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CINEMARK BRASIL.15 ANOS DE FINAIS FELIZES.E ISSO É SÓ O COMEÇO.

A rede Cinemark está completando 15 anos de Brasil. E podemos dizer que, nesse tempo todo, ajudamos a mudar o jeito do brasileiro ver cinema. Temos orgulho da nossa história e agradecemos a todos que fi zeram e fazem parte dela.

Cinemark. Há 15 anos levando a magia do cinema para a vida dos brasileiros.

cinemark.com.br

cinemarko� cial

Cinemark 15 anos Revista 20.2x26.6.indd 1 27/08/12 12:08

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editorial sumário

86

910

24

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20

Memes

Colabs

Tirinhas

Literatura

Teatro

Cinema

Moda

Crônicas

Poster

Crônicas

Música

Cotidiano

Começo o editorial desta edição questionando: Você é feliz com o que escolheu fazer da sua vida profissional?

Acredito que muitas pessoas ainda não tem certeza de suas escolhas profissionais, tanto que muitos decidem mudar de curso durante a universidade e outros mudam a atuação em uma fase já avançada de uma carreira sól-ida. Mas, como saber o que fazer da vida? É só responder as perguntas: Você tem talento pra que? Tem afinidade com qual disciplina? Qual carreira quer seguir afinal? Será que vai dar dinheiro? O que faz, te deixa feliz? Pode ser que você faça essas perguntas em todas as fases da sua vida.

Ouvimos muitas vezes que precisamos tomar uma decisão definitiva e sabemos o quanto é difícil faze-la. Porém, sempre há a chance de escolher a opção errada, e aí, teremos de lidar com a insatisfação, aprender com nossos erros e tomar uma atitude que acerte o rumo da nossa vida.

Atitude é a palavra chave para a conquista da independência individual. Devemos alcançar me-tas, conquistar objetivos. E quando você tiver prazer em fazer algo que o torna uma referência profissional, tenha certeza que esse é o caminho para uma carreira de sucesso.

Acredito que segredo do sucesso, em qualquer profis-são, é fazer, mostrar do que você é capaz, sempre deix-ando claro sua missão, visão e valores. Nunca se venda por nada, as ideias e ideais devem sair da sua cabeça, depois do papel e finalmente se tornarem obras, assina-das por você.

Para esta edição, teremos matérias de colaboradores que fazem o que acreditam, nas mais variadas áreas de atuação. Eles estão aqui na Offline simplesmente para mostrarem quem são e o que pensam, publicando e dis-seminando suas ideias para várias mentes universitárias de todo país.

Se você tem ideias para compartilhar, está convidado para se juntar a nós.

Um abraço.

Jonas FalascoEditor

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Ex

ped

ien

tecolabs

Publisher Comercial

Planejamento Financeiro

Recepção

Serviços geraisOperações

Edição

Arte

Redação

Rodrigo Clemente Fabíola ToschiAline PereiraMayara Clemente

Representante DFUlysses [email protected] 9975 6660

Ano 5 - Edição nº31Impressão: LeografAuditoria de tiragem: Baker Tilly

Rua General Jardim, 846, 5º andar

Vila Buarque - São Paulo - SP

CEP 01223-010 tel.: 3125 0200

www.offline.com.br

Distribuida gratuitamente nos

principais campi do Brasil, em

cerca de 300 instituições de ensino.

Felipe Abramides Murilo Oliveira

Fabio Fernandes

Nilza Merçês

Luciana Ferreira

Natalia Costa

Jonas Falasco

Nat de AbreuLeonardo FlauzinoThomas Omarsson

Fábio Noro

Thomas Omarsson – #memes – memes@offl ine.com.br

Gerson Couto – #literatura – l i teratura@offl ine.com.br

Patrícia de Souza – #teatro – teatro@offl ine.com.br

Micael Bretas – #cinema – cinema@offl ine.com.br

Mariana Santiloni – #moda – moda@offl ine.com.br

Lívia Marselha – #moda – moda@offl ine.com.br

Bor Zanon – #crônicas – crônicas@offl ine.com.br

Anderson Mafra – #crônicas – crônicas@offl ine.com.br

Thatiane Souza – #crônicas – crônicas@offl ine.com.br

Giovanna Offer – #crônicas – crônicas@offl ine.com.br

YouDoMeToo – #música – facebook.com/youdometoo

Swing da Vovó – #música – facebook.com/swingdavovo

CPM 22 – #música – facebook.com/cpm22

Renata Longhi – #web 2.0 – web2.0@offl ine.com.br

Pedro Junior – #cotidiano – cotidiano@offl ine.com.br

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São vocês que fazem a offline:

O Bicicleta Sem Freio é um estúdio de criação focado em ani-mação e ilustração.

Executamos as ideias de nossos clientes com soluções criativas e inovadoras para que suas marcas se destaquem. Temos proje-tos desenvolvidos para AlmapBBDO, Sony, Converse, Abrafin, Bolshoi Pub, Abril Editora, Computer Artes, Levi’s, Globo Editora, Monstro Discos, MTV, Nike, Vh1, MultShow, C&A, Revista TRIP e entre outros.

Nosso trabalho também ilustra o material gráfico de diversas bandas do cenário independente internacional e grandes festivais de cultura.

O estúdio se tornou referência na região Centro-Oeste pela forma inovadora com que abordamos os projetos.

Conseguimos a admiração da comunidade nacional e internac-ional, graças à sedimentação da comunicação on-line.

www.novomeio.com.br

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Comoeumesintoquando

Comédia de Gamers

Gerador de Dubstep

Uma boa Ação

Memeismo

http://comoeumesintoquando.tumblr.com

http://www.dorkly.com/

http://osprofanos.com/objetivo-perca-o-seu-tempo-4/

http://www.youtube.com/watch?v=T-dGeqObr-I&feature=share&list=PL57ED0199F1081A6E

https://www.facebook.com/Memeismo

Trata-se de um tumblr muito divertido que está na moda há algum tempo. O mais legal, é que várias faculdades se inspiraram na ideia desse tumblr para criar um semelhante, só que com piadas e referências da própria faculdade. Procure saber se a sua tem.

Com certeza o Dorkly é um dos sites mais legais para quem joga, ou jogou muito video game nessa vida. O site reune tirinhas e vídeos muito engraçados, cujo tema sem-pre são games de sucesso. Passe lá e confira o Mario, o Link, a galera do Mortal Kombat, o pessoal do Pokemón e muitos outros em situ-ações totalmente inesperadas.

Se o seu objetivo para o dia for vagabundear, temos uma sugestão! Para o seu ócio não ficar tão monó-tono, dê uma fuçada nesse gerador de Dubstep. Não se trata de um fenômeno da internet, mas é bem divertido.

A música Ainda Espero, da banda Holdana, foi composta em hom-enagem à mãe de dois inegrantes da banda, que sofre de Alzheimer. Os cachês de toda a produção do clipe desta música será doado para a ABRAZ (Associação Brasileira de Alzheimer). A música é bem legal, vale a pena ouvir.

É uma página no Face recém inaugurada, cujo propósito é fazer montagens contendo o rosto do Cristo restaurado na Espanha. Bom, basicamente é isso, mas é bem legal. Vai lá ver!!!

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Fabio Coala - Vencedor do Concurso Joãos e Joanas

Marco Oliveira - www.overdosehomeopatica.com

Wesley Samp - oslevadosdabreca.com.br

Dica da Offline

Joãos & Joanas – Primeiras Impressões

Autor: Pedro Hutsch Balboni Editora: Meu Bolso (independente)

Contatos: Pedro Hutsch Balboni [email protected]/joaosejoa-

[email protected] (11) 99659-5612

memes tirinhas

[email protected]@offline.com.brThomas Omarssontexto:

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Não morrer como nos filmes de terror? Como

assim? Todo mundo em algum momento já

pensou nisso, fosse durante o filme, quando

o protagonista começa a agir de forma não muito

inteligente ou durante uma conversa num grupo

amigos, twitter ou qualquer outro lugar. Não acender

a luz antes de entrar no recinto, adentrar em casas

abandonadas e evocar espíritos são apenas algumas

dentre as milhares de ações que resultaram na

morte de uma infinidade, desde o primeiro filme de

terror até às produções atuais. Se devido à repetição

transformaram-se, por ordem do público, em regras,

trata-se de outra questão. A verdade é que aqueles

que seguem tal caminho quase sempre morrem.

A ideia, altamente curiosa e que percorre o

imaginário dos cinéfilos transformou-se em realidade

a partir do momento em que o autor Gerson Couto

decidiu fazê-lo. Mas por que terror? Gerson se

assume como fã do cinema, mas primeiramente como

fã do gênero terror, o qual acompanha desde quando

criança. O primeiro filme que lembro ter assistido foi

Gremlins. Toda aquela confusão, criaturas, morte e

ironia me encantaram. Eu tinha quatro anos, estava

na cama dos meus pais e cada vez um dos Gremlins

matava alguém eu pulava empolgado, com se fosse

fazer parte da cena. Lembro-me perfeitamente da

vontade de ter um deles e causar o pandemônio

na cidade onde vivia. Cresci assistindo todos os

filmes que conseguia alugar e que passavam na TV.

Aos oito anos, ganhei de aniversário dos meus pais

uma assinatura da extinta revista SET e também a

possibilidade de alugar 6 filmes a cada 15 dias. Ao

completar 29 anos, tendo por 25 acompanhando o

gênero, numa noite, enquanto re-assistia A Vingança

de Jennifer, tive a ideia. Revisitei várias obras,

estudei, pesquisei as anotações que fazia para mim

sobre os filmes e fui trabalhando sem pensar no

produto final, pois em vários momentos achei que

não conseguiria fechar o material. Até que, sem

imposição por um determinado número, cheguei ao

3355. Acredito no meu trabalho por uma questão

muito simples: Vivência e paixão. Talvez por isso não

me arrisque a fazer trabalhos semelhantes fora do

gênero terror. Foram anos assistindo e criando, como

espectador, conexões e entendimentos acerca dos

filmes, o que me permitiu apresentar, no final, um

livro de conteúdo denso. E isso somente a vivência

sobre o tema pode dar a alguém, aliado à disciplina

e foco. Aproveito também para dizer que nunca

matei ninguém, após tantos anos de terror, rssss.

