observatorio de seguranca

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FACULDADE DE TECNOLOGIA JARDIM CURSO DE GESTÃO EM SEGURANÇA PRIVADA SANTO ANDRÉ 2011

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A Faculdade de Tecnologia Jardim, quando da proposição do curso de Gestão de Segurança Patrimonial, sempre almejou buscar a integração dos esforços despendidos pelo aparato constituído pela segurança pública com o trabalho que atualmente milhares de vigilantes desempenham em todo o país para contribuir para a segurança de seus estabelecimentos clientes.É notória a presença do profissional de segurança privada em quase todos os setores produtivos no país. A agência bancária onde estes fazem a triagem por meio de portas giratórias, detectores de metais e veículos blindados, as empresas onde colaboram significativamente para a continuidade do negócio ao prevenir perdas e zelar pela integridade física de seus funcionários, os condomínios horizontais e verticais que “brotam” no cenário urbano, que a cada dia requerem profissionais de segurança especializados. [...]

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Page 1: Observatorio de Seguranca

FACULDADE DE TECNOLOGIA JARDIM

CURSO DE GESTÃO EM SEGURANÇA PRIVADA

SANTO ANDRÉ

2011

Page 2: Observatorio de Seguranca

Trabalho realizado pelos alunos, professores e orientadores da Faculdade de

Tecnologia Jardim (FATEJ)

Page 3: Observatorio de Seguranca

A estratégia sem tática é o caminho mais

lento para a vitória. Tática sem estratégia

é o ruído antes da derrota.

Sun Tzu

Page 4: Observatorio de Seguranca

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Mês de criação: 02/2010

Mês de lançamento: 03/2011

COMPONENTES

Presidente: PROF. CARLOS FERRAZ

Mestre em Psicologia da Saúde – Universidade Metodista

Graduado em Psicologia – Universidade Metodista

Graduado em Técnico de Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública –

Polícia Militar do Estado de São Paulo

Assistente de Coordenação da FATEJ

Diretora institucional: PROFª ARLEIDE BRAGA

Doutoranda em Direito pela UMSA – Argentina

Mestre em Direito pela UNIMES/SP

Avaliadora do MEC/INEP

Reitora da FATEJ

Diretor Institucional: PROF. FABRÍCIO FERNANDES

Mestre em Filosofia - Pontificia Università Santo Tommaso d'Aquino - Roma

Graduado em Filosofia - Centro Universitário Assunção - São Paulo (2006)

Diretor da FATEJ

Page 5: Observatorio de Seguranca

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Orientador Acadêmico: PROF. PAULO BARTHASAR JUNIOR

Major na Polícia Militar do Estado de São Paulo

Doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública – Polícia Militar do

Estado de São Paulo

Professor da FATEJ

Orientador Acadêmico: PROF. ANTÔNIO VITAL BARBOSA

Delegado da Polícia Civil do Estado de São Paulo

Mestrando em Direito pela UNIMES/SP

Coordenador do Curso de Gestão em Segurança Privada da FATEJ

Representante das Empresas de Segurança: PROFª. MIRIAN BAZOTE

Especializada em Direito Empresarial pela USCS

Graduada em Direito pela USCS

Diretora regional do SESVESP (Sindicato das Empresas de Segurança

Privada, Segurança Eletrônica, Serviços de Escolta e Cursos de Formação do

Estado de São Paulo)

Professora da FATEJ.

Representantes do corpo discente

- Eliene Pereira de Oliveira

- Reginaldo da Silva Lopes

Representantes do corpo de egressos

- Marcelo Crespo

- Lindomar Guedes

Page 6: Observatorio de Seguranca

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1. Finalidade

A Faculdade de Tecnologia Jardim, quando da proposição do curso de Gestão

de Segurança Patrimonial, sempre almejou buscar a integração dos esforços

despendidos pelo aparato constituído pela segurança pública com o trabalho

que atualmente milhares de vigilantes desempenham em todo o país para

contribuir para a segurança de seus estabelecimentos clientes.

É notória a presença do profissional de segurança privada em quase todos os

setores produtivos no país. A agência bancária onde estes fazem a triagem por

meio de portas giratórias, detectores de metais e veículos blindados, as

empresas onde colaboram significativamente para a continuidade do negócio

ao prevenir perdas e zelar pela integridade física de seus funcionários, os

condomínios horizontais e verticais que “brotam” no cenário urbano, que a cada

dia requerem profissionais de segurança especializados. São áreas de atuação

tão importantes e abrangentes que não se pode desconsiderar o trabalho

destes profissionais como colaborador da segurança, direta e indiretamente,

em nossas cidades.

