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1 REFORMAS ADMINISTRATIVAS OCORRIDAS NO BRASIL DESDE 1930 Professor Flávio Toled1o 1. ESTRUTURAÇÃO DA MÁQUINA ADMINISTRATIVA NO BRASIL DESDE 1930 1.1- VARGAS e o Governo BUROCRÁTICO - 1930 /1945 e 1950/1954 1.2 - JK e a ADMINISTRAÇÃO PARALELA - 1956/60 1.3 - João Goulart - 1962/1964 1.4 - Governo Militar e o DL 200/67 - 1964/1985 1.5 - O Governo de Sarney e a CF 88 - 1985/1990 1.6 - O Governo Collor e o desmonte da máquina pública - 1990/1992 1.7 - Governo Itamar - 1990/1992 1.8 - O Gerencialismo da Era FHC -1995/2002 1.9 - A Era Lula - 2003/2010 2. Lista de questões 2.1. Gabarito das questões

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REFORMAS ADMINISTRATIVAS

OCORRIDAS NO BRASIL DESDE 1930

Professor Flávio Toled1o

1. ESTRUTURAÇÃO DA MÁQUINA ADMINISTRATIVA NO BRASIL DESDE1930

1.1- VARGAS e o Governo BUROCRÁTICO - 1930 /1945 e 1950/1954

1.2 - JK e a ADMINISTRAÇÃO PARALELA - 1956/60

1.3 - João Goulart - 1962/1964

1.4 - Governo Militar e o DL 200/67 - 1964/1985

1.5 - O Governo de Sarney e a CF 88 - 1985/1990

1.6 - O Governo Collor e o desmonte da máquina pública - 1990/1992

1.7 - Governo Itamar - 1990/1992

1.8 - O Gerencialismo da Era FHC -1995/2002

1.9 - A Era Lula - 2003/2010

2. Lista de questões

2.1. Gabarito das questões

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1. ESTRUTURAÇÃO DA MÁQUINA ADMINISTRATIVA NO BRASIL DESDE1930

Nesta aula vamos analisar as dimensões estruturais e culturaisdas instituições burocráticas (máquina administrativa) desde a décadade 30 a chamada Era Lula. Para tanto, dividiremos esse período detempo, analisando cada fase separadamente, porém verificandosempre que necessário as eventuais relações entre elas, pois é destaforma que as bancas costumam cobrar em provas, ou seja, conceitosisolados e/ou entrelaçados.

Os períodos foram divididos da seguinte forma:

VARGAS e o Governo BUROCRÁTICO - 1930 /1945 e 1950/1954

JK e a ADMINISTRAÇÃO PARALELA - 1956/60

João Goulart - 1962/1964

Governo Militar e o DL 200/67 - 1964/1985

O Governo de Sarney e a CF 88 - 1985/1990

O Governo Collor e o desmonte da máquina pública - 1990/1992

Governo Itamar - 1990/1992

O Gerencialismo da Era FHC -1995/2002

A Era Lula - 2003/2010

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1.1 VARGAS e o Governo BUROCRÁTICO

No Brasil, o modelo de administração burocrática surge a partirdos anos 30. Emerge no quadro da aceleração da industrializaçãobrasileira, em que o Estado assume papel decisivo, intervindopesadamente no setor produtivo de bens e serviços.

A partir da reforma ocorrida no governo Vargas, a administraçãopública sofre um processo de racionalização que se manifestou nosurgimento das primeiras carreiras burocráticas e na tentativa deadoção do concurso como forma de acesso ao serviço público.

A implantação da administração pública burocrática éconseqüência do desenvolvimento de um capitalismo moderno no país.

Com o objetivo de realizar a modernização administrativa, foicriado o Departamento Administrativo do Serviço Público - DASP, em1938.

Nesse momento, a administração pública sofre a influência dateoria da administração científica de Frederick Taylor, considerado o“Pai” da Administração Científica.

No início do século XX, nos EUA, Taylor foi pioneiro ao defender aaplicação de métodos racionais na administração da produção, visandoà redução de erros e a otimização das tarefas, levando a aumentos naprodutividade e Assim, o Taylorismo se constituiu numa verdadeira“escola” da Administração, ao preconizar a substituição de métodosempíricos de gerência por métodos científicos, calcados no estudo detempos e movimentos, padronização de rotinas e procedimentos,profissionalização e especialização dos trabalhadores.

Nas reformas promovidas pelo DASP, percebe-se a influência doTaylorismo na simplificação, na padronização, na aquisição racional demateriais, na revisão de estruturas e aplicação de métodos na definiçãode procedimentos.

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Registra-se que, nesse período, foi instituída a funçãoorçamentária enquanto atividade formal e permanentementevinculada ao planejamento.