Ao término do trabalho, Gerson pensou em

ninguém menos que José Mojica Marins, bastante

conhecido com Zé do Caixão, para prefaciar seu

trabalho. Ao meu ver, ninguém além dele poderia

prefaciar o 3355. Cresci assistindo seus filmes, o

extinto Cine Trash (TV Bandeirantes) e sua figura

sempre permaneceu forte em meu imaginário. Ao

terminar o livro, imprimi uma cópia e junto enviei-

lhe uma carta, convidando-o e explicando por que

somente ele e mais ninguém poderia prefacia-lo.

Para minha felicidade (e dos fãs do gênero também)

ele aceitou. Sinal de que aprovou o trabalho. E se ele

aprovou, é a certeza de que realizei um bom trabalho.

“Como pai do terror e representante maior

em nosso país, apresento a você, leitor, 3355

Situações Que Você Deve Saber Para Não Morrer

Como Nos Filmes de Terror. Um trabalho atual,

original e ousado...” - José Mojica Marins

Não se prendendo a nacionalidades e épocas,

passando por filmes como Gremlins, Shakma, O

Cérebro, O Maníaco, À Meia Noite Levarei Sua

Alma, O Hospedeiro, O Ataque das Formigas

Gigantes, Carmilla, O Chamado, Ju-On (O Grito),

Mestre dos Brinquedos, Sexta-Feira 13 e muitos

outros, Gerson aborda as situações apresentadas

pelos mais de 800 filmes analisados deixando de

lado qualquer semelhança com um guia de cenas

de morte. As situações foram colocadas de forma

que muitos as reconhecerão em um ou mais filmes,

e mesmo aqueles que não assistiram mais que

cinco filmes do gênero não ficarão perdidos pelo

trabalho, tendo sua diversão garantida num dos

maiores livros do gênero já publicados no Brasil.

Separados por capítulos um tanto quanto curiosos

(Ala Psiquiátrica, Animais e Insetos, Bullying,

Mortos-Vivos, Relações Sexuais e muitos outros),

apresentamos abaixo algumas das situações citadas

no livro, mantendo também sua numeração.

04. Nada de internar alguém numa clínica psiquiátrica com uma nova proposta, como a de viver e trabalhar numa comunidade rural. Pode parecer interessante, mas não é. (Ala Psiquiátrica).

1816. Evite carregar um espantalho, mesmo que o esteja levando à plantação. Pode estar vivo. Mande alguém fazê-lo. (Espantalhos)

1817. O sobrenatural pode se passar por você, em todas as possibili¬dades. Seja esperto para saber a diferença! (Espíritos, Demônios & Fatos Sobrenaturais)

2033. Caminhões do exército, quando passam a recol-her o lixo das casas das pessoas periodicamente, pode ter certeza de que algo acontecerá. E quase sempre tem ligação com extraterrestres. (Extraterrestres)

2132. Irmãs muito unidas sempre carregam algo perigoso. Um vírus, maldição, parto, segredo e, quando tudo não parece ser suficiente, transformam-se em lobisomens. Afaste-se delas. (Lobisomens)

2178. Certos cinemas contêm câmaras secretas desti-nadas ao culto ao demônio. (Lugares)

2506. Não seja uma mãe relapsa, do tipo que transa com qualquer vagabundo e ainda por cima alcoólatra. Seu filho será tão humilhado na escola que cultivará um ódio pelo mundo. (Mães)

2814. Nada de aproveitar que a garota está desmaiada num milharal para satisfazer suas vontades carnais. O assassino tudo vê e vocês morrerão. (Relações Sexuais)

Site do autor: http://www.gersoncouto.com/Blog: http://www.quandooescritorparadeescrever.com/Book-trailer: http://www.youtube.com/watch?v=fIEdmbJ3M1Q

Janet Leigh, em Piscose, de Alfred Hitchcock. Uma das mais famosas cenas do cinema

874. Não seja radical em atrair ratos com pedaços de queijo em sua boca. Você pode se dar mal. (Animais e Insetos)

123. Encontrando o corpo assassinado de sua mãe dentro do armário, cuidado ao tentar tirá-lo. O armário cairá, prendendo você junto ao corpo e, devido ao peso e tudo mais, você não resistirá. (Amizade, Pessoas & Família)

1314. Assassinos conhecem muito bem o truque da vítima que joga algo numa direção e corre para outra. Portanto, seja mais esperta.(Assassinos Mascara-dos, Sobrenaturais e...)

1495. Certas entidades maléficas surgem até mesmo num telefone público. (Comunicação)

1601. Crianças são curiosas, e curiosidade mata. (Crianças)

1698. Você é um traficante de animais e alguém te con-trata para levar uma criatura que você nunca viu antes. Não aceite. Ela vai te matar durante a viagem e causará destruição aos demais. (Criaturas)

literatura

[email protected] Coutotexto:

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Imagine postar em uma rede social um

comentário pessoal. Seu chefe, que usa a

mesma rede e é um dos seus contatos, pede

para retirar o comentário, para não passar

a impressão de que estaria reclamando da

empresa, apesar do comentário não se referir à

sua vida profissional. Alguns dos seus colegas

interpretaram o ocorrido como uma invasão de

privacidade por parte dele. E agora, como lidar

com essa situação?

Viver em rede é um fato. Compartilhar, curtir,

comentar, todos já se tornaram verbos comuns

em nosso cotidiano online e offline. É o virtual

interferindo no real e vice-versa. A situação

descrita é um exemplo dessa interferência e é

por isso que alguns colegas interpretaram como

invasão de privacidade, e talvez outros, podem

ter achado correta a atitude do seu chefe. Não

há um único código de conduta nas redes sociais

e algumas regras, usadas como parâmetros de

bom comportamento, estão sendo construídas

através da prática e do dia a dia do usuário.

O bom senso ainda é o melhor amigo de todos

nós que enxergamos vantagens em fazer parte

destas redes de contato.

À medida que você aceitou pessoas do

trabalho como “amigos” nas redes sociais,

automaticamente, passa a ter uma postura

a zelar. Ou seja, terá que se policiar com

os conteúdos que posta e comenta, pois

comentários sem contexto podem gerar um

problema de interpretação e como conseqüência,

uma situação delicada em relação à sua imagem

no ambiente profissional. Uma alternativa pode

ser ter dois perfis, um em que tem contatos

profissionais e outro que tem só amigos e

contatos pessoais. Mais uma alternativa é

adicionar contatos do trabalho apenas em redes

sociais que você definiu que tem um uso mais

profissional como, por exemplo, o LinkedIn e

os contatos pessoais no Facebook. Aí caberá a

você direcionar suas postagens e comentários

de acordo com essa definição. O limite e o uso

que fará das redes sociais é você quem deve e

pode estabelecer.

Excluir seu perfil dessas redes sociais não

é a única solução e você deve refletir sobre as

conseqüências antes de agir nessa direção. O

problema de não estar nas redes sociais é estar

fora do que é uma tendência de comportamento,

fundamental para compreender hábitos de

consumo de clientes e consumidores. Já tiveram

outras tendências de comportamento e outras

novas ainda virão, no entanto, acredito que não

acompanhá-las e não vivenciar como usuário

essa nova maneira de se relacionar e conectar

pode prejudicar sua carreira. Além disso,

atualmente, as redes sociais têm se configurado

como um dos canais mais importantes

para atração, captação e identificação de

profissionais para as empresas, sem contar

a possibilidade de construção de networking

e futuras indicações para oportunidades de

carreira que vão de encontro aos seus interesses.

Então, antes de excluir o seu perfil ou ficar

chateado com a postura do seu chefe, foque no

aprendizado importante que essa situação te

trouxe sobre o seu uso das redes sociais. Veja

como quer se posicionar e quem você quer ter

como contato e aonde. Depois de ter feito isso,

se você ainda tiver dúvida se deve ou não postar

algo, reflita se você falaria aquilo ao vivo.

Sofia Esteves é psicóloga com especialização

em recursos humanos e presidente do Grupo

DMRH

cia de talentos

www.ciadetalentos.com.brSofia Estevestexto:

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Falar da profissão do ator não é tarefa fácil, mas

o que interessa aqui é abordar mais do que uma

simples discussão sobre a profissão. Por isso,

talvez seja melhor se referir ao “ofício” do ator e àquilo

que o move a escolher esse caminho, tão delicado,

árduo, encantador e intenso, e consequentemente aos

obstáculos que existem quando se opta por essa via.

No meu caso, por exemplo, tenho desde criança uma

simpatia, um bem-estar, uma admiração por teatro,

como qualquer criança quando apresentada a esse

universo. Por acaso ou por destino, como queiram, o que

aconteceu foi que esse encantamento nunca foi quebrado,

havia sempre um desejo de continuar fazendo parte

daquilo, como espectadora ou como uma pequenina

acompanhante e sobrinha (assim mesmo espectadora)

de uma grande atriz que só tinha como opção levar sua

sobrinha ao seu “trabalho” para poder tomar conta dela

(o que para mim era a melhor opção que poderia haver).

O que não imaginaram é que essa vontade persistiria e

com ela nasceria uma atriz.

Hoje, e somente hoje, percebo que a resistência

da própria família em relação a essa escolha tinha

total fundamento, zelo e preocupação (como toda

família que se preze), afinal, não é um “ofício” fácil,

também não existe uma fórmula, um caminho a

seguir, como, onde, por onde.

A própria Fernanda Montenegro, quando questionada

numa entrevista à Globo News sobre qual conselho daria

a alguém que está começando, não hesitou em dizer:

“Desista!” E ela mais do que ninguém sabe perfeitamente

quão desafiante é seguir essa carreira.

Alguns dizem que o melhor é estudar em uma boa

escola de teatro e depois “ir à luta”, o que pode significar

milhões de coisas, dependendo da sua afinidade, das

oportunidades e da sua vontade; pode-se fazer desde

publicidade para TV, passando por novelas, testes para

peças e filmes (tanto amadores como profissionais) até

dublagem (uma deliciosa opção). Outro caminho, por

que não, é passar a frequentar diversas festas para fazer

amigos e conhecer pessoas do ramo e assim aumentar

o seu QI (quem indica), por exemplo. Também vale

fazer novos cursos e participar de workshops. Você

também pode criar seu próprio projeto teatral e ir atrás

para realizá-lo. Não descartamos ainda dar aulas em

escolas, trabalhar como freela em outro trabalho visando

conseguir certa estabilidade financeira para ir atrás do

seu “real” objetivo, entre tantas outras possibilidades. O

importante é não ficar parado!

