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POPULAÇÃO DE PLANTAS NO CONSÓRCIO MILHO X FEIJÃO MACASSAR SOB REGI~I1ES DE SEOUEIRO E IRRIGADA 1 Milton J. Cardoso2 Francisco R. Freire Filho2 Valdenir Q. Ribeiro3 Antônio B. Frota3 Francisco B. Melo3 PALAVRAS-CHAVES: Zea mays, Vigna unguicula- ta, caupi, consórcio, população de plantas. RESUMO Foi avaliado o comportamento produtivo do mi- lho (Zea mays L.) associado ao feijão macassar (Vig- na unguiculata (L.) Walp), em condições de sequei- ro, em solo Podzólico Vermelho-Amarelo, no municí- pio de Eliseu Martins, PI, e em condições de irrigação por aspersão, em solo Aluvião Eutrófico, no município de Teresina, PI, no ano de 1988. Foram usadas três populações de plantas de milho (20, 40 e 80 mil plan- tas/ha) e quatro populações de feijão (30, 60, 90 e 120 mil plantas/h a) , arranjadas em esquema fatorial 3 x 4, em delineamento experimental de blocos casuali- zados e cinco repetições. As plantas de milho (cv. BR 5006-Fidalgo) e de feijão (cv. BR 12-Canindé) foram arranjadas na mesma fileira. As produtividades mé- dias de grãos de milho sob regime de sequeiro e irrigado foram, respectivamente, de 2.877, 4.066 e 4.131 kg/ha e 3.875, 5.314 e 5.890 kg/ha, nas popu- lações de 20, 40 e 80 mil plantas/ha, não sendo afe- tado pelo incremento da população de feijão. Seja no regime de sequeiro como no regime irrigado, o au- mento da população de milho reduziu (P < 0,01) a produtividade média de grãos de feijão para 475, 304 e 234 kg/ha (regime de sequeiro) e 1.008, 804 e 604 kg/ha (regime irrigado), respectivamente, nas condi- ções de 20, 40, e 80 mil plantas/ha, sendo a causa principal a produção de grãos/planta. As produtivida- des médias de grãos de ambas as culturas foram maiores quando desenvolvidas sob irrigação, que pro- duziram, respectivamente, 36 e 138% a mais de milho e feijão, em relação ao regime de sequeiro. PLANT POPULATION OF MAIZE AND COWPEA INTERCROPPED UNDER DRYLAND AND IRRIGATION CONDITION. SUMMARY The yield performance of maize (Zea mays L.) and cowpea Vigna unguiculata (L.) Walp) intercropped under in a rain-fed condition was evaluated in a Red-Yellow Podzolic Soil, in Elizeu Martins, PI, and under sprinkler irrigation condition in a Aluvial Euthrophic Soil inTeresina, PI, in 1988. Maize (cv. BR 5006-Fidalgo) and cowpea (cv. BR 12-Canindé) were planted at lhe same row, with three plant population of maize (20, 40 and 80 thousand plants/ha) and for plant population of cowpea (30, 60, 90 and 120 thousand plants/ha) combined in a factorial experiment (3 x 4) in a rondomized block, with tive replications. The averge grain yield of maize under rain-fed and irrigation condition was respectively 2 877, 4 066, 4 131 kg/ha and 3 875, 5314 and 5 890 kg/ha for lhe 20, 40 and 80 thousand plants/ha. The cowpea plant population did not effect maize yield. Increasing maize plant population, from 20 to 80 thousand plants/ha decreased (P < 0,5) cowpea grain yield from 475 to 234 kgiha under rain-fed condition and from 1 008, to 604 kg/ha under irrigation condition. The main reduction was on cowpea grain yield per planto Under irrigation condition, lhe maize and cowpea grain yield was respectively 36% and 138% higher than under rain fed condition. KEY WORDS: Zea mays, Vigna unguiculata, cow- pea, maize intercropping, plant population. 1 Trabalho financiado com recursos do Projeto Nor- deste/PROINE/EMBRAPA. 2 Eng.-Agr., Or. EMBRAPA/Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual de Teresina (UEPAE de Teresina), Caixa Postal 01, CEP 64006-220 Te- resina,PI. 3 Eng.-Agr., M.Sc. EMBRAPA/UEPAE de Teresina. INTRODUÇÃO O milho, dentre os cereais cultivados no Brasil, destaca-se pela sua importância sócio-econômica. Ciên. Agron., Fortaleza, 23 (1/2): pág.21-31 Junho/Dezembro, 1992 21