No que diz respeito à administração dos recursos humanos, oDASP representou a tentativa de formação da burocracia nos moldespreconizados por Max Weber, baseada no princípio da competência edo mérito profissional.

Entretanto, embora tenham sido valorizados instrumentosimportantes à época, tais como o instituto do concurso público e dotreinamento, não se chegou a adotar consistentemente uma política derecursos humanos que respondesse efetivamente às necessidades doEstado.

O patrimonialismo (contra o qual a administração públicaburocrática se instalara), embora em processo de transformação,mantinha ainda sua própria força no quadro político brasileiro. Ocoronelismo dava lugar ao clientelismo e ao fisiologismo.

PRINCIPAIS FATOS (ESTRUTURAIS E CULTURAIS)

- Criação de órgãos, departamentos formuladores de políticas públicas;

- Expansão da Administração Direta (min. Educação, Saúde, Cultura,Trabalho, Indústria e Comércio, Instituto do Açúcar e do Álcool,Instituto Nacional do Sal, Instituto Nacional do Mate);

- Expansão empresarial do Estado (fundações, autarquias, sociedadesde economia mista. Ex: CEF, DNER, CHESF, BNDE, etc);

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- DASP: órgão central coordenador do processo de modernização;

- Estabelecimento de uma política de administração de pessoalcentrada no Estatuto dos Funcionários Públicos da União (Lei nº1.711,de 28/10/52), baseado no sistema de mérito;

- Institucionalização da função orçamentária, enquanto atividadeformal e permanentemente vinculada ao planejamento;

- Simplificação, padronização e aquisição racional de material, revisãodas estruturas e racionalização de métodos;

- Criação da EBAPE (abril/1952), vinculada á FGV, para implantação doensino sistematizado da administração pública no país.

- Instauração do Estado Intervencionista, indutor do processo deindustrialização/modernização do país;

- Centralização político administrativa e orientação nacionalista;

1.2 JK e a ADMINISTRAÇÃO PARALELA

Juscelino Kubitschek tomou posse em 1956 e tentou implantarno Brasil a “Administração para o Desenvolvimento”, consubstanciadano Plano de Metas.

A administração para o desenvolvimento foi um conjunto deidéias que surgiu a partir da década de 1950 que buscava discutir osmeios administrativos necessários para alcançar as metas dodesenvolvimento político, econômico e social.

Defendia que era necessário reformar o sistema administrativopara transformá-lo em instrumento de modernização da sociedade.

A ideia básica é a de que a administração pública deve adaptar-se às tarefas estatais com o propósito de servir eficientemente odesenvolvimento do país.

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Diante das inadequações do modelo burocrático, aconteceramdiversas tentativas de reforma. Porém, as experiências secaracterizaram, em alguns casos, pela ênfase na extinção e criação deórgãos, e, em outros, pela constituição de estruturas paralelas visandoalterar a rigidez burocrática.

Na própria área da reforma administrativa esta última prática foiadotada, por exemplo, no Governo JK, com a criação de comissõesespeciais, como a Comissão de Estudos e Projetos Administrativos,objetivando a realização de estudos para simplificação dos processosadministrativos e reformas ministeriais, e a Comissão de SimplificaçãoBurocrática, que visava à elaboração de projetos direcionados parareformas globais e descentralização de serviços.

PRINCIPAIS FATOS

Elaboração de anteprojeto de reforma geral da administraçãopública federal, onde se mencionava, pela primeira vez, a questão dadescentralização;

• Criação da COSB – Comissão de Simplificação Burocrática (Decreto Nº39.605, de 16/07/1956), objetivando as reformas globais, meios paradescentralização dos serviços, fixação de responsabilidades e prestaçãode contas à autoridade;

• Criação da CEPA (1956) - Comissão de Estudos e ProjetosAdministrativos - com função de gerar um sistema nacional deplanejamento e adequar as informações orçamentárias a essafinalidade.

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Objetivava mudanças nos processos administrativos e reformasministeriais (estabelecimento do Ministério da Indústria e Comércio,subdivisão do Ministério da justiça e Interior, subdivisão do Ministériode Viação e Obras Públicas nos Ministérios do Transportes e dasComunicações, reorganização do Gabinete Civil);

• Criação do conselho de desenvolvimento como órgão centralizadorda política econômica, do Conselho de Política Aduaneira e da SUDENE;

1.3 JOÃO GOULART

O Presidente João Goulart nomeou, em 1963, o deputadonomeou o Deputado Federal Amaral Peixoto como MinistroExtraordinário para a Reforma Administrativa, com a incumbência dedirigir diversos grupos de estudos, encarregados da formulação deprojetos de reforma.