Para entender melhor ou simplesmente saber

como funciona a carreira de ator atualmente, fomos

atrás de excelentes atrizes de três gerações diferentes

para nos contar um pouco do começo, da trajetória e

das dificuldades e dar algumas dicas para quem está

começando agora.

Patrícia Scalvi (atriz, dubladora e diretora)

É a voz de Angelica Houston no filme Convenção das

bruxas, a de Mortícia em A família Addams, a da mãe da

Angélica no desenho Os Anjinhos, a de Elvira no filme

Elvira, a Rainha das Trevas, entre milhares de outros

sucessos. Atualmente faz a voz da fofa da tia Nastácia no

desenho Sítio do Picapau Amarelo da TV Globo.

“Quando assisti a ‘Rei Momo’ (teatro popular levado

à periferia) aos 14 anos, peça do César Vieira, fiquei

com muita vontade de atuar. Pedi muito para entrar

no grupo e, de tanta insistência, consegui entrar para o

coro. Depois de um tempo, consegui um papel. Logo em

seguida, conheci o Arthur Leopoldo, que me levou para

um grupo de teatro, o Timol, em que estavam Marcos

Caruso e Iacov Hillel.

Você acaba se habituando com a instabilidade

econômica. Fui fazendo teatro, teatro, teatro, mas pintou

um teste, acabei entrando para o cinema e lá fiz 40

filmes. Tive muitas dificuldades, fiquei sem grana, mas

você acaba se habituando, por incrível que pareça. Você

planeja fazer outras coisas, mas ao mesmo tempo pensa:

‘Eu não sei fazer outra coisa’, então acaba ficando, e as

coisas vão acontecendo.

Eu aprendi ao longo de todos esses ano que, se você

quer, precisa insistir. Mesmo quando alguém lhe diz que

você não é bom, você não pode acreditar. Acho que as

pessoas tem que se preparar, embora eu não tenha feito

isso (mas as coisas antigamente eram muito diferentes

de hoje em dia), e, além disso, correr atrás. Também

acredito em contar um pouco com a sorte, na verdade é a

junção de esforço pessoal, aprendizado e sorte. E nunca

achar que sabe tudo!”

Alejandra Saiz Sampaioo

Integra o grupo A Velha Companhia, que surgiu

em 2003 de um trabalho paralelo às pesquisas sobre

a obra do autor Nelson Rodrigues, desenvolvido no

grupo Círculo dos Comediantes (1994/2002). A Velha

Companhia é formada também por Kiko Marques e

Virgínia Buckowski.

“Sempre gostei de gente, histórias. De pequena

contava historinhas com meus brinquedos. Acho que

poderia ter seguido várias profissões. A decisão que tomei

depende de muitas circunstâncias: a geografia em que se

vive, o momento econômico, social, político, cultural...

No meu caso, eu vivia no interior (Votorantim), ia para

a escola por atalhos e atravessando rios e sonhava com

justiça. Então, estudei Direito, mas ainda não era ali,

pois as sessões nos cirquinhos que frequentei na infância

reverberavam por uma justiça na alma, uma justiça

subjetiva à qual não se pode atribuir valor. Uma justiça

em que, apesar de estar em lugares diferentes, pensar de

formas diferentes, os homens pudessem se amar, rir e

chorar juntos por uma mesma causa... Essa é para mim

a metáfora do público e o ator da vida. Então, fui para a

Escola de Artes Dramáticas e para o palco. Precisamos

de teoria e prática sempre.

As dificuldades são praticamente as mesmas da

maioria dos artistas no mundo todo, assim como as

dificuldades dos professores. A arte e a educação não

estão prioritariamente vinculadas ao lucro. Geralmente

avançam à medida que recebem incentivos. É importante

somar com núcleos e instituições que sustentem

afinidades para gerir coletiva ou individualmente seus

projetos e intentos. Afinal, teatro não é só a metáfora do

coletivo; literalmente é a representação do coletivo.”

Julia Bobrow

Integrante da Cia. de Teatro Os Satyros, está em cartaz

com a peça Cabaret Stravaganza no Espaço dos Satyros

Um, de quinta a sábado, às 21h; e domingos, às 20h.

“Eu sempre senti vontade de atuar. Quando era pequena,

minha brincadeira preferida era ensaiar peças e apresentar

nos jantares de família. Fazia aula de teatro na escola e com

uns 15 anos comecei a fazer curso livre de teatro.

Em nenhum momento pensei em outra profissão

que não fosse a de atriz. Eu me formei no colegial e não

prestei nenhum vestibular, só o (curso) Célia Helena,

que foi onde estudei teatro.

Sempre fui muito ao teatro, conversava com os atores

e escutava tudo o que eles tinham a me dizer.

Assim que terminei o Célia, produzi uma peça que

ficou três anos em cartaz. Acho que isso me ajudou a

começar a achar um espaço no meio teatral.

O que eu diria para quem é ainda mais novo do que eu

na profissão (afinal, também estou engatinhando!) é: ‘Corra

atrás. Não fique em casa esperando um convite. Coloque a

mão na massa, dê um jeito de mostrar o seu trabalho’.

Hoje sou integrante da Cia. de Teatro Os Satyros, que

admiro e acompanho desde os meus tempos de colégio.”

Não importa ao certo, portanto, quais serão as

estradas que vai tomar, e não cabe também um

julgamento ou preconceito em abrir o leque de opções

e exercer o seu trabalho de ator, mas precisa sim ter a

certeza de que tudo isso vale à pena em busca de ir atrás

de uma carreira, da sua carreira. Se só essa carreira te

fizer bem, e mais do que isso, se você realmente não

conseguir viver sem, então: não desista!

As atrizes: Patrícia Scalvi (1), Alejandra Saiz Sampaio (2) e Julia Bobrow (3)1 2 3

teatro

[email protected]ícia de Souzatexto:

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Sobre ser e fazer“- O que você está querendo mesmo fazer com a sua vida?

- Por que sempre tem que ser ‘o que você vai fazer?’, ‘o que

ele vai fazer?’, ‘Meu Deus, o que ele vai fazer?’. Fazer, fazer

e fazer. Por que a questão não é ‘quem eu sou?’

- Porque, Maxwell, o que você faz define quem você é.

- Não, tio Teddy, quem você é define o que você faz.”

O diálogo é do controverso filme Across

the Universe . Controverso porque as

pessoas amam ou odeiam o filme. Eu,

pessoalmente gostei muito. A história parece

uma colagem de clichês que só servem para

preencher espaços vazios entre as músicas

dos Beatles. A direção de arte e a fotografia

são de primeiro nível, também para mascarar

a fraqueza do argumento. Mas, funcionou

comigo. Gostei das versões das músicas, e

fiquei deleitado com o espetáculo visual, sem

precisar de mais nada. E ainda tem algumas

pérolas perdidas no meio do roteiro. O que você

faz define quem você é, ou quem você define

o que você faz? Particularmente nesse filme o

lado do mal é o que defende o trabalho duro,

a carreira, o estudo formal. O lado do bem é a

liberdade, a possibilidade de dirigir a vida para

o que mais parecer estar afinado com os desejos

e as características natas.

O ponto defendido pelo filme funciona muito

bem para os artistas, o grupo retratado. Em

primeiro lugar se é um artista, depois é que se

produz arte. Mas para um artista, essa questão

nem existe, porque ele não se imagina fazendo

outra coisa. Um filme recente, ganhador do

Oscar, “O Artista” (ah, vá!), passa por essa

questão recorrente. O personagem, nos anos 30,

perde o emprego porque não quer fazer filmes

falados. No entanto, ao longo de toda a trama,

nem se cogita que ele arrumasse outra profissão.

Claramente seria o reencontro com a carreira,

ou a morte. Porque, afinal, ele é um artista!

Com ou sem arte, o cinema vive cheio de

histórias que dizem “você não pode fugir do

que você é”, de maneira positiva ou negativa.

O Palhaço mostra a busca de um... palhaço,

cheio de questionamentos sobre o que mais

poderia fazer da vida, e sobre como seria estar

em outra situação. A Noiva Assassina de Kill

Bill bem que tenta levar uma vida normal, mas

como o próprio Bill a lembra em certa altura,

ela não é uma abelha operária. Ela é uma abelha

assassina e renegada.

Do outro lado do espectro, temos filmes como

A procura da felicidade. Claro que é importante

para o fi lme “quem é” o personagem do Will

Smith. No entanto é igualmente claro que o

foco é o trabalho, e principalmente o trabalho

duro. Ao fim do filme o personagem se encontra

em uma posição em que ele foi evidentemente

definido pelo que ele fez.

Dom Vito Corleone de O Poderoso Chefão

é outra “vítima das circustâncias”. Seu filho

Michael também. Ambos viram chefes da máfia

por uma aparente falta de opção, e uma vez

dentro do crime, encontram dificuldade em

sair. Todos os atos de pai e fi lho vão lentamente

definindo quem eles são. No primeiro filme,

a mudança do personagem do Al Pacino é

espantosa. Mais espantosa é sua sutileza, o que

faz o espectador não perceber a extensão das

escolhas do personagem e como essas escolhas

o transformam pouco a pouco.

Esse mês corro o risco de parecer repetitivo,

mas quando eu lembrei, não tive como deixar

de implorar por um filme:

Do Mundo Nada Se Leva .

Mais um filme em preto

e branco do Frank Capra.

Aqui ele encontra outra

forma de abordar o seu

tema recorrente: “o que é

realmente valioso?”. Um

homem (Lionel Barrymore,

avô da Drew) tem uma

casa onde mora todo tipo

de gente que passa o dia

fazendo aquilo que ama. Um é inventor, uma é

dançarina e todos parecem loucos e anormais.

A casa está sendo ameaçada por um empresário

do ramo imobiliário que comprou todos os

outros imóveis da região para a construção de

um empreendimento. O problema maior é que a

fi lha do dono da casa está apaixonada pelo filho

do empresário.

Os atrativos do filme são os que sempre

fazem Frank Capra ser o nome acima do título:

o humor e principalmente a simplicidade, a

profundidade e a inventividade com que temas

tão fundamentais são abordados.

A questão do filme é clichê, quando começa,

você imagina como termina. As surpresas são

poucas. No entanto, os fi lmes do Capra são

exemplos de situações em que o importante as

vezes não é o lugar para onde se está indo, mas

o caminho até lá. Não é o que você faz, mas a

maneira como você faz.

Nos filmespelamordedeusassista#

Jerry Maguire é definido pelo que fez.

