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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) 3824-5400 – opções 2 ou 3 (núcleo de relacionamento) Email: [email protected] | web: www.crcsp.org.br Rua Rosa e Silva, 60 | Higienópolis 01230 909 | São Paulo SP Presidente: Gildo Freire de Araujo Gestão 2016-2017 JANEIRO/ OFICINA TÉCNICA NBC TG 1000 - Contabilidade para PMEs (Obrigatoriedade da escrituração contábil: ajustes e aspectos práticos) Elaborado por: Walter Luiz Quaglio O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a). A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n.º 9610/1998). TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184. Agosto/2016

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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) 3824-5400 – opções 2 ou 3 (núcleo de relacionamento) Email: [email protected] | web: www.crcsp.org.br Rua Rosa e Silva, 60 | Higienópolis 01230 909 | São Paulo SP Presidente: Gildo Freire de Araujo Gestão 2016-2017

JANEIRO/

OFICINA TÉCNICA

NBC TG 1000 - Contabilidade para

PMEs (Obrigatoriedade da

escrituração contábil: ajustes e aspectos práticos)

Elaborado por:

Walter Luiz Quaglio

O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a).

A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n.º 9610/1998). TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184.

Agosto/2016

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AGENDA

Parte 1 - IntroduçãoParte 2 - Ambiente da Contabilidade FinanceiraParte 3 - Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada à PMEsParte 4 - Análise Técnica da Resolução CFC nº. 1.255/09Aprova a NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias EmpresasParte 5 - OTG – Orientação Técnica Geral nº 1000 de 21/10/2015 - Critérios e ProcedimentosContábeisParte 6 - Oficina Técnica – NBC TG 1000 - Critérios e Procedimentos ContábeisParte 7 Finalização

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Parte 1 - Introdução

1.2 - Objetivos da Palestra

ENTENDER o ambiente da Contabilidade Financeira como área do conhecimento.

ESTUDAR as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada à PMEs.

ANÁLISAR a Resolução CFC nº. 1.255/09 - NBC TG 1000 – Contabilidade paraPequenas e Médias Empresas de 10/12/2009.

COMPREENDER a OTG – Orientação Técnica Geral nº 1000 de 21/10/2015 que tratada simplificação dos Critérios e Procedimentos Contábeis aplicáveis para PMEs.

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1.3 - Requisitos Básicos

I - Apuração das Demonstrações Financeiras• B.P. / D.R.E. / M.P. / F.C. / D.V.A.;• Notas Explicativas.

II - Instrumentos Legais• Lei S/A - 6404/76 – Alterações: Lei 11.638/07 e Lei 11941/09• R.I.R. - Decreto nº 3000/99• CPC - 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis• CPC - PME - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas• Res. CFC 1255/09 – NBC TG 1000 - Contabilidade para PMEs• OTG 1000 – Orientação Técnica Geral – Modelo Contábil para ME e EPP

III - Estrutura Informacional• Plano de Contas – Focado no Negócio• Informações Econômicas e Financeiras – Gestão e Controle

Parte 2 - Ambiente da Contabilidade Financeira

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2.1 - Conceito Básico da Contabilidade Financeira

• Ramo do conhecimento, vinculado a Ciência Social, que estuda a formação evariação do Patrimônio de uma Entidade com ou sem fins lucrativos, aplicáveltambém a Pessoa Física;

2.2 - Áreas de Atuação da Contabilidade Financeira

Obs.: Para fins deste evento, vamos concentrar esforço na área: Contabilidade Financeira para PMEs

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2.3 - Conjunto das Demonstrações Financeiras - Legais

Obs.: Continua...

2.3 - Conjunto das Demonstrações Financeiras - Legais

Nota: Exceto a Demonstração do Valor Adicionado, as demais são de caráter obrigatórias para PMES

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Parte 3 - Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada à PMEs

3.1 - Base Legal Aplicada à ME e EPP

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Prof. Ms. Walter Luiz Quaglio

3.2 - Base Normativa Aplicada à ME e EPP

Nota: Para os objetivos desta atividade vamos concentrar esforço no estudo da Res. CFC 1255/-09 –Aprovou a NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas

Parte 4 - Análise Técnica da Resolução CFC nº. 1.255/09Aprova a NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e

Médias Empresas de 10/12/2009

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4.1 - Composição da Res. CFC nº 1.255/09 – NBC TG 1000

• Introdução

• 35 Seções

• Glossário de Termos – Incluído pela Resolução CFC nº 1.285/10

• 190 Páginas

Nota: A seguir vamos proceder uma análise técnica da Res. CFC nº 1.255/09

• Contabilidade para pequenas e médias empresas (PMEs)

O CFC está emitindo em separado esta Norma para aplicação às demonstraçõescontábeis para fins gerais de PMEs,...