A Comissão Amaral Peixoto apresentou, ao final de 1963, quatroprojetos importantes, tendo em vista:

- Uma reorganização ampla e geral da estrutura e das atividades dogoverno;

- A expansão e o fortalecimento do sistema de mérito;

- Novas formas de aquisição e fornecimento e material no serviçopúblico;

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- A organização administrativa do Distrito Federal.

Contudo, com o início do governo militar foi retirado doCongresso todos os projetos de Goulart, inclusive estes da Comissão.

1.4 - GOVERNO MILITAR

Em 1964 o governo militar cria a Comissão Especial de Estudosda Reforma Administrativa (Comestra), tendo Hélio Beltrão como seupresidente e principal inspirador das inovações.

Segundo Bresser:

Duas ideias são centrais: a distinção entre a administração diretae indireta e, nesta, a criação de fundações públicas que passam a podercontratar empregados regidos pela legislação aplicada às empresasprivadas.

O decreto-lei 200/67 promoveu a transferência de atividadespara autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades deeconomia mista, a fim de obter-se maior dinamismo operacional pormeio da descentralização funcional. Como princípios de racionalidadeadministrativa, foram instituídos o planejamento e o orçamento, odescongestionamento das chefias executivas superiores (através dosprocessos de desconcentração e descentralização), a tentativa dereunir competência e informação no processo decisório, asistematização, a coordenação e o controle.

O paradigma gerencial da época, compatível com o monopólioestatal na área produtiva de bens e serviços, orientou a expansão daadministração indireta, numa tentativa de "flexibilizar a administração"com o objetivo de atribuir maior operacionalidade às atividadeseconômicas do Estado.

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Entretanto, as reformas operadas pelo Decreto-Lei nº 200/67 nãodesencadearam mudanças no âmbito da administração burocrática central,permitindo a coexistência de núcleos de eficiência e competência naadministração indireta e formas arcaicas e ineficientes no plano daadministração direta ou central.

Na realidade, o núcleo burocrático foi enfraquecido indevidamenteatravés de uma estratégia do regime militar, que não desenvolveu carreirasde administradores públicos de alto nível, preferindo, ao invés, contratar osescalões superiores da administração através das empresas estatais.

Nos anos 70, a criação da SEMOR - Secretaria da Modernização,constitui se numa nova iniciativa modernizadora da administração pública.Reuniu-se em torno dela um grupo de jovens administradores públicos,muitos deles com formação em nível de pós-graduação no exterior, quebuscou implantar novas técnicas de gestão, e particularmente deadministração de recursos humanos, na administração pública federal.

No início dos anos 80 a criação do Ministério daDesburocratização e do Programa Nacional de Desburocratização -PRND foi uma nova tentativa de reformar a burocracia e orientá-la nadireção da administração pública gerencial.

Os objetivos eram a revitalização e agilização das organizaçõesdo Estado, a descentralização da autoridade, a melhoria e simplificaçãodos processos administrativos e a promoção da eficiência.

As ações do PRND voltaram-se inicialmente para o combate àburocratização dos procedimentos.

Posteriormente, foram dirigidas para o desenvolvimento doPrograma Nacional de Desestatização, num esforço para conter osexcessos da expansão da administração descentralizada, estimuladapelo DecretoLei nº 200/67.

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Porém o marco inicial para a introdução da administraçãogerencial é apontado pela literatura especializada como sendo areforma trazida pelo DecretoLei nº 200/67, constituindo-se o mesmonuma tentativa de superação da rigidez burocrática.

Decreto-Lei Nº 200, 25 Fev 1967

PRINCIPAIS FATOS

- Instituição (art. 6º, inc. I ao V, DL 200/67) dos PRINCÍPIOSFUNDAMENTAIS da Adm. Pub.: Planejamento, Coordenação,Descentralização, Delegação de Competência e Controle;

- Expansão das Empresas Estatais

(Soc. Econ. Mista e Empresas Públicas), órgãos independentes(Fundações Públicas) e semiindependentes (Autarquias);Fortalecimento e expansão do Sistema de Mérito;

- Diretrizes para o Plano de Classificação de cargos (PCC);

- Reorganização administrativa

(criação dos Ministérios da Justiça, Interior, Relações Exteriores,Agricultura, Indústria e Comércio, Fazenda e Planejamento, Transportes,Minas e Energia, Educação e Cultura, Trabalho e Previdência Social, Saúde,Comunicação, Exército, Marinha e Aeronáutica).

- Planejamento torna-se um princípio dominante e a SEPLAN adquire ostatus de agência central

(Em 1º de maio de 1974, através da Lei 6.036, o Planejamento deixa de serMinistério e passa a ser uma Secretaria, a SEPLAN).