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POPULAÇÃO DE PLANTAS NO CONSÓRCIO MILHO X FEIJÃO MACASSAR SOBREGI~I1ES DE SEOUEIRO E IRRIGADA 1

Milton J. Cardoso2Francisco R. Freire Filho2

Valdenir Q. Ribeiro3Antônio B. Frota3

Francisco B. Melo3

PALAVRAS-CHAVES: Zea mays, Vigna unguicula-ta, caupi, consórcio, população de plantas.

RESUMOFoi avaliado o comportamento produtivo do mi-

lho (Zea mays L.) associado ao feijão macassar (Vig-na unguiculata (L.) Walp), em condições de sequei-ro, em solo Podzólico Vermelho-Amarelo, no municí-pio de Eliseu Martins, PI, e em condições de irrigaçãopor aspersão, em solo Aluvião Eutrófico, no municípiode Teresina, PI, no ano de 1988. Foram usadas três

populações de plantas de milho (20, 40 e 80 mil plan-tas/ha) e quatro populações de feijão (30, 60, 90 e120 mil plantas/h a) , arranjadas em esquema fatorial 3x 4, em delineamento experimental de blocos casuali-

zados e cinco repetições. As plantas de milho (cv. BR5006-Fidalgo) e de feijão (cv. BR 12-Canindé) foramarranjadas na mesma fileira. As produtividades mé-dias de grãos de milho sob regime de sequeiro e

irrigado foram, respectivamente, de 2.877, 4.066 e4.131 kg/ha e 3.875, 5.314 e 5.890 kg/ha, nas popu-lações de 20, 40 e 80 mil plantas/ha, não sendo afe-tado pelo incremento da população de feijão. Seja no

regime de sequeiro como no regime irrigado, o au-mento da população de milho reduziu (P < 0,01) a

produtividade média de grãos de feijão para 475, 304e 234 kg/ha (regime de sequeiro) e 1.008, 804 e 604

kg/ha (regime irrigado), respectivamente, nas condi-ções de 20, 40, e 80 mil plantas/ha, sendo a causaprincipal a produção de grãos/planta. As produtivida-des médias de grãos de ambas as culturas forammaiores quando desenvolvidas sob irrigação, que pro-

duziram, respectivamente, 36 e 138% a mais de milhoe feijão, em relação ao regime de sequeiro.

PLANT POPULATION OF MAIZE ANDCOWPEA INTERCROPPED UNDERDRYLAND AND IRRIGATION CONDITION.

SUMMARYThe yield performance of maize (Zea mays L.)

and cowpea Vigna unguiculata (L.) Walp) intercroppedunder in a rain-fed condition was evaluated in aRed-Yellow Podzolic Soil, in Elizeu Martins, PI, andunder sprinkler irrigation condition in a Aluvial EuthrophicSoil inTeresina, PI, in 1988. Maize (cv. BR 5006-Fidalgo)and cowpea (cv. BR 12-Canindé) were planted at lhesame row, with three plant population of maize (20, 40and 80 thousand plants/ha) and for plant population ofcowpea (30, 60, 90 and 120 thousand plants/ha)combined in a factorial experiment (3 x 4) in a rondomizedblock, with tive replications. The averge grain yield ofmaize under rain-fed and irrigation condition wasrespectively 2 877, 4 066, 4 131 kg/ha and 3 875,5314 and 5 890 kg/ha for lhe 20, 40 and 80 thousandplants/ha. The cowpea plant population did not effectmaize yield. Increasing maize plant population, from20 to 80 thousand plants/ha decreased (P < 0,5) cowpeagrain yield from 475 to 234 kgiha under rain-fed conditionand from 1 008, to 604 kg/ha under irrigation condition.The main reduction was on cowpea grain yield perplanto Under irrigation condition, lhe maize and cowpeagrain yield was respectively 36% and 138% higherthan under rain fed condition.