...os objetivos das demonstrações contábeis para fins gerais diferem dos objetivosdas demonstrações contábeis destinadas a apurar lucros tributáveis;

Portanto as demonstrações contábeis elaboradas de acordo com esta Norma paraPMEs não são totalmente compatíveis com as exigências legais para fins fiscais ououtros fins específicos;

4.2 - Introdução à Análise Técnica da Res. 1.255/09

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4.2 - Introdução à Análise Técnica da Res. 1.255/09 (cont.)

• Aplicabilidade desta norma para PMEs

(a) o CFC possa decidir sobre requisitos de contabilidade e divulgaçãoapropriadas para aquela classe de empresas e

(b) as autoridades legislativas e regulatórias, preparadores, e empresas queemitem demonstrações contábeis e seus auditores estejam cientes do alcanceda aplicabilidade da NBC TG 1000 para PMEs

Nota: Na seqüência vamos analisar as principais seções, que compõem o conjunto destaNormas aplicável às PMEs.

4.3 - Seção 1 - Pequenas e Médias Empresas

I - Alcance• Esta Norma se destina à utilização por pequenas e médias empresas (PMEs).Esta seção descreve as características das PMEs.

II - Descrição de pequenas e médias empresas• Pequenas e médias empresas são empresas que:(a) não têm obrigação pública de prestação de contas; e(b) elaboram demonstrações contábeis para fins gerais para usuários

externos. Podemos citar como Exemplos de usuários externos incluemproprietários que não estão envolvidos na administração do negócio,credores da empresa e instituições financeiras.

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4.4 - Seção 2 - Conceitos e Princípios Gerais

I - Objetivo das demonstrações contábeis das PMEs• O objetivo das demonstrações contábeis de pequenas e médias empresas éoferecer informação sobre a posição financeira (balanço patrimonial), odesempenho (resultado e resultado abrangente) e fluxos de caixa da entidade,que é útil para a tomada de decisão por vasta gama de usuários...;

• Demonstrações contábeis também mostram os resultados da diligência(cuidado / zelo) da administração – a responsabilidade da administração pelosrecursos confiados a ela.

II - Características qualitativas de informação em demonstraçõescontábeis

4.4 - Seção 2 - Conceitos e Princípios Gerais (cont.)

• Compreensibilidade A informação apresentada em demonstrações contábeis deve serapresentada de modo a torná-la compreensível ...;

• Relevância A informação fornecida em demonstrações contábeis deve serrelevante para as necessidades de decisão dos usuários...;

• Materialidade A informação é material se sua omissão ou erro puder influenciar asdecisões econômicas de usuários, tomadas com base nasdemonstrações contábeis;

• Confiabilidade A informação é confiável quando está livre de desvio substancial eviés, e representa adequadamente aquilo que tem a pretensão derepresentar...;

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4.4 - Seção 2 - Conceitos e Princípios Gerais (cont.)II - Características qualitativas de informação em demonstraçõescontábeis (cont.)

• Primazia da essênciasobre a forma

Transações e outros eventos e condições devem ser contabilizados eapresentados de acordo com sua essência e não meramente sob suaforma legal.

• Prudência Prudência é a inclusão de certo grau de precaução no exercício dosjulgamentos necessários às estimativas, no sentido de que ativos oureceitas não sejam superestimados e que passivos ou despesas nãosejam subestimados.

• Integralidade Para ser confiável, a informação constante das demonstraçõescontábeis deve ser completa, dentro dos limites da materialidade ecusto

4.4 - Seção 2 - Conceitos e Princípios Gerais (cont.)

II - Características qualitativas de informação em demonstraçõescontábeis (cont.)