Will de Gênio Indomável , pelo que é. A Dama

de Ferro pelo que fez (e se esforça para isso),

o maestro Andrey Simonovich Filipov de

O Concerto pelo que ele é.

É importante saber que essa não é uma linha

rígida, e enquadrar um filme em uma ou em outra

categoria é uma decisão pessoal e arbitrária.

Provavelmente muitos de vocês estão discordando

e torcendo o nariz. Mas também, muitos devem

ter desistido de ler quando eu resolvi explicar

porque Across the universe é controverso.

Então, afinal, quem tem razão? O Maxwell

ou o tio Teddy? Se decidirmos que toda a

sabedoria do mundo está nos filmes - e eu

tenho a tendência de pensar assim - como será

possível chegar a uma conclusão? Existem

exemplos animadores e deprimentes tanto de

pessoas definidas pelos seus atos, quanto de

atos definidos pelo tipo de pessoa.

O que eu consigo identificar em comum nas

histórias de sucesso, é a paixão. Ela pode ser

natural, ou se desenvolver, mas para dar certo,

a paixão precisa existir. Fazendo o que se gosta

ou gostando do que se faz, me parece que que o

importante é fazer apaixonadamente.

Eu, pessoalmente, prefiro ficar com a conclusão

que o próprio Across the universe oferece:

“- Não, tio Teddy, quem você é define o que

você faz. Certo Jude?

- Bom certamente não é o quê você faz.. .

… Mas a maneira como você faz. ”

Esse é o espaço onde eu rogo para que você

veja um filme, e eu coloco minha credibilidade

em jogo apostando que, se você se dispuser de

verdade a seguir a minha recomendação, você

vai gostar muito da experiência. Se ainda assim

você não gostar, pode me mandar uma carta que

eu devolvo em dobro o dinheiro que você gastou

comprando a revista.

cinema

[email protected] Bretas texto:

17

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Page 13: Offline 32 baixa_18-9

O segredo para sempre se vestir bem no

trabalho sem gastar muito é ter peças

que sejam fáceis de combinar umas com

as outras. Assim, você pode sempre

abusar das sobreposições, criar looks

diferentes e passar a semana toda

com estilo.

D epois de muita procura até encontrar

o seu primeiro emprego, ou mesmo

um novo emprego, e de um acirrado

processo seletivo, você finalmente começa a

trabalhar. Parabéns! Mas você não vai querer

estragar tudo errando na escolha do que vestir,

certo? Nessas horas a aparência conta muito.

Se seu trabalho exige o uso de uniforme, é porque

a empresa acha que todas as pessoas devem

estar vestidas iguais para que os funcionários

sejam facilmente reconhecidos e também para

evitar gafes. Então nada de inventar moda com

o seu uniforme colocando um cintinho néon ou

um broche de pedrarias.

Porém, se você não tem esse azar, ou sorte para

alguns, vem a dúvida: então o que vestir nos

cinco dias da semana?

No início, repare nas roupas que as pessoas do

seu departamento usam diariamente. Isso pode

ajudar a não exagerar na produção.

Se for magro, usar camisa larga transmite uma

imagem de desleixo e pouca importância com a

aparência.

Considerando que muitas pessoas saem de

casa pela manhã e só retornam à noite, depois

da faculdade, o conforto deve ser levado em

consideração, e isso tem relação com tipo de

tecido, cor, corte e caimento da peça. Por isso,

aí vão algumas dicas:

Para o homem...

Aposte na camisa em ambiente corporativo. As

cores azul, preto, cinza e branco são básicas para

o guarda-roupa masculino. Você não precisa ter

o guarda-roupa inteiro nessas cores, então use

suas variações: um listrado azul ou um xadrez, por

exemplo, ficam ótimos.

Camisetas listradas ou com estampas divertidas são

sempre uma boa pedida se seu ambiente de trabalho for

mais descontraído. Ou mesmo camisa jeans.

A não ser que o seu trabalho seja mesmo muito

informal, não pega bem ir de moletom. Então, para

os dias mais frios, aposte em malhas e cardigãs.

Evite cores muito extravagantes. Uma dica legal

para atualizar o cardigã é usá-lo abotoado com

camisa e gravata, assim você consegue um look

social, confortável e moderno.

Apesar de existir o dress code em várias empresas,

o jeans ainda é uma peça bem-aceita. Se for usá-lo

para trabalhar, dê preferência à modelagem reta,

sequinha, sem lavagem e escuro. Esse tipo é mais

formal e, portanto, perfeito para o trabalho.

A calça de sarja é outra peça que não pode faltar

no seu guarda-roupa. É excelente para lugares que

não aceitam o jeans. As cores básicas são preto,

azul-marinho, cinza e bege/marrom. Fica ótima

quando combinada com a camisa certa.

Nos sapatos, aposte nos clássicos, de bico

redondo ou quadrado e com cadarço, que são

infalíveis. Vão bem com qualquer look, desde o

jeans até a mais tradicional alfaiataria. O preto

e o marrom ainda são as melhores opções, pois

as possibilidades de combinações são inúmeras e

dificilmente se cometem erros. O oxford é outro

modelo que também pode ser adotado.

Para a mulher...

Evite as rendas, os decotes, as

transparências, as peças muito curtas e/ou

justas e as calças com o cós muito baixo.

O “certo” é estar confortável, sentir-se

bem e à vontade dentro do look escolhido.

Aproveite que as saias longas ainda estão

em alta, elas são ótimas para o ambiente

de trabalho.

Aposte na calça de modelagem flare,

aquela que é justa e tem a boca um pouco

mais aberta. Ela é ótima para combinar

com camisas, principalmente com as de

seda, que também voltam com tudo. Sem

falar que a flare ajuda muito quem tem

um quadril um pouco maior a dar aquela

disfarçada. Use com salto.

Vestidos leves, no comprimento certo,

são ótimos para os dias de calor. Evite os

muito cavados.

Aproveite a volta das camisas e abuse

nas cores. Você só precisar saber combinar

camisas coloridas ou estampas com uma

calça de alfaiataria ou mesmo jeans com os

acessórios certos e já está pronta.

Um pretinho básico é sempre garantia de

estar bem-vestida no trabalho.

Se o seu ambiente de trabalho é menos

formal, você pode usar camisetas e

blusinhas, mas tome cuidado com o decote

e certifique-se de que a peça já não esteja

muito “podrinha”.

No inverno você pode se sentir l ivre para

combinar qualquer look com um blazer de

bom corte ou um trench coach.

Opte sempre por sapatos confortáveis,

sejam eles de salto ou não.

Na hora de se maquiar, deixe a pele o

mais natural possível. Protetor solar,

pó, blush, rímel e batom/gloss não

podem faltar.

moda

[email protected] Santilonitexto:

21

Page 14: Offline 32 baixa_18-9

Num mundo como o de hoje, saturado de regras,

no qual pessoas estão o tempo todo dizendo

“faça isso, faça aquilo”, vestir-se para o trabalho

deve ser, justamente, uma exceção à regra. Preparar-se

para encarar as atividades do dia a dia, sejam elas quais

forem, pode, sim, ser mais prazeroso do que se imagina.

Por essa razão, vamos esquecer por um momento (pelo

menos ao longo deste texto) todas aquelas regrinhas

sobre o jeito correto de vestir-se para trabalhar e tentar

manter nossas mentes focadas em uma coisinha muito

simples: bom senso.

Se você tem certa dificuldade em fazer

combinações modernosas de peças e cores adequadas

ao seu ambiente de trabalho ou então em saber o que

está na moda e como usar os devidos itens, não tem

erro: seja básico! Ao contrário do que muitos pensam,

dá, sim, para ser simples, discreto e elegante sendo

básico. Muitas pessoas, por querer estar na moda,

seguindo as últimas tendências, acabam fazendo

algumas combinações um tanto quanto “exóticas”

e não muito felizes. Elas esquecem uma coisa que

devemos ter sempre em mente: não é tudo que

combina com todos, não é tudo que combina com os

mais variados tipos de corpos e, principalmente, não

é tudo que combina com a sua personalidade, com

você (e consequentemente com seu trabalho).

Ao contrário do que muitos acreditam, o básico não é

chato, e muito menos careta. Pelo contrário, as chances

de errar quando apostamos em peças mais simples e

coringas, daquelas que não saem nunca de moda, são

muito poucas. Por exemplo, um ambiente corporativo

mais sério pede uma vestimenta mais social; uma boa

saída para as mulheres é apostar nas já conhecidas

pantalonas de alfaiataria (prestando sempre atenção

ao quadril – cheinhas não devem marcar muito essa

parte do corpo), ou nas saias lápis e envelope, que são

superelegantes e vieram com tudo neste inverno.

Já aquelas que se sentem mais seguras e querem

fugir um pouco das peças convencionais, arriscando um

pouco mais, podem também apostar na já adotada, e

amada pelas brasileiras, saia longa ou então se jogar na

tendência das saias midi deste inverno. Vale combinar

todos esses tipos de saias com camisas bem levinhas, em

tons clarinhos e neutros ou terrosos, que também vieram

para ficar nesta estação.

Para os pés das trabalhadoras, valem os sapatinhos

flat (sem salto), como as sapatilhas ou os mocassins

femininos, que, além de superconfortáveis, são também

uma boa escolha para as mais altas. E para as eternas

amantes do salto, nesta estação, os scarpins vêm com

tudo, agora com o bico mais afinado e o salto mais grosso.

Como nas coleções passadas, o estilo étnico ainda

continua muito forte. Também é possível acrescentar

ao look básico uma trança diferente no cabelo,

um lenço estampado ou uma maquiagem em tons

terrosos, para dar um toquezinho de outono-inverno

2012. Para os meninos, uma dica: mesmo numa roupa

social, por que não acrescentar um cardigã colorido

ou com uma estampa étnica localizada? Diferente e

atualizado, sem sair do social.

Enfim, sendo mais simples ou arriscando mais, o

importante é sempre se sentir bem e seguro no trabalho.

Se você está vestido adequadamente e com bom gosto,

com certeza passará mais credibilidade em relação àquilo

faz. O importante é associar seu estilo de se vestir à sua

personalidade e poder ir acrescentando (aos poucos, se

preferir) alguns itens para deixar sua produção mais

moderna e, ainda assim, com a sua cara. Afinal, você

faz com as suas roupas exatamente o que faz com o seu

trabalho: adiciona o seu toque pessoal.

moda

[email protected]ívia Marselha de Sousatexto:

23

Page 15: Offline 32 baixa_18-9

Naquele dia, levantei às seis horas da

manhã. O sono não foi dos melhores, mas

não foi isso que me fez acordar cedo. Foi a

entrevista de emprego.

