermediária entre a pena do homicídio culposo e a do homicídio doloso. Assim, não se discutiria mais isso no processo sobre dolo. Já se vai direto para esta culpa”, expli-cou o jurista e cientista crimi-nal Luiz Flávio Gomes.

Também são propostas em discussão a unificação das

penas de reclusão, detenção e prisão em apenas um tipo, a de prisão; a estipulação de multas sempre que no crime houver dano indenizável e a incorporação ao Código Penal dos crimes previdenciários e contra a ordem tributária.

Os especialistas debatem também uma “reserva” para o Código Penal, assegurando que qualquer nova alteração na questão penal seja feita diretamente no Código, por meio de lei complementar, e não mais por leis específicas.

Em outro trecho do Código, discute-se a reclassificação das contravenções penais. Parte dos especialistas concorda que algumas das contraven-ções existentes hoje podem ser transformadas em crimes e, outras, em meras infrações.

Tipificação para crimes cometidos no trânsito

Comissão apresentaprimeiras mudanças

Uma das propostas éaumentar percentualda pena a cumprir para que preso tenha direito à progressão

A comissão de juris-t a s i n s t a l a d a p e l o Senado para elaborar

o anteprojeto de reforma do Código Penal, o decreto--lei 2.848/1940, reuniu-se na tarde da última sexta-feira para apresentar as primeiras mudanças, reunidas pelas subcomissões temáticas, a serem propostas. As sugestões ainda não são definitivas, mas já revelaram alguns consen-sos entre os especialistas.

Um deles é de que é preciso aumentar o percentual a ser cumprido da pena para que o preso tenha direito ao sistema progressivo. Juristas conside-ram muito baixo o percentual de um sexto cumprido para que o preso obtenha o direito de progressão de pena. Um novo percentual ainda está em discussão. Uma das propostas é de um terço para

início do sistema de progres-sivo e metade para liberdade condicional ou de metade para progressão e dois terços para liberdade condicional em caso de crimes hedion-dos.

Outro consenso é quanto ao cumprimento do regime semiaberto. Segundo o advo-

gado e professor universitá-rio René Ariel Dotti, um dos subrelatores do anteprojeto, hoje ocorre no país trata-mento diferente para presos em mesmo regime de conde-nação. Isso porque em alguns estados há albergues para abrigar aqueles que cumprem pena em regime semiaberto.

Já em outros, presos na mesma situação são enca-minhados às suas próprias casas, transformando o benefício em uma espécie de prisão domiciliar. Uma solu-ção em avaliação seria substi-tuir o regime semiaberto por uma pena alternativa.

Arnaldo Alves - AENotícias.

Segundo o professor René Dotti, presos em mesmo regime de condenação no País recebem tratamento diferenciado

NOVO CÓDIGO PENAL

<No data from link>

Luiz Flávio Gomes fala na possibilidade de criação de "figura intermediária" entre o dolo eventual e a culpa consciente

A2 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]ítica

Caindo

Começando

Marcelo Brabo e Welton Roberto despontam como nomes mais próximos de Omar Coelho na sucessão pelo comando da OAB Alagoas. O grupo

está apresentando sinais de fissura interna – o que pode gerar um racha e até mesmo beneficiar a oposição. A eleição só acontecerá no ano que vem, mas o assunto já é ponto de pauta nas conversas entre advogados de Alagoas.

Diretas

Entre os secretários do prefeito Cícero Almeida é pequeno o número dos que devem se afastar do cargo em março para disputar a eleição de vereador.

Somente Thomaz Beltrão e Pinto de Luna, ambos do PT, anun-ciaram esse interesse. Mosart Amaral pode aparecer na chapa majoritária como prefeito ou vice.

O PSOL montou uma chapa com quase 50 nomes na disputa pela Câmara de Maceió. Puxando votos a vereadora Heloísa Helena.

Da Redaçã[email protected]

PautaGeral

No início do próximo ano, a comissão especial de juris-tas vai promover audiências públicas para que as propos-tas de reforma do Código Penal sejam discutidas com a socie-dade. Na primeira audiência pública, marcada para 17 de fevereiro em São Paulo, serão debatidos os crimes contra a vida. Na segunda, prevista para 2 de março em Brasília, o tema será a punição para crimes contra liberdade sexual.

A comissão terá também uma reunião conjunta com a subcomissão de Segurança Pública, criada no âmbito da

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), para apresentar aos senadores o andamento dos trabalhos. O encontro foi proposto pelo senador Pedro Taques (PDT-MT), presidente da subcomis-são e autor do requerimento que criou a comissão especial. Taques participou de parte da reunião desta sexta-feira.

Para a reunião conjunta entre juristas e senadores, serão convidados, além do presidente do Senado, José Sarney: o presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso; o procurador

geral da República, Roberto Gurgel, e o presidente da OAB Nacional, Ophir Cavalcante. O encontro está marcado para o próximo dia 19 de dezembro.

A COMISSÃOInstalada em outubro deste

ano, a Comissão de Reforma do Código Penal do Senado é formada por 16 juristas e divi-dida em grupos que estudarão a parte geral do Código; a parte especial, que trata dos crimes e das penas; e a chamada legislação extravagante, que, apesar de tratar de crimes, não faz parte do Código. A comis-

são tem até o dia 25 de maio para elaborar o anteprojeto a ser analisado pelo Congresso Nacional.

Relator da proposta , o procurador Luiz Carlos Gonçalves pediu aos subrela-tores da comissão que traba-lhem no recesso de janeiro para entregarem seus pare-ceres setoriais até o final de fevereiro. Assim haverá tempo hábil para discussão das propostas antes da consolida-ção do anteprojeto. A próxima reunião administrativa da comissão foi marcada para o dia 9 de março.

Previsão de audiências públicas com sociedade

O ex-deputado estadual Marcos Ferreira vem notando seu nome perder força na sucessão em Santana do Ipanema. Ele esperava ser o candidato apoiado pelo governador Teotonio Vilela Filho e, agora, já percebe que o ex-prefeito Marcos Davi aparece muito mais forte entre os tucanos.

Abriu a portaO novo reitor Eurico Lôbo venceu a eleição da Ufal de ponta a ponta. Foi lançado pela reitora Ana Dayse Dórea. Só enfrentou resistência do movimento estudantil - que sempre teve dificuldades de relacionamento com a reitora. Agora, já empossado prometeu abrir um canal de diálogo com os setores mais moderados.

FritandoO superintendente José Pinto de Luna é de longe o mais criticado dos nomes da administração de Maceió. Ele assumiu a SMTT com a promessa de resolver os inúmeros problemas no trânsito da capital. Tinha fama de bom gestor pela passagem no comando da Polícia Federal em Alagoas. Só que até agora muito pouco de efetivo foi feito, o que irrita até mesmo os aliados do prefeito Cícero Almeida. Nem os paliativos andam atingindo os resultados esperados. A cidade quase parou na última quinta-feira.

Não trabalha, mas ganhaFloripes Kummer, sogra do prefeito afastado de Traipu, Marcos Santos, recebia como professora da rede municipal mesmo sem trabalhar. Ela está na última ação civil proposta pelo Ministério Público Estadual.

FamosoO deputado estadual João Henrique Caldas apareceu no programa nacional do PTN que foi veiculado essa semana. Como o texto já estava gravado antes do discurso ácido, ele não falou nada da tensão gerada com as suas denúncias sobre um esquema de desvios de recursos públicos na Assembleia Legislativa.

Deve esquentarMaceió, Arapiraca, Santana do Ipanema, União dos Palmares, Porto Calvo e Maragogi. Nesses municípios, os prefeitos não podem ser reeleitos em 2012 - o que só deve acirrar o clima eleitoral.

Assunto veio à tonana última quarta, com discurso de deputado,que revelou outrosproblemas na Casa

ALEXANDRE H. [email protected]

A semana foi extrema-mente tensa na Assem-bleia Legislativa após a

denúncia do deputado esta-dual João Henrique Caldas (PTN) da existência de um suposto esquema de desvio de recursos. Segundo ele, o pagamento da Gratificação de Dedicação Excepcional (GDE) é feito sem nenhum controle e sem registro no contracheque dos servidores lotados nos gabinetes. JHC protocolou um documento

informando que devolveu ao Tesouro Estadual R$ 650 mil, através de um depósito na conta única do Estado.

O assunto remonta a extinta Gratificação de Atua-ção Parlamentar (GAP) que foi um dos pilares da Opera-ção Taturana, que estourou

em 2007 e terminou com o afastamento do mandato de nove deputados estaduais por quase um ano. A discussão dentro da Assembleia Legis-lativa sobre sua legalidade não é nova. O agora deputado federal Rui Palmeira (PSDB) foi o primeiro a levantar dúvi-

das sobre sua validade. Assim como fez JHC, ele também devolveu os recursos - que na época eram depositados com o salário dos deputados.

Na defesa das acusa-ções, o presidente Fernando Toledo (PSDB) afirmou que a metodologia utilizada para concessão da GDE é similar à utilizada pela Câmara dos Deputados. No entanto, a gratificação paga em Brasília não é feita de forma aleató-ria e tem seus critérios bem especificados na portaria que determinou sua criação.

A única similaridade é a possibilidade de nomeação do número de assessores. Cada deputado estadual pode nomear livremente até 25 comissionados para seu gabi-nete, ao custo mensal total de R$ 50,8 mil.

Thiago Sampaio

JHC protocolou documento informando que devolveu R$ 650 mil ao erário

Juiz Manoel Cavalcante de Lima Neto determinou a suspensão do pagamento da gratificação em outubro deste ano

A3O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]ítica

ContextoRoberto [email protected]

JHC DENUNCIOU AINDA SOBRE SERVIDORES

- Há 15 anos não se realiza o paga-mento referente ao adicional de férias;

- 3,5 folhas salariais atrasadas (ainda dos anos 90);

- 0,9% descontados do 13º salário de outubro de 2000;

- 30% subtraídos dos salários de outubro de 2000;

- Não pagamento da folha integral de dezembro de 2002; e

- 3 quinquênios não implantados desde 1995;

GDE NA ASSEMBLEIA

Denúncia recente lembra a extinta GAP

Como funciona a gratificação denunciada na 4ª

Mesmo assim, o parlamen-tar, se quiser, pode “dar um plus” no salário do assessor. O deputado estadual solicita a Mesa Diretora o pagamento do benefício para um número determinado de comissiona-dos de seu gabinete. Ele não precisa especificar o motivo da gratificação, mas apenas

pedir que os valores entrem na folha no mês seguinte. A decisão fica por conta de um colegiado composto por cinco deputados da Mesa Diretora que decide quem e quanto podem receber a GDE.

O estranho nesta histó-ria é que o valor varia mês a mês - o que fere o princípio da

isonomia, garantido na Cons-tituição Federal. A presidência não informou quanto é gasto por cada um dos deputados, apenas assegurou que o total do pagamento fica em torno de R$ 1 milhão por mês. Mas O JORNAL apurou que alguns gabinetes chegam a receber R$ 100 mil por mês, o que vai

de encontro aos cálculos do tucano, já que, no mínimo, 24 parlamentares estariam recebendo a GDE. Com os R$ 65 mil todos os meses, média apresentada por JHC, o valor ultrapassaria R$ 1,5 milhão e chegaria perto dos R$ 70 milhões em quatro anos de mandato.

Clima deve continuar tenso dentro do Legislativo

Nos bastidores, o discurso gerou uma série de consultas entre os deputados. Teve gente que chegou a pedir a cassação de João Henrique Caldas por ter exposto a vida financeira do Legislativo. A quebra de decoro para tirar o mandato de JHC seria então justificada com a acusação de aquele não teria respeitado o presidente, ao dizer que tinha sido boico-tado, logo quando um apagão no plenário encerrou a trans-missão do discurso.

No entanto, a Eletrobras confirmou que justamente naquele horário existiu um problema no fornecimento de toda a região do Centro de Maceió.

O deputado João Henri-que Caldas afirmou que não vai recuar. O presidente Fernando Toledo disse que vai provar que não existe ilegali-dade no pagamento da GDE. O primeiro está sozinho, pois nem mesmo o PT e o PMDB – que fazem oposição decla-raram apoio. O máximo foi o deputado Judson Cabral afir-mando que nenhum de seus assessores recebia a gratifica-ção. O discurso foi proferido quase no final de uma sessão um dia após o bate-boca entre os deputados. O assunto não iria sequer ganhar repercus-são.

J á Fe r n a n d o To l e d o, ganhou apoio da maioria, tendo o deputado Temoteo Correia (DEM) na linha de frente dos ataques. Ele chegou a comparar JHC com o trafi-cante Fernandinho Beira-Mar, além de chamar o deputado de imaturo e desnecessário.

Gratificação já deveria estar sob suspensãoEm outubro, o juiz Manoel

Cavalcante de Lima Neto, da Vara da Fazenda Pública Esta-dual determinou a suspensão imediata do pagamento da “Gratificação de Dedicação Excepcional”, criada com a lei 6.975, de 25 de agosto de 2008, na presidência de Fernando Toledo. O magis-trado atendeu a uma Ação Civil Pública do governo do Estado que apontava que a Assembleia aumentou seus

gastos com pessoal acima dos limites da Lei de Responsa-bilidade Fiscal (LRF). Causa estranheza que o pagamento tenha sido feito na folha de novembro, como denunciou João Henrique Caldas.

A ação recebeu reforço do Sindicato dos Servidores do Legislativo – responsá-vel pelo municiamento de informações ao deputado JHC. É tanto, que o ofício protocolado por ele e que dá

um prazo de 30 dias é reche-ado de informações forneci-das pelo Sindlegis. Foram os sindicalistas que informaram ao deputado que Fernando Toledo criou 60 novos cargos comissionados de “asses-sores administrativos espe-ciais”, para os quais foram nomeados ex-terceirizados que haviam deixado de rece-ber salários. Além disso, ele fez outras denúncias (veja Box).

Alvíssaras

Para o desespero dos que têm a ficha suja, a tendência no Supremo Tribunal Federal é fazer a "Lei da Ficha Limpa” ser aplicada com efeito retroativo.

Se a lei servir também às condenações por qualquer colegiado e em primeira instância, muita gente ficará de fora do processo eleitoral por oito anos ou dois mandatos.A pressão nacional, inclusive de Alagoas, para que o STF aplique a "Lei da Ficha Limpa” com o rigor da mobilização com quase 2 milhões de assinaturas, parece ter surtido efeito, e alguns ministros chegaram a mudar o voto para se ajustarem às exigências da sociedade.É sem dúvida a vitória do bem contra o mal que ameaçava o processo eleitoral brasileiro, ao desconsiderar os antecedentes dos candidatos a cargos eletivos e que, de ordinário, usavam esses cargos como blindagem à lei.Na reta do final do ano, essa é sem dúvida uma excelente notícia.

Expressas

Parte do dinheiro devolvido por Alagoas ao Ministério de Educação deveu-se a municípios que estão inadimplentes; a outra parte deveu-se mesmo à falta de projetos.

A Universidade Federal de Alagoas bateu o recorde de alunos que vão fazer pós-graduação na Europa e nos Estados Unidos.

Foram selecionados 34 alunos da Ufal para pós-graduação nos Estados Unidos e na Europa (França e Espanha) e tem mais 10 na lista de espera.

O vereador Paulo Corintho (PDT) quer entrar na disputa como um dos mais atuantes do ano.

Lista de presençaMas pelo menos Luciano Barbosa já deu a dica ao dizer que o candidato está entre Josenildo, Yale Fernandes, Ricardo Teófilo e a deputada federal Célia Rocha (PTB).

CaxiasAutor da proposta para estender ao Exército os 7% de royalties que a Petrobras paga à Marinha pela segurança da Plataforma Continental, o senador Fernando Collor (PTB) está na lista para ser agraciado com uma medalha.

AvisoO senador Renan Calheiros (PMDB) previu: “Ou a sociedade se junta para conter o consumo de crack ou o crack vai causar sérios estragos à sociedade”. O senador falou sobre a expansão do consumo da droga, que atinge todo o País.

Fogo corredorO ex-governador Ronaldo Lessa mantém acesa a chama da esperança em assumir o governo do Estado. E que ninguém ouse apagar a chama, pois Lessa vira uma fera.

De DeusO nome do DEM – e só tem ele – é o deputado Jeferson Moraes, que reage e anda dizendo a quem lhe tem perguntado que não será vice de ninguém. “Vice só de Deus!”, sustenta o deputado estadual mais votado em Maceió.

Do viceO PSDB do governador Téo Vilela e o DEM do vice-governador José Thomaz Nonô estão conversando sobre a sucessão municipal em Maceió. A proposta é para o DEM indicar o vice-prefeito do deputado federal Rui Palmeira.

Favas contadasPara o vice-governador José Thomaz Nonô, nada impede o acordo com o PSDB.

AbertoFilha de Geraldo Sampaio e neta de Juca Sampaio, a suplente de deputada pelo PT Patrícia Sampaio chegou a pensar nela mesma para candidata à Prefeitura de Palmeira dos Índios, mas desistiu da ideia e agora vai apoiar o deputado Ronaldo Medeiros – que também é do INSS.

EspaçoO deputado Marcos Madeira (PT) vai adoecer, mas não é nada grave. Trata-se na verdade do acordo com o deputado Ronaldo Medeiros para ele (Marcos) ceder a vaga à suplente Patrícia Sampaio, de quem Medeiros quer ajuda para disputar a Prefeitura de Palmeira dos Índios.

Marcar presençaE por que o próprio deputado Ronaldo Medeiros não se licencia? Porque ele diz que precisa de “visibilidade” e combinou só se afastar na campanha para prefeito.

SonhoEx-PT do B, o deputado Ricardo Nezinho ia se filiar ao PSD e optou pelo PMDB, mas indicou o cunhado, José Lessa, para comandar o PSD em Arapiraca. O deputado ainda sonha com o apoio do prefeito Luciano Barbosa (PMDB) à candida-tura dele à prefeitura.

O mudoE, por falar no prefeito Luciano Barbosa, ninguém entende o motivo de ele (Luciano Barbosa) não dizer a ninguém quem é o seu candidato à sucessão. Ricardo Teófilo acha que tem a preferência do prefeito, mas há controvérsias. E, assim, fica a dúvida atroz.

MCCE quer regras só para os comissionados O Movimento Nacio-

nal de Combate à Corrup-ção (MCCE), que liderou o projeto de iniciativa popular que se transformou na Lei Complementar 135/2010, junto com OAB e CNBB, a vida pregressa só deve ser consi-derada na admissão de servi-dores em cargos de confiança como secretários, ministros e demais servidores admitidos em cargos comissionados.

“O MCCE concorda e apóia as propostas que preten-dem estender as regras da ficha limpa para os cargos de confiança, que também são uma porta aberta para a corrupção. Mas para os servidores efetivos não, pois a pessoa que ingressa no serviço público por meio de um concurso público já passou por uma série de requisitos. Agora os cargos de confiança, os cargos comis-sionados, esses não podem simplesmente ingressar no serviço público sem que se observe alguns critérios, real-mente é complicado da forma que é feito atualmente, onde qualquer um pode vir a assu-mir um cargo de confiança, de direção”, argumenta o juiz Marlon Reis, presidente nacional do MCCE, que falou a O JORNAL por telefone.

Para o magistrado, os cargos de confiança, como secretários e ministros podem se tornar um “refúgio” para aqueles que venham a ser barrados pela Lei da Ficha Limpa.

“Esses cargos, como secre-tariado e ministérios, podem vir a ser um reduto daque-las pessoas que, porventura, venham a ter a candidatura vetada pela Lei Complementar 135. Sem conseguir um cargo eletivo, essas pessoas podem vir a ocupar esses cargos, que

sempre são usados para bene-ficiar pessoas próximas. Então seria positivo a instituição de uma norma que possa evitar essa distorção”, alertou Reis.

“Apoiamos a proposta, referente aos cargos de confiança, pois pode ser mais uma forma de trazer trans-parência e lisura na adminis-tração pública, pois funções públicas devem ser ocupa-das por pessoas idôneas, que tenham compromisso com a coisa pública”, frisou o presi-dente do MCCE. G.M.

CRIMES PREVISTOS NA PEC

Luiz Alves

Relator na CCJ do Senado, Vital do Rêgo diz que proposta traz mais rigor

A4 O JORNAL l MACEIÓ,4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]ítica

Texto que tramita noSenado quer incluir servidores públicos entre os atingidos pela norma legal

GILSON [email protected]

As polêmicas regras da “Lei da Ficha Limpa” que ainda hoje são

motivo de controvérsia no meio jurídico podem vir a ser aplicadas também para o ingresso no serviço público. É o que pretende a Proposta de Emenda à Constituição nº 30, a PEC 30, em tramitação no Senado. A PEC deseja incluir entre os critérios para ocupa-ção de cargos públicos efeti-

vos e comissionados certidões criminais negativas emitidas pelas justiças comum e fede-ral e a não condenação, em processo criminal transitado em julgado, ou por sentença proferida por órgão colegiado, pela prática dos crimes defini-dos em lei, mesma exigência que a Lei da Ficha Limpa esta-belece para os candidatos a cargos eletivos.

A proposta, de autoria do ex-senador Roberto Caval-cante, sugere que seja acres-centado o inciso XXIII ao art. 37 da Constituição Federal, que ficaria com a seguinte redação:

“Acrescenta o inciso XXIII ao art. 37 da Constituição Federal para dispor que, entre os

requisitos para a ocupação

de cargos públicos efetivos ou comissionados, constarão,

necessariamente, além daqueles específicos de cada cargo, os seguintes: certidões

criminais negativas emiti-das pelas justiças comum e federal; cumprimento das

obrigações eleitorais; cumprimento das obrigações militares, no caso de homens; e não

condenação, em processo cr iminal transitado em julgado, ou por sentença proferida por

órgão colegiado, pela prática dos crimes definidos em lei”, diz o texto da PEC.

Atualmente a legislação existe como requisitos para ingresso em cargos efetivos no serviço público a apro-vação em concurso público;

nacionalidade brasileira ou quiparada; gozo dos direi-tos políticos; quitação com as obrigações militares e eleitorais; nível de escolari-dade exigido para o exercício do cargo; idade mínima de dezoito anos e boa saúde física e mental.

PARECER A proposta já obteve pare-

cer favorável na Comissão de Constituição e Justiça, e ainda não tem data para ser votada. No parecer da CCJ, o relator, senador Vital do Rego (PMDB--PB), diz que a mudança suge-rida pela PEC traria mais rigor na investidura em cargos públicos, conferindo maior segurança em termos de moralidade e probidade no setor público.

“ Tr a t a - s e, i n d u b i t a -velmente, de mecanismo preventivo que confere maior segurança quanto à obser-vância da moralidade e da probidade no manejo da coisa pública. A extensão desses requisitos de investidura mais rigorosos a todos os servidores

tem como grande beneficiária a população brasileira, pois terá a garantia constitucional que os servidores públicos, em todos os níveis da federa-ção, somente serão investidos nos cargos públicos se passa-rem por filtros cada vez mais rigorosos”, diz o parecer.

PEC prevê estender os efeitos “LEI DA FICHA LIMPA”

Na esteira da lei complementar 135/2010, se aprovada, a PEC 30/2010 vetará o ingresso no serviço público de pessoas com condenações em processo criminal transitado em julgado, ou por sentença proferida por órgão colegiado, pela prática dos seguintes crimes:

1 - contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;

2 - contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência;

3 - contra o meio ambiente e a saúde pública;

4 - eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;

5 - de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública;

6 - de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;

7 - de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos;

8 - de redução à condição análoga à de escravo;

9 - contra a vida e a dignidade sexual; 10 - praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando.

Em Arapiraca, norma foi aprovada pela CâmaraEnquanto a PEC 30/2010

ainda tramita nas comissões do Senado, a exigência da ficha limpa para os servidores públicos já foi aprovada pela Câmara Municipal de Arapi-raca. O projeto de emenda à Lei Orgânica Municipal, de autoria do vereador Daniel Rocha (PTB) foi aprovado, por unanimidade, na sessão da última terça-feira, e restringe os critérios apenas para o quadro de servidores comis-sionados.

O projeto altera a Lei Orgâ-nica, vetando o ingresso de pessoas no serviço público municipal, tanto no Executivo quanto no Legislativo, que tenham sido condenadas em processo criminal transitado em julgado, ou por sentença proferida por órgão colegiado, ou que tenham sido demitidas do serviço público em decor-

rência de processo adminis-trativo, e detentores de cargo na administração pública que em decisão transitada e julgada, tenham beneficiado a si ou a terceiros, se locuple-tando.

“Achamos importante estender os critérios da ficha limpa para os servidores,

impedindo que pessoas que não tenham uma conduta ilibada, condizente com a função pública que exercerá, venham a assumir cargos na esfera pública”, defendeu o autor do projeto, Daniel Rocha. O projeto seguiu para a sanção do prefeito Luciano Barbosa (PMDB).

Daniel Rocha foi o propositor da "Ficha Limpa Municipal" em Arapiraca

Thiago Sampaio

Reis diz que cargos comissionados podem ser "refúgio" para "fichas sujas"

Enquete: mais de 90% concordam com PECE m u m a e n q u e t e d o

DataSenado disponibili-zada na página do Senado na internet, 92% dos internau-tas, num universo de 4.299 pessoas, afirmaram apoiar a Proposta de Emenda à Constituição nº 30, que quer vetar o ingresso de pessoas no serviço público usando os mesmos critérios da Lei Complementar 135/2010, a Lei da “Ficha Limpa”.

A enquete foi disponi-bilizada no endereço www.senado.gov.br/noticias/DataSenado.

QUANDOA sondagem foi feita entre

os dias 16 e 30 de novembro com a seguinte pergunta: “Você é a favor ou contra a proposta que pretende esten-der aos servidores públicos a lei da ficha limpa?”

DATASENADO O D a t a Se n a d o é u m

ser viço disponibi l izado pela Secretaria de Pesquisa e Opinião do Sendo, com o objetivo é desenvolver pesquisas que servem para estreitar a comunicação entre o Senado Federal e a sociedade.

Segundo o texto de apre-sentação do DataSenado, as

pesquisas de opinião ofere-cem um retrato confiável da opinião pública a respeito do desempenho da Instituição, da atuação dos parlamen-tares, das matérias votadas, formulação de projetos de lei, entre outros temas.

“É de responsabilidade do DataSenado a execu-ção de todas as etapas para a realização das pesquisas, seja por meio de telefone ou

internet, com margem segura de confiança e validade. O Da t a Se n a d o t a m b é m realiza enquetes quinzenais, por internet, que sondam tendências e expectativas de opinião na sociedade. As enquetes têm acompa-nhamento instantâneo e podem ser sugeridas pelos Senadores para investigar um assunto específico”, diz o texto de apresentação. G.M.

Governo afirma não poder destinar 10% do PIB para o setor como deseja a sociedade civil

AGÊNCIA CÂMARA

A falta de acordo para definição da meta de financiamento público

da educação prevista no Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10) adiou mais uma vez a apresentação do relató-rio da proposta, previsto para a última quinta-feira. Segundo o relator, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), o adiamento foi necessário para que minis-tros e parlamentares discutam com a presidente Dilma Rous-seff o índice que constará no documento.

O relator informou que o parecer do PNE será protoco-lado amanhã e apresentado na terça-feira em reunião da comissão especial que analisa o tema.

A meta de investimento público é a mais polêmica entre as 20 previstas na proposta. O projeto do governo prevê o aumento dos atuais 5% do Produto Interno Bruto (PIB) destinados à educação para 7% em dez anos. Entidades da sociedade civil pedem 10%. A deputada Fátima Bezerra (PT-RN), que é presidente da Comissão de Educação e Cultura, disse que não aceitará um índice menor que 8%.

S e g u n d o Va n h o n i , o relatório será protocolado

formalmente nesta segunda--feira para que não haja perda de prazo para análise do documento. Após a apre-sentação do texto, os depu-tados da comissão especial terão prazo de cinco sessões da Câmara para oferecer novas emendas. O objetivo do relator é que o projeto seja aprovado pelo colegiado até o final deste ano.

Presentes à reunião de quinta, dirigentes da Undime

(União Nacional dos Dirigen-tes Municipais de Educação), reforçaram que a mobiliza-ção social em torno do PNE deverá continuar forte, como já tem sido. A Undime compa-receu a todas as audiências públicas a que foi convidada defendendo os interesses da educação pública do país. E tem ido à Câmara dos Deputa-dos a cada anúncio de leitura, além de exercer um profícuo trabalho via redes sociais para

chamar atenção à importân-cia do Plano.

“O relator fez as contas e chegou a 8,29%. O governo insiste em 7%. Mas a educação precisa de 10%, como defende a Undime. Para ser mais exato, 10,403%, número indicado na Nota Técnica elaborada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação”, afirma a entidade sobre o impasse no percentual de investimento público para o setor.

Jorge Bastos Moreno/Brasí[email protected]

Nhenhenhém

Piriri

Razões de Estado levaram o Itamaraty a recomendar segredo total sobre o mais grave acidente já ocorrido com uma delegação brasileira no exterior.

Em visita oficial ao Líbano, o vice-presidente Michel Temer e comitiva de parla-mentares e empresários brasileiros foram vítimas de graves infecções intestinais, de causas até hoje desconhecidas.

Saúde em casaQuase 30 pessoas foram atendidas por equipes médicas de emergência que se revezavam no hotel onde a comitiva estava hospedada.

Homem de ferro Impressionante a resistência de Temer que, recentemente, quase morreu, em Natal, vítima também do mesmo tipo de infecção. Ontem, em Nova York, Temer já fazia outras peraltices gastronômicas, mesmo sem estar totalmente recuperado.

Noite felizO Rio virou a noite sem governador. O vice, que estava em exercício, viajou para Genebra no início da noite. O titular, Sérgio Cabral, só chegou hoje de manhã.

Sinal da cruzO PT pode entender de negócios, mas não de juventude. Quando o MEC esco-lheu a atriz Carol Castro para fazer a campanha do Enem, o mundo desabou sobre a cabeça do Haddad porque a atriz acabara de posar para a “Playboy” coberta apenas por um crucifixo no pescoço. Alguns bispos queriam que a moça tirasse o crucifixo do pescoço. Se Carolzinha tirasse a joia, aí sim ela ficaria totalmente nua.Haddad me consultou e eu disse: “Segure seus radicais, que eu seguro os meus, os padres Jorjão e Omar”.Resultado: a campanha foi um sucesso total.Tanto que a atriz acaba de renovar o contrato para fazer, agora, a campanha do Sisu.

FH elogia gestão de Haddad na EducaçãoNa sua agora já famosa conferência em Buenos Aires, anteontem, o ex-presi-dente Fernando Henrique foi só elogios ao ministro Fernando Haddad, ao reconhecer que a Educação no Brasil cresceu muito nos últimos anos devido ao espírito público do atual ministro, que soube valorizar o legado de Paulo Renato Souza.(Sinceramente, não sei o que é mais escandaloso: as declarações do FH ou a coluna destacar essa babação de ovo)

Dilma elogia alcance internacional da colunaO governador Marcelo Déda, em audiência com Dilma, exibe a primeira página de uma publicação sobre sua gestão em Sergipe, onde o destaque é uma enorme foto dele.A presidente pega a revista, olha demoradamente para a foto e exclama:— Eis o governador mais bonito do país!Mas logo a presidente recomenda:— O Jaques Wagner não pode saber disso!E Déda:— Fique tranquila. Só vou contar para o “Nhenhenhém”.— Então, o mundo saberá! — respondeu a presidente.

LambariMudanças no governo, em janeiro, poderão vir acompanhadas de uma pequena reforma administrativa no Ministério. Entre fusões de algumas secretarias com status, poderá também haver extinções.Na mira, o Ministério da Pesca, uma inutilidade.

Maravilhosaa!!!Clarissa Matheus parou o Congresso esta semana.

AvisoE retornou ao Rio solteirinha da Silva.

Haja resistênciasHugo Chávez, fofo, mandou seu chanceler Nicolas Maduro correndo para Maiquetía, só para receber Michel Temer em escala técnica para Nova York.Maduro ainda levou convite de Chávez para uma visita de Michel a Caracas.Por favor, comida leve.

Cena MudaO prodígio Manuela D’Ávila, que já era líder estudantil no jardim de infância só porque gostava de discursar, ficou simplesmente muda diante de Chico Buarque, depois do show do artista no Teatro São Pedro.Dia seguinte, foi a vez da Mariana Ximenes passar pela mesma crise nervosa. Para a sorte da coluna, tanto a deputada como a atriz estavam acompanhadas dos seus respectivos namorados.Dois gaúchos feios e chatos.

El fofoqueiro Meus coleguinhas que cobrem educação viram ontem o ministro do governo anterior, Gilberto Carvalho, entrando no gabinete de Haddad para almoçar. Deve ter ido falar mal da Marta. Só pode.

Deputado Angelo Vanhoni garante entregar relatório do PNE amanhã para que proposta seja votada ainda este ano

A5O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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EDUCAÇÃO

Meta de investimento público emperra PNE

Reunião com ministros não chega a consensoNa noite de quarta-feira,

Vanhoni, Fátima e outros deputados reuniram-se com os ministros da Educação, Fernando Haddad; Fazenda, Guido Mantega; Casa Civil, Gleisi Hoffmann; e Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para tentar chegar a um acordo sobre o índice. O valor, contudo, não foi definido.

“O gover no pontuou

claramente as dificuldades do cenário macroeconô-mico atual e ponderou as dificuldades para aumentar esse percentual. No entanto, saímos de lá convencidos de que há espaço para negocia-ção”, disse o relator.

Vanhoni disse que a entrega do relatório nesta segunda-feira está confir-mada, independentemente

da negociação com a presi-dente Dilma Rousseff, que retorna hoje da Venezuela.

Para a deputada Profes-sora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), ainda há dúvidas sobre a data dessa apresen-tação, que vem sendo adiada há cerca de um mês. “Estamos ouvindo essa novela mexicana há muito tempo e não sei se dá mais para acreditar”.

O relator justificou os adiamentos. “Se dependesse da minha vontade, já tería-mos votado o PNE, mas não é assim que acontece na socie-dade e na política. Meu limite é segunda-feira porque estou convencido de que tenho de protocolar um relatório com tempo hábil para que a proposta seja votada neste ano.”

Mantega e Gleisi Hoffmann podemser convocados

No encontro da comissão especial, o deputado Paulo Santiago (PDT-PE) e outros parlamentares decidiram fazer um pedido de convocação dos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Gleise Hoffmann (Casa Civil) para debater a meta de financiamento da educação prevista no PNE.

O o b j e t i v o, s e g u n d o Santiago, é ouvir os argumen-tos do governo e justificar o aumento da meta para 10% do PIB.

“Os 10% não são apenas um valor qualquer. Eles foram calculados a partir do custo--aluno da educação e do amplo acesso à escola de qualidade”, afirmou.

CONVERSA COM A PRESIDENTA

Dilma já respondeu a 129 perguntas

BRASÍLIA - A coluna semanal da presi-denta Dilma Rousseff,

“Conversa com a Presidenta”, completou 43 edições na última terça-feira (29). Desde o dia 7 de fevereiro deste ano, data da publicação da primeira edição, foram respondidas 129 perguntas de leitores de todas as regiões do país. Você pode ser um dos próximos, se desejar.

Toda semana, a coluna é publicada em 195 jornais, previamente cadastrados, dentre eles O Jornal. Os jornais estão localizados em 129 municípios – 21 são capitais -,

de 24 estados mais o Distrito Federal. Um dos jornais circula nos Estados Unidos (Newark-NJ). Dos veículos cadastrados, 113 têm veicula-ção diária.

Por meio da coluna sema-nal, publicada nos jornais, a presidenta Dilma mantém um contato direto com os veículos regionais e com seus leitores.

Em cada edição da coluna, a presidenta Dilma responde a três perguntas de leitores enviadas pelos jornais cadas-trados. Esses veículos divul-gam um endereço de e-mail específico para que os leitores possam enviar perguntas à

presidenta. A coluna também está à

disposição dos veículos de comunicação não cadastra-dos e ao público em geral no endereço http://www2.planalto.gov.br/imprensa sempre às terças-feiras, depois de publicada pelos jornais cadastrados.

Confira no Blog do Planalto link com a relação de todos os jornais cadastrados e os e-mails para enviar perguntas: http://blog.planalto.gov.br/presidenta-dilma-ja-respon-deu-a-129-perguntas-de--leitores-de-jornais-neste--ano/

João Lyra (Presidente), Arnaldo Cansanção Antonio RezendeJosé Alfredo de Mendonça Nelson Ferreira

SuperintendenteLuciano Gó[email protected]

Diretor ComercialFelipe [email protected]

Diretor Adm.-FinanceiroFrancisco [email protected]

Diretor JurídicoÁtila [email protected]

Editor-ExecutivoVoney [email protected]

Regra ou exceção?Em 1997, um grupo de policiais mili-

tares ganhou fama nacional ao ser denunciado, com imagens, humi-

lhando, espancando e executando pessoas numa blitz na Favela Naval, em Diadema, na Grande São Paulo. Eles agiam com extrema crueldade e tratavam cidadãos indefesos com violência no que, oficialmente, seria uma operação de combate ao tráfico de drogas.

Um homem foi assassinado durante as cenas de tortura. A repercussão do caso foi tão grande que naquele mesmo ano o Congresso Nacional aprovou a lei que transformava a tortura em crime com pena prevista de até 21 anos de prisão. Todos os militares foram presos e expulsos da PM paulista.

Mesmo com o aumento do rigor e a puni-ção cada vez mais constante, a realidade não mudou muito em todo o Brasil quase 15 anos depois das cenas na Favela Naval. Quase todos os dias, a televisão mostra cenas de extrema violência de policiais militares. Agora, até guardas metropolitanos estão envolvidos nesse tipo de atrocidade.

