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ANO 15 www.ilo.org/lisbon Na Conferência Internacional do Trabalho (CIT) de 2015, o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, apresentou o seu relatório “O futuro do trabalho – iniciativa do centenário”, que antecipa a comemoração dos 100 anos da Organização em 2019. Com um forte apoio tripartido a esta inicia- tiva, a OIT lançou um debate sobre as trans- formações no mundo do trabalho que irá concentrar-se em quatro áreas: trabalho e sociedade; empregos dignos; a organização do trabalho e da produção; e a governação do trabalho. Após uma fase de debate e investigação a nível nacional, regional e internacional, uma comissão de alto nível irá preparar um rela- tório a apresentar à Conferência do Cente- nário da OIT em 2019, que procurará definir o mandato futuro da Organização, com vista à justiça social. Uma dessas reflexões regionais terá lugar em outubro de 2017, aquando da 10ª Reunião Regional Europeia da OIT. A nível nacional a OIT-Lisboa reuniu-se, duran- te os meses de janeiro a abril, com os cons- tituintes tripartidos, bem como com outras entidades de referência, com o propósito de encorajar a promoção de uma dinâmica de reflexão por estes atores com vista a resulta- dos concretos ainda durante o ano de 2016. A OIT-Lisboa apoiará as iniciativas de refle- xão que os constituintes desejem organizar, sempre que para tal for solicitada. O grande objetivo deste Escritório, nesta matéria, passa por dar visibilidade a essas reflexões e por traduzi-las para uma das línguas oficiais da OIT facilitando, assim, o acesso ao seu con- teúdo por parte da comissão de alto nível. No âmbito das comemorações dos 100 anos do Ministério do Trabalho, dois dirigentes da OIT – diretor-regional para a Europa e Ásia Central, Heinz Koller, e a diretora da ACTRAV, Helena André – estarão participando num evento organizado pelo MTSSS (24 e 25 de maio), no qual partilharão detalhes mais atua- lizados sobre esta iniciativa. Outras iniciativas estão a ser equacionadas para este ano que daremos notícia sobre as mesmas no próximo número da nossa Newsletter. O relatório “ O futuro do trabalho – iniciativa do centenário”, foi traduzido para português pela OIT-Lisboa e pode ser consultado no seu sítio. Mafalda Troncho Diretora da OIT-Lisboa O Conselho de Administração (CA) da OIT reuniu-se entre 10 e 24 de março em Genebra para, entre outros temas, adotar a ordem de trabalhos da 105ª sessão da Conferência Internacional do Trabalho que terá lugar em Genebra de 30 de maio a 10 de junho de 2016. Foi também aprovada a implementação das recomen- dações para a melhoria do envolvimento da OIT com o setor privado no âmbito do relatório de progresso acerca da implementação da Iniciativa das Empresas. O Conselho de Administração salientou também a im- portância da Declaração de Adis Abeba no seguimento da 13ª Reunião Regional Africana, que teve lugar entre 30 de novembro e 3 de dezembro de 2015. Foi ainda CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Editorial CA da OIT reúne-se na sua 326ª sessão, com crise dos refugiados na agenda consensualizado que a OIT deverá seguir atentamente a preparação do processo de acompanhamento global da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, no âmbito das Nações Unidas, com vista à contribuição da Organização para a implementação das dimensões do trabalho digno e apoio do processo de revisão temática global em particular no que diz respeito ao objetivo 8 do trabalho digno e crescimento inclusivo. Foi igualmente discutida a queixa relativa ao incumpri- mento pelo Qatar da Convenção da OIT (Nº 29) sobre o Trabalho Forçado, de 1930, tendo sido solicitado ao go- verno daquele país que desse seguimento à avaliação da delegação tripartida de alto nível, particularmente no que diz respeito a trabalhadores/as mais vulneráveis. OIT LISBOA Organização Internacional do Trabalho n º36 jan-abr 2016 Foi ainda reforçada a finalização e implementação do plano de ação da OIT para a igualdade de género de 2016-2017. Por fim, teve lugar um painel de alto nível que se de- bruçou sobre a crise migratória global, em específico relativamente ao acesso ao mercado de trabalho por parte de refugiados e de outras pessoas deslocadas à força. Entre os/as oradores/as esteve Peter Sutherland, representante especial do secretário-geral da ONU para a migração internacional e desenvolvimento, o embaixador William Lacy Swing, diretor-geral da Orga- nização Internacional para as Migrações (OIM) e Carol Batchelor, diretora da divisão de proteção internacional da ACNUR bem como o diretor-geral da OIT, Guy Ryder. O Futuro do Trabalho: para uma reflexão tripartida SPRING MEETINGS Apesar dos sinais de retoma, défice global de empregos pode agravar-se Na sua declaração em abril, no quadro das Spring Mee- tings organizadas anualmente pelo Banco Mundial e pelo FMI, Guy Ryder alertou para sinais do aumento global do desemprego e apelou a medidas que aumentem o poder de compra das famílias. O enorme défice global de empregos gerado durante a crise financeira não está a diminuir. E a não ser que a economia global acelere o ritmo de crescimento, esse défice pode mesmo agravar-se. O diretor-geral da OIT sublinhou ainda que se as tendências de crescimento de emprego anteriores à crise se tivessem mantido, 62 mi- lhões mais de mulheres e homens teriam tido emprego em 2013, quando o desemprego global atingiu os 202 milhões. A não ser que se acelere o crescimento, o défice de empregos aumentará 75 milhões até 2018. A economia global ainda não se encontra num caminho de crescimento sustentável e equilibrado” disse, acres- centando que “a fraca procura global está a impedir a criação de emprego, salários e retoma mais significativa, tendo como uma das consequências o abrandamento do ritmo de redução da pobreza no mundo em desen- volvimento”. Em 2013, o número de trabalhadores/as em pobreza extrema diminuiu globalmente apenas 2,7%, uma das reduções mais baixas da última década. Ryder também destacou o aumento das desigual- dades de rendimento e o registo em muitos países da quebra do peso dos salários no PIB, incluindo nas maiores economias mundiais nas quais os salários não seguem o ritmo de crescimento da produtividade há mais de 20 anos. Esta tendência estava disfarçada antes da crise pelo elevado nível de empréstimos a que as famílias recorriam e temporariamente compensada por inovações do mercado financeiro que se revelaram insustentáveis. Estes problemas estruturais de longo prazo pesam hoje fortemente na procura e abrandam a retoma. A economia global precisa de criar muito mais empregos. Investimento em infraestruturas, apoio a pequenas empresas, desenvolvimento de competên- cias e a reposição do poder de compra das famílias, em particular das de mais baixos rendimentos, são medidas essenciais para não se cair na armadilha do lento crescimento. Guy Ryder elogiou o objetivo traçado pelos ministros das Finanças do G20 em aumentar o PIB em 2% ou mais, apelando a uma estratégia integrada que inclua quer o lado da procura quer o lado da oferta dos mercados de trabalho de forma a assegurar um crescimento mais acelerado e a criação de empregos necessários a uma retoma plena e sustentável. Fonte: OIT