Muito se fala sobre a conduta do agente de segurança pública e da importância

em capacitar e treinar o policial para o exercício de sua função em consonância

com a manutenção dos direitos e garantias constitucionais de seus cidadãos.

Uma nova mentalidade se faz presente e é importante buscar valorizar o

profissional de segurança, uma vez que, pela peculiaridade da profissão, este

se torna mais suscetível aos chamados eventos vitimadores, aqueles em que

as pessoas estão sujeitos em menor proporção, como o de sofrer uma ação

hostil de um criminoso ou de levar um tiro e focar inválido ou até mesmo

morrer.

Ações de valorização do policial se mostram cada vez mais freqüentes

(BALESTRERI, 1998), como a criação de programas de atendimento

psicológico em favor dos policiais, atividades com o foco na saúde e segurança

do trabalho, e programas de capacitação profissional ministrados pela

secretaria nacional de segurança pública (SENASP). Porém poucas são as

ações públicas ou privadas que abordam esta questão para os profissionais de

segurança privada.

Page 7: Observatorio de Seguranca

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A FATEJ criou o curso de gestão de segurança privada com o intuito de

capacitar profissionais no nível de gestão para o exercício da coordenação de

equipes de segurança privada, pessoas com o interesse e capacidade para

administrar o capital humano da segurança visando torná-lo eficiente para o

exercício da segurança privada. O Observatório de segurança, atento para este

mercado e para a realidade desenvolve seu trabalho em duas frentes distintas

e complementares que serão descritas a seguir:

1.1 Primeira Frente – Bem-estar e apoio social do profissional de

segurança privada

O profissional da segurança privada, assim como o da segurança pública está

permanentemente sujeito à ação agressiva do meliante contra sua vida e sua

integridade física. Tal risco ainda não encontra respaldo legal na legislação

trabalhista que não entende tal condição de trabalho como perigosa, tal como é

vista a exposição a agentes explosivos, inflamáveis e elétricos por exemplo.

Muitas são as ações trabalhistas movidas por profissionais de segurança

privada que adoecem em função deste permanente estado de atenção, além

dos afastamentos para tratamento de saúde nos profissionais que

protagonizaram eventos vitimadores e que tiveram seu estado emocional

abalado em função de tais eventos.

Ao contrário das polícias que dispõem de programas sociais de apoio em

situações de vitimização de seus componentes, as empresas de segurança

não dispõem de programas de apoio social e psicológico para vigilantes que se

envolvem em ocorrências, ao mesmo tempo em que não existe legislação que

delegue responsabilidades para a iniciativa privada no que tange a intervenção

quando o vigilante se envolve em eventos traumáticos.

Page 8: Observatorio de Seguranca

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AÇÕES REALIZADAS

-OFERECIMENTO DE SUPORTE JURÍDICO, SOCIAL E PSICOLÓGICO para

profissionais de segurança privada que se envolvem em ocorrências graves.

O atendimento se dá na própria FATEJ, que dispõe de três psicólogos e uma

equipe de advogados que inclusive já ofereceu auxílio em vigilantes que foram

presos em função de sua profissão. Assim como já ofereceu assistência aos

familiares de um vigilante que faleceu em decorrência de uma ação violenta

decorrente do exercício da profissão de segurança privada.

-PALESTRA COM ESPECIALISTAS EM SAÚDE NO TRABALHO

A Capitão Psicóloga Bianca Cirillo do BOPE da Polícia Militar do Estado do Rio

de Janeiro, participou do 1º CONGESEG (Congresso Brasileiro dos Gestores

de Segurança) evento realizado em 03/2011 e tratou da questão psicológica

junto aos profissionais de segurança. O saber trazido por esta profissional

incrementou significativamente a atuação terapêutica e preventiva para com os

profissionais de segurança que buscaram auxílio junto ao Observatório, bem

como auxiliou como agente de capacitação profissional junto aos alunos

enquanto futuros gestores de segurança, multiplicadores e formadores de

opinião dentro do segmento.