Alagoas, como sempre, chama a atenção. Quase que diariamente, a Comissão de Direi-tos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado recebe denúncias de abusos

cometidos por policiais. Só este ano foram 120. Em todos os casos, a violência é regra. São tapas, chutes, esganamentos, choques e pauladas, sem contar as ameaças psicológi-cas. Até beliscões, coisa de menino, os poli-ciais dão em suas vítimas.

O que também chama a atenção é que as pessoas mais humildes são as que mais estão expostas aos excessos daqueles que enver-gam a farda cáqui da briosa. Até mesmo uma deficiente física foi agredida durante uma dessas “batidas”. Em alguns momentos, o abuso da força é tão grande que a vítima termina morrendo nas mãos de quem é pago para lhe oferecer segurança. E o problema que deveria ser sanado com eficácia termina parando nas gavetas das Corregedorias, tanto da PM quanto da Polícia Civil. São poucos os policiais julgados, presos ou expulsos.

O tema precisa entrar em pauta, pois qualquer pessoa está exposta a ser abordada e tratada com violência. Afinal, o que acon-tece na grota, na favela, na periferia, também pode ganhar o asfalto e circular pela orla.

É por isso que O Jornal traz neste domingo uma reportagem debatendo o assunto e esperando que a violência policial seja uma exceção, e não uma regra, no treinamento e no dia a dia da Segurança Pública em Alagoas.

Datas & Fatos

Início de uma nova China Em 4 de dezembro de 1982 seria promulgada a nova

Constituição chinesa. A principal modificação dizia que o sistema socialista de propriedade substituiria o sistema de exploração do homem pelo homem, aplicando o princípio de "a cada um, segundo a sua habilidade e a cada um, segundo o seu trabalho".

1154 - Eleito o único papa inglês na história. Nicolas Breakspear é coroado Papa Adriano IV.

1586 - A rainha Isabel I confirma a sentença de morte de Maria Estuardo.

1642 - Morre o cardeal Richelieu, primeiro-ministro da França. Ele é substituído pelo cardeal Jules Mazarin.

1791 - É publicado na Inglaterra o Britain's Observer, o primeiro jornal de domingo do mundo.

1810 - Decreto de Dom João cria, no Rio de Janeiro, a Academia Real Militar, atualmente chamada de Academia Mili-tar das Agulhas Negras.

1816 - James Monroe é eleito quinto presidente dos Estados Unidos. É a primeira vez que um senador é eleito para o cargo.

1829 - Na Índia, autoridades britânicas proíbem a prática do suttee, que é a auto-incineração da viúva na pira funerária do marido.

1845 - O presidente paraguaio Carlos Antônio Lopez e o governador da província de Corrientes declaram guerra ao ditador Juan Manuel de Rosas.

1888 - O inventor norte-americano George Eastman registra a câmera Kodak.

1915 - Nos Estados Unidos, o Estado sulista da Geórgia reconhece a organização violentamente racista Ku Klux Klan.

1917 - A Finlândia declara sua independência da Rússia. 1920 - A Argentina é retirada da liga das Nações. 1934 - Na União Soviética, 66 pessoas são executadas

em razão do assassinato de Kirov, homem de confiança de Joseph Stalin.

1942 - Os Estados Unidos atacam a Itália pela primeira vez na Segunda Guerra Mundial.

1953 - Estréia mundial do filme Viva Zapata, de Elia Kazan. 1965 - É lançada a nave Gemini 7, com dois astronautas

a bordo. 1972 - O presidente de Honduras, Ramon Cruz, é

deposto num golpe de estado liderado pelo general Oswaldo Lopes Arellano.

1974 - Um avião comercial holandês explode e mata os 191 ocupantes.

1980 - O primeiro-ministro de Portugal, Francisco Sá Carneiro, morre em um acidente aéreo em Lisboa.

1982 - A República Popular da China adota nova Consti-tuição, que estabelece uma ditadura do proletariado.

1984 - Um atirador mata um diplomata jordaniano em Bucareste, Romênia.

1984 - Morre John Rock, cientista norte-americano que descobriu a pílula anticoncepcional feminina.

1987 - A Igreja Católica no Haiti diz que não vai cumprir um pedido feito pelo governo para designar um novo membro ao Conselho Eleitoral Provisional.

1991 - O jornalista norte-americano Terry Anderson é libertado pelos seus seqüestradores muçulmanos, no Líbano, após sete anos preso.

1993 - Morre o músico Frank Zappa. 1995 - Tropas da Otan chegam a Sarajevo para garantir

um acordo de paz que coloque um fim a quatro anos de guerra na antiga Iugoslávia.

1996 - É lançada uma sonda à Marte, levando um veículo para buscar informações na superfície do planeta.

1998 - O buraco na camada de ozônio sobre a Antártica bate recorde, chegando a 13 milhões de quilômetros quadra-dos.

Frase do dia

“Os 10% não são apenas um valor qualquer. Eles foram calculados a partir do custo-aluno da educação e

do amplo acesso à escola de qualidade”.

DEPUTADO PAULO RUBEM SANTIAGO (PDT-PE) ao defender dos atuais 5% para 10% do

PIB os investimentos do governo em educação.

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San

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A6 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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O crédito ao consumidor no Brasil já alcança 48% do Produto Interno

Bruto (PIB), mas o governo avalia que é urgente aumentar essa relação. Para isso, algumas medidas estão sendo tomadas, em face da preocupação com a perda de dinamismo da economia e com a perspectiva cada vez maior de piora do cenário americano-europeu.

Em primeiro lugar, o Ministério da Fazenda vai reduzir a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), incidente nas transações de crédito feitas por pessoas físicas. Em segundo lugar, o governo também prepara desonerações para setores especí-ficos, como fez na crise de 2008. Nesse sentido, a linha de estímulos foi reforçada pela decisão do Conselho Monetário Nacio-nal (CMN), favorecendo bancos pequenos e médios nas operações de venda de carteiras de crédito. Ao lado disso tudo, pelo terceiro mês consecutivo, o Banco Central reduziu em mais 0,5% a taxa Selic, que agora fica em 11% ao ano. Trocando em miúdos: a ideia é aquecer o consumo, promover investimentos e o crescimento do PIB em 5% no próximo ano. Todo esse esforço do governo corres-ponderá ao desembolso de R$ 7,96 bilhões.

Por certo, o governo trabalha com a certeza de que a crise americana-europeia vai se estender por prazo mais longo do que a de 2008. Muitos até admitem que a crise de hoje, de maior gravidade e intensidade, é apenas o prolongamento daquela e, assim, não haveria duas crises. No Brasil, o período 2008/2009 foi somente uma “marolinha”, mas as dificuldades de 2011 apresentam contornos mais complicados e, por isso, o governo acelera a queda da Selic, ao tempo em que desmonta o aparato das medidas ditas macroprudenciais do início do ano. O Banco Central enfrenta o problema diferente-mente de 2008, visando a uma recuperação mais rápida da atividade econômica, assim como uma queda ainda mais pronunciada da taxa real de juros, hoje de aproximadamente 4,5%, a menor dos últimos cinco anos.

Como o objetivo da presidenta Dilma

Rousseff é “não parar de produzir, não parar de consumir”, juro real de 4,5% irá, certa-mente, impulsionar a demanda interna, capaz de promover, outra vez, a retomada do crescimento sustentado do PIB, em nível do atingido durante o governo do ex-presidente Lula.

Não há a menor dúvida de que o governo está certíssimo em privilegiar o mercado doméstico e que a elevação do crédito é a luz no fim do túnel. O crédito é o melhor cami-nho para evitar a recessão, mas poderá abrir um flanco à inflação, o que exige combate acirrado dos seus efeitos desse mal que, ciclicamente, inferniza a economia. E entre o crescimento e a inflação se assenta o dilema da atual política fiscal, financeira e monetá-ria. Do equilíbrio da intervenção das autori-dades dependerá o êxito de enfretamento do dilema. As dosagens do Banco Central têm de ser regradas com competência, marca registrada da presidenta Dilma Rousseff e de sua equipe econômica.

Na prática, o pacote de medidas já se encontra em vigor, trazendo consigo a certeza de que o governo se movimenta para que 2012 e os anos seguintes sejam de pros-peridade e de mais emprego e renda para o povo brasileiro.

Luz no fim do túnel

As dosagens do Banco Central têm de ser regradascom competência, marca registrada da presidenta Dilma Rousseff e de sua equipe econômica

João Lyra Deputado federal e presidente do PSD em Alagoas

A perícia pode ser entendida como o exame técnico realizado por técnico,

ou por pessoa de comprovada aptidão e idoneidade profissional, para verificar e esclarecer um fato, ou estado ou a estruturação da causa que é objeto de litígio ou processo que com um deles tenha relação ou dependência, a fim de concretizar uma prova ou oferecer o elemento de que necessita a justiça para poder julgar. O laudo pericial é o resul-tado da perícia, expresso em conclusões escritas e fundamentadas, onde serão apontados os fatos, circunstâncias, princípios e parecer sobre a matéria submetida a exame do especialista, adotando-se respostas objetivas aos quesitos.

A perícia pode ser na esfera administra-tiva solicitada pela autoridade administrativa em sindicâncias ou processos, na esfera criminal solicitada pelo Ministério Público, delegados de polícia e na esfera civil por solicitação dos juízes em fase processual, pelo Ministério Público em inquéritos civis ou por defensores das partes.

O perito é o profissional legalmente habilitado, idôneo e especialista que é convocado para realizar uma perícia. O perito traduz as qualidades de experiente, experi-mentado, prático, versátil, sabedor, hábil e especialista.

O perito, quando convocado, ao final de sua perícia emite sua opinião ou juízo sob a forma de parecer ou de relatório. O nível superior é requisito. Não havendo peritos oficiais, o exame será realizado por duas pessoas idôneas mas portadoras de nível superior, escolhidas, de preferência, entre os que tiverem habilitação técnica relacionada à natureza do exame.

No entanto, devemos lembrar que a legislação pune o perito que por dolo ou culpa presta informações inverídicas, respondendo o mesmo pelos prejuízos que causar à parte.

A perícia ambiental na esfera adminis-trativa, por exemplo, é por demais impor-tante para a aplicação das multas e demais penalidades, pois se sabe que a multa deve espelhar o valor do prejuízo ambiental, assim o auto de infração deverá conter, obrigato-riamente, o valor do prejuízo, a ser encon-trado em processo administrativo mediante perícia de constatação; neste caso, a perícia de constatação do dano ambiental sempre que possível fixará o montante do prejuízo causado para efeito de prestação da fiança e cálculo da multa, sendo que a constata-ção do prejuízo ambiental se dará de forma individualizada por meio de perícia. Neste sentido, a perícia auxilia a autoridade admi-nistrativa a formar um juízo técnico da ocor-rência e decidir mais justamente sobre a matéria julgada, até porque a autoridade que procedeu a autuação pode cometer erros por dolo ou culpa.

Laudo pericial

Auxilia a autoridadeadministrativa a formarum juízo técnico daocorrência e decidirmais justamente sobrea matéria julgada

Alder FloresAdvogado, químico e auditor ambiental

A7O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Fraude em concurso passará a ser crime com pena de 4 anosSenado aprovaprojeto de lei quemuda Código Penal;proposta aguardasanção presidencial

CONGRESSO EM FOCO

Fraude em concursos e seleções públicas passará a ser crime.

Assim determina o Projeto de Lei da Câmara 79, de 2011, aprovado esta semana no Senado e que aguarda sanção presidencial. Se o texto for assi-nado pela presidenta Dilma

Rousseff como está, aqueles que tentarem burlar as regras poderão ficar presos por até seis anos e pagarem multa. O projeto é o mesmo que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Transformar o fraudador em concursos públicos em criminoso é uma forma de dar mais segurança aos processos seletivos, segundo o profes-sor Paulo Estrella, da Acade-mia do Concurso. “É uma mudança importantíssima que vai dar mais garantia aos concurseiros e aqueles envol-vidos nos outros processos seletivos descritos na lei. A

medida não vai acabar com as fraudes, mas vai inibir os frau-dadores”, afirma.

O professor de direito constitucional André Lopes, do Gran Cursos, explica que o acréscimo do assunto no Código Penal atende ao prin-cípio da legalidade estrita. “Antes, o que ocorria é que quem fraudava concurso e era processado acabava isento de culpa por não existir uma regu-lamentação específica para o tipo de crime”, diz. Lopes detalha que na legislação vigente é necessária a descri-ção do crime com previsão de punição para que o culpado

seja punido. “Só existe crime se estiver previsto no Código Penal. No caso de quem manipula concursos, tenta-se enquadrar como estelionato, por exemplo, mas o argu-mento é facilmente derrubado pela defesa do fraudador”.

PENA BRANDANo texto aprovado no

Senado, está prevista pena de prisão de 1 a 4 anos e multa para quem utilizar, divulgar ou facilitar o acesso a informa-ções confidenciais de concur-sos e, de 2 a 6 anos para quem, com esse ato, provocar preju-ízo a administração pública.

Se o culpado for servidor público, a pena é aumentada em 30%. O advogado espe-cialista em concursos público Bernardo Brandão comemora a proposta mas faz ressalva à pena. “É uma conquista muito importante, vai gerar limitações a quem pretente fraudar um concurso, mas a pena menor que quatro anos permite que, ao invés de ser preso, o acusado tenha restri-ção em direito, ou seja, a puni-ção pode ser mais branda, como prestar serviços comu-nitário, por exemplo”.

Apesar da crítica, Bran-dão acredita que a restrição

de se inscrever em concursos públicos e outras seleções é um avanço significativo. “Se houver uma publicidade ampla, a punição deste crime será visível e haverá a redução das infrações”.

Esta não é a primeira iniciativa que tenta carac-terizar criminalmente as tentativas e interferências nas seleções públicas. Hoje, existem 14 proposições sobre o assunto ativas na Câmara dos Deputados e sete, sendo duas ativas, no Senado Fede-ral, todas com sugestões de mudança no Código Penal e sugeridas a partir de 2000.

Nova empresa vai administrar os hospitais universitários de todo o PaísO Projeto de Lei 79/2011

trata, especialmente, da cria-ção da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) que vai administrar os hospitais universitários. A expectativa é que a mudança n o C ó d i g o Pe n a l , q u e representa dois artigos na proposta, passe a vigorar dentro de alguns dias, pois a proposta partiu da Presidên-

cia da República e tramitou no Congresso em caráter de urgência.

O objetivo da criação da empresa pública é moder-nizar a gestão dos recursos financeiros e humanos dos hospitais-escola. De acordo com o projeto de lei, a Ebserh terá como finalidade, entre outras, a prestação de servi-ços gratuitos de assistência

médico-hospitalar e labo-ratorial à comunidade, de apoio ao ensino e à pesquisa, ao ensino-aprendizagem e à formação de pessoal em saúde pública, além de apoiar a execução de planos de ensino e pesquisa de insti-tuições federais de educação superior.

Vinculada ao Ministério da Educação, a Ebserh terá

personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio. Assim, os hospitais estarão academicamente subordinados a universida-des, mas serão administra-tivamente independentes. A empresa terá sede em Brasí-lia, com capital social inte-gralmente subordinado à União.

A nova empresa deve

iniciar as atividades no segundo semestre de 2012, com destinação orçamentá-ria anual prevista de R$ 4,3 bilhões, oriundos da União, e complemento dos ministé-rios da Educação e da Saúde.

Os 46 hospitais univer-sitários, vinculados a 32 universidades federais, são responsáveis pela forma-ção de grande número de

profissionais médicos do país. Em determinadas regi-ões, são as unidades hospi-talares mais importantes do serviço público de saúde. Eles cumprem papel fundamental na consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que 70% das unidades são consideradas de grande porte e têm perfil assistencial de alta complexidade.

Desde julho, cientistas acompanham erupção e relatam registro de mais de 500 tremores em novembro

Centenas de metros abaixo de uma das maiores geleiras da

Islândia, há sinais de uma iminente erupção vulcânica que pode ser a mais devas-tadora no país em quase um século. O vulcão Katla, com sua cratera de 10 quilô-metros, tem potencial de causar enchentes catastrófi-cas, derretendo a superfície congelada de sua caldeira e varrendo a costa leste da Islândia com bilhões de litros de água escorrendo em dire-ção ao Oceano Atlântico.

“Tem havido grande ativi-dade sísmica”, disse Ford Cochran, especialista em Islândia da National Geogra-phic. “Só no mês passado, houve mais de 500 tremo-res ao redor e na caldeira do Katla, o que indica a movi-mentação de magma. E isso certamente indica que uma erupção pode ser iminente.”

O Kat la faz par te de um sistema vulcânico que inclui as crateras de Laki.

Em 1783, a cadeia ficou em erupção continuamente por oito meses, gerando tantas cinzas e gases como fluo-reto de hidrogênio e dióxido de enxofre que um em cada cinco habitantes da Islândia morreram, além de metade dos rebanhos e gado do país. “Na verdade, isso alterou o clima da Terra”, diz Cochran.

“Fala-se de um inverno nuclear - esta erupção gerou gotículas de ácido sulfúrico suficientes para tornar a atmosfera reflectiva, resfriar o planeta por um ano ou mais e gerou fome em muitos luga-res ao redordo planeta.”

“Certamente esperamos que a erupção do Katla não seja nada parecida com isso!”

Cientistas na Islândia vêm monitorando a região de perto desde o dia 9 de julho, quando parece ter havido algum tipo de atividade que pode ter sido uma pequena erupção.

Esse evento já causou uma inundação significativa, que destruiu uma importante ponte, isolando várias partes

da ilha por muitos dias. “O evento do dia 9 de julho parece marcar o começo de um novo período de efer-vescência do Katla, o quarto conhecido nos últimos 50 anos”, diz o especialista Pall Einarsson, do Instituto de Ciências Terrestres da Universidade da Islândia.

“A possibilidade de que

haja uma erupção maior não pode ser excluída. O Katla é um vulcão muito ativo e versátil. Ele tem uma longa história de grandes erupções, algumas das quais causaram destruição considerável.”

ICEBERGSA última grande erupção

do Katla ocorreu em 1918, quando icebergs acabaram sendo levados para o oceano pelas águas derretidas das geleiras.

Em 1755, o volume de água produzido após uma única erupção foi equiva-lente àquele dos maiores rios do mundo combinados. Graças à literatura histó-rica conhecida como “Sagas Nórdicas”, as erupções vulcâ-nicas na Islândia foram bem documentadas pelos últi-mos mil anos, mas medições científicas detalhadas só começaram a ser feitas em 1918, então os cientistas não sabem que tipo de atividade sísmica deu origem à erup-ção de 1755.

O que se sabe é que o Katla normalmente entra em erup-ção uma vez a cada período de 40 a 80 anos, o que signi-fica que um evento signifi-cativo já deveria ter ocorrido nas últimas décadas.

As Ilhas Seychelles convi-daram a China na sexta--feira a construir uma

base militar no arquipélago do Oceano Índico, com o obje-tivo de combater a pirataria, que está ficando endêmica na região. A informação partiu do ministro dos Assuntos Exte-riores das Seychelles, Jean--Paul Adam. O convite foi feito no momento em que o minis-tro da Defesa da China, Liang Guanglie, visitava as Seychel-les, informou a agência France Presse (AFP).

“ N ó s c o n v i d a m o s o governo chinês a exercer sua presença militar em Mahé para lutar contra os ataques dos piratas, que as Seychelles passaram a sofrer regular-mente”, disse Adam. “A China

está estudando essa possibi-lidade porque tem interes-ses econômicos na região e Pequim também está envol-vida na luta contra a pirataria”, ele disse.

O general Liang, que chegou a Victoria na quinta--feira com um séquito de 40 funcionários e militares chineses, foi convidado em outubro pelo presidente das Seychelles, James Michel, a visitar o país insular. “Juntos, nós queremos incrementar nossa capacidade de vigi-lância no Oceano Índico, porque as Seychelles têm uma posição estratégica entre a Ásia e a África”, disse Michel em comunicado, acrescentando que a China doou dois aviões de patru-lha às Seychelles.

Os dois países assinaram um acordo de cooperação militar em 2004 que possi-bilitou o treinamento de 50 soldados das Seychelles na

China. O acordo foi renovado na sexta-feira.

Se o projeto da base chinesa for em frente, “não será a primeira base militar estrangeira nas Seychelles, porque os Estados Unidos já têm uma base de drones aqui, que eles também usam na luta contra a pirataria”, disse Adam. Os drones são aviões não tripulados e teleguiados, que executam missões de vigilância e bombardeio.

Com 115 ilhas e uma área correspondente a 1,4 milhão de quilômetros quadrados, as Seychelles têm uma popu-lação de 85 mil habitantes e um exército de apenas 500 soldados. O país está pedindo ajuda militar para combater a pirataria no Índico.

O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGOA8

"Convidamos o governo chinês a exercer sua presença militar em Mabé"

JEAN-PAUL ADAMMinistro dos Assuntos Exteriores das Ilhas Seychelles

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Em 1783, uma erupção do

Katla matou um em cada cinco

habitantes da Islândia

ISLÂNDIA

Vulcão Katla pode provocar enchentes catastróficas

Consequências ainda são imprevisíveisCientistas dizem que é

muito difícil prever como será a erupção do Katla e quais serão as consequências, já que isso depende de diversos fato-res.

“Esta dificuldade fica muito aparente quando você compara as duas últimas erupções na Islândia, a do Eyjafjallajokul, em 2010, e a do Grimsvotn, em 2011”, diz Einarsson.

“A do Eyjafjallajokull, que paralisou o tráfego aéreo na Europa, foi uma erupção rela-tivamente pequena, mas a química incomum do magma, a longa duração e a variação do clima durante a erupção fez com que ela gerasse proble-mas.”

“Já a erupção do Grims-votn, em 2011, foi muito maior em termos de volume. Durou apenas uma semana e as cinzas baixaram com relativa rapidez, e os efeitos não foram muito notados, a não ser pelos

fazendeiros do Sudeste da Islândia, que ainda lidam com as consequências.”

O interesse dos especialis-tas na Islândia é grande porque o país fica na junção de duas placas tectônicas e é o único lugar do mundo onde a crista oceânica do Atlântico é visível em terra. “Isso significa que você consegue ver a crosta terrestre se rachando”, diz Cochran.

“Há uma imensa ativi-dade vulcânica e sísmica. O país também está numa altitude relativamente alta, então a Islândia também tem a terceira maior calota de gelo do mundo.”

A maior ameaça para as calotas de gelo da Islândia, no entanto, seria a mudança climática, e não os vulcões. Cientistas dizem que elas começaram a ficar mais finas e a diminuir de tamanho drama-ticamente nas últimas déca-das.

OCEANO ÍNDICO

Ilhas querem base da China

CidadesA9O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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LÁYRA SANTA [email protected]

A polícia, que deveria proteger e garantir a integridade da popu-

lação, tem sido a mesma que bate, invade, tortura e erra. Apenas este ano, a Comis-são de Direitos Humanos, da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB-AL), registrou mais de 120 casos de agressões envolvendo policiais mili-tares. Esse dado alarmante preocupa promotores e advogados e tem gerado uma sociedade temerosa.

Os registros são os mais diversos. Começam com invasões a domicílios, fora do horário permitido por lei e sem mandado de busca

e apreensão, reviram resi-dências, quebrando o pouco que muitos têm. Em seguida, vêm as ameaças e a truculên-cia, que deixam marcas no corpo e na alma, de homens, mulheres, jovens, idosos e até deficientes físicos. Uma humilhação sem tamanho e, por muitas vezes, sem acusa-ções comprovadas.

Tem sido assim a maio-ria das denúncias que chegam à OAB. A média é de pelo menos dois casos por semana, como a de um casal que afirma ter sido agredido dentro de casa e uma ambu-lante ameaçada de morte. As vítimas chegam abala-das, com hematomas e com medo, de voltar a sofrer com o ‘despreparo’ e agressividade da polícia alagoana.

OAB recebe120 queixas contra PMsem Alagoas

VIOLÊNCIA POLICIAL

Uma briga de vizinhos que terminou em prisãoNoite de domingo, 27 de

novembro. Uma briga de vizinhos termina em amea-ças, agressões e uma suposta prisão por racismo. O mais interessante é que os acusados dessa violência são policiais militares, da Ronda Cidadã, chamados ao local para apaziguar o problema. Quem denúncia o abuso, é o casal Anderson Campos Teixeira e Itariana Maria dos Santos. Eles estiveram na OAB para denun-ciar o caso na última terça--feira e entram nas estatísticas das agressões da PM em 2011.

De acordo com Anderson, eles passaram o domingo em casa comemorando seu aniversário. No meio tarde, tiveram uma discussão com o

vizinho, que fotografava a resi-dência do casal. Esse vizinho teria chamado a polícia, que conversou com as partes e foi embora. Novamente à noite, eles voltaram a ter outro bate--boca e novamente a guarni-ção foi chamada.

“Quando vi a viatura da polícia, estava dentro de casa e pensei que eles teriam vindo para ajudar. Tentei contar a minha versão, mas uma tenente da Ronda Cidadã da Jatiuca, bairro onde moro, já chegou gritando, mandando abrir a porta e ameaçando”, relatou Anderson. “Foram momentos de desespero. Ela dizia que éramos traficantes e nunca fizemos isso. Uma situação absurda. Sem falar,

que como não abrimos a porta, eles a arrombaram, nos agrediram pisando na minha mão e me batendo, além de falarem palavrões e ainda me prenderam sob a acusação de racismo”.

A invasão dos policiais, teria ocorrido por volta das 21 horas, fato que segundo a Constituição Brasileira é proibido. “A pancada foi toda no peito, boca e braço. Estou cheia de hematomas”, disse Itariana. “Sem falar, que fui algemada, com meu marido e fomos humilhados. Nunca fui presa e acabei sendo jogada numa viatura, como se fosse uma criminosa”.

Com medo de novas agres-sões, a mulher preferiu não

mostrar seu rosto durante a entrevista. “Tenho medo que eles voltem, e atentem contra nossas vidas. Eles sabem onde moramos e disseram que se denunciássemos, eles volta-riam para se vingar. Estou muito preocupada e receosa”, falou a vítima. A denúncia do casal foi ouvida pelo advogado Gilberto Irineu, presidente da Comissão de Direitos Huma-nos, que identificou mais um caso de tortura por parte da Polícia Militar.

O caso foi encaminhado para Comando-Geral da Polícia Militar, solicitando instauração de procedimento administrativo e investigató-rio do caso.

Continua na página A10

Mulher mostra

hematomas de uma

suposta ação policial

Yvette Moura

A10 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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A11

Polícia Civil investiga supostos abusos de PMs A Polícia Civil também

investiga alguns desses casos de torturas, ficando com a parte criminal das denúncias. O delegado 4º Distrito Policial, Robervaldo Davino, foi o autor de três inquéritos, que já foram remetidos a Justiça, apurando a invasão, agressão, ameaça e até uso de carros de placas frias, por parte de um suposto serviço de inteligência da Polí-cia Militar.

“Tiveram três casos pare-cidos aqui no distrito, onde homens dizendo serem poli-ciais militares, invadiram casas fora do horário, realizaram tortura psicológica e usaram carros de placa frias para ameaçar suas vítimas, fazendo um trabalho de investigação típico da Polícia Civil”, contou o delegado.

Com os depoimentos das vítimas e das testemunhas, Davino conseguiu finalizar o inquérito. “As pessoas que sofreram essas agressões chegaram aqui muito abala-das. Inclusive, temos relatos de ameaças de morte e de casos, onde as guarnições chegaram atirando. Com base em todas essas informações, consegui concluir o inquérito e passei para a Justiça. São casos que merecem atenção”, comple-tou.

Um dos casos investigação pela Polícia Civil foi à agressão sofrida por uma mulher de 25

anos, no dia 20 de fevereiro. Com medo de voltar a sofrer ameaças, ela preferiu não se identificar. “Fiquei muito trau-matizada. Não quero mais falar sobre isso. Já denunciei o caso a OAB, a Polícia Civil e espero que essas pessoas sejam puni-das”, disse a vítima.

Em seu testemunho para a OAB, a mulher contou que estava na casa da mãe, no bairro Ouro Preto, por volta das 15 horas, quando vários homens armados, com tocas e enca-puzados, alguns com farda da Polícia, invadiram a residência. “Eles estavam em três viatu-ras descaracterizadas. Entra-ram com algumas fotografias minhas, que tinham sido reti-radas no dia anterior, dizendo que eu estava presa, acusada de tráfico de drogas”, relatou. “Eu disse que não tinha envol-vimento com drogas e eles diziam que eu era Mô, só que esse não é meu apelido. Não conheço nenhuma Mô. Estava grávida de quatro meses e foi uma grande humilhação”.

Dentro da casa, os poli-ciais que não apresentaram nenhum mandado de busca e apreensão, reviraram todo o local. Chegaram a algemá-la e colocá-la dentro da viatura, seguindo com ela até sua residência. “Na minha casa encontrei tudo revirado, sofá cortado, colchão fora da cama, um absurdo. Eles não encon-

traram nada. Sem provas, chegaram a me dar uma arma, mandando eu atirar para o alto, com a alegação de simular minha morte, dizendo que eu tinha reagido. Isso não existe”, declarou.

Ainda no documento, a vítima contou que eles não satisfeitos, realizaram várias buscas, inclusive na casa de seu ex-marido, no Clima Bom. “Eles colocaram meu ex-marido de joelhos, fizeram buscas, quebraram tudo e como não encontraram nada, disseram que iriam me matar na Cacho-eira do Mirim, no Benedito Bentes. Foram momentos de tortura, chegaram a me amea-çar com a máquina de choque. Só não fizeram isso, porque meu marido chegou e pediu o mandado de busca, que eles não tinham”, falou.

Após horas de ameaças e tortura psicológica, o casal foi levado para a Central de Polícia, acusados de tráfico de drogas e porte ilegal de munição. “Eles levaram para a delegacia uma quantidade de drogas e muni-ções que não eram nossas. Eles tentaram nos acusar de algo que não existe”, comentou. Foi na Central de Polícia, que o caso chegou até o delegado Davino, que acabou descobrindo que um dos carros descaracteriza-dos utilizado na ação, tinha as placas frias, fato que é crime de adulteração. L.S.R.

“Fui espancada e ameaçada de morte” Na manhã de quarta-feira

(30), uma nova denúncia contra guarnições da Polícia Militar chegou até a Comissão de Direitos Humanos. Dessa vez, a vítima é a ambulante Maria Cícera Bezerra Bernar-dino. Muito abalada, ela rela-tou que passou momentos de terror, ao ser espancada e ameaçada de morte por policias da Radiopatrulha. A violência aconteceu na manhã do último sábado (26), após ser acusada de traficar drogas.

Em seu relato, a ambu-

lante contou que por volta das 11 horas, trabalhava em sua banca no Mercado da Produ-ção, quando quatro policiais a pegaram pelo braço, com bastante truculência, dizendo que hoje ela iria apanhar. “Eles me jogaram dentro da viatura, e me levaram até um matagal próximo ao Pontal da Barra. Nesse local, me obrigaram a tirar a roupa e iniciaram uma verdadeira sessão de tortura”, contou Maria Cícera.

A guarnição teria batido nas costas, ombros, pernas, puxaram cabelos e ainda,

empurrou os dedos nos olhos da vítima, dizendo que iria cega-lá com um canivete. “Foram momentos de terror. Pensei que iria morrer. Fiquei apavorada, tanto que quando ele apontou o canivete em direção aos meus olhos, acabei me debatendo como forma de defesa, e levei um corte na perna. Levei vários murros na boca do estomago e em outras partes do corpo, estou cheia de hematomas”, relatou.

Após toda a agressão, os policiais que acusavam a

vítima de ser traficante, teria exigido que ela entregasse todo o seu dinheiro. “Estava sem nada. O único dinheiro que tinha, deixei com um amigo que é chaveiro, que é do aluguel da minha casa. Disse isso a eles, e os policiais ficaram dizendo que era do tráfico e que se o dinheiro não aparecesse, iriam voltar a me agredir”, disse. “Chegamos a voltar ao meu local de traba-lho, como não encontrei esse meu amigo, eles me ameaça-ram novamente, e disseram que se me encontrassem de

novo, iriam me matar. Foram embora e levaram meu apare-lho celular”.

Temendo ser novamente vítima dos policiais e até assassinada, Maria Cícera procurou a OAB para denun-ciar a guarnição. “Estou com medo. Não tenho coragem de voltar a trabalhar achando que eles podem querer retor-nar e se vingar de mim. Essa é a segunda vez que isso me acontece, da primeira estava grávida e fui agredida. Nunca fui presa, só tive um marido que tinha envolvimento com

drogas, mais isso não quer dizer que eu tenha. Estou traumatizada”, revelou.

Esse caso, assim como os mais de 120 registrados apenas esse, também foram encami-nhados para a apuração. Os policiais, que são acusados de torturadores, também devem ser investigados e responder pelo delito.

A vítima, além de denun-ciar na OAB, registrou Bole-tim de Ocorrência e exame de corpo e delito, como garantia das marcas e hematomas no corpo. L.S.R.

Tortura é crime; punição está prevista em lei A Legislação é clara e bem

definida: tortura é crime e esta prescrita na Lei 9.455, de 7 de abril de 1997. Para defender o direito da população, a Comis-são de Direitos Humanos da OAB-AL, tem recebido uma série de denúncias, que falam dos maus tratos, invasões e erros cometidos pela polícia Militar. “Estamos vivendo um momento muito sério, onde as denúncias contra guarnições da PM não param de chegar desde o início do ano. Tem semanas, que registramos até três casos de violência. É um número alto e mostra o perfil de uma polícia violenta”, disse Gilberto Irineu, presidente da comissão.

Ainda de acordo com o advogado, é errado afirmar que todos policiais são iguais e cometem o mesmo erro, porém ele alerta sobre a gravidade do problema. “É um abuso de poder de alguns policiais, que se

mostram despreparados diante das práticas operacionais e sem conhecimento jurídico. Eles sequer, sabem abordar as pessoas e cometem violências graves”, afirmou. “Temos os mais diversos registros que vão de invasões a domicilio sem mandato de busca e fora de hora, agressões graves, amea-ças de morte e muitos erros, já que acontece deles entrarem em residências que não tem nada com o que eles procura-vam”.

Outro dado sobre as víti-mas de violência envolvendo a polícia, é que a maioria é de classe baixa. “Eles agem em qualquer bairro, mais a maioria das vítimas são de classe baixa. São homens, mulheres e até deficientes físicos. Temos um caso, onde uma senhora defi-ciente teve a casa invadida, foi agredida com palavras de baixo calão e fisicamente, sendo até

jogada da cadeira de rodas. Eles estão sem limites, para agredir não poupam ninguém. É uma situação preocupante, que precisa ser mudada”, falou.

Diante de tanto problema, a Comissão de Direitos Humanos tem colhido o depoimento das vítimas de tortura e violência, através de Termo de Declara-ção e imediatamente, passado o caso para o Comando da Polí-cia Militar, Ministério Público Estadual e até mesmo, Conse-lho Estadual de Segurança, para que esses policiais sejam puni-dos. “Não podemos permitir que a tortura impere na nossa polícia. Estamos denunciando e muitos, têm sido punidos”, garantiu Irineu. “Não sei o que está acontecendo com essas pessoas que se envolvem nesse tipo de delito. Prefiro acredi-tar, que é falta de treinamento e aprendizagem, para ser uma polícia mais humana”. L.S.R

AUMENTA NÚMERO DE DENÚNCIAS

Da mesma forma que as denúncias contra Poli-ciais Militares cresceram, as punições administra-tivas contra esses servi-dores públicos também. Segundo o ouvidor-geral da Corregedoria da Polí-cia Militar, coronel Osman Vilela de Araújo, 2011 foi um ano onde aconteceram muitas punições. “Estamos punindo rigorosamente esses casos de violên-cias e agressões. A nossa Corregedoria sempre que recebe denúncias, inicia um processo de apuração, investigação e se o militar for culpado é punido. Esse ano, tiveram várias prisões e punições administrati-vas. Assim, como aumenta-ram as denúncias, também aumentaram as punições”, falou.

Com as punições, os mili-tares podem sofrer desde uma simples repreensão, a

uma exclusão da corpora-ção. “Se o caso for simples, as punições são mais bran-das. Se a denúncia for grave e recorrente, pode até acon-tecer uma expulsão. O fato é

que não estamos dispostos a permitir que essa situação continue. As punições estão existindo”, afirmou coronel Osman.

Questionado sobre o motivo para esse aumento de registros de agressões envolvendo militares, o ouvidor-geral disse não saber. “É complicado justi-ficar as atitudes de algu-mas pessoas. Não acredito que seja despreparo, já que eles passam por cursos e sempre estão se especia-lizando. Acho que temos que tratar cada caso de forma isolada”, comentou. “O pior é que não é por falta de punições. Estamos cada vez mais rigorosos, mesmo assim os casos continuam crescendo. É preciso um estudo para saber o que está se passando”. L.S.R.

Anderson Teixeira mostra o comprovante do depósito de fiança no valor de R$ 500, 00 que pagou para poder ser solto

Fotos: Yvette Moura

Gilberto Irineu, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, disse que todos casos que chegam são apurados

MPE acompanha desenrolar das investigaçõesO Ministério Público Esta-

dual, através da promotoria de Controle Externo da Atividade Policial, também tem parti-cipado ativamente da averi-guação das denúncias contra militares. A apuração acontece através do acompanhamento das investigações administra-tivas e criminais, solicitando naqueles casos comprovados, a punição adequada, que pode acontecer através de pedidos de prisão.

“A quantidade de denún-cias contra militares tem sido razoável, mas temos bastante cuidado na forma de agir e apurar. Cada caso é avaliado com cautela, já que a maio-ria dos casos vem de áreas de risco, onde o tráfico é intenso e muitas vezes, a família não aceita o envolvimento de seus parentes com a criminalidade. Não podemos expor o policial ou fazer pré-julgamento, como não deixamos as denúncias comprovadas impunes”, expli-cou a promotora Karla Padilha, que integra a promotoria na capital.