• Comparabilidade Os usuários devem ser capazes de comparar as demonstraçõescontábeis da entidade ao longo do tempo, a fim de identificartendências em sua posição patrimonial e financeira e no seudesempenho

• Tempestividade Tempestividade envolve oferecer a informação dentro do tempo deexecução da decisão. Se houver atraso injustificado na divulgação dainformação, ela pode perder sua relevância

• Equilíbrio entrecusto e benefício

Os benefícios derivados da informação devem exceder o custo deproduzi-la. A avaliação dos custos e benefícios é, em essência, umprocesso de julgamento

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4.5 - Seção 3 - Apresentação das Demonstrações Contábeis

I - Alcance desta seção• Esta seção detalha a adequada apresentação das demonstrações contábeis,o que é exigido para que essas demonstrações estejam em conformidade coma NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas...;

II - Freqüência de divulgação das demonstrações contábeis• A entidade deve apresentar um conjunto completo de demonstraçõescontábeis (inclusive informação comparativa) pelo menos anualmente.

4.5 - Seção 3 - Apresentação das Dem. Contábeis (cont.)

III - Conjunto completo de demonstrações contábeis• O conjunto completo de demonstrações contábeis da entidade deve incluirtodas as seguintes demonstrações: balanço patrimonial ao final do período; demonstração do resultado do período de divulgação; demonstração do resultado abrangente do período de divulgação. A demonstração doresultado abrangente pode ser apresentada em quadro demonstrativo próprio ou dentrodas mutações do patrimônio líquido. A demonstração do resultado abrangente, quandoapresentada separadamente, começa com o resultado do período e se completa comos itens dos outros resultados abrangentes; demonstração das mutações do patrimônio líquido para o período de divulgação; demonstração dos fluxos de caixa para o período de divulgação; notas explicativas, compreendendo o resumo das políticas contábeis significativas eoutras informações explanatórias.

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4.6 - Seção 4 - Balanço Patrimonial

I - Alcance desta seção• Esta seção dispõe sobre as informações que devem ser apresentadas nobalanço patrimonial e como apresentá-las. O balanço patrimonial apresenta osativos, passivos e patrimônio líquido da entidade em uma data específica – ofinal do período contábil;

• A seguir apresenta-se um modelo estrutural do Balanço Patrimonial com basenos aspectos legais e normativos.

4.7 - Modelo Estrutural do Balanço Patrimonial

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4.7 - Modelo Estrutural do Balanço Patrimonial (cont.)

4.7 - Modelo Estrutural do Balanço Patrimonial (cont.)

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4.7 - Modelo Estrutural do Balanço Patrimonial (cont.)

4.8 - Seção 5 - Demonstração do Resultado

I - Alcance desta seção• Esta seção exige que a entidade apresente seu resultado para o período contábil dereporte – isto é, seu desempenho financeiro para o período

II - Apresentação do resultado• A entidade deve apresentar na demonstração do resultado do exercício todosos itens de receita e despesa reconhecidos no período, exceto aqueles quesão reconhecidos no resultado abrangente conforme permitido ou exigido poresta Norma.• A seguir apresenta-se um modelo estrutural da Demonstração do Resultado

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4.9 - Modelo Estrutural da Demonstração do Resultado

4.9 - Modelo Estrutural da Demonstração do Resultado (cont.)

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4.9 - Modelo Estrutural da Demonstração do Resultado (cont.)

4.9 - Modelo Estrutural da Demonstração do Resultado (cont.)

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4.10 - Seção 5 - Demonstração do Resultado Abrangente

I - Alcance desta seção• Esta seção exige que a entidade apresente os efeitos de receitas e despesas nãoreconhecidos no resultado do exercício, conforme permitido ou exigido por estaNorma.

II - Apresentação do Resultado Abrangente• A demonstração do resultado abrangente deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas: (a) resultado líquido do período; (b) cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza

(exceto montantes relativos ao item “c” abaixo); (c) parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial; e (d) resultado abrangente do período.

4.11 - Modelo Estrutural da Dem. do Resultado Abrangente

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4.12 - Seção 6 - Dem. das Mutações do Patrimônio Líquido

I - Alcance desta seção• Esta seção dispõe sobre as exigências para a apresentação das mutações nopatrimônio líquido da entidade.