Outros profissionais como policiais, médicos, advogados e juízes de Direito

colaboraram significativamente com palestras sobre bem-estar, qualidade de

vida, saúde no trabalho e assuntos correlatos que incrementaram o corpo de

conhecimento acerca do assunto.

- IDENTIFICAÇÃO DE BEM-ESTAR NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE

SEGURANÇA PRIVADA

Com o uso de escalas de avaliação de satisfação no trabalho, envolvimento

com o trabalho e comprometimento organizacional afetivo, iniciou-se em

04/2011 um estudo sistemático de indicadores de bem-estar, de forma a

compor um corpo de conhecimento sobre as condições de trabalho do vigilante

Page 9: Observatorio de Seguranca

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e propor ações efetivas para a promoção do bem estar no trabalho, visando a

promoção da saúde nesta categoria. Foram utilizadas três escalas de avaliação

de bem-estar no trabalho: a escala de satisfação no trabalho (SIQUEIRA,

1995), a escala de envolvimento com o trabalho (SIQUEIRA, 1995) e a escala

de comprometimento organizacional afetivo (SIQUEIRA, 1995).

Atualmente tal atividade encontra-se em fase de coleta de dados. Quem

colabora para o levantamento dos dados são os alunos de Gestão de

Segurança, que por meio de suas redes de relacionamentos entrevistam

profissionais de segurança privada e aplicam as escalas.

Os resultados obtidos serão tratados estatisticamente e serão divulgados em

artigo científico até o final do ano de 2011

Page 10: Observatorio de Seguranca

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1.2 SEGUNDA FRENTE – INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES COM A SEGURANÇA PÚBLICA

No Estado democrático, é atribuição deste a manutenção do bem-estar de seus

cidadãos, como deixa clara a Declaração Universal dos Direitos Humanos

(DUDH) que em seu artigo XXIV explicita:

2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa

estará sujeita apenas às limitações determinadas pela lei,

exclusivamente com o fim de assegurar o devido

reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem

e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública

e do bem-estar de uma sociedade democrática.

(http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_univer

sal.htm)

A definição da palavra segurança nos remete a uma sensação que

especialistas da ciência do comportamento definem como ensejadora de bem-

estar. Maslow (1968) foi um dos primeiros autores a destacar segurança como

necessidade em sua famosa pirâmide das necessidades humanas. Assim

como diversos autores vão falar sobre a questão da vitimização, como

geradora de mal-estar social (BEATO; PEIXOTO; ANDRADE, 2004; CHIUZI,

2008). Portanto é de suma importância que o Estado se comprometa a

proporcionar tal estado subjetivo a seus cidadãos visando o alcance da

harmonia entre as pessoas e a garantia de tranqüilidade para o pleno

desenvolvimento humano.

O Brasil, como signatário da DUDH entende tal princípio como importante e

destaca em sua Constituição Federal (1988) o seguinte:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de

qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos

estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à

vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3

%A7ao.htm)

Page 11: Observatorio de Seguranca

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A segurança no sentido lato corresponde a uma sensação de estar protegido

dos perigos, riscos ou perdas. E como a Constituição Federal bem estabelece,

é dever estatal proporcionar tal sensação por meio de seus dispositivos

mantenedores constituídos. No art. 144 desta mesma carta, está constituído o

sistema de segurança pública descrito estabelecida conforme segue:

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e

responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da

ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,

através dos seguintes órgãos:

I - polícia federal;

II - polícia rodoviária federal;

III - polícia ferroviária federal;

IV - polícias civis;

V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.

A segurança privada entra recentemente neste cenário e seu início está

relacionado com o cenário desenhado no fim dos anos 60, época de regime de

exceção e luta contra o terrorismo que por meio de organizações contrárias ao

regime vigente buscava recursos para custear as ações armadas subversivas

roubando estabelecimentos financeiros. O decreto-lei 1034/69 estabeleceu a

obrigatoriedade dos bancos em ter segurança particular, tornando a segurança

privada co-responsável pela manutenção da ordem dentro dos

estabelecimentos de âmbito privado. Posteriormente, foi promulgada a lei

7102/83 instituindo a segurança privada tal e qual é conhecida atualmente,

dando ao ministério da justiça poder para fiscalizar, controlar e normatizar tal

ramo de atividade, que é constituída conforme estabelece a portaria da Polícia

Federal nº 387/06:

§ 4° São consideradas atividades de segurança privada:

I - vigilância patrimonial – atividade exercida dentro dos limites

dos estabelecimentos, urbanos ou rurais, públicos ou privados,

com a finalidade de garantir a incolumidade física das pessoas

e a integridade do patrimônio no local, ou nos eventos sociais;

Page 12: Observatorio de Seguranca

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II - transporte de valores – atividade de transporte de

numerário, bens ou valores, mediante a utilização de veículos,

comuns ou especiais;

III - escolta armada – atividade que visa garantir o transporte

de qualquer tipo de carga ou de valores, incluindo o retorno da

guarnição com o respectivo armamento e demais

equipamentos, com os pernoites estritamente necessários;

IV - segurança pessoal – atividade de vigilância exercida com a

finalidade de garantir a incolumidade física de pessoas,

incluindo o retorno do vigilante com o respectivo armamento e

demais equipamentos, com os pernoites estritamente

necessários;

V - curso de formação – atividade de formação, especialização

e reciclagem dos vigilantes.

É importante destacar a transformação do cenário urbano como um fator

importante para o crescimento do setor de segurança privada. Zanetic (2010)

entende tal transformação como uma tendência cada vez maior das pessoas

permanecerem em locais não protegidos pelo espectro do Estado.

Em regiões como o Grande ABC, onde há um predomínio de grandes

empresas como as multinacionais do setor automotivo, além da crescente

migração da mão de obra dessa região para outros setores produtivos como o

comercial e de serviços, refletindo diretamente na expansão dos chamados

Shoppings Centers.

Nestes locais de domínio privado e que a segurança paga já se fazia presente,

muitas ações criminosas figuraram nas estatísticas da polícia, o que aponta

para uma necessidade de estudo e análise, bem como a necessidade de

mostrar o quão importante é identificar ações positivas que a segurança

privada realiza em prol da sociedade que convive nestes locais coletivos

geridos pelo capital privado.

Também é importante frisar que tal tendência é de âmbito mundial, ao ponto de

em alguns países já existir uma maior quantidade de profissionais de

segurança privada do que policiais, conforme mostra o Gráfico

Page 13: Observatorio de Seguranca

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01.

Analisando indicadores internacionais, é importante ressaltar quanto o setor da

segurança privada detém números expressivos. Dados da organização

européia Coess, que representa as empresas de segurança privada mostram

tais indicadores.

Page 14: Observatorio de Seguranca

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Tabela 1 - Membros atuantes da organização representantes das empresas de vigilância patrimonial na Europa (2008)

País Nº de empresas Nº de funcionários

Membros ativos

Áustria 200 10 000

Bélgica 196 12 673

Bulgária 1 029 58 703

Chipre 60 1 700

Republica Checa 5 629 51 542

Dinamarca 338 5 250

Estônia 242 6 000

Finlândia 200 10 000

França 4 800 159 000

Alemanha 3 500 177 000

Hungria 11 304 105 121

Irlanda 840 17 500

Itália 965 49 166

Luxemburgo 10 2 200

Portugal 113 38 874

Romênia 1 099 92 000

Eslovênia 100 6 211

Espanha 1 219 92 000

Suécia 250 13 500

Suíça 464 13 075

Holanda 320 33 158

Turquia 937 218 660

Reino Unido 1 500 250 000

Membros Associados

Bósnia & Herzegovina 41 2 000

Croácia 246 16 000

Macedônia 152 5 600

Noruega 257 12 000

Sérvia 158 28 000

Fonte: http://www.coess.org/stats.htm

No Brasil, o Sesvesp (Sindicato das Empresas de Segurança Privada,

Segurança Eletrônica, Serviços de Escolta e Cursos de Formação do Estado

de São Paulo) fez uma pesquisa e traçou um comparativo entre os dispositivos

Page 15: Observatorio de Seguranca

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de segurança privada em confronto com os mecanismos de segurança pública

do país por estado e região territorial.

Tabela 2 – Profissionais de segurança privada e profissionais de segurança pública*, taxa por 100 mil habitantes*

Fonte: SENASP, RAIS e IBGE

Elaboração: SESVESP (para detalhes ver notas metodológicas)

* Policiais civis e militares, exceto bombeiros militares.