KEY WORDS: Zea mays, Vigna unguiculata, cow-pea, maize intercropping, plant population.

1 Trabalho financiado com recursos do Projeto Nor-deste/PROINE/EMBRAPA.

2 Eng.-Agr., Or. EMBRAPA/Unidade de Execução dePesquisa de Âmbito Estadual de Teresina (UEPAEde Teresina), Caixa Postal 01, CEP 64006-220 Te-resina,PI.

3 Eng.-Agr., M.Sc. EMBRAPA/UEPAE de Teresina.

INTRODUÇÃOO milho, dentre os cereais cultivados

no Brasil, destaca-se pela sua importânciasócio-econômica.

Ciên. Agron., Fortaleza, 23 (1/2): pág.21-31 Junho/Dezembro, 1992 21

Page 2: OF MAIZE AND mento da população de milho reduziu (P < 0,01) a produtividade média de grãos de feijão para 475, 304 e 234 kg/ha (regime de sequeiro) e 1.008, 804 e 604 kg/ha (regime

de grãos de milho quando submetidos adiferentes níveis de água.

O objetivo deste trabalho foi obter in-formações relacionadas com os caracteresagronômicos de milho e feijão macassarem associação, utilizando três populaçõesde plantas por hectare da gramínea e qua-tro da leguminosa, submetidas aos regimesde sequeiro e irrigado.

No Piauí, a cultura do milho ocupou em1989 a maior área plantada, com 435.483ha, posicionando o feijão macassar, em se-gundo lugar, com 303.906 ha (FIBGE19).

Nas áreas em que a associação de cul-turas é praticada o consorte mais usadopara o milho é o feijão macassar. Esta le-guminosa é a preferida para o consórciocultural por ser de ciclo vegetativo curto,pouco competitiva, tolerante à interferênciade seus consortes e ser um dos alimentosbásicos do povo nordestino.

Em regiões onde há desuniformidadedas precipitações pluviométricas e onde ve-ranicos são constantes, como exemplo, oNordeste brasileiro, os riscos da agriculturade sequeiro são maiores tendo como con-seqüência queda na produção de alimentos.

Uma das maneiras de reduzir os riscosna agricultura de sequeiro é a associaçãode culturas. RAO & MORGADO22 relatamque a associação milho x feijão produziu41 % a mais em relação aos respectivosmonocultivos. Identificaram que nos anosonde as distribuições de chuva tendiam auniformidade, a produção de alimentos dossistemas associados era aumentada. O mes-mo foi verificado em Hyderabad na índia eIbadan na Nigéria (10, 24). No Quênia,FISHER 12 observou que a associação mi-

lho x feijão não mostrou vantagem em re-lação ao plantio exclusivo, quando a umi-dade do solo era limitante.

No Piauí, ARAÚJO et alii5 e LIRA etalii4 enfatizam a vantagem do consórciomilho x feijão macassar nos anos onde ocor-rem uniformidade na distribuição de chuvas.

O relacionamento das vantagens entrea associação de culturas e a umidade dosolo não está bem definida, e neste sentidoo estudo de população de plantas por áreaé importante. ESPINOZA et alii11 enfati-zam que sob condições de baixo teor deumidade no solo, a população de 20 milplantas por hectare é a mais indicada parao milho solteiro. Para o milho com irrigaçãosuplementar as melhores densidades va-riam de 40 a 60 mil plantas por hectare.

Na associação milho x feijão macas-sar, MORGADO & RAO 16 observaram au-

mentos lineares crescentes no rendimento

MATERIAL E MÉTODOSO ensaio de sequeiro foi conduzido no

ano agrícola de 1987/1988, no municípiode Eliseu Martins, PI, em solo do tipo Pod-zólico Vemelho-Amarelo, e o ensaio irriga-do, no mesmo ano, no município de Tere-sina, PI, em solo Aluvião Eutrófico. As coor-denadas geográficas de cada município eas análises químicas dos solos das áreasestão na Tabela 1.