II - Objetivo da DMPL• A demonstração das mutações do patrimônio líquido objetiva apresentar:Resultado da entidade para um período contábil;Itens de receita e despesa reconhecidos diretamente no patrimônio líquido;Efeitos das mudanças de práticas contábeis e correção de erros reconhecidos noperíodo;Os valores investidos pelos proprietários; eDividendos e outras distribuições para os proprietários durante o período.

4.13 - Modelo Estrutural da Dem. Mut. do Patrimônio Líquido

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I - Alcance desta seção• Esta seção dispõe sobre as exigências para a apresentação no case deopção da entidade pela demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados.

4.14 - Seção 6 - Dem. Dos Lucros ou Prejuízos Acumulados

II - Objetivo da DLPA• A demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados apresenta o resultadoda entidade e as alterações nos lucros ou prejuízos acumulados para o períodode divulgação.

4.15 - Modelo Estrutural da DLPA

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4.16 - Seção 7 - Demonstração dos Fluxos de Caixa

I - Alcance desta seção• Esta seção dispõe sobre as informações que devem ser apresentadas nademonstração dos fluxos de caixa e como apresentá-las.• A demonstração dos fluxos de caixa fornece informações acerca dasalterações no caixa e equivalentes de caixa da entidade para um períodocontábil, evidenciando separadamente as mudanças nas atividades:• operacionais;• atividades de investimento;• atividades de financiamento.

II - Divulgação dos fluxos de caixa das atividades operacionais• A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das atividades operacionaisusando: O método indireto, segundo o qual o resultado é ajustado pelos efeitos dastransações que não envolvem caixa, quaisquer diferimentos ou outros ajustes porcompetência sobre recebimentos ou pagamentos operacionais passados ou futuros, eitens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades deinvestimento ou de financiamento; ouMétodo utilizado para fins de publicação.

O método direto, segundo o qual as principais classes de recebimentos brutos decaixa e pagamentos brutos de caixa são divulgadas. Método aplicável para fins de gestão.

4.16 - Seção 7 - Demonstração dos Fluxos de Caixa (cont.)

Nota: Para fins deste evento vamos verificar o modelo aplicável ao Método Direto, já que as PMEs não estão sujeitas a publicação desta demonstração.

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4.17 - Modelo Estrutural da DFC

Parte 5 - OTG – Orientação Técnica Geral nº 1000 de 21/10/2015Critérios e Procedimentos Contábeis

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• A Finalidade desta OTG 1000 é esclarecer assuntos que têm gerado dúvidas quantoaos critérios e procedimentos contábeis simplificados que devem ser adotados pelasME e EPP, notadamente os seguintes:(a) obrigatoriedade de manutenção de escrituração contábil;(b) regime de competência versus regime de caixa;(c) mensuração e critérios de avaliação de estoques;(d) perda por desvalorização de ativo (impairment);(e) reconhecimento proporcional das receitas de serviços;(f) demonstrações contábeis comparadas;(g) notas explicativas; e(h) carta de responsabilidade da administração

Nota: Estes critérios e procedimentos são objetos de estudos a seguir:

5.1 - Objetivo e Alcance da OTG 1000

5.2 - Obrigatoriedade de Manutenção de Escrit. Contábil

• A adoção da ITG 1000 – Modelo Contábil para ME e EPP não desobriga esse tipo deentidade a manter a escrituração contábil regular.

• As ME e EPP estão obrigadas à manutenção de escrituração contábil regular e aelaborar demonstrações contábeis anuais.

• Entretanto é permitido, adotar um modelo de escrituração contábil e de elaboraçãode demonstrações contábeis bem mais simples

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• ... a ITG 1000 alcança todas as ME e EPP, mesmo aquelas que não estão enquadradasno regime tributário do Simples Nacional, cabendo destacar ao que está previsto noArt. 65 da Resolução GCSN/2011:

“A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional poderá, opcionalmente, adotar a contabilidade simplificada para os registros e controles das operações realizadas, atendendo-se às

disposições previstas no Código Civil e nas Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade”.

Conclusão:• ME e EPP – Obrigatório a Escrituração Contábil.

5.2 - Obrigatoriedade de Manutenção de Escrit. Contábil (cont.)