De acordo com a represen-tante do Ministério Público, a maioria das denúncias que chegam são contra os poli-ciais do serviço de inteligência, os chamados P2. As vítimas contam histórias parecidas, de truculência nas ações, inva-são das casas por policiais sem identificação, além de não

terem nenhuma autorização judicial para agirem. “Estamos investigando muitos casos, inclusive na próxima semana, devemos pedir a prisão de um grupo de policiais que está sendo investigado por crimes relativos a essas agressões”, adiantou.

Para a promotora esse cres-cimento nas denúncias, estão atrelados a uma série de fato-res, que ocorrem desde uma mudança de contexto entre as vítimas, que deixam de ter medo e passam a denunciar, ao aumento da violência. “Não podemos generalizar que todos são maus policiais. O aumento da criminalidade é um dos fatores que, acaba influen-ciando nessa necessidade de combater, e muitas vezes esses policiais, acabam agindo com

truculência. É errado, trata-se de crime e é inconstitucional”, afirmou.

Karla Padilha disse ainda, não acreditar que essa postura seja uma or ientação do comando da Polícia Militar. “É preciso fazer uma revi-são sobre as metodologias de apuração e forma de agir. Não acredito que o Comando passe essa orientação aos militares, principalmente por estarmos vivendo um momento, onde a polícia deveria ser parceira e cidadã”, falou. “Porém, os fatos retratam outra situação. Desde que a Força Nacional chegou ao Estado, registramos vários episódios de violência. Em todas as denúncias instaura-mos inquérito, analisamos os fatos e preservamos para que o cidadão de bem seja protegido”.

As pessoas que foram vítimas de agressão podem denunciar o fato através do site do Ministério Público, no ende-reço eletrônico www.mp.al.gov.br, ou procurar a Comissão de Direitos Humanos, na sede da OAB, no Centro. “Algumas denuncias chegam até nós através do site. Nada é deixado de lado. Apuramos tudo e quando a informação é verí-dica, tomamos as providências necessárias. Muitas vítimas também procuram a OAB, que nos envia os ofícios pedindo providências”, completou Karla Padilha. L.S.R.

"Em todas denúncias instauramos inquéritos, analisamos fatos e preservamos para que o cidadão seja bem protegido"

KARLA PADILHAPromotora de Justiça em Alagoas

"Estamos punindo rigorosamente esses casos de violência e agressões"

OSMAN VILELAOuvidor-geral da Corregedoriada Polícia Militar de Alagoas

Promotora Karla Padilha explicou que nos casos comprovados é solicitada a punição adequada para cada infraçãoDelegado Robervaldo Davino, do 4º Distrito, presidiu três inquéritos sobre abusos de policiais da inteligência da PM

A12 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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A21O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Se por fora a UPA 24 horas impressiona pela amplitude, por dentro é o esmero dos detalhes, incomuns em unida-des de saúde públicas, que atrai uma atenção mais cuidadosa. Ar condicionado do tipo “Split” em todas as salas. Tubulação de oxigênio e ar comprimido também. Áreas reservadas para sutura, raio-x, leitos de observação, pediatria, espera, farmácia. Dos armários às pias, tudo tem uma qualidade padrão que foge do estigma “popular”.

O calor – às 10h o sol já dava dor de cabeça nos visitantes desacostumados à tempe-ratura alta da “Princesa do Sertão”, apelido de Palmeira – não entrava; conforto térmico proporcionado pelo sistema de ventilação natural e pelo material com que as paredes e o teto foram fabricados. Até as portas, em vai e vem, lembram

os hospitais cinematográficos do imaginário coletivo. Capa-cidade para 300 pacientes em um período de 24 horas. Doze leitos disponíveis para casos mais graves.

Mas a atmosfera do prédio é triste, ampliada pelo eco dos sons emitidos nos corredores e pela brancura monótona das paredes. A unidade é um deserto prestes a se transfor-mar em oásis; mas até agora o único a desfrutar do amplo espaço é o vigia, Gilvan Alves de Melo, de 50 anos, e seu colega da noite. Desfrutar não é bem a palavra; sem água ou ener-gia, cortados para economizar recursos que quase não esta-vam sendo usados, eles aguar-dam pacientemente o dia em que perderão o emprego para ganhar uma instituição de saúde próxima de suas casas.

Gi lvan é ser vente de pedreiro e morador da Vila

Maria, e foi contratado após o fim da obra para tomar conta do espaço. Até agora a constru-tora precisa pagá-lo – e ao outro funcionário – porque a unidade ainda não pode ser inaugurada. Munido de banquinho, garrafa térmica com o único líquido do prédio e um rádio, ele espera.

Paredes brancas, brilhando de tão novas. Tão diferente da Unidade de Saúde da Famí-lia (USF) Salgada, que fica em frente à nova UPA. Descascada, acuada em uma pequena casa mal adaptada para consultas e pequenas suturas. Repleta de móveis enferrujados, bancos

de madeira velhos, espremida entre paredes meio mofadas. Às 11h30, não havia médico ou enfermeiro no local. Segundo os funcionários presentes, eles estavam em horário de almoço, mas um cartaz pregado na entrada falava que o doutor só estaria no local por dois dias na

semana.O diretor de recursos huma-

nos da Secretaria Municipal de Saúde, identificado apenas como Robson, foi comuni-cado, via telefone, por uma assistente administrativa do posto que a reportagem havia chegado. Ele, então, primeiro argumentou que o prédio estava em reforma, e que seria irreal compará-lo à nova estrutura, já que a USF estaria lá de forma provisória. Mas quando foi questionado sobre o tempo em que a unidade está instalada no local, ele respondeu que há anos a situ-ação perdura. Quando ouviu o argumento de que não seria, portanto, irreal, ele mudou o discurso e foi direto: não auto-rizaria imagens, mesmo que o prédio abrigasse uma instân-cia pública. A fotografia, no entanto, já havia sido tirada. S.V.

A14 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Unidades estão prontas, mas ainda não começaram a funcionar por indefini-ção do recurso

SUMAIA [email protected]

No bairro de Vila Maria, um dos maiores de Palmeira dos Índios,

Sertão alagoano, um ícone do “lulismo” e parte da meta da presidente Dilma Rousseff (PT) está erguido. É a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, promessa de mudar drasticamente a qualidade do atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil. Há cerca de cinco meses está ali, à espera da inauguração.

O prédio alvo parece um monumento à qualidade de vida, erguido em meio a um bairro onde a maioria das casas estampa a pobreza de seus donos. Ruas de barro, falta de saneamento, imóveis sem reboco, até animais de criação rural caminhando livres. Tudo destoa daquele ícone do progresso da saúde pública, imã para os olhos daqueles que passam diaria-mente pelo local, a cami-nho da escola. A caminho do hospital.

Mas por enquanto ele é apenas isso: um monumento.

Frio e silencioso, sem a vida percorrendo seus corredores e despontado porta afora, caso estivesse em funcionamento. Já está pronto, mas ainda não foi repassado ao município porque é preciso esperar que o Estado finalize a licitação de seus equipamentos.

E uma vez completo, não poderá receber médi-cos e pacientes, porque a unidade, antes disputada à unha pelos gestores munici-pais e estados da federação, agora tem seu financiamento incerto, porque a prefeitura e o governo estadual alegam que os recursos a serem repas-sados pelo Governo Federal não bastam para suprir o seu funcionamento. Mais cinco UPAs prontas ou em constru-ção em Alagoas e podem ser os mais novos elefantes brancos da saúde pública.

UPAs não foram inauguradas

PRONTO ATENDIMENTO

Estrutura da unidade de Palmeira dos Índios é completa e impressionaYvette Moura

Estrutura com qualidade padrão da UPA de Palmeira dos Índios é incomum em unidades de saúde pública no País

RecursoPrefeitura e Estado alegam que verba a ser repassada pelo governo federal não basta para suprir seu funcionamento

O prédio alto da

UPA está erguido

em meio a um bairro

onde a maioria das

casas estampa a

pobreza de

seus donos

Yvette Moura

A15O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Não é preciso ir longe para descobrir, no bairro, as víti-mas da incerteza da UPA. Já penalizados pelas deficiências da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) no município, os moradores se agarram à esperança de ver a unidade funcionando. Assim que dona Remilda Souza dos Santos, 59, atende a porta de casa e toma conhecimento do assunto, sua primeira reação, sem ouvir o resto da frase, é exclamar: “Era tão bom que funcionasse! Peço a Deus todos os dias para esse hospital abrir”.

A agonia de dona Remilda se explica. Há cerca de três anos, a recém-aposentada começou a sentir dores no coração, nos rins, viu as pernas incharem e o cansaço tomar conta de seu corpo. Antes acostumada a caminhar longas distâncias e andar de carroça todos os dias para vender tripas de boi na feira de Palmeira dos Índios,

hoje ela não consegue sair de casa para outra coisa que não seja a peregrinação pela rede pública de saúde.

“Vou andando devagar-zinho. Demora mas chega lá”, ri. Ou então pega carona de carroça com o filho, que também é cliente usual do hospital, já que é epilético. Ele possui o rosto cheio de cicatrizes, de tanto ter convul-sões na rua e ralar a face no

chão, segundo dona Remilda. Mas continua trabalhando e comandando o veículo de tração animal.

Na Unidade de Saúde da Família, que ela chama de “postinho”, ela conta que não consegue atendimento regu-lar. “Quando tem médico eu sou atendida, né. Às vezes passa mais de mês sem chegar médico por lá”, denuncia. Por isso, precisa ir ao Hospi-

tal Regional Santa Rita, onde ficou internada por vinte dias – dos quais oito entubada.“Aqui tem muito médico do coração bom, mas é tudo pago. Eu fui para Arapiraca fazer um ‘eco’, paguei R$ 100. Peguei empres-tado. Agora preciso fazer uma... como chama? Acho que é ultrassom dos rins, mas no hospital também não faz de graça. Estou sem dinheiro para pagar”, conta ela, se refe-rindo a um eletrocardiograma que apontou como conclusão “hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo de grau leve e disfunção diastólica de ventrículo esquerdo de grau I”.

Diante das dificulda-des em receber tratamento adequado para seu problema, dona Remilda desanimou. Na unidade ela deposita a espe-rança de um atendimento rápido e encaminhamento para todos os exames de que precisa. S.V.

Moradores se agarram à esperança da aberturaYvette Moura

Remilda tem problemas no coração e sofre para conseguir atendimento

Mudar a rede de urgência e emergência

Um dos grandes proje-tos da era Lula e a aposta da gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) na área de saúde – junto ao fortalecimento da atenção básica -, As Unida-des de Pronto Atendimento (UPAs) foram regulamenta-das inicialmente pela porta-ria 1.020/2009, que trata das diretrizes para a implantação do atendimento pré-hospi-talar em âmbito regional, em relação ao Plano Nacional de Atenção às Urgências. Depois, a portaria 1.060, de julho de 2011, cobriu algumas lacunas e atualizou a regulamentação.

O s “p i l o t o s” d e s s a s unidades começaram a ser implantadas à medida que as operações de reocupação dos morros cariocas eram coloca-das em prática, segundo Pedro Madeiro, presidente do Conse-lho das Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems--AL). A partir da criação da UPA como modelo a ser adotado em todo o país, pactuações foram feitas em todos os esta-dos da federação, envolvendo União, Estado e Município.

A unidade foi espalhada pelo Brasil com a intenção de mudar a lógica da rede de urgência e emergência da saúde pública. Para comba-ter hospitais superlotados em todas as regiões do país, elas chegaram para reali-zar atendimentos que antes eram enviados às Unidades de Emergência de média e alta complexidade. Ela serve inclu-sive para estabilizar o paciente antes que ele seja direcionado a outra instituição, minimi-zando os efeitos de algumas crises, como infartos.

O primeiro diferencial da UPA é ser 24 horas. Não para. Nem em feriado, nem em pontos facultativos do serviço público. E mais: como o HGE, ele é ‘portas abertas’, ou seja, não pode recusar atendi-mento. Entre suas atribuições estão o atendimento clínico, ortopédico e pediátrico (os dois últimos donos de um volume grande de ocorrências nos hospitais); a realização de suturas e raio-x.

Ela se articula também às unidades básicas de saúde, ao Samu e às unidades hospitala-res, e presta apoio diagnóstico e terapêutico. E um dos pontos mais importantes: possui alguns leitos para manter pacientes em observação por até 24 horas para identificação da doença ou estabilização do quadro de saúde, espaço raro nos diferentes aparatos do SUS. Quem ainda tiver quei-xas, tem que ser encaminhado para internação num hospital.

As unidades são dividas em três tipos: porte I, II, e III (ver tabela ). Para cada uma há um valor estabelecido pelo

Governo Federal para repasse em três fases: construção, compra de equipamentos e custeio, que é feito mensal-mente. Os recursos investidos pelo Estado e pelos municí-pios variam de acordo com a pactuação feita por cada ente federado. No caso de Alagoas, o valor direcionado às UPAs por mês se divide em 50% para a União, 25% para o governo estadual e 25% para o governo municipal.

Existem três resoluções que tratam da parceria para cons-trução das Unidades de Pronto Atendimento. A primeira data de 10 de agosto de 2009, e fala da implantação de 11 UPAs de 2009 a 2010. No primeiro ano, deveriam ter sido construídas duas porte III em Maceió; uma porte III em Arapiraca; uma porte I em Marechal Deodoro; uma porte II em Palmeira dos Índios, e uma porte I em Mara-gogi. Em 2010 seria a vez de uma porte II em Penedo; uma porte II em Delmiro Gouveia; uma porte III em Maceió; uma porte II em União dos Palma-res e uma porte I em Viçosa.

A segunda resolução, de abril de 2010, mudou a respon-

sabilidade do Estado pela UPA de Arapiraca, que preferiu construir, equipar e financiar a unidade sem ajuda do Estado (até hoje ela está indefinida). Já a de maio de 2011 transfere uma das unidades de Maceió para o Programa de Acele-ração do Crescimento (PAC) 2. Em nenhuma das duas foi citado o adiamento do prazo para construção das unida-des antes estabelecido no primeiro documento.

Atualmente, entretanto, apenas seis UPAs foram inicia-das, e quatro já estão pron-tas: Delmiro Gouveia, Viçosa, Palmeira dos Índios e Penedo – esta última finalizada mais recentemente. Segundo Sival Clemente, superintendente de atenção à saúde da Secre-taria de Estado da Saúde (Sesau), as obras de Maragogi já chegaram a 15%, e Marechal Deodoro 40%. As de Maceió são umas das mais atrasadas: ainda esperam terreno. S.V.

Continua na página A18

UF TOTAL DE UNIDADES TIPO DE UPA I II III

PE 14 0 1 13

SE 4 4 0 0

BA 3 1 0 2

RN 3 1 2 0

PA 2 2 0 0

AL 0 0 0 0TOTAL 26 8 3 15

Upa

Porte I

Porte II

Porte III

População da área de

abrangência

50.000 a 100.000

habitantes

100.001 a 200.000

habitantes

200.001 a 300.000

habitantes

Área miníma

700 m²

1.000 m²

1.300 m²

Nº de atendimentos médicos em 24h

até 150 pacientes

até 300 pacientes

até 450 pacientes

Nº mínimo de médicos por plantão

2

4

6

Nº mínimo de leitos de observação

7

11

15

Custeio da upa/ mês

(R$)

100.000

175.000

250.000

Custeio da Upa

qualificada/ mês (R$)

170.000

300.000

500.000

AtendimentoUm diferencial da UPA é que ela não para, nem em feriado ou ponto facultativo do serviço público

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A18 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Yvette Moura

Unidade

do PSF não

consegue

atender

toda a

demanda nos

municípios

A ameaça da transforma-ção das UPAs em elefantes brancos resulta da insuficiên-cia do financiamento antes pactuado entre os municípios, o Estado e o Governo Federal. Houve demora na construção e aquisição de equipamen-tos das unidades, é verdade. Mas o grande problema, que impede que, mesmo depois de tudo ser feito, elas entrem em funcionamento, é a alegação de falta de dinheiro suficiente para cobrir os gastos.

O percentual determinado pelas resoluções que tratam de Alagoas, segundo Sival Clemente, está certo. “A divi-são está excelente”, avaliou. Mas o valor estabelecido na portaria do Governo Federal, que é a base de cálculo para os outros valores, é insuficiente

para a demanda. “As UPAS tem importância grande dentro do Sistema Único de Saúde, mas não se pensou no financia-mento. O valor estipulado está muito aquém do necessário”, argumenta.

O total necessário ultra-passaria – e muito – a soma dos repasses dos três entes, cabendo, então, ao Estado e aos Municípios cobrirem a diferença. “Enquanto uma UPA tipo I tem o valor especifi-cado em R$ 200 mil, o valor real necessário é o dobro. Ora, se o Ministério da Saúde só entra com R$ 100 mil, de acordo com a portaria, fica R$ 300 mil para o Estado e o Município. Não dá”, explica ele. “Os municípios alagoanos não têm condições de pagar. Eles sobrevivem, em sua maioria, com o repasse

do Fundo de Participação dos Municípios (FPM)”.

Pedro Madeiro acrescenta que o problema está ocor-rendo em todo o Brasil, e prin-cipalmente no Nordeste, onde os municípios possuem uma arrecadação mais baixa que o Sudeste do país. “Ceará tem 30 UPAs pendentes. O fato é que o Ministério da Saúde precisa rever o financiamento, porque não é possível administrar um projeto desse tamanho com o estabelecido”, reforçou.

Como o exemplo citado foi o de Palmeira dos Índios, a reportagem foi até a prefei-tura para ouvir o gestor, James Ribeiro (PSDB), sobre o problema de financiamento. O relógio marcava aproxima-damente 14h30, mas ele não estava no local – tinha ido a

Maceió resolver problemas pessoais. A secretária de saúde, Alexandra Ludugero, também não estava no município. Ao tentar contato por telefone, o prefeito não atendeu e não retornou, mesmo após suces-sivas ligações.

Já Alexandra pediu que as perguntas fossem envia-das por e-mail, porque estava em meio a um plantão (ela é médica). Ela respondeu, então, que não existe impasse, ao contrário do que os outros gestores atestaram, embora fale do financiamento da União. “Temos um trabalho em parceria muito forte com o Estado. Estamos aguardando somente uma definição do Ministério da Saúde para colo-car em funcionamento a UPA”. S.V.

Direcionada à Márcia Amaral, diretora da Direção de Atenção à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), pela assessoria de comunica-ção da pasta, para falar sobre as UPAs de Maceió, as declara-ções deram um sinal de como o projeto está insipiente na capi-tal. Ela sequer sabia que existe uma pactuação incluindo Maceió entre as cidades que receberão uma unidade. “Se existe esse projeto, ainda não chegou ao meu conheci-

mento”, justificou.Por enquanto, existem

algumas unidades que funcio-nam desde fevereiro desse ano e que se assemelham ao pronto atendimento idealizado pelo Governo Federal, só que bem mais restrito: não há raio-x, leitos de observação, sutura, tampouco atendimento 24 horas. Os sete PAs, como são apelidados os Pronto Atendi-mentos de Maceió, funcionam de 7h às 19h, e foram criadas com o objetivo de desafogar o

HGE. Lá são atendidas crises de asma e diabetes, diarreia, cólica, pequenas feridas, e são dados os primeiros atendi-mentos para Acidente Vascu-lar Cerebral e infarto, por exemplo.

A repor tagem tentou contato, por telefone, com o secretário de saúde de Maceió, Adeilson Loureiro, que não atendeu às ligações feitas de quarta a sexta-feira. Ele apenas se expressou através da assessoria de comunicação,

no início da tarde de sexta, se limitando a afirmar que as UPAs de Maceió são de respon-sabilidade do Estado. De fato, segundo Sival Clemente, um acordo foi feito para que o Estado ficasse responsável pela construção e gestão das duas unidades da capital, em troca da municipalização da Unidade de Saúde do Bene-dito Bentes. Só que a Prefeitura precisa ceder o terreno, o que ainda não ocorreu até hoje, de acordo com Clemente. S.V.

Apesar de Pedro Madeiro negar que existam indefini-ções sobre a gestão das unida-des, Sival Clemente é taxativo quando fala do assunto: os municípios que “ganharam” as UPAs não possuem recur-sos humanos suficientes para suprir a demanda. E pior. Já estão no limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a Lei Complementar nº 101/2000, que determina o gasto máximo dos entes fede-rados com pessoal, 60% da arrecadação para os municí-pios, sendo 54% voltados para o funcionalismo do Executivo.

Junto a isso, está a brecha presente nas portarias que regulamentam as UPAs, que

não definem o tipo de gestão das unidades, apesar de deta-lhar tão bem os equipamen-tos, profissionais e espaço físico necessários. O resultado é a tendência de contratação de Organizações Sociais (OS), hospitais filantrópicos e outras instituições. É a chamada terceirização da saúde pública, segundo já instituído pelos movimentos sociais ligados á área.

Em Penedo, segundo o prefeito Israel Ramires Salda-nha Neto, a gestão da UPA do município deve ser entregue à Santa Casa de Misericórida de Penedo, que também receberia todos os pacientes que, após a triagem da unidade, precisas-

sem de atendimento hospita-lar. A cidade possui uma das três Unidades de Emergência públicas de Alagoas, mas ela seria, de acordo com o gestor, substituída pela UPA.

“Assim, os gastos com a UE seriam direcionados a ela. Absorver o pessoal do hospital seria uma decisão da Santa Casa, porque a maioria é prestador de serviço”, anun-ciou Israel. O motivo para tal transferência? Ele alega que a instituição filantrópica passa por “dificuldades financeiras”, e seria um jeito de “ajudá-la”.

A terceirização de gestão, destaca Madeiro, é uma coisa nova, e o ponto de equilíbrio ainda está sendo descoberto.

Ele cita como mau exemplo o hospital municipal de Santana do Ipanema, que vem sendo gerida por uma Organização Social (OS). “Eles não têm a obrigação de prestar contas, por exemplo, o que está errado, porque se você trabalha para o Estado, se é um serviço público, é preciso seguir os trâmites tradicionais. Mas lá é tudo escondido”, denuncia.

O presidente do Cosems foi cauteloso em opinar sobre a decisão de Penedo: “Ele tem autonomia para fazer isso, mas não creio que a Unidade de Emergência vá fechar, ou a Santa Casa ser gerenciada”, avalia. S.V.

Continua na página A19

O problema da insuficiência do financiamento

Maceió tem unidades semelhantes a UPAs

Municípios sem recursos humanos suficientes

Para que o elefante branco não se materialize , segundo Pedro Madeiro, uma solução caseira está sendo pensada: o consórcio na saúde. Ele serve não só para a UPA, como para diversos outros projetos que demandem um financia-mento alto. Consiste, basi-camente, na união de vários municípios de uma determi-nada região para investimento conjunto em determinado projeto – como a Unidade de Pronto Atendimento. Com isso, cada cidade pagaria uma parte do custo de funciona-mento.

Por enquanto, só existe discussão em andamento para criação do consórcio no Vale do Paraíba, que vai

de Quebrangulo a Pilar, e na região de Santana do Ipanema (para resolver outro grande problema, o hospital constru-ído na cidade que virou um elefante branco). Mas até que essa articulação vire prática, Madeiro afirma que vai demo-rar: “Os gestores precisam assimilar o processo, porque nem sempre a unidade estará dentro de seu município. E o Projeto de Lei ainda vai para as Câmaras de Vereadores”, explica. Para as outras partes de Alagoas, não há proposta definida, e as UPAs devem demorar mais – se for abrir – para funcionar.

A outra forma de colocar as UPAs para funcionar, segundo ele, passa pelo Congresso

Nacional: é a aprovação da regulamentação da Emenda 2 9 , q u e v i n c u l a r á m a i s dinheiro do orçamento da União à pasta de Saúde – apro-ximadamente R$ 35 milhões, de acordo com Madeiro. Com isso, o Ministério terá recur-sos para aumentar o financia-mento das unidades, aliviando o peso para os Estados e Muni-cípios. “O pleito tem que ser da sociedade brasileira”, defende.

Para Sival Clemente, quem deve apresentar uma solução para o caso é o Governo Fede-ral, já que é o ente que fica com “a maior parte dos impostos”. O exemplo de Pernambuco não pode ser seguido em Alagoas, na sua avaliação, porque as receitas dos dois

Estados são desproporcionais. “Até lá eles estão em dificul-dades”, opinou. Além disso, o volume de recursos gastos com pessoal, em âmbito esta-dual, também ultrapassa o limite imposto pela LRF, o que inviabilizaria a gestão ou o custeio total do Estado. “Não temos a intenção nem a condi-ção”, afirmou.

Madeiro é direto ao alertar: “é melhor do que abrir rapida-mente e fechar depois por falta de dinheiro”. O diretor da Sesau é categórico quando questio-nado sobre o prazo para aber-tura das UPAs: enquanto não houver aumento do financia-mento, vão permanecer fecha-das. “Não adianta abrir e não funcionar”. S.V.

Yvette Moura

Unidade de Saúde em Palmeira já tem a estrutura completa para funcionar

Yvette Moura

Já nos postos médicos faltam profissionais e estrutura para atendimento

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Infraestrutura moderna

já está pronta aguardando

definição sobre custeio

Falta de financiamento é o debate atualOs acordos foram feitos

em 2009, mas as alternativas pensadas para driblar a falta de financiamento compatí-vel com o porte das UPAs só entraram em pauta em 2011. Mas essa falha não foi detec-tada antes, quando os diver-sos gestores se uniram em papel para tornar as unida-des de saúde realidade? Para responder a essa pergunta, os gestores apresentaram, basi-camente, dois argumentos.

Pedro Madeiro diz que o tempo dado pelo Governo Federal para que Estados e Municípios aderissem ao projeto foi insuficiente para analisar a fundo os núme-ros. “Nós não poderíamos perder a oportunidade, ainda mais Alagoas, um Estado tão pobre”, alegou. “No Brasil todo foi feito assim, tivemos pouco prazo para adesão, foi uma coisa de cima para baixo. Ainda teve o agravante de ser pouco antes do período elei-toral. As pactuações tinham que ser feitas com um prazo definido, porque no período eleitoral não se pode criar gastos”.

Sival Clemente usou o mesmo raciocínio, acrescen-tando detalhes: “Na época que foi lançada a política de urgência e emergência, da qual a UPA faz parte, o assunto não foi aprofundado. Também havia falhas: no início, não se podia reformar o que já tinha, só construir de novo. Se isso tivesse sido feito desde o início, os municípios só preci-sariam readequar o serviço que já prestam, de acordo com as normas especificadas na portaria. Assim, talvez desse

para funcionar agora”.Eles também alegaram que

houve aumento dos preços de 2009 até agora. “A pactuação ocorreu em 2009. De lá para cá não houve aumento do finan-ciamento, mas houve eleva-ção dos honorários médicos, pro exemplo. Hoje os custos são bem maiores. R$ 100 mil não paga nem os plantonis-tas”, afirma Madeiro. Segundo ele, um plantão chega hoje a R$ 1.200. Suetônio Queiroz, assessor técnico do Cosems, acrescenta que o calculo feito pelo Ministério da Saúde não é muito preciso, porque há variação entre os custos do Sul e Sudeste e os do Nordeste.

A reportagem procurou o Ministério da Saúde para responder às críticas. Através de sua assessoria de comuni-cação, a pasta ressaltou que a UPA funciona com recursos das três instâncias - União, Estados e Municípios, e que a decisão de instalar uma unidade é feita pelos três entes. O órgão também espe-cificou as organizações envol-vidas nas decisões de gestão.

“Elas são construídas através da participação de todos: Conselhos de Secre-tarias Municipais de Saúde (Cosems); Conselhos Nacio-nais de Secretários de Saúde (Conass); Comissão Interges-tores Bipartite (CIB); Comis-são Intergestores Tripartite (CIT); Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secre-tários Municipais de Saúde (Conasems), além de órgãos de controle social, como os conselhos Municipais de Saúde, Estaduais de Saúde e Nacional de Saúde”. S.V.

Pedro Madeiro e Sival Clemente falam sério quando afirmam que o problema não é exclusivo de Alagoas. O Ceará, que o presidente do Cosems deu como exemplo de situa-ção semelhante, estava com o mesmo problema até recente-mente, embora outros fatores tenham ajudado o projeto a não prosperar: das 34 UPAs prometidas, apenas nove estão prontas, seis equipadas, e somente três entrarão em funcionamento este ano.

“Nenhum município tinha condições de assumir os

gastos. Às vezes nem os 25% pactuados estavam disponí-veis. Algumas unidades esta-vam paradas há seis meses”, conta Alex Mont’alverde, coor-denador de urgência e emer-gência da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. Ele atesta, como os gestores alagoanos, que o problema está ocor-rendo em todo o Brasil. Nem se resume apenas ao Nordeste.

Segundo o coordenador, o trio só vai ser aberto porque eles conseguiram achar uma terceira via para solucionar a falta de recursos dos muni-

cípios onde as unidades foram instaladas. Se chama Unidade de Pronto Atendi-mento Qualificada, e é prove-niente da portaria 1.601/2011, a nova regulação que revogou o determinado na portaria 1.020/2009. O mecanismo permite que a UPA seja classifi-cada de forma diferenciada se atingir determinadas exigên-cias descritas no documento, para então conseguir maior financiamento do Governo Federal.

A unidade de porte I passa de R$ 100 mil a R$ 170 mil; a

de porte II sobre de R$ 175 mil para R$ 300 mil; e a III dobra o valor para R$ 500 mil.

Entre as determinações para conquistar a qualifica-ção estão visitas técnicas feitas por uma equipe do Ministério da Saúde, que vai identificar se estão sendo cumpridos as especificações da Upa 24h e o conjunto de serviços de urgên-cia 24 horas no Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências; a inserção da unidade nas centrais de regu-lação e retaguarda de leitos, cirurgias, e outros. S.V.

O Ceará também passa pelas mesmas estratégias de gestão que estão sendo pensa-das para Alagoas. Duas das unidades de Fortaleza devem ser gerenciadas por Organi-zações Sociais (OS), segundo Mont’alverne. Em Pernam-buco, estado que conseguiu colocar em funcionamento o maior número de UPAs no Nordeste, duas grandes diferenças puderam tornar o projeto realidade: uma delas foi a opção pelo financia-mento de construção e manu-tenção únicos do Estado (fora o repasse da União). A outra foi

a contratação de Organizações Socais (OS) para gerenciar todas as 14 unidade abertas.

Tereza Campos, secretária executiva de atenção à saúde da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, conta que existem, atualmente, cinco O.S. gerenciando as unidades. Elas recebem os recursos mensalmente, de acordo com as metas estabele-cidas em contrato. Se cumpri-rem todo o combinado, são pagas as verbas em sua tota-lidade. Se pisarem na bola, o valor é diminuído. Essas orga-nizações são responsáveis por

tudo: da compra de remédios à manutenção dos equipa-mentos.

Ao Estado, cabe fiscalizar para que eles cumpram as premissas da UPA 24 horas regularmente, além de cons-truir e equipar a unidade antes de firmar o contrato com as OS. “Nossa experiência com as Organizações Sociais tem sido muito positiva. Claro que cumprimos nosso papel de auditar, fiscalizar, vigiar, para que tudo ocorra dentro da legalidade”, garantiu Tereza.

No entanto, pelo menos uma das gestoras, o Instituto

Pernambucano de Assistência à Saúde (IPAS), que comanda o UPA do bairro de Imbiri-beira, Recife, tem problemas anteriores com sua credi-bilidade. Ela foi investigada pelo Ministério Público Esta-dual do Rio Grande do Norte (MPE/RN) por um contrato firmado para gerenciar uma UPA naquele estado. Essa é a mesma O.S. que foi contra-tada para gerenciar o Hospital Municipal Dr. Clodolfo Rodri-gues, de Santana do Ipanema, o famoso elefante branco de Alagoas que hoje tem suas contas postas em dúvida. S.V.

Ceará enfrenta situação semelhante à de AL

Gestão terceirizada e recursos do Estado em PE

Soluções caseiras envolvem consórcio

A maior preocupação do Corpo de Bombeiros é de tentar reduzir os afogamentos, que apenas esse ano, chega-ram a quase 200 casos graves, fora o número de atendimen-tos mais leves que é quase o dobro. Um dos últimos casos registrados e que mostra que é preciso cuidado, aconteceu no dia 20 de novembro, quando uma adolescente de 14 anos, acabou morrendo por afoga-mento na praia do Francês, em Marechal Deodoro.

A praia é o local que tem um dos maiores postos salva--vidas, com quatro bombei-ros de plantão diariamente, um jet-sky e equipamentos de socorro à disposição, e mesmo assim, não foi o sufi-ciente para evitar a morte da adolescente, que fazia parte de uma excursão vinda da cidade de Pernambuco. “O Francês é hoje a praia com maior número de ocorrências em afogamento no Estado. Esse dado tem ligação por ser uma das mais movimentadas e ter uma incidência grande de corrente marítima. Só que esses acidentes estão ligados principalmente ao descuido dos banhistas”, contou a tenente dos Bombeiros,

Viviane Suzuki. Ainda sobre os cuidados

com afogamentos, a tenente explicou que os Bombeiros sempre passam orientações aos banhistas, mais na maio-ria as pessoas não respeitam e acabam ultrapassando os limi-tes. “Quando o local do banho é de risco, os militares de plan-tão costumam se aproximar dos banhistas, orientar e pedir que eles deixem à área, além de demarcá-las com placas aler-tando sobre o perigo”, disse. “Porém, as pessoas acham que todas as praias são iguais e se arriscam. Muitos casos de afogamento que atendemos têm envolvimento de turistas ou de pessoas que nunca esti-veram naquele local”.

Entre as vítimas mais comuns desse tipo de acidente estão crianças, surfistas e alco-olizados. “É preciso que os pais fiquem atentos aos seus filhos. As crianças não devem entrar na água sozinha, pois é um risco grande. Elas, surfistas que acham que podem ir para qualquer parte e se esquecem das correntes e pessoas alco-olizadas, acabam sempre se envolvendo em afogamentos. Álcool e praia também não combinam”, relatou Suzuki.

A militar ressalta ainda, que ao chegar numa praia é importante procurar informa-ções sobre os melhores locais para banho. “Os guarda vidas estão a disposição em ajudar no que for necessário. Eles

conhecem à praia, sabem os melhores trechos e é impor-tante perguntar, quando não se conhece”, completou.

ABANDONOEntre os postos de salva-

mento o que está em pior situ-ação é o da Praia da Avenida, que fica localizado em frente ao clube dos Oficiais Milita-res. O local foi depredado e teve todo o sistema elétrico

roubado, juntamente com as portas de madeira e algumas barras de ferro, instaladas para a segurança dos milita-res que trabalhavam no local. Sem estrutura, o posto acabou sendo desativado.

De acordo com moradores da região, o posto desde que foi abandonado serve apenas como ponto para usuários de drogas e esconderijo para bandidos. “Infelizmente, esse posto ficou largado sem nenhum uso útil. Invés de termos bombeiros para salvar vidas, temos que nos depa-rar com usuários de drogas e assaltantes, que vem passe posto se esconder da polícia”, falou o aposentado Ivanildo Ferreira.

Enquanto o local não passa por reformas, os mili-tares trabalham embaixo de barracas de sol. “Tivemos alguns equipamentos furta-dos e a corporação decidiu parar de usá-lo. Quando estamos de plantão, ficamos na areia, fazendo algumas rondas e quando precisamos de alguma coisa, como até usar o banheiro, vamos ao clube dos oficiais”, comentou um dos militares, que pediu para não ser identificado.

Os casos de afogamentos já passam de 200

Reforma em duas estruturas busca diminuir o número de afogamentos em praias alagoanas

LÁYRA SANTA [email protected]

Depois de anos de aban-dono, dois, dos quatro postos de salvamentos

localizados na capital alago-ana e região da grande Maceió devem passar por reforma a partir desta semana. A medida faz parte da intenção do Corpo de Bombeiros de agir mais intensamente na orientação e combate aos afogamentos, que tendem aumentar na temporada de férias. As refor-mas são iniciativas da corpo-ração, em conjunto com a iniciativa privada.

O contingente dos Bombei-ros nas praias alagoanas também deve ser reforçado para mais um verão. A partir de dezembro, outros postos provisórios de salvamento serão instalados na praia do Francês, na prainha em Barra Nova, na praia da Sereia e praia do Gunga, locais onde são esperados o maior fluxo

de banhistas.“Estamos fechando os

levantamentos com o número de militares que serão empre-gados nessa operação Verão. A ação ainda está sendo plane-jada, mas deve começar em dezembro e se estender até o carnaval”, contou a tenente do Corpo de Bombeiros, Viviane Suzuki. “A idéia é que sejam instalados postos provisórios nas praias onde o movimento aumenta. A nossa maior preo-cupação é em atender toda a demanda e evitar que afoga-mentos aconteçam”.

Sobre a s i tuação dos postos de salvamento, a mili-tar comentou que existem projetos para que todos sejam recuperados até o próximo ano. “Já estão no nosso plane-jamento as reformas desses postos, mas dependemos do orçamento que teremos. Alguns postos já estão sendo reformados, com auxilio da iniciativa privada”, disse. “O nosso maior problema para essas reformas estão ligadas ao orçamento que temos. A maior parte do que gasta-mos com equipamentos e reformas são feitas através da taxa de incêndio. Devería-mos arrecadar R$ 9 milhões, mas conseguimos apenas um milhão e quinhentos” revelou.