- Centralização e concentração de poderes e recursos no nível federal,simultaneamente à descentralização no nível administrativo, comomecanismo de tornar funcionais as organizações públicas em relação àsdemandas econômicas nacionais;

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- Expansão da administração indireta, com o desenvolvimento de umatecnoburocracia coexistente com o núcleo tradiconal da administraçãodireta.;

(instituído pelo Decreto nº8Programa Nacional de Desburocratização1979-1981

3.740, de 18 de julho de 1979 e revogado pelo Decreto nº 5.378, de 23de fevereiro de 2005, que instituiu o Programa Nacional de GestãoPública e Desburocratização - GESPÚBLICA e o Comitê Gestor doPrograma Nacional de Gestão Pública e Desburocratização)

PRINCIPAIS FATOS

- Simplificação de procedimentos, documentos e decretos

- Eliminação de informações desnecessárias;

- Melhoria do atendimento ao cidadão;

- Ações dirigidas, a partir de 1981, para o estabelecimento do Programade desestatização, voltado para processos de privatização ereprivatização, visando a fortalecer a iniciativa privada.;

- Aproximação entre estado e sociedade através da simplificação dosprocedimentos na prestação dos serviços públicos;

- Valorização do cidadão enquanto principal beneficiário dos serviçospúblicos;

- Estímulo aos empreendimentos privados;

- Privatização nas áreas em que o controle é desnecessário.

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1.5 O Governo de Sarney e a CF 88

Bresser Pereira, principal teórico da Reforma do Estado de 1995(e um de seus promotores, à frente do extinto MARE – Ministério daAdministração e Reforma do Estado) considera este um momento de“RETROCESSO BUROCRÁTICO”.

A transição democrática de 1985 representou uma grande vitóriademocrática, mas teve como um de seus custos a ocupação dos cargospúblicos da administração indireta e das delegacias dos ministérios nosEstados por políticos dos partidos vitoriosos. Um novo populismopatrimonialista surgia no país.

De outra parte, a alta burocracia passava a ser acusada,principalmente pelas forças conservadoras, de ser a culpada da crise doEstado, na medida em que favorecera seu crescimento excessivo.

A conjunção desses dois fatores levou, na Constituição de 1988,ao chamado “retrocesso burocrático”, conforme a visão de BresserPereira.

O Congresso Constituinte estendeu aos serviços do Estado e paraas próprias empresas estatais praticamente as mesmas regrasburocráticas rígidas adotadas no núcleo estratégico, acarretando umengessamento do aparelho estatal.

A nova Constituição determinou ainda a perda da autonomia doPoder Executivo para tratar da estruturação dos órgãos públicos,instituiu a obrigatoriedade de regime jurídico único para os servidorescivis da União, dos Estados-membros e dos Municípios, e retirou daadministração indireta a sua flexibilidade operacional, ao atribuir àsfundações e autarquias públicas normas de funcionamento idênticas àsque regem a administração direta.

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Estas medidas foram uma reação ao clientelismo que dominou opaís naqueles anos. Mas foram também resultado de uma atitudedefensiva da alta burocracia que, sentindo-se injustamente acusada,procurou salvaguardar seus interesses.

Na medida em que a transição democrática ocorreu no Brasil emmeio à crise do Estado, esta última foi equivocadamente identificadapelas forças democráticas como resultado, entre outros, do processode descentralização que o regime militar procurara implantar.

Por outro lado, a transição democrática foi acompanhada poruma ampla campanha contra a estatização, que levou os constituintes aaumentar os controles burocráticos sobre as empresas estatais e aestabelecer normas rígidas para a criação de novas empresas públicas ede subsidiárias das já existentes.

As distorções provocadas pela nova Constituição logo se fizeramsentir.

Constituição de 1988

PRINCIPAIS FATOS

- Perda da autonomia do poder Executivo para atuar na organização daadministração pública por força do que dispôs o art. 48, inciso X e XI,com alterações da EC 32/2001,, que delegou ao Congresso Nacional,com a sanção do Presidente, poder para dispor, dentre outras matérias,da organização administrativa e da criação, transformação e extinçãode cargos, empregos e funções públicas;

- Descentralização de recursos orçamentários e da execução de serviçospúblicos para Estados e Municípios;

- Direito de livre associação sindical para servidores públicos civis;

- Regime Jurídico Único para todas as esferas de governo;

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- Plano de carreira para servidores da Administração Direta.

- Reconhecimento do valor político do cidadão e de sua participação nocontrole dos serviços públicos.

- Aumento das demandas sociais e Movimentos reivindicatórios departicipação política

1.6 - O Governo Collor e o desmonte da máquina pública

No governo Collor, entretanto, a resposta a elas foi equivocada eapenas agravou os problemas existentes, na medida em que sepreocupava em destruir ao invés de construir.

Essa etapa da administração pública brasileira é marcada pelodesmonte da máquina administrativa pelo governo Collor – semnenhum planejamento –, sob o argumento de que os servidorespúblicos eram verdadeiros “marajás”.