Queria saber quem é o abençoado que marca a

entrevista às 7h da manhã de uma segunda-feira.

No banho, o sabonete caiu umas novecentas vezes.

“Melhor partir para o shampoo... Melhor ainda, vou me

apressar antes que atrase.”

Olhei para o relógio e vi que eram 6h 34. “Quase cinco

minutos no ponto e o ônibus ainda não passou. Aposto

os dedos da minha mão que está atrasado de propósito.

O mundo está conspirando contra mim!”

No caminho para a entrevista não aconteceu nada

demais. Talvez tenha puxado assunto com algum senhor,

mas não me lembro de ter perguntado o nome dele.

Os problemas começaram quando cheguei à sala

de espera. Os outros candidatosencararam-me e

intimidaram-me. Alguém mais corajoso teve a ousadia de

me desejar boa sorte. “Boa sorte? Posso tirar o sustento

da sua família, não me venha com formalidades.”

A entrevista teve início e não sabia se estava indo

bem ou não. Ri umas trezentos e oitenta e três vezes,

de nervoso. Tentei parecer simpático. “Ponto negativo

ou positivo?” Todas as respostas que decorei antes de

dormir não eram faladas e os argumentos pareciam

simples demais. Surgiram algumas hipóteses: “Quando

acabar a entrevista vou puxar outro assunto, talvez uma

piadinha...hmmm...melhor não!”

Na hora imaginei se o entrevistador não tinha

ido com a minha cara... “Xii... melhor nem pensar...

Outra conspiração!”

A pior sensação era pensar que outras pessoas

passaram pela entrevista e imploraram pela vaga.

Definitivamente, não sei pedir uma chance. Decorei

frases e frases, e a entrevista acabou como todas as outras:

tchau seco e boa sortede consolo. “Maldito boa sorte!”

- Assim que tivermos uma resposta nós ligaremos,

fique tranqüilo!

Ficar tranquilo nunca esteve nos meus planos. “Falei

que era ansioso, não ouviu?”

Quando o entrevistador estipula um prazo é ainda

mais torturante:

- Essa vaga é urgente, para começarmos no início

do mês. Qualquer resposta, seja positiva ou negativa,

entraremos em contato na semana que vem.

Ficar tranquilo nunca esteve nos meus planos. “Falei que era ansioso, não ouviu?”

Quando o entrevistador estipula um prazo é ainda mais torturante:

Na hora imaginei se o entrevistador não tinha ido com a minha cara... “Xii... melhor nem pensar...

Juro que acreditei na sinceridade do cara. Voltei para

a casa e travei batalhas intermináveis com o tempo e

o telefone. A cada toque um desastre, ou melhor, cada

telefonema era um grito diferente:

- Se for pra mim, estou acordado!

- Deixa que eu atendo!

- Quem é? É pra mim?

Não era para mim, não era da empresa e os outros

telefonemas também não seriam. A única opção que

restou foi ligar para RH da empresa:

- Alô?! Eu fiz uma entrevista há pouco tempo para

uma vaga, meu nome é...

- A vaga ainda está em aberto, não se preocupe

ligaremos assim que tivermos uma resposta.

“Obrigado por nada”

Passaram-se os dias e a angústia só aumentou. Sair

de casa era arriscado, as compras no mercado eram

obrigadas a esperar depois do horário de expediente.

Com o passar do tempo, tudo voltou ao normal. Seis

meses procurando emprego e nada.“Culpa do governo”.

Na televisão, a notícia de que a taxa de desemprego

é a menor em dez anos. “Culpa da Igreja, sei lá...

Conspiração contra mim!”.

Nessas horas os amigos não podem fazer nada. O

único pensamento que não saía da cabeça “Por que

fazem questão de mentir? Vaga aberta, até parece...”

Então a culpa é da empresa. Se não for da empresa,

é daquele profissional de RH “Qual dos dois? O

entrevistador ou a mocinha do telefone?”. Culpa dos dois

e não se fala mais nisso.

Foram duas semanas de pessimismo nas veias,

artérias, unha, pele... Era o pessimismo e a ansiedade

reinando sobre o corpo e a alma. Até que alguém se

apresentou como Juliana, do RH:

- Alô! Gostaria de saber se ainda tem interesse em

trabalhar conosco?

Com a voz trêmula e pernas bambas, afirmei o básico:

- Tenho sim, claro!

Com a resposta, muitos pensamentos vieram

simultaneamente:

“Se eu tenho interesse... Claro que tenho! Pergunta

mais idiota. Não foi você que esperou uma eternidade

para conseguir um emprego, né?”

Agradeci a Ju (agora colega de trabalho) por telefone.

Em seguida, uma lista de agradecimentos: a minha mãe,

pai, amigos, irmãos. A alegria foi tanta que reservei um

obrigado especial ao Cara Lá de Cima, por não ter me

deixado fazer aquela piadinha ao final da entrevista.

Tenha em mente seus pontos fortes e pontos fracos.

Escreva o que você almeja para a sua vida profissional.

Busque informações sobre a empresa. Pesquise!

Treine em casa. Pense nas perguntas que podem lhe

fazer e ensaie as respostas.

Prepare-se também para responder por que você é o

candidato ideal para a vaga.

Mostre autoconfiança e uma boa dose de entusiasmo.

Gírias são terminantemente proibidas!

Autenticidade e naturalidade sempre funcionam.

Não interrompa o entrevistador.

Pergunte quais serão as responsabilidades do cargo.

Aproveite, em seguida, para explicar porque suas

qualidades se encaixam perfeitamente no perfil descrito.

Algumas dicas para se dar bem numa entrevista

Fonte:abril.com.br

crônicas

crô[email protected] Zanontexto:

25

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Quem já se formou sabe do que eu estou falando. Quem está começando a graduação agora, melhor ler este texto até o final

Sim, caro leitor, você passou a vida toda ouvindo que

“Quem não cola, não sai da escola”. O ditado é velho,

mas carrega em si uma boa dose de verdade, afinal

não importa qual bom aluno você tenha sido, uma vez ou

outra precisou recorrer àquela anotação básica feita à lápis

no canto da carteira, numa folha escondida debaixo da

perna ou simplesmente copiou a resposta do colega ao lado.

Eis que um dia o segundo grau termina e o terceiro

grau (assim como uma queimadura) chega causando

certo medo. Em alguns casos, como o meu, por exemplo,

o primeiro medo é com o boleto do mês seguinte, mas

graças aos financiamentos estudantis e ao limite do

cheque especial esse susto logo passa, dando lugar a

outro: o do trote. Este um pouco mais difícil de fugir,

de ter o cabelo raspado, a cara pintada e todas aquelas

brincadeiras que nós conhecemos muito bem.

Superados os medos iniciais, chegou a hora de você

usar pela primeira vez o tão sonhado RA, que você

guardou com orgulho em um lugar especial dentro da

carteira, e passar pela catraca da faculdade. A partir daí,

mais cedo ou mais tarde, você vai aprender que escolher

as suas próximas amizades é tão importante quanto a

escolha do seu curso.

Acredite! A escolha do seu grupo de estudos pode

facilitar, e muito, a sua vida acadêmica. E a primeira

decisão que influencia na escolha das suas amizades é

definir em qual lugar da sala sentar.

Ficar nas primeiras carteiras é procurar um ambiente

um pouco mais seguro, mas ficar com aquela fama de

fazer parte da chamada “turminha da frente”. Escolher

o fundão é mostrar um espírito mais aventureiro, já que

ali é maior a probabilidade de conviver com pessoas que

não querem nada com nada ou ainda estão na dúvida

se escolheram o curso certo. O meio da sala serve para

quem está em cima do muro e prefere fazer um “estágio”

antes de decidir se nos próximos anos fica de cara com

o professor ou assisti às aulas vendo a bela paisagem

formada pelas costas dos colegas.

Independente do lugar que escolher, aconselho que

você aproveite as primeiras semanas para conversar

e procurar conhecer ao máximo os novos colegas, sem

preconceito ao lugar em que eles estejam sentados. Os

bons valores estão espalhados por toda parte da sala.

Meus quatro anos de jornalismo serviu para ensinar

coisas sobre o capitalismo, a sociologia, o poder da

linguagem, a importância do lead e também para

para mostrar que um grupo de estudos, via de regra, é

formado por quatro perfis diferentes:

O pesquisador: É a pessoa responsável por anotar o

que o professor pediu, fazer toda a parte de pesquisa do

conteúdo e ver com as pessoas dos outros grupos o que

eles estão fazendo pra ver se aproveita alguma ideia.

O realizador: Recebe o material do pesquisador(a),

que fez a gentileza de mandar tudo sem formatação,

com as mais diversas fontes, cores e links em um único

arquivo de Word. Ele aproveita cerca de 5% da pesquisa,

faz outras, tira dúvidas com o professor, escreve todo o

conteúdo e prepara a bibliografia.

O pesquisador: É a pessoa responsável por anotar

o que o professor pediu, fazer toda a parte de pesquisa

do conteúdo e ver com as pessoas dos outros grupos o

que eles estão fazendo pra ver se aproveita alguma ideia.

O produtor: Faz toda a organização do grupo:

“divide” as tarefas, manda os e-mails, avisa sobre

os prazos e, se for o caso, negocia uma nova data de

entrega com o professor. Imprime o trabalho e leva

tudo no dia da apresentação.

O orador: Conhecido também como o “profeta”.

Recebe o trabalho dias antes da apresentação, más só

dá uma lida na última hora. Conversa com o realizador,

aproveitando para grifar alguns trechos do trabalho, e

apresenta (geralmente com uma fluência inacreditável)

o resultado para toda a classe.

Agora que você já conhece os perfis é só ver aquele

que mais combina com você e procurar entre os colegas

alguém que se encaixe nas outras três vagas! Ou você

consegue imaginar um grupo formado somente por

pesquisadores, realizadores etc.? Não daria certo.

Outra dica valiosa é que independente do perfil

que você se encaixe, procure fazer em cada trabalho

uma função diferente. Que tal meter a cara como

produtor? Fazer às vezes de realizador ou exercitar o

seu dom de profeta?

Além de fazer bem pra você, isso te ajuda na hora em

que as brigas no grupo começarem, afinal elas sempre

acontecem. Vai ser difícil alguém colocar o dedo na sua

cara e dizer que você é acomodado e faz sempre a mesma

coisa em todos os trabalhos.