• A ITG 1000 (itens 8 e 9) estabelecem que a escrituração contábil deve serrealizada com observância aos Princípios de Contabilidade, aprovados pelaRes. CFC n.º 750/1993

5.3 - Regime de Competência versus Regime de Caixa

• A apresentação da escrituração contábil regular, em especial do Livro Diário edo Livro Razão, dispensa a ME e a EPP da apresentação do Livro Caixa. Esseentendimento também está previsto no parágrafo 3º do Art. 61 da ResoluçãoCGSN n.º 94/2011.

Conclusão: • Escrituração Contábil pelo Regime de Competência

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5.4 - Lançamentos Contábeis Diários e Mensais

• A ITG 1000 (item 10) estabelece que “os lançamentos contábeis no LivroDiário devem ser feitos diariamente. Permite-se também que os lançamentossejam feitos ao final de cada mês, baseado nos livros ou outros registrosauxiliares escriturados em conformidade com a ITG 2000 – EscrituraçãoContábil, aprovada pela Resolução CFC nº 1.330/2011”.

• Considerando o atual nível de informatização da escrituração dos livrosexigidos e mantidos pela ME e EPP, os arquivos eletrônicos dos lançamentosdiários realizados nos livros fiscais podem ser utilizados para fins daescrituração contábil por meio de “exportação” e “importação” de arquivosentre os sistemas informatizados de escrituração.

Conclusão:• Registros contábeis em partidas mensais com base em livros fiscais;• Permitido escrituração por meio informacional de exportação e importação de arquivos

5.5 - Mensuração e Critérios de Avaliação de Estoques

• A ITG 1000 (item 16) estabelece que “o custo dos estoques deve sercalculado considerando os custos individuais dos itens, sempre quepossível”.

• Caso não seja possível a obtenção dos custos individuais, o custo dosestoques deve ser calculado pelo método PEPS - Primeiro que Entra, Primeiroque Sai ou o método do CMP - Custo médio ponderado”.

• A previsão da ITG 1000 (item 17) estabelece que “os estoques devem sermensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido”.

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5.5 - Mensuração e Critérios de Avaliação de Estoques (cont.)

• No caso de apuração de perda estimada com desvalorização dos estoques o registrocontábil do evento é o seguinte:

Débito: Conta de ResultadoProvisão para Perdas Estimadas nos Estoques

Crédito: Conta Patrimonial (BP - Redutora no Estoques – Ativo Circulante)Perda Estimada para Redução ao Valor dos Estoques Recuperáveis

5.6 - Perda por Desvalorização de Ativo (impairment)

• A previsão da ITG 1000 (itens 20 e 21) acerca da perda por desvalorizaçãode ativo tem por objetivo evitar que a ME e EPP apresentem ativosimobilizados por valor superior ao valor que são capazes de gerar emfluxos de benefícios econômicos presentes e futuros.

• Entendendo os significados dos termos: Fluxo: ato ou modo de fluir / proceder / decorrer Benefícios: vantagem / proveito / obtenção Econômicos: recursos financeiros / bens / direitos

• Constituir a perda por desvalorização de ativo no resultado anual quandoexistirem "evidências observáveis" ou “indícios” de que essa desvalorizaçãoocorreu.

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• Essa avaliação ou identificação não exige maiores conhecimentos eenvolvimento de especialistas. Citamos, como exemplos, as seguintessituações:(a) modelo de veículo utilizado parou de ser fabricado; não havendo mais peças dereposição no mercado. Declínio significativo no valor de mercado;(b) determinado equipamento eletrônico que não vai mais ser utilizado em face dolançamento no mercado de equipamentos similares mais econômicos (obsolescência);(c) máquina quebrada que não tem mais conserto (quebra).

5.6 - Perda por Desvalorização de Ativo (impairment) (cont.)

• Registro contábil da perda estimada com desvalorização do ativo imobilizado:Débito: Conta de Resultado

Provisão para Perdas Estimadas no ImobilizadoCrédito: Conta Patrimonial (BP - Redutora no Ativo Imobilizado)

Perda Estimada para Redução ao Valor do Imobilizado Recuperável

5.7 - Reconhecimento Proporcional das Rec. Serv. Prestados

• A ITG 1000 (tem 24) estabelece que “a receita de prestação de serviço deve ser reconhecida na proporção em que o serviço for prestado”.