Pouco tempo depois da posse, o governo promoveu a extinção demilhares de cargos de confiança, a reestruturação e a extinção devários órgãos, a demissão de outras dezenas de milhares de servidoressem estabilidade e tantos outros foram colocados em disponibilidade.

Segundo estimativas, foram retirados do serviço público, num curtoperíodo e sem qualquer planejamento, cerca de 100 mil servidores.

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PRINCIPAIS FATOS

- Programa de privatização de Empresas Estatais;

- Regulamentação da descentralização do Sistema Único de Saúde –SUS;

- Inovação dos modelos de gestão com a iniciativa pioneira do Contratode Gestão (Hospital Sarah Kubitschek);

- Extinção de órgãos e Corte de pessoal.

- Proeminência de aspecto econômicos;

- Ausência de um plano formal;

- Ausência de política de recursos humanos;

- Ênfase na extinção de estruturas

- Agravamento da crise fiscal;

- Necessidade de estabilização da economia e exigência de controle dodéficit público;

- Necessidade de captação de recursos para retomada do crescimentoeconômico;

- Ruptura com modelo nacional de desenvolvimento para inserção nanova ordem internacional.

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1.7 - Governo Itamar

O governo Itamar Franco buscou essencialmente recompor ossalários dos servidores, que haviam sido violentamente reduzidos nogoverno anterior.

O discurso de reforma administrativa assume uma novadimensão a partir de 1994, quando a campanha presidencial introduz aperspectiva da mudança organizacional e cultural da administraçãopública no sentido de uma administração gerencial.

1.8 - O Gerencialismo da Era FHC

Para enfrentar os principais problemas que representavamobstáculos à implementação de um aparelho do Estado moderno eeficiente, tornou-se necessário definir um modelo conceitual, quedistinguisse os segmentos fundamentais característicos da ação doEstado.

Em 1995 foi lançado o PDRAE – Plano Diretor da Reforma doEstado, conduzido pelo citado MARE, no primeiro mandato dopresidente Fernando Henrique Cardoso.

Segundo a lógica conceitual do PDRAE, o Estado é visto como aorganização burocrática que possui o poder de legislar e tributar sobrea população de um determinado território.

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Estado é, portanto, a única estrutura organizacional que possui o"poder extroverso", ou seja, o poder de constituir unilateralmenteobrigações para terceiros, com extravasamento dos seus próprioslimites.

O aparelho do Estado ou administração pública lato sensu,compreende os seguintes componentes:

a) Um núcleo estratégico ou governo, constituído pela cúpula dos trêsPoderes,

b) Um corpo de funcionários públicos;

c) Uma força militar e policial.

O aparelho do Estado é regido basicamente pelo direitoconstitucional e pelo direito administrativo, enquanto que o Estado éfonte ou sancionador e garantidor desses e de todos os demaisdireitos.

Quando somamos ao aparelho do Estado todo o sistemainstitucional legal, que regula não apenas o próprio aparelho do Estado,mas toda a sociedade, temos o Estado. No aparelho do Estado épossível distinguir quatro setores:

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NÚCLEO ESTRATÉGICO.

Corresponde ao Governo, em sentido amplo.

É o setor que define as leis e as políticas públicas, e exige o seucumprimento.

É, portanto, o setor onde as decisões estratégicas de governo sãotomadas. Corresponde aos Poderes Legislativo e Judiciário, aoMinistério Público e, no Poder Executivo, ao Presidente da República,aos ministros e aos seus auxiliares e assessores diretos, responsáveispelo planejamento e formulação das políticas públicas.

ATIVIDADES EXCLUSIVAS.

É o setor em que são prestados serviços que só o Estado poderealizar.

São serviços em que se exerce o poder extroverso do Estado - opoder de regulamentar e fiscalizar.

Exemplos: cobrança e fiscalização dos impostos, polícia,previdência social, fiscalização do cumprimento de normas sanitárias, oserviço de trânsito, controle do meio ambiente, emissão depassaportes, etc.

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SERVIÇOS NÃO-EXCLUSIVOS.

Corresponde ao setor onde o Estado atua simultaneamente comoutras organizações públicas não-estatais e privadas.

As instituições desse setor não possuem o poder extroverso.Porém, o Estado está presente porque os serviços envolvem direitoshumanos fundamentais, como os da educação e da saúde, ou porquepossuem "economias externas" relevantes, na medida que produzemganhos que não podem ser apropriados por esses serviços através domercado. As economias produzidas imediatamente se espalham para oresto da sociedade, não podendo ser transformadas em lucros.

São exemplos desse setor: as universidades, os hospitais, oscentros de pesquisa e os museus.

PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS PARA O MERCADO

Corresponde à área de atuação das empresas.