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Page 1: OIT n LISBOA · Na Conferência Internacional do Trabalho (CIT) de 2015, o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, apresentou o seu relatório “O futuro do trabalho – iniciativa do centenário”,

ANO 15www.ilo.org/lisbon

Na Conferência Internacional do Trabalho (CIT) de 2015, o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, apresentou o seu relatório “O futuro do trabalho – iniciativa do centenário”, que antecipa a comemoração dos 100 anos da Organização em 2019.

Com um forte apoio tripartido a esta inicia-tiva, a OIT lançou um debate sobre as trans-formações no mundo do trabalho que irá concentrar-se em quatro áreas: trabalho e sociedade; empregos dignos; a organização do trabalho e da produção; e a governação do trabalho.

Após uma fase de debate e investigação a nível nacional, regional e internacional, uma comissão de alto nível irá preparar um rela-tório a apresentar à Conferência do Cente-nário da OIT em 2019, que procurará definir o mandato futuro da Organização, com vista à justiça social.

Uma dessas reflexões regionais terá lugar em outubro de 2017, aquando da 10ª Reunião Regional Europeia da OIT.

A nível nacional a OIT-Lisboa reuniu-se, duran-te os meses de janeiro a abril, com os cons-tituintes tripartidos, bem como com outras entidades de referência, com o propósito de encorajar a promoção de uma dinâmica de reflexão por estes atores com vista a resulta-dos concretos ainda durante o ano de 2016.

A OIT-Lisboa apoiará as iniciativas de refle-xão que os constituintes desejem organizar, sempre que para tal for solicitada. O grande objetivo deste Escritório, nesta matéria, passa por dar visibilidade a essas reflexões e por traduzi-las para uma das línguas oficiais da OIT facilitando, assim, o acesso ao seu con-teúdo por parte da comissão de alto nível.