Forças estaduais de Segurança Pública

Empresas de segurança privada Profissionais de segurança pública *

Profissionais de segurança publica por 100 mil habitantes*

Profissionais de segurança privada

Profissionais de segurança privada por 100 mil habitantes

Brasil 535.485 288 356.172 192 Rondônia 7.386 476 2.584 167 Acre 3.711 567 619 95 Amazonas 9.031 273 9.271 281 Roraima 2.496 626 588 148 Pará 16.084 228 10.145 144 Amapá 3.786 624 3.219 530 Tocantins 7.070 535 1.133 86 Região Norte 49.564 333 27559 185 Maranhão 9.223 150 7.374 120 Piauí 6.969 230 2.149 71 Ceará 15.562 191 9.708 119 Rio Grande do Norte 9.402 311 3.688 122 Paraíba 12.379 343 3.213 89 Pernambuco 22.401 265 13.805 163 Alagoas 10.308 339 3.651 120 Sergipe 6.813 343 3.914 197 Bahia 34.041 245 23.546 169 Região Nordeste 127.098 247 71048 138 Minas Gerais 58.269 301 21.019 108 Espírito Santo 9.257 269 10.082 293 Rio de Janeiro 48.096 310 41.310 267 São Paulo 122.479 300 105.253 258 Região Sudeste 238.101 301 177.664 225 Paraná 20.247 196 14.846 144 Santa Catarina 15.748 266 15.254 258 Rio Grande do Sul 30.697 281 20.115 184 Região Sul 66.692 245 50215 185 Mato Grosso do Sul 6.753 296 3.506 153 Mato Grosso 9.960 351 4.219 149 Goiás 16.499 290 7.588 133 Distrito Federal 20.818 881 14.373 608 Região Centro-Oeste 54.030 410 29.686 225

Page 16: Observatorio de Seguranca

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Existe um verdadeiro exército de profissionais qualificados e credenciados pelo

órgão fiscalizador (Polícia Federal) para trabalhar com segurança privada e tal

número não deve ser desconsiderado. No entanto, poucas são as ações

efetivas de integração entre os dispositivos de segurança pública com a

segurança privada. Tal intercâmbio poderia maximizar o potencial de trabalho

de ambos os segmentos tornando o sistema de segurança mais eficiente.

Numa perspectiva acadêmica, tal cruzamento de informações poderia

enriquecer o saber nesta área de atuação, que ainda carece de produção

técnico-científica, cumprindo com uma meta almejada pela FATEJ que é

produzir conhecimento na área e auxiliar a segurança pública com as

informações obtidas.

O curso de gestão de segurança da FATEJ visa formar líderes, coordenadores

e formadores de opinião que poderão agregar valores importantes para

colaborar com a segurança no âmbito geral. Para cumprir com essa missão, a

FATEJ, por meio do Observatório de Segurança criou uma interface entre o

que já se sabe a respeito da segurança pública com o setor da segurança

privada, que a cada dia vem exercer função de importância para a manutenção

da segurança como um todo, visando colaborar com a sociedade para a

promoção de meios que possam assegurar o bem estar da coletividade,

cumprindo com o papel cívico de responsabilidade para com a segurança

Page 17: Observatorio de Seguranca

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AÇÕES REALIZADAS

-CONSULTORIA DE REPRESENTANTES DA SEGURANÇA PÚBLICA E PRIVADA

O observatório dispõe de dois orientadores acadêmicos que são

representantes dos principais órgãos de segurança pública da região: o Major

PM Paulo Barthasar Junior e o Delegado de Polícia Antônio Vital Barbosa que

opinam e auxiliam o observatório para o fornecimento de informações

importantes para o levantamento estatístico.

São realizadas reuniões quinzenais todas as quartas-feiras Às 19:00h com os

representantes, que também são professores da FATEJ para a discussão dos

assuntos trazidos para a pauta.

Muitos trabalhos acadêmicos vem sendo desenvolvidos graças às reuniões

com estes orientadores, e muitas ações regionais integradas com as polícias

vem se desenvolvendo graças Às idéias amadurecidas nas reuniões

periódicas.

- REUNIÕES NOS CONSEGS

Os CONSEGs (Conselhos de segurança) são encontros pontuais realizados

entre os membros da comunidade de uma localidade específica junto às

autoridades de segurança daquela localidade para propor ações conjuntas

preventivas e de atuação direta para a melhora da segurança pública daquela

localidade.

O observatório de segurança participa todas as quartas-feiras das reuniões do

CONSEG da região que compreende a área central do município de Santo

André.