É caracterizado pelas atividades econômicas voltadas para olucro que ainda permanecem no aparelho do Estado como, porexemplo, as do setor de infra-estrutura.

Estão no Estado seja porque faltou capital ao setor privado pararealizar o investimento, seja porque são atividades naturalmentemonopolistas, nas quais o controle via mercado não é possível,tornando-se necessária, no caso de privatização, a devida regulação.

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Cada um desses quatro setores referidos apresentacaracterísticas peculiares, tanto no que se refere às suas prioridades,quanto aos princípios administrativos adotados.

No núcleo estratégico, o fundamental é que as decisões sejam asmelhores, e, em seguida, que sejam efetivamente cumpridas.

A efetividade é mais importante que a eficiência.

O que importa saber é, primeiro, se as decisões que estão sendotomadas pelo governo atendem eficazmente ao interesse nacional, secorrespondem aos objetivos mais gerais aos quais a sociedadebrasileira está voltada ou não.

Segundo, se, uma vez tomadas as decisões, estas são de fatocumpridas.

Já no campo das atividades exclusivas de Estado, dos serviçosnão exclusivos e da produção de bens e serviços o critério eficiênciatorna-se fundamental.

O que importa é atender milhões de cidadãos com boa qualidadea um custo baixo. Como estes setores se relacionam com as diferentesformas de administração pública.

Vimos, anteriormente, duas formas principais de administraçãopública:

• A Burocrática, que, embora sofrendo do excesso de formalismo e daênfase no controle dos processos, tem como vantagens a segurança e aefetividade das decisões.

• A Gerencial, caracterizada fundamentalmente pela busca daeficiência nos serviços prestados aos cidadãos.

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Nesses termos, no núcleo estratégico, em que o essencial é acorreção das decisões tomadas e o princípio administrativofundamental é o da efetividade, entendido como a capacidade de verobedecidas e implementadas com segurança as decisões tomadas, émais adequado que haja um misto de administração públicaburocrática e gerencial.

Nos setores das atividades exclusivas e de serviços competitivosou não-exclusivos, o importante é a qualidade e o custo dos serviçosprestados aos cidadãos.

O princípio correspondente é o da eficiência, ou seja, a busca deuma relação ótima entre qualidade e custo dos serviços colocados àdisposição do público. Logo, a administração deve ser necessariamentegerencial.

O mesmo se diga, obviamente, do setor das empresas, que,enquanto estiverem com o Estado, deverão obedecer aos princípiosgerenciais de administração.

Outra distinção importante é a relacionada às formas depropriedade.

Ainda que vulgarmente se considerem apenas duas formas, aPropriedade Estatal e a Propriedade Privada, existe no capitalismocontemporâneo uma terceira forma, intermediária, extremamenterelevante:

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A Propriedade Pública Não-Estatal, constituída pelasorganizações sem fins lucrativos, que não são propriedade de nenhumindivíduo ou grupo e estão orientadas diretamente para o atendimentodo interesse público.

O tipo de propriedade mais indicado variará de acordo com osetor do aparelho do Estado. No núcleo estratégico a propriedade temque ser necessariamente estatal.

Nas atividades exclusivas de Estado, onde o poder extroverso deEstado é exercido, a propriedade também só pode ser estatal.

Já para o setor não-exclusivo ou competitivo do Estado apropriedade ideal é a pública não-estatal.

Não é a propriedade estatal porque aí não se exerce o poder deEstado.

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Não é, por outro lado, a propriedade privada, porque se trata deum tipo de serviço, por definição, subsidiado.

A propriedade pública não-estatal torna mais fácil e direto ocontrole social, através da participação nos conselhos de administraçãodos diversos segmentos envolvidos, ao mesmo tempo em que favorecea parceria entre sociedade e Estado.

As organizações nesse setor gozam de uma autonomiaadministrativa muito maior do que aquela possível dentro do aparelhodo Estado.

Em compensação seus dirigentes são chamados a assumir umaresponsabilidade maior, em conjunto com a sociedade, na gestão dainstituição.

No setor de produção de bens e serviços para o mercado aeficiência é também o princípio administrativo básico e a administraçãogerencial, a mais indicada.

Em termos de propriedade, dada a possibilidade e coordenaçãovia mercado, a propriedade privada é a regra.

A propriedade estatal só se justifica quando não existem capitaisprivados disponíveis ou então quando existe um monopólio natural.

Mesmo nesse caso, entretanto, a gestão privada tenderá a ser amais adequada, desde que acompanhada por um seguro sistema deregulação.