E se a briga for feia, reúna o pessoal e leve todo

mundo pro bar. É lá que as amizades se renovam!

crônicas

[email protected] Mafratexto:

27

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[email protected] sem FreioIlustração:

Page 18: Offline 32 baixa_18-9

Sete de setembro, data tão festiva, mais uma piada

nessa terra tão querida. Sete de setembro, data tão

festiva, celebrar a farsa dessa terra tão querida.”

Diz o refrão da banda Blind Pigs em protesto ao desfile

cívico da independência e ao patriotismo efêmero

adotado pelos nativos durante o citado feriado.

Certamente poderíamos enumerar muito mais

heranças negativas do que positivas do colonialismo

português, mas o grito de liberdade brasileiro por sua

vez não se consolida como um marco revolucionário

nacional. Alguns até ousam afirmar que o imponente

quadro de Dom Pedro I, montado no cavalo, com a espada

em punho, dizendo a emblemática frase: “Independência

ou morte”, não passou de uma invenção de Dom Pedro

II a fim de proporcionar ao pai um momento de glamour

na história recente. Se houve ou não tal passagem a beira

do rio, ninguém atualmente poderá confirmar, porém o

que temos de certo é que a política da troca de interesses

é mais antiga do que podíamos imaginar.

Desde a independência do Brasil à abolição da

escravatura, passando pela proclamação da república,

decisões foram tomadas mediante a conchavos em

prol de beneficiários de elite. Consequentemente tais

aprovações trouxeram de forma ou outra aspectos

positivos para a população em geral.

Antes de sairmos levantando bandeiras e fazendo

juras de amor à república, devemos lembrar que já não

somos uma colônia, portanto possuímos livre poder de

governo teoricamente não explorador há quase duzentos

anos e se avaliarmos as condições sócio-econômicas em

que grande parte da população encontra-se, talvez não

tenhamos o que comemorar. Comparando o tempo de

independência brasileira, exatos 190 anos, com o período

em que a Rússia não faz mais parte do mal sucedido

sistema governamental comunistas, pouco mais de

20 anos, guardando as devidas proporções, verão que

governos corruptos e/ou inexpressivos juntamente com

uma população historicamente omissa não nos vêm

oferecendo um bom retrospecto.

Não se trata de ser paga pau de gringo e achar que

somente nosso país tem problemas, mas sim apontar

exemplos que em alguns segmentos detectamos serem

mais organizados e acreditar que também possamos

chegar lá.

Mesmo depois de ver que ainda temos muito que

percorrer para podermos ostentar nossa nacionalidade

sem asteriscos ou poréns, não sou eu quem vai ser

contra o tão aguardado feriado. O dia de recesso

transcende o seu significado, as pessoas querem dormir,

se divertir, esquecer da rotina, não importa se é dia da

independência, natal ou carnaval. Quanto ao desfile

cantado pelos punks do inicio do texto, não vá ver os

armamentos antiquados,soldados mal treinados e os

tanques enferrujados. Use esse sete de setembro para

chegar em casa as 8:00 dormir até as 16:00 e ao final do

dia questione seu governo sobre tudo que não concorda e

que precise de melhorias. Faça disso um hábito.

Pérolas aos porcos que pintam as ruas em monocromacia. Q uando eu estava na 7ª série, acreditava

que todas as pessoas que queriam

muuuito algo conseguiam. O Lucas,

menino por quem eu era apaixonadinha na sala,

brigava comigo em todas as aulas de história,

momento em que eu resolvia expressar minha

opinião. Dizia sempre: “Você vive num mundo

cor-de-rosa, um mendigo não deve conseguir

as coisas tão fáceis como você”. Passou-se o

tempo, e eu comecei a mudar meu pensamento,

vi que o tal garoto tinha lá seus motivos para

pensar assim, e o mundo não é algo tão simples

assim. Envolve todo um sistema complexo e

grandes situações desanimadoras por trás de

todos os sonhos.

Agora – depois de sete anos! – acho que

voltei para aquela ideia não tão absurda quanto

imaginava há um tempo.

Sério, não me julguem. Eu sei de todas as

dificuldades das pessoas, que nada é tão fácil

quanto parece, etc., mas dá para chegar lá. Claro

que alguns sonhos são mais viáveis que outros.

Ir para a Lua com certeza é bem mais difícil que

conseguir emprego numa agência X ou viajar o

mundo conhecendo peixes exóticos, mas não é

impossível. Para se realizar, os sonhos dependem

do esforço e da vontade de cada um, de quanto a

pessoa está disposta a abrir mão de determinadas

coisas para conseguir a outra. É tudo questão de

planejar, correr atrás e acreditar.

E eu me recuso a acreditar que isso que

estou dizendo (ou escrevendo) não é real.

Prefiro acreditar no lado cor-de-rosa da vida,

no Renato Russo e seu “quem acredita sempre

alcança” e coisas assim. Senão, que graça teria?

Eu sei, há vezes em que desejamos muito algo,

fazemos de tudo para dar certo, colocamos toda

a nossa força de trabalho e de vontade, e... não

rola. É frustrante e, na real, bem triste. Mas não

é o fim – ainda bem! Não dá para simplesmente

desacreditar na vida e matar um sonho. Às vezes

precisamos quebrar a cara para ficar mais fortes,

aprender truques e outras maneiras de fazer

a mesma coisa. Ou, quem sabe, ver que não é

sua praia mesmo e começar a almejar outros

caminhos. Não dá para saber que trilho irá

percorrer, mas, com certeza, serão aqueles que

trarão aprendizados e histórias para contar. Às

vezes, pensaremos em desistir, em jogar tudo para

o alto, em sair correndo, em gritar o mais alto que

conseguirmos, para chegar ao final e ver que lindo

começo temos pela frente. Porque, pelo pouco

que sei da vida, é assim com todo mundo. Quando

conseguimos o que queremos, imediatamente

já temos outros sonhos para traçar e colocar em

prática. Não nos contentamos com quase nada,

então não me contento com pessoas abdicando de

realizações (só se for para ter outras) e achando

tudo difícil, tudo confuso, tudo longe, tudo cinza.

O.k., as coisas podem ser difíceis, mas mesmo

assim são fáceis. Porque, quando amamos aquilo

que queremos fazer, por mais árduo que seja

o percurso, ele será também lindo. Cheio de

vitórias, sorrisos e amor. Então, não me venha

dizer que é impossível, que não é igual para todo

mundo ou aquele milhão de desculpas que você

vai arrumar só para deixar de batalhar. Porque,

para mim, é só preguiça e medo. E eu já estou de

saco-cheio de pessoas assim.

crônicas crônicas

[email protected] [email protected] Souza Giovanna Offertexto: texto:

31

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facebook.com/youdometootexto: redação

33

música

O que levou vocês a criarem um projeto

Pop Folk sendo que no Brasil não é tão

comercial?

Tudo aconteceu como uma tentativa de

exteriorizar essas coisas que chamam por aí

de “inquietudes artísticas”. Não estávamos

preocupados em analisar o mercado ou em

fazer algo comercial para aparecer na

mídia. Só queríamos explorar nossa

criatividade, criando um universo

lúdico inspirados em músicas e fi lmes

alternativos que tínhamos em comum.

Isso aconteceu desde a criação de

alguns de nossos próprios instrumentos,

figurinos, até na idealização e produção

de vídeos bizarros, que tínhamos

como intuito mostrar para os amigos

e nos divertir. Talvez, fazer algo

despretensioso tenha feito a diferença e

nos dado essa identidade.

Qual a participação da internet na

construção e trajeto do YouDoMeToo?

Total! As redes sociais unem as pessoas, a

tecnologia acessível e os home studios dão a

possibi l idade delas gravarem suas músicas e a

própria internet vira palco para a divulgação

de seus trabalhos. As novas mídias sociais

ajudam a fortalecer esse ciclo. Nosso projeto

é um desses casos em que a internet nos abriu

portas para o contrato com uma gravadora

espanhola.

E o que está rolando no Playlist de

vocês?

É tanta coisa boa que achamos na internet

que a cada dia descobrimos novas bandas que

nos surpreendem. Ontem escutamos Angus

e Julia Stone o dia todo. É muito incrível o

poder de alcance que as bandas tem e como

elas aproveitam isso. A gente curti muito

Sweel Season, que fez a trilha sonora do filme

A dupla cria alguns de seus instrumentos, como o uku-lelê feito de lata de bolacha, uma forma de experimen-tação sonora.

Figurinos lúdicos funcionam como uma tentativa de transpor a arte além da própria música.

Utilizam de elementos cool, curiosos e abstratos na criação dos videos, que são idealizados, produzidos e dirigidos por eles mesmos.

A criatividade autêntica e a internet possibilitaram o contrato com a gravadora espanhola Elefant Records.

Apontada como tendência e artista que pode brilhar daqui a pouco no cenário musical

Capa do Vinyl 7 ‘’ lançado recentemente. O retorno da mídia é nova onda do cenário alternativo.

A dupla, que se conheceu pelas mídias sociais, Luna May e Nat de Abreu chega ao cenário de novas bandas como uma promessa do Pop Folk nacional. A criatividade lúdica, as vozes doces e a sonoridade tímida quase infantil, fizeram com que a música do casal voasse longe, ultrapassassando fronteiras culturais e pousando em ouvidos extrangeiros. Kawaii *-*

Assista aqui o videclipe Heart Skips a Beat

www.facebook.com/youdometoo

Once, motivo de grande inspiração e criação

do nosso projeto. Também somos apaixonados

por Bon Iver, Fiona Apple, Chico Buarque, Los

Hermanos.. . é muita coisa.

Quais novidades podemos esperar?

Estamos lançando um vinyl 7’ ’ para a coletânea

“ New Adventures in Pop” pela gravadora

Elefant Records, produzindo videoclipes

e nas horas vagas, tocamos nosso disco ao

contrário pra ver se descobrimos mensagens

subliminares.

“She & Him se encontrando com as esquisitices do Cocorosie, Bright Eyes temperado com muito açúcar, Regina Spektor dissolvida em um universo pueril. O projeto realça de maneira suave uma música folk cor de rosa que parece promover a trilha sonora exata para uma manhã ensolarada. O casal consegue em poucos segundos transportar o ouvinte para um universo mágico de sensações sempre acolhedoras...”