A20

"Quando o local de banho é de risco, os militares de plantão costumam orientaros banhistas"

VIVIANE SUZUKITenente dos Bombeiros

O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Thiago Sampaio

Parte do posto da

praia do Francês

foi demolida

Postos serão reconstruídosCORPO DE BOMBEIROS

População ajuda na construção de postosA t u a l m e n t e e x i s t e m

quatro postos salva-vidas na região metropolitana de Maceió: na praia da Sereia; no Posto Sete, em Cruz das Almas; na Praia da Avenida, no Trapi-che da Barra; e no Francês, em Marechal Deodoro. Apenas o primeiro posto funciona normalmente. Ele foi cons-truído com recursos do dono de uma barraca na praia da Sereia, junto com os salva--vidas do Corpo de Bombeiros que resolveram investir numa estrutura melhor de trabalho.

“Em abril a maré alta derru-bou o posto que os Bombeiros tinham na areia, e ainda, levou um pedaço da minha barraca. Então fizemos um acordo, deles ajudarem na minha reconstrução e em troca, eu arrumava um espaço para eles

dentro do meu bar”, contou Aluisio Teixeira, o “Lula”, dono da barraca Frango Atrope-lado. “A situação deles aqui na praia era complicada. Eles só tinham a cobertura do sol, mais não tinham banheiro e ou qualquer outra estrutura. Arrumei o espaço e eles, estão aqui ajudando a cuidar dos meus clientes”.

A praia apesar de ter pouco movimento durante a semana, é bem movimentada aos sába-dos e domingos, quando as duas duplas de Bombeiros se revezam fazendo ronda e orientando a população. “Geralmente, atendemos três ou quatro afogamentos por finais de semana, principal-mente quando a maré está enchendo”, disse o soldado Glerieston Oliveira.

Comerciantes também assumem reformaNo posto Sete, em Cruz das

Almas, a reforma também está sendo conduzida por comer-ciantes da região. Cansa-dos do desuso do posto de salvamento, que virou ponto para trafico de drogas, além de banheiro público, alguns barraqueiros da região ofere-cerão aos Bombeiros ajuda na manutenção e segurança do local, para que a estrutura volte a ser utilizada.

No fim do mês passado, uma equipe do Corpo de Bombeiros fez uma limpeza na estrutura. “Estamos traba-lhando para a revitalização do posto, que foi uma iniciativa de comerciantes da região. Esse posto estava desativado depois de vários assaltos na região, então eles se propu-seram a colocar um segu-rança toda noite e ajudar na reforma”, explicou o capi-tão Francisco Leopardi, do Grupamento de Salvamento Aquático (GSA).

Durante todo o tempo que

o posto estava desativado, os militares continuaram trabalhando em um ponto base em frente ao Hotel Ritz Lagoa da Anta. Uma dupla de militares tinha fazer o seu trabalho de monitoramente, na areia da praia com apenas um guarda sol e cadeiras de praia. “As equipes permane-ceram durante todo o tempo. É um trecho perigoso, mais agora teremos mais estrutura. É muito boa essa ativação, principalmente com a proxi-midade do verão”, comentou o capitão.

O militar também comen-tou sobre o posto da Praia do Francês, que deverá ser reconstruído em um novo local até o final do ano. “Parte do posto teve que ser demo-lido porque estava em situa-ção de risco. Mas já está sendo providenciada a construção de outro. Aquela praia é uma das mais movimentadas e é preciso uma melhor estru-tura”, disse.

O Rio do Meio foi o local de pesquisa escolhido pelos alunos da Escola Estadual Geraldo Melo. Para a estu-dante do 2º ano do ensino médio, Débora dos Santos, de 15 anos, foi a oportunidade de colocar em prática o que foi visto em sala de aula. “Essa foi a primeira vez que parti-cipei de algum experimento, gostei muito. Assim, entende-mos melhor os assuntos que vimos em sala de aula, como a acidez da chuva, que aprende-mos apenas por fórmulas. Na prática, pudemos ver como reage”, explicou.

Já para Rafael Cabral, de 15 anos, estudante do 1º ano do ensino médio, a experi-ência foi muito proveitosa. “Foi importante. Não é todo dia que saímos da sala para aprender a preservar a água de Alagoas. Recente participa-mos de uma feira de Química que falávamos sobre, ácidos, bases e sais inorgânicos. Agora realizamos essa pesquisa sobre a água que complemen-tou tudo o que vimos”.

Para o diretor da escola, Nilson Ferreira, a iniciativa é considerada importante porque fortalece a prática

pedagógica. “A Medição de pH foi aferida nacionalmente e, por termos um rio próximo, isso engrandece a aprendiza-gem. Essa experiência criou nos estudantes uma conscien-tização, porque querem fazer a medição da água da escola”, contou Nilson. “É importante

destacar que os dois profes-sores são monitores, mas têm um compromisso pedagó-gico que decidiram não ficar apenas na sala de aula. Fize-ram essa ponte com a ludici-dade e com o experimento”, completou.

*Sob supervisão daEditoria de Cidades

A22

"Essa experiência de medição do pH criou nos estudantes uma conscientização"

NILSON FERREIRADiretor escolar

O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Ações fazem parte de movimento mundial na luta pela qualidade e equilíbrio desse maior bem natural

FABYANE [email protected]

Co m o o b j e t i v o d e avaliar a água de todo o Planeta, foi criada

a experiência “pH da água”, realizada em todo Brasil. O experimento foi uma proposta em comemoração ao Ano Internacional da Química que, em parceira com a Unesco, busca chamar a aten-ção das escolas e estudantes para o potencial hidrogeniô-nico e para a responsabilidade ambiental.

De acordo com a coorde-nadora de Alagoas, Lenilda Austrilino, esse experimento global tem um caráter didá-tico para estimular os alunos a realizarem experiências simples que possibilitem gerar discussões. “Durante essa

experiência foi passado para os alunos conceitos de pH, reação química, como também a vivência num processo pequeno de pesquisa”, disse a coordenadora.

A análise foi realizada desde a coleta de amostra da água, que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de

um meio qualquer. “É um expe-rimento muito simples, o qual é colocado uma solução indi-cadora de pH na água, nesse momento há uma reação química e a água muda de cor. E de acordo com a cor do

com a tabela para observar qual o grau de acidez ou basici-

dade dependendo do potencial de hidrogênio”.

Alagoas foi parte inte-grante da Semana de Ciência e Tecnologia. “Reunimos os professores em duas etapas para falar sobre o experimento e distribuímos os quites que o Ministério de Ciência e Tecno-

de que fossem feitas as avalia-ções”, contou Lenilda. “Cada cidade realizou cerca de dois ou três experimentos. Espera-mos fazer o mapeamento de todas as regiões de coorde-nadorias de ensino e regiões

Ainda para a coordenadora, o ponto positivo desse estudo

foi ter unido a teoria com a prática. “Em conversa com os professores, eles colocavam que os alunos se envolveram com a questão e ficaram de repassar o que aprenderam para os colegas que não pude-ram ir. A experiência é simples, mas muito rica em conteúdo. Além da química, pode-se envolver ainda outras discipli-

literatura, matemática, sociolo-gia, são vários os conceitos que envolvem a água, com

-ciente para outras gerações”, concluiu Lenilda Austrilino.

Alagoas ocupa a 13ª coloca-ção, de acordo com o número de experimentos. Foram 57 testes realizados por 23 muni-cípios do Estado, apenas Pão de Açúcar realizou 13 expe-riências. O pH é apenas um parâmetro, pelo qual a água é avaliada. Não pode ser considerada potável apenas pelo pH, existem ainda outras análises para serem feitas que envolvem os microorganismos termoresistentes presentes na água, entre outros fatores.

Fotos: Divulgação

Estudantes da Escola Estadual Geraldo Melo fizeram a avaliação do pH no Rio do Meio, no Benedito Bentes, e aprenderam na prática matérias escolares

Estudantes verificam o pH da água encontrada em Alagoas

Escola Estadual Bom Conse-lho, localizada no Bebedouro, e a Escola Estadual Geraldo Melo, no Graciliano Ramos, participaram do movimento Global.

Foi no Rio do Meio, que corta o complexo do Bene-dito Bentes, que os professo-res; Fábio Junior, de 27 anos, e Alessandra Marques, 30, contextualizaram a teoria do que é repassada em sala de aula. “Essa foi uma maneira mais fácil de entendimento e contextualização da disci-

eles vêem tudo isso em sala de aula e essa se tornou uma aula de campo. Coletamos a água, realizamos o procedimento e detectamos o pH de 6.8, esse número está dentro da faixa

pode ser consumida”. Visando a melhoria na

qualidade da água que é consumida em Alagoas, o

a determinação do pH através da quantificação de acidez, alcalinidade e neutralidade

da água. “Sabendo que existe na portaria a faixa de pH ideal para a água ser consumida entorno de 6,5 a 9,5. Fora

à saúde do ser humano”, explicou Alessandra. “E para realização pode ser utilizada várias fontes de água; dos rios, da chuva e outras”.

Já para professora Mada-lena Monteiro, da Escola

Municipal Maria Gomes de Barros, no município de União dos Palmares, a experiência foi surpreendente. “Foi uma oportunidade de mostrarmos a situação e a qualidade do Rio Mundaú. O resultado foi 7.2, que não é considerado uma água muito ácida, porque ainda vai passar pelo tratamento para chegar as nossas casas. Eu esperava algo pior, que a

água estivesse muito ácida em decorrência da enchente no ano de 2010”.

Novo método e novas descobertas para professo-res e alunos. “Nem eu, nem os alunos tínhamos conhe-cimento desse método para descobrir o pH da água,

também realizamos o expe-rimento na torneira da escola

pronto para o consumo

Nova, o professor D’Carlos Mariano foi o responsável pela realização da experiência na Escola de Ensino Fundamental Frei Arnaldo de Mota e Sá com 25 estudantes. “Foi de suma importância para o planeta e para a nossa cidade. Os alunos se manifestam de uma forma incrível quando participam de aulas expositivas com mais dinamismo. Puderam estar em contato com o Rio São Fran-

10 teste em 4 fontes e o grande ganho foi poder assimilar melhor a teoria na prática”.

Professor do município de Igreja Nova em experiência de aprendizagem

Estudantes se tornam pesquisadoresProfessores incentivam alunos em experiências

Empresas investemem pacotes exclusivospara cruzeiristas da classe A com aoferta de "mimos"

GABRIELA LAPA*[email protected]

Aproveitando o cresci-mento do mercado de luxo no Brasil e para

atrair mais consumidores para o mar, a MSC Cruzeiros já anunciou para 2013 mimos exclusivos, como mordomo e piscina privativa. O navio MSC Fantasia vai oferecer aos brasileiros, o que há de mais sofisticado a bordo dos transatlânticos. Ao lado do MSC Orchestra, considerado o mais moderno da frota da empresa, e que é a grande aposta para 2011/2012, a MSC espera aproveitar ao máximo as expectativas da temporada de cruzeiros, que este ano começou em novembro e já é tida como a maior do País em número de passageiros.

O luxo a bordo dos navios vai dos serviços exclusivos à decoração com cristais Swarovski. Segundo o diretor de marketing da MSC Cruzei-ros no Brasil, Adrian Ursilli, os consumidores brasileiros estão ficando exigentes e para conquistá-los vale tudo: decoração diferenciada, programação de shows, e muito, muito investimento no lazer.

“Nós tentamos recupe-rar o glamour dos cruzeiros de antigamente, quando os navios eram menores e os serviços mais personaliza-dos. Hoje, algumas pessoas pensam que por causa da

expansão do setor, houve queda na qualidade do aten-dimento, mas não é verdade. Com navios como o Fantasia e o Magnifica, que é outra novidade para a próxima temporada, nós daremos ao passageiro toda a sofisticação dos antigos cruzeiros, com o conforto e a variedade de serviço dos tempos moder-nos”, explica Ursilli.

No MSC Fantasia, o prin-cipal atrativo é o Yach Club, uma espécie de primeira classe dos transatlânticos.

Com atendimento total-mente personalizado, o passageiro que comprar um pacote Yach terá direito a mordomo 24 horas, piscina e lounge exclusivos, e cardá-pio diferenciado nos restau-rantes, sem restrição do horário das refeições. Além disso, detalhes como o cartão de embarque também vão servir de mimo para deixar o hóspede ainda mais confor-tável.

“Se ele entra no eleva-dor, por exemplo, e passa o

seu cartão Yach para marcar o andar onde vai ficar, a máquina atende primeiro ao seu comando, mesmo que já esteja marcada para outras paradas. Em outras pala-vras, se o elevador está cheio com pessoas que vão para o quinto, o décimo ou o sétimo andar, e o hóspede Yach vai para o oitavo, ele pára primeiro no oitavo. Tudo, no Yach Club, é pela preferência de quem está usufruindo do pacote”, conta o diretor de marketing da MSC.

Pura diversão: um cassino completo à disposição dos passageiros

A23O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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TRANSATLÂNTICOS

Luxo e glamour em alto-mar

Gastos do turista podem chegar a R$ 500

Tantos mimos podem soar exagerados, mas na verdade, o que as empresas de cruzei-ros esperam é cativar cada vez mais um público que vem se mostrando extrema-mente lucrativo. Este ano, uma pesquisa da Associação Brasileira de Cruzeiros Marí-timos (Abremar) relevou que o gasto médio dos turistas de cruzeiros pode chegar a R$ 500 por pessoa, dependendo do destino. Em Alagoas, a soma é um pouco mais baixa calculada em torno R$ 200, mas ainda assim é motivo sufi-ciente para atrair a atenção dos transatlânticos. Só na última temporada, de outubro de 2010 a maio de 2011, o Estado recebeu quase 113 mil cruzei-ristas, um acréscimo de mais de R$ 22 milhões na economia.

P a r a a t e m p o r a d a 2011/2012, que deve ser a maior do Brasil em número de passageiros, a Abremar calcula que mais de 800 mil pessoas cruzem o litoral a bordo dos navios. E como nem só de luxo se fazem atrativos, outra estratégia de sedução para os consumidores são as tarifas promocionais.

Adrian Ursilli, da MSC, conta que a empresa está ofere-cendo desde descontos espe-ciais nas compras antecipadas, até pacotes especiais para famí-lias, com preços diferenciados. Além disso, os consumidores do Nordeste que moram em cidades diferentes de onde acontecerá o embarque têm direito a um bônus aéreo para custear o traslado. O valor, que

varia de 50 a 150 dólares, é pago em dinheiro, e se combinado às tarifas promocionais, pode significar uma economia de até R$ 400 no valor total do cruzeiro.

Segundo ele, esse tem sido um dos fatores que mais contribuíram com a mudança de perfil dos usuários de cruzeiros. “Se por um lado você tem o crescimento do mercado de luxo, por outro é cada vez maior o número de famílias das classes C e D que tem tido acesso a esse tipo de lazer. Os passageiros estão ficando mais jovens, e vêm aproveitando, principalmente, para viajar em grupo”, explica, acrescentando que os pacotes favoritos desse público são os cruzeiros de sete noites pelo Nordeste.

Nesta temporada, Alagoas está na rota do MSC Orches-tra para as viagens do litoral nordestino, que também têm como parada Recife, Salva-dor, Ilhéus e Rio de Janeiro. Segundo Adrian Ursilli, a procura por esse tipo de pacote tem crescido consideravel-mente no Estado, nos últimos anos, ao lado das viagens para Buenos Aires, que atraem principalmente os casais. “Os números ainda não são muito grandes, mas vêm cres-cendo e chamando a atenção. Analisando a procura pelos cruzeiros da MSC, podemos dizer que Alagoas, junto com o Nordeste, é uma das nossas prioridades”, destaca.

*A estagiária visitou o cruzeiro a convite da MSC Orchestra

Fotos: Thiago Sampaio

A viagem dos sonhos pode ser realizada em um

dos navios da MSC, uma empresa que quer ser

sinônimo de sofisticação, como no detalhe: o

teatro do MSC Orchestra

As nove fragatas, atualmente utilizadas pelo Brasil, são de fabricação inglesa

A24 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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A p e ç a p r i n c i p a l d o desenvolvimento naval é o programa ProSub, pelo qual a França vai fornecer quatro submarinos diesel-elétricos e ajudar a desenvolver os componentes não-nucleares do primeiro submarino de propulsão nuclear de ataque rápido do Brasil.

Exceto pelo primeiro submarino, que deve estar pronto por volta de 2016, todos os demais estão sendo construídos, com transferên-cia de tecnologia francesa, na base naval de Itaguaí e em um estaleiro próximo ao Rio.

O Brasil já tem a tecnologia de enriquecimento de urânio necessária para produzir combustíveis nucleares e quer usá-la para alimentar o submarino.

Mas During considera que, por causa dos repetidos atra-sos, o submarino nuclear de US$2,66 bilhões não deve ficar pronto antes de 2025.

Além do seu valor de dissu-asão, um submarino nuclear

pode dar ao Brasil status e credibilidade a sua ambição de se tornar membro perma-nente do Conselho de Segu-rança da ONU, acrescentou.

O Brasil também pretende representar o Atlântico Sul, tendo em vista seus laços comerciais crescentes com países africanos do outro lado do oceano, particularmente as ex-colônias portuguesas como Angola, disse During.

Alguns estrategistas brasi-leiros argumentam que o Brasil deve se tornar “a potên-cia naval dominante no Atlân-

tico Sul, sem excluir as outras”, acrescentou.

N o a n o p a s s a d o , o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim causou surpresa ao descrever que qualquer presença expandida da Otan no Atlântico Sul como inapropriada e alguns legis-ladores expressaram preo-cupação quando os Estados Unidos decidiram reativar sua Quarta Frota na área em 2008. Mas During rejeitou esses comentários, chamando-os de “retórica para consumo doméstico”.

Analistas avaliam que País deve investir na modernização da Marinha para garantir campos de petróleo

FRANCE PRESS

No momento em que tenta obter o status de grande potência, o

Brasil reforça seu poder naval no Atlântico Sul com um ambi-cioso programa submarino para proteger suas enormes reservas de petróleo em águas profundas e projetar sua influ-ência crescente.

A potência emergente já ostenta a posição de maior Marinha da América Latina, mas para um país com uma frota envelhecida, que inclui o porta-aviões São Paulo - origi-nalmente da Marinha francesa -, nove fragatas de fabricação britânica e cinco submarinos movidos a diesel, uma moder-nização é fundamental.

“A frota atualmente é inadequada para realizar suas missões” no Atlântico Sul, uma área para a qual Brasília olha com atenção por seu alto valor estratégico, disse à AFP Nelson During, editor-chefe do site DefesaNet.

Como parte da Estratégia de Defesa Nacional apresen-tada em 2008, a Marinha ficou encarregada de desenvolver

uma força para proteger as enormes reservas de petró-leo do pré-sal, a bacia do Rio Amazonas e seus 7.491 quilô-metros de costa.

Os campos de petróleo, localizados no sudeste da costa do País podem conter mais de 100 bilhões de barris de petró-leo de alta qualidade, de acordo com estimativas oficiais.

E m u m d i s c u r s o a o

comando da Marinha em junho, a presidenta Dilma Rousseff ressaltou que esse desenvolvimento, incluindo a aquisição do primeiro subma-rino do País de propulsão nuclear, representa um impor-tante “instrumento de dissua-são”.

No começo deste mês, o almirante Luiz Umberto de Mendonça disse a um painel

do congresso que cerca de US$ 117 bilhões seriam necessá-rios em 2030 para financiar o projeto, incluindo a aquisição de 20 submarinos convencio-nais, seis de energia nuclear e a criação de uma segunda frota que ficará em uma base no Nordeste.

Mas During disse que esses planos estão “totalmente fora da realidade por causa do

corte de 26% no orçamento de defesa, que é de R$ 15 bilhões”, acrescentando que a Marinha recebe apenas um terço desse total.

“Não temos dinheiro e a defesa não é a prioridade no Congresso”, acrescentou During. “Há um sentimento de que somos um grande País em paz com o mundo, sem confli-tos externos”.

Principal "estrela" da frota brasileira, o porta-aviões São Paulo, de tecnologia francesa, é considerado ultrapassado

Os novos equipamentos a energia nuclear vão se somar aos movidos a diesel

A presidenta Dilma Rousseff assumiu compromisso para submarino nuclear

PRÉ-SAL

Brasil aumenta poder naval

Defesa dos campos de petróleo e daAmazônia

E r i c We r t h e i m , u m analista do Instituto Naval dos EUA, em Annapolis, disse que o Brasil, com “uma pode-rosa economia e cerca de 200 milhões de pessoas deve ter condições de defender seus campos de petróleo em águas profundas e a região da Amazônia”.

“O País (deve) também estar pronto para um futuro imprevisível que pode incluir demandas como escoltar navios mercantes que estão vulneráveis a ataques de pira-tas do outro lado do mundo”, disse Wertheim à AFP, que edita o Guia do Instituto Naval para Frotas de Combate do Mundo.

O recente vazamento de petróleo de um poço operado por uma empresa de energia dos EUA próximo à costa do Rio de Janeiro “mostrou como a Marinha estava despre-parada para lidar com essas emergências”, disse ele.

Submarino nuclear dará novo status ao País

A25O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Reajuste do plano para idososFique esperto que a partir de 2004 o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03) passou a proibir o reajuste dos planos por mudança de faixa etária. Dessa forma, se você é beneficiário que contratou seu plano antes de janeiro de 2004 e que sofreu, após essa data, um reajuste por mudança de faixa etária quando já era idoso, pode fazer como outros do Brasil inteiro que recorreram à Justiça alegando aumento abusivo. Já nos planos assinados a partir de 2004, para os quais a ANS (Agência Nacional de Saúde Suple-mentar) já aplica o Estatuto do Idoso, não há aumento depois que o usuário completa 60 anos.

PrestaçõesO consorciado tem a obrigação de pagar as suas prestações, nos valores estabelecidos pelo contrato de adesão, até a data do vencimento, conforme estabelecer o regulamento. As prestações vencidas deverão ser liquidadas até o encerramento do grupo, parceladamente ou em pagamento único, mas, sempre de acordo com o valor devido no dia da Assembléia do mês de pagamento. Além disso, nas prestações vencidas é legal a cobrança de multa e juros de mora quando previstos no contrato de adesão que, de qualquer forma, reverterão em benefício do grupo e não para a administra-dora.

Taxa mínima dos essenciaisNa prestação de serviços essenciais como água, luz, gás e telefonia existe a cobrança de taxa mínima quando os serviços são disponibilizados, porém não utilizados pelo consumidor. O consumidor pode questionar a cobrança de serviços não disponíveis, seja por ter pedido o cancelamento ou por corte em razão de inadimplência. Quando há ligação de esgoto, o serviço também é cobrado proporcionalmente ao consumo da água, podendo chegar até o mesmo valor desse consumo. Segundo o advogado Átila Nunes, muitas vezes, oconsumidor paga durante anos a taxa pelo serviço de esgoto sem perceber que ele não está sendo prestado. Se o engano for constatado, o consumidor deve solicitar reembolso.

Diet e lightA principal diferença entre o alimento diet e o light é quantidade de redução de nutrientes. Enquanto o light precisa ter uma redução de pelo menos 25% de calorias ou algum nutriente em relação ao produto original, o diet deve ser praticamente isento de algum nutriente. É preciso prestar mais atenção nos rótulos das embalagens para descobrir realmente a quantidade de calorias e nutrientes que cada produto contém, pois só isso poderá indicar em que quantidade eles podem ser consumidos.

Selo sem qualidadeO blog do Portal do Consumidor criou uma seção para falar somente sobre as ações do Inmetro. E a coluna descobriu uma constatação que é bom você ficar sabendo. A presença do selo do Inmetro não garante a qualidade do produto. E olhe que uma emissora de TV local fez uma matéria, na semana passada, mostrando técnicos recolhendo produtos natalinos sem este selo. E agora? Em que o consumidor deve acreditar? Bom. Segundo o portal, a qualidade do produto é assegurada pelo fornecedor e não pelo Inmetro. Pela explicação, o selo de identificação da conformidade indica que normas ou regulamentos desenvolvidos para aquela categoria de produto foram observados na sua concepção/fabricação/colocação no mercado. Só isso.

Planos de saúdeEntrará em vigor daqui a três meses a Resolução Normativa nº 279, publi-cada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que assegura aos demitidos e aposentados a manutenção do plano de saúde empresarial com cobertura idêntica à vigente durante o contrato de trabalho. A nova regra á o direito ao beneficio o ex-empregado que tenha sido demitido sem justa causa e tenha contribuído no pagamento do plano de saúde. Os empregados demitidos poderão permanecer no plano de saúde, assumindo integralmente a mensalidade após o desligamento, por um período equivalente a um terço do tempo em que foram beneficiários dentro da empresa, respeitando o limite mínimo de seis meses e máximo de dois anos. Vale ressaltar que essa regra é válida para todos os planos contratados a partir de janeiro de 1999 ou adapta-dos à lei 9656 de 1998. Já os aposentados que contribuíram por mais de dez anos podem manter o plano pelo tempo que desejarem.

Redução do IPI da Linha Branca

O governo federal anunciou a redução do Imposto sobre Produtos Indus-trializados (IPI) de eletrodomésticos da linha branca. E o comércio vai

esquentar neste final de ano, até por conta das facilidades. Em alguns casos a redução é de 100%, como o fogão, que terá seu imposto diminuído de 4% para 0%. Já a geladeira fica com IPI reduzido em 10%, saindo de 15%, para 5%. Igual redução fica a máquina de lavar roupas, caindo de 20% para 10%. De acordo com os dados disponibilizados pelo Portal Brasil, do governo Fede-ral, as medidas também valem para os estoques nas lojas e vão vigorar até 31 de março de 2012. Aproveite e antecipe a compra do Natal.

Thiago [email protected]

EspaçoConsumidor

PROCON ALAGOAS - RUA DR. CINCINATO PINTO, 503, NO CENTRO DA CAPITAL. ATENDI-MENTO GRATUITO PELO NÚMERO 151. MANDE SUA DENÚNCIA, DICA OU DÚVIDA PARA A COLUNA ESPAÇO CONSUMIDOR. TODOS OS DOMINGOS, EM O JORNAL.

IPEA

Gastos sociais elevam despesas da UniãoPara o instituto, argumento de que o governo federal é gastador não se confirma

A expansão das despesas primárias da União, nos últimos dez anos, tem

sido provocada pelo aumento dos gastos com transferên-cia de renda e com repasses

para estados e municípios. Segundo estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a redistribuição de renda por meio de gastos sociais é a principal causa do cresci-mento dos gastos federais.

De acordo com o Ipea, o argumento de alguns econo-mistas de que o governo fede-ral é gastador não se confirma. Isso porque a análise dos dados de execução orçamen-

tária da União mostra que o gasto direto do governo com a compra de bens e serviços e o pagamento de salários do funcionalismo manteve-se praticamente estável em rela-ção ao Produto Interno Bruto (PIB), entre 2001 e 2011.

Segundo o estudo, a trans-ferência de renda às famílias respondeu por 71,1% do cres-cimento das despesas. Esse aumento, no entanto, não é sustentado pelo Programa

Bolsa Família, principal programa de redistribuição de renda, mas pelas aposentado-rias, auxílios e pensões pagos pela Previdência.

Os benefícios do INSS, responderam por 33,1% do crescimento das transferên-cias às famílias em relação ao PIB, entre 2004 e 2010. Em segundo lugar, veio o paga-mento do seguro-desem-prego e do abono salarial, com contribuição de 26,5%.

Recursos garantem expansão econômicaNa avaliação do Ipea, a

elevação desses gastos tem sido o principal fator de redis-tribuição de renda no País e tem sido importante para expandir o mercado consu-midor interno, que garante o crescimento da econo-mia brasileira mesmo com o agravamento da crise inter-nacional. “Trata-se, funda-mentalmente, da expansão da cobertura da estrutura de proteção social consagrada na Constituição de 1988 e que, no período recente, não somente tem cumprido um papel importante, mas também de dinamismo macroeconô-mico”, destacou o estudo.

Outro fator que contri-buiu com a elevação dos gastos federais nos últi-mos anos foi o aumento da transferência para estados e municípios, que represen-tou 25,2% da alta nos gastos federais em relação ao PIB nos últimos dez anos. Esse aumento, no entanto, não se deve aos impostos que a União é obrigada, pela Cons-tituição, a compartilhar com as prefeituras e os gover-nos estaduais. Segundo a pesquisa, as transferências vinculadas a programas de saúde e educação puxaram esse crescimento de 2001 a 2011.

Despesas diretas ficam estáveis einvestimentos sobem

Diferentemente das trans-ferências para convênios e realização de obras, os repas-ses para a saúde e a educação estão vinculados a alguma previsão legal de distribuição de recursos entre os entes da Federação. No caso da saúde, o Ipea atribui o aumento das transferências à Emenda Constitucional 29, que espe-cifica a aplicação em saúde pelos governos estaduais e municipais. Na educação, o estudo destaca a complemen-tação da União para o finan-ciamento do ensino básico de estados e prefeituras por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa-ção Básica (Fundeb).

Em contrapartida, as despesas diretas do governo ficaram praticamente está-veis na comparação do PIB. Nesse período, os investimen-tos federais vêm aumentando desde 2004, embora perma-neçam abaixo de 1% do PIB. Depois de terem a participa-ção no PIB reduzida significa-tivamente, nos primeiros anos do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os salários cresceram em 2008 e 2009 por causa da política de reajustes nesses dois anos. Desde então, informou o Ipea, os gastos com o funciona-lismo estão estabilizados.

O aumento dos inves-timentos e dos salários, no entanto, foram compensados pela redução dos gastos admi-nistrativos.

S e g u n d o o I p e a , o consumo intermediário do governo (gastos com bens e serviços) caiu em 2003 e 2004 e mantém-se estável até hoje na comparação com o PIB.

O Bolsa Família não é o principal fator de aumento da transferência de renda

A26 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]ário

Procura por Engenharia Civil segue crescimento do País

Alunos optam por curso visando ao mercado de trabalho, que vive um de seus melhores momentos

SÃO PAULO - Engenharia Civil tornou-se nos últi-mos anos um dos cursos

mais procurados nas princi-pais universidades do Brasil. A carreira, que há cinco anos atraía no máximo 20 candida-tos por vaga, hoje tem cerca de 50 na disputa nos vestibulares mais concorridos. As univer-sidades públicas do estado de São Paulo - USP, Unesp e Unicamp - tiveram neste ano crescimento entre 40% e 48% no número de inscritos para a graduação em comparação com o vestibular do ano ante-

rior.A procura é reflexo do

momento econômico que o País atravessa. Muitos inves-timentos em infraestrutura, mercado imobiliário supera-quecido nas principais regiões metropolitanas e a proximi-dade da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 são fatores que influenciam o fenômeno nas universida-des. "O mercado está muito bom, há grandes obras e cons-truções em diversas áreas", aponta Antônio Alves Dias, coordenador do curso de Engenharia Civil do câmpus de São Carlos, da USP.

Segundo Dias, a procura por pós-graduação e pela docência em engenharia civil também caiu como reflexo do bom momento do mercado

de trabalho. Já na graduação, a procura só aumenta: desde 2007, quando o curso contava com 636 inscritos na disputa pelas 60 vagas, a procura cresceu quase 400%. Hoje, 3.136 candidatos disputam o mesmo número de vagas em uma concorrência de 52,27, a maior da universidade.

João Paulo Chaim, de 20 anos, ingressou no curso de Engenharia Civil da USP-São Carlos em 2009, logo quando a procura começou a crescer. No vestibular daquele ano, a concorrência saltou de 11,1 candidatos por vaga para 20,52. "Tenho certeza que fiz uma boa escolha e não me arrependo nem um pouco", diz o estudante. Ele considera o curso "excelente", elogia os professores, a infraestru-tura dos laboratórios e sabe que tem grandes chances de terminar o curso bem empre-gado.

MAIS VAGASMuitos especialistas aler-

tam para o déficit de enge-nheiros que o Brasil pode enfrentar nos próximos anos. Segundo um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), se a economia do País apre-sentar um crescimento médio de 3,5% ao ano, o estoque de profissionais não será suficiente para atender a demanda por engenheiros já em 2015.

Apesar do crescimento na procura, o curso da USP--São Carlos não aumentou o número de vagas nos últi-mos anos. "Estamos tendo um aumento da demanda, mas não da oferta", destaca o coordenador. Dias afirma que a unidade tem um projeto em andamento para ampliar o número de vagas, mas isso será possível só em 2014.

Já nas instituições parti-culares, o aumento de vagas sai mais rápido. Na Pontifícia Universidade de Minas Gerais (PUC-Minas), Engenharia Civil foi o curso mais concor-rido nas últimas seis edições do vestibular - o processo seletivo é semestral. A insti-tuição passou a oferecer o curso no câmpus de Barreiro, em 2010, com 130 vagas, e no próximo semestre irá oferecer também em São Gabriel, na Grande Belo Horizonte, com 70 vagas. No total, a PUC--Minas abre semestralmente 440 vagas, em quatro câmpus.

" Te n t a m o s r e p o r o número de profissionais que o mercado exige, mas não conseguimos fazer na velo-cidade que ele demanda. Engenharia não é um curso de curta duração e apenas 30% conseguem se formar no tempo mínimo de cinco anos", destaca João Batista Santos de Assis, coordena-dor de Engenharia Civil no câmpus Coração Eucarístico. Segundo dados do Censo da Educação Superior, em 2010, Engenharia Civil tinha 108.202 estudantes matricu-lados, mas apenas 7.213 se formaram.

Pesquisa descobriu que o número de candidatos passou de 20 para 50, por vaga, em algumas universidades do Brasil

Mesmo com a implan-tação de 2.500 espa-ços, motoristas não acreditam que o problema seja resolvido

IZABELLE TARGINO [email protected]

A frota de veículos em A r a p i r a c a c re s c e u muito. Segundos dados

da Superintendência Munici-pal de Transporte e Trânsito, circulam hoje na cidade 62 mil veículos com placas de Arapi-raca, destes, 32 mil são motos. Além disso, transitam pela cidade, diariamente, milhares de veículos vindos de outros municípios da região.

Diante da grande frota, o fluxo, principalmente no centro da cidade, é intenso. Para piorar a situação, motor-istas estacionam os carros em qualquer lugar e de qualquer maneira. Eles alegam que a dificuldade para encon-trar vagas é muito grande e acabam parando os carros em qualquer local.

Para tentar solucionar este problema, a Câmara de Vereadores aprovou, na última terça-feira (29), o projeto de criação da Zona Azul. No município, o projeto será chamado de Parqueamento Arapiraca, e visa colocar pontos de estacionamento rotativo na área do centro da cidade. Os locais que atual-mente são proibidos parar ou estacionar serão liberados por um determinado tempo, a fim

de dinamizar a mobilidade, viabilizando o desafogamento do trânsito.

O projeto da Zona Azul, além de evitar congestion-amentos , vai disciplinar o trânsito e democratizar o acesso aos espaços públicos na cidade. O novo sistema será gerenciado por uma empresa especializada no setor e vai contar com o apoio de agentes da SMTT de Arapiraca.

De acordo com o superin-tendente das SMTT, Severino Lúcio, o projeto foi criado ainda na gestão da então prefeita Célia Rocha, mas não foi implantado. Para aquela época, seriam mil vagas de estacionamento. Pra ser implantado agora, o projeto teve que ser modificado. “Contratamos uma empresa de engenharia de tráfego para fazer um estudo dos

possíveis pontos para estac-ionamentos. Muitas ruas que constavam no projeto ante-rior não existem mais, viraram calçadões”, explicou o super-intendente.

A previsão é que sejam criadas 2.500 vagas, distribuí-das nos locais onde o fluxo é mais intenso. Para tal, estão previstas, entre outros pontos, Rua São Francisco, Avenida Rio Branco, Praça

Luiz Pereira Lima, Largo Dom Fernando Gomes, Rua 30 de Outubro, Rua do Comércio, Rua 15 de Novembro, Rua Domingos Correia e Parque Ceci Cunha.

O superintendente acred-ita que com este projeto, vai melhorar o trânsito na cidade. “Nós esperamos que, com isso melhore o fluxo dos veículos . Vamos tira os carros das ruas onde o movimento é maior”,

disse Severino Lúcio.Após a aprovação, a

Câmara dos Vereadores deve enviar a Lei para ser sancio-nada pelo Prefeito Luciano Barbosa em, no máximo, quinzes dias. Após esse prazo, o projeto entra na faze de licita-ção e concorrência, através de preção eletrônico. A implanta-ção deve acontecer num prazo mínimo de noventa dias após a sanção.

ArapiracaA27O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Zona Azul: projeto vai criar vagas para estacionamento

Parqueamento será seguro e modernoOs estacionamentos do

Parqueamento Arapiraca serão rotativos, ou seja, as pessoas poderão deixar os carros por um determinado tempo no local, mediante o pagamento de uma taxa de R$ 1,50. As motos também terão espaços reservados.

“O estacionamento será rotativo, ou seja, terá um t e m p o d e t e r m i n a d o d e permanência. Queremos dar oportunidade para todos”, disse Severino. Além disso, o sistema de cobrança da taxa será dos mais modernos,

onde, segundo ele, os usuários poderão pagar através do tele-fone celular.

O superintendente da SMTT, disse ainda que a administração dos estaciona-mentos será de responsabi-lidade da empresa vencedora da licitação, assim como a segurança vigilância dos veículos. Caso haja a necessi-dade de notificação de algum veículo, a SMTT será acio-nada. O acordo será firmado através de uma convenio entre a empresa e a SMTT. I.T.

Continua na página A28

Carros, motos e caminhões estacionados

em locais proibidos fazem com que a

rua se torne estreita para a passagem

dos automóveis, causando

congestionamentos em toda a via pública

Sem vagas disponíveis para estacionamento,

motoristas ignoram as leis de trânsito e

formam fila dupla em movimentada

avenida do centro de Arapiraca

DA REDAÇÃO*

Os agricultores fami-liares de Santana do Ipanema já estão se

inscrevendo no Programa Garantia Safra para o ano agrí-cola 2011-2012. O objetivo é garantir um seguro no valor

de R$ 680, em caso de perda da lavoura provocada por seca ou excesso de chuvas.