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PRINCIPAIS FATOS

- Flexibilização de estruturas e funcionamento das organizações públicas,com incentivo e valorização de entidades para estatais neoestatais;

- Flexibilização das relações de trabalho no setor público;

- Promoção da multiplicação das experiências do Contrato de Gestão;

- Otimização do processo de descentralização;

- Reformulação do Programa de Privatização Política de profissionalização daburocracia pública, estabelecendo-se sistemas de carreiras para as funçõestípicas de Estado (consagração do concurso público, produção do mérito daprodutividade e reciclagem de pessoal);

- Valorizar a ENAP como centro de formação e pesquisa sobre modernasformas de gestão.

1.9 - A Era Lula

As eleições presidenciais de 2002 representaram a substituiçãodo grupo político no poder, com a ascensão de novas lideranças nosníveis mais elevados da burocracia federal.

O Partido dos Trabalhadores assumiu o comando do governofederal propondo um modelo de gestão intitulado “Brasil de Todos”,que questionou muitos dos métodos empregados na gestão anterior.

Argumentou-se que o diagnóstico contido no Plano Diretor daReforma do Aparelho do Estado, documento elaborado em 1995, e quedeu sustento teórico às reformas da era FHC, era equivocado aoconsiderar o Estado como um problema, como o elemento causador dacrise pela qual o país atravessava.

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O novo enfoque trata o Estado como parte da solução, como umelemento que pode de fato recolocar o país no caminho dodesenvolvimento.

No entanto, não se advoga o retorno às formas burocráticas;pelo contrário, continua a busca de melhorias na gestão pública,incorporando-se em grande medida a visão de serviços públicosorientados ao cidadão.

O tema da Reforma do Estado cede lugar à chamadaReconstrução do Estado, operada mediante a recomposição da força detrabalho, modificações na legislação e estabelecimento de parcerias.

O fato é que a administração pública brasileira continua, nos diasatuais, sua trajetória em direção a uma administração públicagerencial, mais apta a responder aos novos desafios colocados por ummundo em constantes transformações.

Em 2005 através do Decreto 5378 foi criado o ProgramaNacional de Gestão Pública e Desburocratização – GESPÚBLICA, paraapoiar o desenvolvimento e a implantação de soluções que permitamum contínuo aperfeiçoamento dos sistemas de gestão das organizaçõespúblicas e de seus impactos junto aos cidadãos.

O GESPÚBLICA deverá contemplar a formulação eimplementação de medidas integradas em agenda de transformaçõesda gestão, necessárias à promoção dos resultados preconizados noplano plurianual, à consolidação da administração pública profissionalvoltada ao interesse do cidadão e à aplicação de instrumentos eabordagens gerenciais, que objetivem:

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I - eliminar o déficit institucional, visando ao integral atendimento dascompetências constitucionais do Poder Executivo Federal;

II - promover a governança, aumentando a capacidade de formulação,implementação e avaliação das políticas públicas;

III - promover a eficiência, por meio de melhor aproveitamento dosrecursos, relativamente aos resultados da ação pública;

IV - assegurar a eficácia e efetividade da ação governamental,promovendo a adequação entre meios, ações, impactos e resultados; e

V - promover a gestão democrática, participativa, transparente e ética.

Nesta nova fase, o GESPÚBLICA reforça as antigas “bandeiras”que este Programa defende e o caracteriza: a cultura do método, acultura da excelência e o senso de comunidade que o Programahistoricamente desenvolveu. Entretanto, esta nova fase do Programatem adicionado novos princípios e conceitos essenciais ao trabalho queé desenvolvido:

- Foco no valor público entregue ao cidadão.

- Simplicidade.

- Agilidade.

- Economicidade.

- Escalabilidade e disponibilidade das soluções propostas.

- Adaptabilidade e aprendizado social.

- Abertura e transparência.

- Cooperação radical e intersetorial.

27

Um dos maiores objetivos do GESPÚBLICA é a mobilização daadministração pública brasileira na direção da geração de resultados.

2. LISTA DE QUESTÕES

1. Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TCE-PA Prova: Auditor de ControleExterno - Área Planejamento - Administração

A respeito da evolução da administração pública no Brasil, julgue oitem subsequente.

A criação das primeiras carreiras administrativas na administraçãopública e a busca pela adoção do concurso como forma de acesso aoserviço público são características do modelo de administraçãoburocrática, implantado na década de 30 do século passado.

( ) Certo ( ) Errado

28

2. Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TCE-PA Prova: Auditor de ControleExterno - Área Administrativa - Administração

Acerca da evolução da administração pública no Brasil e dasabordagens da administração, desde a abordagem clássica até acontingencial, julgue o item a seguir.

O Decreto-lei n.º 200/1967, na tentativa de modernizar a gestãopública no Brasil, estabeleceu como princípios fundamentais oplanejamento, a organização, o treinamento e a direção.

( ) Certo ( ) Errado

3. Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TCE-PA Prova: Auditor de ControleExterno - Área Planejamento - Administração

A respeito da evolução da administração pública no Brasil, julgue oitem subsequente.