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Depois de ter passado vergonha na festa da

noite anterior, você começa a raciocinar

e percebe que não sabe mais o que fazer

para atrair a atenção daquela veterana metida

pra caramba. Quer uma dica? Monte uma banda,

rapaz! Pronto, você vai tocar nas festas da facul,

entrar de graça, fingir que é o gostosão em cima

do palco... “as mina pira”... or not!

Chega segunda-feira. Todo mundo comenta:

“Nossa, vocês viram a fulana-que-caiu-da-

escada-e-quebrou-todos-os-dentes?”. Vem

aquele seu amigo e fala: “Velho, você é um

babaca, você lembra que você tentou mijar na

pista?”. Daí chega aquela veterana e comenta:

“Nossa, a festa tava SUPERLEGAL, MEO. Aquela

banda que tocou tava SUPERLEGAL, MEO!”

Bixetes bêbadas e histéricas à parte, o

sucesso de uma festa está ligado a duas coisas:

1. O que vai ter para beber e 2. O que vai tocar?

A primeira parte é fácil , é só falar que vai ter

open bar de gasolina e sais de banho que já está

tudo certo. Agora, escolher a música é sempre

aquela coisa: “Meu, sensacional, vamos colocar

uma banda de sertanejo e o Mr. Catra!”. Daí

vem aquele pessoal que não gosta de sertanejo

e fala: “Gusttavo Lima e você é o $%$#!!”

Mais uma vez, os organizadores sentam-se e

decidem: “Ah, vamos colocar então um cover de

uma banda de rock que todo mundo curte.. .” De

novo, aparece alguém e fala: “Rock, não. Festa

não tem que ter rock, tem que ter eletrônico!”

Nunca dá para agradar a todos, isso é fato.

Mas, normalmente, os centros acadêmicos

buscam bandas de alunos da própria faculdade

para, é claro, reduzir os custos da festa e, por

outro lado, dar uma chance para o pessoal

mostrar o seu trabalho, porque, como já diria

o Mussum, “num tá fácil pra ninguém negadz!”

Pensando nisso, fui atrás de bandas que

se formaram nas universidades para tentar

entender por que essa galera se uniu e decidiu

fazer um som juntos.

Nessa busca cheia de vocalistas emotivos e

bateristas deixados de lado, encontrei o Swing

da Vovó, uma banda formada por ex-alunos

da ESPM/SP. Daqui para frente, apresento a

entrevista que fiz com o pessoal.

offline: Como começou a história da

banda?

Swing da Vovó: A gente se conheceu no 1º ano

da faculdade, todos tocavam na Bateria ESPM.

Uns já tinham banda, outros sempre quiseram

ter, mas nunca tinham achado um pessoal que

tivesse os mesmos pensamentos.. . O tempo

passou, o contato diminuiu, e foi só depois de

todos se formarem que, em uma conversa de

fim de semana, decidimos começar o projeto.

offline: Swing da Vovó? Essa véia deve

ser danada né?

Swing da Vovó: Pois é, a velha é safada

mesmo. Ouvi dizer que participou de um

swing, lá naquele carnaval de 1940... Acontece

que gostou e ficou viciada. Ah, e perdeu umas

calcinhas por lá.. .

offline: Sei... Mas de onde surgiu esse nome?

Swing da Vovó: Na verdade, não faço ideia.

A gente se reuniu, pensou, pensou... Tudo o que

saía ficava ruim... Uma hora falaram: “Pô, vamo

falar que é o Open Bar da Vovó”, porque aí o

pessoal podia achar que era open bar e apareceria

nos lugares que a gente fosse tocar. Aliás, o nosso

primeiro show foi assim mesmo. Depois a gente

achou melhor mudar, com medo de apanhar da

galera que chegasse lá e visse que não era open

bar p* nenhuma... A gente tinha gostado da hist

ória da Vovó, então surgiu a ideia do nome ser

Swing da Vovó, para falar dessa velha safada que

ia sortear calcinhas nos shows.

offline: Vocês sorteiam calcinhas? Usadas?

Swing da Vovó: Na verdade, não; só calcinhas

novas, eu juro! No fim, o nome ajudou bastante,

porque a gente criou a personagem Dona Vovó,

que interage com o pessoal no Facebook, posta

foto de docinhos caseiros, dá resumos das

novelas e fica cutucando a galera com quem,

segundo ela, quer dar uns amassos em cima da

mesa do bingo.

offline: Vocês estão tocando em algum lugar?

Swing da Vovó: Atualmente, a gente toca às

quintas-feiras no Joaquina Bar, que fica em

frente à ESPM. O bar é um lugar muito bom

por diversos motivos, como a localização, por

exemplo. Lá, não tem erro: sempre vai ter

alguém da ESPM, ou da BA, ou algum mendigo

loucão que aparece para dançar. O público é

bom, e o pessoal do bar curte o nosso trabalho.

offline: E o que vocês tocam?

Swing da Vovó: A gente toca um pouco de

tudo. É uma suruba louca, por isso “Swing”. Tem

um pouco de Mamonas, Raimundos, Santana,

Britney, O Rappa, Led Zeppelin.. . Pode parecer

uma salada, mas a ideia é tentar fazer um set

que agrade a todos.

offline: Vocês pensam em fazer músicas

próprias?

Swing da Vovó: A princípio, estamos vivendo

só de covers.. . Mas a ideia é, com o tempo, criar

um material autoral para ajudar a divulgar

ainda mais a banda.

offline: Falando nisso, como vocês

fazem para divulgar a banda?

Swing da Vovó: Temos duas páginas no

Facebook, uma da banda e outra da Dona Vovó.

Esta semana a gente recebeu os cartões, e acho

que agora a coisa vai começar a ficar legal, com

uma cara um pouco mais séria. Um pouco, porque

com esse nome não dá para achar que a coisa vai

mudar totalmente...

offline: Cabe mais gente nesse swing?

Swing da Vovó: Com certeza! Posso vender

o peixe aqui? Curtam a página do Swing da

Vovó. Lá vocês ficarão sabendo de novidades

da banda, shows, fotos de quem ganhou as

calcinhas e promoções. Ah, curtam a página

da Dona Vovó também. Ela está louca para

conhecer mais netinhos, If u know what i mean.

Essa matéria foi o início de uma sessão que

trará histórias de bandas universitárias. Quer

ver sua banda aqui? Mande um email para off-

[email protected]. Vai que aquela veterana

pega a revista para ler!

Contatos:

www.facebook.com/swingdavovo

www.facebook.com/donavovo

música

facebook.com/swingdavovoRedaçãotexto:

37

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A minha vida inteira foi ligada ao skate. Quando eu

tinha seis anos de idade em 1982, meu padrinho

chegou em casa e tocou a campainha, eu fui abrir

a porta e ele estava com um skate Bandeirantes e um par

de patins na mão, quando ele me viu falou pra escolher

rapidamente qual eu preferia, e lógico que escolhi o

skate. A partir desse dia nunca mais abandonei o esporte

e pode-se dizer que o skate direcionou minha vida. Com

mais ou menos dez anos de idade, eu comecei a levar mais

a sério apesar de ser um esporte quase desconhecido no

Brasil. Com doze pra treze anos o esporte entrou de vez

na minha veia, comecei a frequentar a pista QG, que

ficava em um beco embaixo da Henrique Schaumann

com a Artur de Azevedo e outras pistas por aí. A cena

do skate estava crescendo mesmo com o preconceito

por parte da sociedade e da prefeitura de SP, quando

era praticamente proibido praticar esse esporte taxado

de esporte de marginal. Nessa época eu tinha o sonho

de me tornar profissional assim como, Christian Hosoi,

Tony Hawk, Álvaro Porquê, Steve Caballero, Salba, Jeff

Kendall, Tony Alva e tantos outros...

Nos anos 90, o esporte mudou muito, principalmente

na modalidade street com a inclusão de manobras

de Flip (Giro) originais do freestyle, o que ocasionou

uma revolução no esporte em termos de variações de

manobras, apesar de não haver uma quantidade muito

grande de pistas boas como ZN, Prestige, São Bernardo

do Campo e São Caetano nessa década. Apesar de eu

sempre ter tido minha vida ligada ao skate, nunca tive

muita vocação para campeonatos portanto logo percebi

que não viveria desse esporte, infelizmente. Mas algo

bom disso tudo eu teria que tirar, o skate me ensinou o

respeito, formou meu caráter, me proporcionou um estilo

de vida que carrego até hoje inclusive em minha carreira

como músico, alem de ter feito inúmeras amizades que

mantenho até hoje no meu cotidiano e no meu trabalho.

Na música encontrei uma forma de viver alternativa

assim como esse esporte que amo tanto, pois comecei

a ouvir PunkRock justamente no contexto do skate, da

rua, etc... Sempre gostei de andar em qualquer lugar,

atualmente ando muito em São Bernardo do Campo,

gosto muito da pista de Piracicaba, as do litoral norte de

SP ou em qualquer pista que faz eu me sentir a vontade.

Hoje tenho 36 anos de idade, estou muito satisfeito

com o meu rolê e sou feliz por olhar pra trás e ver que tive

uma trajetória ligada a esse esporte mágico, sem muitas

dúvidas do que seria de mim, vencendo ou não na vida,

eu nunca teria largado esse lifestyle!!

Abraços

Badauí

universitários (Chalita, Mackenzie e Haddad, USP) e

uma delas, a Soninha, estudou comigo na ECA. Disso,

concluo que a universidade é uma fonte potencial para

futuros políticos. Fiquem de olho, vocês aí, que estão

freqüentando a faculdade. Nunca se sabe o dia de

amanhã... eu me tornei um baterista profissional e vivo

disso. E juro que não esperava.

Em breve, estaremos preparando algo inédito em

termos de punk-rock brasileiro. Um acústico. Isso

mesmo. Quem diria, o CPM22 fazendo um show acústico.

Pois é, o mundo dá voltas e nós estamos ficando menos

novos. E mais incrível, estamos com vontade de fazer

isso (algo que era inimaginável para nós, tempos atrás).

O que mais nos motiva é lembrarmos que todas as nossas

músicas, inclusive as que foram para o rádio e que têm

clipe (como Regina Let´s Go, Tarde de Outubro, Não sei

Viver, Um minuto para o fim do mundo e Irreversível)

foram compostas no violão. Dele saíram, foram para as

guitarras, e agora retornam ao formato original. Pra mim,

que toco bateria, vou ter que repensar alguns arranjos e a

forma ou intensidade para as músicas. Vamos ver como

vai ficar, estamos animados.