Em ambos os ensaios os tratamentosconsistiram de três populações de milho(20, 40 e 80 mil plantas/ha) e quatro defeijão macassar (30, 60, 90 e 120 mil plan-tas/ha). Estas populações foram arranjadasem esquema fatorial 3 x 4 em um delinea-mento experimental de blocos casualiza-dos e cinco repetições. O arranjo espacialde plantas foi milho e feijão na mesma filei-ra. Cada parcela foi constituída por seisfileiras de 8,0 m de comprimento, espaça-das de 1,00 m entre linhas e 0,50 m entreplantas de milho com 1,2 e 4 plantas/cova,sendo o feijão macassar semeado no sul-co. Por ocasião do plantio foi utilizado umexcesso de sementes, onde se procedeu odesbaste para as populações desejadas do-ze dias após a fase de emergência.

A cultivar de milho utilizada foi a BR5006-Fidalgo, ciclo 110 a 125 dias e a defeijão macassar foi a BR 12-Canindé, ciclo55 a 65 dias.

No ensaio irrigado, utilizou-se o siste-ma de irrigação por aspersão com espaça-mento de 54 m x 54 m, pressão de serviçode 5,0 atm, bocal CD-50 (23,6 mm), comprecipitação média de 14 mm/hora. Utiliza-ram-se valores de evapotranspiração po-tencial (ETP) calculados para Teresina (13)e valores de coeficiente de cultivos (kc) cal-

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em raiz quadrada e RENDESP em arco-seno da raiz quadrada (18).

Determinou-se a produção equivalentedo milho estimada através da e~ressãoapresentada por RAMALHO et alii 1. Ye =Ym + rYf onde Ye é a produção equivalen-te de milho, Ym e Yf é a produtividade degrãos (kg/ha) de milho e feijão macassar,respectivamente, e "r" é a relação de pre-ços de feijão para milho, que, no caso, foiconsiderada como 2,55 (preço do feijão Cz$195,00 e milho Cz$ 76,47, a nível de pro-dutor em dezembro de 1988.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

culados através da metodologia recomen-dada por DOOREMBOS & PRUITT9. O ma-nejo de água para ambas as culturas foiefetuado usando uma freqüência de irriga-ção de quatro dias, na primeira fase dedesenvolvimento das culturas, e de setedias no restante do ciclo até o início damaturação fisiológica do milho, determina-da conforme DA YNARD & DUNCAN8, demodo que a percentagem de esgotamentode solo não ultrapasse a 50% de água dis-ponível. Os valores de kc, ETP e evapo-transpiração real (ETR) considerados paraefetuar a irrigação, a partir dos dez diasapós a fase de emergência das plãntulas,são mostradas na Tabela 2.

No ensaio irrigado foi realizado um se-gundo cultivo de feijão, cultivar BR 12-Ca-nindé, plantado logo após a fase de espi-gamento do milho (50% dos estilo-estig-mas visíveis), sob a premissa de que acompetição interespecífica seria praticamen-te nula (3, 20, 26), e o feijão macassarutilizar-se-ia da mesma irrigação do milho.Neste segundo cultivo foi plantada uma fi-leira de feijão intercalada a duas de milho,com seis plantas por metro, após desbas-tes. As características agronômicas avalia-das e analisadas estatisticamente, nos doisensaios, para o milho foram: peso de espi-ga (PESP), índice de espiga (INDESP), pro-dutividade de grãos (RENDGM) a 15% deumidade, peso de 100 grãos (P100GM),produção de grãos por planta (PPM), e ren-dimento de espiga (RENDESP). O INDESPfoi calculado pela divisão do número deespiga pelo número de plantas, na áreaútil, por ocasião da colheita. O RENDESPfoi obtido pela divisão do peso de grãospelo peso de espiga, multiplicado por 100.Para o feijão macassar, comprimento devagem (COMPV), número de vagem/planta(NVP) - ensaio irrigado, número de grãos

por vagem (NGV), peso de 100 grãos(P100GF), produção no primeiro cultivo(PG 1 CF) - ensaio irrigado, produção de grãosno segundo cultivo (PG2CF) - ensaio irriga-

do, produtividade total de grãos (RENDGF)a 13% de umidade, e produção de grãospor planta (PPF). Os dados referentes aoINDESP, NVP e NGV foram transformados