No âmbito das comemorações dos 100 anos do Ministério do Trabalho, dois dirigentes da OIT – diretor-regional para a Europa e Ásia Central, Heinz Koller, e a diretora da ACTRAV, Helena André – estarão participando num evento organizado pelo MTSSS (24 e 25 de maio), no qual partilharão detalhes mais atua-lizados sobre esta iniciativa.

Outras iniciativas estão a ser equacionadas para este ano que daremos notícia sobre as mesmas no próximo número da nossa Newsletter.

O relatório “O futuro do trabalho – iniciativa do centenário”, foi traduzido para português pela OIT-Lisboa e pode ser consultado no seu sítio.

Mafalda Troncho

Diretora da OIT-Lisboa

O Conselho de Administração (CA) da OIT reuniu-se entre 10 e 24 de março em Genebra para, entre outros temas, adotar a ordem de trabalhos da 105ª sessão da Conferência Internacional do Trabalho que terá lugar em Genebra de 30 de maio a 10 de junho de 2016.

Foi também aprovada a implementação das recomen-dações para a melhoria do envolvimento da OIT com o setor privado no âmbito do relatório de progresso acerca da implementação da Iniciativa das Empresas.

O Conselho de Administração salientou também a im-portância da Declaração de Adis Abeba no seguimento da 13ª Reunião Regional Africana, que teve lugar entre 30 de novembro e 3 de dezembro de 2015. Foi ainda

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Editorial

CA da OIT reúne-se na sua 326ª sessão, com crise dos refugiados na agenda

consensualizado que a OIT deverá seguir atentamente a preparação do processo de acompanhamento global da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, no âmbito das Nações Unidas, com vista à contribuição da Organização para a implementação das dimensões do trabalho digno e apoio do processo de revisão temática global em particular no que diz respeito ao objetivo 8 do trabalho digno e crescimento inclusivo.

Foi igualmente discutida a queixa relativa ao incumpri-mento pelo Qatar da Convenção da OIT (Nº 29) sobre o Trabalho Forçado, de 1930, tendo sido solicitado ao go-verno daquele país que desse seguimento à avaliação da delegação tripartida de alto nível, particularmente no que diz respeito a trabalhadores/as mais vulneráveis.

OITLISBOA

Organização Internacional do Trabalho

nº36jan-abr 2016

Foi ainda reforçada a finalização e implementação do plano de ação da OIT para a igualdade de género de 2016-2017.

Por fim, teve lugar um painel de alto nível que se de-bruçou sobre a crise migratória global, em específico relativamente ao acesso ao mercado de trabalho por parte de refugiados e de outras pessoas deslocadas à força. Entre os/as oradores/as esteve Peter Sutherland, representante especial do secretário-geral da ONU para a migração internacional e desenvolvimento, o embaixador William Lacy Swing, diretor-geral da Orga-nização Internacional para as Migrações (OIM) e Carol Batchelor, diretora da divisão de proteção internacional da ACNUR bem como o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.

O Futuro do Trabalho: para uma reflexão tripartida

SPRING MEETINGS

Apesar dos sinais de retoma, défice global de empregos pode agravar-se

Na sua declaração em abril, no quadro das Spring Mee-tings organizadas anualmente pelo Banco Mundial e pelo FMI, Guy Ryder alertou para sinais do aumento global do desemprego e apelou a medidas que aumentem o poder de compra das famílias.

O enorme défice global de empregos gerado durante a crise financeira não está a diminuir. E a não ser que a economia global acelere o ritmo de crescimento, esse défice pode mesmo agravar-se. O diretor-geral da OIT sublinhou ainda que se as tendências de crescimento de emprego anteriores à crise se tivessem mantido, 62 mi-lhões mais de mulheres e homens teriam tido emprego em 2013, quando o desemprego global atingiu os 202 milhões. A não ser que se acelere o crescimento, o défice de empregos aumentará 75 milhões até 2018.

“A economia global ainda não se encontra num caminho de crescimento sustentável e equilibrado” disse, acres-centando que “a fraca procura global está a impedir a criação de emprego, salários e retoma mais significativa, tendo como uma das consequências o abrandamento do ritmo de redução da pobreza no mundo em desen-volvimento”. Em 2013, o número de trabalhadores/as em pobreza extrema diminuiu globalmente apenas 2,7%, uma das reduções mais baixas da última década.