É mais uma vez um prazer estar aqui para falar

com vocês, leitores da Offline. Nesta edição, eu

vou contar um pouco o que tem acontecido com

a banda – as novidades, o que tem rolado de shows e de

curiosidades. Além disso, vou falar de um assunto que

está sendo bastante discutido, que são as eleições.

Nestes últimos meses temos viajado bastante para

alguns lugares diferentes, inclusive alguns onde nunca

tínhamos tocado e alguns outros pra onde fazia muito

tempo que não voltávamos. A cidade com o nome

mais improvável que visitamos chama-se “Catas Altas

da Noruega”, em Minas Gerais. Por que esse nome?

Fiz questão de descobrir, perguntei para o prefeito.

Catas: mineração (cata-se o ouro no rio), altas (fica na

montanha a cidade), Noruega (o significado etmológico

da palavra é uma terra que recebe pouco sol, na encosta

de montanhas).

Outra cidade interessantíssima pra onde fomos, mas

que já tínhamos ido, é São Luiz do Maranhão. A terra do

reggae no Brasil e a terra onde o Guaraná local, o “Jesus”

é mais consumido até que Coca-Cola (tanto que a Coca

comprou a marca). Lá você ouve reggae andando pela

rua, e dos bons, de raiz mesmo.

Um assunto que tem movimentado muito as

conversas são as eleições. Aqui em São Paulo, temos

uma bela briga de fortes candidatos, e o que mais

me chama a atenção é que dois deles são professores

música música

facebook.com/cpm22official facebook.com/cpm22officialBadauí Japinhatexto: texto:

39

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.com

É importante manter seu currículo

virtual atualizado: Já ouviu falar no Linkedin?

É como um Facebook, só que com foco 100%

profissional. Lá, “amigos” são as pessoas com

quem você já trabalhou ou estudou, seu perfil

não inclui frases da Clarice Lispector, só a sua

experiência profissional, e os testimonials são

as recomendações de ex chefes e colegas de

trabalho. É enorme o número de empresas que

já estão usando essa rede para recrutar pessoas

e anunciar vagas. Além disso, participando de

grupos de discussão no Linkedin sobre assuntos

do seu interesse, você pode aumentar sua rede

de contatos. Fica a dica: www.linkedin.com

O emprego que você procura pode estar

na web: Existem diversos sites, blogs e perfis

no Twitter/Facebook que podem te garantir um

emprego. O @trampos , no Twitter, é um dos

exemplos mais famosos, mais focado em vagas

no mercado publicitário. Mas independente da

área, uma busca por vagas do seu ramo nesses

canais é um ótimo jeito de ficar por dentro.

. Seguir a empresa onde você quer

trabalhar é sempre útil: descubra se a empresa

que você mais ama no mundo tem perfil em redes

sociais. Muitas companhias usam as redes para

anunciar vagas, e mesmo que não façam isso, é

uma forma de estar sempre atualizado sobre a

firrrma caso você consiga uma entrevista – ou

esbarre no seu futuro chefe em um evento.

uando se fala na combinação entre trabalho e internet, o assunto vai longe. Afinal, quem

nunca morreu de inveja das webcelebridades que, depois de um vídeo engraçadinho,

começaram a cobrar fortunas por um tweet? Ou passou o dia acompanhando a vida dos

amigos no Facebook, e no fim do dia, se deu conta de que aquele relatório importantíssimo não ficou

pronto sozinho? Pois é.

A internet e as redes sociais podem te garantir o emprego dos seus sonhos – e provocar sua

demissão também. Por isso, vale lembrar que:

1

Q

2

3

A internet pode pagar suas contas:

A web é livre para você montar seu próprio

canal e mostrar seu trabalho para o mundo.

Sabe tudo de um assunto? Monte um blog! Tem

um portfólio pra mostrar? Hospede em uma

ferramenta como o Carbonmade.com . Quer

se aprofundar em um tema? Busque contatos,

tutoriais e grupos de discussão na internet.

Existe muita gente talentosa no mundo, e é

enorme a quantidade de coisas interessantes

que estão aí, a um Google de distância.

Seu futuro chefe vai te procurar no

Google: Seu desabafo sobre um ex-namorado

no seu blog, uma foto do último carnaval, e

os milhares de palavrões que você publicou

no último jogo do Corinthians – tudo isso

pode ser visto por alguém que está pensando

em te entrevistar. Todo mundo tem o direito

de expressar o que pensa, mas lembre-se que

sua imagem virtual engloba todas as suas

redes, não só a que você quer. Por isso, vale

pensar duas vezes antes de publicar uma foto

comprometedora, ou pelo menos filtrar seus

perfis para amigos e não amigos. Ou então,

torça pro seu entrevistador não ser corintiano.

Na hora do trabalho, a internet é uma

aliada: desde um dado importante para uma

apresentação até uma indicação de livro, a web

está recheada de coisas interessantes. Seguir

perfis de portais que falem de atualidades e da

área em que você atua ajuda você a ficar ligado

em tudo o que acontece.

Vale tomar cuidado com as distrações:

Quantas vezes você checa seu e-mail por dia?

E o Facebook? Se você deixar, vai passar o

dia inteiro Rindo no Face e não vai fazer nada

da vida. Separe alguns momentos pra isso –

por exemplo, 15 minutos antes do almoço,

15 minutos antes de ir embora – e no resto

do tempo, garanta o leitinho das crianças,

pelamordedeus.

Você pode relaxar quando for

necessário: Aquela reunião foi péssima?

Trabalhou feito louco a semana toda e não

está mais conseguindo? Está sem job? Todo

mundo merece um descanso, e a internet está

recheada de distrações. Se você já fez o que

tinha que fazer – ou está querendo ser demitido

mesmo – aproveite um pouquinho. Você vai até

render mais depois.

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web 2.0

[email protected] Longhi texto:

41

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Fala ae pessoal!

Nessa edição da Revista Offline, estrearei minha

coluna falando das experiências de bike, das facilidades,

das roubadas, dicas e, porque não, das descobertas feitas

nas pedaladas por São Paulo.

Acho que essa coluna vem uma boa hora, já que o tema

“ciclista em São Paulo” está em pauta em sites, jornais,

revistas, na TV. Quase que diariamente, o assunto vem

cercado de polêmicas onde os ciclistas reivindicam o

direito ao seu espaço (isso é lei!), o Código Nacional de

Trânsito prevê uma série de artigos dedicados ao ciclista,

com seus direitos e deveres. Não vou abordar essas leis

aqui, mas vale dar uma conferida no site do próprio

Denatran (www.denatran.gov.br), que tem uma versão

em PDF do CNT.

Minha abordagem também não será de ciclo-

ativismo, já tem pessoas qualificadas e grupos que

fazem isso muito bem, e há bastante tempo. Atuantes,

eles escrevem blogs, colunas, organizam e divulgam

Bicicletadas, reuniões de ciclistas em determinado dia

e horário para reivindicações, protestos, divulgações do

uso da bicicleta como meio de transporte, etc.

Bom, vou relatar um pouco da minha experiência

com a bike, que “recomeçou” há pouco tempo, em uma

viagem à Paris. Há anos não pedalava, quando sugeri a

duas amigas: “por que não utilizarmos o Vélib (sistema

de aluguel de bike por hora) para rodar pela Cidade Luz”.

Aprendi duas coisas nesse dia: a primeira, é que eu

realmente gostava de bicicleta, e a segunda, ler bem as

regras de utilização e dar atenção redobrada aos detalhes,

ainda mais se você não fala a língua, pois ficamos por

horas usando a mesma bicicleta, e eu paguei uns $ 30

euros pelas 3 bikes no meu cartão de crédito.

Passado um tempo dessa experiência, pensei por que

não ando de bicicleta em São Paulo?

Trânsito? Risco de queda? Bom, o trânsito de Paris

não fica muito atrás do trânsito da capital paulista, e a

ciclovia, em alguns pontos, divide o mesmo caminho

com os ônibus. Risco de queda, isso é consequência,

requer cuidado e atenção na condução da magrela.

Resolvi arriscar.

Fui para NY no ano passado, e já tinha em mente

que queria uma bicicleta dobrável (folding bike), muito

difundida por lá. Aqui era difícil de achar uma do jeito

que eu queria, e as que tinham eram muito caras. Acabei

comprando uma usada, de uma marca tradicional, um

modelo bem pequeno. Ela causa estranheza nas pessoas,

ao ver um adulto com uma bicicleta que parece mais um

modelo infantil.

Mas não foi só comprar a bike e cair na estrada (ou

melhor, na rua), existe uma segunda etapa: vencer o

“seu” preconceito em andar de bicicleta. A princípio é

meio estranho pois, algumas pessoas te olham como se

você fosse de outro planeta (não, não é só porque a bike

é pequena). Acho que vai contra o que a sociedade prega:

“Fez 18 anos, tirou a carta, agora você é motorizado! Não

tem carro?! Se tiver a habilitação categoria A, que tenha

no mínimo uma moto, uma scooter vai... bicicleta? Não,

isso não é veículo, é brinquedo, é lazer de fim de semana.

Então eu mesmo arrumava desculpas: “Ah! Não

tenho capacete. Ah! Hoje tá chovendo. Ah! Hoje tá sol

demais”. Passaram-se meses e eu tinha pedalado umas

poucas vezes, mas isso tinha que mudar!

Comecei a ir de bike para o metrô mais próximo de

casa, cerca de 1,5 km. Era fácil, rápido e aquele vento

na cara era a melhor parte, e ainda dava pra deixar a

magrelinha no bicicletário de manhã e pegavar a noite.

Minha primeira impressão foi ver que eu não estava só,

quando chegava lá, tinham outras bikes estacionadas.

Outro fator que pesou: a bicicleta se tornou melhor

opção que o ônibus, que era lotado, demorado, e me

deixava cerca de 500 metros de casa...

Mas tinha que avançar, comecei assim, incorporando

a bikezinha no meu dia a dia, descobrindo como manter

a qualidade de vida sobre duas rodas, me divertir, me

locomover, compartilhar o espaço que é de direito.

E essas primeiras pedaladas já me mostraram que

histórias não faltarão.

Bora pedalar!?

Apesar do ciclismo ser muito popular em São Paulo, e a cidade ainda possuir espaços destinados para a prática deste esporte, muito precisa ser feito para que possamos pedalar com segurança

cotidiano

[email protected] Juniortexto:

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