Associação Milho com Feijão sob Regimede Sequeiro

Não foi observado déficit de água nosolo que prejudicasse os ciclos de desen-volvimento e crescimento das culturas. Aanálise de variância mostrou efeitos (P <0,01) das populações de milho sobre pesode espiga, índice de espiga, produção porplanta, produtividade de grãos e produçãoequivalente do milho.

Houve uma resposta linear da densida-de de plantas na produção de grãos demilho, que pode ser representada pela equa-ção Ym = 2.844,2188 + 18,1417X e R2 =

0,62. O coeficiente de X indica que a adi-ção de cada mil plantas de milho corres-ponde a um incremento de 18,14 kg/ha.CRUZ et alii7 e PEREIRA FILHO et alii17observaram resultados semelhantes.

As maiores produtividades médias degrãos de milho ocorreram nas populaçõesde 40 e 80 mil plantas/ha, sendo o peso deespiga o responsável principal (Tabela 3).CARDOSO et alii6, trabalhando com 20 e40 mil plantas por hectare e VIEIRA et alii27,chegaram a resultados similares.

A menor competição intraespecífica napopulação de milho de 20 mil plantas/ha,proporcionou uma maior produção de grãospor planta, o que está relacionado a espi-gas mais pesadas, em virtude provavelmen-te de uma melhor distribuição de fotoassi-milados. Em trabalhos com milho associa-

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custo/benefício.A produtividade total de grãos de feijão

foi afetada (P < 0,01) pela população demilho, observado por uma redução linearYf = 1108,4375 - 6,4887; R2 = 0,96), o queindica uma redução de 6,49 kg/ha de feijãopara cada acréscimo de mil plantas de mi-lho. O maior decréscimo ocorreu na maiorpopulação de milho (80 mil), Tabela 6, sen-do o caráter número de vagens/planta oresponsável direto, explicado pela maior in-terferência das plantas de milho sobre asde feijão. Esta interferência não foi obser-vada no segundo cultivo da leguminosa,mostrando que, em condições normais deumidade no solo, o milho, após a fase deespigamento, não modifica o comportamen-to produtivo do feijão.

do ao feijão comum, REIS23 e CARDOSO5verificaram a mesma tendência.

A maior produção equivalente de milho(4.874 kg/ha) foi na população de 40 milplantas/ha (Tabela 3), evidenciando ser es-ta a melhor alternativa para uma maior pro-dução de alimentos por área.

A produtividade de grãos de feijão (P <0,01) decresceu com o aumento da popu-lação de milho, respectivamente, de 475,304 e 234 kg/ha, em virtude do incrementoda competição intraespecífica que atuou pa-ra uma menor produção de grãos por plan-ta de feijão (Tabela 4). Este decréscimo foilinear (Vf = 376,8750 - 1, 7812X; R2 = 0,99),sendo que, para cada aumento de mil plan-tas de milho houve uma queda de 1,78kg/ha de feijão. Na menor população demilho foi verificado aumento (P < 0,01) norendimento de grãos de feijão com acrésci-mo de sua população (30 para 60, 90 e120 mil), evidenciando pouca plasticidadeda cultivar BR 12-Canindé (4).

Associação de Milho com Feijão Macassarsob Regime de Sequeiro x Regime Irrigado

As produtividades médias de grãos deambas as culturas foram maiores em regi-me irrigado. Neste regime o milho e o feijãoproduziram respectivamente. 36 e 138% amais do que no regime de sequeiro (Tabe-la 7). As culturas desenvolvidas sob irriga-ção provavelmente utilizaram mais eficien-temente a água, proporcionando uma me-lhor distribuição dos fotossintetados, paraas partes econômicas das plantas, favore-cendo o peso da espiga e o número devagens por planta (Tabelas 4 e 5).