De acordo com o gerente regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), Miguel Alencar, até agora 1.500 agricultores do município já se inscreveram. O período de inscrições vai até março de 2012. “Em seguida, eles serão orientados para fazer a adesão, por meio do pagamento de um boleto de R$ 6,80. Assim, garantem uma renda em caso de perdas”, explicou o gerente regional.

O Garantia Safra cobre as culturas de feijão, milho, algo-dão, arroz e mandioca, desde que cultivadas em áreas que variem entre 0,6 e 10 hectares, sem irrigação, em municípios do Alto e Médio Sertão, Bacia Leiteira ou Região Agreste. Em Alagoas, 38 municípios podem aderir ao programa. Segundo o coordenador estadual do Garantia Safra, José Antônio

dos Santos, o Estado tem 25 mil cotas para esse período.

“Além do agricultor, o município e o Estado também fazem adesão ao programa. Por cada produtor que fizer a adesão, o município contribui com R$ 20,40, e o Estado, que já assinou o termo de adesão, contribui com R$ 40,80. O restante é disponibilizado pela União, a partir de um fundo nacional”, esclareceu o coor-denador.

“O governador Teoto-nio Vilela entende que esse programa é fundamental para o pequeno agricultor do Semiárido, por isso, estamos colocando nossos técnicos de extensão rural para prestar orientação e acompanhar os produtores nessa inscrição”, argumentou o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas.

AVALIAÇÃO DE LAUDOSAinda segundo o coorde-

nador do Garantia Safra em Alagoas, José Antônio dos Santos, 20 municípios comu-nicaram ocorrência de perda da lavoura no ano agrícola 2010-2011. “Esses laudos de perda estão sendo avaliados pela coordenação nacional do programa, que vai checar essas informações de acordo com os dados do Instituto Nacional de Meteorologia e do IBGE”, frisou.

Se houver confirmação de perda pela coordenação nacio-nal, os agricultores vão receber R$ 640 cada um (o valor de R$ 680 começa a valer para o ano agrícola 2011-2012). “Esse é um dos programas que mais destinam recursos para o agri-cultor familiar, que vai ajudá--lo a ressarcir suas perdas e movimentar a economia do município”, lembrou José Antônio dos Santos.

*Com assessoria

A28

"Este é um dos programas que mais destinam recursos para o agricultor familiardo Estado"

JOSÉ ANTÔNIO DOS SANTOSCoordenador estadual Garantia Safra

O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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No Centro, estacionamentos

privados ficam lotados

Josivaldo Domingos dos Santos, que trabalha como flanelinha guardando motos no centro da cidade há oito anos, está com medo de perder o meio de vida

Para donos de estacionamentos privados, projeto não reduzirá clientes O s e s t a c i o n a m e n t o s

privados localizados no centro de Arapiraca eram poucos. Hoje, eles estão por toda parte e, basta aparecer uma placa de venda, que pouco tempo depois surge mais um. Mesmo assim, os proprietários alegam que a quantidade ainda é insufi-ciente.

Dona Eremilda Costa França é proprietária de um estacionamento localizado na Rua Estudante José de Oliveira Leite, no Centro da cidade, que funciona há mais de 20 anos. Todos os dias, centenas de carros e motos entram e saem do local.

Ela diz que a criação da Zona Azul não vai diminuir o

movimento no negócio dela, mas acredita que mesmo com a implantação dos estaciona-mentos, o problema da falta de vagas não será resolvido. “Todos os dias eu fico lotada aqui. Tem dias que eu tenho que fechar os portões para os carros não entrarem. Esses estacionamentos podem até melhorar, mas não vai resol-

ver o problema”, disse dona Eremilda.

A proprietária disse ainda que, mesmo que a taxa seja mais barata, no estaciona-mento dela os carros podem ficar o tempo que quiserem. “Aqui é assim: entrou, para três reais. Pode sair com um minuto ou dez horas, o valor é o mesmo”, disse ela.

Já o gerente de outro esta-cionamento, localizado na Avenida Rio Branco, disse estar um pouco preocupado com o projeto. “Acho que o movimento pode diminuir porque se o cliente achar uma vaga num lugar desses, ele vai preferir pagar mais barato”, declarou.

Por outro lado, Joniel

Muniz da Silva, questio-nou sobre a segurança dos veículos. De acordo com ele, os estacionamentos priva-dos têm total segurança e as pessoas confiam. “Não sei se na rua os carros ficarão em segurança. Aqui a gente garante. Agora vamos esperar e ver o que vai acontecer mais na frente”, disse ele. I.T.

Novidade divide opiniões entre motoristas

Flanelinhas estão preocupados com a mudança

Os motoristas e motoci-clistas, principais beneficia-dos com os novos espaços para estacionamento, ficaram divididos em relação ao novo projeto.

Por conta da falta de espa-ços nos ruas, muitos motoris-tas acabam parando em locais proibidos, mesmo sabendo que

pode ser multados. Também é comum a formação de filas duplas. Em ambos os casos, alguns motoristas permane-cem dentro do automóvel e, ao serem questionados sobre o erro, justificam que a parada é rápida e não vai atrapalhar.

Sebastião Oliveira, disse que dirige há a mais de vinte

anos e confessa que estaciona em locais proibidos. “Tem dia que a gente procura um local e não encontra. Aí a gente acaba parando mesmo. E tenho certeza que, mesmo quando tiver esse novo estaciona-mento, as pessoas vão conti-nuar parando onde for mais cômodo. É uma questão cultu-

ral”, disse ele.Já a dona de casa Edileuza

Soares disse que a ideia é boa porque é muito difícil achar vagas para estacionar na rua. Segundo ela, o projeto é muito bom. “Quando começar, vai ser muito bom. A agente vai pagar barato e ter segurança para deixar na rua”, disse ela. I.T.

Josivaldo Domingo dos Santos trabalha guardando motos, no centro da cidade, há mais de oito anos. Segundo ele, é colocando papelões nos bancos para proteger do sol

que tira o seu sustento.Perguntado cobrava pelo

serviço, Josivaldo ele disse que não. “Eu não cobro nada. Recebo o que o cliente achar que deve me pagar. Mas olha

e cuido de todas as motos que param aqui”, disse o flanelinha.

Porém, assim como ele, outros flanelinhas não estão gostando muito da criação da Zona Azul. A categoria se diz

ameaçada, pois, segundo eles, podem perder o meio de vida. “Quando começar funcionar, a gente que trabalha com isso, vai ficar desempregado”, afir-mou Josinaldo. I.T.

GARANTIA SAFRA

Mais de 1,5 mil agricultores inscritos

DoisB1O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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“Sem querermos histo-riar agora, mesmo em largos traços, a série de benefícios que a Química tem dado ao homem civilizado, orien-tando-o com espírito de pesquisa e aplicação, seja-nos permitido dizer dos meios que devemos empregar para participamos destes bene-fícios, independentemente do fornecedor estrangeiro. Naturalmente, diferencia-se o campo daquilo que pode-mos e devemos produzir do que não podemos nem devemos. O primeiro caso é, por si mesmo, complexo: há necessidades urgentes que se impõem a uma resolução imediata, e outras que devem ser estudadas sem perda de tempo, mais metodicamente”. E continua o alagoano de Pão de Açúcar.

“Em todas, enfim, a que mais urgentemente deve interessar o País – governo, indústria, agricultura, comér-cio, etc – é a preparação dos químicos e a união entre eles e os produtores. Esta é, de há muito, a cogitação dos gran-des países industriais, esta foi

a orientação alemã que lhe deu a supremacia mundial nas indústrias que assentam sobre a Química”, dizem as primeiras linhas da consi-derada “certidão de nasci-mento do ensino da Química no Brasil”, publicadas em março de 1917, inclusive na “Revista de Chimica e Physica e de Sciencias Histórico-natu-raes”, um prolongamento da “Revista de Chimica e Physica Puras e Aplicadas.

Mas seu ideal de forma-ção de químicos graduados no Brasil não foi seu único legado à humanidade. Funda-dor da Escola Nacional de Química, da Sociedade Brasi-leira de Chimica e dos mais fervorosos defensores do seu tempo do ensino superior da disciplina no País, Machado, talvez jamais imaginasse que a contribuição científica que ofertou ao Brasil, ao mundo e ao Rio de Janeiro – destino certo dos literatos àque-las décadas, onde viveu dos primeiros anos de sua juven-tude até o último dos seus dias – viria a receber registro digno.

Lançado este ano pela

Edufal, na V Bienal Interna-cional do Livro de Alagoas, o livro “Freitas Machado – Vida e Obra”, de autoria do enge-nheiro agrônomo e entusiasta das letras Etevaldo Amorim, foi vencedor do concurso de monografias de mesmo título, promovido pela Braskem e apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), mediante as comemorações do Ano Internacional da Química, proclamado no verão escocês de 2009 pela Organização das Nações Unidas, a ONU, como sendo este 2011.

Embasado nessa publi-cação, nos relatos do próprio autor e em depoimentos de parentes próximos ao cien-tista, o Caderno Dois ruma pelos caminhos que levaram o homem a, com seus ideais científicos, progressistas e a consciência das necessida-des mais emergentes de sua Pátria, deixar eternizada sua contribuição para que o País acompanhasse os grandes avanços até então propostos pela humanidade.

Continua na página B2

Na trilha de Freitas MachadoEmbasado no livro de Etevaldo Amorim, o Caderno Dois conta hoje a história do alagoano, conhecido como o pai da Química no Brasil, esobre sua contribuição para que o País marcasse presença nas primei-ras décadas do século 20, durante os avanços científicos que o mundo presenciava

ELÔ BAÊ[email protected]

Até as primeiras déca-das do século passado, o Brasi l ainda não

havia se dado conta de que a ciência dos elementos e substâncias da natureza, das propriedades combinatórias; de fórmulas, composições e decomposições – de que estudiosos e dicionaristas se valem para definir a Química – poderia ir além de uma simples atividade adicional, restrita a escassos e acanha-dos laboratórios analíticos.

E n t r e p o t ê n c i a s d o Pr imeiro Mundo, como França e Inglaterra, a situação era inversa. Ao mesmo tempo em que povos de quase todo o Planeta se digladiavam

durante os quatro árduos anos da Primeira Guerra Mundial - iniciados em 1914 -, cientistas dessas mesmas potências ocupavam-se em nelas propagar avançados conhecimentos sobre esse arsenal de fenômenos que tiveram no olhar do francês Antonie Laurent Lavoisier grande repercussão.

Mas não seriam apenas as referências à Química por esses pensadores e suas respeitadas publica-ções, como a “La Chimie et la Guerre: Science et Avenir - de 1920, do descobridor francês do fenômeno da auto-oxidação e dos antio-xidantes Charles Moureu –, nem tão-somente uma considerável quantidade de escritos – muitos deles

publicados na conceituada revista parisiense Monitorar Científica (Moniteur Scienti-fique) – que iriam estimular a mudança dessa limitada visão nacional.

No ano marcado na histó-ria como o do fim daqueles conflitos mundiais – 1918 –, um homem das Alagoas aqueceria esse estímulo tanto quanto mudaria definitiva-mente o olhar de brasileiros e brasileiras sobre a ciência tantas vezes identificada pelas assertivas de Lavoisier com a publicação de um artigo deci-sivo. Em “Façamos quími-cos”, José de Freitas Machado deixava claro o seu propósito de aguçar o poder público para a criação de uma escola superior para o ensino de Química no País.

Artigo muda os rumos da Química no Brasil

Com seus ideais, Freitas Machado

mudou o pensamento do brasileiro

sobre a importância da Química

para o progresso da humanidade

Na época em que o Brasil vivia o “glamour” literário da Semana de Arte Moderna de 1922, o aval financeiro do Ministério da Fazenda a Frei-tas e mais outros professores para que seguissem viagem rumo às terras estrangeiras – Lisboa, Espanha, Suíça, Itália e França – para aperfeiçoar seu saber científico foi decisivo ao seu ideal de disseminação do ensino universitário de Química no Brasil.

Os estudos de que foi incumbido pelo governo brasileiro, no Velho Conti-nente, sobre a organização das escolas de Chimica Indus-trial da França e Allemanha e, tempos antes, os conheci-mentos adquiridos no curso de Química da Universidade de Sorbonne e nas aulas--conferências da respeitada na ciência mundial Madame Curie – estudiosa da química de substâncias radioati-vas e seu uso na Medicina e única mulher a ser condeco-rada mais de uma vez com o Prêmio Nobel – são citados na obra vencedora do concurso de monografias da Braskem como importantes passos para a concretização de dois importantes legados deixados por Freitas à humanidade: a fundação da Sociedade Brasi-leira de Chimica e da Escola Nacional de Química.

Sobre essa convivência do alagoano com Curie, o escritor Etevaldo também faz referên-cia. “Observando o especial interesse e o bom aproveita-mento de Freitas Machado, Madame Curie a ele se referia como ´meu pupilo preferido´ e era tal a admiração entre os dois que ela o teria visitado

quando de sua vinda ao Brasil. Foi, de fato, um privilégio para o professor receber os precio-sos ensinamentos daquela mulher extraordinária”.

Mas foi na volta à sua Pátria, ainda sob a atmos-fera da Semana de 1922, que surgia no I Congresso Brasileiro de Química - reali-zado por sua iniciativa e do também professor da Socie-dade Nacional de Agricultura Paulo Ganns – a Sociedade Brasileira de Chimica. Com princípios inspirados na Asso-ciação Americana e na Federa-ção Francesa, como afirmou Freitas em seu discurso, o proclame da instituição era no sentido de “congregar esforços de todos os que se dedicam à Química ou as suas aplicações

e de todos os que se interes-sam pelo desenvolvimento dessa ciência”.

Assim sendo, “ele estava convencido de que, dando àquela entidade um caráter associativo mais amplo, estaria até em vantagem em relação a outros países, que organiza-ram inicialmente associações com fins restritos para depois agregá-las em corporações”, argumenta Amorim, contando que, já na primeira Sessão Ordinária da sociedade, Frei-tas já anunciava o registro dos estatutos e o ingresso da enti-dade como representante do Brasil na União Internacional de Química Pura e Aplicada (International Union of Pure and Applied Chemistry). E.B.

Continua na página B3

As origens registram. José de Freitas Machado foi de uma época em que Pão de Açúcar – a cidade que, nos seus tempos de aldeia indígena, já tinha assistido ao seu chamamento como Jaciobá ou ”espelho da lua” e que, só após a chegada dos primeiros colonizadores portugueses, ganharia seu nome atual –, ainda remoía seu o tempo de pequena vila entre o rio São Francisco e a serra que, só quatro anos antes do nascimento do cientista - em 1881 -, galgaria o status de cidade.

Do aprendizado das primei-ras letras na terra natal do morro - em formato de cone - de Cavalete, a continuação dos estudos foi no Colégio Sale-siano do Recife, “sendo apro-

vado plenamente em inglês e simplesmente em Geografia, numa época em que não havia curso secundário com modelo

plano de estudos, sistemas de

aulas e exames para todos os estabelecimentos provinciais e particulares”, como atesta Etevaldo Amorim no livro “Frei-tas Machado – Vida e Obra”.

Mas o filho de uma das

mais tradicionais famílias da região pão açucarense ainda faria outras terras nordesti-nas assistirem à sua trajetó-ria sendo escrita. Sobre esse seu tempo de moço, refere-se

o sobrinho Olavo de Freitas Machado, prefaciador da obra e membro do Instituto Histó-

onde ocupa a cadeira de número 46.

“Em sua juventude, viveu sempre em harmonia com o ambiente, compartilhando com o horizonte das charnecas ou das secas que maltratavam toda gente. [...] Pouco a pouco foi despertando o íntimo do ser no sentir, no fazer, no aspirar, sempre atento ao que a vista via e ao que o pensamento pensava”, escreveu Olavo, que por anos conviveu com Freitas no Rio de Janeiro.

Do diploma em Farmácia na Faculdade de Medicina da Bahia, partilhando ideias com companheiros de sala como

o escritor sergipano Gilberto Amado, pr imo de Jorge Amado; o alagoano Manoel Portugal Ramalho, que dá nome ao Hospital Psiquiá-trico Portugal Ramalho, e de outros ilustres, é no regresso a Pão de Açúcar, no negó-cio de família, a “Phamárcia Machado”, que principia suas atividades como farmacêutico

imprensa local, “assegurando estar aquela drogaria apta para aviar qualquer receita, com o mais escrupuloso cuidado, com drogas de supe-rior qualidade, dos mais acre-ditados fabricantes nacionais e estrangeiros”, comprovou o

pesquisas sobre o alagoano. E.B.

Freitas comungava do pensamento de muitos litera-tos de seu tempo. Fincar raízes científicas, morais e intelec-tuais na então vista como a “cidade sedutora”, o Rio de Janeiro – que, como chegou a revelar certa vez, despertava--lhe “uma atração irresistível” -, era seu natural e inevitável projeto de vida.

Registros de sua chegada à então capital federal falam da omissão de sua verdadeira capacidade ao assumir a função de caixeiro na farmácia de um alemão, despertando a

atenção do proprietário, certa feita, ao formular eficiente-mente uma droga para um dos clientes. Aludem ainda a sua passagem pelo Labo-ratório Municipal de Análi-ses do Rio de Janeiro como o ambiente do seu primeiro emprego formal. A princí-pio, como praticante; depois, como químico-auxiliar adido.

Adentram ainda na cami-nhada de Freitas como cons-trutor de bases sólidas para a disseminação do ensino universitário de Química no País também como professor,

a partir de sua aprovação em primeiro lugar – com prova “impecável como técnica e como rigor de resultados”, como definiu a comissão de examinadores à época – no concurso para “Lente e subs-tituto da cadeira de Chimica Geral, Inogârnica e Anályse Chimica (a segunda dos cursos fundamentais de enge-nheiros agrônomos e médicos veterinários), da Escola Supe-rior de Agricultura e Medicina Veterinária (ESAMV). E de sua participação na Comissão de Redação do primeiro perió-

dico da instituição, o “Archi-vos da Escola Superior de Agricultura e Medicina Vete-rinária.

Mais documentos ates-tam, e Etevaldo revela e eleva em seu livro, o compromisso assumido, pouco mais de dez anos após a publicação do seu artigo “Façamos químicos” – com a análise do desenvol-vimento mundial da química a partir do modelo alemão de seu fortalecimento atra-vés do ensino –, na formação da Comissão Julgadora do Concurso de Títulos e Docu-

mentos para os cargos de professor e preparador da cadeira de Física e Química e Eletroquímica do curso de Química Industrial Agrícola da Escola Superior de Agricul-tura e Medicina Veterinária.

“Freitas Machado reco-mendava o aproveitamento da estrutura já existente, em especial a das escolas de engenharia já em funciona-mento. Isso de fato aconte-ceu, quando da criação de oito cursos de Química Industrial e Agrícola, em 1919, nas diversas instituições que já dispunham

de laboratórios e professores – Belém, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Ouro Preto, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre e, em 1920, na ESAMV. Mesmo enfrentando proble-mas de insuficiência de recur-sos e obstáculos no ensino prático das disciplinas desde o primeiro ano de seu funciona-mento, a qualidade dos traba-lhos produzidos nos cinco anos em que funcionou foram suficientes para impressionar o então presidente da Repú-blica Arthur da Silva Bernar-des", escreveu Etevaldo. E.B.

B2 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Nascimento do “pai da Química no Brasil”

Freitas foi construtor de bases sólidas para os avanços da Ciência no País

Após viagens, nasce a Sociedade de Química

Escritor Etevaldo Amorim lançou o livro graças a concurso de monografias Olavo (esq.) ao lado do tio, no Rio

Madame Curie se referia a Freitas Machado como "meu pupilo preferido"

B4 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Roteiro

HOJEO ator Lucio Mauro Filho encerra curta tempo-rada no Teatro Gustavo Leite (Jaraguá, em Maceió) com o monólogo Clichê hoje (20h). Escrito por Marcelo Pedreira e com direção de Rubens Camelo, a peça é uma comédia que aborda o uso de expressões pré-estabelecidas nas mais variadas situações e contextos e levanta questões sérias sobre a linguagem. Mais informações: (82)3032-5210.

O Ballet Eliana Cavalcanti faz sua última apre-sentação do balé O Quebra-Nozes – apresen-tado na íntegra pela primeira vez em Maceió. Com direção e adaptação de Eliana Cavalcanti, a grande produção vai contar com três cenários e um rico e variado figurino. O espetáculo acon-tece no Teatro Gustavo Leite (Centro Cultural e de Exposições de Maceió, em Jaraguá), hoje (20h). Ingressos: R$ 25 à venda na Adois Acade-mia e na Super Pizza. Mais informações: (82) 3241-1308.

TERÇANo próximo dia 5 de dezembro, às 19h, na Gale-ria Sesc Centro, será abertura a exposição Ateliê Sesc Aberto à Comunidade/2011. A exposição, com obras criadas pelos arte-educandos, tem a curadoria de Alice Barros e Jamilla Pasan e ficará aberta para visitação pública no período de 6 de dezembro a 31 de janeiro de 2012. No mês de dezembro as visitações ocorrem segunda, quarta e sexta-feira, de 12h às 18h e no mês de janeiro de terça a sexta-feira, de 12h às 18h, na galeria Sesc Centro. A entrada é gratuita.

EM CARTAZOs salões de arte contemporânea da Pinacoteca Universitária (Espaço Cultural, Praça Sinimbu) oferecem ao público a exposição Lixo ou Arte? (que nem roupa), do artista carioca Raimundo Brito, radicado em Belo Horizonte. Abertura às 20h e vistação até 20 de janeiro de 2012. A mostra pretende questionar a consciência ecológica de cada cidadão ao descartar objetos que podem ser reaproveitados evitando, desta forma, o acumulo de rejeitos no planeta Terra.

OutroCanalPor Keila Jimenez

Ibope diz que não há espaço para dois institutos

Será que mercado brasileiro comporta financeiramente duas medições de audiência de TV? Esse é o questionamento do Ibope sobre a chegada da concorrência em sua

área, a Nielsen, que se prepara para medir audiência televisiva no país em 2012.O Ibope rompeu o silêncio sobre o assunto. À Folha, a diretora comercial do instituto, Dora Câmara, disse que não é a primeira vez que um grupo resolve fazer frente à medição em vigor, propondo uma nova pesquisa de audiência. Lembrou-se do Datanexus, instituto financiado pelo SBT, que fechou meses após seu lançamento, em 2003. "O mercado é aberto para livre concorrência, mas pesquisa é uma questão de confiança. É preciso ter um valor único para se basear", diz Dora. "E a Nielsen não tem medição de audiência em TV em tempo real", fala ela.A Nielsen segue negociando com emissoras e agências de publicidade a implantação de um novo serviço de medição de audiência em TV aberta para o próximo ano. A empresa já apresentou o seu plano comercial para os futuros clientes.A diretora do Ibope diz acreditar na transparência de suas pesquisas e nos investimentos para aumentar a amostra de medição de audiência no país. "Dizem que privilegiamos a Globo. Mas somos auditados pelo próprio mercado", explica ela. " E estamos sempre abertos a sugestões para o aprimoramento dos serviços." Segundo ela, é compreensível que emissoras estejam torcendo pela chegada de um novo instituto. "Ver novos dados é tentador, mas não sei se o mercado tem fôlego para sustentar duas medições", fala ela. "Investir em pesquisas é oneroso e cada passo leva anos para ser implantado."Dora confirma que, tempos atrás, a Nielsen chegou a fazer uma proposta milionária para comprar o Ibope. O instituto não aceitou. Procurada, a Nielsen não quis se manifestar.

FilhoteO pai bem que tentou. Mas não teve jeito. A cria acabou indo parar na TV. Dudu Surita, 18, filho de Emílio Surita, do "Pânico", estreia em fevereiro um game show na RedeTV!: o "Estação Teen". Forcinha do patriarca para arranjar a vaga? "Que nada. Meu pai não queria a gente na TV. Ele preferia que tomasse outro rumo", conta Dudu à Folha. "Acha que é uma vida muito difícil. Mas não teve jeito, eu gosto. Ele acabou apoiando."Bonitão --Dudu tem uma legião de fãs adolescentes -- o novo apresentador da RedeTV! conta que está acostumado com o assédio em cima do pai famoso. "Ele ensinou como temos de lidar com isso. Ser educado sempre", diz ele. "Também não pode deixar a fama subir à cabeça, nem se perder nas drogas."Sabatinado, Dudu está tirando carteira de motorista e vai ingressar em uma faculdade de Rádio e TV. Não sabe ainda se será alvo da trupe de Emílio, os meninos do "Pânico". "Eu não ligo se me zoarem, mas acho que não vão. Eles respeitam meu pai, me conhecem", diz. "Eu acho que não, né?", completa, rindo."O mais estranho é ser colega de trabalho do meu pai. Ainda não me acostumei com isso."

Tuitada...

@MarceloTas Preso mais um "braço direito" do Nem. O cara não é traficante, é polvo.Marcelo Tas, do "CQC" (Band) sobre as prisões dos comparsas do traficante Nem, no Rio.

@santoEvandro Tem gente que é tão carregada, mas tão carregada, que precisa mesmo é de um "casal de santo"...pai e mãe de santo.Piada de Christian Pior do "Pânico na TV! (Rede TV!)

7 pontos marcou "O Aprendiz" (Record) na terça-feira, dia 29 cada ponto equivale a 58 mil domicílios na Grande SP

5 pontos registrou o "Bem Estar" (Globo) na terça-feira, dia 29 perdeu do desenho "Ben 10", do SBT, que marcou sete pontos

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YVETTE [email protected]

“Ab r a c e . P e r d o e . Compartilhe. Via o Natal com Jesus”.

Esta é a proposta dos espíri-tas alagoanos para o período natalino este ano. A Campa-nha Natal Com Jesus, da Federação Espírita do Estado de Alagoas (Feeal), que está na sua segunda edição, foi iniciada ontem, às 10h, no Centro da cidade.

Com a distribuição de panfletos aludindo o tema e a afixação de cartazes em locais públicos e de grande circulação, a campanha tem por objetivo conscientizar as pessoas sobre o verdadeiro sentido desta festa, fazendo referência aos ensinamentos de Jesus e a sua aplicabili-dade entre os homens, espe-cialmente no Natal.

A novidade este ano, além do enfoque nas atitudes que devem ser cultivadas espe-cialmente nessa época, é a presença dos jovens na reali-zação das atividades. Até o dia 25, várias equipes estarão distribuindo as mensagens não só no calçadão do comér-cio como, também, nos dois maiores shoppings da cidade – locais onde o fluxo de pessoas é ainda maior no período que antecede a data.

Com o apoio da agência de publicidade Núcleo Zero

e do Sistema Jornal de Comu-nicação, os espíritas preten-dem levar ao maior número de pessoas esta mensagem, no desejo desinteressado de contribuir para uma socie-dade mais fraterna e humana.

À LUZ DO ESPIRITISMO“O Natal é uma festa

eminentemente cristã. Em um país espiritualizado como o nosso, é inconcebí-vel festejarmos esta data sem nos lembrarmos de que ela só existe por conta da passa-gem de Jesus sobre a Terra. Equivocadamente, na atua-lidade, cultua-se muito mais a figura do Papai Noel do que o próprio aniversariante”, explica Milton Ramos, presi-dente da Feeal .

Para os espíritas, o Natal é momento de reflexão sobre o simbolismo da manjedoura,

que, na sua simplicidade, reuniu as esperanças e os anseios de todo o mundo. “Segundo o Espírito Emma-nuel, que escreveu dezenas de livros pela psicografia de Chico Xavier, a sabedoria divina situou o nascimento de Jesus antes do Ano Novo,

na memória da Humanidade, a fim de que pudesse renovar, em nós, as oportunidades do amor fraterno”, acrescenta Ramos, lembrando que, nesta época, uma atmos-fera de amor envolve todo o Planeta, deixando as pessoas mais generosas, fraternas e

propensas ao perdão.“Dia chegará – diz, vislum-

brando um futuro ainda distante – que os homens se ajudarão como verdadeiros irmãos, e o espírito natalino será vivenciado não apenas em dezembro, mas em todos os dias do ano. Como afirma Emmanuel, ‘se Jesus não nascer e crescer, na manje-doura de nossa alma, em vão os Anos Novos se abri-rão iluminados para nós’”, conclui.

O ANIVERSARIANTEDesenvolvida pela Coor-

denadoria de Comunicação Social e Cultura Espírita, da Federação Espírita de Alagoas, esta campanha foi iniciada no ano passado, ressaltando a imagem do Cristo como verdadeiro dono da festa. Com a frase “Neste Natal, não esqueça o aniver-sariante!”, a idéia ganhou as ruas como uma “mensagem circulante”, percorrendo Maceió na traseira de alguns ônibus, como adesivo de carro e em páginas alusi-vas, publicadas nos maiores jornais da capital.

Inspirados na iniciativa dos irmãos pernambuca-nos, em 2009, os espíritas alagoanos decidiram esten-der o entendimento da sua doutrina sobre a emblemá-tica data à sociedade em geral.

Festejos a Nossa Senhora Concebida começaram no final de novembro e pros-seguem até o dia 8

MÔNICA [email protected]

Nas igrejas Católicas e nos terreiros de Umbanda e Candom-

blé, os fiéis se preparam para reverenciar Imaculada

Conceição, que no sincre-tismo religioso é conhecida como Iemanjá. Em algumas igrejas, os festejos a Nossa Senhora Concebida (concei-ção), começaram no final de novembro e prosseguem até quinta-feira (8), quando haverá procissão em Maceió, Capela e Rio Largo.

Na comunidade Nossa Senhora das Graças, na Levada, o tema deste ano da festa foi “Senhora das Graças, reflexo do Coração Materno de Deus, rumo ao Centenário

2012”, que começou no dia 27 de novembro e se encerra no dia 8, quando se comemora o dia da Imaculada Concei-ção. Haverá ainda procissão que reunirá centenas de fiéis na paróquia do Jacintinho, saindo às 16h. Durante dez dias, os fiéis participaram de celebrações, tendo como tema central “A palavra de Deus se fez Carne, no ventre da Imaculada Conceição e Habitou entre nós”.

Em Rio Largo, as comemo-rações deste ano foram espe-

ciais, além de homenagear a Imaculada Conceição, os páro-cos celebram os 70 anos de criação da paróquia no muni-cípio. Por conta disso, o tema escolhido foi “Ser Paróquia de Nossa Senhora, incondicional-mente dócil à Palavra de Deus”. Em Capela, a santa também será homenageada pelos cató-licos, que abrirão o Ano Jubilar do Centenário da Paróquia.

SINCRETISMOEnquanto as paróquias

catól icas homenageiam

Imaculada Conceição, os adeptos das religiões de matriz africana irão render homena-gens a Iemanjá, considerada a mãe de todos os orixás. As praias ficarão repletas de fiéis, que levarão oferendas como flores, pentes, espelhos, perfumes, sabonetes e outros objetos, para agradecerem pelas graças alcançadas, saúde e pedir paz. Iemanjá é um dos orixás femininos de grande popularidade entre os seguidores da Umbanda e Candomblé, chamada de

Rainha do Mar.Este ano, o governo do

Estado, através da Secretaria de Estado da Mulher, Cida-dania e Direitos Humanos, estará realizando na praia da Pajuçara, próximo ao Clube Regatas Brasil, a partir das 15h, a Festa das Águas. Está prevista a apresentação de grupos de dança afro, bandas afros, capoeira e outras mani-festações culturais de raiz afri-cana. A festa será encerrada com um show da cantora Leci Brandão.

Religiões afros e Católica celebram Nossa Senhora

B5O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]ão

SINCRETISMO RELIGIOSO

Santa Bárbara também ganha festano dia de hoje

Considerada a Santa Guerreira, Santa Bárbara também será homenage-ada hoje, na igreja Católica e nas religiões de matriz afri-cana, onde é conhecida como Iansã senhora dos raios e das tempestades. O culto de veneração à santa do Oriente passou para o Ocidente, sobretudo, Roma, onde desde o século VII se multiplicaram as igrejas e oratórios dedica-dos a seu nome. Na icono-grafia cristã Santa Bárbara é geralmente apresentada como uma virgem, alta, majestosa, com uma palma significando o martírio, um cálice como símbolo de sua proteção em favor dos moribundos e ao lado uma espada, instrumento de sua morte.

Nas religiões de matriz afri-cana, Iansã também chamada Oyá, é o Orixá feminino dos ventos e raios. Além disto, é Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais contro-lam com um rabo de cavalo chamado Eruexim - um dos seus símbolos. Guerreira, a mais agitada das Orixás femi-ninas, foi esposa de Ogum e, posteriormente, a mais importante esposa de Xangô. É irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impe-tuoso. É dona dos movimentos (movimenta todos os Orixás), em algumas casas é também dona do teto da casa, do Ilê. Suas cores são vermelho e branco, marrom terracota ou ainda rosa. M.L.

CAMPANHA ESPÍRITA

Quem é o aniversariante no Natal?

Cartazes assim foram afixados em locais públicos e de grande circulação

"´(...) é inconcebível festejarmos esta data sem nos lembrarmos de que ela só existe por conta de Jesus"

MILTON RAMOSPresidente da Federação Espírita do Estado de Alagoas (Feeal)

Mônica Bergamo [email protected]

B6 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Arroz de festaO apresentador Amaury Jr. celebra 30 anos de carreira, diz que já entrevistou o 'país inteiro' e viu a 'elite quatrocentona desmoronar'

"Esse programa só vale pelas mulhe-res bonitas. Ó lá", aponta Amaury Jr., 61, para o seu time de repórteres. A câmera está ligada. O refletor ilumina o deck da piscina do Club A, em SP, balada que tem ele como um dos donos. O apresentador dá um gole no uísque e larga o copo em cima da mesa.

Passa a mão em volta da cintura de Denise Severo, vestido curto dourado. "As pessoas falam que eu fico agarrando as mulheres, mas é porque elas estão fora do campo de luz", diz. Em seguida, pede pra Denise tirar o salto alto. " Ai, Amaury, você vai me deixar descalça nesse chão gelado?", responde a repórter do "Programa Amaury Jr.", recen-temente flagrada aos beijos com o sertanejo Luan Santana. "Vou parecer um anão perto dessas mulheres. Fica feio na TV."

É noite de uma quinta-feira e ele grava com Denise, Laura Wie e Heaven Delhaye os melhores momentos da semana do programa para ir ao ar no sábado, na RedeTV!.

Há 30 anos Amaury é o colunista social da televisão brasileira, apresentando no fim da noite uma atração com entrevistas feitas em festas do eixo SP-Rio "' e até Punta del Este (Uruguai). Quase sempre com as músicas "Keep it Comin' Love" e "Nice and Slow" (aquela do "Ooô Oô Ooô"), que viraram marca de que ele está na telinha. "Faço uma revista eletrônica com moldura de coluna social", diz à repórter Lígia Mesquita. O começo foi na Gazeta. Depois, levou a atração para a Bandeirantes e a Record. Desde 2002, está na RedeTV!.

"Ando cansado de ir a muitas festas. Já entrevistei a cidade inteira, o país inteiro", diz. Um aviso na página principal do seu site bate bumbo: "Não há uma única celebridade no país que não tenha sido entrevistada ao menos uma vez por Amaury Jr. --desde presidente da República, empresários, esportistas e artistas". Mas falta uma pessoa, em suas contas: a cantora Marisa Monte. "As circunstâncias nunca bateram."

Admite que tinha medo de uma de suas entrevistadas, Dilma Rousseff. "Achava ela autoritá-ria. E apesar de admirar o Lula, achá-lo um fenômeno, tinha medo do continuísmo. Mas estou me surpreendendo." A presi-dente e ele conversaram antes das eleições de 2010.

Muitas de suas entrevistas viram sucesso na internet. Caso da vez em que a socialite carioca Narciza Tamborindeguy (a que fala "Ai, que loucura!") deixou um seio escapar de seu Valentino vermelho enquanto pulava sem parar num baile de Carnaval do Rio, em 2008. No mês passado, a cantora Bebel Gilberto, também de vermelho, falou a Amaury. Virou um dos assuntos mais comentados do Twitter.

Eduardo Knapp/Folhapress

"Papai te adora, todo mundo te adora, Amaury. Você é uma peça rara. Te vejo desde os anos 80 com o Cazuza. A gente chegava de madrugada em casa e ligava a televisão pra te ver", disse ela, entregando que o pai, João Gilberto, é fã do apresentador. João, avesso a aparições, está na lista "do país inteiro" de entrevistados de Amaury.

"Estava internado no hospital [no mês passado, por causa de uma pneumonia] e os enfermeiros falaram: 'A Bebel bebeu, hein?' Eu não tinha visto. E eu que tenho fama de 'lubrificadinho'. Depois, assisti e achei ela maravilhosa, sincera. Ela tava um pouco 'lubrificadinha'", diz o apresentador.

Um produtor do programa segura uma dália, papel com informa-ções sobre a pessoa com quem Amaury vai conversar. Lê-se: "Margareth Gonçalves, filha de Nelson Gonçalves". Acaba a gravação e o apresentador pede para o garçom: "Me traz outro uísque, por favor, que esse aqui tá virando água".

"Me divirto trabalhando, tomo um drinque. E quando a festa tá ruim, bebo um uísque", conta. Até o fim do mês passado, quando parou de fumar, recorria a um maço e meio de cigarro por dia.

O colunista mostra o Club A à Folha. O espaço fica no hotel Sheraton WTC e tem no meio do salão duas palmeiras feitas com cristais Swarovski. "Minha intenção aqui era, ingenuamente, fazer uma reedição do que foi o Gallery." A boate, surgida no fim dos anos 70, foi reduto da sociedade paulistana.

Hoje, segundo ele, "não existem mais festas gostosas e espontâneas" como as do Gallery. "As pessoas preferem fazer reuniões em casa. A noite de São Paulo é uma balada ensurdecedora."