Ryder também destacou o aumento das desigual-dades de rendimento e o registo em muitos países da quebra do peso dos salários no PIB, incluindo nas maiores economias mundiais nas quais os salários não seguem o ritmo de crescimento da produtividade há mais de 20 anos. Esta tendência estava disfarçada antes da crise pelo elevado nível de empréstimos a que as famílias recorriam e temporariamente compensada

por inovações do mercado financeiro que se revelaram insustentáveis. Estes problemas estruturais de longo prazo pesam hoje fortemente na procura e abrandam a retoma. A economia global precisa de criar muito mais empregos. Investimento em infraestruturas, apoio a pequenas empresas, desenvolvimento de competên-cias e a reposição do poder de compra das famílias, em particular das de mais baixos rendimentos, são medidas essenciais para não se cair na armadilha do lento crescimento.

Guy Ryder elogiou o objetivo traçado pelos ministros das Finanças do G20 em aumentar o PIB em 2% ou mais, apelando a uma estratégia integrada que inclua quer o lado da procura quer o lado da oferta dos mercados de trabalho de forma a assegurar um crescimento mais acelerado e a criação de empregos necessários a uma retoma plena e sustentável.

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O Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho celebra-se todos os anos a 28 de abril, data instituída pela OIT em 2001.

Para a celebração deste ano, a OIT encorajou os governos, as organizações de empregadores e de trabalhadores a levarem a cabo nos respetivos do-mínios de influência, ações de sensibilização sobre o tema do stresse no trabalho.

A OIT lançou ainda um relatório que apresenta tendências sobre o stresse no local de trabalho a nível mundial, apresenta uma panorâmica sobre a prevalência e o impacto deste fenómeno, e analisa legislação, políticas e intervenções para a sua ges-tão, a nível internacional, regional, nacional e do local de trabalho.

A OIT-Lisboa participou em várias atividades a nível nacional, com apresentação de comunicações, e com o objetivo de sensibilizar para esta problemá-tica, nomeadamente:

ANO 15 | nº36 | jan-abril 2016www.ilo.org/lisbon

Ao longo da sua vida profissional, as mulheres conti-nuam a enfrentar obstáculos significativos no acesso a empregos dignos. Desde a quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres das Nações Unidas, em Pequim, em 1995, os progressos alcançados foram apenas margi-nais, deixando grandes disparidades por resolver durante a implementação da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, adotada pelas Nações Unidas, em 2015.

A desigualdade entre homens e mulheres persiste nos mercados de trabalho globais, em relação às oportu-nidades, ao tratamento e aos resultados. Nas últimas duas décadas os significativos progressos alcançados pelas mulheres na educação não se traduziram numa melhoria comparativa na sua situação no trabalho. Em muitas regiões do mundo, as mulheres, compara-tivamente aos homens, têm mais probabilidades de permanecerem ou de virem a ficar desempregadas, têm menos oportunidades de participar no mercado de trabalho e – quando o conseguem – muitas vezes têm de aceitar empregos de qualidade inferior.

O relatório preparado pela Organização Internacional do Trabalho e lançado no Dia Internacional da Mulher está organizado em duas partes distintas. Uma primeira parte que apresenta as tendências a nível mundial e regional da participação das mulheres no trabalho nos últimos 20 anos (1995 – 2015) utilizando os principais indicadores estatísticos. A segunda parte intitulada “Diferencial entre homens e mulheres na qualidade do trabalho”, destaca três áreas que a OIT elegeu como merecedoras de maior atenção e ação: a segregação

OIT assinala este ano o “Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho” com a publicação do Relatório Stresse no Trabalho. Um Desafio Coletivo

• Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge, 28 de abril em Lisboa “A OIT: uma perspetiva sobre saúde e segurança no trabalho”;

• Serviços Municipalizados de Água e Saneamen-to de Torres Vedras, 28 de abril, comemorações do 13º ano do Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho, com duas ações de sen-sibilização no auditório da Câmara Municipal de Torres Vedras;

• Direção Regional de Aveiro do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins, em Aveiro a 29 de abril “Stress, Assédio, Burnout, Álcool e Dependências em contexto Laboral”;

• VIII Jornadas Técnicas de Segurança no Traba lho da AEVA, Sever do Vouga, 10 de maio “Stres se no trabalho. Um desafio coletivo”.

Ainda no âmbito das comemorações do 28 de abril, a OIT-Lisboa publicou no dia 18 de abril um artigo de opinião na revista Pontos de Vista.