Tais encontros vêm possibilitando ao observatório compreender o cenário da

segurança pública neste contexto e vem integrando as atividades acadêmicas

de segurança junto à comunidade, possibilitando uma melhora técnica junto

aos membros componentes dos CONSEGs para a atuação efetiva das ações

propostas.

Page 18: Observatorio de Seguranca

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-DESENVOLVIMENTO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

Alguns trabalhos já foram desenvolvidos entre os professores e alunos da

faculdade componentes do Observatório, como um plano de ação para

segurança em condomínios desenvolvidos pelo aluno Lindomar Guedes, e

publicado na revista científica da FATEJ, ações de segurança de Shopping

Center desenvolvidas pelos alunos Torino Barreiros e Hebert Ostácio, e

pesquisas sobre os efeitos danosos de drogas consideradas inofensivas como

o narguilé, feita pelo aluno Ademir Cardeira.

Tais informações estão sendo veiculadas nos encontros com os orientadores

acadêmicos e compartilhadas mas reuniões com os CONSEGs.

- PARTICIPAÇÕES EM EVENTOS NACIONAIS NA ÁREA DA SEGURANÇA PRIVADA.

Membros do Observatório fizeram presença em eventos de repercussão

nacional como a EXPOSEC, feira nacional de produtos e serviços em

segurança, local onde a FATEJ manteve um stand para divulgar o curso e

mostrar a faculdade para o cenário nacional de segurança pública e privada

Outro evento significativo do qual membros do observatório se fizeram

presentes foi o XXI COBRASE, Congresso Brasileiro de Segurança Privada,

evento que reuniu os principais representantes do setor em todo o Brasil como

os presidentes da ABSEG (Associação Brasileira dos Profissionais de

Segurança) da ABSO (Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança

Orgânica), e do SESVESP, além de vários gestores de segurança corporativas,

consultores de segurança e especialistas da área da segurança pública e

privada.

Tal presença serviu para mostrar o observatório para os principais

representantes da área de modo a buscar intercâmbio junto à estes

profissionais e buscar planos de ação junto à estes para enriquecer o saber

acadêmico sobre o segmento.

Page 19: Observatorio de Seguranca

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2. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho desenvolvido pelo Observatório durante este período ainda é

pequeno, porém muito promissor. Todas as ações propostas foram realizadas,

sendo que algumas tiveram que ser adaptadas às realidades encontradas. A

expectativa é poder ampliar a ação deste observatório para ações de âmbito

além do regional, dada a importância que o setor da segurança privada

desempenha para a sociedade e para o desenvolvimento do país.

Outra proposta de futuro é criar um banco de dados estatístico sobre

indicadores de bem estar nos profissionais de segurança e mostrar as

implicações do trabalho de segurança para a saúde pública.

A área é vasta e pouco explorada, e os desafios são muitos. Porém a

expectativa é otimista, no sentido em que muitas ações desenvolvidas

resultaram em informações importantes, e possibilitaram um intercâmbio

positivo é até então inexplorado entre as forças de segurança pública e

privada. Acredita-se que o desenvolvimento do observatório possibilitará uma

maior compreensão do fenômeno do crescimento da segurança privada e

poderá subsidiar ações futuras em que a segurança privada será necessária,

como nos grandes eventos desportivos mundiais que se sucederão nos anos

de 2014 e 2016. Além de fornecer uma gama de conhecimentos técnicos e sob

o crivo da ciência que encorpará o corpo de conhecimento da área acadêmica

que compreende os núcleos formadores dos cursos de gestão de segurança.

Page 20: Observatorio de Seguranca

20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALESTRERI, R. B. (1998). Direitos Humanos: Coisa de Polícia – Passo

fundo-RS, CAPEC, Paster Editora

BEATO, C., PEIXOTO, B. T., & ANDRADE, M. V. (2004). Crime, oportunidade

e vitimização. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 19(55), 74-90.

CHIUZI, R. M. SIQUEIRA, M. M. M. (2008). Construção e validação da escala

de percepção de invulnerabilidade. Psicologia em Estudo, Maringá, 13(4), 885-

892.

SIQUEIRA, M. M. M. (1995). Antecedentes de comportamentos de cidadania

organizacional: análise de um modelo pós-cognitivo. 265 f. Tese de Doutorado.

Universidade de Brasília.