Barulhenta e sem glamour, decreta. "As pessoas não são

glamourosas nem têm ambien-tes favoráveis para defender o seu glamour. Tá todo mundo à vontade demais. Não têm mais rituais de elegância. As pessoas parecem que saíram da cama e foram direto pra festa."

Nessas três décadas em que Amaury circula pela sociedade paulistana, afirma ter presenciado a mudança de mão do dinheiro. "Vi a elite quatro-centona desmoronar. Perderam-se fortunas."

Acha positivo que mais pessoas tenham chegado à classe média e até entrado no clube dos ricos no Brasil. "Quem quer ficar esta-cionado?" Não gosta do rótulo de emergente. "Isso é pra quem fica preocupado em se pavonear." Já o termo perua, ele usa. "Mas hoje tem muita perua dura, sem conta bancária. Basta bater o olho e ver que tá mal pavoneada."

Mal "pavoneada", ou mal arrumada, diz, não significa brega. "O que é brega hoje? Como dizia o Zózimo [Barrozo do Amaral, colunista social morto em 1997], brega é perguntar o que é brega."

Um vento invade o deck. Amaury olha no monitor se o cabelo está desarrumado. "Já falaram que eu tenho implante de cabelo. Puxa aqui pra ver", diz. "Sou o único que não é careca na minha família toda." Admite ter feito plástica no pescoço e aplica botox na testa.

"Se eu não gostasse da noite, já tinha caído fora", diz. Toda segunda-feira, ele elege as festas em que irá. "As festas famosas desapareceram e apareceram mais eventos comer-ciais. Hoje tem que ter celebridade contratada, ou convidada. Antes, artistas não eram bem-vindos."

Muitos desses eventos comer-cias aparecem no "Programa Amaury Jr.". Subindo o tom de voz, ele desafia alguém a mostrar que já tenha recebido dos organizadores para fazer reportagens sobre essas festas. "Não faço isso e perco dinheiro pra caramba." O apresentador conta que não tem salário na RedeTV!. "Minha remunera-ção vem dos 'infomercials'." A expressão define comerciais que Amaury faz de produtos enquanto entrevista as pessoas. Ou seja, merchandising.

Um produtor aparece com uma sacola de óculos escuros para o 'infomercial' do momento. Amaury olha pra câmera e elogia os produtos. Minutos depois, faz o mesmo com uma marca de perfumes.

Com o dinheiro que ganha, afirma viver bem. Conta que gosta de aviação e que já pilotou helicóptero. Mas não tem um. "Falo sobre o mundo dos ricos, mas não sou um deles. Gosta-ria de sê-lo. Ganho bem, mas minhas ambições não são tão grandes."

Apresentador Amaury Jr. na

sala de sua produtora

no Jardim América

Porta-retrato no escritório de Amaury, no qual ele

aparece ao lado do ex-presidente Lula

Amaury Jr. e Denise Severo durante gravação do seu programa no Clube A

Detalhes da coleção de objetos TOY Art de Amaury Jr.,

que ficam em seu escritório na produtora no Jardim América

Eduardo Knapp/Folhapress Mastrangelo Reino/Folhapress

Eduardo Knapp/Folhapress

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Esportes O JornalO JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

Dirigentes deAlagoas

falam sobre novo Nordestão

Massa terá dificuldades para

renovar com a Ferrari em 2013

83

aa

A taça está em jogoNa última rodada do Brasileirão, Corinthians e Vasco jogam pelo título contra os maiores rivais

4, 5, 6 E 7

2 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGOwww.ojornalweb.com l [email protected]

Esportes O Jornal

BatePronto

A despedida de Vica

O ASA tenta encontrar seu norte neste final de ano. O comandante do time nos últimos três anos se despediu da torcida na última quarta-feira e agora

busca novos desafios na carreira.A diretoria alvinegra tenta iniciar o planejamento para 2012 um pouco perdida. Além de treinador, Vica participava das principais decisões do futebol do ASA. Observava até as divisões de base e procurava se interar sobre o trabalho da preparação física, dos goleiros e até do Departamento Médico. Era quase um gerente.Este ano, houve um desgaste no relacionamento entre o treinador e parte da torcida. Antes unanimidade, Vica foi considerado culpado por alguns alvinegros pela queda de rendimento do time. No final das contas, ele manteve o ASA na Série B e deixa o clube com a certeza do dever cumprido.Sem dúvida, Vica foi o técnico mais importante da história do Alvinegro. Identificado com o clube, ele comandou um projeto vencedor, conquistou dois estaduais e foi o responsável direto pela ascensão do ASA à Serie B.Acho muito difícil que a direção encontre no mercado um profissional com as qualificações de Vica e o salário que ele recebia. Considero um erro estratégico dos dirigentes terem aceitado a pressão de torcedores e desistirem, sem mais, de um treinador vencedor e, acima de tudo, honesto. Nos últimos anos, ele rece-beu muitas propostas para deixar o clube, mas cumpriu a palavra e continuou em Arapiraca.

Victor Mé[email protected]

Curto-CircuitoO CRB fazer ser o clube com maior folha salarial do Alagoano

de 2012. É questão de honra na Pajuçara colocar o time na final do Estadual no ano do seu centenário.

Não passou de um sonho de uma noite de verão a contratação do atacante Túlio pelo CSE. O jogador agradeceu o convite, mas não aceitou a proposta da diretoria. Valeu pelo marketing.

ValorizouO volante Jorginho foi fundamental para a permanência do ASA no Brasileiro da Série B. Criado no clube, ele fez o golaço na vitória do Alvinegro sobre o Bragantino, na penúltima rodada da competição nacional. Em 2012, o jogador deve ganhar mais espaço entre os titulares.

Pés no chãoPelo visto, o ASA deve apresentar um projeto mais modesto para o Campeo-nato Alagoano. A ordem é testar alguns jogadores criados no clube para depois, já perto da Série B, partir para as contratações.

LulaEx-jogador do Coruripe, Lula é o novo preparador de goleiros do CSA. Mais cotado para ser o titular da posição, Hudson aprovou a escolha: “Conheço bem o Lula e tenho certeza de que ele fará um excelente trabalho no CSA”.

Mudanças no Nordestão devem aumentar o nível técnico do Alagoano 2012

RENATO [email protected]

A Confederação Brasi-leira de Futebol (CBF) anunciou mudanças

significativas no calendário futebolístico nacional para a temporada 2013. Dentre algu-mas arrumações em datas e competições, uma pode inter-ferir diretamente no cenário local e nos clubes alagoanos.

A efetivação da Copa do Nordeste, já para 2013, que deve ser realizada por dez tempo-radas consecutivas, com seu novo molde de disputa, pode influenciar diretamente no nível técnico dos Campeonatos Estaduais da Região, inclusive em relação ao Alagoano.

Agora, pela resolução da Confederação, os times só garantirão vaga no campeo-nato regional de acordo com o resultado obtido pelos clubes dentro dos certames nos sete estados que compõem a Liga do Nordeste de Futebol.

Aqui, deve-se se fazer uma ressalva, o Campeonato do Nordeste aglutina times de sete

dos nove estados da região, exceção feita ao Maranhão e ao Piauí ,que costumeiramente participam de competições atreladas à Região Norte do Brasil.

Agora, os estados da Bahia e Pernambuco contarão com três equipes na competição, enquanto que Alagoas, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará só enviarão dois times para o campeonato regional. Sendo assim, apenas os campe-ões e os vices das competições estaduais, e os terceiros colo-cados do Pernambucano e do Baiano entrarão na disputa, eliminandos rankings das fede-rações.

Força regionalCSA e CRB não têm mais vagas cativas no Campeonato do Nordeste; clubes vão precisar se destacar no Estadual

Marco Antônio

Presidente do CSA aprova mudança e fala em necessidade de investimentoA direção do CSA já se posi-

cionou acerca das mudan-ças na fórmula de disputa do Campeonato do Nordeste. Para o presidente do clube, Jorge VI, a mudança tira a vaga cativa na competição, mas dá a possibilidade de engrandecer a disputa estadual.

Segundo VI, especifica-mente em relação ao CSA, a mudança nos moldes deve fazer com que gestores do clube tenham a incumbência de montar elencos qualifica-dos.

Ele salientou também que muitos investimentos serão feitos nos clubes nordestinos em função das cotas de patro-cínio e a visibilidade midiática que a imprensa dará às dispu-tas . “Nós cremos em parcerias fortes. Quem quiser jogar a Copa do Nordeste vai ter que

se fortalecer e montar grupos e estruturas sólidas. Assim, quem tem a ganhar é o público

dos estaduais que deverá acompanhar jogos mais vistosos, no aspecto técnico, subsidiados, é claro, pelo lado financeiro”, disse. R.B.

RENATO [email protected]

No caso específico do Estadual, CSA e CRB, primei-ros colocados no ranking oficial da Federação Alago-ana de Futebol (FAF), perde-riam cadeira cativa na Copa do Nordeste, mas com uma ressalva: a “saída” destas equi-pes deve endurecer o páreo no Campeonato Alagoano.

Isso porque a tendência é de que as agremiações espor-tivas do Estado de Alagoas formem elencos mais fortes e competitivos, sobretudo com o intuito de participarem do Nordestão e terem alguns privilégios de estar no páreo regional.

Mas as mudanças não param por aí. Para ratificar sua intenção, a Confederação afir-mou que garantiria datas para

o certame nos próximos dez anos e, em função da renta-bilidade futura, as equipes

resolveram “entrar na onda”.Assim, os clubes nordesti-

nos poderão vender pacotes,

cotas de patrocínio e publici-dade de arena por dez tempo-radas consecutivas, além

de também contarem com a transmissão dos jogos da competição, que deve ser feita pela Rede Globo de Televisão, que remuneraria também as equipes através das cotas de TV.

Os clubes que participa-rem ou conquistarem uma vaga no Nordestão, pela nova regulamentação da CBF, terão o direito de só entrar nos esta-duais nas fases mais agudas da competição.

DEBATEDesde o mês passado

os dirigentes da região vêm debatendo com a CBF o retorno do Nordestão. O presi-dente da Federação Alagoana de Futebol, Gustavo Feijó, havia anunciado o retorno da competição para 2013, mas os clubes ainda aguardavam a palavra oficial da CBF..

3O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO www.ojornalweb.com l [email protected]

Esportes O Jornal

Critério técnico será adotado para definir os participantes

Novos critérios do Nordestão forçam CRB e CSA a montarem times mais fortes para o Campeonato Alagoano

O presidente do CSA, Jorge VI, disse que, com a força de mídia do campeonato, os clubes nordestinos vão se fortalecer

"Quem quiser disputar a Copa do Nordeste vai ter que se fortale-cer e montar grupos fortes”

JORGE VIPresidente do CSA, sobre as novidadesdo Nordestão 2013

Fotos: Marco Antônio

Vasco e Flamengo jogam por objetivos distintosO Vasco tenta fechar o ano

com dois títulos nacionais. Campeão da Copa do Brasil, o time manteve a pegada no Campeonato Brasileiro e segue vivo na luta pelo penta. Domingo, venceu o Flumi-nense por 2 x 1, com gol aos 45 minutos do segundo tempo, e suspendeu a festa do Corin-thians. Hoje, enfrenta o inimigo Flamengo, às 16h (de Alagoas), no Engenhão.

O maior adversário do clube ainda é o desgaste. O Vasco atacou em duas fren-tes nas últimas semanas, o Nacional e a Sul-Americana, e os jogadores já apresentam sinais de cansaço. O meia

Felipe, por exemplo, sentiu dores musculares após o clás-sico de domingo com o Flu e foi poupado da partida de quarta--feira, diante do Universidad de Chile, em Santiago.

O técnico Cristovão Borges tem três problemas para escalar a equipe. Os meio-campistas Juninho e Alan estão suspensos, assim como o atacante reserva Leandro. Por isso, o treinador vai precisar mexer no setor de criação da equipe. A tendência é que Felipe Bastos, Rômulo, Diego Souza e Felipe sejam escalados. Na frente, Bernardo e Elton devem ser confimados.

O Flamengo luta para garantir vaga na Taça Liberta-

dores. Com 60 pontos, o time precisa de um simples empate para chegar à fase preliminar da competição e de uma vitória e uma derrota do Fluminense para entrar na fase de grupos. Se perder, pode ser ultrapas-sado por São Paulo, Figuei-rense, Inter e Coritiba, que têm 57. O volante Airton chegou a ser dúvida para o duelo, mas treinou na última quarta-feira e deve ser confirmado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo.

CHANCESO Vasco só conquista o título

brasileiro se vencer o Flamengo e o Corinthians for derrotado pelo Palmeiras. V.M.

4 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGOwww.ojornalweb.com l [email protected]

Esportes O Jornal

Corinthians eVasco entram na última rodada da Série A lutando pela taça

VICTOR [email protected]

Não haverá mais dispu-tas após a rodada desta tarde. Depois

de passarem quase todo o Campeonato Brasileiro num duelo parelho pelo título, Corinthians e Vasco deci-dem hoje quem será o novo campeão nacional. Entre eles, destacam-se ainda dois velhos rivais, que têm objetivos bem distintos a cumprir.

O Timão encara o Palmei-ras, às 16h (de Alagoas), no Pacaembu. O Alvinegro precisa de um simples empate para beijar a taça, mas sabe que a

missão do velho adversário é acabar com a sua festa.

O Palmeiras já está garan-tido na Copa Sul-Americana e também não corre riscos

de rebaixamento. Assim, a ordem no Palestra é destruir os sonhos corintianos. Polêmico, o técnico do Verdão, Luiz Felipe Scolari, disse durante a última

semana que, independente-mente do jogo no Pacaembu, o Timão vai ser campeão brasi-leiro. “Mas não por causa do Palmeiras. Não acredito que o

Vasco vença o Flamengo na sua última partida”, declarou.

No Corinthians, o técnico Tite disse estar preparado para perder, mas continua muito confiante no título. “Temos que estar prontos para todas as situações do futebol. Agora, temos uma boa condição para conquistar a taça porque dependemos apenas de nossos resultados”, comentou.

O Timão tem dois desfal-ques importantes para o clás-sico de hoje. Suspensos, o meio-campista Ralf, o meia Danilo e o atacante Emer-son devem ser substituídos, respectivamente, por Wallace, Alex e Jorge Henrique. O Palmeiras só não conta com o goleiro Marcos, lesionado.

CENÁRIOMesmo sendo derrotado

pelo Palmeiras, o Corinthians será campeão desde que o Vasco não vença o Flamengo.

Hoje sai o campeão

Liedson, do Corinthians, e Diego Souza, do Vasco, são destaques dos postulantes ao título na última rodada da Série A

Ronaldinho sofreu uma pequena lesão no joelho, mas está confirmado no jogo

5O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO www.ojornalweb.com l [email protected]

Esportes O Jornal

Clássicos esquentam briga por duas vagas na Libertadores

Tranquilo, Atlético Mineiro tenta rebaixar o rival Cruzeiro

A b r i g a p e l a s d u a s vagas restantes na Liber-t a d o r e s t a m b é m v a i apimentar a 38ª rodada do Brasileirão. Flamengo, Coritiba, Inter, Figueirense, São Paulo e Botafogo têm chances de entrar na competição continental. O Fluminense já garantiu seu lugar, mas precisa de um ponto no clássico com o Botafogo para chegar à fase de grupos.

O Tricolor e o Glorioso jogam hoje à tarde, às 16h (de Alagoas), no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. O Flu não tem desfalques e também entra em campo motivado pela chance de o atacante Fred ser o artilheiro do Nacional. Com 21 gols, ele tem apenas dois de desvanta-gem para o goleador Borges, do Santos.

Já o Glorioso perdeu para o clássico o atacante Herrera e o meio-campista Everton, suspensos. Para garantir vaga

na Libertadores, o Botafogo precisa vencer o Flu e torcer para que Coritiba, Inter, Figuei-rense e São Paulo não vençam

seus jogos.O Coritiba depende apenas

de suas forças para conquistar a classificação. Se vencer hoje

o Atlético-PR, às 16h, na Arena da Baixada, confirma a vaga e ainda rebaixa o maior rival. A única dúvida do Coxa é o meio-

-campista Leandro Donizetti, entregue ao Departamento Médico.

No outro clássico da rodada, o São Paulo precisa bater os reservas do Santos e torcer por tropeços de Inter, Coritiba e Figueirense. A baixa no Tricolor é o atacante Rivaldo, suspenso.

Já o Figueira vai enfrentar o Avaí, na Ressacada, precisando vencer e torcer por um tropeço do Coritiba ou uma derrota do Flamengo. Nesta tarde, o time de Jorginho não conta com Rhayner e Túlio.

Já o Inter encara o Grêmio, às 16h, no Beira-Rio, com a obrigação de vencer e secar Flamengo e Coritiba. O Trico-lor Gaúcho tenta acabar com os planos do rival sem o volante Adilson e possivelmente Fábio Rochemback, que se recupera de lesão. No Colorado, Bolívar, suspenso, deve ser substituído por Índio, autor de seis gols na história dos Grenais. V.M.

Um dos clássicos mais explosivos da rodada deve ser Cruzeiro x Atlético-MG. A Raposa necessita da vitória para escapar do rebaixamento e vai encarar o seu rival histó-rico, às 16h, em Sete Lagoas. Para complicar a tarefa, o técnico Vagner Mancini não vai contar com o goleiro Fábio, o meia Montillo e o meio-campista Marquinhos Paraná, todos suspensos. O Galo, que também tenta se manter na zona da Sul-Ameri-cana, só perdeu o atacante Neto Berola, que também vai cumprir a automática nesta tarde.

Se for derrotado pelo Atlé-tico, o Cruzeiro ainda pode escapar da degola. Para isso,

precisa torcer para que o Ceará e o Atlético-PR não vençam, respectivamente, o Bahia, em Salvador, e o Coritiba, na Arena da Baixada.

POLÊMICAA diretoria do Bahia fez

votos no site oficial do clube de que o Ceará se mante-nha na Série B e irritou os cruzeirenses. O meia Roger, por exemplo, insinuou que o Tricolor vai abrir o jogo em Salvador. Técnico do Bahia, Joel Santana avisa que seu time ainda luta por vaga na Sul-Americana e vai com o que tem de melhor para o jogo. As baixas no Tricolor são Diones, Ricardinho, Dodô e Fahel. Já o Ceará não conta

com Fernando Henrique, Eusébio, Daniel Marques e Thiago Humberto. Outro time que luta para não cair, o Atlé-tico-PR só não conta hoje com Gustavo Lazaretti.

SUL-AMERICANATrês clubes disputam duas

vagas na Sul-Americana. Com 45 pontos, os Atléticos Mineiro e Goianiense depen-dem de um simples empate para acabar com as chances do Bahia, que precisa vencer e torcer por derrota de um dos adversários.

Em Goiás, O Atlético-GO recebe o já rebaixado América, às 16h, no Serra Dourada. As baixas no Dragão são Joílson e Vitor Júnior. V.M. Atlético e Cruzeiro fazem um clássico de importância histórica em Sete Lagoas

São Paulo joga contra o Santos na tarde de hoje; o goleiro Rogério Ceni está confirmado no clássico pelo técnico Leão

6 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGOwww.ojornalweb.com l [email protected]

Esportes O Jornal

Guia do torcedor

CORINTHIANS x PALMEIRAS

Hoje, Pacaembu, 16hCORINTHIANS - Time provável (4-2-3-1) - Júlio César, Alessandro, Paulo André, Leandro Castán e Fábio Santos; Wallace (Moradei) e Paulinho; William, Alex e Jorge Henrique; Liédson. Técnico: TitePALMEIRAS - Time provável (4-2-3-1) - Deola, Cicinho, Leandro Amaro, Thiago Heleno e Gerley; Marcos Assunção e Márcio Araújo; Patrik, Valdivia e Luan; Ricardo Bueno. Técnico: Luiz Felipe.ARBITRAGEM - Wilson Luiz Seneme (SP); Émerson Augusto de Carvalho, Marcelo Carvalho Van Gasse.

VASCO x FLAMENGO

Hoje, Engenhão, 16hVASCO - Time provável (4-2-3-1) - Fernando Prass, Fágner, Dedé, Renato Silva e Jumar; Rômulo e Felipe Bastos; Bernardo, Diego Souza e Felipe; Elton. Técnico: Cristóvão Borges.FLAMENGO - Time provável (4-3-1-2) - Felipe, Leonardo Moura, Alex Silva, Wellinton e Júnior César; Williams, Fierro, Renato e Thiago Neves; Ronaldinho Gaúcho e Deivid. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.ARBITRAGEM - Péricles Bassols (RJ); Rodrigo Pereira Jóia, Ediney Guerreiro Mascarenhas.

CRUZEIRO x ATLÉTICO/MG

Hoje, Arena do Jacaré, 16hCRUZEIRO - Time provável (4-2-3-1) - Rafael, Vítor, Léo, Victorino e Diego Renan; Leandro Guerreiro e Charles; Ortigoza, Fabrício e Wellington Paulista; Anselmo Ramon. Técnico: Vágner Mancini.ATLÉTICO MINEIRO - Time provável (4-2-3-1) - Renan Ribeiro, Serginho, Réver, Leonardo Silva e Richarlyson; Pierre e Filipe Souto; Carlos César, Daniel Carvalho e Bernard; André. Técnico: Cuca.ARBITRAGEM - Marcelo de Lima Henrique (RJ); Carlos Berkenbrock, Júlio César Rodrigues Santos.

INTERNACIONAL x GRÊMIO

Hoje, Beira Rio, 16hINTERNACIONAL - Time provável (4-2-3-1) - Muriel, Nei, Índio, Rodrigo Moledo e Kléber; Guiñazú e Bolatti; Gilberto, D’Alessandro (João Paulo) e Oscar; Leandro Damião. Técnico: Dorival Júnior.GRÊMIO - Time provável (4-2-3-1) - Victor, Mário Fernandes, Vílson, Saimon e Júlio César; Fernando e Fábio Rochemback; Marquinhos, Douglas e Escudero; André Lima. Técnico: Celso Roth.ARBITRAGEM - Leandro Pedro Vuaden (RS); Altemir Haussmann, Erich Bandeira.

BOTAFOGO x FLUMINENSE

Hoje, Raulino de Oliveira, 16hBOTAFOGO - Time provável (4-2-3-1) - Jefferson, Lucas, Fábio Ferreira, Gustavo e Cortês; Marcelo Mattos e Renato; Elkesson, Felipe Menezes e Maicosuel; Loco Abreu. Técnico: Flávio Tenius (interino).FLUMINENSE - Time provável (4-2-3-1) - Diego Cavalieri, Mariano, Elivélton, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho e Diguinho; Marquinho, Deco e Rafael Sóbis; Fred. Técnico: Abel Braga.ARBITRAGEM - Antônio de Carvalho Schneider (RJ); Luiz Muniz de Oliveira, Rodrigo Henrique Correa.

ATLÉTICO/PR x CORITIBA

Hoje, Arena da Baixada, 16hATLÉTICO PARANAENSE - Time provável (4-2-3-1) - Renan Rocha, Wendell, Manoel, Fabrício e Heracles; Deivid e Marcelo Oliveira; Guerrón, Paulo Baier e Marcinho; Nieto. Técnico: Antônio Lopes.CORITIBA - Time provável (4-2-3-1) - Vanderlei, Jonas, Jéci, Émerson e Lucas Mendes; Léo Gago e William; Rafinha, Marcos Aurélio e Éverton Costa; Leonardo. Técnico: Marcelo Oliveira.ARBITRAGEM - Sandro Meira Ricci (DF); Carlos Berken-brock, Júlio César Rodrigues Santos.

SÃO PAULO x SANTOS

Hoje, Romildo Ferreira (Mogi Mirim), 16hSÃO PAULO – Time provável (4-2-3-1) – Rogério Ceni, Jean, Xandão, Rhodolfo e Juan; Denílson e Wellington; Lucas, Cícero e Fernandinho; Luís Fabiano. Técnico: Émerson Leão.SANTOS - Time provável (4-2-3-1) - Aranha, Leandro Silva, Bruno Aguiar, Vinícius Simon e Éder Lima; Rodrigo Possebom, Ânderson Carvalho; Elano, Ibson e Diogo; Alan Kardec. Técnico: Muricy Ramalho.ARBITRAGEM - Rodrigo Braghetto (SP); Vicente Romano Neto, Carlos Nogueira Júnior.

BAHIA x CEARÁ

Hoje, Pituaçu, 16hBAHIA - Time provável (4-3-1-2) - Marcelo Lomba, Marcos, Titi, Paulo Miranda e Ávine; Marcone, Fabinho, Camacho e Gabriel; Lulinha e Souza. Técnico: Joel Santana.CEARÁ - Time provável (4-3-1-2) - Diego, Heleno, Thiago Matias, Fabrício e Diego Sacoman; Michel, Juca e Rudinei; Felipe Azevedo; Osvaldo e Washington. Técnico: Dimas Filgueiras.ARBITRAGEM - Wílton Pereira Sampaio (DF); Fabrício Vilarinho da Silva, Fábio Pereira.

AVAÍ x FIGUEIRENSE

Hoje, Ressacada, 16hAVAÍ - Time provável (4-2-3-1) - Marcelo Moretto, Arlan, Gian, Caçapa e Léo Campos; Diogo Orlando e Júnior Urso; Cléverson, Lincoln e Robinho; William. Técnico: Édson Neguinho.FIGUEIRENSE - Time provável (4-3-1-2) - Wilson, Bruno, Roger Carvalho, Édson Silva e Juninho; Ygor, Jonatas, Maicon e Elias; Wellington Nem e Júlio César. Técnico: Jorginho.ARBITRAGEM - Cléber Wellington Abade (SP); Marco Antônio Martins, Claudemir Maffessoni.

ATLÉTICO/GO x AMÉRICA/MG

Hoje, Serra Dourada, 16hATLÉTICO GOIANIENSE - Time provável (4-2-3-1) - Márcio, Rafael Cruz, Gílson, Ânderson e Thiago Feltri; Pituca, Marino, Ernandes e Thiaguinho; Felipe e Anselmo. Técnico: Hélio dos Anjos.AMÉRICA MINEIRO - Time provável (3-4-1-2) - Glaycon, Micão, Éverton Luís e Gabriel; Amaral, Leandro Ferreira e Gílson; Rodriguinho; Kempes e Fábio Júnior. Técnico: Givanildo de Oliveira.ARBITRAGEM - Héber Roberto Lopes (PR); Griselildo de Souza Dantas, Ubiratan Bruno Viana.

* Horários de Alagoas

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Esportes O Jornal

Guia do Torcedor - As disputas do Brasileirão

Título

CORINTHIANS - Para ser campeão, basta um empate com o Palmeiras no Paca-embu. A motivação é essa: ser pentacampeão brasileiro em cima do maior rival.

VASCO – Se quiser ficar com a taça, o Vasco precisa vencer o Flamengo e torcer para o Corinthians perder do Palmeiras. Se vencer, o Vasco ainda pode tirar o Flamengo da Libertadores.

Libertadores FLUMINENSE - Precisa de apenas um empate com o Botafogo, em Volta Redonda, para ir direto à fase de grupos da Libertadores. Se perder e o Flamengo vencer o Vasco, o Tricolor terá que disputar a fase preliminar da Libertadores. Além disso, uma vitória do Flu sepulta as chances do Bota-fogo de disputar a competição sul-americana.

FLAMENGO - Com 90% de chances de ir à Libertadores, precisa de só um empate para se classificar. Se vencer o Vasco e o Flu perder do Botafogo, vai direto à fase de grupos. Em caso de derrota, precisa torcer para que dois desses três clubes (Coritiba, Inter e Figueirense) não vençam seus clássicos. CORITIBA - Se vencer o Atlé-tico-PR, na Arena da Baixada, se classifica à Libertadores e rebaixa o rival para a Série B. Em caso de empate, precisa torcer para que Inter, Figuei-rense, São Paulo e Botafogo não vençam. Se perder, Inter

e Figueira precisariam perder e São Paulo e Botafogo não vencer.

INTERNACIONAL - Enfrenta o Grêmio, já garantido na Sul-Americana, no Beira-Rio. Para ir à Libertadores, precisa vencer e torcer para o Coritiba não ganhar ou por derrota do Flamengo. Em caso de empate, aí a conta é mais complicada: torcer para o Coxa perder, e Figueirense, São Paulo e Botafogo não vencerem.

FIGUEIRENSE - Para ir à Libertadores, precisa vencer o rebaixado Avaí, na Ressa-cada, e torcer para Coritiba e Inter não vencerem. Para se classificar com um empate, Coxa e Inter precisariam perder e São Paulo e Botafogo, não ganharem.

SÃO PAULO - Precisa vencer o Santos, em Mogi Mirim, e torcer para que Coritiba, Figueirense e Internacional não vençam seus clássicos. Em caso de empate ou derrota, o Tricolor fica sem chances de ir à Libertadores.

BOTAFOGO - Apesar das cinco derrotas seguidas, mantém chances de ir à Libertadores. Para isso, precisa vencer o Fluminense, em Volta Redonda, e torcer para que Coritiba, Internacional, Figueirense e São Paulo empatem ou percam seus jogos.

Quero atrapalhar

PALMEIRAS - Já garantido na Copa Sul-Americana de 2012, o Verdão tem como grande motivação tirar o título do Corin-thians. E isso só vai ocorrer se

o Verdão ganhar o clássico no Pacaembu e o Vasco vencer o Flamengo.

SANTOS - Com a cabeça no Mundial de Clubes, a motivação é atrapalhar o São Paulo. Se vencer ou empatar o clássico em Mogi Mirim, acaba com as chances do Tricolor de ir à Libertadores.

GRÊMIO - É outro que também está garantido na Sul-Ameri-cana e tem como única motiva-ção atrapalhar o rival. Se vencer o Inter em pleno Beira-Rio, o Colorado está fora. Se empatar, aí o Inter teria de torcer por uma combinação de resultados.

Sul-Americana

ATLÉTICO-MG - Se garantiu na Série A com a goleada sobre o Botafogo e agora quer atrapalhar o Cruzeiro. Se vencer o rival, domingo, em Sete Lagoas, a Raposa cai em caso de vitórias de Ceará e/ou Atlético-PR. O Galo se garante na Sul-Americana-2012 até empatando. ATLÉTICO-GO - Para disputar a Copa Sul-Americana pela primeira vez em sua história, o Dragão precisa vencer o já rebaixado América-MG em Goiânia. Se empatar, só não se classifica se o Bahia vencer o Ceará e tirar uma diferença de oito gols de saldo. Perdendo, torce para o Bahia tropeçar.

BAHIA - Não corre mais risco de rebaixamento. Para ir à Copa Sul-Americana, precisa vencer o Ceará no Pituaçu e torcer por derrota de Atlético-GO ou Atlético-MG. Pode passar se vencer e o Atlético-GO empatar,

mas aí teria de tirar uma dife-rença de oito gols de saldo.

Luta contra a degola CRUZEIRO - Vai enfrentar o Atlético-MG na Arena do Jacaré apenas com torcedo-res cruzeirenses. Para ficar na Série A, sem depender de ninguém, precisa vencer. Se empatar, o Ceará não pode vencer o Bahia. Se perder, só se mantém na elite se Ceará e Atlético-PR não vencerem.

CEARÁ - Só se salva do rebai-xamento se vencer o Bahia, em Salvador, e o Cruzeiro não vencer o Atlético-MG. Em caso de empate ou derrota, cai.

ATLÉTICO-PR - Para se manter na Série A, precisa vencer o Coritiba, que luta por vaga na Libertadores, na Arena da Baixada, e torcer por derrota do Cruzeiro e empate ou derrota do Ceará. Se vencer, o Ceará não vencer e o Cruzeiro empatar, teria de tirar uma diferença de dez gols no saldo em relação à Raposa.

Valsa da despedida

AMÉRICA-MG - Está rebaixado para a Série B. Enfrenta o Atlé-tico-GO, no Serra Dourada, e o clube goiano luta apenas por uma vaga na Sul-Americana.

AVAÍ - Lanterna e já rebai-xado, a motivação será tirar o Figueirense da Libertadores, dentro da Ressacada. Uma vitória basta para atrapalhar a vida do rival, que depende de uma combinação de resultados empatando ou vencendo o Avaí.

BRASILEIRÃO

Mala branca abre nova polêmica na reta final

Depois da vitória do A m é r i c a s o b r e o Atlético-PR, por 2 x

1, domingo, em Uberlândia, o lateral-esquerdo Thiago Carleto foi entrevistado pelo canal fechado Premiere, que transmite jogos do Campeo-nato Brasileiro, e falou sobre a polêmica da ‘mala branca’ que tomou conta do CT Lanna Drumond durante a última semana.

O jogador não deixou claro se o Coelho chegou a receber um incentivo financeiro. No entanto, ele revelou que atle-tas do elenco foram procu-rados por pessoas ligadas ao Cruzeiro.

“Acho que quando é favo-rável, para um time ganhar, é válido. Que nem hoje... Se nós ganhássemos claro que o Cruzeiro... O Cruzeiro procu-rou alguns jogadores e a direto-ria também deu uma resposta. Outros não tiveram o interesse, isso é coisa de jogador. Tive-mos a semana toda para traba-lhar e tivemos um incentivo. É claro que o Cruzeiro teve uma ajuda com essa vitória (sic)”, afirmou Carleto.

Antes do jogo, o técnico Givanildo Oliveira se mostrou favorável à ‘mala branca’, mas ressaltou que o profissiona-lismo no futebol deve vir em primeiro lugar. “Eu posso dizer com toda certeza que existe (mala branca). Mas eu acho que esse assunto cabe muito ao momento e esse é o momento. A gente sabe que acontece na Série B e na Série A, com certeza. Sou a favor, não posso agora cair em contradi-ção. É um incentivo”, disse o treinador. Nesta tarde, muitos clubes devem usar “malas brancas” para incentivar times desmotivados.

Em baixa, FelipeMassa diz ter opções na F-1 caso deixe a Ferrari no fim dopróximo ano

Pressionado pelo presi-dente da Ferrari, Luca di Montezemolo, para

ter um bom desempenho em 2012, Felipe Massa não conhecerá o fim do mundo se não renovar o contrato com a equipe que expira no ano

que vem. Em entrevista ao programa do SBT De Frente com Gabi que vai ao ar hoje, o brasileiro disse que tem outras opções na Fórmula 1: “Já me sondaram (outras escude-rias) várias vezes. Eu acredito que eu tenha outra oportuni-dade caso eu não continue na Ferrari”.

Embora aponte que o futuro não lhe preocupa, Massa admitiu que 2012 “será um ano muito importante”. Entre outros assuntos da conversa, o piloto relembrou

o acidente durante o treino classificatório do Grande Prêmio da Hungria de 2009. “Foi igual a um tiro de espin-garda. A mola tinha quase 1 kg. (Porém) sou exatamente igual ao que eu era. Estou ‘zero’”, analisou ele, que ainda se declarou “fanático” por Ayrton Senna e comentou sobre o relacionamento com seu companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso: “a gente se dá bem, mas eu posso dizer que sou amigo mesmo do Rubinho (Barrichello)”.

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Possível rival do brasileiro prioriza testes No ano em que o contrato

de Felipe Massa com a escu-deria se encerra, um poten-cial rival na briga pela vaga de titular em 2013 vai deve dedicar exclusivamente aos testes na equipe italiana: o francês Jules Bianchi. Bianchi confirmou ao Terra que não deve seguir competindo pela GP2. “Não está nos planos. Estou tentando achar uma equipe com meu empresário. Vamos ver, mas acho que não vou correr a GP2”, apontou, antes de disputar amistoso no Estádio do Morumbi durante evento beneficente na terça--feira. Em 2011, ele pilotou na categoria pela equipe Lotus ART e terminou na terceira colocação.

Além disso, Bianchi divi-diu os testes da Ferrari com o mexicano Sérgio Perez. Os dois fazem parte da Academia de Pilotos da escuderia italiana e poderiam ser acionados caso Massa fique abaixo do espe-rado em 2012 novamente. A relação de Bianchi com

seu potencial rival se mostra boa. Eles chegaram juntos ao Morumbi para participar do evento beneficente.

“Felipe é como um grande amigo agora. Eu o conheci há três anos. Nós temos o mesmo empresário. Gosto bastante dele, é um cara engraçado. É muito bom estar com ele durante toda a temporada”, exaltou o francês, que sofreu ao lado do brasileiro diante

dos problemas encontrados em 2011. A equipe não deslan-chou e ficou muito atrás das concorrentes Red Bull e McLa-ren. “Tenho certeza que 2012 vai ser muito melhor para a Ferrari. Com certeza haverá melhorias, estão trabalhando nisso”, apontou.

Se essa expectativa não se confirmar, há possibilidade de se tornar rival do brasi-leiro pela vaga na escuderia. Essa disputa interna não é novidade para Jules Bianchi, que aprendeu com o próprio Massa e seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, como lidar com isso. Se antes a relação entre os pilotos titu-lares parecia conflituosa e desconfiada, agora é harmo-niosa na medida do possível, segundo sua avaliação.

“É claro que eles são rivais, porque correm na mesma equipe e competem o mesmo campeonato. Mas acho que têm uma relação muito boa, sem brigas ou algo assim. Eles têm um espírito muito bom”.

Panela de pressão

O brasileiro Felipe Massa está sendo pressionado pela cúpula da Ferrari

"Felipe é como umgrande amigo agora. Nós temos o mesmoempresário"

JULES BIANCHIPiloto de testes da Ferrari, sobre possível disputa com Massa

Em “Macho Man”, Marisa Orth diverte

com a faceta patética da personagem Valéria

Para encarnar a rebelde Bia, de

“Tapas & Beijos”, Malu Rodrigues supera a timidez

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TV O JornalO JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Agradável!

Marcelo Serrando, o Crô de Fina Estampa, destaca a popularidade de seu personagem

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“Com dois filhos pequenos, dá para ganhar medalha de ouro na ‘rapidinha’”.