Em Destaque

Parcerias

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Mulheres no Trabalho: Tendências 2016

8 de março de 2016 28 de abril de 2016

No âmbito do Centenário do Ministério do Traba-lho, a OIT-Lisboa coorganizou um seminário sobre a “Institucionalização da regulação laboral”, em colaboração com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, no dia 18 de maio. A OIT-Lisboa integrou ainda a Comis-são Científica da iniciativa que avaliou os artigos submetidos ao seminário tendo também modera-do um dos painéis do evento. Esta iniciativa, que se inseriu igualmente no programa comemorativo do centenário da OIT, teve como principal objetivo introduzir novas temáticas e perspetivas de análise em torno da história institucional do trabalho desde 1916 até hoje incluindo sob o prisma da influência externa, designadamente da OIT.

A unidade de Administração, Inspeção do Trabalho e Segurança e Saúde no Trabalho do departamento de Governação e Tripartismo da Organização Internacional do Trabalho, o projeto PAMODEC e o Centro Internacional de Turim organizaram um workshop em Lisboa sobre “A efetividade do direito na economia informal através da inspeção do trabalho. Experiências de países de língua francesa e portuguesa”, nos dias 21, 22 e 23 de março no Hotel Real Palácio em Lisboa.

Este workshop constituiu uma oportunidade para partilha de experiências de quinze países de quatro regiões (Angola, Brasil, Burkina Faso, Cabo Verde, Cos-ta do Marfim, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Mada-

Completam-se este ano 100 anos da Inspeção do Tra-balho em Portugal.

Para a celebração desta efeméride, a Autoridade para as Condições do Trabalho organizou vários eventos, uma exposição comemorativa do centenário, publicou um Catálogo da Exposição e a publicação “Trabalho, Economia e Sociedade - 100 anos de Inspeção do Tra-balho em Portugal”.

O Centro de Estudos Judiciários (CEJ) e a OIT-Lisboa organizaram, nos dias 21 e 22 de abril, uma confe-rência sobre trabalho informal e formas atípicas de emprego no âmbito do protocolo celebrado entre as duas entidades.

Integrada no plano de formação contínua do CEJ de 2015-2016, esta ação destinou-se sobretudo a juí-zes/as e magistrados/as do Ministério Público bem como a advogados/as e outros/as profissionais da área forense.

Seminário sobre a“Institucionalização da regulação laboral”

Workshop “Partilha de experiências no âmbito da Modernização da Administração e da Inspeção do Trabalho”

100 anos da Inspeção do Trabalho em Portugal

OIT-Lisboa e CEJ organizam Conferência sobre Trabalho Informal e Formas Atípicas de Emprego

ACT

CPLPFCSH-UNL

CEJ

Michael Axmann, especialista da OIT em sistemas de aprendizagem, participou no dia 25 de maio nas Jornadas Internacionais NEET, a convite do CECOA, que tiveram lugar nas instalações do IPDJ, no Parque das Nações.

Este especialista da OIT foi convidado a intervir na abertura das Jornadas, tendo destacado a estra-tégia da OIT para a promoção do emprego jovem.

Jornadas Internacionais NEET Lisboa 2016

CECOA

Plataforma NEET-ABC

Philippe Marcadent, chefe da unidade de mercados de trabalho inclusivos, relações de trabalho e condi-ções de trabalho da OIT fez uma apresentação sobre a Recomendação (Nº 204) da OIT relativa a transi-ção da economia informal para a formal. Para além de uma mesa redonda com os parceiros sociais que debateram o tema da conferência, houve ainda inter-venções de diversos especialistas.

profissional e setorial; o diferencial salarial e as politicas de conciliação.

No âmbito das comemorações do Dia Internacional da Mulher a OIT-Lisboa esteve presente:• Seminário “Empoderar as mulheres através do esfor-

ço das organizações de direitos das mulheres: o caso do governo feminista sueco”, Plataforma de Mulhe-res, CIUL, 10 de março;

• Jantar Dia Internacional das Mulheres, APMJ, 8 de março;

• Cerimónia do toque do sino pela igualdade de género, Network Portugal, 8 de março;

• Mesa Redonda “Mulheres da CPLP: empoderamento e desenvolvimento”, CPLP, 8 de março;

• Conferência, “Liderança no Feminino. Quando Elas Fazem” Grupo Parlamentar CDS-PP, 8 de março.

A OIT-Lisboa, parceira institucional da ACT, foi convidada a participar em diferentes momentos das comemora-ções, quer na Comissão Organizadora, quer contribuindo com materiais do seu acervo histórico para a exposição e também no seminário de abertura das comemorações, com uma alocução de Nancy Leppink, chefe de unidade de administração, inspeção do trabalho e segurança e saúde no trabalho do Departamento de Governação e Tripartismo, em representação do diretor-geral da OIT.

gáscar, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Senegal, Timor-Leste, Togo e Tunísia).