• Essa exigência somente é aplicável ao término de cada exercício socialque prestam serviços de forma contínua e com contratos que ultrapassemo término do exercício social.

• Base para o Registro Contábil da Receita de Serviços Prestado Proporcionais:% de realização dos serviços contratados Gastos incorridos para a realização dos serviços contratados

Débito: Conta Patrimonial (BP) – Clientes – Serviços a FaturarCrédito: Conta de Resultado – Prestação de Serviços Contratada

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5.8 - Demonstrações Contábeis Comparadas

• A ITG 1000 (letra “c” do item 28) estabelece que a ME e EPP devem elaborare apresentar as demonstrações contábeis ..., de forma comparada com as doexercício imediatamente anterior.

• A apresentação de forma comparada possibilita atendimento àsnecessidades dos usuários externos (instituições financeiras, fornecedores,licitantes, entre outros)...

• Nos casos em que a ME e a EPP façam uso de sistemas informatizados(software) que não apresentem essa funcionalidade, será permitidoapresentar as demonstrações contábeis referentes ao ano encerrado, sema apresentação do ano anterior, até 31 de dezembro de 2016.

5.9 - Notas Explicativas

• A ITG 1000 (item 39) estabelece a divulgação mínima de informações que a ME eEPP devem fazer por meio de notas explicativas,... juntamente com as demonstraçõescontábeis anuais.

• Com o objetivo de melhor esclarecer e orientar sobre os principaisconteúdos que a ME e a EPP devem divulgar ou evidenciar, esta orientaçãoapresenta, de forma exemplificativa, os seguintes textos de notas explicativas:a) Nota sobre a “Declaração de Conformidade” ou nota sobre “Base de Preparação e

Apresentação”b) Nota sobre “Descrição Resumida das Operações”c) Nota sobre “Principais Práticas e Políticas Contábeis Adotadas”d) Nota sobre “Contingências Passivas”e) Nota sobre Qualquer outra Informação Relevante

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5.10 - Carta de Responsabilidade da Administração

• ITG 1000 (itens 12 a 14), tratam da Carta de Responsabilidade daAdministração, têm por objetivo definir e estabelecer a obrigatoriedade daexistência formal de instrumento legal que evidencie e assegure aresponsabilidade da administração da ME e da EPP na implantação emanutenção dos controles internos, bem como no fornecimento, ao profissionalda contabilidade, das informações e documentações completas, necessárias àadequada realização da escrituração contábil e à elaboração dasdemonstrações contábeis anuais.

• Esta orientação esclarece que a formalização da responsabilidade daadministração da ME e da EPP pode ser atendida, de forma alternativa àcarta, mediante a inserção, no “Termo de Encerramento” do Livro Diário ...nos seguintes termos:A administração da empresa declara que:(i) possui controles internos necessários ao suporte e respaldo da escrituração contábil

e das Demonstrações Contábeis anuais;(ii) não praticou atos contrários às normas e à legislação vigente aplicável;(iii) documentou todas as operações e transações realizadas pela empresa e asencaminhou para o profissional da contabilidade, visando aos devidos registroscontábeis por meio de documentação hábil e idônea; e(iv) forneceu toda a informação necessária para a adequada elaboração dasdemonstrações contábeis anuais e suas notas explicativas do exercício social findo emXX/XX/XXXX

5.10 - Carta de Responsabilidade da Administração (cont.)

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Parte 6 - Oficina Técnica – NBC TG 1000Critérios e Procedimentos Contábeis

6.1 - Exercícios para Consolidação do Conhecimento

• Anexo arquivo em PDF as seguintes questões para consolidação do conhecimento:Parte 1 - Escrituração Contábil: 4 Questões (a - b - a - a)Parte 2 - Balanço Patrimonial: 2 Questões (d - b)Parte 3 - Demonstração do Resultado: 4 Questões (a - c - c - a)Parte 4 - Demonstração do Fluxo de Caixa: 4 Questões (d - c - a - d)Parte 5 - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido: 4 Questões (b - a - a - b)Parte 6 - Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados: 3 Questões (b - c - d)Parte 7 - Demonstração do Valor Abrangente: 2 Questões (b - c)Parte 8 - Notas Explicativas: 4 Questões (b - b - d – d)

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