Fernanda Lima, apresen-tadora do “Amor & Sexo”, ao dizer que, apesar da rotina atribulada, em sua rela-ção com o marido, Rodrigo Hilbert, o sexo não é encarado como uma obrigação (Revista “Marie Claire”).

“Do trabalho não abro mais mão, nunca”.

Sthefany Brito, a Alice de “A Vida da Gente”, depois de se mudar do país para se casar com o jogador de futebol Alexandre Pato – e se separar –, dizendo que não abandona mais a carreira de atriz por amor (Revista “VIP”).

“Pode ser feia, se eu gostar, vou ficar”.

David Lucas, o René Júnior de “Fina Estampa”, jurando que, em um relacionamento, leva mais em consideração se a menina é legal do que bonita (Revista “Quem”).

“Se precisasse do dinheiro, eu faria. Para alimentar um filho, faria fácil”.

A apresentadora Luciana Gimenez sobre posar para um ensaio nu (Revista “Quem”).

“Me sinto com 14”.Vera Fischer, ao completar

60 anos de idade (Jornal “O Dia”).

“Muitas pedem para eu bater nelas”.

Alexandre Nero falando sobre as abordagens femini-nas que recebe nas ruas por conta de Baltazar, seu perso-nagem em “Fina Estampa”, que bate na mulher (Programa “Formato Clássico”, exibido na Internet).

“É meia hora de uma litera-tura de quinta categoria”.

José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, sobre o “Big Brother Brasil”, programa diri-gido por seu filho, Boninho

(Revista “Contigo!”).

“Não gosto desses buraqui-nhos no corpo das mulheres”.

José Mayer, o Pereirinha de “Fina Estampa”, sobre

celulite (Revista “Claudia”).

“Acho que não traumatiza ninguém”.

Thiago Lacerda, o dr. Lúcio de “A Vida da Gente”, sobre dar um tapinha na mão da criança, em caso de malcriação (“extra-online.com.br”).

“Não pego ninguém. Sou osso duro de roer”.

Ellen Jabour, apresen-tadora do “Luv MTV”, que provocou rebuliço na mídia ao ficar com Pe Lanza, vocalista do Restart, no festival SWU, jurando que não é mulher de beijar por beijar ( Jornal “O Dia”).

“Não tenho proble-mas de ficar nua para o meu trabalho”.

Maria Maya, a Raissa de “Aquele Beijo”, ao afirmar que faz qualquer coisa em nome da arte, mas jamais posaria nua (Jornal “O Dia”).

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TV O Jornal

O que vempor aí

Ser marido e mulher envolve inúmeras complicações. Quando o casal tem uma parceria nos negó-cios, tudo fica mais delicado. Mas se a relação já está em crise, a divisão do trabalho pode ainda piorar. Nesta semana, em “Aquele Beijo”, Sarita (Sheron Menezzes) vai assumir para ela e para Vicente que está apaixo-nada por Alberto (Herson Capri). Em meio a um beijo “caliente”, os dois são flagrados e uma pessoa foto-grafa sem que eles percebam. A foto chega as mãos de Grace Kelly (Leilah Moreno), que ameaça mostrar para Maruschka (Marília Pera) e ainda contar sobre a investigação, depois que Ana Girafa (Luis Salém) descobre e vaza a informação para a vilã. A mau caráter procura Maruschka e Alberta e entrega que Sarita está investigando a empresa. Isso é suficiente para todos ficarem preocupados. Será que o amor de Alberto e Sarita resistirá a tamanho jogo de interesses? (MANU MOREIRA/POPTEVÊ)

# Lucena vê Vicente e Claudia entrando no prédio de Camila.

# Agenor aparece na festa da prima de Renato acompanhado pela aniversariante.

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Brother Brasil , programa dirigido por seu filho, Boninho

José Mayer, o Pereirinha de “Fina Estampa”, sobre

celulite (Revista “Claudia”).

um tapinha na mão da criança, em caso de malcriação (“extra-online.com.br”).

“Não pego ninguém. Souosso duro de roer”.

Ellen Jabour, apresen-tadora do “Luv MTV”, que provocou rebuliço na mídia ao ficar com Pe Lanza, vocalista do Restart, no festival SWU, jurando que não é mulher de beijar por beijar ( Jornal “ODia”).

“Não tenho proble-mas de ficar nua para o meu trabalho”.

Maria Maya, a Raissa de “Aquele Beijo”, ao afirmar que faz qualquercoisa em nome da arte, mas jamais posaria nua (Jornal “O Dia”).

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Em “Macho Man”, Marisa Orth diverte com a faceta patética da personagem Valéria

GABRIEL SOBREIRAPopTevê

Marisa Orth é suspeita para falar, mas ela jura que o riso é

o melhor remédio. Mesmo em situações que envolvem problemas de relacionamento e o trabalho. “Recomendo o riso principalmente na atual fase da minha personagem”, diverte-se, referindo-se ao “inferno astral” de Valéria, seu papel em “Macho Man”, da Globo. Marisa interpreta a ex-gorda que, nesta segunda temporada, ao voltar de férias descobre que perdeu o noivo, o emprego e, com a ajuda dos amigos, faz as mais variadas tramoias para reconquistar tudo de volta. “Ninguém pode passar um período tão ruim. E é engraçado fazer humor sobre uma pessoa que está mais por baixo do que sola de sapato. É melhor que muita gente se identifique”, frisa, aos risos.

Boa parte desse “sofri-mento” da cabeleireira atende pelo nome de Helô, interpre-tada por Ingrid Guimarães. “Conhecida como a diaba loura”, alfineta, em tom de comédia, a personagem da colega de produção. A chegada de uma “rival” é comemorada por Marisa, que garante que a entrada de Ingrid não desesta-bilizou a parceria conquistada

desde a temporada anterior. “Modéstia à parte, a Ingrid e eu batemos um bolão! Nunca tínhamos trabalho juntas e foi maravilhoso”, derrete-se, orgulhosa.

No texto de Fernanda Young e Alexandre Machado, Valéria une forças com os demais funcionários do Salão Fréderic’s para “detonar” Helô. A “guerra” entre as perso-nagens vai além do orgulho ferido. “A diferença entre o cenário da casa da personagem da Ingrid para a casa da minha personagem é tão grande que até dá vergonha. Sou a moci-nha, boa e sofredora. E pobre”, compara, em tom de brinca-deira. “Ela é rica mas não tem bom gosto. É muito cafona”, debocha. Quanto ao futuro da produção, Marisa diz sem titu-bear. “Espero uma próxima temporada”, torce.

P - Você tem no currículo produções como “TV Pirata”, “Sai De Baixo” e, recente-mente, “Toma Lá Dá Cá” e “S.O.S. Emergência”, entre outras. O que mais lhe motiva na comédia?

R - O mais bacana de fazer comédia é aprender. É difícil, porque o humor ou é engra-çado ou não. Eu acho que estou ficando boa nesse negó-cio de fazer humor. A gente vai pegando jeito.

P - Suas personagens na tevê costumam ser popula-res. Desde a Magda de “Sai De Baixo”, passando pela Doutora Michele de “S.O.S.

Emergência” e até a ex-gorda Valéria de “Macho Man”. Como costuma ser a reação do público?

R - Tem cada coisa tão linda que escuto. Tem gente que fala que melhorou de doença porque ficou rindo da minha cara (risos). Mas é verdade, me emociona para caramba!

P - Quais as principais mudanças desta temporada?

R - O elenco está muito mais afiado. Na primeira temporada tinha bastante gente que estava estreando e agora veio muito mais forte. A Nikita, que é personagem da Natalia Klein, está mara-vilhosa. A Venetta, da Rita Elmôr, e o Fréderic, do Roney Facchini, também. Está tudo bem mais desenhado. Está bem caprichado e estamos vaidosos com o produto. Amei contracenar com a Ingrid Guimarães. E acho que o Jorginho e eu já tínha-mos dado certo.

P - Qual paralelo você estabelece entre a Magda, de “Sai de Baixo”, e a Valé-ria, de “Macho Man”?

R - Eu gostaria que a Valéria se somasse à Magda. O programa “Sai de Baixo” ficou seis anos no ar. Mas o “Macho Man” é um programa menos exibido. A ideia já nasceu com esse propósito de pequenas tempo-radas. Mas eu amo a Magda. Ela virou

adjetivo! Tenho muito orgulho. Acho que é do tipo de papel que daqui a 20 ou 30 anos vou vê-lo com outra atriz. Tipo Ofél ia . Acho isso muito legal.

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Aniversários da semanade 4 a 10 de dezembro

05/12 – Carlos Nascimento, 57 anos, e Danielle Winits, 38 anos.

06/12 – Antonio Calloni, 50 anos, Milhem Cortaz, 38 anos, e Cecília Dassi, 22 anos.

07/12 – Xuxa Lopes, 58 anos, e Manuela do Monte, 27 anos.

08/12 – Ângela Leal, 64 anos.

09/12 – Milton Gonçalves, 78 anos.

10/12 – Luciana Vendramini, 40 anos. Nesta data, há 46 anos,

foi ao ar o último capítulo de “A Moreninha”, adaptação do romance de Joaqu im Manue l de Macedo po r Graça Mello, que além de escrever, dirigiu e produ-ziu a novela. A produção conta a história de Caro-l ina (Marí l ia Pêra), que vive na Ilha de Paquetá

com a avó Donana ( I r a c e m a d e

A l e n c a r ) . Jovem e

român-t i c a , C a r o -l i n a f a z o p o s s í -v e l p a r a r e e n -

c o n t r a r A u g u s t o

( C l á u d i o Marzo), seu

grande amor de infância. O

folhetim retratou o cotidiano de diver-

são e fes tas da juven-tude do sécu lo X IX , bem

como o desejo de parte dela pela libertação dos escravos. Mi l ton Gonça lves , Emi l i ano Queiroz, Zezé Macedo, Renato Machado, Yara Sarmento , e Gracindo Júnior, entre outros, t a m b é m f a z i a m p a r t e d o elenco.

Terapia do riso

4 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGOwww.ojornalweb.com l [email protected]

TV O Jornal

Rapidinhas

# O quarto episódio de “Amazônia com Bruce Parry” mostra uma expe-riência pioneira de econo-mia sustentável em uma comunidade ribeirinha. (TV Brasil, dom, 16h)

# A cada semana, parti-

cipantes podem mostrar suas diferentes habilida-des, cantando, dançando e fazendo mágicas no “Qual É o Seu Talento?”. (SBT, seg, 20h15)

# No “Expedições” de terça, Paula Saldanha e

Roberto Werneck mostram a revitalização da Lagoa de Araruama, no estado do Rio de Janeiro. (TV Brasil, ter, 19h30)

# O “Se Ela Dança Eu Danço” acompanha dançari-nos profissionais ou aspiran-

tes de todas as idades, grupos, duplas ou solo para encontrar a nova estrela de dança do país. (SBT, qua, 20h15)

# Hoje, o SBT exibe mais um episódio inédito de “Supernatural”. (SBT, sex, 2h15)

# O “Alto-Falante” de sábado, apresenta, em primeira mão, o novo disco do Mundo Livre S/A e traz uma entrevista exclusiva com o vocalista da banda Fred Zero Quatro. (TV Brasil, sab, 16h30)

Olho no lance(GLOBO, DOM, 16h45)Neste domingo, vai ao ar a

decisão do Campeonato Brasi-leiro. Depois de muitas trocas, onde a liderança e a vice-lide-rança mudaram com frequên-cia, o Brasileirão será decidido entre os times cariocas Vasco e Flamengo.

Impossibilitado(BAND, DOM, 1h15)Em “Malcolm”, o persona-

gem principal começa a sentir dores de estômago e Lois o leva ao hospital, onde fica inter-nado. Enquanto isso, Hal, Lois e os garotos se divertem sem Malcolm, já que é sempre ele quem ganha todos os jogos. Na escola militar, Francis organiza uma greve de fome por causas da proibição de assistir tevê.

Problemas de relacionamento(MTV, SEG, 23h30)No primeiro programa do

“Grampo MTV”, China fala

sobre relacionamentos. A produção mostra as “sex shops” de Pequim, o Feirão dos Soltei-ros e Cazé se infiltra entre centenas de pais desesperados que tentam negociar casamen-tos para os seus filhos em uma praça local.

Dupla dinâmica(GLOBO, SEG, 12h30)Nesta segunda, vai ao ar, no

“Programa do Jô”, uma entre-vista com Gal Costa e Caetano Veloso. Os dois conversaram sobre o início da carreira e deram uma canja do novo disco de Gal, “Recanto”, que tem canções compostas por Caetano. Além disso, Gal cantou alguns clássi-cos, como “Baby”.

Resoluções para o coração(SBT, TER, 20h15)Nesta terça, a consultora

de imagem Alana Rodrigues Alves ajuda os participantes do “Esquadrão do Amor” a criar pontes para relações difíceis. No final, os participantes farão

declarações de amor emocio-nantes.

De olho(TV BRASIL, QUA, 20h30)O “Ser Saudável”, que vai ao ar

quarta, fala sobre as principais causas de cegueira em pessoas acima de 50 anos: a catarata e o glaucoma. Este episódio sobre problemas de visão mostra a história de Sérgio Conti, 83 anos, e Ruth Staiger Conti, 85, que descobriram, ao mesmo tempo, que tinham catarata. O tratamento foi simples e o casal conta como foi fazer a cirurgia nos olhos.

Confusões em série(SBT, QUI, 23h)Nesta quinta, Carlos Alberto

de Nóbrega comanda a “A Praça É Nossa” e, em seu famoso banco, sentam divertidos humoristas, que já são conheci-dos do público há 20 anos. Neste programa, a dupla Batman e Robin, interpretada, respecti-vamente, por Tuca Laranjeira e

Alexandre Frota, visita a praça.

Homenagem(TV BRASIL, SEX, 17h30)O “Diverso” vai adentrar

no labiríntico mundo criado pela escritora Clarice Lispec-tor. O programa abordará de que forma Clarice conquistou, aos poucos, o status de ser a mais importante escritora de língua portuguesa no século XX. E também mostrará de que forma seus livros hoje são bastante conhecidos no Brasil e no exterior por tratar de temas do universo feminino.

Convidada(TV BRASIL, SAB, 18h30)O “Aglomerado” traz a

elegância de uma das canto-ras mais respeitadas do Brasil: Adriana Calcanhoto. No bate--papo com os apresentadores MV Bill e Nega Gizza, Adriana fala sobre a carreira, a vida e canta suas músicas junto com o coro do Viaduto de Madureira, no Rio de Janeiro.

Manu Moreira

MapadaMina

O que vempor aí

O relacionamento entre Cristal (Thaís Melchior) e Gabriel (Caio Paduan) vai esfriar ainda mais nesta semana, em “Malhação”. O caso de amor entre eles não ia bem, mas agora vai piorar de vez. Tudo porque Gabriel não gosta nada do jeito mandão da namorada. Já ela, por sua vez, não concorda com as atitudes ciumentas do rapaz em relação a Tomás (Thiago de Los Reyes). Brigas bobas que, por tão pequenas, podem ajudar a deterio-rar o romance entre eles. O clima entre o casal fica tão “pesado”, que até os amigos começam a perceber um certo distanciamento entre os “pombi-nhos”. Beatriz (Regina Sampaio), avó de Gabriel, pergunta ao neto se ele está com ciúmes de Cristal. Ziggy (Felipe Hauit) e Babi (Marcella Rica), amigos inseparáveis da dupla, dizem a Cristal que Gabriel está chateado por ela ser muito centralizadora. A verdade é que os dois namorados precisam sentar para conversar e aparar as arestas desse problema. Caso contrá-rio, o que era para ser uma briga banal vai acabar no rompimento do belo namoro. (GABRIEL SOBREIRA/POPTEVÊ)

# Moisés leva Timtim e Tamtam para ensaiar na casa de Dieguinho e Jefferson.

# Ademir anota as sugestões que Igor, Verinha e Michele dão para melhorar a lanchonete.

MALHAÇÃOAmor em crise

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Christian Monassa pratica slackline para relaxar com a família e amigos

NICOLE SANCHOTENEPopTevê

A busca pelo equilíbrio é constante na vida de algumas pessoas. Para

Christian Monassa, que inter-preta Max em “Fina Estampa”, o melhor para encontrá-lo é dar um passo de cada vez. É isso que ele pode constatar ao fazer “slackline” – prática de andar e fazer manobras sobre uma corda bamba fina presa em dois pontos fixos. Para se manter sobre a fita, é preciso estar preparado e se concen-trar a cada movimento. “Tem de contrair o corpo inteiro e se desligar de tudo. Para se equili-brar, qualquer coisa vale”, cons-tata ele, que também surfa e anda de “skate”. O esporte, que virou uma “febre” nas praias do Rio de Janeiro, ajudou o ator também nas lutas – como judô e jiu-jítsu –, presentes em sua vida desde os seis anos idade. “O ‘slackline’ me deu equilíbrio em tudo. Dá um ótimo domí-nio de corpo”, confessa.

Apesar de praticar todos os finais de semana, o esporte está na vida de Christian há cerca de nove meses apenas. “Via as pessoas amarrando a fita nos coqueiros e um dia perguntei para um amigo meu como era. Ele me disse onde comprava o equipamento e, daí em diante, não parei mais”, explica ele, que aproveita a oportunidade para

ficar com a família e os amigos. “Faço sempre com meus amigos. Quando aprendi, ensi-nei a todos lá em casa também”, conta. O “slackline” também pode ser experimentado em novas paisagens. “Já fiz em lugares incríveis. Na Bahia, onde tem aqueles coquei-ros tortos, é bem legal. Vou também para Ipanema, para o Aterro do Flamengo e no alto de uma montanha em Petrópo-lis”, descreve ele, que destaca o Arpoador como um local para praticar de uma maneira bem diferente. “Lá, prendemos a fita em duas pedras e, em um trecho, dá para andar só sobre a água. É demais, mas tem de ter cuidado”, admite.

Como todo esporte, há momentos em que é preciso se superar. Para isso, elevar o nível de dificuldade é essen-cial. Com o “slackline” não é diferente. “Para mim, quanto mais alto, pior. Por mais que a técnica seja a mesma”, confessa o ator, que alerta sobre o perigo de fazer manobras mais ousa-das com a fita em uma altura mais elevada. “Não acho legal,

porque a pessoa é jogada para o lado se cair errado quando voltar do salto. Além de ser do alto, ainda cai de mau jeito”, opina. Christian diz isso por experiência própria. Isso porque, em uma tentativa de saltar, o ator se machucou. “Caí de costas e enxerguei tudo preto. Para voltar a prati-car, demorei quase um mês”, lembra.

Assim como os esportes, a interpretação está presente na vida de Christian desde a infân-cia. Hoje, aos 16 anos, ele inter-preta Max, em “Fina Estampa”, sua estreia na tevê. “Entrei na novela porque minha empre-sária me indicou para fazer um teste. E desde o início me iden-tifico muito com o papel”, conta ele, que não esconde a vaidade semelhante à do personagem. “Ele é muito ligado ao corpo. A diferença é que a preocupa-ção do Max passa a ser uma paranoia e ele começa a achar que, para conquistar as meni-nas, é preciso fazer qualquer coisa”, constata Christian, que estudou teatro no Tablado e na Casa da Gávea.

Na corda bambaMomentodeLazer

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Carlos Vieira aprende a cozinhar por conta de seu personagem em “Fina Estampa”

MANU MOREIRAPopTevê

Um personagem é capaz de fazer um ator tomar gosto por coisas que

nunca havia imaginado. No caso de Carlos Vieira, inter-pretar o “sous chef” Fred de “Fina Estampa”, da Globo, foi o incentivo para ele começar a cozinhar. “Antes eu fazia um ovo mexido maravilhoso e só. Mas também, era o melhor”, gaba-se, aos risos. Viver o braço direito de Renê, de Dalton Vigh, fez o ator comprar um fogão novo para colocar em prática o que aprendeu durante o laboratório. “Agora estou todo equipado para cozinhar. Me deu até vontade de fazer um chá de panela só para ganhar coisas de cozinha”, garante ele, que fez aulas na escola Estilo Gourmet, que fica no Grajaú, bairro da Zona Norte do Rio

de Janeiro. “Todos que partici-pam do núcleo do restaurante fazem aulas lá. A ideia é que a gente ponha a mão na massa e não pareça que estamos fingindo cozinhar”, explica.

Mais íntimo da cozinha, hoje Carlos não arrisca só com os ovos. O ator elege o risoto como um de seus pratos predi-letos, tanto para comer quanto para cozinhar. “É simples e fácil de fazer para visitas ou na casa de amigos. É um prato que impressiona e sempre agrada”, sintetiza. O de sua preferên-

cia é o que leva abobrinha e bacon. “Mas é possível fazer com quase tudo. É só ver o que tem na geladeira e criar”, enco-raja, enquanto corta os ingre-dientes com habilidade para a receita. Além disso, espeta cravos na cebola inteira o que, segundo o ator, garante um sabor especial ao risoto. “Colo-camos ela inteira, toda cheia de cravos, no caldo, apenas para dar gosto”, explica. Com a cebola, o alho, o bacon e a abobrinha já picados, Carlos inicia o preparo do caldo. Primeiro ferve aproximada-mente seis xícaras de água e, com ela já quente, dissolve dois caldos de legume. Além disso, acrescenta a cebola com cravos ao caldo e deixa descansar. Enquanto isso, refoga a cebola picada e o alho no azeite e acrescenta o arroz arbóreo e a manteiga. “O segredo do risoto também é o arroz. Precisa ser de qualidade. Normalmente, os de caixinha são os melhores”, especifica. Depois, acrescenta-se o vinho branco e parte do caldo de legume. Depois de baixar o

fogo, deixa a panela destam-pada até o risoto ficar prati-camente seco. Quando isso acontece, acrescenta mais uma parte do caldo. “Tem de mexer bem para não grudar no fundo da panela”, ensina. Pela segunda vez, o ator deixa secar e acrescenta o que restou do caldo. Depois, coloca a abobrinha, o bacon cortado em cubos e os temperos. No fim, o queijo ralado. “Só deixar secar mais um pouco e está prontíssimo”, finaliza.

Enquanto saboreia o prato, Carlos lembra que esta foi a primeira receita que apren-deu para interpretar o “sous chef” de “Fina Estampa”. “É mais rebuscado que uma simples massa e tem de ter um pouco mais de segurança para fazer”, explica ele, que se inspirou no famoso “chef “ inglês Jamie Oliver para o papel. “Antes também já inter-pretei um garçom em ‘Senhora do Destino’. Com o Aguinaldo (Silva) eu estou sempre circu-lando pela cozinha”, brinca provocando o autor do folhe-tim.

6 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGOwww.ojornalweb.com l [email protected]

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Íntimo da cozinha

ReceitadeSucessoIngredientes3 xícaras de arroz arbóreo1 colher de sopa de manteiga2 abobrinhas200 gramas de bacon em cubos1/2 cebola3 dentes de alho1 taça de vinho branco seco300 gramas de queijo parmesão2 cubos de caldo de legumesPimenta do reino, sal e salsinha a gosto

Modo de fazerInicialmente, prepare o caldo: em uma panela, coloque seis xíca-ras de água fervente e dissolva os cubos de caldo de legumes. Reserve, mantendo aquecido. Refogue a cebola picada na manteiga. Quando estiver quase transparente, acrescente o arroz arbóreo e refogue, para que os grãos possam absorver toda a gordura. Acrescente o vinho branco e refogue mais um pouco. Despeje, então, 1/3 do caldo reservado, abaixe o fogo e deixe cozinhar em panela sem tampa. Quando estiver quase seco, acres-centar a metade do caldo restante. Mexa algumas vezes, para não pegar no fundo da panela. Quando estiver quase seco novamente, acrescente o restante do caldo e mexa um pouco mais. Acrescente o bacon e a abobrinha. Quando finalmente estiver quase seco novamente, retire a panela do fogo e acrescente o parmesão fresco. Mexa vigorosamente, tomando apenas o cuidado de não quebrar os grãos.

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Marcelo Serrado experimenta grande repercussão na pele do Crô de “Fina Estampa”

LUANA BORGESPopTevê

Al g u m a s v e z e s , u m personagem marcante só vem depois de muitos

anos de carreira. Desde a estreia de Marcelo Serrado na tevê, em 1987, quando viveu o Carlinhos de “Corpo Santo”, da extinta Manchete, o ator já interpretou vários papéis de destaque e até protagonistas. Entre eles, o Danilo de “Quatro Por Quatro”, o César de “Por Amor” – ambas da Globo –, o Daniel de “Prova de Amor” e o Bruno de “Poder Paralelo” – as duas últimas da Record –, entre outros. Mas foi na pele do Crô, de “Fina Estampa”, que sentiu a mais intensa resposta do público. Logo nas duas primeiras semanas de novela, deu para perce-ber a popularidade do papel. Em uma viagem a trabalho, Marcelo levou um susto com a quantidade de pessoas que o abordou no aeroporto. “Era tanta gente em cima, crian-ças, senhores, jovens... Fiquei impressionado. É a primeira vez que isso acontece dessa forma comigo”, surpreende--se. “É um personagem único. Quando isso aparece na carreira de um ator, é preciso

se jogar”, completa, animado.Entrega, aliás, é parte inte-

grante desse trabalho. Prin-cipalmente no início, com o processo de composição. Ao lado do preparador de elenco Sérgio Penna, Marcelo foi a várias boates gays para obser-var alguns trejeitos, andares, cortes de cabelo e manei-ras de se vestir. Durante a pesquisa “in loco”, Marcelo quase passou desperce-bido. “As pessoas me reco-nheciam pouco. Eu estava sempre de boné e acompa-nhado do Sérgio. Uma vez, em São Paulo, um cara me parou e disse: ‘Nossa, Marcelo Serrado, você por aqui? Não precisa explicar nada. Eu já era seu fã, agora sou mais ainda!’”, recorda, aos risos. Além disso, Marcelo assistiu ao documen-tário “Santiago”, que conta a história de um homem que trabalhou como mordomo da família Moreira Salles, e aos filmes “Milk – A Voz da Igualdade” e “Fiel Camareiro”. Tudo para entender melhor o universo gay e também a vida dos mordomos. Afinal, na novela, Crô é um homossexual que trabalha como uma espé-cie de secretário “faz-tudo” de Tereza Cristina, de Christiane Torloni, a qual trata como rainha. “São três inspirações que foram referência”, conta.

A caracterização também é fundamental para Marcelo. Ela ajuda o ator a incorpo-rar ainda mais o papel. “Eu ponho a roupa e o persona-gem já vem. Fico dando pinta

nos corredores do Projac”, confessa, referindo-se ao complexo de estúdios da Globo, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O cabelo, penteado para cima, foi inspirado em um amigo músico de Marcelo. E como os homossexuais, de uma maneira geral, são pessoas vaidosas, o ator passou a se cuidar mais por causa do personagem. Além de correr, lutar boxe, fazer alongamento e aulas de dança para soltar o quadril, Marcelo recorre à cosmética. “Passo creme reju-venescedor no rosto e faço a barba com produtos espe-ciais”, destaca.

O convite para “Fina Estampa” surgiu quando Marcelo ainda estava na Record. Aguinaldo Silva havia visto seu trabalho na emissora e o chamou para interpretar o Crô. “Ele queria um ator heterossexual para fazer esse personagem”, esclarece. “Foi uma aposta dele, um risco”, avalia. Marcelo, então, espe-rou seu contrato acabar para mudar de casa, apesar de ter sido chamado para protago-nizar uma série policial que já está sendo produzida pela Record. “Mas eu estava lá há cinco anos e queria fazer outras coisas. A Globo sina-lizou essa volta e não tinha como dizer não”, ressalta. “Fui muito feliz na Record. Fiz trabalhos que possibilitaram uma redescoberta do meu trabalho pelo público”, acres-centa.

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Na boca do povoEmFoco

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InspiraçãoPara interpretar a “patrici-

nha” Ellen em “Fina Estampa”, Josie Pessoa procurou refe-r ê n c i a s d i v e r s i f i c a d a s . Vivendo uma das melhores amigas de Patrícia, de Adriana Birolli, a atriz diz que se inspi-rou em algumas meninas que conhece. “Assisti também ao seriado ‘Gossip Girl’, pois esse grupo de amigas é bem naquele estilo. São muito ricas. A Ellen é uma ‘patrici-nha’ sofisticada”, explica.

VIPNa última segunda, a

famosa reunião para comer pizza na casa de Faustão contou com a presença de cele-bridades. O apresentador rece-beu em sua casa no Morumbi, em São Paulo, Ronaldo Fenô-meno e sua mulher, Bia Antony, Wanessa, Carlos Lombar, Tom Cavalcante e Hebe Camargo, entre outros.

MarcaDeborah Secco passa por

um bom momento em sua carreira. Depois de conquis-tar o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Prêmio Extra 2011, por sua atuação em “Insensato Coração”, a atriz ganha um perfume com o seu nome. A marca Água de Cheiro lançou a fragrância neste fim de semana.

Sem previsãoNo ar em “A Vida da Gente”,

Fe r n a n d a Va s c o n c e l l o s namora o ator Henri Castelli há 3 anos. Apesar do tempo, eles ainda não pensam em casa-mento. “Acho que pode rolar um dia. Mas falta um tempo. Espero que seja com ele”, assume a atriz.

NúpciasCauã Reymond e Grazi

Massafera não tiram o sorriso do rosto. Já casados no civil,

os dois esperam subir no altar. Por enquanto, começam a planejar a lua de mel. Um dos lugares cotados para receber os “pombinhos” é Fernando de Noronha.

Para relaxarA atriz Nívea Stelmann tirou

uns dias de folga para viajar. Ela foi com o namorado, Sanzio Gontijo, para Nova Iorque. O casal deve passar o Natal pela “Big Apple”. Já o pequeno Miguel, filho de Nívea, passa o período com o pai, o apresen-tador Mário Frias.

PrestígioNa última terça, Mateus

S o l a n o c o m p a r e c e u a o lançamento do livro “A Bossa do Lobo”, a biografia de Ronaldo Bôscoli. O evento aconteceu em Ipanema, Zona Sul do Rio, e teve a presença de Erasmo Carlos e outros famosos.

Pura amizadeEm “Fina Estampa”, o clima

nos bastidores é de descontra-ção. Mesmo no núcleo da casa de Griselda, interpretada por Lília Cabral. Apesar de Sophie Charlotte já ter namorado Caio Castro e hoje estar com Malvino Salvador, o trio, que interpreta irmãos na trama, não demonstra nenhum tipo de constrangimento. “Passa-mos texto, rimos, trabalha-mos. Tudo normal”, garante Sophie.

GlamourNo último sábado, os apre-

sentadores Álvaro Garnero e Cristiana Arcangeli fizeram uma festa em sua casa, no Jardim Europa, em São Paulo. O motivo foi o lançamento do novo champanhe da Moët & Chandon, Moët Ice Impérial. A festa contou com 400 garrafas da bebida e foi decarada com orquídeas.

8 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGOwww.ojornalweb.com l [email protected]

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O que vempor aí

Perder alguém que se ama é difícil. Mas perder para um outro relacionamento é complicado. Ainda mais quando a “rival” é a própria irmã. Essa é a situação de Ana (Fernanda Vasconcellos) em “A Vida da Gente”. A ex-tenista acaba de acordar de um coma e encontrou a sua vida virada de cabeça para baixo. Mas, se recupe-rando, tenta aceitar a nova realidade. Nesta semana, ela receberá alta do hospital dada por Lúcio (Thiago Lacerda), o médico que cuidou dela durante o tempo em que ficou desacordada e, consequentemente, sente que essa relação é mais do que profissional. A primeira a reparar é Eva (Ana Beatriz Nogueira), mãe de Ana. No hospital, ela observa os olhares de Lúcio e já percebe que ele está apaixonado. E a moça, ao sair de lá, encontra a vida tão caótica, que começa a embarcar em uma amizade mais estreita com o médico. Primeiro, ele a convida para ir até a ONG que organiza. Ela vai e fica encantada ao ver como Lúcio lida com as crian-ças. Depois, vai embora com ele, que comenta o quanto está satisfeito com a possibilidade de se conhecerem melhor. Será que Ana finalmente vai superar o amor adolescente? (MANU MOREIRA/POPTEVÊ)

# Olívia fica incomodada com o sucesso de Sofia.

# Cris induz Tiago a ligar para Lorena.

A VIDA DA GENTENova paixão

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A Semana das NovelasOs resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.

MalhaçãoGlobo – 17h50

Segunda (5/12) - Laura e Alexia saem da lanchonete sem perceber a presença de Gabriel. As duas chegam à casa de Cristal e Babi. Cristal convida Alexia para ser a primeira entrevistada do programa de rádio “Tudo Conectado” e Babi e Ziggy discordam. Gabriel convence Beatriz a morar perto de sua casa. Ziggy critica Cristal por não ter pedido sua opinião antes de convidar Alexia para ser entrevistada no programa.

Terça (6/12) - Cristal se desculpa com os amigos pela impulsividade. Alexia critica o texto de Débora para sua personagem na internet. Alexia fala para Débora sobre o projeto de Cristal, Gabriel e Ziggy. Gabriel convida Alexia para participar da reunião de roteiro para rádio que fará com Ziggy e Cristal. Gabriel e Beatriz não conseguem encontrar um apartamento que gostem. Betão leva flores para Babi.

Quarta (7/12) - Babi pede desculpas a Betão e eles se beijam. Michele vai com Ruy à Comunidade dos Anjos. Verinha recebe uma mensagem pedindo que vá à escola falar com a diretora e Igor se assusta. Dieguinho encontra Michele e fica interessado por ela. Débora faz Filipe parar de estudar para ajudá-la com seu vídeo. Cristal comenta com Ziggy e Babi que Gabriel está com ciúmes de Tomás. Beatriz pergunta ao neto se ele está com ciúmes de Cristal.

Quinta (8/12) - Beatr iz aconselha o neto a conversar com a namorada. Ziggy e Babi dizem a Cristal que Gabriel está chateado por ela ser muito centralizadora. Diegui-nho decide levar Michele em casa e pede a moto de Fôjo emprestada. Gabriel e Beatriz gostam do último apartamento que visitam. O carro de Laura dá defeito e Alexia avisa a Cristal e Babi que vai se atrasar para a reunião. Carcará comenta sobre a fraude no concurso e Dieguinho, Fôjo e Jefferson ouvem.

Sexta (9/12) - Alexia desmarca a reunião e Gabriel e Ziggy ficam chateados por não vê-la. Moisés refaz a votação e Tamtam e Timtim são escolhidas pela comunidade como as vencedoras do concurso. Débora não consegue escrever o texto para seu vídeo e pede ajuda a Michele. Babi conta para Cristal que ganhou flores de Betão. Babi comenta com Cristal que não gostou do comentário de Ziggy sobre Betão e Débora. Alexia e Gabriel se veem no posto de gasolina.

A Vida da GenteGlobo – 18h15

Segunda (5/12) - Olívia fica inco-modada com o sucesso de Sofia. Júlia fica aliviada quando Rodrigo afirma que ele e Manuela sempre cuidarão dela. Renato chama Alice para andar de bicicleta. Ana se emociona depois de conversar com seu médico e decide ler o blog que Manuela criou em sua homenagem. Lúcio avisa a Ana que ela está prestes a ser libe-rada do hospital. Alice discute com Cícero por causa de Renato. A pedido de Ana, Manuela vai ao hospital.

Terça (6/12) - Ana e Manuela se

abraçam. Rodrigo pensa em Ana e não consegue dormir. Eva observa o interesse entre Lúcio e Ana. Manuela convida Ana para conhecer o Bufê. Cris sofre ao ver Tiago abraçar Lorena. Ana pede para Manuela ajudá-la a se reaproximar de Júlia. Iná se surpreende ao saber que Wilson acredita que ela é sua admiradora. Júlia se surpreende ao ver suas duas mães na porta da escola.

Quarta (7/12) - Júlia chama Ana para conhecer sua casa. Eva não gosta que Ana vá jantar na casa da irmã. Manuela pede para Iná comparecer ao jantar que fará em sua casa. Cícero afirma que não estará presente no jantar que Suzana e Alice marcaram com Renato. Vivi sugere que Cris aumente o salário de Lorena para que ela volte a trabalhar para ela. Ana conversa com Rodrigo para tentar descobrir um pouco mais sobre a filha. Júlia faz um desenho para Ana.

Quinta (8/12) - Júlia entrega o desenho para Ana, que se emociona. Alice fala com orgulho sobre as fotos de Renato e Suzana se impressiona. Júlia pede para Ana deitar em sua cama. Ana pensa em Rodrigo. Lúcio convida Ana para visitar sua ONG. Laudelino revela para Wilson que foi Iná quem escreveu a carta de sua admi-radora secreta, pois ela tem a letra muito ruim e pediu este favor a Iná. Alice incentiva Ana a ir com Lúcio até a ONG. Ana fica encantada com o jeito como Lúcio trata as crianças na ONG.

Sexta (9/12) - Lúcio pede para dar uma carona para Ana e diz que está feliz em poder conhecê-la melhor. Júlia pede que Ana vá buscá-la no colégio. Lúcio confessa a Celina que está encantado por alguém especial. Eva conta para Ana que falou com seus antigos patrocinado-res e ela fica furiosa. Iná resolve mandar nova carta anônima para Aurélia e Wilson. Ana assiste à aula de psicologia. Rodrigo encontra Ana na faculdade e oferece uma carona para ela.

Sábado (10/12) - Ana e Rodrigo tentam disfarçar o desconforto. Wilson pede para Laudelino contar quem é sua admiradora. Ana deixa Eva falando sozi-nha durante o jantar. Rodrigo conta para Manuela que deu uma carona para Ana. Vitória repreende Miguel e Sofia por descansarem no meio do treino. Ana confessa a Alice que se sente incomodada com a presença de Rodrigo. Manuela pede para Ana tomar conta de Júlia enquanto vai ao bufê. Rodrigo chega em casa e encontra Ana brincando com Júlia.