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OITLISBOA

ANO 15 | nº36 | jan-abril 2016www.ilo.org/lisbon

Programas

UNIVERSITAS

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O Escritório Regional para África da OIT, a unidade de princípios e direitos fundamentais no trabalho da OIT, em colaboração com a OIT-Lisboa e com o Secreta-riado Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) organi-zaram uma ação de forma-ção bem como a V reunião dos pontos focais do traba-lho infantil dos países que integram a CPLP.

A iniciativa teve lugar na sede da CPLP, em Lisboa nos dias 25, 26 e 27 de janeiro, com o principal propósito de dar corpo às deliberações da Declaração de Tíbar, e respetivo Plano de Ação, resultantes da XIII Reunião dos Ministros do Trabalho e dos Assuntos Sociais da CPLP realizada em Timor-Leste, em maio de 2015. Esta Declaração proclamou 2016 como o Ano da CPLP contra o Trabalho Infantil e recomendou a reali-zação de uma reunião de pontos focais em preparação

da IV Conferência Global sobre o Trabalho Infantil, pre-vista para 2017, na Argentina.

Durante a referida formação e V reunião foram consensualizados os próximos passos na luta contra o trabalho infantil entre os 8 Esta-dos-membros partici-pantes nomeadamente o envio de uma carta conjunta da OIT e CPLP a todos os países com vista a aumentar a visi-bilidade política acerca desta problemática.

Todos os países se mostraram muito em-

penhados na adoção e implementação de planos nacionais de ação contra o trabalho infantil e de listas de trabalhos perigosos interditos a crianças sendo de referir que o Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe já dispõem destes dois documentos estratégicos.

O Comité de Pilotagem do Projeto de cooperação técnica ACTION/Portugal reuniu-se no dia 22 de abril tendo aprovado o Plano de Ação para 2016. A OIT--Lisboa participou no Comité, enquanto observador, tendo o Escritório estado envolvido nas negociações do projeto desde o seu início.

Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os países bene-ficiários do ACTION/Portugal que está a ser imple-mentado pela OIT com vista ao Reforço dos Sistemas de Proteção Social dos Países Africanos de Língua

Comité de Pilotagem do ACTION/Portugal aprova Plano de Ação para 2016

OIT-Lisboa promove Ação de Formação para os Pontos Focais do Trabalho Infantil da CPLP

Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste no quadro do programa mundial para a construção de pisos de proteção social para todos.

O principal objetivo do projeto é proporcionar a mais pessoas o acesso aos benefícios da segurança social melhorando a sua gestão e equidade tendo em conta o princípio da igualdade de género.

A sua coordenação geral é da responsabilidade do departamento de Proteção Social (SOCPRO) da OIT e do Centro Internacional de Formação da OIT (CIF-OIT).

A OIT-Lisboa esteve presente na conferência interna-cional organizada pela Universidade de Évora, a 3 de março de 2016, sob o tema “A cooperação internacio-nal no mundo” tendo integrado um dos painéis com uma intervenção acerca da “Perspetiva e meios de ação da OIT no contexto da cooperação internacional”.

A convite da Nova School of Business and Economics, a OIT-Lisboa apresentou aos alunos de licenciaturas e mestrados em gestão, economia e finanças, no dia 6 de abril, as origens, funcionamento, objetivos e meios de intervenção da OIT.

Angelika Muller, especialista em diálogo social e perita em direito do trabalho comparado do Departamento do Governação e Tripartismo da OIT, participou no Encontro Ibérico da European Young Scholars´Section International Society for Labour and Social Security Law tendo proferido uma apresentação acerca do

Conferência internacional da Universidade de Évora acerca da “CooperaçãoInternacional no Mundo”

Apresentação na Nova School of Business and Economics

Perita da OIT participa no Encontro Ibérico da European Young Scholars´ Section InternationalSociety for Labour and Social Security Law

abril de 2016 abril de 2016 março de 2016

“Diálogo Social e negociação coletiva: perspetiva internacional e europeia”. Este Encontro teve como tema a “Contratação coletiva: velhos e novos desafios em Portugal e Espanha” tendo sido organizado pela APODIT nos dias 28 e 29 de abril na Escola de Direito de Lisboa da Universidade Católica Portuguesa.

Foi ainda manifestado o compromisso por parte dos Estados-membros na redação de um novo plano de ação da CPLP contra o trabalho infantil que viria a atualizar para a realidade actual de 2006.