A produção equivalente do milho mos-trou uma eficiência de 55% do consórciomilho x feijão macassar quando irrigado emrelação ao regime de sequeiro (Tabela 8).

Associação Milho com Feijão Macassar sobIrrigação

As populações de feijão não afetarama produtividade de grãos de milho e estaaumentou (P < 0,01) com incremento desuas populações. O efeito foi linear (Ym -3586,7187 + 30,8537X; R2 = 0,82), mos-trando um incremento de 30,85 kg/ha demilho com o aumento de cada mil plantas.O peso de espiga por área foi a caracterís-tica que mais contribuiu para este aumento(Tabela 5).

A produção de grãos de milho por plan-ta foi maior nas menores populações, emvirtude do maior índice de espiga que foifavorecido por uma menor interferência en-tre as plantas de milho e feijão. Com au-mento na população de milho houve efeito(P < 0,1) na produção equivalente de mi-lho, sendo praticamente iguais na de 40 e80 mil plantas por hectare. Neste sentidodestaca-se a população de 40 mil plantaslha, pois os custos de produção provavel-mente serão menores devido aos menoresgastos com insumos (sementes), o que fa-voreceria uma melhor resposta na relação

CONCLUSÕES1. Sob condições de sequeiro ou de

irrigação as populações de plantas de fei-jão não afetaram a produtividade de grãosde milho.

2. Houve acréscimo significativo na pro-dutividade de grãos de milho entre as po-pulações de 20 e 80 mil plantas/ha, sobregimes de sequeiro e irrigado, não se ve-rificando o mesmo entre as populações de40 e 80 mil plantas/ha.

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TABELA 1 - Localização geográfica, altitude, precipitação média anual e dados da fertilida-

de de amostras de solo das áreas experimentais dos munícipios de EliseuMartins e Teresina, no Estado do Piauí.

Ca2+ + Mg2+ A12+P K+ pH"

'em H20

(1:2.5)

Precipitação

(mm)

Municípios Latitude

(5)

Longitude

(W)

Altitude

(m) mE%ppm

8°12'30" 43°43'25'Eliseu Martins 210 849 11,0 78.0 2,5 0,0 5.8

5°5'12" 42°48'42"Teresina 72 1.319 18.0 86.0 4,0 0.0 6.1

* SUDENE25.

** UFPI/CCA - Laboratório de Análise de Solos, Teresina, PIo

TABELA 2 - Coeficiente de cultivos (Kc), evapotranspiração potencial (ETP) e evapotrans-piração real (ETR), para a cultura do milho em diferentes idades, associado aofeijão macassar. Teresina, PIo Ano 1980.

Idade da planta (dias) ETP no período (mm) Kc ETR no período (mm)

12-16 -

20-24 -

18-35 -

42 -

49 -

56 -

63 -

70 -

77 -

83 -

90 -

97 -

22,60

22,60

22,60

22,60

49,95

44,31

44,31

44,31

45,36

46,76

46,76

46,76

46,76

45,71

26,12

0,62

0,62

0,62

0,62

0,67

0,75

0,82

0,90

0,97

1,04

1,05

1,05

1,05

0,92

0,65

14,01

14,01

14,01

14,01

28,56

33,01

36,33

39,66

44,00

48,56

49,10

49,10

49,10

42,12

16,98

Total 492,56

Ciên. Agron., Fortaleza, 23 (1/2): pág.21-31 - Junho/Dezembro, 1992 25

15

19

23

27

34

41

48

55

62

69

76

82

89

96

103

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26

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3. As produtividades de grãos de milhoe feijão foram maiores no cultivo irrigado.

4. As produtividades de grãos de feijãoconsorciado, sob regimes de sequeiro ouirrigado, tiveram aumentos lineares com odecréscimo da densidade de plantas de mi-lho.

5. Em regimes de sequeiro ou irrigadoa produção equivalente de milho mais fei-jão não foram significativas, uma vez que odecréscimo na produtividade do milho nãofoi compensado pela maior produtividadedo feijão.

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