Com o fim da ditadura militar, em 1985, e a retomada dademocratização do Brasil, houve um significativo avanço namodernização da administração pública.

( ) Certo ( ) Errado

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4. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: AnalistaJudiciário - Área Administrativa

Sobre os objetivos e características do Plano Diretor da Reforma doAparelho do Estado, implementado nos anos 1990, no âmbito federal,considere:

I. Publicização, que corresponde à assunção, pelo Estado, dos serviçospróprios do denominado Núcleo Estratégico.

II. Flexibilização, oferecendo aos gestores maior autonomia eestabelecendo o controle e cobrança de resultados a posteriori.

III. Desestatização, que compreende a privatização, a terceirização e adesregulamentação.

Está correto o que consta APENAS em

a) I.

b) I e II.

c) II.

d) II e III.

e) III.

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5. Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TCE-PA Prova: Auditor de ControleExterno - Área Administrativa - Administração

Acerca da evolução da administração pública no Brasil e dasabordagens da administração, desde a abordagem clássica até acontingencial, julgue o item a seguir.

O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado foi criado natransição entre o governo de Collor e o de Itamar Franco, com afinalidade de aumentar a governança do Poder Executivo.

( ) Certo ( ) Errado

6. Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TRE-PI Prova: Analista Judiciário -Administrativa

A respeito da evolução histórica das reformas administrativas noBrasil e dos modelos teóricos de administração pública, assinale aopção correta.

a) A reorganização do poder público por meio da descentralizaçãoadministrativa e flexibilização do sistema, com a criação dos entes daadministração indireta, resulta do modelo gerencial implementado peloplano diretor de reforma do aparelho do Estado.

b) A definição de critérios de seleção, a organização das instituições emhierarquias estabelecidas e os cargos com esfera de competênciaprevista em termos legais e sujeitos à disciplina são algumas dascaracterísticas do modelo administrativo racional-legal.

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c) O modelo racional-legal, pautado na modernização e nogerencialismo, originou-se da administração pública burocrática, que éfundamentada em uma gestão impregnada de administração familiar,na qual não há distinção, pelos gestores, entre o público e o privado.

d) O plano diretor de reforma do aparelho do Estado, ao introduzir omodelo racional-legal, predominante até a atualidade, representouuma significativa reforma e modernização da administração públicabrasileira.

e) O modelo pós-burocrático, cujo principal objetivo é o abandonodefinitivo de todas as categorias da burocracia clássica, preconiza umamenor intervenção do Estado nas atividades econômicas.

7. (CESPE - AGU- AGENTE ADM. - 2010)

O aparelho do Estado, segundo a administração pública gerencial,divide-se em três setores: núcleo estratégico, que é o governo emsentido lato; o setor das atividades exclusivas, composto dos serviçosque só o governo pode realizar; e o setor de serviços não exclusivos, noqual o Estado atua simultaneamente com outras organizações públicasnão estatais e privadas.

( ) Certo ( ) Errado

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8. (CESPE - AGU- AGENTE ADM. - 2010)

Executado ao longo de toda a década passada, o Plano Diretor deReforma do Aparelho do Estado previu não ser possível promover deimediato a mudança da cultura administrativa e a reforma dadimensão-gestão do Estado ao mesmo tempo em que se providencia amudança do sistema legal.

( ) Certo ( ) Errado

9. (CESPE - AGU- AGENTE ADM. - 2010)

A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos eentidades da administração direta e indireta poderá ser ampliadamediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poderpúblico, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho parao órgão ou entidade.

( ) Certo ( ) Errado

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10. (CESPE - MPS - ADMINISTRADOR - 2010)

A adoção de normas cada vez mais estritas e a exigência deequipamentos mais avançados para controle da poluição provocadapelas empresas é uma demonstração de que, quanto maior for aabrangência das questões a serem objeto da regulação, maior será atransferência de custos do governo para o setor privado.

( ) Certo ( ) Errado

11. (CESPE - AGU- AGENTE ADM.- 2010)

Busca-se, por meio das organizações sociais, maior participação social,na medida em que elas são instrumentos de controle direto dasociedade, mediante seus conselhos de administração, cujos membrossão recrutados na comunidade à qual a organização serve.

( ) Certo ( ) Errado

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12- (CESPE - AGU- AGENTE ADM. – 2010)

Entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado entre opoder público e uma entidade qualificada como organização social,com vistas à formação de parceria entre ambos para fomento eexecução de atividades relativas a ensino, pesquisa científica,desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meioambiente, cultura e (ou) saúde.

( ) Certo ( ) Errado

2.1 GABARITOS:

1 - C

2 - E

3 - E

4 - D

5 - E

6 -B

7 - E

8 - E

9 - C

10 -C

11 - C

12 - C