No mês seguinte, a 17 de fevereiro, teve lugar a ce-rimónia de abertura oficial de 2016 como o Ano da

CPLP contra o Trabalho Infantil na Assembleia da República de Portugal, com a presença da ministra da Solidariedade Social da República Democrática de Timor-Leste, presidência pro tempore da CPLP, tendo a OIT-Lisboa participado no painel de discussão acerca da luta contra o trabalho infantil na CPLP desde o pla-no de ação de 2006 até ao momento presente.

Este programa é exclusivamente apoiado pelo Minis-tério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social de Portugal, através do Gabinete de Estratégia e Planea-mento, com uma contribuição de EUR 3,5 milhões. O ACTION/Portugal terá uma duração de 40 meses com finalização prevista para dezembro de 2018.

O Plano de Ação, agora aprovado pelo Comité de Pilo-tagem, é o resultado do seminário realizado no campus do CIF-OIT em Turim entre 1 a 3 de março de 2016, no qual participaram representantes das instituições de proteção social de todos os países, e que propor-

cionou um debate alargado sobre as necessidades, prioridades e interesses dos parceiros nacionais. Pre-viamente a este seminário tinham já tido lugar vários outros seminários nacionais de diagnóstico durante o último trimestre de 2015 com uma participação ativa dos atores dos PALOP e Timor-Leste.

“O principal objetivo é proporcionar (...) o acesso aos

benefícios da segurança social”

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OITLISBOA

A fechar

Breves

Novas publicações

A OIT esteve presente

Durante o último trimestre, a OIT-Lisboa interveio, organizou ou participou em vários encontros e iniciativas. Para além do já relatado noutros espaços desta Newsletter, destacamos:

• Sessão Solene Comemorativa do 42º aniversá-rio do 25 de abril, Assembleia da República, 25 de abril

• Lançamento do Livro “Proteção e direitos das mulheres trabalhadoras”, ICS, 6 de abril

• Conferência de Encerramento - Projecto Igual-dade de Género nas Empresas , ISEG, 5 de abril

• Programa Nacional de Reformas, MTSSS, Cen-tro de Congressos de Lisboa, 29 de março

• Inauguração Exposição 20 Anos Fundação Mário Soares, 17 de março

• Sessão Abertura do ano comemorativo do centenário do MTSSS, 16 de março

• Cerimónia tomada de posse do Presidente da República Portuguesa, Assembleia da Repúbli-ca, 9 de março

• Conferência Final Projeto Assédio Sexual e Moral no Local de Trabalho, CITE, 9 de março

• As ONG’s e a Cooperação Internacional - novos desafios, Universidade Évora, 3 de março

• Jornadas AHRESP 16 - O Futuro é Agora, FIL, 1 de março

• Sessão de Abertura do XIII Congresso da CGTP-IN, Complexo Municipal dos Desportos de almada, 26 de fevereiro

• Cerimónia atribuição do Prémio Paridade: Mulheres e Homens na Comunicação Social, CIG, 25 de fevereiro

• The collective Bargaining and Representative-ness of Temporary Workers in Europe, ISCTE, 23 de fevereiro

• Conferência “O impacto do conceito de géne-ro nas Ciências Sociais”, Palácio Ceia, 15 de fevereiro

• Seminário “A cooperação na CPLP no contexto da agenda de desenvolvimento pós 2015”, CPLP, 15 de fevereiro

• Seminário “A Negociação Colectiva em Portu-gal: Situação e Perspetivas”, CRL, 2 de fevereiro

• Seminário Internacional “Parcerias pela Igual-dade de Género: Resultados alcançados e próximos passos”, CIG, 25 de janeiro

• Seminário Final Projecto CAPACITA, da Plata-forma Portuguesa para os Direitos das Mulhe-res, CIUL, 19 de janeiro

Garantia Jovem e Aprendizagem - Missões de Assistência Técnica

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Fonte: OIT-Lisboa

Manual sobre VIH e Sida para inspetores do trabalho

Arménio Carlos foi reeleito secretário-geral da CGTP-IN

Este manual constitui um instrumento de formação de que as inspeções do trabalho (IT) podem tirar partido para capacitar o seu pessoal com as competências necessárias para abordar as questões do VIH e Sida

No seguimento do Trabalho efetuado em 2013/2014 no âmbito da Garantia Jovem, Portugal, a pedido das autoridades competentes, integrou o projeto UE/OIT “Enhancing capabilities of practitioners to design implement and monitor youth employment policies”. Neste quadro, ainda em 2015, tiveram lugar duas missões de assistência técnica, das quais demos nota no anterior número desta Newsletter. Duas atividades subsequentes tiveram lugar desde o início do ano:

Monitorização da garantia JovemEntre 24 e 26 de fevereiro, decorreu o workshop “Re-fresher workshop on performance monitoring”, que envolveu as entidades implementadoras da Garantia Jovem em Portugal. Visou consolidar o conhecimento do quadro de monitorização e apoiar a produção dos

indicadores de reporte. Teve, ainda, lugar uma reunião com responsáveis das instituições que participam na GJ tendo em vista o aprofundamento do compromisso político tendo em vista assegurar o funcionamento da rede de parceiros.