Aquele BeijoGlobo – 19h15

Segunda (5/12) - Lucena vê Vicente e Claudia entrando no prédio de Camila. Alberto procura Sarita e os dois são fotografados juntos. Rubinho e Lucena chegam à casa de Camila e encontram Claudia e Vicente. Lucena revela a Rubinho que Vicente e Claudia se beijaram em Cartagena. Maruschka diz a Mirta que pretende visitar Iara para saber detalhes sobre o possível retorno de seu misterioso filho.

Terça (6/12) - Ricardo tem a certeza de que Camila abandonou sua casa. Ele chega à casa de Brigitte e é recebido por Camila. Vicente discute com Lucena e cogita cancelar o casamento. Uma cliente do restaurante reclama que sua carteira foi roubada e Brites acusa Violante. Orlandinho leva Belezinha para casa e eles se beijam. Rubinho cobra explicações de Claudia sobre o beijo em Vicente, quando Maruschka avisa ao filho que Grace Kelly quer falar com eles.

Quarta (7/12) - Grace Kelly conta para Maruschka, Rubinho e Alberto que Sarita está investigando a Comprare. Agenor vê Orlandinho saindo do quarto de Belezinha. Claudia admite para a mãe que sente algo por Vicente. Sarita confirma para Alberto que faz parte da comissão de investigação da Comprare. Maruschka vê as fotos do beijo de Alberto e Sarita e planeja usá-las a seu favor. Lucena comenta com Amália que Vicente pode estar gostando de Claudia. Vicente diz a Sarita que ela pode ser presa.

Quinta (8/12) - Sarita confessa para Vicente que está apaixonada por Alberto. Claudia questiona Rubinho sobre a investigação da Comprare e discute com Maruschka. Sarita avisa a Vera que não pode continuar na Comissão de Inqué-rito. Iara pressente que o diário de sua mãe caiu em mãos erradas e se deses-pera. Sarita revela para Vera que tem um romance com Alberto e que deixou vazar a investigação da Comprare. Lucena visita Vicente no escritório quando Claudia surge. Olga lê o diário da mãe de Iara.

Sexta (9/12) - Claudia sugere uma trégua a Lucena. Olga planeja queimar o diário de Leda. Iara acha que perdeu os seus dons e se desespera. Olga pede a ajuda de Deusa para afastar Otília do Lar. Joselito discute com Iara e ela o expulsa de casa. Damiana mostra para Felizardo as fotos que tirou dele com Juliana e promete acobertar o irmão. Camila visita Flavinho e Ricardo propõe que eles se separem legalmente. Rubinho pede um beijo a Lucena para se vingar de Vicente e Claudia.

Sábado (10/12) - Lucena afirma a Rubinho que o beijo que trocaram não teve importância. Iara pede para Joselito voltar para casa. Camila aceita a proposta da separação legal de Ricardo. Alberto diz a Sarita que se divorciará de Maruschka. Vicente decide ficar com Lucena. Marus-chka garante que Rubinho se cansará de Cláudia. Sarita pede para ficar com Alberto. Belezinha conversa com a Íntima sobre relacionamento.

RebeldeRecord – 20h30

Segunda (5/12) - Leonardo vai ao Elite Way conversar com os alunos sobre a importância do voto. Os Rebeldes traçam um plano para fugir do colégio e comprar novos instrumentos. Os alunos que assistem à palestra de Leonardo não ficam muito animados. Márcia faz algumas perguntas sobre família que deixam o polí-tico constrangido. Após o fim da palestra, Leonardo lamenta o fracasso. Carla e Tomás se beijam. Vicente surpreende o casal. Diego se irrita ao saber o que Márcia fez com Leonardo. Ele discute com a irmã. Marcelo chega, atraído pelos gritos.

Terça (6/12) - Jonas leva Márcia e Diego para sua sala. Leonardo fica orgu-lhoso porque Diego o protegeu durante a discussão com Márcia. Os colegas de turma de Márcia a rejeitam. Quando fica sozinha com Franco, Beth diz que rece-beu uma ligação de Jorge. Ela afirma que Pedro não pode saber de nada. Os rebeldes almoçam escondidos. Os casais aproveitam para namorar. Márcia vai até o quarto das rebeldes em busca de compa-nhia. Roberta a rejeita, enquanto Márcia pede que Alice a defenda. Binho foge da sessão de terapia. Raquel o encontra conversando com Pilar.

Quarta (7/12) - Roberta e Alice

criticam a nova personalidade de Márcia, que se defende alegando que cansou de ser boazinha. Cilene e Artur discutem sobre o formato do bolo do casamento. Téo topa participar de um plano bolado pelas rebeldes para fazer Márcia voltar a ser como antes. Pingo aconselha Genaro a se declarar para Teresa sem ninguém por perto. Pilar tenta conversar com Binho sobre as atitudes dele, mas ele sai do sério. Pedro fala para os outros rebeldes que eles precisam ajudar Binho e ressalta que, para isso, Roberta é muito importante.

Quinta (8/12) - Pedro e Tomás dão uma bicicleta de presente para Pingo. Beto convida Vitória para viajar com ele no fim de semana. João vê os dois juntos e fica com ciúmes. Sosso fica interessada em João. Roberta conta do passado de Binho para Carla e Alice. Téo perde a paciência com Márcia e deixa claro para ela que não vai mais ouvir desaforo. Becky fica espan-tada ao ver uma caixinha com um anel dentro. Roberta aconselha o ex-namorado a falar para os pais que os ama e que quer atenção. Emocionado, Binho fica sem saber o que fazer.

Sexta (9/12) - Téo finalmente consegue ter uma conversa séria com Márcia, que fica mexida. Márcia revela para Alice que voltou a ser como antes. Carla e Alice mudam o visual de Márcia, que adora. Márcia desfila com novo visual e surpreende os alunos. Téo fica encantado e deixa Duda com ciúmes. Eva incentiva Dani a participar do concurso de culinária na Vila Lene. Teresa tenta se desculpar com Pingo, que pede a confiança da amiga. Débora manda Marcelo ir embora, mas Ofélia vê o casal. Becky mostra o anel para Vicente, que fica surpreso. Pilar encontra com Binho, que diz estar indo embora.

Fina Estampa Globo – 21h

Segunda (5/12) - Renê se deses-pera para saber notícias de Tereza Cristina. Paulo e Vanessa acordam juntos em Itai-pava. Tereza Cristina acorda na casa de Pereirinha e Teodora empresta um vestido para a socialite ir embora. Zuleika tenta reaproximar Rafael de Amália, mas acaba levando um fora. Antenor vê Patrícia chegar à faculdade com Alexandre. Tereza Cristina pede para Álvaro, Zambeze, Íris e Alice confirmarem para Renê que ela passou a noite na pousada. Teodora convence Quinzé a sair com ela e Quinzinho. Renê liga para Griselda.

Terça (6/12) - Renê convida Griselda para jantar. Wallace conta para Quinzé que Teodora lhe pediu dinheiro para pagar um advogado. Íris ouve Griselda falar que possui uma mala de dinheiro guardada em seu armário. Pereirinha conta para Álvaro que dormiu com Tereza Cristina. Griselda pensa em Renê. Paulo espera por Vanessa na porta do “Le Velmont”. Ferdi-nand tira satisfações com Tereza Cristina por ter dormido com Pereirinha.

Quarta (7/12) - Renê chega em casa e flagra Renê Junior na internet. Tereza Cristina impede que Crô chame a polícia para prender Ferdinand. Vanessa sugere que Paulo a leve para a “Fio Carioca”. Renê procura Tereza Cristina pela casa e se surpreende ao encontrá--la na sauna com Crô. Esther vê Paulo e Vanessa dormindo juntos na “Fio Carioca”. Antenor reage com despeito ao ver Patrícia e Alexandre se tratando com intimidade. Quinzé conversa com Teodora. Griselda se surpreende ao ver Renê em sua casa.

Quinta (8/12) - Renê reclama de Tereza Cristina para Griselda. Crô observa sua patroa sem ser visto. Íris fotografa Renê e Griselda se beijando. Quinzé tenta expul-sar Teodora da antiga casa de sua mãe. Íris e Alice vasculham a mansão, assim que Griselda sai. Griselda flagra Íris tentando abrir sua mala de dinheiro. Tereza Cristina se lembra da noite que teve com Pereiri-nha. Teodora diz ao ex-sogro que quer sua parte no tesouro que ele encontrar na casa. Tereza Cristina procura Pereirinha e Griselda flagra os dois juntos em seu antigo quarto.

Sexta (9/12) - Tereza Cristina se apavora com a possibilidade de Griselda contar para Renê sobre seu caso com Pereirinha. Griselda ameaça contar para Renê que ele foi traído, se Tereza Cristina não for à sua festa. Íris decide usar a foto que tirou de Renê com Griselda para chan-tageá-lo. Baltazar avisa que assinou um contrato para a gravação de um CD, mas Solange desconfia do pai. Tereza Cristina conta para Crô seu plano para atrapalhar a festa de Griselda. Renê expulsa Íris e Alice do “Le Velmont”.

Sábado (10/12) - Crô acredita que não conseguirá levar o plano de Tereza Cristina até o final. Griselda fala para Quinzé e Amália que Gigante será o seu contador. Íris afirma a Alice que contará para Tereza Cristina sobre Renê e Griselda. Celeste desconfia de que Baltazar esteja querendo roubar Solange. Paulo propõe comprar a parte de Esther na “Fio Carioca”. Tereza Cristina é amorosa com Renê, mas ele desconfia. Íris mostra a foto de Renê e Griselda se beijando para Tereza Cristina.

Amor e RevoluçãoSBT – 22h15

Segunda (5/12) - Delegado Aranha encontra o esconderijo de Batis-telli e Telmo, e começa a procurá-los. Na hora do casamento, José diz não a Miriam. Ele explica a ela que só ia se casar por achar que o filho era dele, e agora que não sabe mais se é o pai, não vai mais se casar. Ele corre e foge com Maria. Depois de ser abandonada por José, Miriam entra em trabalho de parto na sacristia da igreja. Muito nervoso, Lobo Guerra começa a passar mal. Aranha e Fritz trocam tiros com Telmo e Batistelli. Nasce o filho de Miriam.

Terça (6/12) - Thiago delira no

hospital e é submetido a eletrochoque. Maria e José pedem abrigo no sítio e se encontram com Miguel e Olívia. Jandira se veste de enfermeira e tenta fugir do hospital para procurar seu filho, mas Filinto a encontra e a rende. Marcela termina tudo com Marina. Maria e José trocam juras de amor e José diz a ela que vai desertar do exército para se juntar a ela na causa revolucionária. Filinto pede Miriam em casamento. Aranha culpa Fritz pela fuga de Batistelli e Telmo.

Quarta (7/12) - Feliciana propõe a Telmo e Batistelli que eles ataquem a mansão dos Guerra, roubem o cofre onde a família guarda suas jóias e dinheiro e matem Lobo Guerra. Filinto diz a Ana que vai se casar com Miriam e ela avisa que o casamento não vai dar certo. José conversa com Batistelli e propõe a ele que o grupo ataque um comboio com um carregamento de armas do exército e roube as armas. José pressiona Maria para que ela conte sobre os planos secretos de Batistelli e diz a ela que desconfia de que o plano seja contra o general Lobo Guerra.

Quinta (8/12) - Enquanto se arruma para o casamento Miriam deixa o filho chorando no berço. Marcela vai ao jornal e pede a Mario que ele se passe por seu namorado, pois seus pais estão presionando-a. Marina acha a história divertida e ajuda a conven-cer Mario a participar da farsa. Maria entrega um exame a José e conta a ele que está grávida. Miriam e Filinto se casam. Batistelli, Feliciana, Nina e Helo-ísa invadem a mansão Guerra. Lobo Guerra entra armado e Feliciana faz Ana de refém para que ela leve o grupo até o cofre da família.

Sexta (9/12) - Aranha fica

sabendo da invasão na mansão Guerra e vai para lá. Ele ordena a Fritz que mate todos que estiverem dentro da casa. Filinto, Lobo e Miriam conseguem se esconder dentro do escritório e deixam Ana para trás como refém de Feliciana. Aranha e Fritz atacam a mansão, mas Batistelli e o grupo conseguem fugir. Lobo diz a Ana que os revolucionários levaram tudo e a família não tem mais nada.

10 O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGOwww.ojornalweb.com l [email protected]

TV O Jornal

FilmesdaSemana TV

Domingo, 04/12

Alvin e os Esquilos(Globo, 13h50)Alvin and the Chipmunks, de Tim Hill. Com

Jason Lee, David Cross e Cameron Richardson. EUA, 2007, cor, 92 min. A emissora não informou classifi-cação etária.

Comédia – Depois que seu pinheiro é trans-formado em árvore de natal, três esquilos falantes vão para a casa de Dave, um compositor sem sorte. Para poderem ficar, mostram que são bons canto-res. Junto com Dave, eles criam uma canção que os transforma em um grande sucesso. Só que o estrelato sobe à cabeça deles, gerando problemas no relacio-namento com o humano.

A Vida é Bela(Band, 21h15) La Vita é Bela, de Robert Benigni. Com Roberto

Benigni, Nicoletta Braschi e Giogio Cantarini. Itália, 1997, cor, 113 min. Classificação Etária: Livre.

Drama – Na Itália dos anos 40, Guido é levado para um campo de concentração nazista e tem de usar sua imaginação para fazer seu pequeno filho acreditar que estão participando de uma grande brincadeira com o intuito de protegê-lo do terror e da violência que os cercam.

Frida: Natureza Viva(TV Brasil, 23h) Frida: Naturaleza Viva, de Paul Leduc. Com

Ofelia Medina, Juan José Gurrola e Max Kerlow. México, 1985, cor, 108 min. A emissora não informou classificação etária.

Drama – Já no leito de morte, a pintora Frida Kahlo relembra sua vida. Em sua mente, ela repassa situações importantes que vivenciou, como sua infância, a doença que teve, seu comprometimento político, sua agitada vida sentimental, a amizade que teve com Leon Trotsky e com o pintor David Alfaro Siqueiros e seu casamento com Diego Rivera.

O Sexto Dia(Globo, 23h10)The Sixth Day, de Roger Spottiswoode. Com

Arnold Schwarzenegger, Tony Goldwyn e Robert Duvall. EUA, 2000, cor, 123 min. A emissora não informou classificação etária.

Ficção científica – Em um futuro próximo, a clonagem de animais já é fato corriqueiro. Mas clonar seres humanos ainda é um ato ilegal em todo o planeta. Um dia ao chegar em casa, Adam Gibson encontra um clone em seu lugar. Separado de sua família e jogado em um mundo que não compre-ende, precisa salvar a si mesmo para descobrir quem esta por trás de tudo e recuperar sua família.

Sete Vidas(Globo, 1h 20)Seven Pounds, de Gabriele Muccino. Com Will

Smith, Rosario Dawson e Woody Harrelson. EUA, 2008, cor, 123 min. A emissora não informou classi-ficação etária.

Drama – Ben Thomas foge de uma culpa do passado, salvando vidas de completos estranhos. Seus planos mudam completamente quando ele conhece a frágil Emily, que pode lhe trazer sua reden-ção.

Satyricon(Band, 1h45) Fellini Satyricon, de Frederico Fellini. Com

Martin Potter, Hiram Keller e Max Born. Itália/França, 1969, preto e branco, 127 min. Classificação Etária: 16 anos.

Drama – Encolpio e seu amigo Asciito dispu-tam o afeto do jovem Gitone. Quando Encolpio é rejeitado, ele começa uma jornada na qual encontra todos os tipos de pessoas, eventos sexuais e aconte-cimentos inusitados.

Segunda, 05/12

Resgate de uma Vida(Globo, 16h)The Way Home, de Lance W Dreesen. Com

Dean Cain, Lori Beth Edgeman e Matthew Lintz. EUA, 2010, cor, 89 min. A emissora não informou classificação etária.

Drama – Um homem sempre dividido entre a família e o trabalho passa por um momento trágico em sua vida. Ao tomar conta de seu filho Joe, de dois anos de idade a pedido de sua esposa Christal, Randy se distrai e a criança desaparece. Atormen-tado pela culpa, Randy se junta a Christal e a cente-nas de outros membros da comunidade local em uma busca por seu filho desaparecido, mudando a vida de muitos dos envolvidos.

Um Hotel Bom Pra Cachorro(Globo, 22h25)Hotel For Dogs, de Thor Freudenthal. Com

Emma Roberts, Jake T Austin e Johnny Simmons. EUA/Alemanha, 2009, cor, 100 min. A emissora não informou classificação etária.

Comédia – Andi e seu irmão mais novo, Bruce, vivem em uma casa com uma política rígida de proi-bição a animais de estimação e estão sempre inven-tando formas de manter seu faminto cachorro em segredo. Quando eles encontram um hotel aban-donado, têm a ideia de transformar o hotel em um mágico paraíso canino - não apenas para o seu cão, mas para todos os vira-latas que encontram nas ruas.

Central do Brasil(Globo, 2h25)Central do Brasil, de Walter Salles. Com

Fernanda Montenegro, Vinícius de Oliveira e Marí-lia Pêra. Brasil, 1998, cor, 113 min. A emissora não informou classificação etária.

Drama – Dora é uma mulher que vive de escre-ver cartas para analfabetos na estação Central do Brasil. Certo dia, ela ajuda um menino chamado Josué, que acaba de perder a mãe, a procurar o pai no Nordeste. Dora se sensibiliza com o drama do garoto e decide ajudá-lo. Recordista de prêmios internacionais, entre eles, o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, o Urso de Ouro de Melhor Filme e o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim.

Terça, 06/12

As Bruxinhas Gêmeas 2 (Globo, 16h10)Twitches, de Stuart Gillard. Com Tamera Mowry,

Tia Mowry e Kristen Wilson. EUA, 2007, cor, 86 min. A emissora não informou classificação etária.

Comédia – Depois de salvar o mundo no primeiro filme, as bruxinhas gêmeas Alex e Camryn descobrem que o pai pode estar vivo no mundo das sombras. Elas precisam voltar ao reino mágico em que nasceram, que corre perigo. Só que a escuri-dão e a figura sinistra que nela se esconde ainda as perseguem, e farão de tudo para impedir que as duas salvem seu mundo encantado e princi-palmente seus pais, os verdadeiros soberanos, há muito tempo desaparecidos.

A Hora do Rush(SBT, 23h) Rush Hour, de Brett Ratner. Com Jackie Chan,

Chris Tucker e Elizabeth Pena. EUA, 1998, cor, 98 min. Classificação Etária: Livre.

Ação – A filha de um diplomata chinês é seques-trada e o detetive Lee, perito em artes marciais, vai para os EUA tentar salvar a garotinha. Para seguir de perto os passos do chinês, a polícia escala o maluco detetive James Carter, que acaba virando cicerone e babá de Lee.

Quarta, 07/12

A História de Waylon(Globo, 16h)Raising Waylon, de Sam Pillsbury. Com Thomas

Gibson, Poppy Montgomery e Jeremy Bergman. EUA, 2004, cor, 120 min. A emissora não informou classificação etária.

Comédia – Reg e Julia seguiram caminhos distin-tos depois do desastroso encontro que tiveram dez anos antes. Mas seus esforços para não se encontra-rem dão em nada quando têm de dividir a guarda de um menino de nove anos cujos pais morreram repentinamente.

Chumbo Grosso(Record, 23h)Hot Fuzz, de Edgar Wright. Com Simon Pegg,

Nick Frost e Bill Nighy. Reino Unido, 2007, cor, 121 min. Classificação Etária: 16 anos.

Ação – Nicolas Angel é o melhor policial de Londres. Mas seus colegas invejosos fazem com que ele seja rebai-xado para trabalhar na pequena cidade de Sandford, onde nada acontece. Quando estranhas mortes passam a acontecer na cidade, Nicholas terá de utilizar toda a sua habilidade policial para desvendar o caso.

Quinta, 08/12

Confusão Pra Cachorro(Globo, 16h)Diamond Dog Caper, de Mark Stouffer. Com

French Stewart, Luke Benward e Brittany Curran. EUA, 2008, cor, 88 min. A emissora não informou classificação etária.

Comédia – Um malvado ladrão de diamantes e seus dois comparsas atrapalhados escondem cinco milhões em diamantes na coleira de um cão sem dono, mas Owen, um garoto inteligente, apaixona-se pelo cachorro e descobre o segredo. Começa então uma terrível e divertida batalha entre o cão, seu novo dono e os ladrões mais procurados dos Estados Unidos.

Sexta, 09/12

O Presente de Natal Perfeito(Globo, 16h15)The Ultimate Christmas Present, de Greg

Beeman. Com Hallee Hirsh, Spencer Breslin e Hallie Todd. EUA/Canadá, 2000, cor, 85 min. A emissora não informou a classificação etária.

Comédia – Allie e sua amiga Sam descobrem um misterioso mecanismo capaz de fabricar neve. Quando decidem usá-lo, levando adiante um plano perfeito para encher a cidade de neve, as coisas começam a dar errado e as meninas se metem em uma grande enrascada.

A Obra de Arte(TV Brasil, 22h) A Obra de Arte, de Marcos Ribeiro. Elenco não

informado. Brasil, 2009, cor, 71 min. Classificação Etária: Livre.

Documentário – O filme reúne sete artistas plásticos brasileiros: Eduardo Sued, Carlos Vergara, Beatriz Milhazes, Cildo Meireles, Waltércio Caldas, Tunga e Ernesto Neto para explicar o que são obras de arte e como elas nascem e prosperam.

Gran Torino(SBT, 23h) Gran Torino, de Clint Eastwood. Com Clint

Eastwood, Bee Vang e Ahney Her. EUA, 2008, cor, 116 min. Classificação Etária: 14 anos.

Drama – O viúvo Walt, um inflexível e racista veterano da guerra da Coreia, de repente se vê diante de uma gangue forçando um jovem asiático, Thao, a roubar seu Gran Torino 1972. Ao salvar o jovem, Walt ganha fama de herói e, por uma tradição cultural, Thao trabalhará de graça para recompensá-lo.

TV ALAGOAS - SBTCanal 505h00 - Arnold05h30 - Aventura Selvagem - Reprise06h30 - Pesca Alternativa07h30 - Vrum08h00 - Igreja Mundial10h00 - Domingo Legal14h00 - Eliana18h00 - Roda A Roda Jequiti18h40 - Sorteio da Tele Sena18h45 - Programa Silvio Santos23h00 - De Frente com Gabi00h00 - O Mentalista / The Mentalist01h00 - Divisão Criminal / The Closer02h00 - V-Visitantes03h00 - Giro da Noticia05h29 - Encerramento da Programação

TV GAZETA - GLOBOCanal 704h40 - Santa Missa 05h40 - Sagrado05h50 - Gazeta Ruaral 06h20 - Pequenas Empresas07h00 - Globo Rural07h55 - Auto Esporte08h30 - Esporte Espetacular 11h25 - Aventuras do Didi12h00 - Os Caras de Pau12h50 - Temperatura Máxima. Filme: Alvin e os Esquilos (Exibição em HD)14h25 - Domingão do Faustão16h00 - Futebol 2011. Campeonato Brasileiro – Vasco x Flamengo18h00 - Domingão do Faustão19h45 - Fantástico22h10 - Domingo Maior. O Sexto Dia (Exibição em HD)00h20 - Sessão de Gala. Filme: Sete Vidas (Exibição em HD)02h25 - Corujão

TV PAJUÇARA - RECORDCanal 1100h15 - Iurd04h25 - Bíblia em Foco04h55 - Desenhos Bíblicos 05h45 - Iurd – Nosso Tempo 06h15 - Desenhos Bíblicos08h00 - Ponto de Luz09h00 - Pajuçara 360º09h30 - Informativo Cesmac10h00 - Alagoas da Sorte11h00 - Tudo É Possível15h00 - Programa do Gugu 19h00 - Domingo Espetacular22h00 - Repórter Record23h00 - Série: A Ex 00h00 - Ponto de Luz

TV EDUCATIVA - TVECanal 305h00 - Via Legal05h30 - Brasil Eleitor06h00 - Palavras de Vida07h00 - Santa Missa08h00 - Viola Minha Viola09h15 - Curta Criança09h30 - Janela Janelinha 10h00 - Escola Pra Cachorro 10h15 - Meu Amigãozão10h30 - A Turma do Pererê11h00 - ABZ do Ziraldo11h30 - Tromba Trem11h45 - Carrapatos e Catapultas12h00 - A Turma do Pererê12h30 - Catalendas12h45 - Cocoricó13h00 - Dango Balango13h30 - TV Piá14h00 - Stadium 15h00 - Amazônia com Bruce Parry16h00 - Ver TV17h00 - De Lá Pra Cá17h30 - Cara e Coroa18h00 - Papo de Mãe19h00 - Conexão Roberto D’Ávila20h00 - EsportVisão21h30 - Curta TV 22h00 - Cine Ibermédia 00h00 - Média Nacional00h30 - EsportVisão02h00 - De Lá Pra Cá02h30 - A Grande Música03h30 - Caminhos da Reportagem04h30 - Musicograma

TV MARNET - Canal 2508h30 - Sobre Rodas09h00 - Momento Vip09h30 - Igreja El-Shaddai10h30 - Informe Cesmac11h00 - Info Ação Parlamentar11h30 - Programa Mix12h00 - Canal Legal13h00 - Programa do Caique13h30 - Palavra Amiga14h30 - Big Sports15h30 - Cidade Aflita16h30 - Almoço C/ Notícia18h00 - Sobre Rodas18h30 - Momento Vip19h00 - Igreja El-Shaddai20h00 - Informe Cesmac20h30 - Info Ação Parlamentar21h00 - Programa Mix21h30 - Canal Legal22h30 - Programa do Caique23h00 - Palavra Amiga00h00 - Big Sports01h00 - Cidade Aflita02h00 - Almoço C/ Notícia03h30 - Sobre Rodas04h00 - Momento Vip04h30 - Igreja El-Shaddai05h30 - Informe Cesmac06h00 - Info Ação Parlamentar06h30 - Programa Mix07h00 - Canal Legal

Perfil

Pedr

o Pa

ulo

Figu

eire

do/C

ZN

RetratoFaladoNome: Maria Luísa Reisderfer

Rodrigues. Nascimento: Em 29 de agosto

de 1993, em Rezende, no Rio de Janeiro.

Na tevê: “Vejo filmes, mas não assisto muita televisão”.

Não assiste na tevê: Futebol.Nas horas livres: “Saio com o

meu namorado”. No cinema: “Em Busca da Terra

do Nunca”, de Marc Forster, e “Moulin Rouge”, de Baz Luhrmann.

Livro: “O Pequeno Alquimista’, de Márcio Trigo, me marcou muito”.

Escritor: William Shakespeare. Música: “Normalmente ouço

musicais, mas gosto de tudo”.Prato predileto: Batata frita.Pior presente: “Calc inha.

Sempre tem alguma tia que dá.”O melhor do guarda-roupa:

Vestidos.Mulher bonita: Angelina Jolie. Homem bonito: Meu namorado.Cantor: “Os quatro integrantes

de ‘II Divo”, banda que mistura música clássica e pop. “São todos incríveis”.

Cantora: Patti LuPone, atriz e cantora americana famosa por traba-lhos em musicais.

Ator: Johnny Depp.Atriz: Nicole Kidman.Perfume: Love Spell, da Victoria

Secret.Arma de sedução: Olhar.Animal de estimação: “Dois

cachorros. Um cocker spaniel e um bull terrier, mas são minhas irmãs que tomam conta”.

Programa de índio: “Qualquer programa mais aventureiro. Sempre saio machucada”.

Melhor viagem: Londres. Sinônimo de elegância: Humil-

dade.Gula: “Qualquer comida. Amo

comer”.Inveja: “De quem toca violino.

Acho lindo”. Ira: “Quando mudam minhas

coisas de lugar e eu não consigo achar o que estou procurando”.

Luxúria: “Homem magrinho. Odeio os musculosos”.

Cobiça: “Ser eternamente feliz”.Preguiça: “Levantar da cama em

dia de chuva”.Vaidade: “Não saio sem uma

base no rosto”.Mania: De organização. Filosofia de vida: “Que seja infi-

nito enquanto dure”.

Para encarnar a rebelde Bia, de “Tapas & Beijos”, Malu Rodrigues supera a timidez

ANA PAULA HINZPopTevê

Malu Rodrigues é o tipo de jovem que n u n c a f a l a a l t o

e odeia qualquer tipo de conflito. Em “Tapas & Beijos”, porém, a atriz de 18 anos inter-preta Bia, uma adolescente

questionadora, que adora arrumar confusão. O papel surgiu depois da entrada de Fábio Assunção na série. Para que o personagem do ator, Jorge, pudesse ter um espaço maior na trama e não ficasse preso às cenas com Sueli, de Andrea Beltrão, Malu foi escalada pela produção para encarnar a filha do empre-sário. Cheia de opiniões, Bia usa a aparência inofensiva e a língua afiada para conseguir o que quer do pai e implicar com Sueli, que atualmente namora Jorge. “Eu sou uma pessoa muito calma e paciente. Sou

a caçula da família e sempre fui tratada como ‘menininha’. É difícil fazer surgir esse lado revoltado da Bia, mas é uma delícia”, opina.

O tom de voz baixo - alinhado ao jeito acanhado - foi o motivo para que a atriz começasse a fazer aulas de canto. Aos poucos, a atividade a conquistou e as oportunida-des em musicais começaram a aparecer. Nos últimos anos, a repercussão de seu trabalho no teatro foi grande, principal-mente, por causa do musical “O Despertar da Primavera”, em que Malu, na época com

apenas 16 anos, tinha um seio beijado no palco. “Quando eu interpreto, é a persona-gem que está ali. Claro que eu empresto o corpo e a voz, mas eu continuo sendo tímida para tudo. As pessoas estranham isso”, defende-se. Em seu trabalho mais recente, Malu atuou no musical “Um Violi-nista no Telhado” ao lado de José Mayer. Na televisão, antes do atual papel, participou das séries “O Pequeno Alquimista” e “JK” e das novelas “Pé na Jaca!” e “Três Irmãs”. “Gosto muito de tevê, mas não vou deixar o teatro nunca”, ressalta.

11O JORNAL l MACEIÓ, 4 DE DEZEMBRO DE 2011 l DOMINGO www.ojornalweb.com l [email protected]

TV O Jornal

Falsa brigona

NomePróprio

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O que vempor aí

Às vezes, é preciso mais do que amor para manter uma relação. O respeito pelo parceiro é um detalhe importante que parece faltar em muitos casos. Nos próximos capítulos de “Fina Estampa”, é Paulo (Dan Stulbach) que demonstra esquecer o que isso significa. Resta saber se vai ser só um surto passageiro ou se a história com Esther (Julia Lemmertz) vai desandar de uma vez por todas.

Ele já havia dado suas escapadas com Marcela (Suzana Pires), o que tinha deses-tabilizado demais a relação com Esther. Mesmo assim, havia uma esperança de entendimento no ar. Mas dessa vez Paulo está “dando corda” para Vanessa (Milena Toscano). Ela, que costumava se atirar para cima de René (Dalton Vigh), resolveu mudar de alvo. E, pelo visto, conseguiu ser bem--sucedida. Tanto que os dois acordam junti-nhos em Itaipava.

O novo “affair”, aliás, pode tomar fôlego. Afinal, Paulo espera por Vanessa na porta do Le Velmont. A garota, esperta que só ela, faz logo uma insinuação que pode dificultar ainda mais as coisas para Paulo e Esther. Vanessa deixa no ar a ideia de que Paulo deveria levá-la para a Fio Carioca.

A princípio, essa possibilidade pode soar estranha e inadequada. Mas o pior ainda está por vir. Paulo não só leva Vanessa até a Fio Carioca, como dorme com a menina lá mesmo. E Esther flagra os dois juntos.

A situação é, no mínimo, constrange-dora. E, ainda por cima, pode por fim a uma história de amor que tinha tudo para ser linda. Mas é como o velho ditado diz: quando um não quer, dois não brigam. E Paulo já estava dando provas de que não queria fazer nenhum esforço para salvar o casamento com Esther. A gota d´água acontece quando ele propõe comprar a parte da ex-mulher na Fio Carioca. Será que o rompimento dos dois será mesmo definitivo? (LUANA BORGES/POPTEVÊ)

# Renê convida Griselda para jantar.

# Antenor e Beatriz se beijam.

FINA ESTAMPACúmulo do absurdo

Divu

lgaç

ão

No ar em “A Vida da Gente”, Maria Eduarda interpreta mulher bem resolvida em seu terceiro trabalho

MANU MOREIRAPopTevê

É comum escutar dos a t o r e s q u e , d e s d e sempre, já estavam deci-

didos quanto à sua profissão. Maria Eduarda, que interpreta a descolada Nanda de “A Vida da Gente”, também se consi-dera uma vocacionada. Mas essa certeza só bateu para seus familiares e sua professora de teatro depois de, em um dia de tempestade no Rio de Janeiro, ela chegar a nado no curso de interpretação. Além dela, que tinha 14 anos, apenas outro menino e a professora conseguiram chegar. “Diante desse esforço, a professora ficou comovida com a nossa vontade e arrumou uma vaga no Tablado para nós dois”, lembra, referindo-se à famosa escola de teatro no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Hoje, aos 29 anos, a atriz é formada na escola de teatro e em Artes Cênicas na Uni-Rio. Isso por uma exigência dos seus pais. “Quando disse que iria atuar e pronto, não have-ria jeito de mudar de ideia, eles pediram para que eu fizesse a faculdade. Se não conseguisse me sustentar atuando, pode-ria dar aulas”, explica ela, que estreou na tevê no elenco de

apoio de “Malhação”, aos 17 anos. Apesar da oportunidade, a atriz não se adaptou ao ritmo de gravações e abandonou o trabalho. “Eu vinha do teatro onde tudo é meio artesanal, meio família. E encarei a tele-visão, uma grande indústria. Aquilo me assustou demais e eu desisti”, explica.

M a s , d e p o i s d e formada na universi-dade, decidiu fazer as pazes com a tevê. Fez testes e participa-ções até conseguir seu primeiro papel de mais destaque, como a Odete de “Paraíso Tropi-cal”. “Ali encon-trei o prazer d e a t u a r t a m b é m na te le-v i s ã o ”, garante ela que, depois d e s t e t r a b a -l h o , conhe-c e u a a u t o r a L í c i a M a n z o, q u e n a época era c o l a b o -radora de “Três Irmãs”, exibida em 2008 na Globo. “Eu estava na novela quando o roteiro de ‘Tudo Novo de Novo’ foi

aprovado. A Lícia me convi-dou e eu saí da novela só para estar na série”, conta, refe-rindo-se ao seriado de 2009 da Globo. Na trama, ela também interpretou uma Nanda, mas mais velha e com um perfil

diferente da p e r s o -

nagem atual. “Não sei se foi uma homenagem usar o mesmo nome. Mas me iden-tifico mais com a de ‘A Vida da Gente’”, compara.

Em sua atual personagem, Maria Eduarda vive três fases diferentes do papel. Nanda começa a trama com 23 anos, aparece com 25 e, já mais madura, entre 28 e 29 anos. Durante esses momentos, as mudanças ficam evidentes tanto no comportamento da personagem como no visual. “A maquiagem pesa mais e, acredito que na última fase dela, deve haver uma mudança no cabelo também”, adianta a atriz, que é ruiva natural e nunca precisou tingir as madeixas para trabalhar. “Sempre me perguntam sobre o cabelo. A Clarice Lispector dizia ‘em terra de morenos, ser ruivo é uma revolta involuntá-ria’, cita, ao risos.

Apesar de gostar do visual, a atriz acredita que a cor chegou a prejudicá-la para conseguir alguns trabalhos. “Até pouco tempo, eu tinha a impressão que os produ-tores de elenco não acha-vam que um ruivo poderia

ser filho de uma morena com um loiro. Tinha de ter uma família de ruivos. Era difícil fazer uma escalação dessas”, explica ela, que está disposta a mudar de visual para um trabalho. “Sou atriz. Essa é a minha função. Embarcar, contar uma história inteira. Me dedico e acredito que essa possibilidade de ter de mudar visualmente vem junto com o pacote todo”, garante.

Parceria televisiva

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o dede

meiio f famílíliia. EE encareii a ttelle-visão, uma grande indústria. Aquilo me assustou demais eeu desisti”, explica.

M a s , d e p o i s d eformada na universi-dade, decidiu fazer as pazes com a tevê. Feztestes e participa-ções até conseguir seu primeiro papel de mais destaque, como a Odete de“Paraíso Tropi-cal”. “Ali encon-trei o prazerd e a t u a rt a m b é m na te le-v i s ã o ”,garanteela que,depois d e s t e t r a b a -l h o , conhe-c e u a a u t o r a L í c i a M a n z o,q u e n a época era c o l a b o -radora de“Três Irmãs”,exibida em 2008 na Globo. “Eu estava na novela quandoo roteiro de‘Tudo Novo dede NNovovo’o ffoioi

maiis v lelhha e com um pe frfilil diferente da

p e r s o -

MMa iria EdEduaadiferentes dcomeça a traaparece coomadura, ennDurante esssmudanças tanto no coopersonagemm“A maquiaae, acreditoofase dela, dmudança nooadianta a aanatural e nunnas madeixaa“Sempre meeo cabelo. A dizia ‘em terrrruivo é uma ria’, cita, ao rr

Apesar dda atriz acrrchegou a ppconseguir aa“Até poucooa impressããtores de eevam que uu

ser filho de uum loiro. TTfamília de fazer uma eeexplica elaa,a mudar ddtrabalho. a minha ffucontar ummMe dediccessa posssmudar vvjunto coogagararantnte.e.

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