Promoção de um sistema de aprendizagem de qualidadeEntre 14 e 16 de março realizaram-se várias reuniões com os parceiros sociais, organizações empresariais e outras organizações relevantes sobre o fortalecimento dos sistemas de aprendizagem, componente dois do projeto “Qualidade dos sistemas de Aprendizagem” (OIT). Durante esta missão foram visitados dois cen-tros de formação profissional e uma escola de ensino técnico e profissional.

Lançamento da consulta públi-ca dos ODS

No dia 20 de janeiro de 2016, foi lançada a Con-sulta Pública junto da Sociedade Civil acerca da implementação da Agenda de Desenvolvimento Sustentável organizada pela Animar, CNJ, Minha Terra, PPDM, Plataforma Portuguesa das ONGD e Instituto Camões, com o apoio do UNRIC.

A OIT-Lisboa apresentou o objetivo 8 sobre traba-lho digno e crescimento económico.

Emprego jovem em congresso nacional

Conferência Sindical Internacional da CGTP-IN

9ª edição dos Indicadores Chave do Mercado de Trabalho (KILM)

Desde a sua pri-meira edição em 1999, que os KILM são considerados um inst rumento fundamental por investigadores e decisores políticos em todo o mundo. Esta 9.ª edição re-força as iniciativas da OIT que ajudam a medir o avanço dos países na im-

plementação do novo Objetivo de Desenvolvimen-to Sustentável (ODS 8) relativo ao trabalho digno e crescimento económico.

Os KILM oferecem ferramentas e dados credí-veis para que os utilizadores realizem as suas próprias análises, a partir dos dados fornecidos pelos serviços de estatística nacionais à OIT, que os compila e faz a análise das tendências do mercado de trabalho para difusão à comunidade internacional.

A CGTP-IN organizou uma Conferência Sindical Internacional acerca do “Trabalho com direitos contra a exploração pela paz e a solidariedade” a 25 de fevereiro em Almada, iniciativa que se enquadrou no seu XIII Congresso que teve lugar nos dois dias seguintes. A OIT-Lisboa esteve presente e apre-sentou uma comunicação que incidiu sobre dados recentes do mercado de trabalho mundial, a agenda do desenvolvimento sustentável bem como sobre a iniciativa do Futuro do Trabalho. Estiveram pre-sentes mais de 120 sindicalistas, representando 88 centrais sindicais de todo o mundo.

Mais de vinte especialistas e representantes de vá-rias organizações nacionais debateram durante o dia 18 de maio, políticas ativas de emprego jovem, oportunidades e soluções. A iniciativa foi da PROE-FA (Associação para a promoção da educação e formação de adultos) que no I Congresso Nacional de Emprego Jovem apresentou os resultados de um projeto que teve o apoio financeiro do Progra-ma eea grants.

A OIT-Lisboa participou no Painel I tendo feito o enquadramento internacional da problemática do desemprego jovem.

Diretora: Mafalda TronchoGestora de Programas: Albertina JordãoAssessora de Direção: Alzira MoraisResponsável do Centro de Documentação e Informação: Ana SantosPerita Associada: Catarina BragaGestora Financeira e Administrativa: Joana GomesGestor de Informação: Paulo Costa

Newsletter do Escritório da OIT para Portugal Rua Américo Durão, 12 A 1900-064 LisboaTel: +351 213 173 440/9Fax: +351 213 140 149E-mail: [email protected]ítio: www.ilo.org/lisbonTiragem: 500 Exemplares

As opiniões expressas não refletem necessariamente o ponto de vista da Organização Internacional do Trabalho.

Equipa do escritório Ficha Técnica

ANO 15 | nº36 | jan-abril 2016www.ilo.org/lisbon 4

de forma eficaz, e pode igualmente ser uma referência para as políticas e práticas de não discriminação que as IT venham a desenvolver e promover nas suas ações inspetivas

ISBN

: 978

-92-

2-82

9253

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Fonte: PROEFA